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PACIENTE COM NECESSIDADES ESPECIAIS

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Feito por @adillaalbuquerque | 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PACIENTES COM 
NECESSIDADES 
ESPECIAIS 
Feito por @adillaalbuquerque | 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO A PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS; 
2. GESTANTE; 
3. VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA; 
4. ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA; 
5. DROGADITOS; 
6. SÍNDROMES TERATOGÊNICAS; 
7. SÍNDROMES; 
8. DIABETES MELLITUS; 
9. ESPECTRO AUTISTA; 
10. PACIENTE RENAL; 
11. ODONTOLOGIA E PACIENTES ONCOLÓGICOS. 
REFERÊNCIAS 
1. ANDRADE, E. D. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA. 3ª.ED.ARTES MÉDICAS. 2013. 
2. MALAMED, S. MANUAL DE ANESTESIA LOCAL. ELSEVIER, 5ED 2005 
3. ELIAS ROBERTO. ODONTOLOGIA PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS. 1°TH ED. SÃO 
PAULO: NAPOLEÃO; 2014. 304 P. 
Feito por @adillaalbuquerque | 3 
 
INTRODUÇÃO A PACIENTES COM NECEESSIDADES ESPECIAIS 
 O paciente especial é todo indivíduo que 
possui alteração física, orgânica, intelectual, social ou 
emocional (aguda ou crônica, simples ou complexa) 
e que necessita de educação especial temporária ou 
definitivamente, ou seja, paciente que possui um 
distúrbio biopsicossocial. Dentro dessa definição 
temos os conceitos de: 
• Transitório: a gestante é transitória até 6° 
meses de amamentação podendo chegar a 2 
anos; 
• Definitivos: down 
• Dependentes: tetraplégicos 
• Independentes: down, autismo 
 Apesar do grande número de portadores de 
deficiência ser elevado, apenas 3% recebem 
atendimento odontológico. Isso se deve à falta de 
informação dos responsáveis; falta de 
comprometimento dos responsáveis com o 
tratamento; falta de acessibilidade por barreiras 
arquitetônica e falta de capacitação dos 
profissionais. 
Classificação de pne 
• Desvios de inteligência; 
• Defeitos físicos; 
• Defeitos congênitos; 
• Defeitos comportamentais; 
• Desvios psíquicos; 
• Deficiências sensoriais e de áudio-
comunicação; 
• Doenças sistêmicas; 
• Doenças endócrino-metabólicas. 
Família x paciente 
Ciclo: ansiedade x expectativa → equipe 
odontológica → responsável → equipe médica. 
Interdisciplinaridade 
 O atendimento ao paciente especial requer 
um conjunto de profissionais. Com isso, segue as 
especialidades que agem em conjunto para 
proporcionar uma saúde melhor a esses pacientes 
• Neurologia; 
• Pediatria; 
• Fonoaudiologia; 
• Odontologia; 
• Homeopatia; 
• Cardiologia; 
• Genética; 
• Endocrinologista. 
 Segundo a resolução 23/2002 art.31, a 
odontologia para pacientes especiais é a 
especialidade que tem por objetivo: diagnóstico, 
prevenção, tratamento, controle dos problemas de 
saúde bucal. Dos pacientes que apresentam uma 
complexidade no seu sistema biológico e/ou social, 
bem como percepção e atuação dentro de uma 
estrutura transdisciplinar com outros profissionais de 
saúde e de áreas correlatadas com o paciente. 
Protocolo para o atendimento de pacientes 
portadores de necessidades especiais 
• Anamnese: colher todas as informações é 
crucial para um bom atendimento. Isso 
envolve quais medicamentos usam, 
costumes, hábitos, como foi a gestação da 
mão, o parto etc; 
• Controle de comportamento: analisar se o 
paciente é colaborador ou não colaborador; 
• Solicitação da avaliação médica; 
• Exame clínico; 
• Exames complementares; 
• Diagnósticos; 
• Plano de tratamento. 
Porque avaliar o paciente? 
• Estabelecer diagnóstico; 
• Condições médicas pré-existentes ou 
concomitantes; 
• Controlar as emergências; 
• Controlar paciente. 
Forma 
• Prevenção da doença e restauração do dano; 
• Controle da doença e manutenção da saúde. 
Contenção no tratamento odontológico 
Vantagens 
• Diminuição do stress emocional e ambiental; 
• Simplificam o atendimento e trabalho dos 
profissionais. 
Feito por @adillaalbuquerque | 4 
 
Objetivos: conseguir cooperação do paciente para o 
tratamento. 
Alternativas para controle do paciente 
• Contenção psicológica e contenção física: é 
feita sem precisar de anestesia; 
• Contenção farmacológica e anestesia geral. 
 
Classificação do comportamento 
• Colaborador; 
• Potencial colaborador; 
• Falta de capacidade de colaborar (crianças 
muito pequenas, disfunções neuro motoras, 
pacientes superprotegidos, pacientes 
tímidos). 
Técnica de moldagem do comportamento 
Comunicação profissional / paciente 
• Iniciação: elogios, perguntas; 
• Comando: mensagens positivas; 
• Clareza da mensagem: eufemismo; 
• Escuta ativa e comunicação multissensorial: 
técnica do toque sutil. 
Controle da voz 
• Mensagens súbitas e firmes; 
• Conversação monótona; 
• Histórias / distração 
Contenção física 
 É usada em último caso e para casos 
específicos. 
Tipos de pacientes 
• Com movimentos involuntários: espasmos 
musculares contínuos ou interrompidos; 
• Pacientes fortes e fisicamente perfeitos, com 
deficiência mental profunda; 
• Pacientes impossibilitados por problemas 
neurológicos ou ortopédicos 
 Essa contenção pode ser feita com ajuda dos 
pais e com tira de pano-lençóis. Além disso pode ser 
usados o sistema estabilizador ou macri. 
Meios auxiliares do controle do comportamento 
• Abridores de boca (rolhas, abritek); 
• Evitar a luz do refletor diretamente nos olhos 
do paciente; 
• Em pacientes agitados, deixar o material fora 
do alcance de pés e mãos; 
• Manter sucção adequada e/ou posição semi-
sentada; 
• Não passar materiais sobre o rosto do 
paciente; 
• Ter cuidado com materiais de cheiro forte; 
• Introduzir materiais na cavidade oral de 
maneira segura (fio dental); 
• Evitar exposição do paciente a materiais que 
possam causar apreensão/medo 
(agulha/gaze suja); 
• Evitar distrações (barulhos fortes, luzes); 
• Sentar preferencialmente de frente. 
Contenção química 
• Indução ao sono e relaxamento do paciente; 
• Facilita o tratamento e não evita dor; 
• Não dispensa anestesia local. 
Precaução 
• Não devemos nos esquecer da depressão 
provocada por sedativos e suas propriedades 
de potencializar outros depressores do SNC; 
• Devemos nos informar junto aos médicos 
que assistem ao paciente, sobre as drogas 
que os mesmos estão tomando. 
Considerações gerais 
• Necessidade de limpeza diária da boca e dieta 
nutritiva e com poucos carboidratos; 
• Prescrição de flúor e implantar técnicas 
profiláticas evitando traumatismos orais; 
• Visitas periódicas (3 em 3 meses) 
Dizer – mostrar e fazer 
GESTANTE 
 A gestante é um grupo de pacientes especiais 
transitório que dura da sua gestação até tempos pós-
parto. Existem algumas perguntas que podem ser 
feitas para ter-se uma ideia se a mulher está ou não 
grávida, pois muitas não sabem e querem iniciar 
tratamentos odontológicos muito invasivos, sendo 
elas: 
Feito por @adillaalbuquerque | 5 
 
• Os seios estão doloridos ou inchados 
ultimamente? 
• Tem sangramento gengival espontâneo 
(leucemia, gravidez, anemia)? Isso porque 
nos 3 primeiros e nos 3 últimos meses de 
gestação há modificação na coagulação da 
gestação além de aumento hormonal, 
principalmente o aumento da prostaglandina 
que está diretamente ligado a parte 
periodontal o que leva ao sangramento, ou 
seja, maior prostaglandina e maior liberação 
de hormônios. 
• Ganhou ou perdeu peso nos últimos tempos? 
 Algumas perguntas não são significativas 
como: fluxo menstrual atrasado, pois existem 
métodos contraceptivos que desregulam o fluxo 
menstrual; se usa preservativo, pois o preservativo 
pode estar furado, mal colocado etc. 
 Silva, em 1968, relatou que toda gestante 
deve evitar ao máximo qualquer problema oral 
durante a gestação e por isso deve ser atendida em 
qualquer momento da gestação. Se há aumento de 
adrenalina na gestante por estresse, susto etc, 
aumenta a prostaglandina e a liberação de ocitocina, 
consequentemente aumentaa contração gerando o 
aborto. 
 Anestésico de escolha para gestante: 
lidocaína com epinefrina (1° escolha); mepivacaina (2° 
escolha e 1° escolha se a paciente tiver arritmia 
cardíaca) é rapidamente absorvida e por ser uma 
solução anestésica mais concentrada, somando 
assim o seu potencial tóxico e podendo ser 
prejudicial para saúde do feto. 
 Anestésico para evitar em gestante: prilocaina 
é rapidamente absorvida, pode gerar cianose por 
metahemoglobinemia. A felipressina tem uma 
semelhança estrutural à ocitocina, podendo levar à 
contração uterina, embora a dose necessária para 
que isso ocorra seja várias vezes maior que a utilizada 
em odontologia. Articaina (quando o benefício for 
maior que o malefício pode ser usada, porém deve 
dividir o valor dos tubetes por 2 – metade da 
dosagem). Assim, prilocaina é totalmente 
contraindicada e articaina é usada com parcimônia 
pois pode levar a metahemoglobinemia. A 
bupivacaína é um anestésico de longa duração, tendo 
efeito tóxico para o fígado. 
 Vasoconstrictores: Os vasoconstrictores 
impedem a absorção sistêmica e assim reduzem os 
efeitos tóxicos dos anestésicos locais. A sua presença 
também prolonga a duração da anestesia local. 
 Anestésicos sem vasoconstrictores tem 
absorção rápida da anestesia (30 minutos), sendo 
necessárias altas doses de anestésicos, assim sua 
concentração sanguínea será alta, tanto para a mãe 
como para o feto. 
 Como escolher o anestésico local: tamanho da 
molécula e grau de ligação do anestésico local às 
proteínas plasmáticas. 
ANESTÉSICO LOCAL GRAU DE LIGAÇÃO % 
Bupivacaína 95 
Mepivacaína 77 
Lidocaína 64 
Prilocaína 55 
 Raios X: ainda que não tenha avental de 
chumbo, a radiografia periapical pode ser feita. Em 
1968 Silva disse que, para que o raio x cause efeito 
teratogênico no feto, devem estar voltados 
diretamente para o feto e nenhuma periapical está 
voltada para o feto. Mesmo de forma indireta, tem a 
quantidade de “radis” para ser teratogênico, que é 5 
radis = 500 tomadas radiográficas no dia, onde o feto 
recebe 2% da radiação direto da cabeça da mãe. O 
primeiro molar inferior é o dente que precisa de mais 
incidência de raios → 0,4mini radis. 
Obs: Para evitar enjoos a gestante, é interessante 
reunir todos os materiais com odor e colocar pelo 
menos 1 hora antes na geladeira para diminuir odor 
no ambiente de atendimento. 
Macete para anestesiar palato (PNE): Anestésico 
tópico + pitada de sal = porque o sal aumenta a 
vascularização no palato, aumentando o potencial de 
absorção do anestésico → diminui ânsia de vômito. 
 A cadeira odontológica para gestante não 
pode passar os 60° graus. Caso a paciente relate 
sudorese, sensação de desmaio, deve-se virar a 
paciente para o lado esquerdo devido a 
vascularização; caso relate falta de ar, deve-se virar a 
paciente para o lado direito. Além disso, deve parar o 
procedimento, liberar a frente da paciente, voltar a 
paciente para a posição normal e só liberar quando 
tudo se normalizar, ou seja, estado em que a paciente 
estava quando chegou ao consultório. 
1° trimestre 
Porque o 1° trimestre é mais temido? Porque é a época 
de fertilização e implantação do embrião, além de 
Feito por @adillaalbuquerque | 6 
 
organogênese (4° a 8° semana), podendo levar ao 
aborto e tertogenia, náuseas e vômitos. 
• Alterações hormonais: gonadotrofina 
coriônica (Manter corpo lúteo), estrogênio 
(Estimula crescimento uterino) e 
progesterona (Implantação do embrião, 
manter a nutrição do feto, indução do parto) 
• Alterações sistêmicas: cardiovascular 
(Aumento do débito cardíaco, aumento do 
volume cardíaco), hematologia (anemia 
materna), respiratória (movimento do 
diafragma), aumento do peso, alterações 
cardiovasculares, alterações hematológicas, 
alterações respiratórias, alterações 
metabólicas. 
• Alterações gastrointestinais: emêse (reflexo 
de náusea e vômito matutinos); hiperemêse 
(desidratação e perda de peso de etiologia 
desconhecida, porém tem sido associado a 
alterações dos níveis de gonadotrofina 
coriônica e hipoglicemia). 
2° trimestre 
 É um semestre de estabilidade 
3° trimestre 
• Frequência urinária aumentada; 
• Edema de pernas; 
• Hipotensão postural; 
• Desconforto em decúbito dorsal. 
Existe época oportuna para atendimento 
odontológico de gestante? qualquer período 
gestacional, uma vez que é mais prejudicial para o 
bebê a manutenção das infecções na cavidade bucal 
da mãe, do que o tratamento instituído. 
Procedimentos 
• Anamnese; 
• Exames clínicos e complementares; 
• Consultas curtas e monitoramento dos sinais 
vitais; 
• Dosagem da glicose 
Alterações durante o procedimento 
• Hipoglicemia; 
• Hipotensão postural 
 
Reflexo de vômito e náuseas - erosão dental 
• Evitar bebidas ácidas e alimentos 
gordurosos; 
• Instaurar instrução de higiene oral 
adequadas; 
• Utilização de bochechos 
Fármacos 
• Acetaminofeno: Categoria B – analgésico de 
eleição na gestação e Lactação; 
• Corticosteroides: Seguro na forma tópica na 
cavidade oral, inibição do trabalho de parto; 
• Penicilina e Cefalosporina: 1° eleição em lesões 
orofaciais; 
• Eritromicina, Clindamicina e Azitromicina; 
• Ácido Acetilsalicílico: Categoria C, inibidor de 
prostaglandinas, processos hemorrágicos; 
malformação no SNC 
• Opioides: depressão do sistema nervoso fetal 
e vício no feto. 
 Para terapia periodontal em gestante usa-se 
levofloxacino e não tertraciclina. Além disso, 
qualquer dipirona é contraindicada para gestante 
Fármacos não seguros: tetraciclina, metronidazol, 
óxido nitroso, barbitúricos e benzodiazepínicos. 
Alterações bucais: cárie, doença periodontal 
(aumenta o risco de a criança nascer prematura), 
granuloma piogênico (gravídico), alteração da saliva 
(pH alterado) 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) 
 O grau de mutação é maior que qualquer 
outro vírus da espécie humana. O que pode levar a 
desconfiar que um paciente é HIV+: 
• Febre persistente e não constante, 
• Vários parceiros sexuais sem proteção, 
• Candidíase: trata com nistatina 100.000 
Ui/ml; 200.000 Ui/ml 
• Leucoplasia 
• Sarcoma de kaposi. 
Características gerais 
• Provoca doença crônica lentamente 
progressiva; 
Feito por @adillaalbuquerque | 7 
 
• Inativado por tratamento: desinfetante 
doméstico a 10%; paraformaldeído a 0,5%, 
H2O2 a 0,3% por 10 minutos a temperatura 
ambiente; 
• É inativo por extremos de pH; 
• É inativo em líquidos ou soro a 10% por 
aquecimento a 56°C, durante 10 minutos. 
 Quando o paciente é soro +, no seu 
hemograma os leucócitos estarão alterados e as 
células TCD4 (gera baixa de leucócitos). O 
hemograma é solicitado caso o paciente se recuse a 
fazer o exame de HIV. 
Observações: 
• O risco do CD se expor através da cavidade 
oral quando o paciente já tem diagnóstico 
HIV+ é menor que 0,01%; 
• Hepatite e HIV: são os testes pedidos quando 
há acidente biológico; 
• Máximo de 24-48h para fazer o teste rápido e 
começar o uso de antirretroviral. Após esse 
tempo não adianta fazer o teste, ou seja, 
entra direto com o antirretroviral por 30 dias 
no máximo e checagem de 6 meses a 1 ano 
dependendo do tipo de acidente e grau de 
exposição; 
• Hepatite tem 30% de chance de transmissão 
pós acidente biológico e o HIV 0,01% 
• Sangue + sangue: HIV / sangue + saliva: nada 
/ sangue HIV + doença periodontal sangrante 
= HIV 
Modos de transmissão do hiv 
• Relação sexual; 
• Exposição acidental a sangue ou a 
objetos/procedimentos relacionados com 
sangue (por exemplo: transfusões de 
sangue, agulhas compartilhadas, 
instrumentos contaminados); 
• Transmissão mãe-criança durante: gravidez, 
parto, aleitamento. 
Transmissão do HIV pelo contato sexual 
• De cada 100 adultos infectados pelo HIV, 75-
85 contraíram a infecção durante uma 
relação sexual não protegida. 79% destas 
infecções resultam de uma relação 
heterossexual; 
• As DSTs, especialmente as lesões ulceradas 
da genitália, aumentam o risco de 
transmissão. 
Transmissão doHIV pelo sangue, produtos do 
sangue e fluidos corporais 
• Agulhas compartilhadas/contaminadas por 
usuários de drogas: corresponde a 5-10% de 
todas as infecções em adultos; 
• Transfusão de sangue ou produtos de sangue 
contaminados: corresponde a 3-5% de todas 
as infecções em adultos; 
• Instrumentos cirúrgicos contaminados; 
• Práticas tradicionais: tatuagens, circuncisão, 
perfuração de orelhas); 
• Sêmen doado por homem contaminado por 
HIV. 
Transmissão do HIV a trabalhadores de saúde 
Fonte de exposição 
• Picadas de agulhas ou ferimentos: 0,3 – 0,4% 
• Contato com a pele: < 0,1% 
• Respingos em membranas mucosas (olhos, 
nariz ou boca): 0,1% 
Hiv e trabalhadores de saúde 
• A maioria das exposições não resulta em 
infecção; 
• O risco varia com: tipos de exposição, 
quantidade de sangue envolvida, quantidade 
de evírus no sangue do doente no momento 
da exposição, instituição (ou não) de 
tratamento após exposição (concentração 
viral e exposição múltipla) 
HIV 
• HIV-1, com nove subtipos (A-I); 
• HIV-2, com cinco subtipos (A-E). 
Invadindo a célula: o genoma viral se incorpora ao 
genoma do hospedeiro, traduzindo suas proteínas e 
gerando novas cópias. 
Patogenia 
• Alvos: sistema imunológico e SNC; 
• Receptores dos vírus: CD4 presente em 
macrófagos e linfócitos T. Qumiocinas. 
Espectro clínico da aids 
• Grupo 1: infecção aguda 0-3 semanas; 
Feito por @adillaalbuquerque | 8 
 
• Janela imunológica: soroconversão 3-12 
semanas 
• Grupo 2: infecção assintomática 0-10 anos; 
• Grupo 3: linfodenopatia generalizada 
persistente; 
• Grupo 4: outras doenças relacionadas ao HIV 
– distúrbios neurológicos, infecções 
oportunistas, neoplasias secundárias, outras 
condições. 
Sinais e sintomas da aids 
• Febre de origem desconhecida; 
• Nódulos linfáticos aumentados; 
• Erupção cutânea e tosse; 
• Diarreia persistente; 
• Grande perda de peso; 
• Lesões cutâneas; 
• Perda de apetite e fadiga. 
Testes sorológicos anti-HIV 
• Elisa: mais feito; 
• Western blot; 
• Imunofluorescência indireta: mais eficiente e 
mais caro (resultado unânime). 
Considerações: quando o paciente faz o exame, não 
possui sinais clínicos de HIV+ e o resultado dá 
negativo, não se repete o exame. Caso dê negativo e 
o paciente tenha sinais clínicos repete o elisa mais 
uma vez, dando positivo faz o western blot e dando 
positivo é HIV, caso dê negativo não é HIV. Caso faça 
o elisa e dê positivo faz wastern blot para confirmar. 
Exames de acompanhamento 
 É quando o paciente já tem o diagnóstico de 
soro positivo e esses exames é só para dizer se deve 
ou não atender o paciente. 
Carga viral 
• PCR, 1,5 milhões de cópias de HIV; 
• bDNA abaixo de 500 cópias: grau de 
replicação 
Esses dois exames são feitos para saber a replicação 
bidimensional: Acima de 100 milhões ele não ler e 
abaixo de 5 também não. 
• Função: verificar antirretrovirais; 
• Só 2% do HIV está no sangue: o resto está em 
grandes órgãos; 
• Rejeitado em pacientes infectados ou 
vacinados em tempo inferior de 4 semanas; 
• Não detecta HIV em tecidos, gânglios. 
CD4 
• Glóbulos brancos; 
• CD4 > 500 é o ideal; 
• Pacientes com CD4 abaixo de 250 não podem 
ser atendidos em consultório, só em hospital; 
• O CD4 é mais significativo que a carga viral e 
obrigatoriamente tem que ser lida. 
CD8 
 Esse exame não é uma realidade de muitos 
por ser mais caro. Esses exames devem ser feitos de 
3 em 3 ou de 6 em 6 meses 
Obs: baixa imunológica não faz nem profilaxia 
(limpeza). 
Dado laboratorial Implicação Prognóstica 
Carga viral (cópias de RNA viral/ml) 
Abaixo de 10.000 Baixo risco de progressão 
da infecção 
Entre 10.000 e 
100.000 
Risco moderado de 
progressão da infecção 
Acima de 100.000 Alto risco de progressão da 
infecção 
 
Dado laboratorial Implicação Prognóstica 
 Contagem de células TCD4 (mm³) 
Acima de 500 Baixo risco de progressão da 
infecção 
Entre 200 e 500 Surgimento de sinais e 
sintomas menores ou 
alterações constitucionais, 
com risco moderado de 
desenvolvimento de doenças 
oportunistas. 
Entre 50 e 200 Grave comprometimento 
imunológico com alto risco de 
surgimento de doenças 
oportunistas 
Abaixo de 50 Grave comprometimento 
imunológico, alto risco de 
surgimento de doenças 
oportunistas e baixa 
sobrevida. 
Feito por @adillaalbuquerque | 9 
 
HAART 
• Inibição específica da replicação viral através 
de drogas anti-retrovirais; 
• Retardar a progressão da imunodeficiência 
e/ou restaurar a imunidade. 
Medicamentos 
 Agentes antirretrovirais atualmente 
disponíveis (nome genérico/nome comercial). 
Inibidores de transcriptase reversa análogos de 
nucleosídeos 
• Zidovudina (retrovir ou AZT); 
• Didanosina (videx ou ddl); 
• Zalcitabina (hivid ou ddc); 
• Estavudina (zerit ou d4T); 
• Lamivudina (epivir ou 3TC); 
• Combivir (AZT + 3 TC); 
• Abacavir (Ziagen); 
• Trizivir (AZT + 3TC + abacavir). 
Inibidores de transcriptase reversa não-
nucleosídeos 
• Nevirapina/viramune (NVP); 
• Delavirdina/rescriptor (DLV); 
• Efavirenz/sustiva (EFV). 
Inibidores de protease 
• Indinavir (crixivan); 
• Ritonavir (novir); 
• Saquinavir (invirase ou fortovase); 
• Nelfinavir (viracept); 
• Amprenavir (agenerase); 
• Lapinovir (kaletra). 
Tratamento: medicação (AZT), não mata 
diretamente o vírus e sim as formas de inoculação. 
Esquema terapêuticos dos antirretrovirais 
Associação de pelo menos três medicamentos 
• 2 nucleosídeos inibidores de transcriptase 
reversa + 1 inibidor das proteases (IP) 
ritonavir; 
• 3 nucleosídios inibidores de transcriptase 
reversa (NITR); 
• 2 nucleosídeos inibidores da transcriptase 
reversa + 1 não nucleosídeo inibidor da 
transcriptase reversa. 
Álcool 
• Aumento dos níveis séricos do abacavir, 
amprenavir (solução oral); 
• Didanosina potencializada – pancreatite; 
• Metronidazol – psicose tóxica grave. 
Maconha 
• Discreta diminuição nos níveis de indinavir e 
nelfinavir; 
• EUA – náusea, anorexia, perda de peso. 
Cocaína: Aumenta replicação do HIV 
Protocolo 076 (pactg) 
• AZT oral a partir da 14° semana de gestação; 
• AZT EV durante o trabalho de parto; 
• AZT xarope para o bebe por 6 semanas e, 
• Substituição do leite materno. 
Redução da TVHIV de 25% para 8,3% 
Protocolo odontológico 
• Controle a cada 3 ou 6 meses; 
• Suplementação de flúor enxagues e cremes 
dentais; 
• Cirurgia: 
1. Plaquetas abaixo de 20.000/mm³ = 
contraindicado procedimentos 
cirúrgicos; 
2. Granulócitos abaixo de 1.000/mm³ = 
profilaxia antibiótica; 
3. Reação aos antibióticos; 
4. Tempo de protrombina (TP); 
5. Tempo parcial de tromboplastia; 
6. Taxa de hemoglobina. 
• Hemograma completo 
Manifestações orais 
Etiologia 
• Infecções fúngicas; 
• Infecções bacterianas; 
• Infecções virais; 
• Neoplasias; 
Feito por @adillaalbuquerque | 10 
 
• Outras manifestações. 
Marcadores bucais do comprometimento 
imunológico do paciente 
• Candidíase – pseudomembranosa e 
eritematosa; 
• Leucoplasia pilosa; 
• Sarcoma de kaposi; 
 Até aqui são os principais 
• Quelite angular; 
• Gengivite e periodontite associado ao HIV; 
• Infecção bacteriana – eritema gengival linear; 
• Lesões ulceradas 
• Infecções virais 
*Herpes simples: persistência superior a 4 
semanas é conclusivo para diagnóstico da 
AIDS 
 Tratamento: aciclovir/froscarnet. 
*Leucoplasia pilosa 
 Tratamento: anti-fúngico / podofilina / ácido 
retinóico 
*Herpes zoster 
 Tratamento: aciclovir por via oral – 400 mg 
 Via endovenosa – 10mg/kg 
*Papiloma vírus (HPV) 
 Tratamento: remoção cirúrgica 
*Hiperpigmentação melânica 
Gengivite e periodontite associado ao HIV 
• Tratamento precoce: bochecho com 
clorexidina 0,12% 
• Fase aguda: composto a base de iodo; 
• Após remissão da lesão aguda: clorexidina a 
0,12% 
Tratamento pós-exposição dos trabalhadores 
• Pele intacta, boca, nariz: lavar imediatamente 
com água e sabão e enxaguar 
profundamentepara remover todas as 
particularidades potencialmente infectadas; 
• Pele cortada ou perfurada: deixa sangrar 
livremente; 
• Olhos: lavar imediatamente com água e, a 
seguir, irrigar com solução salina por 30 
minutos; 
• Considerar profilaxia pós-exposição (PPE) se 
houver alto risco de transmissão: 
*Tratamento com zidovudina (ZDV) durante 
4 semanas; 
*Iniciar, de preferência dentro de 1-2 horas 
• Exames para o diagnóstico de HIV, 
imediatamente, 6 semanas, 6 meses e 12 
meses após a exposição; 
• O tratamento, se iniciado, deve continuar 
durante 4 semanas. A pessoa exposta pode 
declinar de qualquer uma ou de todas as 
drogas; 
• Frente a exposições de menor importância, a 
profilaxia não é recomendada. 
Medicamentos para o tratamento de infecção 
como: 
• Tuberculose: rifampicina, izoniazada e 
pirazinamida 
• Toxoplasmose: azitromicina, clindamicina; 
• Candidíase: cetoconazol, fluconazol; 
• Pneumonia por Pneumocystis carinni: 
sulfametoxazol + trimetoprima. 
ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA 
PARALISIA CEREBRAL INFANTIL 
Definições 
• Desordem do movimento e da postura, 
persistente, porém variável, surgida nos 
primeiros anos de vida pela interferência no 
desenvolvimento do SNC, causada por uma 
desordem cerebral não progressiva. 
• Sequela de uma agressão encefálica, que se 
caracteriza primordialmente por um 
transtorno persistente, porém não invariável, 
do tônus da postura e do movimento, que 
surge na primeira infância e não é somente 
secundária a lesão evolutiva do encéfalo, mas 
deve-se também à influência que a referida 
lesão exerce sobre a maturação neurológica; 
• Grupo de condições com variadas 
manifestações e graus de severidade, tendo 
em comum uma lesão do sistema nervoso 
que afeta o controle motor; 
• É definida por um prejuízo permanente do 
movimento e da postura que resulta de uma 
desordem encefálica não progressiva. Esta 
desordem pode ser causada por fatores 
hereditários ou eventos ocorridos durante a 
gravidez, parto período neo-natal ou durante 
os dois primeiros anos de vida. 
Prevalência / incidência mundo 
• Brasil: 6/1000 nascimentos; 
Feito por @adillaalbuquerque | 11 
 
• Maior incidência no sexo masculino; 
• 40% apresentam retardo mental 
• Gestante/assistência perinatal; 
• Alta taxa de mortalidade infantile; 
• Sobrevida:16 anos 
Prevenção e diágnóstico precoce 
 60% dos casos poderiam ser evitados ou 
diagnosticados precocemente com a presença de um 
pediatra na sala de parto além do acompanhamento 
pré, peri e pós natal (gestação de alto risco, 
estimulação e intervenção precoce, vacinação, 
combate às causas iatrogênicas). 
Teste de APGAR 
 Estabelece as condições de vitalidade do 
recém-nascido através da análise no 1º e 5º minuto de 
vida: frequência cardíaca, reflexos, tônus muscular, 
cor da pele, respiração. 
Classificação atual dos recém-nascidos 
• Pré termo: nascidos vivos antes da 37ª 
semana; 
• Termo: nascidos vivos entre 37ª e 41ª semana 
e 6 dias; 
• Pós termo: nascidos vivos com 42ª semanas 
ou mais. 
Classificação relacionando peso e idade 
gestacional 
• Pequeno para a Idade Gestacional: abaixo do 
percentil 10; 
• Adequado para a Idade Gestacional: entre os 
percentis 10 e 90; 
• Grande para a Idade Gestacional: acima do 
percentil 90. 
Etiologia 
• Causas pré-natais: infecções (TORCHS), 
incompatibilidade do fator Rh, anóxia 
/hipóxia, distúrbios metabólicos; 
• Causas natais: anóxia/hipóxia neo-natal 
(Falta de O2), traumas mecânicos (forceps), 
prematuridade; 
• Causas pós-natais: traumatismo crâneo-
encefálico, infecções,fenilcetonúria,crises 
convulsivas. 
Classificação 
 Leve, moderada e severa: de acordo com a 
extensão e localização da lesão. 
• Critério neuro-anatômico: Córtex cerebral 
motor, cerebelo, gânglios basais extra-
piramidais; 
• Critério neuro-muscular: Espástico, atáxico 
e atetóide; 
• Critério ortopédico: No de membros 
envolvidos 
Critério neuro anatômico 
• Cérebro: dificuldade intellectual; 
• Cerebelo: paciente espásticos; 
• Medula; 
• Ponte e bulbo: questão extrapiramidal ou 
seja, equilibrio. 
Critério neuro-muscular 
• Espástico: Hipercontratilidade de um 
músculo com o seu antagonista. Os 
movimentos voluntários são os mais 
atingidos.Contraturas do tendão do 
calcanhar,limitações na abdução e rotação 
externa dos quadris(pernas para dentro do 
corpo). Movimento de abertura de boca é 
afetado; 
• Atetóide: contrações musculares não 
voluntárias, movimentos próximo-distais, 
flutuação do tônus; 
• Atáxico: Rara, incoordenação entre a 
musculatura agonista e sinergista, 
alterações de equilíbrio; 
• Mista: mais comum, características de dois 
ou mais tipos. 
Critério ortopédico 
• Hemiplegia: um lado do corpo 
comprometido; 
Feito por @adillaalbuquerque | 12 
 
• Diplegia: paralisia que acomete as mesmas 
partes de ambos os lados do corpo; paralisia 
bilateral; 
• Quadriplegia: comprometimento dos 
membros superiores e inferiores. 
Tratamentos 
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar; 
• Tratamento odontológico especializado; 
• Tratamentos inovadores: Sulfato de 
magnésio (prevenção); Equoterapia 
(hipoterapia); Rizotomia seletiva; Toxina 
Botulínica (Botox): DTM; Baclofen (Lioresal); 
Terapia com células tronco. 
Observações: 
• Não tem cura para a encefalopatia (lesão 
cerebral); 
• Trauma em medula dificulta 
desenvolvimento 
Manifestações clínicas 
• Distúrbios na mastigação e deglutição; 
• Articulação disártrica; 
• Alterações de postura e equilíbrio; 
• Convulsões(40%); 
• Alterações sensoriais (fala70%, audição 20%); 
• Déficit mental (60%) e estrabismo; 
• Acúmulo de secreção nas vias aéreas 
superiores e trato digestivo superior; 
• Infecções nas vias aéreas superiors e 
dificuldade de se adaptar a situações novas 
Manifestações bucais 
• Intrusão/Avulsão; 
• Problemas de oclusão: Palato ogival, mordida 
aberta, mordida cruzada; 
• Sialorréia; 
• Queilite angular/Cândida 
• Doença periodontal: Hiperplasia gengival 
• Cárie 
• Bruxismo: Perda de dimensão vertical, 
problemas de ATM 
• Hipoplasia de esmalte(decíduos) 
Consulta odontológica 
 1ª consulta: anamnese direcionada aos pais 
2ª Consulta 
Exame clínico 
Conduta clínica 
• Evitar deixar o paciente esperar muito; 
• Procurar acomodar o paciente da forma mais 
confortável possível, algumas vezes na 
própria cadeira de rodas; 
• “Almofadar as deformidades”, e lançar mão 
de contenções (com a ajuda dos pais,com 
tiras de panos- lençóis,com Sistema 
Estabilizador Godoy) quando necessário, 
evitando assim desencadeamento de 
reflexos patológicos; 
• Evitar estímulos súbitos (ruídos, sons altos e 
movimentos) durante o tratamento→ 
reflexo do susto e reações associadas; 
• Posição da cadeira em 600 para evitar o 
reflexo labiríntico 
Consulta odontológica 
• Posicionar o refletor de baixo para cima, para 
não desencadear reflexos; 
• Utilizar abridores de boca evitando o reflexo 
de mordida; 
• Atender o paciente sempre que possível de 
frente; 
• Manter sucção constante( controle do 
sialismo e secreções); 
• Cuidado com a introdução de objetos na 
cavidade oral (sempre amarrados com fio 
dental); 
• Lançar mão de inibições ou estimulações 
para os reflexos que com maior frequência 
atrapalham o tratamento; 
• Mordida, gag,sucção labiríntico,cervical 
assimétrico etc; 
• Utilizar sempre que o paciente entender 
Dizer-Mostrar fazer e Reforço positive. 
Contenção química 
• Indução ao sono; 
• Relaxamento do paciente e facilita o 
tratamento; 
• Não evita a dor e não dispensa anestesia local 
Precauções 
• Não devemos nos esquecer da depressão 
provocada pelos sedativos e suas 
Feito por @adillaalbuquerque | 13 
 
propriedades de potencializar outros 
depressores do SNC, além de efeitos 
paradoxais; 
• Devemos nos informar junto aos médicos 
que assistem ao paciente sobre doses das 
drogas em uso e posologia; 
• O óxido nitroso, bastante usado em 
odontologia,porém é contra-indicado para 
pacientes com lesões no cérebro e doenças 
psiquiátricas. 
DROGADITOS 
Drogadição: toda medicação usada de forma crônica 
Drogas lícitas: álcool, cigarro. 
Drogas sintéticas: LSD (adesivo), crack (resto de 
cocaína / pessoa perde a sensibilidade de higiene 
pessoal), cocaína. 
 Todas as drogas citadas tem interação 
medicamentosa com o anestésico, parte renal (todo 
anestésico usado em odonotologia é excretado via 
renal). 
Motivos que levam a usar drogas 
• Pessoas introvertidas: usam para se inserir 
em um grupo; 
• Pessoas que usam como fuga; 
• Depressão 
Três vias de uso das drogas 
• Oral: toda vez que usa droga via oral tem-se 
manifestação bucal (ardência, 
hipossalivação, alteração de cor da mucosa); 
• Nasal: cocaína (éster); 
• Endovenosa: parental 
Drogas lícitas e ilícitas: suas repercussões 
na odontologia – combustível para outra 
dimensão. 
Ayahuasca: bebida usada em rituais na américa do 
sul, sobretudo na bacia amazônica, conhecida como 
daime, produz a sensação de voar. 
Plyota: não é achado no Brasil, sendo um cacto 
peyote. Capaz de produzir visões e outras evidências 
de natureza mística – usada por índios americanos. 
LSD: altera a percepção da realidade, podendo levar 
o mundo como um lugar mágico, sublime e 
engraçado. 
Cafeína 
• Encontrada no café, chá preto, bebidas à 
base de cola, guaraná e chocolate (quem 
come muito, principalmente puro, tem 
dificuldade de cicatrização); 
• Cria reações agradáveis ao cérebro; 
• Pode causar dependência; 
• A cafeína pode causar irritabilidade, 
ansiedade, inquietação e insônia. 
Obs: Presente na nelsadina 
Novas drogas sintéticas são até 100x mais 
potentes, exemplo: maconha sintética (conhecida 
como Spice, K2, Hi-5 ou incenso do diabo é vendida 
na net) 
• O álcool, tabaco e maconha são drogas 
obtidas diretamente de plantas; 
• A cocaína e crack são adquiridas de pasta 
refinada a partir das folhas de coca (da 
américa do sul); 
• Outras substâncias como ecstasy e LSD são 
produzidos diretamente em laboratório. 
• A maconha como droga ilícita, “pode se 
relacionar a queimaduras na mucosa bucal, 
xerostomia e diminuição na osseointegração 
de implantes; 
• A cocaína, devido a seu alto poder vaso 
constritor, “pode causar perfurações no 
septo nasal e palato duro além de necrose na 
mucosa e osso alveolar quando esfregada na 
gengiva; 
• O ecstasy tem um efeito xerostômico 
prolongado, além da indução à vontade de 
consumo de bebidas doces, apertamento e 
bruxismo (essa combinação resulta em 
lesões de atrição e erosão dental que podem 
chegar ao osso alveolar). 
 A organização das nações unidas para 
educação, a ciência e a cultura (unesco) define 4 tipos 
de usuários de droga: experimentador, ocasional, 
habitual e dependente. 
Feito por @adillaalbuquerque | 14 
 
Interação com contraceptivos orais 
(anticoncepcional): interferência com o ciclo 
entero-hepático do estrógeno e da progesterona. 
Causa: o uso das ampicilinas como a amoxicilina e as 
tetraciclinas, inibem os anticoncepcionais orais por 
alterarem as concentrações plasmáticas dos CO, 
causando falha na proteção contraceptiva, podendo 
levar a gravidez. 
Tabaco - lícita 
 Consumo comum através do cigarro que 
contém além de nicotina, muitas substâncias tóxicas 
como o alcatrão e o monóxido de carbono. Cigarro 
também pode ser mascado, em pó (rapé – aspirado). 
• Substâncias do cigarro: +140 substâncias 
cancerígenas. 
• Necrose óssea: pelo calor do cigarro; 
• Leucoplasia nicotínica: nicotina e alcatrão; 
• Manchas escuras em dentes 
 Na gravidez, o consumo de tabaco pode trazer 
serias consequências ao feto já que ele absorve, 
antes mesmo de nascer, as substâncias tóxicas do 
cigarro através da placenta. Por causa disso, o feto 
pode nascer abaixo do peso e da estatura normal 
(piques), além de haver o risco de alterações 
neurológicas consideráveis no futuro recém-nascido. 
Aborto espontâneo e complicações são riscos 
maiores entre gestantes que fumam. As substâncias 
tóxicas do cigarro aparecem também no leite 
materno de mães fumantes. Apesar de não ser 
comprovado cientificamente, pode gerar fendas 
palatais e/ou labiais. 
Obs: Fendas em linha média pode ser indicativo de 
paciente com cardiopatia. 
Maconha 
• Derivada da planta: cannabis; 
• Outros tipos: haxixo, marijuana; 
• Principais formas: inalação de fumaça 
(cigarro, cachimbos), chás; 
• Efeitos: dificuldade de concentração, 
fascinação por tudo, perda de memória, 
lentidão de raciocínio, fome, sede, pânico, 
angústia, desespero. 
 
Efeitos da cannabis sativa 
• Vermelhidão nos olhos, ressecamento da 
boca e taquicardia; 
• Bronquite e perda da capacidade 
respiratória; 
• Causa dependência / câncer de pulmão; 
• Com a baixa da testosterona, o homem que 
consome continuamente maconha 
apresenta uma capacidade reprodutiva 
menor. 
 O paciente sob efeito da cocaína apresenta 
risco aumentado de bronco aspiração pela redução 
da velocidade do esvaziamento gástrico promovido 
pela droga. Nestes casos devemos dar atenção à 
intubação orotraqueal. 
Usuário de maconha: orientar que evitem fazer 
uso da maconha pelo menos uma semana antes e 
logo após o tratamento odontológico, pois 
intervenções cruentas podem ser preocupantes, 
devido a diminuição transitória dos glóbulos brancos 
causado pelo uso das drogas. Mantendo-os em níveis 
normais, ocorre melhor o processo de reparação 
tecidual. 
Cocaína 
 Em altas doses: hipotensão arterial, infarto do 
miocárdio, ruptura da aorta. 
 É um anestésico semissintético da morfina, 
quimicamente conhecida como doacetilmorfina. A 
mesma não pode estar mais sendo usada 
clinicamente na odontologia – interesse só de 
entorpecentes. Depressivo do SNC. O usuário pode 
apresentar surdez, cegueira, delírios, inflamação das 
válvulas cardíacas, coma, morte. Caso seja injetável 
pode necrosar tecidos das veias. 
Principais efeitos: euforia, bem-estar, aumento de 
humor, autoestima, batimento cardíaco acelerado, 
aumento da PA, falta de apetite. 
Adversos: calafrios, náuseas, dor muscular, reduz 
libido, fadiga, depressão, psicose e convulsão. 
Formas: injetável ou fumo (necrose das narinas, 
podendo gerar um buraco nas narinas/palato. A sífilis 
2° e 3° é outra doença que pode gerar isso). 
Feito por @adillaalbuquerque | 15 
 
Alterações estomatológicas: úlceras crônicas e 
hiposalivação, bruxismo e abrasão cervical dental, 
doença periodontal. 
Fases: euforia – excitação – sensação de onipotência 
– falta de apetite – insônia e aumento ilusório de 
energia – cegueira irreversível – infecção sanguínea, 
pulmonar e coronária – necrose de mucosa nasal e 
venosa. 
 A cocaína absorvida pela boca, pode gerar 
lesões por deficiência de sangue local, a língua pode 
apresentar escarras, bruxismo, mordida constante 
dos lábios e o ressecamento das mucosas pela 
hiposalivação, proporciona um agente causal no 
desenvolvimento de neoplasias. 
Anfetamina 
Cápsula do vento (transparente – boa noite 
cinderela) 
Efeitos da anfetamina: aumento da capacidade 
física ilusória, depressão, agressividade, irritação e 
mania de perseguição, delírios e paranoias (psicose 
anfetamínica), taquicardia, dilatação excessiva das 
pupilas e palidez, insônia e perda de apetite. O uso 
contínuo pode levar a degeneração das células 
cerebrais, causando lesões irreversíveis ao cérebro. 
Esteroides anabolizantes 
• São drogas utilizadas para substituir o 
hormônio masculino testosterona; 
• Induz crescimento dos músculos e das 
características sexuais secundárias (barba, 
pelos, voz grossa...); 
• Efeitos adversos: homem (diminuição da 
produção de espermatozoides, impotência, 
dor ao urinar, crescimento de mamas, 
calvície, alterações do colesterol, 
hipertensão, agressividade, tumores); 
mulher e adolescente (aparecimento de 
sinais masculinos: pelos pelo corpo, barba, 
perda de cabelo, redução dos seios, estatura 
baixa); 
• Comprimidos, cápsulas ou injeções 
intramuscularesEfeitos do ecstasy 
Como efeitos colaterais inclui: 
• Taquicardia; 
• Hipertensão; 
• Convulsões; 
• Trombose; 
• Hemorragia cerebral; 
• Hipertermia (elevação da temperatura 
corporal acima de 40°C); 
• Boca seca, muita sede (o usuário pode vir a 
ingerir até mais de 10 litros de água de uma só 
vez); 
• Diminuição do apetite; 
• Atenção dispersa e episódios de pânico; 
• Irritabilidade e ansiedade; 
• Morte súbita. 
Outros efeitos do ecstasy: ressecamento de boca, 
perda de apetite, náuseas, coceiras, reações 
musculares como câimbras, contrações oculares, 
espasmo do maxilar, fadiga, depressão, dor de 
cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, 
movimentos descontrolados de vários membros do 
corpo como braços e as pernas, crises bulimias e 
insônia. 
Álcool 
Princípio ativo do álcool: considerando uma 
droga psicotrópicas. Produzida por fermentação ou 
destilação. 
Sinais estomatológicos : xerostomia (atrofia das 
glândulas salivares), bruxismo, contração do 
músculo masseter, infecção por fungos, ulceras em 
mucosa de palato e jugal e língua, complicações pós-
cirúrgicas. 
Efeitos: desde um simples mal-estar até falência 
múltipla dos órgãos e morte, euforia, desinibição e 
sociabilidade, rosto vermelho, dor de cabeça, 
dificuldade de falar e mal-estar seguido de vômito, 
deficiência de vitaminas B1, B2, B6, B12 e C. 
Usuários de álcool: orientar a fazer exames 
periódicos para prevenção do câncer bucal, pois tem 
risco aumentado em desenvolver lesões cancerosas; 
não prescrever enxaguantes bucais que contenham 
álcool em sua composição, pois o usuário pode 
ingerir; cuidado ao prescrever benzodiazepínicos, 
pois pode ocorrer potencialização dos seus efeitos; 
cuidado ao prescrever antimicrobianos como 
cetoconazol, metronidazol e algumas cefalosporinas, 
pois reagem com o dissulfiram (medicamento usado 
para tratar alcoolismo). 
Feito por @adillaalbuquerque | 16 
 
SÍNDROMES TERATOGÊNICAS 
 As síndromes teratogênicas estão 
relacionadas a gestante, sendo todos os agentes 
externos ou internos que causam alterações fetal. A 
teratogenicidade depende de fatores como tempo 
gestacional, dose e principalmente suscetibilidade da 
mãe e do feto. O tipo de anomalia congênita depende 
de quais partes, tecidos e órgão são mais suscetíveis 
no momento da ação do teratógeno. Malformações 
da face ocorrem devido a fatores genéticos e 
ambientais (teratogênico) que atuam entre o 20° dia 
e a 12° semana de desenvolvimento. 
Obs: A maioria das doenças estão no “Y”, ou seja, no 
homem. 
Desenvolvimento embrionário e fetal podem 
ser afetados por fatores externos / fatores 
internos: 
• Alterações genéticas; 
• Alterações cromossômicas; 
• Desnutrição; 
• Radiação/compostos químicos; 
• Calor/ambientais; 
• Vírus/drogas; 
• Bactérias/protozoários. 
Tabaco 
 Mais de 25% das mulheres continuam 
fumando na gravidez. Isso pode levar a um parto 
prematuro e o bebê pesa menos que o normal. Além 
disso podem ter fenda orofacial, redução de 
membros, deformidade dos pés, anormalidades no 
trato urinário, craniossinostose (fusão prematura 
das suturas craniofaciais). Mais cigarros, mais risco 
de fenda. Outras complicações como ruptura da 
placenta, placenta prévia, aborto espontâneo, atraso 
no desenvolvimento neuropsicomotor, distúrbio 
comportamentais, câncer infantil e síndrome da 
morte súbita infantil podem ser causados pelo 
tabaco usado na gestação. A nicotina contrai vasos 
sanguíneos do útero, diminui fluxo sanguíneo, reduz 
suprimento de oxigênio e nutrientes, podendo 
prejudicar o crescimento celular e desenvolvimento 
mental. 
 
 
Álcool 
 Quanto maior a ingestão durante a gravidez, 
mais grave são os sinais, pois o álcool cruza a 
placenta e chega ao feto. Este tem desidrogenase 
alcóolica hepática menor que 10%, dependendo da 
mãe. Além disso, o líquido amniótico age como 
reservatório para o álcool, expondo mais o feto. O 
álcool no SNC do feto, afeta o desenvolvimento de 
neurotransmissão de serotonina (é o hormônio que 
atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo 
cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e 
funções intelectuais), dopamina (hormônio do 
prazer) etc, além de gerar alterações físicas, 
cognitivas e comportamentais que podem ser 
permanentes e irreversíveis, podendo se manifestar 
como Síndrome Alcóolica Fetal (SAF) que é o quadro 
completo ou Efeitos do Alcóolico Fetal (EAF – tem 
sinais menos intensos que a SAF, apresentando 
dificuldade de aprendizado e comportamento). 
SINAIS FACIAIS DA SAF 
• Fissura palpebral pequena (faz com que a 
pessoa tenha pequena abertura do olho); 
• Ptose (queda de membros – lingual, olhos); 
• Hemiface achatada; 
• Narinas antevertidas; 
• Filtro do lábio superior liso e fino; 
• Crianças pique – pequenas; 
• Retrognatia (posição mais posterior da 
mandíbula); 
• Fendas orais em 10% dos casos; 
• Microcefalia, hipotonia (perda do tônus 
muscular), irritabilidade (pode não ter), 
dificuldade de vínculo; 
• Deficiência cognitiva total; 
• Tremores periféricos por abstinência. 
Medicamentos 
Talidomida 
 Medicamento usado no tratamento de 
insônia, mal-estar matinal e enjoos comum em 
gestantes. A talidomida é lipossolúvel e atravessa a 
barreira placentária rapidamente e seu efeito 
teratogênico acontece mesmo em doses 
relativamente baixas. O risco é maior durante o 
período crítico do 20° ao 40° dia de gestação. Apesar 
de não poder ser usada em gestantes, a talidomida 
pode ser usada em outros tratamentos como o da 
AIDS. 
Feito por @adillaalbuquerque | 17 
 
Efeitos: 
• Focomelia: mãos e pés pequenos/curtos. Em 
casos mais graves pode ocorrer a ausência 
total do órgão; 
• Defeitos em órgãos internos; 
• Defeitos no ouvido externo e ossos 
hipoplásicos ou ausentes; 
• Paralisia facial/defeitos oculares; 
• Malformações do trato geniturinário e 
gastrointestinal e não tem alterações 
cognitivas. 
 Apesar de não poder ser usada em gestantes, 
a talidomida pode ser usada em outros tratamentos 
como o da AIDS 
Antiepiléticos e anticonvulsivantes 
 O risco de anomalias congênitas em crianças 
aumenta quando a mãe precisa tomar mais de uma 
droga antiepilética. A combinação do ácido valpróico 
(anticonvulsivante), carbamazepina (antiepilético) e 
fenobarbital (anticonvulsivante) pode ser mais 
teratogênico do que qualquer outra combinação. 
Antibióticos 
Tetraciclinas: cruzam a barreira placentária 
depositando-se nos ossos e dentes do embrião nos 
locais de calcificação ativa. Quantidades não maiores 
que 1g por dia de tetraciclina, durante o 3° trimeste 
da gravidez, podem produzir manchas amarelas ou 
marrons nos dentes decíduos. No 4° ao 10° mês da 
gravidez a terapia com tetraciclina pode gerar 
hipoplasia de esmalte, diminuição do crescimento 
dos ossos longos. Além disso, causa necrose 
hepatica. As penicilinas e as cefalosporinas 
(cefalexina) são os medicamentos empregados em 
gestante pelo menor risco para o feto. 
Drogas ilícitas – maconha, cocaína, 
anfetaminas, apiáceos 
 As drogas ilícitas são capazes de causar 
alterações comportamentais, como hiperatividade, 
atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e do 
desenvolvimento da linguagem. A sindrome gerada 
por essas drogas é a Síndrome da Abstinência 
Neonatal com sintomas comuns de: 
• Choro acentuado; tremores; 
• Redução do sono; convulsões; 
• Alterações do eletroencefalograma; 
• Sucção descoordenada; 
• Vômitos e diarréia 
Cocaína 
 Potente vasoconstrictor com redução do 
fluxo materno-fetal que provoca dano celular por 
hyipoxia induzida no embrião. Pode induzir 
hemorragia fetal, edema que leva à necrose e 
interrupção da formação de certas estruturas, 
principalmente os membros. Além disso, prejuízo 
intra-uterino, microcefalia, anormalidades do SNC, 
malformações urogenitais, aumento de tremores e 
dificuldade de amamentação 
Agentes infecciosos 
Sífilis congênita: é transmitida via placenta, 
podendo ocorrer em qualquer período da gestação, 
mas é mais comum após o 4° mês. Obebê pode 
nascer assintomático ou com erupções cutâneas, 
anemia, hepatoesplenomegalia (aumento do fígado 
e baço) e alguns casos, síndrome nefrótica, surdez 
congênita, dentes e ossos anormais, hidrocefalia e 
retardamento mental. Na sífilis congênita tardia, 
pode apresentar lesões destrutivas do palato e do 
septo nasal (nariz em sela), dentes de hutchinson, 
molares em amora, saliência frontal, maxilas pouco 
desenvolvidas. O tratamento adequado da mãe, 
mata o agente infeccioso impedindo que o feto seja 
afetado. 
Vírus da rubéola: O vírus atravessa a membrana 
placentária e infecta o embrião. As características da 
síndrome da rubéola congênita são catarata, defeitos 
cardíacos e surdez, além de baixo peso, osteopatia 
(defeitos nos ossos), defeitos dentários, defeitos 
cardíacos congênitos, microftalmia. A tríade da 
rubéola se caracteriza por (deficiência mental, 
surdez (ouve pouco) e pouca visão). 
Vírus do herpes simples : pode gerar um indivíduo 
com encefalopatia crônica viral, ou seja, paralisia 
cerebral, microfitalmia, microcefalia, displasia da 
retina. 
Citomegalovírus: é um vírus da família dos herpes 
simples. Infecção viral mais comum do feto humano. 
A infecção perinatal pelo leite materno, durante o 
parto ou por transfusão de sangue é muito 
frequente. A infecção por CMV pode gerar 
prematuridade, baixo peso, cegueira, estrabismo, 
surdez, microcefalia, microftalmia etc. 
Feito por @adillaalbuquerque | 18 
 
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL 
Ecografia ou ultrassonografia 
• Não agressiva ao feto nem a mãe; 
• Segura, uma vez que é realizada no exterior 
da barriga não entrando em contato com o 
feto; 
• Grande nível de aceitação pelas pacientes; 
• Resultado imediato; 
• Permite um diagnóstico muito claro quanto a 
formação do feto; 
• Na 15° semana já sabe se o paciente tem 
alguma alteração morfológica. 
• Na 18° semana já sabe se o paciente é down. 
Deve-se observar C1 e C2 (espaço atlanto-
axial), quanto mais afastadas elas estiverem 
da coluna, maior a probabilidade do paciente 
sem um down; 
Amniocentese 
 Retirada do líquido amniótico para análise; 
Ressonância em 3d 
História clínica 
• Antecedentes pré-natais; 
• História família e pessoal. 
Anomalias de ordem menor – alterações 
genéticas 
• Epicanto bilateral invertido: todos são 
côncavos, caso seja convexo, tem alterações 
genéticas; 
• Sinófris: junção das sobrancelhas; 
• Prognatismo, retrognatismo 
(micrognatismo); 
• Nariz em sela; 
• Estenosis lacrimal: só uma síndrome tem isso, 
que é a displasia ectodérmica; 
• Língua bífida; 
• Orelhas em abano e ausência de 
pregapalmar. 
SÍNDROMES 
Síndrome de PIERRE ROBIN – características: 
• Micrognatia; 
• Glossoptose: queda ou retração da língua; 
• Fenda palatina mole e hipoplasia mandibular 
precoce; 
• Fissura palatina em U ou V; 
• Fissura submucosa; 
• Retardo mental (20%); 
• Palato ogival. 
 Uma das características mais importantes da 
sequência de Pierre Robin é a dificuldade 
respiratória, pois é responsável pela gravidade da 
doença. Os sinais clínicos da obstrução respiratória 
são respiração estridente, tiragem intercostal e 
cianose (roxidão). Como complicações, dificuldades 
alimentares, vômito, pneumonia aspirativa, 
desnutrição, hipertensão pulmonar, cor pulmonale, 
edema pulmonar e morte. A sequência de pierre 
Robin pode aparecer de forma isolada ou estar 
presente em outras síndromes, em combinação com 
malformações dos órgãos mais diversos, como 
Moebius. Estruturalmente a mandíbula é normal, 
porém sua retroposição provoca alteração da base 
do crânio, modificação da postura da língua para trás 
e consequentemente fissura palatina. 
Síndrome de APERT 
 É uma afecção hereditária e diferente de 
crouzon, não tem retardo mental 
Características 
• Diâmetro ântero posterior pequeno com 
fronte alta e protumberante e occipital 
achatado; 
• Craniossinostose irregular (união de suturas), 
principalmente da sutura coronal; 
• Braquicefalia/sindactilia (fusão dos dedos da 
mão ou pés); 
• Fáceis achatadas, sulco horizontal supra-
orbitário; 
• Hipertelorismo: afastamento dos olhos; 
• Estrabismo; 
• Fissura palpebral oblíqua direcionada para 
baixo; 
• Nariz pequeno; 
• Hipoplasia da maxilla: falta de 
desenvolvimento dos ossos da maxilla; 
• Palato estreito com sulco mediano com ou 
sem fenda palatina; 
• Erupção tardia, ectópica (for a do lugar) e 
incisivos em forma de pá; 
• Má oclusão. 
Feito por @adillaalbuquerque | 19 
 
 O comprometimento das vias aéres superiors 
decorrente da combinação dos orifícios coanais e da 
nasofaringe, promovendo comprometimento das 
vias aéres inferiors decorrente das anomalias da 
cartilage traqueal, podem ser responsáveis pela 
mortalidade prematura. 
Síndrome de crouzon 
Características 
• Retardo mental; 
• Hidrocefalia; 
• Proptose (protrusão) ocular decorrente de 
órbita rasa; 
• Com ou sem estrabismo divergente; 
• Hipertelorismo/bossa frontal; 
• Má acuidade visual/atrofia óptica; 
• Hipoplasia maxilar – dentes superiors ficam 
apinhados; 
• Com ou sem nariz aquiline; 
• Palato em forma de V invertido/atrésico; 
• Índice de cárie ligeiramente aumentado. 
Síndrome de MARFAN 
 É uma syndrome hereditária e a morte 
normalmente é decorrente de complicações 
cardiovasculares. 
Características 
• Tendência para aneurisma da aorta; 
• Orelhas grandes / estrabismo / subluxação do 
cristalino; 
• Catarata / face longa / pé plano; 
• Desoclusão dentária / protrusão da maxilla; 
• Palato ogival / crepitação da ATM; 
• Alto índice de biofilme, consequentemente, 
cárie / úvula bífida; 
• Aracnodactilia (mãos em forma aracnóica). 
Síndrome ACRO-ORAL 
Características 
• Microglossia e fenda palatina; 
• Aderência entre a língua e a maxilla; 
• Presença de bridas musculares intra-orais; 
• Micrognatismo; 
• Anomalia de redução de membros superiors 
e inferiors; 
• Sindactilia; 
• Anodontias 
¹ Incidência é relativamente baixa 
Displasia ectodérmica hipoidrótica 
 O pai ou a mãe tem que ter a syndrome e 
todos os filhos nascem com esta. 
Sinais clássicos 
• Tricotiodistrofia: alterações nos cabelos e 
pelos; 
• Anomalias dentárias; 
• Onicodisplasia: alteração na unha; 
• Disidrose: dificuldade em suar, erupção de 
bolhas nos pés e mãos. 
• Estenosis lacrimal 
Características 
• Pele seca / fina / lisa / macia; 
• Ausência parcial ou total de glândulas 
sudoríparas (hipoidrose): não produz 
nenhum líquido corporal; 
• Anodontia (oligodontia / conoide) / pouca 
saliva 
 Portadores dessa syndrome não transpiram, 
sofrendo de hipertermia ou não são capazes de 
suporta temperaturas altas, além de não possuirem 
processos alveolares pela falta dos dentes e não 
poderem ficar exposto ao sol por grande chance de 
gerar carcinoma basocelular. Por produzirem pouco 
ou nenhum líquido ocular, aumenta a chance de gerar 
úlcera de córnea e, por ausência de dentes e 
processo alveolar, os jovens com essa síndrome pode 
ter semelhanças faciais a idosos. 
Síndrome de HULER – mucopolissacaridose 
 É causada por desordens metabólicas devido 
a deficiência de uma das enzimas necessárias no 
processo de formação de substâncias intercelulares 
são as glicosaminoglicanos. Por isso é importante 
fazer o teste do pezinho para saber se falta algum 
nutrient. 
Características 
• Fáceis grosseiras / lábios grossos / Rigidez 
articular / narinas dilatadas; 
• Deficiência mental / ponte nasal baixa; 
Feito por @adillaalbuquerque | 20 
 
• Macrocefalia escafocefólica com 
proeminência frontal / Cristas alveolares e 
gengivas hipertrofiadas; 
• Anomalias dentárias / má oclusão / 
macroglossia (aumento de língua). 
Síndrome de DOWN 
 É manifestado desde o início, sendo um 
alteração no cromossomo 21. A tetralogia de fallot é 
uma complicação cardíaca característica de down. 
Características 
• Crânio e face braquicefálico; 
• Face achatada e arredondada; 
• Ossos das órbitas são menores e rimas 
palpebrais estreitas, oblíquas eem posição 
mongólica; 
• Estrabismo / obstrução dos canais lacrimais; 
• Microcefalia leve; 
• Pescoço curto e largo / tronco largo; 
• Protrusão da língua, abertura buccal e 
respiraçãobucal. Todo respirador buccal tem 
diminuição de 5% a 8% de raciocínio; 
• Frequentemente os lábios estão com saliva, 
favorecendo a instalação de processos 
fúngicos; 
• Predominantemente classe III de angle / 
palate ogival; 
• Mordida cruzada posterior / 
pseudoprognatismo; 
• Língua hipotônica (língua sulcada / 
macroglossia): se trabalhar com fono, 
melhora; 
• Alto índice de doença periodontal / gengivite 
necrótica; 
• 40% tem hipotireoidismo; 
• Bruxismo; 
• Mãos e planta dos pés ásperas; 
• Bunda grande; 
• Doença periodontal: má hgiene oral, 
presença de cálculo dentário, má oclusão 
dentária. 
¹ Todo down fica em buda; 
² Toda pessoa que tem agenesia dos laterais 
superiores tem problemas renais e isso é clássico de 
down. 
 
 
Síndrome XXXY 
Características 
• Deficiência mental / maturação óssea 
retardada / Frouxidão articular / estatura 
baixa; 
• Baixo peso ao nascimento / hipoplasia de 
maxila; 
• Dentes conoides ectópicos / diastemas 
múltiplos / erupção tardia / taurodontismo / 
hipoplasia de esmalte; 
• Pode apresentar fenda palatina e labial. 
Sequência de MOEBIUS 
 É a paralisia do 6° e do 7° nervos cranianos. A 
etiologia pode estar ligada ao uso do misoprostol 
(prostaglandina sintética – abortivos), nas 1° semanas 
gestacionais. 
Características 
• Paralisia facial do tipo periférica, geralmente 
bilateral / Atrofia da musculatura lingual; 
• Anomalias musculares que dão característica 
inexpressiva, devido a ausência de mímica 
facial; 
• A boca fica entre aberta e olhos não se 
fecham/ Micrognatia / malformação de língua 
/ fenda labial; 
• Anomalias ósseas / sindactilia / anomalias na 
orelha; 
• Ptose palpebral / micrognatia com 
movimento mandibular limitado; 
• Retardo mental em 10% dos casos; 
• Palato ogival / dificuldade de fala / hipotonia 
de língua; 
• Hipoplasia de esmalte / micrognatia. 
Disostose CLEIDOCRANIANA 
 A displasia cleidocraniana caracteriza-se por 
aplasia ou hipoplasia das clavículas, malformações 
craniofaciais caracterizadas pelo grande número de 
dentes supranumerários não-erupcionados. A 
estatura desses pacientes é menor e a inteligência é 
normal. O crânio é braquicefálico com abaulamentos 
frontal e parietal. O nariz tem base larga palato 
ogival, hipoplasia de maxila gerando um prognatismo 
mandibular relativo, ausência de sínfise mentoniana, 
retardo na absorção fisiológica das raízes dos dentes 
Feito por @adillaalbuquerque | 21 
 
decíduos. Tem potencial formação de cistos 
dentígeros. 
Síndrome de GOLDENHAR 
 Essa síndrome pode ser causada por um 
acidente vascular no feto, porém há um raro 
envolvimento do SNC. 
Características 
• Anodontia / orelhas pequenas; 
• Assimetria facial-hipoplasia unilateral; 
• Fronte proeminente / hipoplasia das regiões 
zigomática e mandibular / retrognatismo; 
• Estrabismo / deficiência auditiva; 
• Hidrocefalia ou microcefalia com retardo 
mental. 
Síndromes não catalogadas: muito raras. 
Síndrome de bard vile: pessoa come sem parar. 
Osteogênese imperfeita: tipo I, II e III. Também 
conhecida como ossos de vidro ou doença de 
lobstein. A principal característica é a osteopenia, ou 
seja, ausência de cálcio nos ossos, tornando-os mais 
frágeis e quebradiços. 
Epidermólise bolhosa: Doença hereditária que 
provoca bolhas na pele por qualquer trauma. Os 
pacientes acometidos por essa doença têm grande 
propensão a ter carcinoma epidermoide. 
DIABETES MELLITUS 
Anamnese ao saber que o paciente tem 
diabete mellitus 
• Faz acompanhamento médico regularmente? 
• Quando foi o último exame de glicemia e 
hemoglobina glicada? 
• Quais medicamento usa? 
• Dieta? 
• Teve complicação recente devido a doença? 
Cuidados pré e pós-operatórios 
• Avaliar glicemia (glicosímetro); 
• Cirurgias com limitação de função ou sessões 
prolongadas médicas deve ser consultado 
para alterar dieta, medicação, evitando 
hipoglicemia. 
Cuidados especiais 
• Suspensão do uso da nicotina; 
• Consulta preferencialmente pela manhã; 
• Monitorar sinais vitais; 
• Dieta normal antes do tratamento; 
• Reduzir possibilidade de infecção; 
• Avaliar dieta pós-operatória; 
• Cuidados com doenças periodontais; 
• Redução vasoconstrictor adrenérgico 
Obs: da preferência ao vaso felipressina e fenilefrina 
ao invés de epinefrina ou adrenalina (quebra o 
glicogênio em glicose podendo levar a hiperglicemia) 
Hipoglicemia – glicose abaixo de 70 mg/dl 
Sinais 
• Fome, fraqueza, bradicardia; 
• Demência, sensações alteradas, confusão; 
• Mudança de humor, sudorese; 
• Palidez e desorientação. 
Hiperglicemia – glicose acima de 400 mg/dl 
Sinais 
• Taquicardia, hipotensão; 
• Hálito cetônico; 
• Náusea, sede; 
• Respiração ofegante; 
• Vômito, dor abdominal; 
• Respiração de Kussmaul; 
• Choque; 
• Coma (encaminhar para o médico) 
 O diabetes mellitus abrange um grupo de 
distúrbios metabólicos (conjunto de doenças que 
associadas vão levar ao aumento de problemas 
cardiovasculares, aumento da cintura abdominal, 
aumento da PA e alteração do colesterol) que podem 
levar à hiperglicemia. Os principais sintomas são 
polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso. Há 
insuficiência vascular periférica, provocando 
distúrbios de cicatrização, e alterações fisiológicas 
que diminuem a capacidade imunológica, 
aumentando a susceptibilidade às infecções. 
 Cerca de 3 a 4% dos pacientes adultos que se 
submetem a tratamento odontológico são diabéticos 
sendo comum encontrar alterações bucais nesses 
pacientes como a hipoplasia, a hipocalcificação do 
esmalte, diminuição do fluxo e aumento da acidez e 
da viscosidade salivar, que são fatores de risco para 
Feito por @adillaalbuquerque | 22 
 
cárie. O maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva 
favorece o aumento na quantidade de cálculos e 
fatores irritantes nos tecidos. Ocorre xerostomia, 
glossodínia, ardor na língua, eritema e distúrbios de 
gustação. 
 A doença periodontal é a manifestação 
odontológica mais comum, estando presente em 75% 
destes pacientes. Além disso, emergências como a 
hipoglicemia e a cetoacidose metabólica podem 
ocorrer durante o atendimento, e o cirurgião-
dentista deve estar atento para suspeitar 
previamente de um diabetes mellitus não 
diagnosticado. 
Quais os principais tipos de dm, sinais e 
sintomas? 
 A categorização atual subdivide o DM em 
quatro: Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), Diabetes 
Mellitus tipo 2 (DM2), Diabetes Mellitus Gestacional 
(DMG) e outros tipos específicos de diabetes. O 
termo diabetes melito (DM) expõe uma perturbação 
metabólica de múltipla etiologia, definido por 
hiperglicemia crônica consecutivo de imperfeição na 
secreção e/ou ação da insulina (hormônio 
responsável pela redução/regulação da glicemia – 
que é a glicose no sangue), consequência pela 
resistência insulínica. 
 Grandes concentrações plasmáticas de 
glicose induzem ao desenvolvimento de 
degenerações crônicas integrante à falha de diversos 
órgãos, principalmente olhos, rins, coração, nervos e 
vasos sanguíneos. O DM é agrupado em tipo 1 e 2, 
diabetes gestacional e outras categorias. No DM tipo 
1 (hereditária/genética) acontece uma destruição 
total crônica das células β pancreáticas, pelos 
mecanismos autoimunes, regulado por células 
linfócitos T e macrófagos, assim são pacientes 
insulino dependentes. Essa diabete compreende 10% 
da população diabética, acometendo mais 
adultos/jovens (21 anos), crianças e adolescentes. A 
ação de autodestruição começa meses a anos 
antecedentemente do diagnóstico clínico e, 
conforme a idade do diagnóstico, cerca de 70 a 90% 
das células β já foram danificadas logo depois os 
primeiros sintomas de hiperglicemia. 
 No DM tipo 2, o essencial fenômeno 
fisiopatológico é a resistência à atividade da insulina, 
limitando a captação de glicoseem tecidos insulina 
submissos, ou seja, defeito na secreção de insulina 
pela beta pancreáticas, há aumento da produção de 
glicose endógena pelo fígado, aumentando a 
resistência à insulina. Nesse tipo de diabete, o 
paciente não é insulino dependente e acomete 90% 
da população diabética, sendo mais evidente em 
obesos acima de 40 anos, mas tem aumentado entre 
jovens e adultos devido aos maus hábitos 
alimentares, sedentarismo e estresse. No começo da 
doença, em resultado a resistência, acontece 
hiperinsulinêmica compensatória, seguindo por 
meses ou anos. Com o desenvolvimento do DM2, por 
motivo da disfunção e diminuição das células β 
pancreáticas, a síntese e a secreção de insulina 
provavelmente vão ficar comprometidas e, em 
alguns casos, a insulinoterapia será essencial. 
 O DM gestacional (DMG) é definido pela 
redução da tolerância à glicose. O desenvolvimento e 
o acometimento têm sua vez durante a gestação, 
podendo ou não persistir após o parto. No período 
pós-gestacional há redução da concentração 
plasmática de hormônios contra insulínicos, 
diminuindo as necessidades maternas de insulina e a 
glicemia voltando à normalidade. No entanto, as 
gestantes que apresentam DMG possuem alto risco 
de desenvolverem DM2 posteriormente. 
Os sintomas clássicos da dm e mais 
padronizados da dm1 são: indícios de perda 
auditiva11 poliúria - aumento do volume urinário 
realizada pelo excesso de glicose, polidipsia - 
aumento da sede para compensar a perda de água 
pela urina e polifagia - aumento da fome devido à 
deficiência de insulina, perda de peso e cetoacidose 
diabética. A DM2 demonstra um alto índice de 
pessoas assintomáticas gerando um diagnóstico 
atrasado das complexidades microvasculares ou 
macrovasculares. Além da visão embaçada, 
sonolência, dores, espasmos musculares, 
formigamentos e dormências dos membros 
inferiores, astenia, debilidade orgânica, falta de 
disposição, desânimo, cansaço físico e mental 
generalizado, disfunção erétil, cetoacidose diabética 
e hálito cetônico. 
 Com base nesses sinais sistêmicos e 
cardiovasculares pode-se observar no paciente 
diabético, o surgimento de complicações como: 
• Nefropatia diabética, com quadro clínico de 
síndrome nefrótica; 
• Retinopatia diabética, onde se perde a 
acuidade visual; 
• Pé em risco de úlcera, resultado de 
complicações vasculares e neurológicas, 
responsáveis pelo abrangente número de 
amputações nesses membros em paciente. 
Feito por @adillaalbuquerque | 23 
 
Tratamento 
 O CD não pode mexer na dose dos 
medicamentos, mesmo em emergência, para evitar 
hipoglicemia. Assim, entende-se que a tratamento 
orientado pelo médico, está voltado a dieta 
alimentar, exercícios físicos, medicamentos de 
acordo com a diabete (1 ou 2). Diabetes 2 em não 
obesos (Clorpropamida), diabetes tipo 2 em obesos 
(metformina). A diabetes tipo I insulina natural ou de 
síndrome bacteriana humana. 
Tratamento emergencial para hipoglicemia 
• Administrar solução contendo glicose 
imediatamente (suco, fruta etc); 
• Dextrose embebida em gaze se a consciência 
estiver levemente alterada; 
• Se tiver perda de consciência → emergência 
→ médico. 
Teste emergencial para hiperglicemia 
• Medir e acima de 400 mg encaminhar ao 
médico urgente. 
 Solicitação de exames? 
 O diagnóstico definitivo é competência do 
médico. HGT e pós prandial – 1° faz a glicemia em 
jejum e depois o paciente come repetindo o exame 
2h depois. Devemos fazer pedidos de exames como, 
o hemograma completo, o nível de glicemia em jejum 
e coagulograma logo no primeiro dia de atendimento 
odontológico. Pois mesmo que o paciente esteja se 
alimentando corretamente, estando com a diabete 
controlada, pode apresentar sinais de infecção. 
 O exame radiográfico panorâmico anual é 
muito importante para a detecção desses focos 
infecciosos, as radiografias periapicais são 
importantes quando se suspeitar de doença 
periodontal, necrose pulpar e sinais isolados de 
infecção. No caso de pacientes suspeitos com 
diagnóstico confirmado através dos exames 
laboratoriais, encaminhar para o endocrinologista. 
• A glicemia em jejum (8H): 70-99; 
• Intolerância à glicose em jejum (8H): 100-125. 
Valores próximos ao limite da normalidade os 
indivíduos fazem teste oral de tolerância a 
lactose; 
• Diabete melitus em jejum (8H): maior ou igual 
126. 
Exame: quando a glicose está persistentemente alta 
ela se liga a hemoglobina das hemácias (glicação). 
Aumento da glicose aumenta a glicação. Os valores 
normais de hemoglobina glicada (HBA1C) e de 4-6%. 
A glicose precisa de um tempo para se unir a 
hemoglobina. O teste laboratorial que avalia % de 
hemoglobina. O teste laboratorial que avalia a % de 
hemoglobina glicada, serve para avaliar a eficácia do 
controle terapêutico do diabetes e riscos de 
complicação. 
Manifestações bucais da dm? 
 As queixas mais comuns em relação a 
alterações bucais nos pacientes portadores de 
diabetes mellitus são: hálito cetônico, infecções 
oportunistas, xerostomia, dificuldade de 
cicatrização. 
 Em diversos estudos foi constatado como as 
principais enfermidades bucais correlacionadas à 
DM1 a quelite angular, gengivite crônica, candidíase 
eritematosa oral, varicosidade lingual, hiperplasia 
gengival e úlcera traumática. Já na DM2, as principais 
foram candidíase pseudomembranosa 
(esbranquiçada) e eritematosa, quelite angular, 
processo periodontal crônico avançado, varicosidade 
lingual, úlcera traumática, hiperplasia gengival e 
gengivite. Na DMG foi relatado glossidinia 
(dor/ardência na língua), candidíase 
pseudomembranosa, hipertrofia (aumento) das 
papilas filiformes, gengivite crônica, periodontite 
generalizada, cárie incipiente (em estado inicial – MB) 
e avançada. 
Anestésicos locais para portadores de DM? 
 Estudos afirmam que nos pacientes 
compensados o uso de anestésico com 
vasoconstrictor adrenérgico é permitido. Em 
pacientes descompensados, devido à maior 
instabilidade do quadro e possível presença de 
comorbidades, é mais sensato utilizar o anestésico 
prilocaína com o vasoconstrictor felipressina, pelo 
fato de ser um vasoconstrictor hormonal de pequeno 
impacto sobre a condição cardiovascular e 
hemodinâmica. 
Antibiótico profilaxia? 
 Frente às evidências, é sugerida a não 
realização de antibiótico profilaxia em pacientes 
diabéticos compensados, mas seu uso está indicado 
nas seguintes situações: pacientes descompensados 
Feito por @adillaalbuquerque | 24 
 
de alto risco frente a procedimentos cirúrgicos 
invasivos imprescindíveis, presença de infecções 
bucais em pacientes descompensados e em 
atendimentos de urgência nos quais não seja possível 
determinar a classificação exata de risco 
apresentado pelo paciente. 
Classes diversas de fármacos 
 A dipirona é um discreto hiperglicemiante, e 
o ácido acetilsalicílico (AAS) em doses anti-
inflamatórias pode sinergir com a insulina, 
provocando choque hiperglicêmico. São indicados: 
paracetamol ou dipirona (munindo-se dos cuidados 
necessários quanto ao regime terapêutico). Deve-se 
evitar o uso de anti-inflamatórios hormonais 
(glicorticóides). O anti-inflamatório mais indicado 
para pacientes diabéticos é o diclofenaco e 
benzidamina. Antibióticos podem ser prescritos sem 
contraindicações importantes, salvo as inerentes ao 
próprio fármaco. Os mais indicados são as penicilinas 
ou cefalosporinas. Além disso, antissépticos bucais 
que possuem álcool na sua composição causam 
maior agressão às mucosas bucais. Nesse sentido, há 
benefício em usar formulações sem álcool no 
paciente diabético, que apresenta xerostomia como 
uma complicação da doença. O cloreto cetilpiridínio, 
o triclosan, os óleos essenciais e o digluconato de 
clorexidina possuem apresentações comerciais sem 
álcool. 
Urgência e emergência 
 Uma das situações de emergência é a 
hipoglicemia causada por uma diminuição do nível 
glicêmico em jejum ou ocasional < 70mg/dL com ou 
sem sintomas. Também denominada de coma 
hiperglicêmico éa reação adversa mais frequente de 
pacientes diabéticos que fazem uso de dose 
exagerada de insulina ou ainda quando o paciente 
ingere pouco alimento, podendo estar associado 
com uso de hipoglicemiantes orais. 
 Para o tratamento da hipoglicemia em casos 
emergenciais, se o paciente ainda estiver lúcido 
podemos fornecer um alimento com carboidrato 
para elevar o nível de insulina. Caso ele esteja 
desmaiado devemos leva-lo para a unidade de 
emergência mais próxima para que seja feita uma 
dose endovenosa de glicose concentrada. Outra 
situação de emergência é a hiperglicemia causada 
por nível glicêmico em jejum ou ocasional > 250 
mg/dL, uma complicação letal com 15% de 
mortalidade. Denominada de coma diabético, devido 
um aumento progressivo de corpos cetônicos ou 
radicais ácidos no sangue diminuindo seu ph, a 
cetonemia. 
 Essa anormalidade deriva do metabolismo de 
lipídios e não de carboidratos (normal), originada 
pela falta de insulina, abuso alimentar, infecções, 
traumas e infarto. Para reverter o quadro de 
hiperglicemia devemos interromper a consulta e 
transferi-lo para uma unidade de saúde com 
emergência para que seja feita uma avaliação com o 
médico e seja feita a dose necessária de insulina para 
a diminuição dos níveis de insulina. 
ESPECTRO AUTISTA 
Identificação e abordagem odontológica 
 O TEA – Transtorno do Espectro Autista, 
comumente conhecido como autismo, se caracteriza 
por alterações comportamentais que irão acarretar 
transtornos no desenvolvimento, de modo que 
pacientes acometidos tendem a apresentar 
dificuldade de comunicação, de relacionamento 
social e desvios a estímulos auditivos e visuais. 
 Sua identificação é a partir dos primeiros 
anos de vida, com prevalência quatro vezes maior no 
sexo masculino; mas, meninas tendem a ser afetadas 
de forma mais grave e com grande 
comprometimento cognitivo. Por se tratar de um 
distúrbio apresentado em vários níveis, variando de 
leve a severo, há grande dificuldade no tratamento 
odontológico desses pacientes, sendo este um 
desafio tanto para os pais e responsáveis como para 
os profissionais de saúde. Com o passar dos anos, na 
área da odontologia é crescente a busca por soluções 
para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, 
apesar da carência de profissionais especializados. 
Etiologia, epidemiologia e classificação 
 Ainda hoje o autismo é tratado como uma 
incógnita pela ciência por ser multifatorial. Algumas 
de suas causas podem estar associações a condições 
genéticas e congênitas como: acidose lática, 
albinismo óculocutâneo, alterações das purinas, 
deficiências auditivas, distrofia muscular progressiva 
de Duchene, esclerose tuberose, funilcetonúria. 
Também se correlaciona a diversas síndromes como: 
Moebius, Cornelia Lange, Down, fetal alcoólica, 
Goldenhar, Laurence-MoonBiedl, Noonan, Rett, X-
frágil, Willian. Em alguns casos os fatores pré-natais 
não genéticos podem estar relacionados como: 
exposição química na gravidez, caxumba, 
citomegalovírus, herpes, rubéola, toxoplasmose, 
sífilis e varicela. 
Feito por @adillaalbuquerque | 25 
 
 Outra hipótese do autismo liga-se ao 
mercúrio destarte que muitas crianças nascem com 
predisposição genética para reter metais pesados no 
organismo ao invés de eliminá-los e com isso, o 
mercúrio contido nas vacinas infantis pode 
permanecer na circulação sanguínea em torno de seis 
meses após a exposição e concentrar-se no cérebro 
de forma oculta causando degeneração dos 
neurônios. Com base no Manual de Diagnóstico e 
Estatística dos Transtornos Mentais, existe o 
diagnóstico diferencial do TEA para que não se 
confunda o autismo com atraso mental, a 
esquizofrenia, o distúrbio persistente do 
desenvolvimento de início na infância e o distúrbio do 
desenvolvimento da linguagem do tipo repetitivo e 
até a deficiência auditiva. 
 Até então não há um exame específico para 
seu diagnóstico, apresentando-se em diferentes 
combinações de sintomas e graus de severidade. 
Esse grau está associado ao coeficiente intelectual 
variando de moderado a profundo, ou seja, pode 
ocorrer desde um retardo mental severo, que é o 
autismo de baixo funcionamento, até o quociente de 
inteligência normal ou superdotado, que é o autismo 
de alto funcionamento. 
Principais características comportamentais 
do autista 
 As manifestações comportamentais que 
definem o TEA incluem comprometimentos 
qualitativos no desenvolvimento socio comunicativo, 
presença de comportamentos estereotipados e um 
repertório restrito de interesses e atividades, sendo 
que os sintomas nessas áreas, quando tomados 
conjuntamente, devem limitar ou dificultar o 
funcionamento diário do indivíduo. 
 As principais características do autismo ainda 
na infância são: 
• Atraso para adquirir sorriso facial, 
• Desinteresse por objetos, 
• Não estabelecimento de contato visual, 
• Preferência por dormir sozinho, 
• Comportamentos estereotipados e atraso 
na linguagem. 
 O manual do Programa Nacional de 
Assistência Odontológica Integrada ao Paciente 
Especial diz que o autista pode apresentar até 14 
problemas característicos: não se relacionar com 
outras crianças; agir como se fosse surdo; resistir ao 
aprendizado; não demonstrar medo a perigos reais; 
resistir às mudanças de rotina; usar pessoas como 
objetos; rir e movimentar-se de forma indevida; 
resistir ao contato físico; não manter contato visual; 
apresentar apego não apropriado a objetos; 
manusear e guiar objetos; muitas vezes é agressivo e 
destruidor; exibir comportamento indiferente e 
arredio. 
 No que diz respeito à fala os problemas são 
em forma de ecolalia – repetição involuntária das 
palavras pronunciadas por terceiros, inversão de 
pronomes, perguntas recorrentes. Os autistas não 
compreendem emoções, sutilezas, segundas 
intenções, ironias, paixões e tristezas e o contato 
físico e determinados sons para as crianças é tido 
como uma tortura vez que são hipersensíveis. Além 
disso, indivíduos autistas têm resposta à dor 
diminuída, não significando sua ausência, mas sim 
dificuldades em expressá-la de forma verbal, corporal 
e cognitiva. 
 E, assim, um comportamento corriqueiro da 
condição é a automutilação realizada com o intuito 
de captar atenção de seus responsáveis ou 
cuidadores. O Departamento de Pediatria do 
Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade 
Brasileira de Pediatria orienta os pediatras e 
profissionais de saúde que trabalham com crianças a 
realização de uma triagem quando notados 
indicadores do autismo pelo instrumento chamado 
M-CHAT – Modified Checklist for Autism in Toddlers. 
É uma escala autoexplicativa que pode facilmente ser 
realizada no consultório, possui 23 questões e se 
encontra disponível para download na internet. 
 Ao final, de acordo com o que foi respondido, 
encontram-se duas conclusões: ausência de sinais do 
Espectro Autista ou indicação de sinais devendo o 
responsável ser orientado a buscar atendimento 
especializado para diagnosticar com clareza a 
possível condição. Para identificar o distúrbio e 
possibilitar um tratamento especifico com terapias e 
intervenções buscando um progresso do paciente 
devem ser levados em consideração também testes 
educacionais e psicológicos. 
Medicamentos e manifestações orais 
 Não são relatados medicamentos 
psiquiátricos específicos para comportamento 
autista, porém o tratamento é baseado no controle 
dos sintomas encontrados com maior frequência, 
dentre eles: agressão, automutilação, ansiedade, 
depressão, irritabilidade, transtornos obsessivo-
compulsivos, transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade e convulsões. Entre as drogas 
mais utilizadas temos os antipsicóticos, 
antidepressivos, anticonvulsivantes e o 
metilfenidato, que controlam a hiperatividade. 
Feito por @adillaalbuquerque | 26 
 
 A medicação administrada possui inúmeros 
efeitos colaterais capazes de gerar manifestações 
bucais, assim, é fundamental que o cirurgião dentista 
tenha conhecimento das principais

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