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Ortopedia e Reabilitação de Pequenos Animais Essa matéria irá abranger a clínica cirúrgica de ortopedia e reabilitação em pequenos animais. Paciente Ortopédico Os pacientes ortopédicos são diferentes em relação a clínica, alguns fatores são importantes a se considerar. • Pacientes jovens X pacientes idosos; • Exame físico completo; • Exames laboratoriais para avaliação do estado geral; • Trauma – perda da integridade musculoesquelética (avaliar lesões intercorrentes); • Podem apresentar problemas em outros sistemas, como: cardiovascular, pulmonar (1/3 dos pacientes), urinário e neurológico; Admissão do paciente 60% dos pacientes são politraumatizados. • Algum trauma torácico até 50% dos pacientes (pneumotórax + comum); • Lesões abdominais (baço, fígado, bexiga...); 18,1% apresentam traumatismo craniano. Ao chegar um animal com suspeita de traumatismo, utilizar o ABC do trauma. ABC do trauma A. Airways (vias aéreas e coluna cervical); B. Breathing (respiração e ventilação); C. Circulation (circulação com controle de hemorragia); D. Disability (exame neurológico); E. Exposure (exposição com controle de hipotermia); Biologia Óssea Os ossos fazem parte do nosso sistema locomotor, são formados por 3 tipos de células: • Osteoblastos; • Osteoclastos; • Osteócitos; Osteócitos Células maduras que atuam na manutenção da matriz óssea. Osteoblastos Células jovens com intensa atividade metabólica, produzem a matriz e participam da mineralização óssea. • Células redondas e roliças; • Síntese da matriz; • Superfície das regiões osteogêncas (Havers) – circundam os vasos sanguíneos no interior do osso reticulado; • Migra para dentro da matriz – osteócito; Formadores de matriz óssea. Osteoclastos Células grandes polinucleadas, responsáveis pela reabsorção óssea. • Amontoado de macrófagos; • Encontrado próximo do vaso; • Remoção do mineral e da matriz (reabsorção óssea); • 35% flexibilidade e resistência; • 65% força (varia com o tipo de osso); Osteoblastos e osteoclastos são pareadas – reabsorção estimula a neoformação óssea. Lei de Wolf: o formato do osso é relativo às forças fisiológicas aplicadas à estrutura e o osso se adapta dinamicamente a elas. Desenvolvimento ósseo Ocorre em duas fases. • Vida fetal – centros de ossificação (formas ossos durante a vida), fase de crescimento ósseo intensa; • Após o nascimento – dura a vida toda (desenvolvimento); Composição Óssea O osso é composto por diáfise, medula, metáfise, epífise e placa de crescimento. Epífise Extremidade dos ossos, anterior a placa de crescimento. • Transição para o osso esponjoso; • Osso trabeculado mais frágil em resistência; • Proximal e distal; Metáfise Zona intermediária, depois da placa de crescimento. • Une diáfise aos platôes; • Osso esponjoso; • Proximal e distal; Diáfise Zona média do osso, entre as metáfises. • Osso compacto; • Tubo oco, onde está situada a medula óssea; Medula Óssea Localizada no interior do osso longo, na diáfise. • Irrigação e nutrição do osso (manutenção); • Ossos chatos – estrutura hematopoiética; Placa de Crescimento Localizada entre metáfise e epífise. • Fase de crescimento; • Camadas de cartilagens, condrócitos e matriz hialina – transformam-se em condrócitos (mediados por GH e outros); *osso jovem x osso adulto* Aporte Sanguíneo • 25% do débito cardíaco são direcionados aos ossos; • Caminho sanguíneo centrífugo – entra pelo canal medular e sai pela cortical; • Arteríolas no endósteo e periósteo que nutrem o osso cortical; • Aportes sanguíneos diferentes para epífises e diáfises; • Fragmentos longe da fratura – se nutrem do periósteo aderindo neles; • Não há sistema de drenagem sanguínea medular; Quando ocorre fratura de diáfise (medula) – formação de hematoma, que contribui para a formação do calo ósseo 1ª. Cicatrização Óssea É o processo pelo qual osso irá passar após a ocorrência de uma fratura. • Fratura – vasos (periósteo e medula) se rompem, causando sangramento e hematoma local; • Plaquetas e células endoteliais (48h até 7/14 dias) liberam fatores quimiotáticos que fazem a proliferação e migração das células do endotélio e periósteo – diferenciação em condroblastos; • Matriz de fibrina do coágulo; • Organização dos capilares – formação do calo; Existem 2 tipos de calos ósseos que podem ser formados a partir de fraturas. Processo de cicatrização 1. Inflamação e neovascularização (eleva pH) – precipitação do fosfato e do cálcio (calo); 2. União – duas extremidades do endósteo / periósteo que se proliferam se encontram; 3. Processo de maturação e calcificação – osteócito; 4. Consolidação – células se calcificam e especializam em osteoblastos; 5. Calcificação – ósteons se formam, osso recebe carga e trabéculas se remodelam; 7. Até a calcificação – implante e método que utilizou na redução são extremamente importantes; 8. Remodelamento é importante por causa do alinhamento articular e eixo ósseo; Calo ósseo primário X secundário. Calo Ósseo Primário Fratura com corticais justapostas bem coaptadas (uma sob outra), intensa e estável. • Osteoblastos são capazes de comunicar um canal de Havers a outro; • Fraturas transversais; • Processo direto; Somente com placas compressivas. Calo Ósseo Secundário Proliferação periosteal e endosteal. • Tecido ósseo exacerbado; • Mais frequentemente observado; Fratura menos estável. • Inflamação: indução da formação de calo, perdura até formação de osso ou cartilagem; • Hematoma: substituído por tecido de granulação; • Calo mole: fibrocartilagem substitui o tecido de granulação; • Calo duro: calo mole viscoso e fragmentos unidos com novo osso; • Remodelagem: calosperiosteal e endosteal são reabsorvidos; Classificação das Fraturas Fratura é a solução de continuidade de um osso, ou seja, a perda parcial ou total da integridade da coluna óssea. • Identificar e classificar a fratura; • Tratamento diferenciado de acordo com cada uma; • Mais comum: ossos longos; Hematoma Calcificação Remodelame nto Hematoma Calcificação Remodelam ento Inflama ção Calo mole Calo duro Remodela gem • Mais comuns: transversa, oblíqua, espiral, cominutiva; • Avulsão: tendão inserido no fragmento; Classificação = tipo de fratura + localização + nome do osso. 1 2 Exemplo: 1. Fratura cominutiva em diáfise de úmero; 2. Fratura transversa em metáfise distal de fêmur; Fratura de alta energia X baixa energia. *alta energia* *baixa energia* Fratura de Salter – Harris I. Afastamento de linha epifisária; II. Linha de crescimento e metáfise; III. Linha de crescimento e epífise; IV. Metáfise, linha de crescimento e epífise; V. Compressiva total; VI. Compressiva parcial; Mecânica das Fraturas Existem diversas mecânicas envolvidas quando tratamos de uma fratura. • Lei de Newton: para cada ação há sempre uma reação, oposta e de mesma intensidade; • Leis de Wolf: retorna a sua forma e resistência normal. Forças que atuam sobre os ossos • Existem 5 tipos de forças; Luxação É a perda da relação articular entre as superfícies articulares de dois ossos, isto é, perda da congruência articular. • Envolve a ruptura ou afrouxamento dos ligamentos articulares; Teoria do Strain Alto Strain é a estabilidade absoluta do osso, “rigidez”. Strain X Wolff • Princípios que direcionam na escolha do tipode fixação; • Estabilidade relativa X rígida (“absoluta” do implante; Não é bom ao corrigir uma fratura fazer estabilidade rígida (absoluta) do osso, pois o mesmo pode ficar frágil pela rigidez e fraturar novamente. Metalúrgica e Características dos Implantes Existem diferentes tipos de implantes que podem ser utilizados na ortopedia. • Metal ou liga metálica – corrosão; • Aço – resistência e dureza; Tipos de Corrosão • Uniforme: corrosão generalizada na superfície do implante (escurecimento do metal); • Galvânica: dois tipos de metal com cargas elétricas diferentes (interfere no processo de cicatrização óssea); • Em Fenda e “Pitting Corrosion”: pontos onde não houve adequado polimento do metal e processamento de sua superfície (manufatura); • Intramedular: materiais compostos por diferentes componentes, pequenos espaços entre os aglomerados de cristais de diferentes materiais; É necessário preparo ideal do implante a fim de evitar corrosão. Preparo do Implante • Os materiais devem possuir propriedades mecânicas fortes para impedir a movimentação do foco de fratura e ao mesmo tempo semelhante à dos ossos para evitar a quebra; • O mais próximo do ideal – utilizadas ligas metálicas de dois ou mais metais e outras substâncias; • Liga de aço mais utilizados – aço inoxidável cirúrgico e ligas de titânio; Ligas Metálicas Ideais • Altamente resistente – resistir a grandes cargas sem quebrar; • De baixa deformidade – receber cargas sem mudar sua conformação; • Possuir elasticidade – deformar e absorver as cargas igual ao osso; • Resistir a um grande número de ciclos – permitir inúmeros ciclos de repetição de força sem alterar suas características mecânicas ou de deformação; Escolha do implante depende • Massa cinética: vetor resultante das massas que incidem em um osso; • Braço de momento: distância perpendicular entre a linha de ação de uma força e o eixo de rotação; Exame Ortopédico Após o ABC do trauma damos início ao exame ortopédico. • Animal está claudicando? • A claudicação é de origem ortopédica ou neurológica? Ou outra causa? • Qual membro está afetado? • A saúde geral do animal deve ser avaliada como parte do exame físico; • Animais traumatizados com fraturas de ossos longos geralmente apresentam lesões concomitantes de tecidos moles; O exame ortopédico deve seguir uma ordem padronizada, afim de evitar esquecer qualquer parte. • Início pelas extremidades dos membros (dígitos) até a região proximal; • Inspeção > palpação; • Exames laboratoriais (radiografias, USG, tomografias, ressonância, avaliação de líquido sinovial); Nunca iniciar pelo membro afetado, sempre pelos outros. Inspeção Consiste em observar o andar desse animal. • Andar em pisos planos, não escorregadios, sem obstáculos (depois com obstáculos, aclives, declives); • Observar o andar de frente, lado e atrás; • Procurar atrofias, desalinhamentos, feridas, inchaços e hematomas; caminhada > trotagem > corrida. Palpação Consiste em apalpar todo o prolongamento dos membros. • Procurar pontos dolorosos (de preferência sem sedação), amplitude de movimento (flexão, extensão, adução, abdução); • Distal até proximal; Testar os 4 membros, independente se já identificou qual é o membro afetado. Após exame ortopédico inicial – selecionar região para radiografia (analgesia ou sedação). Score da Fratura / Paciente / Caso A escolha do tratamento do paciente se baseia no conjunto de fatores, e não apenas no tipo e traço da fratura. • Fator Mecânico: tipo de fratura e localização, forças que atuam sob o osso; • Fator Clínico: comportamento e comprometimento do tutor, comportamento do animal; • Fator Biológico: idade do paciente, score nutricional, peso, comorbidades; Mecânico Clínico Biológico Outros Fatores • Doenças concomitantes (diabetes, I.C, hiperadrenocorticismo...); • Medicações (corticóides, imunoterápicos...); Tratamento de Fraturas • União ósseas; • Retorno do paciente a função normal; • Fixação selecionadas (combater forças compressoras, dobramento e torcionais): • Levar em consideração os 3 fatores (mecânicos, biológicos e clínicos); Interpretação do Score • Baixo (0-3): grandes forças sobre o implante, grande chance de falha; • Médio (4-7): menor força sobre o implante, divisão de carga entre implante/osso, médio risco de falha; • Alto (8-10): baixa força sobre o implante, imediata carga sobre o osso, baixo risco de falha; Existem diferentes métodos de fixação para o mesmo tipo de fratura, desde que respeitando os preceitos de tratamento. Imobilizações Tem como objetivos aliviar a dor, evitar que os tecidos sejam ainda mais comprometidos e, quando presente, tratar uma fratura. • Externas: bandagens e talas; • Internas: pinos, fios, placas; • Externas Cirúrgicas: fixadores lineares e circulares; Bandagens e Talas Ao se adicionar estruturas rígidas as bandagens, temos a confecção de uma tala. 1. Malha tubular; 2. Atadura crepe; 3. Algodão (ortopédico ou normal); 4. Esparadrapo (atadura); 5. Vetrap ou similar; 6. Estrutura de alumínio, PVC, aço; Bandagens vão até nível 5 e talas até o 6. Ao colocar uma bandagem ou tala, sempre deixar os dedos do animal à mostra, para verificar inchaço. Bandagem tipo Robert-Jones • Não possui tala, apenas bandagem; Se adicionar tala é nomeada “Robet-Jones modificada”. Confecção de Tala • Abrange os 6 níveis. Tala tipo Spica Pode ser utilizada em membro torácico e pélvico, região proximal. • Estabilizar a articulação do cotovelo após redução de luxação; • Imobilização temporária pré-operatória de fratura de escápula; • Pós operatório imediato de artrodeses de ombro; Tala tipo Ehmer Utilizada para evitar apoio do membro pélvico. • Principalmente imobilização da articulação coxo-femural (após redução da luxação); • Imobilizar pré-operatório na fratura de acetábulo, de cabeça / colo femural; Tala tipo Velpeau Utilizada para evitar apoio do membro torácico. • Estabilizar articulação escapulo-umeral (luxações mediais); • No pré-operatório das fraturas de escápula; Talas para metacarpo/metatarsos e falanges Utilizada para imobilizações dessas regiões. Pode ser utilizados gessos, porém não é mais indicado hoje em dia – métodos mais avançados. *4 tipos de talas* Cuidados • Evitar garrotear (monitorar dedos); • Umidade (dermatite grave); • Ectoparasitas (talcos antipulgas); • Evitar obstáculos; • Se feridas abertas (troca da tala), manter janela para curativo; • Repouso; Bandagens e talas são de uso principal para evitar traumas adicionais até a cirurgia. Pinos Intramedulares (IM) Utilizado sozinho em casos de fraturas diafisárias de traço simples transversas ou muito pouco oblíquas. • Ossos longos (úmero, ulna, fêmur, tíbia); • Obrigatoriamente ancorar nas 2 metáfises ósseas; • Deve ocupar 60% a 80% do canal medular se associado a cerclagens; • Deve ocupar 50% a 60% do c.m se associado ao fixador externo linear (F.E.L); • Deve ocupar 35% a 40% do c.m se associado a placa; Não pode aplicar no rádio devido a canal medular estreito e lesão de articulação. Limitações • Devido as forças que atuam sobre o osso, os pinos IM estabilizam melhor a força de flexão (arqueamento) do osso; • Forças de torção, tração e rotação promovem pouquíssima estabilidade – não união, união retardada, deformidades rotacionais, colapso da fratura, cisalhamento dos fragmentos (desvio do eixo ósseo);Normalmente nunca é usado apenas o pino, e sim é associado a + algum tratamento. Formas de Aplicação O pino IM pode ser aplicado de 2 formas. • Normógrado – pela epífise do osso; • Retrógrada – pela linha de fratura; Normógrada Retrógrada Tíbia não pode ser colocado pino IM de forma retrógrada pois causa lesão na articulação fêmur-tibio-patelar. Cerclagens Cercar a fratura com fio (“arame do pão”). • Fraturas oblíquas de 2,5x o diâmetro do osso; • Fraturas em 2 fragmentos; • Comum em fêmur e tíbia; Cuidado ao realizar a cerclagem da fratura, cercar na porção média da fratura e nas duas extremidades (forças de tensão). *cerclagem em Double Loop* Bandas de Tensão (compressão do foco) Utilizadas em fraturas de avulsão. • Visa contrapor as forças do tendão que está inserido no fragmento; • Produz uma força de compressão deste fragmento; Através da banda de tensão, a tração do tendão (músculo) é direcionado comprimindo o foco da fratura. Regras de tensão • Pinos são passados de forma paralelas, primeiro no fragmento e depois no osso; • Fazer ancoragem (angulação) para segurar o fragmento no local (não escorregar); *ancoragem em tipo 8* • Ancoragem é feita no olecrano (fêmur) ou tuberosidade tibial; Pinos Cruzados Utilizados em fraturas epifisárias que sejam distais o suficiente para que os pinos cruzem acima do foco de fratura. • Principalmente em animais jovens (fratura de Salter Harris); Fixadores Externos Lineares São um tipo de imobilização mais dinâmica. • Fraturas cominutivas e osteomielite; A. Tipo IA: 1 barra paralela ao osso; B. Tipo IB: 2 barras em ângulo de 90°C; C. Tipo II: 2 barras paralelas ao osso; D. Tipo III: 2 barras paralelas ao osso + 1 barra no meio (triângulo / foguetinho); E. Tipo circular / híbrido: pode colocar várias barras; Preserva o foco de fratura, forças são desviadas para os pinos e transferidos para as barras. *fixador externo Tie-in* Regras • O fixador deve contemplar todo comprimento do osso; • 2 pinos nas extremidades (próximo as articulações) do osso; • 2 pinos próximos do foco de fratura; • Os pinos de Schanz devem contemplar a cortical Cis e Trans; • Alinhamento articular / aposição dos fragmentos não precisa ser perfeita; • Ideal é 3 pinos por fragmento; • Tubo esterilizado; Vantagens • Curva de aprendizado mais fácil; • Implante de baixo custo; • Versátil; • Possibilidade de correção da cirurgia por readequação dos pinos; • Pode-se utilizar as barras laterais, clamps, arruelas e parafusos; • Indicado em fraturas contaminadas (osteomielite) – o implante não passa pela fratura; Desvantagens • Máxima duração de 90 dias; • Terá que submeter a nova anestesia para remoção; • Curativos diários; • Reaperto do aparato (parafusos dos clamps); • Tutor cuidadoso); • Ambiente desfavorável; • Animais bravos; Evitar em felinos. Complicações = soltura prematura dos pinos. *clamps* Placas Cirúrgicas e Parafusos São utilizados nas seguintes funções: • Parafuso isoladamente na função compressiva; • Parafuso na função posicional; • Parafuso dentro da placa na função compressiva; • Parafuso dentro da placa na função neutra; *utilizar material do mesmo fabricante* Em alguns casos a cortical cis (entrada) terá orifício maior e cortical trans menor (saída) – apertar o parafuso e ficar mais “justo”. • Parafuso deve ser utilizado de forma perpendicular a fratura; Parafuso na função Compressiva Utilizado para fazer compressão da linha de fratura. 1. Redução do foco de fratura; 2. Perfuração broca maior (orifício deslizante) – cortical cis; 3. Colocação do guia dentro do orifício deslizante; 4. Perfuração broca menor (furo macheante) – cortical trans; 5. Medição; 6. Machear; 7. Aplicar o parafuso; *forma de aplicação* *parafuso deve ficar perpendicular a linha de fratura* Parafuso na função Posicional Utilizado apenas para posicionar a fratura de forma correta. • Orifícios da cortical Cis e Trans são feitos com a mesma broca; *função posicional* *forma errada * Placas • Reconstrução anatômica perfeita; • Reabilitação funcional precoce; • Placas aposicionais e compressivas (parafuso anda nela); O parafuso que dá nome a placa dependendo da forma que for utilizado – compressiva ou neutra. • Parafuso bloqueados X convencional; *bloqueado* * convencional* • Bloqueados – parafuso roda dentro da placa e dentro do osso (compressão); • Convencional – parafuso fica apenas posicionado (neutra); Moldagem Nenhum osso é 100% reto igual as placas, portanto é necessário realizar a moldagem manual dessas placas de acordo com a anatomia do osso. • Toda a placa deve estar encostada na cortical do osso; Regras de placas • Após colocar parafuso bloqueado, não pode colocar parafuso convencional (cortical) no mesmo fragmento; O parafuso convencional (cortical sem bloqueio) além de poder ser utilizado para comprimir o foco de fratura se utilizado num orifício deslizante (oval), também pode ser utilizado para aproximar a placa do osso. Forças sobre as placas Levar em consideração as forças que irão atuar sobre o osso e a placa, para escolher melhor posição. • Compressão; • Tensão; Na utilização de placas compressivas teremos a formação de calo ósseo 1ª. Funções das placas 1 2 3 4 1. Placa de compressão: comprimem o foco da fratura – fraturas transversas ou osteotomia; 2. Placa de apoio: função de suporte ou antideslizante – fraturas oblíquas; 3. Placa de neutralização (DPC): contrapõe forças que possam incidir sobre a fratura e desestabilizar redução e fixação já feitas – fraturas segmentares; 4. Placa ponte: minimizar qualquer lesão adicional de partes moles – fraturas cominutivas; Placa Ponte • Tamanho da placa – todo o osso; • Taxa de preenchimento – dos furos a placa deve ser 40% a 60% do número de furos; • SPAM – a distância entre os parafusos mais “internos” da placa deve ser 2x o tamanho do GAP (defeito); Cuidado para não confundir nome da placa com a função da placa.
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