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1- Resfriado Comum Definição Doença mais comum das vias aéreas superiores. Lactentes e pré escolares podem apresentar de 6 a 8 episódios de resfriado ao ano, podendo ser mais frequente em crianças que frequentam creches. Quadro benigno e auto limitado, geralmente durando 5 a 7 dias. Etiologia Rinovirus Principal agente Outros o Vírus Sincicial Respiratório o Parainfluenza o Influenza o Adenovírus o Coronavírus o Enterovírus O rinovírus e adenovírus são prevalentes o ano todo, enterovírus é mais comum no verão e os outros são mais comuns no outono e inverno. Manifestações Clínicas O inicio dos sintomas é gradual. o Obstrução nasal o Coriza hialina o Gotejamento posterior Pode causar irritação na garganta causando a tosse o Febre baixa o Odinofagia Importante Não há taquipneia e nem estridor Atenção A coriza por de torar amarelada e isso não é sinônimo de infecção bacteriana. Tratamento Medidas de suporte o Antitérmico o Analgésicos o Lavagem nasal Diminui o gotejamento posterior e, consequentemente, a tosse. Não é recomendado o uso de mucolítico, descongestionante e antitussígenos. Atenção Não usar AAS pelo risco de Síndrome de Reye Complicações Otite média aguda Complicação mais comum Rinossinusite bacteriana aguda Suspeitar de complicações quando a febre persistir por mais de 72h ou sintomas de gravidade como taquipneia, gemência, retrações. Infecção de Via Aérea Superior 2- Síndrome Gripal É um diagnóstico diferencial do resfriado. Quando suspeitar Abaixo de 2 anos Febre súbita Sintomas respiratórios na ausência de outro diagnóstico específico Acima de 2 anos Febre súbita Tosse ou dor de garganta Mialgia, cefaleia ou artralgia Tratamento Medidas de suporte o Antitérmicos o Analgésicos o Lavagem nasal Oseltamivir Conhecido como tamiflu Abaixo de 5 anos o Sempre se < 48h do inicio do sintoma Acima de 5 anos o Doenças crônicas o Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) o Hospitalizados Complicações SRAG Definida por síndrome gripal com dispneia, dessaturação, hipotensão, descompensação de doenças pré existentes ou disfunção orgânica grave. Notificação compulsória 3- Otite Média Aguda Definição Mais prevalente em lactentes devido a fatores imunológicos e a tuba auditiva ser mais retificada e curta, principalmente em < 2 anos, pois facilita o acúmulo de secreção. Etiologia Vírus respiratórios Bactérias o S. pneumoniae o H. influenza o M. catarrhalis Atenção Sempre pensar em adenovírus quando OMA associada a conjuntivite Fatores de Risco o Baixa condição socioeconômica o Exposição passiva ao tabagismo Ocorre alteração ciliar, aumentando a estase do muco, favorecendo a infecção. o Refluxo gastroesofágico o Uso de chupetas o Alergias o Contato com outras crianças Fatores de proteção o Aleitamento materno o Vacinação Manifestações Clínicas Sintomas Otalgia Febre Hipoacusia Devido a barreira mecânica pode causar déficit cognitivo Otoscopia Abaulamento de MT Hiperemia de MT Opaacidade de MT Atenção Hiperemia ou opacidade de MT sem abaulamento não indica infecção. Abaulamento = sinal mais sugestivo. Diagnóstico Manifestações clínicas + otoscopia Atenção Presença de bolhas hemorrágicas em MT pensar e miringite bolhosa, por mycoplasma pneumoniae. Tratamento Sintomático Indicações Otalgia leve a moderada Febre baixa OMA unilateral ˃ 6 meses Antibioticoterapia Indicações o < 6 meses o < 2 anos se otite bilateral o Otorreia o Doença grave o Alteração crânio facial Amoxicilina 40 a 50mg/Kg/dia por 10 dias Quando associar clavulanato Conjuntivite + OMA Uso de antibiótico < 30 dias Ausência de melhora em 48 a 72h Atenção Sem melhora em 48h a 72h pode dobrar a dose de amoxicilina ou associar a clavulanato Complicações Perfuração timpânica Mastoidite aguda Infecção da mastoide Quadro Clínico: Abaulamento retroauricular posterior + dor + hiperemia Tratamento: Indicação de internação para TC de mastoide e antibioticoterapia EV 4- Sinusite Aguda Definição Infecção da mucosa nasosinusal (seios da face). Os seios da face possuem formação progressiva. Ao nascimento apenas os seios maxilares e algumas células etmoidais estão presentes. Etiologia S. pneumoniae H. influenza M. catarrhalis Atenção Mesmos agentes da OMA - as duas são complicações do resfriado comum. Manifestações Clínicas Os sinais e sintomas são parecidos com um resfriado comum, mas com persistência por mais de 10 a 14 dias. o Obstrução nasal É um sinal obrigatório o Gotejamento posterior o Tosse o Dor ou pressão fácil Este sintoma é dependente da faixa etária Diagnóstico O diagnóstico é clínico, a partir da observação dos sinais e sintomas e a persistência por mais de 10 dias Exames de imagem Indicados quando complicações. Importante O exame mais indicado é a TC dos seios da face, não é raio X. Diagnósticos diferenciais Corpo estranho Rinorreia unilateral e fétida Rinite alérgica Coriza hialina persistente Ausência de sintomas sistêmicos Tratamento Medidas gerais o Analgésicos o Antitérmicos o Lavagem nasal Antibioticoterapia A escolha do antibiótico é empírica, baseado nos principais agentes. Amoxicilina 40 a 50mg/Kg/dia por 10 dias Quando associar clavulanato Conjuntivite + OMA Uso de antibiótico < 30 dias Ausência de melhora em 48 a 72h Atenção Sem melhora em 48h a 72h pode dobrar a dose de amoxicilina ou associar a clavulanato Complicações Celulite orbitária Local Pós septal Sinais e sintomas o Protusão do globo ocular Achado mais característico o Edema o Dor o Eritema palpebral o Dificuldade em movimentar o olho Tratamento Internação e antibioticoterapia EV Celulite periorbitária Local Pré septal Sinais e sintomas o Edema o Dor o Eritema palpebral Atenção O que difere a celulite orbitária da celulite periorbitária é: o Protusão ocular o Dificuldade em movimentar o olho 5- Faringotonsilite Etiologia Vírus Principal causa Estreptococo beta hemolítico do grupo A (pyogenes) Importante Complicações da infecção causada pelo estreptococo pyogenes: o Febre reumática o GNDE - Glomerulonefrite pós estreptocócica Manifestações Clínicas Viral o Febre o Odinofagia o Sintomas sistêmicos Bacteriana o Febre o Odinofagia o Adenopatia dolorosa o Petéquias em palato o Exsudato em orofaringe Importante Faringite + conjuntivite pensar em adenovírus - febre faringoconjuntival. Diagnóstico Escore Centor Modificado Este critério indica a probabilidade da faringotonsilite ser por causa estreptocócica. Facilitado melo mnemônico FANTA F – Febre A – Adenopatia dolorosa N – Não tosse T – Tonsila com exsudato A – Age (3 a 14 anos) Pontuação o 0 ou 1 ponto Muito pouco provável a hipótese de etiologia bacteriana para o quadro. o 2 pontos Realizar a cultura de orofaringe ou o teste rápido, e antibioticoterapia se os resultados forem positivos; o 3 ou mais pontos Realizar testes para detectar o agente Considerar antibiótico empírico. Atenção Idade ≥ 45 anos diminui 1 ponto Exames Complementares o Teste rápido o Cultura de orofaringe o ASLO Auxiliam no diagnóstico, mas não são mandatórios. Tratamento Penicilina benzatina Primeira escolha AmoxicilinaDurante 10 dias O objetivo do tratamento é reduzir complicações: Complicações supurativas o Abscesso periamigdaliano o Abscesso retrofaríngeo Complicações não supurativas o Febre reumática o GNDE Atenção O antibiótico consegue prevenir a febre reumática se iniciado em até 9 dias do início do quadro clínico. Diagnósticos diferenciais PFAPA Quadro Clínico o Febre periódica o Estomatite aftosa o Faringite o Adenite cervical Suspeitar quando não responde ao antibiótico. Tratamento o Corticoide Mononucleose Etiologia Viral – Epstein barr Quadro clínico o Faringite o Linfadenopatia generalizada o Sinal de hoagland o Edema palpebral o Esplenomegalia o Leuccitose com linfócitos atípicos Atenção Exantema associado ao uso de amoxicilina em até 48h Tratatmento Sintomáticos Complicações Supurativas Abscesso periamigdaliano Quadro Clínico o Disfagia o Triismo o Sialorreia o Abaulamento da cavidade oral o Desvio da úvula (contralateral) Abscesso retrofaríngeo Quadro Clínico o Odinofagia o Sialorreia o Dificuldade em movimentar o pescoço Pode ter rigidez cervical presente Tratamento o Antibioticoterapia EV o Avaliação de drenagem Este tratamento é realizado nas duas complicações. Complicações não supurativas Febre reumática Definição Surge entre 2 a 3 semanas após a infecção. Devido a este tempo a cultura de orofaringe possui baixa positividade. Importante A escarlatina também causa febre reumática, pois há acometimento da faringe. Diagnóstico o Critério de Jones O Brasil se encaixa na população de médio a alto risco. o Critério obrigatório: Infecção pelo SBGA. O diagnóstico é definido pela presença do critério obrigatório + o 2 critérios maiores o 1 critério maior + 2 menores Atenção Critérios que fecham o diagnóstico, sem necessidade de avaliar os critérios de Jones o Coreia Sydenham o Cardite Indolente Tratamento o Erradicação Penicilina G benzatina < 20 Kg – 600.000 UI em dose única ˃ 20 Kg – 1.200. 000 UI em dose única o Profilaxia secundária Penicilina G benzatina a cada 3 semanas O tempo de profilaxia depende da presença ou não de complicações e da extensão da mesma. Atenção O tratamento da artrite na febre reumática é realizado com AAS. Glomerulonefrite pós estreptocócica (GNPE) Definição Surge 6 a 21 dias após o quadro de tonsilite (3 a 6 semanas) Quadro clínico o Oliguria o HAS o Edema o Hematúria macroscópica Exames complementares o Complemento – C3 baixo o Função renal o Eletrólitos o ASLO Tratamento o Medidas de suporte Direcionado ao sinal ou sintoma presente, como a HAS, edema... o Erradicação Penicilina G benzatina < 20 Kg – 600.000 UI em dose única ˃ 20 Kg – 1.200. 000 UI em dose única Definição Etiologia Manifestações Clínicas Tratamento Complicações Quando suspeitar Tratamento (1) Complicações (1) Definição (1) Etiologia (1) Fatores de Risco Fatores de proteção Manifestações Clínicas (1) Diagnóstico Tratamento (2) Complicações (2) Definição (2) Etiologia (2) Manifestações Clínicas (2) Diagnóstico (1) Tratamento (3) Complicações (3) Etiologia (3) Manifestações Clínicas (3) Diagnóstico (2) Tratamento (4) Diagnósticos diferenciais Complicações Supurativas Complicações não supurativas
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