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Resumo - Fraturas até placas

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Ortopedia e Reabilitação de 
Pequenos Animais 
 
Essa matéria irá abranger a clínica cirúrgica de 
ortopedia e reabilitação em pequenos animais. 
 
Paciente Ortopédico 
Os pacientes ortopédicos são diferentes em 
relação a clínica, alguns fatores são importantes 
a se considerar. 
• Pacientes jovens X pacientes idosos; 
• Exame físico completo; 
• Exames laboratoriais para avaliação do 
estado geral; 
• Trauma – perda da integridade 
musculoesquelética (avaliar lesões 
intercorrentes); 
• Podem apresentar problemas em outros 
sistemas, como: cardiovascular, 
pulmonar (1/3 dos pacientes), urinário e 
neurológico; 
 
 
 
Admissão do paciente 
60% dos pacientes são politraumatizados. 
• Algum trauma torácico até 50% dos 
pacientes (pneumotórax + comum); 
• Lesões abdominais (baço, fígado, 
bexiga...); 
18,1% apresentam traumatismo craniano. 
 
Ao chegar um animal com suspeita de 
traumatismo, utilizar o ABC do trauma. 
ABC do trauma 
A. Airways (vias aéreas e coluna cervical); 
B. Breathing (respiração e ventilação); 
C. Circulation (circulação com controle de 
hemorragia); 
D. Disability (exame neurológico); 
E. Exposure (exposição com controle de 
hipotermia); 
 
 
 
Biologia Óssea 
Os ossos fazem parte do nosso sistema 
locomotor, são formados por 3 tipos de células: 
• Osteoblastos; 
• Osteoclastos; 
• Osteócitos; 
 
 
 
Osteócitos 
Células maduras que atuam na manutenção da 
matriz óssea. 
 
 
Osteoblastos 
Células jovens com intensa atividade metabólica, 
produzem a matriz e participam da mineralização 
óssea. 
• Células redondas e roliças; 
• Síntese da matriz; 
• Superfície das regiões osteogêncas 
(Havers) – circundam os vasos 
sanguíneos no interior do osso 
reticulado; 
• Migra para dentro da matriz – osteócito; 
 
Formadores de matriz óssea. 
 
 
 
Osteoclastos 
Células grandes polinucleadas, responsáveis 
pela reabsorção óssea. 
• Amontoado de macrófagos; 
• Encontrado próximo do vaso; 
• Remoção do mineral e da matriz 
(reabsorção óssea); 
• 35% flexibilidade e resistência; 
• 65% força (varia com o tipo de osso); 
 
Osteoblastos e osteoclastos são pareadas – 
reabsorção estimula a neoformação óssea. 
 
 
Lei de Wolf: o formato do osso é relativo às 
forças fisiológicas aplicadas à estrutura e o osso 
se adapta dinamicamente a elas. 
 
Desenvolvimento ósseo 
Ocorre em duas fases. 
• Vida fetal – centros de ossificação 
(formas ossos durante a vida), fase de 
crescimento ósseo intensa; 
• Após o nascimento – dura a vida toda 
(desenvolvimento); 
 
Composição Óssea 
O osso é composto por diáfise, medula, metáfise, 
epífise e placa de crescimento. 
 
 
 
Epífise 
Extremidade dos ossos, anterior a placa de 
crescimento. 
• Transição para o osso esponjoso; 
• Osso trabeculado mais frágil em 
resistência; 
• Proximal e distal; 
 
Metáfise 
Zona intermediária, depois da placa de 
crescimento. 
• Une diáfise aos platôes; 
• Osso esponjoso; 
• Proximal e distal; 
 
Diáfise 
Zona média do osso, entre as metáfises. 
• Osso compacto; 
• Tubo oco, onde está situada a medula 
óssea; 
 
Medula Óssea 
Localizada no interior do osso longo, na diáfise. 
• Irrigação e nutrição do osso 
(manutenção); 
• Ossos chatos – estrutura 
hematopoiética; 
 
Placa de Crescimento 
Localizada entre metáfise e epífise. 
• Fase de crescimento; 
• Camadas de cartilagens, condrócitos e 
matriz hialina – transformam-se em 
condrócitos (mediados por GH e outros); 
 
 
*osso jovem x osso adulto* 
 
Aporte Sanguíneo 
• 25% do débito cardíaco são direcionados 
aos ossos; 
• Caminho sanguíneo centrífugo – entra 
pelo canal medular e sai pela cortical; 
• Arteríolas no endósteo e periósteo que 
nutrem o osso cortical; 
• Aportes sanguíneos diferentes para 
epífises e diáfises; 
• Fragmentos longe da fratura – se nutrem 
do periósteo aderindo neles; 
• Não há sistema de drenagem sanguínea 
medular; 
 
Quando ocorre fratura de diáfise (medula) – 
formação de hematoma, que contribui para a 
formação do calo ósseo 1ª. 
 
 
 
Cicatrização Óssea 
É o processo pelo qual osso irá passar após a 
ocorrência de uma fratura. 
• Fratura – vasos (periósteo e medula) se 
rompem, causando sangramento e 
hematoma local; 
• Plaquetas e células endoteliais (48h até 
7/14 dias) liberam fatores quimiotáticos 
que fazem a proliferação e migração das 
células do endotélio e periósteo – 
diferenciação em condroblastos; 
• Matriz de fibrina do coágulo; 
• Organização dos capilares – formação 
do calo; 
 
Existem 2 tipos de calos ósseos que podem ser 
formados a partir de fraturas. 
Processo de cicatrização 
1. Inflamação e neovascularização (eleva 
pH) – precipitação do fosfato e do cálcio 
(calo); 
2. União – duas extremidades do endósteo 
/ periósteo que se proliferam se 
encontram; 
3. Processo de maturação e calcificação – 
osteócito; 
4. Consolidação – células se calcificam e 
especializam em osteoblastos; 
5. Calcificação – ósteons se formam, osso 
recebe carga e trabéculas se 
remodelam; 
 
 
 
7. Até a calcificação – implante e método 
que utilizou na redução são extremamente 
importantes; 
8. Remodelamento é importante por causa 
do alinhamento articular e eixo ósseo; 
 
Calo ósseo primário X secundário. 
 
Calo Ósseo Primário 
Fratura com corticais justapostas bem coaptadas 
(uma sob outra), intensa e estável. 
• Osteoblastos são capazes de comunicar 
um canal de Havers a outro; 
• Fraturas transversais; 
• Processo direto; 
 
Somente com placas compressivas. 
 
 
Calo Ósseo Secundário 
Proliferação periosteal e endosteal. 
• Tecido ósseo exacerbado; 
• Mais frequentemente observado; 
 
 
 
Fratura menos estável. 
 
• Inflamação: indução da formação de 
calo, perdura até formação de osso ou 
cartilagem; 
• Hematoma: substituído por tecido de 
granulação; 
• Calo mole: fibrocartilagem substitui o 
tecido de granulação; 
• Calo duro: calo mole viscoso e 
fragmentos unidos com novo osso; 
• Remodelagem: calosperiosteal e 
endosteal são reabsorvidos; 
 
 
 
Classificação das Fraturas 
Fratura é a solução de continuidade de um osso, 
ou seja, a perda parcial ou total da integridade da 
coluna óssea. 
• Identificar e classificar a fratura; 
• Tratamento diferenciado de acordo com 
cada uma; 
• Mais comum: ossos longos; 
 
Hematoma Calcificação
Remodelame
nto
Hematoma Calcificação
Remodelam
ento
Inflama
ção
Calo 
mole
Calo 
duro
Remodela
gem
 
• Mais comuns: transversa, oblíqua, 
espiral, cominutiva; 
• Avulsão: tendão inserido no fragmento; 
 
Classificação = tipo de fratura + localização + 
nome do osso. 
 
 
 1 2 
Exemplo: 
1. Fratura cominutiva em diáfise de úmero; 
2. Fratura transversa em metáfise distal de 
fêmur; 
 
Fratura de alta energia X baixa energia. 
 
 
 *alta energia* *baixa energia* 
Fratura de Salter – Harris 
 
 
I. Afastamento de linha epifisária; 
II. Linha de crescimento e metáfise; 
III. Linha de crescimento e epífise; 
IV. Metáfise, linha de crescimento e epífise; 
V. Compressiva total; 
VI. Compressiva parcial; 
 
Mecânica das Fraturas 
Existem diversas mecânicas envolvidas quando 
tratamos de uma fratura. 
• Lei de Newton: para cada ação há 
sempre uma reação, oposta e de mesma 
intensidade; 
• Leis de Wolf: retorna a sua forma e 
resistência normal. 
 
Forças que atuam sobre os ossos 
• Existem 5 tipos de forças; 
 
 
Luxação 
É a perda da relação articular entre as superfícies 
articulares de dois ossos, isto é, perda da 
congruência articular. 
• Envolve a ruptura ou afrouxamento dos 
ligamentos articulares; 
 
 
 
Teoria do Strain 
Alto Strain é a estabilidade absoluta do osso, 
“rigidez”. 
 
 
 
Strain X Wolff 
 
• Princípios que direcionam na escolha do 
tipode fixação; 
• Estabilidade relativa X rígida (“absoluta” 
do implante; 
 
Não é bom ao corrigir uma fratura fazer 
estabilidade rígida (absoluta) do osso, pois o 
mesmo pode ficar frágil pela rigidez e fraturar 
novamente. 
 
Metalúrgica e Características dos 
Implantes 
Existem diferentes tipos de implantes que podem 
ser utilizados na ortopedia. 
• Metal ou liga metálica – corrosão; 
• Aço – resistência e dureza; 
 
Tipos de Corrosão 
• Uniforme: corrosão generalizada na 
superfície do implante (escurecimento do 
metal); 
• Galvânica: dois tipos de metal com 
cargas elétricas diferentes (interfere no 
processo de cicatrização óssea); 
• Em Fenda e “Pitting Corrosion”: 
pontos onde não houve adequado 
polimento do metal e processamento de 
sua superfície (manufatura); 
• Intramedular: materiais compostos por 
diferentes componentes, pequenos 
espaços entre os aglomerados de 
cristais de diferentes materiais; 
 
É necessário preparo ideal do implante a fim de 
evitar corrosão. 
 
 
 
Preparo do Implante 
• Os materiais devem possuir 
propriedades mecânicas fortes para 
impedir a movimentação do foco de 
fratura e ao mesmo tempo semelhante à 
dos ossos para evitar a quebra; 
• O mais próximo do ideal – utilizadas ligas 
metálicas de dois ou mais metais e 
outras substâncias; 
• Liga de aço mais utilizados – aço 
inoxidável cirúrgico e ligas de titânio; 
 
Ligas Metálicas Ideais 
• Altamente resistente – resistir a grandes 
cargas sem quebrar; 
• De baixa deformidade – receber cargas 
sem mudar sua conformação; 
• Possuir elasticidade – deformar e 
absorver as cargas igual ao osso; 
• Resistir a um grande número de ciclos – 
permitir inúmeros ciclos de repetição de 
força sem alterar suas características 
mecânicas ou de deformação; 
 
 
 
Escolha do implante depende 
• Massa cinética: vetor resultante das 
massas que incidem em um osso; 
• Braço de momento: distância 
perpendicular entre a linha de ação de 
uma força e o eixo de rotação; 
 
Exame Ortopédico 
Após o ABC do trauma damos início ao exame 
ortopédico. 
• Animal está claudicando? 
• A claudicação é de origem ortopédica ou 
neurológica? Ou outra causa? 
• Qual membro está afetado? 
 
 
• A saúde geral do animal deve ser 
avaliada como parte do exame físico; 
• Animais traumatizados com fraturas de 
ossos longos geralmente apresentam 
lesões concomitantes de tecidos moles; 
 
O exame ortopédico deve seguir uma ordem 
padronizada, afim de evitar esquecer qualquer 
parte. 
• Início pelas extremidades dos membros 
(dígitos) até a região proximal; 
• Inspeção > palpação; 
• Exames laboratoriais (radiografias, USG, 
tomografias, ressonância, avaliação de 
líquido sinovial); 
 
Nunca iniciar pelo membro afetado, sempre 
pelos outros. 
 
Inspeção 
Consiste em observar o andar desse animal. 
• Andar em pisos planos, não 
escorregadios, sem obstáculos (depois 
com obstáculos, aclives, declives); 
• Observar o andar de frente, lado e atrás; 
• Procurar atrofias, desalinhamentos, 
feridas, inchaços e hematomas; 
 
caminhada > trotagem > corrida. 
 
Palpação 
Consiste em apalpar todo o prolongamento dos 
membros. 
• Procurar pontos dolorosos (de 
preferência sem sedação), amplitude de 
movimento (flexão, extensão, adução, 
abdução); 
• Distal até proximal; 
Testar os 4 membros, independente se já 
identificou qual é o membro afetado. 
 
Após exame ortopédico inicial – selecionar região 
para radiografia (analgesia ou sedação). 
 
 
 
Score da Fratura / Paciente / Caso 
A escolha do tratamento do paciente se baseia 
no conjunto de fatores, e não apenas no tipo e 
traço da fratura. 
• Fator Mecânico: tipo de fratura e 
localização, forças que atuam sob o 
osso; 
• Fator Clínico: comportamento e 
comprometimento do tutor, 
comportamento do animal; 
• Fator Biológico: idade do paciente, 
score nutricional, peso, comorbidades; 
 
 
 
Mecânico Clínico Biológico 
Outros Fatores 
• Doenças concomitantes (diabetes, I.C, 
hiperadrenocorticismo...); 
• Medicações (corticóides, 
imunoterápicos...); 
 
Tratamento de Fraturas 
• União ósseas; 
• Retorno do paciente a função normal; 
• Fixação selecionadas (combater forças 
compressoras, dobramento e torcionais): 
 
 
 
• Levar em consideração os 3 fatores 
(mecânicos, biológicos e clínicos); 
 
Interpretação do Score 
• Baixo (0-3): grandes forças sobre o 
implante, grande chance de falha; 
• Médio (4-7): menor força sobre o 
implante, divisão de carga entre 
implante/osso, médio risco de falha; 
• Alto (8-10): baixa força sobre o implante, 
imediata carga sobre o osso, baixo risco 
de falha; 
 
 
Existem diferentes métodos de fixação para o 
mesmo tipo de fratura, desde que respeitando 
os preceitos de tratamento. 
 
Imobilizações 
Tem como objetivos aliviar a dor, evitar que os 
tecidos sejam ainda mais comprometidos e, 
quando presente, tratar uma fratura. 
• Externas: bandagens e talas; 
• Internas: pinos, fios, placas; 
• Externas Cirúrgicas: fixadores lineares e 
circulares; 
 
 
 
Bandagens e Talas 
Ao se adicionar estruturas rígidas as bandagens, 
temos a confecção de uma tala. 
1. Malha tubular; 
2. Atadura crepe; 
3. Algodão (ortopédico ou normal); 
4. Esparadrapo (atadura); 
5. Vetrap ou similar; 
6. Estrutura de alumínio, PVC, aço; 
 
Bandagens vão até nível 5 e talas até o 6. 
 
 
Ao colocar uma bandagem ou tala, sempre 
deixar os dedos do animal à mostra, para 
verificar inchaço. 
 
Bandagem tipo Robert-Jones 
• Não possui tala, apenas bandagem; 
 
 
 
 
 
 
Se adicionar tala é nomeada “Robet-Jones 
modificada”. 
 
Confecção de Tala 
• Abrange os 6 níveis. 
 
 
Tala tipo Spica 
Pode ser utilizada em membro torácico e pélvico, 
região proximal. 
• Estabilizar a articulação do cotovelo 
após redução de luxação; 
• Imobilização temporária pré-operatória 
de fratura de escápula; 
• Pós operatório imediato de artrodeses de 
ombro; 
 
 
 
 
Tala tipo Ehmer 
Utilizada para evitar apoio do membro pélvico. 
• Principalmente imobilização da 
articulação coxo-femural (após redução 
da luxação); 
• Imobilizar pré-operatório na fratura de 
acetábulo, de cabeça / colo femural; 
 
 
 
Tala tipo Velpeau 
Utilizada para evitar apoio do membro torácico. 
• Estabilizar articulação escapulo-umeral 
(luxações mediais); 
• No pré-operatório das fraturas de 
escápula; 
 
 
 
 
Talas para metacarpo/metatarsos e 
falanges 
Utilizada para imobilizações dessas regiões. 
 
 
 
 
Pode ser utilizados gessos, porém não é mais 
indicado hoje em dia – métodos mais 
avançados. 
 
*4 tipos de talas* 
 
Cuidados 
• Evitar garrotear (monitorar dedos); 
• Umidade (dermatite grave); 
• Ectoparasitas (talcos antipulgas); 
• Evitar obstáculos; 
• Se feridas abertas (troca da tala), manter 
janela para curativo; 
• Repouso; 
 
Bandagens e talas são de uso principal para 
evitar traumas adicionais até a cirurgia. 
 
Pinos Intramedulares (IM) 
Utilizado sozinho em casos de fraturas diafisárias 
de traço simples transversas ou muito pouco 
oblíquas. 
• Ossos longos (úmero, ulna, fêmur, tíbia); 
• Obrigatoriamente ancorar nas 2 
metáfises ósseas; 
• Deve ocupar 60% a 80% do canal 
medular se associado a cerclagens; 
• Deve ocupar 50% a 60% do c.m se 
associado ao fixador externo linear 
(F.E.L); 
• Deve ocupar 35% a 40% do c.m se 
associado a placa; 
 
 
Não pode aplicar no rádio devido a canal 
medular estreito e lesão de articulação. 
 
Limitações 
• Devido as forças que atuam sobre o 
osso, os pinos IM estabilizam melhor a 
força de flexão (arqueamento) do osso; 
• Forças de torção, tração e rotação 
promovem pouquíssima estabilidade – 
não união, união retardada, 
deformidades rotacionais, colapso da 
fratura, cisalhamento dos fragmentos 
(desvio do eixo ósseo);Normalmente nunca é usado apenas o pino, e 
sim é associado a + algum tratamento. 
 
Formas de Aplicação 
O pino IM pode ser aplicado de 2 formas. 
• Normógrado – pela epífise do osso; 
• Retrógrada – pela linha de fratura; 
 
Normógrada 
 
Retrógrada 
 
 
Tíbia não pode ser colocado pino IM de forma 
retrógrada pois causa lesão na articulação 
fêmur-tibio-patelar. 
 
Cerclagens 
Cercar a fratura com fio (“arame do pão”). 
• Fraturas oblíquas de 2,5x o diâmetro do 
osso; 
• Fraturas em 2 fragmentos; 
• Comum em fêmur e tíbia; 
 
 
 
 
Cuidado ao realizar a cerclagem da fratura, 
cercar na porção média da fratura e nas duas 
extremidades (forças de tensão). 
 
 
 
*cerclagem em Double Loop* 
 
Bandas de Tensão (compressão do 
foco) 
Utilizadas em fraturas de avulsão. 
• Visa contrapor as forças do tendão que 
está inserido no fragmento; 
• Produz uma força de compressão deste 
fragmento; 
 
 
 
Através da banda de tensão, a tração do tendão 
(músculo) é direcionado comprimindo o foco da 
fratura. 
 
Regras de tensão 
• Pinos são passados de forma paralelas, 
primeiro no fragmento e depois no osso; 
 
 
• Fazer ancoragem (angulação) para 
segurar o fragmento no local (não 
escorregar); 
 
 
*ancoragem em tipo 8* 
 
• Ancoragem é feita no olecrano (fêmur) 
ou tuberosidade tibial; 
 
Pinos Cruzados 
Utilizados em fraturas epifisárias que sejam 
distais o suficiente para que os pinos cruzem 
acima do foco de fratura. 
• Principalmente em animais jovens 
(fratura de Salter Harris); 
 
 
 
Fixadores Externos Lineares 
São um tipo de imobilização mais dinâmica. 
• Fraturas cominutivas e osteomielite; 
 
 
 
 
A. Tipo IA: 1 barra paralela ao osso; 
B. Tipo IB: 2 barras em ângulo de 90°C; 
C. Tipo II: 2 barras paralelas ao osso; 
D. Tipo III: 2 barras paralelas ao osso + 1 
barra no meio (triângulo / foguetinho); 
E. Tipo circular / híbrido: pode colocar 
várias barras; 
 
Preserva o foco de fratura, forças são desviadas 
para os pinos e transferidos para as barras. 
 
 
*fixador externo Tie-in* 
 
Regras 
• O fixador deve contemplar todo 
comprimento do osso; 
• 2 pinos nas extremidades (próximo as 
articulações) do osso; 
• 2 pinos próximos do foco de fratura; 
• Os pinos de Schanz devem contemplar a 
cortical Cis e Trans; 
• Alinhamento articular / aposição dos 
fragmentos não precisa ser perfeita; 
• Ideal é 3 pinos por fragmento; 
• Tubo esterilizado; 
 
Vantagens 
• Curva de aprendizado mais fácil; 
• Implante de baixo custo; 
• Versátil; 
• Possibilidade de correção da cirurgia por 
readequação dos pinos; 
• Pode-se utilizar as barras laterais, 
clamps, arruelas e parafusos; 
• Indicado em fraturas contaminadas 
(osteomielite) – o implante não passa 
pela fratura; 
 
 
 
Desvantagens 
• Máxima duração de 90 dias; 
• Terá que submeter a nova anestesia 
para remoção; 
• Curativos diários; 
• Reaperto do aparato (parafusos dos 
clamps); 
• Tutor cuidadoso); 
• Ambiente desfavorável; 
• Animais bravos; 
 
Evitar em felinos. 
Complicações = soltura prematura dos pinos. 
 
 
*clamps* 
Placas Cirúrgicas e Parafusos 
São utilizados nas seguintes funções: 
• Parafuso isoladamente na função 
compressiva; 
• Parafuso na função posicional; 
• Parafuso dentro da placa na função 
compressiva; 
• Parafuso dentro da placa na função 
neutra; 
 
 
*utilizar material do mesmo fabricante* 
 
 
 
Em alguns casos a cortical cis (entrada) terá 
orifício maior e cortical trans menor (saída) – 
apertar o parafuso e ficar mais “justo”. 
 
• Parafuso deve ser utilizado de forma 
perpendicular a fratura; 
 
Parafuso na função Compressiva 
Utilizado para fazer compressão da linha de 
fratura. 
1. Redução do foco de fratura; 
2. Perfuração broca maior (orifício 
deslizante) – cortical cis; 
3. Colocação do guia dentro do orifício 
deslizante; 
4. Perfuração broca menor (furo 
macheante) – cortical trans; 
5. Medição; 
6. Machear; 
7. Aplicar o parafuso; 
 
 
*forma de aplicação* 
 
 
*parafuso deve ficar perpendicular a linha de fratura* 
 
Parafuso na função Posicional 
Utilizado apenas para posicionar a fratura de 
forma correta. 
• Orifícios da cortical Cis e Trans são feitos 
com a mesma broca; 
 
 
*função posicional* 
 
*forma errada * 
 
Placas 
 
 
• Reconstrução anatômica perfeita; 
• Reabilitação funcional precoce; 
• Placas aposicionais e compressivas 
(parafuso anda nela); 
 
O parafuso que dá nome a placa dependendo da 
forma que for utilizado – compressiva ou neutra. 
 
 
 
• Parafuso bloqueados X convencional; 
 
 
 *bloqueado* * convencional* 
• Bloqueados – parafuso roda dentro da 
placa e dentro do osso (compressão); 
• Convencional – parafuso fica apenas 
posicionado (neutra); 
 
Moldagem 
Nenhum osso é 100% reto igual as placas, 
portanto é necessário realizar a moldagem 
manual dessas placas de acordo com a anatomia 
do osso. 
• Toda a placa deve estar encostada na 
cortical do osso; 
 
 
 
 
Regras de placas 
• Após colocar parafuso bloqueado, não 
pode colocar parafuso convencional 
(cortical) no mesmo fragmento; 
 
 
O parafuso convencional (cortical sem bloqueio) 
além de poder ser utilizado para comprimir o foco 
de fratura se utilizado num orifício deslizante 
(oval), também pode ser utilizado para aproximar 
a placa do osso. 
 
Forças sobre as placas 
Levar em consideração as forças que irão atuar 
sobre o osso e a placa, para escolher melhor 
posição. 
• Compressão; 
• Tensão; 
 
 
 
 
Na utilização de placas compressivas teremos a 
formação de calo ósseo 1ª. 
 
Funções das placas 
 
 
 
 1 2 3 4 
 
1. Placa de compressão: comprimem o 
foco da fratura – fraturas transversas ou 
osteotomia; 
2. Placa de apoio: função de suporte ou 
antideslizante – fraturas oblíquas; 
3. Placa de neutralização (DPC): 
contrapõe forças que possam incidir 
sobre a fratura e desestabilizar redução 
e fixação já feitas – fraturas 
segmentares; 
4. Placa ponte: minimizar qualquer lesão 
adicional de partes moles – fraturas 
cominutivas; 
 
Placa Ponte 
• Tamanho da placa – todo o osso; 
• Taxa de preenchimento – dos furos a 
placa deve ser 40% a 60% do número de 
furos; 
• SPAM – a distância entre os parafusos 
mais “internos” da placa deve ser 2x o 
tamanho do GAP (defeito); 
 
 
 
Cuidado para não confundir nome da placa com 
a função da placa.

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