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Feito por @adillaalbuquerque | 1 PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS Feito por @adillaalbuquerque | 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO A PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS; 2. GESTANTE; 3. VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA; 4. ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA; 5. DROGADITOS; 6. SÍNDROMES TERATOGÊNICAS; 7. SÍNDROMES; 8. DIABETES MELLITUS; 9. ESPECTRO AUTISTA; 10. PACIENTE RENAL; 11. ODONTOLOGIA E PACIENTES ONCOLÓGICOS. REFERÊNCIAS 1. ANDRADE, E. D. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA. 3ª.ED.ARTES MÉDICAS. 2013. 2. MALAMED, S. MANUAL DE ANESTESIA LOCAL. ELSEVIER, 5ED 2005 3. ELIAS ROBERTO. ODONTOLOGIA PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS. 1°TH ED. SÃO PAULO: NAPOLEÃO; 2014. 304 P. Feito por @adillaalbuquerque | 3 INTRODUÇÃO A PACIENTES COM NECEESSIDADES ESPECIAIS O paciente especial é todo indivíduo que possui alteração física, orgânica, intelectual, social ou emocional (aguda ou crônica, simples ou complexa) e que necessita de educação especial temporária ou definitivamente, ou seja, paciente que possui um distúrbio biopsicossocial. Dentro dessa definição temos os conceitos de: • Transitório: a gestante é transitória até 6° meses de amamentação podendo chegar a 2 anos; • Definitivos: down • Dependentes: tetraplégicos • Independentes: down, autismo Apesar do grande número de portadores de deficiência ser elevado, apenas 3% recebem atendimento odontológico. Isso se deve à falta de informação dos responsáveis; falta de comprometimento dos responsáveis com o tratamento; falta de acessibilidade por barreiras arquitetônica e falta de capacitação dos profissionais. Classificação de pne • Desvios de inteligência; • Defeitos físicos; • Defeitos congênitos; • Defeitos comportamentais; • Desvios psíquicos; • Deficiências sensoriais e de áudio- comunicação; • Doenças sistêmicas; • Doenças endócrino-metabólicas. Família x paciente Ciclo: ansiedade x expectativa → equipe odontológica → responsável → equipe médica. Interdisciplinaridade O atendimento ao paciente especial requer um conjunto de profissionais. Com isso, segue as especialidades que agem em conjunto para proporcionar uma saúde melhor a esses pacientes • Neurologia; • Pediatria; • Fonoaudiologia; • Odontologia; • Homeopatia; • Cardiologia; • Genética; • Endocrinologista. Segundo a resolução 23/2002 art.31, a odontologia para pacientes especiais é a especialidade que tem por objetivo: diagnóstico, prevenção, tratamento, controle dos problemas de saúde bucal. Dos pacientes que apresentam uma complexidade no seu sistema biológico e/ou social, bem como percepção e atuação dentro de uma estrutura transdisciplinar com outros profissionais de saúde e de áreas correlatadas com o paciente. Protocolo para o atendimento de pacientes portadores de necessidades especiais • Anamnese: colher todas as informações é crucial para um bom atendimento. Isso envolve quais medicamentos usam, costumes, hábitos, como foi a gestação da mão, o parto etc; • Controle de comportamento: analisar se o paciente é colaborador ou não colaborador; • Solicitação da avaliação médica; • Exame clínico; • Exames complementares; • Diagnósticos; • Plano de tratamento. Porque avaliar o paciente? • Estabelecer diagnóstico; • Condições médicas pré-existentes ou concomitantes; • Controlar as emergências; • Controlar paciente. Forma • Prevenção da doença e restauração do dano; • Controle da doença e manutenção da saúde. Contenção no tratamento odontológico Vantagens • Diminuição do stress emocional e ambiental; • Simplificam o atendimento e trabalho dos profissionais. Feito por @adillaalbuquerque | 4 Objetivos: conseguir cooperação do paciente para o tratamento. Alternativas para controle do paciente • Contenção psicológica e contenção física: é feita sem precisar de anestesia; • Contenção farmacológica e anestesia geral. Classificação do comportamento • Colaborador; • Potencial colaborador; • Falta de capacidade de colaborar (crianças muito pequenas, disfunções neuro motoras, pacientes superprotegidos, pacientes tímidos). Técnica de moldagem do comportamento Comunicação profissional / paciente • Iniciação: elogios, perguntas; • Comando: mensagens positivas; • Clareza da mensagem: eufemismo; • Escuta ativa e comunicação multissensorial: técnica do toque sutil. Controle da voz • Mensagens súbitas e firmes; • Conversação monótona; • Histórias / distração Contenção física É usada em último caso e para casos específicos. Tipos de pacientes • Com movimentos involuntários: espasmos musculares contínuos ou interrompidos; • Pacientes fortes e fisicamente perfeitos, com deficiência mental profunda; • Pacientes impossibilitados por problemas neurológicos ou ortopédicos Essa contenção pode ser feita com ajuda dos pais e com tira de pano-lençóis. Além disso pode ser usados o sistema estabilizador ou macri. Meios auxiliares do controle do comportamento • Abridores de boca (rolhas, abritek); • Evitar a luz do refletor diretamente nos olhos do paciente; • Em pacientes agitados, deixar o material fora do alcance de pés e mãos; • Manter sucção adequada e/ou posição semi- sentada; • Não passar materiais sobre o rosto do paciente; • Ter cuidado com materiais de cheiro forte; • Introduzir materiais na cavidade oral de maneira segura (fio dental); • Evitar exposição do paciente a materiais que possam causar apreensão/medo (agulha/gaze suja); • Evitar distrações (barulhos fortes, luzes); • Sentar preferencialmente de frente. Contenção química • Indução ao sono e relaxamento do paciente; • Facilita o tratamento e não evita dor; • Não dispensa anestesia local. Precaução • Não devemos nos esquecer da depressão provocada por sedativos e suas propriedades de potencializar outros depressores do SNC; • Devemos nos informar junto aos médicos que assistem ao paciente, sobre as drogas que os mesmos estão tomando. Considerações gerais • Necessidade de limpeza diária da boca e dieta nutritiva e com poucos carboidratos; • Prescrição de flúor e implantar técnicas profiláticas evitando traumatismos orais; • Visitas periódicas (3 em 3 meses) Dizer – mostrar e fazer GESTANTE A gestante é um grupo de pacientes especiais transitório que dura da sua gestação até tempos pós- parto. Existem algumas perguntas que podem ser feitas para ter-se uma ideia se a mulher está ou não grávida, pois muitas não sabem e querem iniciar tratamentos odontológicos muito invasivos, sendo elas: Feito por @adillaalbuquerque | 5 • Os seios estão doloridos ou inchados ultimamente? • Tem sangramento gengival espontâneo (leucemia, gravidez, anemia)? Isso porque nos 3 primeiros e nos 3 últimos meses de gestação há modificação na coagulação da gestação além de aumento hormonal, principalmente o aumento da prostaglandina que está diretamente ligado a parte periodontal o que leva ao sangramento, ou seja, maior prostaglandina e maior liberação de hormônios. • Ganhou ou perdeu peso nos últimos tempos? Algumas perguntas não são significativas como: fluxo menstrual atrasado, pois existem métodos contraceptivos que desregulam o fluxo menstrual; se usa preservativo, pois o preservativo pode estar furado, mal colocado etc. Silva, em 1968, relatou que toda gestante deve evitar ao máximo qualquer problema oral durante a gestação e por isso deve ser atendida em qualquer momento da gestação. Se há aumento de adrenalina na gestante por estresse, susto etc, aumenta a prostaglandina e a liberação de ocitocina, consequentemente aumentaa contração gerando o aborto. Anestésico de escolha para gestante: lidocaína com epinefrina (1° escolha); mepivacaina (2° escolha e 1° escolha se a paciente tiver arritmia cardíaca) é rapidamente absorvida e por ser uma solução anestésica mais concentrada, somando assim o seu potencial tóxico e podendo ser prejudicial para saúde do feto. Anestésico para evitar em gestante: prilocaina é rapidamente absorvida, pode gerar cianose por metahemoglobinemia. A felipressina tem uma semelhança estrutural à ocitocina, podendo levar à contração uterina, embora a dose necessária para que isso ocorra seja várias vezes maior que a utilizada em odontologia. Articaina (quando o benefício for maior que o malefício pode ser usada, porém deve dividir o valor dos tubetes por 2 – metade da dosagem). Assim, prilocaina é totalmente contraindicada e articaina é usada com parcimônia pois pode levar a metahemoglobinemia. A bupivacaína é um anestésico de longa duração, tendo efeito tóxico para o fígado. Vasoconstrictores: Os vasoconstrictores impedem a absorção sistêmica e assim reduzem os efeitos tóxicos dos anestésicos locais. A sua presença também prolonga a duração da anestesia local. Anestésicos sem vasoconstrictores tem absorção rápida da anestesia (30 minutos), sendo necessárias altas doses de anestésicos, assim sua concentração sanguínea será alta, tanto para a mãe como para o feto. Como escolher o anestésico local: tamanho da molécula e grau de ligação do anestésico local às proteínas plasmáticas. ANESTÉSICO LOCAL GRAU DE LIGAÇÃO % Bupivacaína 95 Mepivacaína 77 Lidocaína 64 Prilocaína 55 Raios X: ainda que não tenha avental de chumbo, a radiografia periapical pode ser feita. Em 1968 Silva disse que, para que o raio x cause efeito teratogênico no feto, devem estar voltados diretamente para o feto e nenhuma periapical está voltada para o feto. Mesmo de forma indireta, tem a quantidade de “radis” para ser teratogênico, que é 5 radis = 500 tomadas radiográficas no dia, onde o feto recebe 2% da radiação direto da cabeça da mãe. O primeiro molar inferior é o dente que precisa de mais incidência de raios → 0,4mini radis. Obs: Para evitar enjoos a gestante, é interessante reunir todos os materiais com odor e colocar pelo menos 1 hora antes na geladeira para diminuir odor no ambiente de atendimento. Macete para anestesiar palato (PNE): Anestésico tópico + pitada de sal = porque o sal aumenta a vascularização no palato, aumentando o potencial de absorção do anestésico → diminui ânsia de vômito. A cadeira odontológica para gestante não pode passar os 60° graus. Caso a paciente relate sudorese, sensação de desmaio, deve-se virar a paciente para o lado esquerdo devido a vascularização; caso relate falta de ar, deve-se virar a paciente para o lado direito. Além disso, deve parar o procedimento, liberar a frente da paciente, voltar a paciente para a posição normal e só liberar quando tudo se normalizar, ou seja, estado em que a paciente estava quando chegou ao consultório. 1° trimestre Porque o 1° trimestre é mais temido? Porque é a época de fertilização e implantação do embrião, além de Feito por @adillaalbuquerque | 6 organogênese (4° a 8° semana), podendo levar ao aborto e tertogenia, náuseas e vômitos. • Alterações hormonais: gonadotrofina coriônica (Manter corpo lúteo), estrogênio (Estimula crescimento uterino) e progesterona (Implantação do embrião, manter a nutrição do feto, indução do parto) • Alterações sistêmicas: cardiovascular (Aumento do débito cardíaco, aumento do volume cardíaco), hematologia (anemia materna), respiratória (movimento do diafragma), aumento do peso, alterações cardiovasculares, alterações hematológicas, alterações respiratórias, alterações metabólicas. • Alterações gastrointestinais: emêse (reflexo de náusea e vômito matutinos); hiperemêse (desidratação e perda de peso de etiologia desconhecida, porém tem sido associado a alterações dos níveis de gonadotrofina coriônica e hipoglicemia). 2° trimestre É um semestre de estabilidade 3° trimestre • Frequência urinária aumentada; • Edema de pernas; • Hipotensão postural; • Desconforto em decúbito dorsal. Existe época oportuna para atendimento odontológico de gestante? qualquer período gestacional, uma vez que é mais prejudicial para o bebê a manutenção das infecções na cavidade bucal da mãe, do que o tratamento instituído. Procedimentos • Anamnese; • Exames clínicos e complementares; • Consultas curtas e monitoramento dos sinais vitais; • Dosagem da glicose Alterações durante o procedimento • Hipoglicemia; • Hipotensão postural Reflexo de vômito e náuseas - erosão dental • Evitar bebidas ácidas e alimentos gordurosos; • Instaurar instrução de higiene oral adequadas; • Utilização de bochechos Fármacos • Acetaminofeno: Categoria B – analgésico de eleição na gestação e Lactação; • Corticosteroides: Seguro na forma tópica na cavidade oral, inibição do trabalho de parto; • Penicilina e Cefalosporina: 1° eleição em lesões orofaciais; • Eritromicina, Clindamicina e Azitromicina; • Ácido Acetilsalicílico: Categoria C, inibidor de prostaglandinas, processos hemorrágicos; malformação no SNC • Opioides: depressão do sistema nervoso fetal e vício no feto. Para terapia periodontal em gestante usa-se levofloxacino e não tertraciclina. Além disso, qualquer dipirona é contraindicada para gestante Fármacos não seguros: tetraciclina, metronidazol, óxido nitroso, barbitúricos e benzodiazepínicos. Alterações bucais: cárie, doença periodontal (aumenta o risco de a criança nascer prematura), granuloma piogênico (gravídico), alteração da saliva (pH alterado) VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) O grau de mutação é maior que qualquer outro vírus da espécie humana. O que pode levar a desconfiar que um paciente é HIV+: • Febre persistente e não constante, • Vários parceiros sexuais sem proteção, • Candidíase: trata com nistatina 100.000 Ui/ml; 200.000 Ui/ml • Leucoplasia • Sarcoma de kaposi. Características gerais • Provoca doença crônica lentamente progressiva; Feito por @adillaalbuquerque | 7 • Inativado por tratamento: desinfetante doméstico a 10%; paraformaldeído a 0,5%, H2O2 a 0,3% por 10 minutos a temperatura ambiente; • É inativo por extremos de pH; • É inativo em líquidos ou soro a 10% por aquecimento a 56°C, durante 10 minutos. Quando o paciente é soro +, no seu hemograma os leucócitos estarão alterados e as células TCD4 (gera baixa de leucócitos). O hemograma é solicitado caso o paciente se recuse a fazer o exame de HIV. Observações: • O risco do CD se expor através da cavidade oral quando o paciente já tem diagnóstico HIV+ é menor que 0,01%; • Hepatite e HIV: são os testes pedidos quando há acidente biológico; • Máximo de 24-48h para fazer o teste rápido e começar o uso de antirretroviral. Após esse tempo não adianta fazer o teste, ou seja, entra direto com o antirretroviral por 30 dias no máximo e checagem de 6 meses a 1 ano dependendo do tipo de acidente e grau de exposição; • Hepatite tem 30% de chance de transmissão pós acidente biológico e o HIV 0,01% • Sangue + sangue: HIV / sangue + saliva: nada / sangue HIV + doença periodontal sangrante = HIV Modos de transmissão do hiv • Relação sexual; • Exposição acidental a sangue ou a objetos/procedimentos relacionados com sangue (por exemplo: transfusões de sangue, agulhas compartilhadas, instrumentos contaminados); • Transmissão mãe-criança durante: gravidez, parto, aleitamento. Transmissão do HIV pelo contato sexual • De cada 100 adultos infectados pelo HIV, 75- 85 contraíram a infecção durante uma relação sexual não protegida. 79% destas infecções resultam de uma relação heterossexual; • As DSTs, especialmente as lesões ulceradas da genitália, aumentam o risco de transmissão. Transmissão doHIV pelo sangue, produtos do sangue e fluidos corporais • Agulhas compartilhadas/contaminadas por usuários de drogas: corresponde a 5-10% de todas as infecções em adultos; • Transfusão de sangue ou produtos de sangue contaminados: corresponde a 3-5% de todas as infecções em adultos; • Instrumentos cirúrgicos contaminados; • Práticas tradicionais: tatuagens, circuncisão, perfuração de orelhas); • Sêmen doado por homem contaminado por HIV. Transmissão do HIV a trabalhadores de saúde Fonte de exposição • Picadas de agulhas ou ferimentos: 0,3 – 0,4% • Contato com a pele: < 0,1% • Respingos em membranas mucosas (olhos, nariz ou boca): 0,1% Hiv e trabalhadores de saúde • A maioria das exposições não resulta em infecção; • O risco varia com: tipos de exposição, quantidade de sangue envolvida, quantidade de evírus no sangue do doente no momento da exposição, instituição (ou não) de tratamento após exposição (concentração viral e exposição múltipla) HIV • HIV-1, com nove subtipos (A-I); • HIV-2, com cinco subtipos (A-E). Invadindo a célula: o genoma viral se incorpora ao genoma do hospedeiro, traduzindo suas proteínas e gerando novas cópias. Patogenia • Alvos: sistema imunológico e SNC; • Receptores dos vírus: CD4 presente em macrófagos e linfócitos T. Qumiocinas. Espectro clínico da aids • Grupo 1: infecção aguda 0-3 semanas; Feito por @adillaalbuquerque | 8 • Janela imunológica: soroconversão 3-12 semanas • Grupo 2: infecção assintomática 0-10 anos; • Grupo 3: linfodenopatia generalizada persistente; • Grupo 4: outras doenças relacionadas ao HIV – distúrbios neurológicos, infecções oportunistas, neoplasias secundárias, outras condições. Sinais e sintomas da aids • Febre de origem desconhecida; • Nódulos linfáticos aumentados; • Erupção cutânea e tosse; • Diarreia persistente; • Grande perda de peso; • Lesões cutâneas; • Perda de apetite e fadiga. Testes sorológicos anti-HIV • Elisa: mais feito; • Western blot; • Imunofluorescência indireta: mais eficiente e mais caro (resultado unânime). Considerações: quando o paciente faz o exame, não possui sinais clínicos de HIV+ e o resultado dá negativo, não se repete o exame. Caso dê negativo e o paciente tenha sinais clínicos repete o elisa mais uma vez, dando positivo faz o western blot e dando positivo é HIV, caso dê negativo não é HIV. Caso faça o elisa e dê positivo faz wastern blot para confirmar. Exames de acompanhamento É quando o paciente já tem o diagnóstico de soro positivo e esses exames é só para dizer se deve ou não atender o paciente. Carga viral • PCR, 1,5 milhões de cópias de HIV; • bDNA abaixo de 500 cópias: grau de replicação Esses dois exames são feitos para saber a replicação bidimensional: Acima de 100 milhões ele não ler e abaixo de 5 também não. • Função: verificar antirretrovirais; • Só 2% do HIV está no sangue: o resto está em grandes órgãos; • Rejeitado em pacientes infectados ou vacinados em tempo inferior de 4 semanas; • Não detecta HIV em tecidos, gânglios. CD4 • Glóbulos brancos; • CD4 > 500 é o ideal; • Pacientes com CD4 abaixo de 250 não podem ser atendidos em consultório, só em hospital; • O CD4 é mais significativo que a carga viral e obrigatoriamente tem que ser lida. CD8 Esse exame não é uma realidade de muitos por ser mais caro. Esses exames devem ser feitos de 3 em 3 ou de 6 em 6 meses Obs: baixa imunológica não faz nem profilaxia (limpeza). Dado laboratorial Implicação Prognóstica Carga viral (cópias de RNA viral/ml) Abaixo de 10.000 Baixo risco de progressão da infecção Entre 10.000 e 100.000 Risco moderado de progressão da infecção Acima de 100.000 Alto risco de progressão da infecção Dado laboratorial Implicação Prognóstica Contagem de células TCD4 (mm³) Acima de 500 Baixo risco de progressão da infecção Entre 200 e 500 Surgimento de sinais e sintomas menores ou alterações constitucionais, com risco moderado de desenvolvimento de doenças oportunistas. Entre 50 e 200 Grave comprometimento imunológico com alto risco de surgimento de doenças oportunistas Abaixo de 50 Grave comprometimento imunológico, alto risco de surgimento de doenças oportunistas e baixa sobrevida. Feito por @adillaalbuquerque | 9 HAART • Inibição específica da replicação viral através de drogas anti-retrovirais; • Retardar a progressão da imunodeficiência e/ou restaurar a imunidade. Medicamentos Agentes antirretrovirais atualmente disponíveis (nome genérico/nome comercial). Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos • Zidovudina (retrovir ou AZT); • Didanosina (videx ou ddl); • Zalcitabina (hivid ou ddc); • Estavudina (zerit ou d4T); • Lamivudina (epivir ou 3TC); • Combivir (AZT + 3 TC); • Abacavir (Ziagen); • Trizivir (AZT + 3TC + abacavir). Inibidores de transcriptase reversa não- nucleosídeos • Nevirapina/viramune (NVP); • Delavirdina/rescriptor (DLV); • Efavirenz/sustiva (EFV). Inibidores de protease • Indinavir (crixivan); • Ritonavir (novir); • Saquinavir (invirase ou fortovase); • Nelfinavir (viracept); • Amprenavir (agenerase); • Lapinovir (kaletra). Tratamento: medicação (AZT), não mata diretamente o vírus e sim as formas de inoculação. Esquema terapêuticos dos antirretrovirais Associação de pelo menos três medicamentos • 2 nucleosídeos inibidores de transcriptase reversa + 1 inibidor das proteases (IP) ritonavir; • 3 nucleosídios inibidores de transcriptase reversa (NITR); • 2 nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa + 1 não nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa. Álcool • Aumento dos níveis séricos do abacavir, amprenavir (solução oral); • Didanosina potencializada – pancreatite; • Metronidazol – psicose tóxica grave. Maconha • Discreta diminuição nos níveis de indinavir e nelfinavir; • EUA – náusea, anorexia, perda de peso. Cocaína: Aumenta replicação do HIV Protocolo 076 (pactg) • AZT oral a partir da 14° semana de gestação; • AZT EV durante o trabalho de parto; • AZT xarope para o bebe por 6 semanas e, • Substituição do leite materno. Redução da TVHIV de 25% para 8,3% Protocolo odontológico • Controle a cada 3 ou 6 meses; • Suplementação de flúor enxagues e cremes dentais; • Cirurgia: 1. Plaquetas abaixo de 20.000/mm³ = contraindicado procedimentos cirúrgicos; 2. Granulócitos abaixo de 1.000/mm³ = profilaxia antibiótica; 3. Reação aos antibióticos; 4. Tempo de protrombina (TP); 5. Tempo parcial de tromboplastia; 6. Taxa de hemoglobina. • Hemograma completo Manifestações orais Etiologia • Infecções fúngicas; • Infecções bacterianas; • Infecções virais; • Neoplasias; Feito por @adillaalbuquerque | 10 • Outras manifestações. Marcadores bucais do comprometimento imunológico do paciente • Candidíase – pseudomembranosa e eritematosa; • Leucoplasia pilosa; • Sarcoma de kaposi; Até aqui são os principais • Quelite angular; • Gengivite e periodontite associado ao HIV; • Infecção bacteriana – eritema gengival linear; • Lesões ulceradas • Infecções virais *Herpes simples: persistência superior a 4 semanas é conclusivo para diagnóstico da AIDS Tratamento: aciclovir/froscarnet. *Leucoplasia pilosa Tratamento: anti-fúngico / podofilina / ácido retinóico *Herpes zoster Tratamento: aciclovir por via oral – 400 mg Via endovenosa – 10mg/kg *Papiloma vírus (HPV) Tratamento: remoção cirúrgica *Hiperpigmentação melânica Gengivite e periodontite associado ao HIV • Tratamento precoce: bochecho com clorexidina 0,12% • Fase aguda: composto a base de iodo; • Após remissão da lesão aguda: clorexidina a 0,12% Tratamento pós-exposição dos trabalhadores • Pele intacta, boca, nariz: lavar imediatamente com água e sabão e enxaguar profundamentepara remover todas as particularidades potencialmente infectadas; • Pele cortada ou perfurada: deixa sangrar livremente; • Olhos: lavar imediatamente com água e, a seguir, irrigar com solução salina por 30 minutos; • Considerar profilaxia pós-exposição (PPE) se houver alto risco de transmissão: *Tratamento com zidovudina (ZDV) durante 4 semanas; *Iniciar, de preferência dentro de 1-2 horas • Exames para o diagnóstico de HIV, imediatamente, 6 semanas, 6 meses e 12 meses após a exposição; • O tratamento, se iniciado, deve continuar durante 4 semanas. A pessoa exposta pode declinar de qualquer uma ou de todas as drogas; • Frente a exposições de menor importância, a profilaxia não é recomendada. Medicamentos para o tratamento de infecção como: • Tuberculose: rifampicina, izoniazada e pirazinamida • Toxoplasmose: azitromicina, clindamicina; • Candidíase: cetoconazol, fluconazol; • Pneumonia por Pneumocystis carinni: sulfametoxazol + trimetoprima. ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA PARALISIA CEREBRAL INFANTIL Definições • Desordem do movimento e da postura, persistente, porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela interferência no desenvolvimento do SNC, causada por uma desordem cerebral não progressiva. • Sequela de uma agressão encefálica, que se caracteriza primordialmente por um transtorno persistente, porém não invariável, do tônus da postura e do movimento, que surge na primeira infância e não é somente secundária a lesão evolutiva do encéfalo, mas deve-se também à influência que a referida lesão exerce sobre a maturação neurológica; • Grupo de condições com variadas manifestações e graus de severidade, tendo em comum uma lesão do sistema nervoso que afeta o controle motor; • É definida por um prejuízo permanente do movimento e da postura que resulta de uma desordem encefálica não progressiva. Esta desordem pode ser causada por fatores hereditários ou eventos ocorridos durante a gravidez, parto período neo-natal ou durante os dois primeiros anos de vida. Prevalência / incidência mundo • Brasil: 6/1000 nascimentos; Feito por @adillaalbuquerque | 11 • Maior incidência no sexo masculino; • 40% apresentam retardo mental • Gestante/assistência perinatal; • Alta taxa de mortalidade infantile; • Sobrevida:16 anos Prevenção e diágnóstico precoce 60% dos casos poderiam ser evitados ou diagnosticados precocemente com a presença de um pediatra na sala de parto além do acompanhamento pré, peri e pós natal (gestação de alto risco, estimulação e intervenção precoce, vacinação, combate às causas iatrogênicas). Teste de APGAR Estabelece as condições de vitalidade do recém-nascido através da análise no 1º e 5º minuto de vida: frequência cardíaca, reflexos, tônus muscular, cor da pele, respiração. Classificação atual dos recém-nascidos • Pré termo: nascidos vivos antes da 37ª semana; • Termo: nascidos vivos entre 37ª e 41ª semana e 6 dias; • Pós termo: nascidos vivos com 42ª semanas ou mais. Classificação relacionando peso e idade gestacional • Pequeno para a Idade Gestacional: abaixo do percentil 10; • Adequado para a Idade Gestacional: entre os percentis 10 e 90; • Grande para a Idade Gestacional: acima do percentil 90. Etiologia • Causas pré-natais: infecções (TORCHS), incompatibilidade do fator Rh, anóxia /hipóxia, distúrbios metabólicos; • Causas natais: anóxia/hipóxia neo-natal (Falta de O2), traumas mecânicos (forceps), prematuridade; • Causas pós-natais: traumatismo crâneo- encefálico, infecções,fenilcetonúria,crises convulsivas. Classificação Leve, moderada e severa: de acordo com a extensão e localização da lesão. • Critério neuro-anatômico: Córtex cerebral motor, cerebelo, gânglios basais extra- piramidais; • Critério neuro-muscular: Espástico, atáxico e atetóide; • Critério ortopédico: No de membros envolvidos Critério neuro anatômico • Cérebro: dificuldade intellectual; • Cerebelo: paciente espásticos; • Medula; • Ponte e bulbo: questão extrapiramidal ou seja, equilibrio. Critério neuro-muscular • Espástico: Hipercontratilidade de um músculo com o seu antagonista. Os movimentos voluntários são os mais atingidos.Contraturas do tendão do calcanhar,limitações na abdução e rotação externa dos quadris(pernas para dentro do corpo). Movimento de abertura de boca é afetado; • Atetóide: contrações musculares não voluntárias, movimentos próximo-distais, flutuação do tônus; • Atáxico: Rara, incoordenação entre a musculatura agonista e sinergista, alterações de equilíbrio; • Mista: mais comum, características de dois ou mais tipos. Critério ortopédico • Hemiplegia: um lado do corpo comprometido; Feito por @adillaalbuquerque | 12 • Diplegia: paralisia que acomete as mesmas partes de ambos os lados do corpo; paralisia bilateral; • Quadriplegia: comprometimento dos membros superiores e inferiores. Tratamentos • Equipe multiprofissional e interdisciplinar; • Tratamento odontológico especializado; • Tratamentos inovadores: Sulfato de magnésio (prevenção); Equoterapia (hipoterapia); Rizotomia seletiva; Toxina Botulínica (Botox): DTM; Baclofen (Lioresal); Terapia com células tronco. Observações: • Não tem cura para a encefalopatia (lesão cerebral); • Trauma em medula dificulta desenvolvimento Manifestações clínicas • Distúrbios na mastigação e deglutição; • Articulação disártrica; • Alterações de postura e equilíbrio; • Convulsões(40%); • Alterações sensoriais (fala70%, audição 20%); • Déficit mental (60%) e estrabismo; • Acúmulo de secreção nas vias aéreas superiores e trato digestivo superior; • Infecções nas vias aéreas superiors e dificuldade de se adaptar a situações novas Manifestações bucais • Intrusão/Avulsão; • Problemas de oclusão: Palato ogival, mordida aberta, mordida cruzada; • Sialorréia; • Queilite angular/Cândida • Doença periodontal: Hiperplasia gengival • Cárie • Bruxismo: Perda de dimensão vertical, problemas de ATM • Hipoplasia de esmalte(decíduos) Consulta odontológica 1ª consulta: anamnese direcionada aos pais 2ª Consulta Exame clínico Conduta clínica • Evitar deixar o paciente esperar muito; • Procurar acomodar o paciente da forma mais confortável possível, algumas vezes na própria cadeira de rodas; • “Almofadar as deformidades”, e lançar mão de contenções (com a ajuda dos pais,com tiras de panos- lençóis,com Sistema Estabilizador Godoy) quando necessário, evitando assim desencadeamento de reflexos patológicos; • Evitar estímulos súbitos (ruídos, sons altos e movimentos) durante o tratamento→ reflexo do susto e reações associadas; • Posição da cadeira em 600 para evitar o reflexo labiríntico Consulta odontológica • Posicionar o refletor de baixo para cima, para não desencadear reflexos; • Utilizar abridores de boca evitando o reflexo de mordida; • Atender o paciente sempre que possível de frente; • Manter sucção constante( controle do sialismo e secreções); • Cuidado com a introdução de objetos na cavidade oral (sempre amarrados com fio dental); • Lançar mão de inibições ou estimulações para os reflexos que com maior frequência atrapalham o tratamento; • Mordida, gag,sucção labiríntico,cervical assimétrico etc; • Utilizar sempre que o paciente entender Dizer-Mostrar fazer e Reforço positive. Contenção química • Indução ao sono; • Relaxamento do paciente e facilita o tratamento; • Não evita a dor e não dispensa anestesia local Precauções • Não devemos nos esquecer da depressão provocada pelos sedativos e suas Feito por @adillaalbuquerque | 13 propriedades de potencializar outros depressores do SNC, além de efeitos paradoxais; • Devemos nos informar junto aos médicos que assistem ao paciente sobre doses das drogas em uso e posologia; • O óxido nitroso, bastante usado em odontologia,porém é contra-indicado para pacientes com lesões no cérebro e doenças psiquiátricas. DROGADITOS Drogadição: toda medicação usada de forma crônica Drogas lícitas: álcool, cigarro. Drogas sintéticas: LSD (adesivo), crack (resto de cocaína / pessoa perde a sensibilidade de higiene pessoal), cocaína. Todas as drogas citadas tem interação medicamentosa com o anestésico, parte renal (todo anestésico usado em odonotologia é excretado via renal). Motivos que levam a usar drogas • Pessoas introvertidas: usam para se inserir em um grupo; • Pessoas que usam como fuga; • Depressão Três vias de uso das drogas • Oral: toda vez que usa droga via oral tem-se manifestação bucal (ardência, hipossalivação, alteração de cor da mucosa); • Nasal: cocaína (éster); • Endovenosa: parental Drogas lícitas e ilícitas: suas repercussões na odontologia – combustível para outra dimensão. Ayahuasca: bebida usada em rituais na américa do sul, sobretudo na bacia amazônica, conhecida como daime, produz a sensação de voar. Plyota: não é achado no Brasil, sendo um cacto peyote. Capaz de produzir visões e outras evidências de natureza mística – usada por índios americanos. LSD: altera a percepção da realidade, podendo levar o mundo como um lugar mágico, sublime e engraçado. Cafeína • Encontrada no café, chá preto, bebidas à base de cola, guaraná e chocolate (quem come muito, principalmente puro, tem dificuldade de cicatrização); • Cria reações agradáveis ao cérebro; • Pode causar dependência; • A cafeína pode causar irritabilidade, ansiedade, inquietação e insônia. Obs: Presente na nelsadina Novas drogas sintéticas são até 100x mais potentes, exemplo: maconha sintética (conhecida como Spice, K2, Hi-5 ou incenso do diabo é vendida na net) • O álcool, tabaco e maconha são drogas obtidas diretamente de plantas; • A cocaína e crack são adquiridas de pasta refinada a partir das folhas de coca (da américa do sul); • Outras substâncias como ecstasy e LSD são produzidos diretamente em laboratório. • A maconha como droga ilícita, “pode se relacionar a queimaduras na mucosa bucal, xerostomia e diminuição na osseointegração de implantes; • A cocaína, devido a seu alto poder vaso constritor, “pode causar perfurações no septo nasal e palato duro além de necrose na mucosa e osso alveolar quando esfregada na gengiva; • O ecstasy tem um efeito xerostômico prolongado, além da indução à vontade de consumo de bebidas doces, apertamento e bruxismo (essa combinação resulta em lesões de atrição e erosão dental que podem chegar ao osso alveolar). A organização das nações unidas para educação, a ciência e a cultura (unesco) define 4 tipos de usuários de droga: experimentador, ocasional, habitual e dependente. Feito por @adillaalbuquerque | 14 Interação com contraceptivos orais (anticoncepcional): interferência com o ciclo entero-hepático do estrógeno e da progesterona. Causa: o uso das ampicilinas como a amoxicilina e as tetraciclinas, inibem os anticoncepcionais orais por alterarem as concentrações plasmáticas dos CO, causando falha na proteção contraceptiva, podendo levar a gravidez. Tabaco - lícita Consumo comum através do cigarro que contém além de nicotina, muitas substâncias tóxicas como o alcatrão e o monóxido de carbono. Cigarro também pode ser mascado, em pó (rapé – aspirado). • Substâncias do cigarro: +140 substâncias cancerígenas. • Necrose óssea: pelo calor do cigarro; • Leucoplasia nicotínica: nicotina e alcatrão; • Manchas escuras em dentes Na gravidez, o consumo de tabaco pode trazer serias consequências ao feto já que ele absorve, antes mesmo de nascer, as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. Por causa disso, o feto pode nascer abaixo do peso e da estatura normal (piques), além de haver o risco de alterações neurológicas consideráveis no futuro recém-nascido. Aborto espontâneo e complicações são riscos maiores entre gestantes que fumam. As substâncias tóxicas do cigarro aparecem também no leite materno de mães fumantes. Apesar de não ser comprovado cientificamente, pode gerar fendas palatais e/ou labiais. Obs: Fendas em linha média pode ser indicativo de paciente com cardiopatia. Maconha • Derivada da planta: cannabis; • Outros tipos: haxixo, marijuana; • Principais formas: inalação de fumaça (cigarro, cachimbos), chás; • Efeitos: dificuldade de concentração, fascinação por tudo, perda de memória, lentidão de raciocínio, fome, sede, pânico, angústia, desespero. Efeitos da cannabis sativa • Vermelhidão nos olhos, ressecamento da boca e taquicardia; • Bronquite e perda da capacidade respiratória; • Causa dependência / câncer de pulmão; • Com a baixa da testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor. O paciente sob efeito da cocaína apresenta risco aumentado de bronco aspiração pela redução da velocidade do esvaziamento gástrico promovido pela droga. Nestes casos devemos dar atenção à intubação orotraqueal. Usuário de maconha: orientar que evitem fazer uso da maconha pelo menos uma semana antes e logo após o tratamento odontológico, pois intervenções cruentas podem ser preocupantes, devido a diminuição transitória dos glóbulos brancos causado pelo uso das drogas. Mantendo-os em níveis normais, ocorre melhor o processo de reparação tecidual. Cocaína Em altas doses: hipotensão arterial, infarto do miocárdio, ruptura da aorta. É um anestésico semissintético da morfina, quimicamente conhecida como doacetilmorfina. A mesma não pode estar mais sendo usada clinicamente na odontologia – interesse só de entorpecentes. Depressivo do SNC. O usuário pode apresentar surdez, cegueira, delírios, inflamação das válvulas cardíacas, coma, morte. Caso seja injetável pode necrosar tecidos das veias. Principais efeitos: euforia, bem-estar, aumento de humor, autoestima, batimento cardíaco acelerado, aumento da PA, falta de apetite. Adversos: calafrios, náuseas, dor muscular, reduz libido, fadiga, depressão, psicose e convulsão. Formas: injetável ou fumo (necrose das narinas, podendo gerar um buraco nas narinas/palato. A sífilis 2° e 3° é outra doença que pode gerar isso). Feito por @adillaalbuquerque | 15 Alterações estomatológicas: úlceras crônicas e hiposalivação, bruxismo e abrasão cervical dental, doença periodontal. Fases: euforia – excitação – sensação de onipotência – falta de apetite – insônia e aumento ilusório de energia – cegueira irreversível – infecção sanguínea, pulmonar e coronária – necrose de mucosa nasal e venosa. A cocaína absorvida pela boca, pode gerar lesões por deficiência de sangue local, a língua pode apresentar escarras, bruxismo, mordida constante dos lábios e o ressecamento das mucosas pela hiposalivação, proporciona um agente causal no desenvolvimento de neoplasias. Anfetamina Cápsula do vento (transparente – boa noite cinderela) Efeitos da anfetamina: aumento da capacidade física ilusória, depressão, agressividade, irritação e mania de perseguição, delírios e paranoias (psicose anfetamínica), taquicardia, dilatação excessiva das pupilas e palidez, insônia e perda de apetite. O uso contínuo pode levar a degeneração das células cerebrais, causando lesões irreversíveis ao cérebro. Esteroides anabolizantes • São drogas utilizadas para substituir o hormônio masculino testosterona; • Induz crescimento dos músculos e das características sexuais secundárias (barba, pelos, voz grossa...); • Efeitos adversos: homem (diminuição da produção de espermatozoides, impotência, dor ao urinar, crescimento de mamas, calvície, alterações do colesterol, hipertensão, agressividade, tumores); mulher e adolescente (aparecimento de sinais masculinos: pelos pelo corpo, barba, perda de cabelo, redução dos seios, estatura baixa); • Comprimidos, cápsulas ou injeções intramuscularesEfeitos do ecstasy Como efeitos colaterais inclui: • Taquicardia; • Hipertensão; • Convulsões; • Trombose; • Hemorragia cerebral; • Hipertermia (elevação da temperatura corporal acima de 40°C); • Boca seca, muita sede (o usuário pode vir a ingerir até mais de 10 litros de água de uma só vez); • Diminuição do apetite; • Atenção dispersa e episódios de pânico; • Irritabilidade e ansiedade; • Morte súbita. Outros efeitos do ecstasy: ressecamento de boca, perda de apetite, náuseas, coceiras, reações musculares como câimbras, contrações oculares, espasmo do maxilar, fadiga, depressão, dor de cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, movimentos descontrolados de vários membros do corpo como braços e as pernas, crises bulimias e insônia. Álcool Princípio ativo do álcool: considerando uma droga psicotrópicas. Produzida por fermentação ou destilação. Sinais estomatológicos : xerostomia (atrofia das glândulas salivares), bruxismo, contração do músculo masseter, infecção por fungos, ulceras em mucosa de palato e jugal e língua, complicações pós- cirúrgicas. Efeitos: desde um simples mal-estar até falência múltipla dos órgãos e morte, euforia, desinibição e sociabilidade, rosto vermelho, dor de cabeça, dificuldade de falar e mal-estar seguido de vômito, deficiência de vitaminas B1, B2, B6, B12 e C. Usuários de álcool: orientar a fazer exames periódicos para prevenção do câncer bucal, pois tem risco aumentado em desenvolver lesões cancerosas; não prescrever enxaguantes bucais que contenham álcool em sua composição, pois o usuário pode ingerir; cuidado ao prescrever benzodiazepínicos, pois pode ocorrer potencialização dos seus efeitos; cuidado ao prescrever antimicrobianos como cetoconazol, metronidazol e algumas cefalosporinas, pois reagem com o dissulfiram (medicamento usado para tratar alcoolismo). Feito por @adillaalbuquerque | 16 SÍNDROMES TERATOGÊNICAS As síndromes teratogênicas estão relacionadas a gestante, sendo todos os agentes externos ou internos que causam alterações fetal. A teratogenicidade depende de fatores como tempo gestacional, dose e principalmente suscetibilidade da mãe e do feto. O tipo de anomalia congênita depende de quais partes, tecidos e órgão são mais suscetíveis no momento da ação do teratógeno. Malformações da face ocorrem devido a fatores genéticos e ambientais (teratogênico) que atuam entre o 20° dia e a 12° semana de desenvolvimento. Obs: A maioria das doenças estão no “Y”, ou seja, no homem. Desenvolvimento embrionário e fetal podem ser afetados por fatores externos / fatores internos: • Alterações genéticas; • Alterações cromossômicas; • Desnutrição; • Radiação/compostos químicos; • Calor/ambientais; • Vírus/drogas; • Bactérias/protozoários. Tabaco Mais de 25% das mulheres continuam fumando na gravidez. Isso pode levar a um parto prematuro e o bebê pesa menos que o normal. Além disso podem ter fenda orofacial, redução de membros, deformidade dos pés, anormalidades no trato urinário, craniossinostose (fusão prematura das suturas craniofaciais). Mais cigarros, mais risco de fenda. Outras complicações como ruptura da placenta, placenta prévia, aborto espontâneo, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, distúrbio comportamentais, câncer infantil e síndrome da morte súbita infantil podem ser causados pelo tabaco usado na gestação. A nicotina contrai vasos sanguíneos do útero, diminui fluxo sanguíneo, reduz suprimento de oxigênio e nutrientes, podendo prejudicar o crescimento celular e desenvolvimento mental. Álcool Quanto maior a ingestão durante a gravidez, mais grave são os sinais, pois o álcool cruza a placenta e chega ao feto. Este tem desidrogenase alcóolica hepática menor que 10%, dependendo da mãe. Além disso, o líquido amniótico age como reservatório para o álcool, expondo mais o feto. O álcool no SNC do feto, afeta o desenvolvimento de neurotransmissão de serotonina (é o hormônio que atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções intelectuais), dopamina (hormônio do prazer) etc, além de gerar alterações físicas, cognitivas e comportamentais que podem ser permanentes e irreversíveis, podendo se manifestar como Síndrome Alcóolica Fetal (SAF) que é o quadro completo ou Efeitos do Alcóolico Fetal (EAF – tem sinais menos intensos que a SAF, apresentando dificuldade de aprendizado e comportamento). SINAIS FACIAIS DA SAF • Fissura palpebral pequena (faz com que a pessoa tenha pequena abertura do olho); • Ptose (queda de membros – lingual, olhos); • Hemiface achatada; • Narinas antevertidas; • Filtro do lábio superior liso e fino; • Crianças pique – pequenas; • Retrognatia (posição mais posterior da mandíbula); • Fendas orais em 10% dos casos; • Microcefalia, hipotonia (perda do tônus muscular), irritabilidade (pode não ter), dificuldade de vínculo; • Deficiência cognitiva total; • Tremores periféricos por abstinência. Medicamentos Talidomida Medicamento usado no tratamento de insônia, mal-estar matinal e enjoos comum em gestantes. A talidomida é lipossolúvel e atravessa a barreira placentária rapidamente e seu efeito teratogênico acontece mesmo em doses relativamente baixas. O risco é maior durante o período crítico do 20° ao 40° dia de gestação. Apesar de não poder ser usada em gestantes, a talidomida pode ser usada em outros tratamentos como o da AIDS. Feito por @adillaalbuquerque | 17 Efeitos: • Focomelia: mãos e pés pequenos/curtos. Em casos mais graves pode ocorrer a ausência total do órgão; • Defeitos em órgãos internos; • Defeitos no ouvido externo e ossos hipoplásicos ou ausentes; • Paralisia facial/defeitos oculares; • Malformações do trato geniturinário e gastrointestinal e não tem alterações cognitivas. Apesar de não poder ser usada em gestantes, a talidomida pode ser usada em outros tratamentos como o da AIDS Antiepiléticos e anticonvulsivantes O risco de anomalias congênitas em crianças aumenta quando a mãe precisa tomar mais de uma droga antiepilética. A combinação do ácido valpróico (anticonvulsivante), carbamazepina (antiepilético) e fenobarbital (anticonvulsivante) pode ser mais teratogênico do que qualquer outra combinação. Antibióticos Tetraciclinas: cruzam a barreira placentária depositando-se nos ossos e dentes do embrião nos locais de calcificação ativa. Quantidades não maiores que 1g por dia de tetraciclina, durante o 3° trimeste da gravidez, podem produzir manchas amarelas ou marrons nos dentes decíduos. No 4° ao 10° mês da gravidez a terapia com tetraciclina pode gerar hipoplasia de esmalte, diminuição do crescimento dos ossos longos. Além disso, causa necrose hepatica. As penicilinas e as cefalosporinas (cefalexina) são os medicamentos empregados em gestante pelo menor risco para o feto. Drogas ilícitas – maconha, cocaína, anfetaminas, apiáceos As drogas ilícitas são capazes de causar alterações comportamentais, como hiperatividade, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e do desenvolvimento da linguagem. A sindrome gerada por essas drogas é a Síndrome da Abstinência Neonatal com sintomas comuns de: • Choro acentuado; tremores; • Redução do sono; convulsões; • Alterações do eletroencefalograma; • Sucção descoordenada; • Vômitos e diarréia Cocaína Potente vasoconstrictor com redução do fluxo materno-fetal que provoca dano celular por hyipoxia induzida no embrião. Pode induzir hemorragia fetal, edema que leva à necrose e interrupção da formação de certas estruturas, principalmente os membros. Além disso, prejuízo intra-uterino, microcefalia, anormalidades do SNC, malformações urogenitais, aumento de tremores e dificuldade de amamentação Agentes infecciosos Sífilis congênita: é transmitida via placenta, podendo ocorrer em qualquer período da gestação, mas é mais comum após o 4° mês. Obebê pode nascer assintomático ou com erupções cutâneas, anemia, hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço) e alguns casos, síndrome nefrótica, surdez congênita, dentes e ossos anormais, hidrocefalia e retardamento mental. Na sífilis congênita tardia, pode apresentar lesões destrutivas do palato e do septo nasal (nariz em sela), dentes de hutchinson, molares em amora, saliência frontal, maxilas pouco desenvolvidas. O tratamento adequado da mãe, mata o agente infeccioso impedindo que o feto seja afetado. Vírus da rubéola: O vírus atravessa a membrana placentária e infecta o embrião. As características da síndrome da rubéola congênita são catarata, defeitos cardíacos e surdez, além de baixo peso, osteopatia (defeitos nos ossos), defeitos dentários, defeitos cardíacos congênitos, microftalmia. A tríade da rubéola se caracteriza por (deficiência mental, surdez (ouve pouco) e pouca visão). Vírus do herpes simples : pode gerar um indivíduo com encefalopatia crônica viral, ou seja, paralisia cerebral, microfitalmia, microcefalia, displasia da retina. Citomegalovírus: é um vírus da família dos herpes simples. Infecção viral mais comum do feto humano. A infecção perinatal pelo leite materno, durante o parto ou por transfusão de sangue é muito frequente. A infecção por CMV pode gerar prematuridade, baixo peso, cegueira, estrabismo, surdez, microcefalia, microftalmia etc. Feito por @adillaalbuquerque | 18 DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL Ecografia ou ultrassonografia • Não agressiva ao feto nem a mãe; • Segura, uma vez que é realizada no exterior da barriga não entrando em contato com o feto; • Grande nível de aceitação pelas pacientes; • Resultado imediato; • Permite um diagnóstico muito claro quanto a formação do feto; • Na 15° semana já sabe se o paciente tem alguma alteração morfológica. • Na 18° semana já sabe se o paciente é down. Deve-se observar C1 e C2 (espaço atlanto- axial), quanto mais afastadas elas estiverem da coluna, maior a probabilidade do paciente sem um down; Amniocentese Retirada do líquido amniótico para análise; Ressonância em 3d História clínica • Antecedentes pré-natais; • História família e pessoal. Anomalias de ordem menor – alterações genéticas • Epicanto bilateral invertido: todos são côncavos, caso seja convexo, tem alterações genéticas; • Sinófris: junção das sobrancelhas; • Prognatismo, retrognatismo (micrognatismo); • Nariz em sela; • Estenosis lacrimal: só uma síndrome tem isso, que é a displasia ectodérmica; • Língua bífida; • Orelhas em abano e ausência de pregapalmar. SÍNDROMES Síndrome de PIERRE ROBIN – características: • Micrognatia; • Glossoptose: queda ou retração da língua; • Fenda palatina mole e hipoplasia mandibular precoce; • Fissura palatina em U ou V; • Fissura submucosa; • Retardo mental (20%); • Palato ogival. Uma das características mais importantes da sequência de Pierre Robin é a dificuldade respiratória, pois é responsável pela gravidade da doença. Os sinais clínicos da obstrução respiratória são respiração estridente, tiragem intercostal e cianose (roxidão). Como complicações, dificuldades alimentares, vômito, pneumonia aspirativa, desnutrição, hipertensão pulmonar, cor pulmonale, edema pulmonar e morte. A sequência de pierre Robin pode aparecer de forma isolada ou estar presente em outras síndromes, em combinação com malformações dos órgãos mais diversos, como Moebius. Estruturalmente a mandíbula é normal, porém sua retroposição provoca alteração da base do crânio, modificação da postura da língua para trás e consequentemente fissura palatina. Síndrome de APERT É uma afecção hereditária e diferente de crouzon, não tem retardo mental Características • Diâmetro ântero posterior pequeno com fronte alta e protumberante e occipital achatado; • Craniossinostose irregular (união de suturas), principalmente da sutura coronal; • Braquicefalia/sindactilia (fusão dos dedos da mão ou pés); • Fáceis achatadas, sulco horizontal supra- orbitário; • Hipertelorismo: afastamento dos olhos; • Estrabismo; • Fissura palpebral oblíqua direcionada para baixo; • Nariz pequeno; • Hipoplasia da maxilla: falta de desenvolvimento dos ossos da maxilla; • Palato estreito com sulco mediano com ou sem fenda palatina; • Erupção tardia, ectópica (for a do lugar) e incisivos em forma de pá; • Má oclusão. Feito por @adillaalbuquerque | 19 O comprometimento das vias aéres superiors decorrente da combinação dos orifícios coanais e da nasofaringe, promovendo comprometimento das vias aéres inferiors decorrente das anomalias da cartilage traqueal, podem ser responsáveis pela mortalidade prematura. Síndrome de crouzon Características • Retardo mental; • Hidrocefalia; • Proptose (protrusão) ocular decorrente de órbita rasa; • Com ou sem estrabismo divergente; • Hipertelorismo/bossa frontal; • Má acuidade visual/atrofia óptica; • Hipoplasia maxilar – dentes superiors ficam apinhados; • Com ou sem nariz aquiline; • Palato em forma de V invertido/atrésico; • Índice de cárie ligeiramente aumentado. Síndrome de MARFAN É uma syndrome hereditária e a morte normalmente é decorrente de complicações cardiovasculares. Características • Tendência para aneurisma da aorta; • Orelhas grandes / estrabismo / subluxação do cristalino; • Catarata / face longa / pé plano; • Desoclusão dentária / protrusão da maxilla; • Palato ogival / crepitação da ATM; • Alto índice de biofilme, consequentemente, cárie / úvula bífida; • Aracnodactilia (mãos em forma aracnóica). Síndrome ACRO-ORAL Características • Microglossia e fenda palatina; • Aderência entre a língua e a maxilla; • Presença de bridas musculares intra-orais; • Micrognatismo; • Anomalia de redução de membros superiors e inferiors; • Sindactilia; • Anodontias ¹ Incidência é relativamente baixa Displasia ectodérmica hipoidrótica O pai ou a mãe tem que ter a syndrome e todos os filhos nascem com esta. Sinais clássicos • Tricotiodistrofia: alterações nos cabelos e pelos; • Anomalias dentárias; • Onicodisplasia: alteração na unha; • Disidrose: dificuldade em suar, erupção de bolhas nos pés e mãos. • Estenosis lacrimal Características • Pele seca / fina / lisa / macia; • Ausência parcial ou total de glândulas sudoríparas (hipoidrose): não produz nenhum líquido corporal; • Anodontia (oligodontia / conoide) / pouca saliva Portadores dessa syndrome não transpiram, sofrendo de hipertermia ou não são capazes de suporta temperaturas altas, além de não possuirem processos alveolares pela falta dos dentes e não poderem ficar exposto ao sol por grande chance de gerar carcinoma basocelular. Por produzirem pouco ou nenhum líquido ocular, aumenta a chance de gerar úlcera de córnea e, por ausência de dentes e processo alveolar, os jovens com essa síndrome pode ter semelhanças faciais a idosos. Síndrome de HULER – mucopolissacaridose É causada por desordens metabólicas devido a deficiência de uma das enzimas necessárias no processo de formação de substâncias intercelulares são as glicosaminoglicanos. Por isso é importante fazer o teste do pezinho para saber se falta algum nutrient. Características • Fáceis grosseiras / lábios grossos / Rigidez articular / narinas dilatadas; • Deficiência mental / ponte nasal baixa; Feito por @adillaalbuquerque | 20 • Macrocefalia escafocefólica com proeminência frontal / Cristas alveolares e gengivas hipertrofiadas; • Anomalias dentárias / má oclusão / macroglossia (aumento de língua). Síndrome de DOWN É manifestado desde o início, sendo um alteração no cromossomo 21. A tetralogia de fallot é uma complicação cardíaca característica de down. Características • Crânio e face braquicefálico; • Face achatada e arredondada; • Ossos das órbitas são menores e rimas palpebrais estreitas, oblíquas eem posição mongólica; • Estrabismo / obstrução dos canais lacrimais; • Microcefalia leve; • Pescoço curto e largo / tronco largo; • Protrusão da língua, abertura buccal e respiraçãobucal. Todo respirador buccal tem diminuição de 5% a 8% de raciocínio; • Frequentemente os lábios estão com saliva, favorecendo a instalação de processos fúngicos; • Predominantemente classe III de angle / palate ogival; • Mordida cruzada posterior / pseudoprognatismo; • Língua hipotônica (língua sulcada / macroglossia): se trabalhar com fono, melhora; • Alto índice de doença periodontal / gengivite necrótica; • 40% tem hipotireoidismo; • Bruxismo; • Mãos e planta dos pés ásperas; • Bunda grande; • Doença periodontal: má hgiene oral, presença de cálculo dentário, má oclusão dentária. ¹ Todo down fica em buda; ² Toda pessoa que tem agenesia dos laterais superiores tem problemas renais e isso é clássico de down. Síndrome XXXY Características • Deficiência mental / maturação óssea retardada / Frouxidão articular / estatura baixa; • Baixo peso ao nascimento / hipoplasia de maxila; • Dentes conoides ectópicos / diastemas múltiplos / erupção tardia / taurodontismo / hipoplasia de esmalte; • Pode apresentar fenda palatina e labial. Sequência de MOEBIUS É a paralisia do 6° e do 7° nervos cranianos. A etiologia pode estar ligada ao uso do misoprostol (prostaglandina sintética – abortivos), nas 1° semanas gestacionais. Características • Paralisia facial do tipo periférica, geralmente bilateral / Atrofia da musculatura lingual; • Anomalias musculares que dão característica inexpressiva, devido a ausência de mímica facial; • A boca fica entre aberta e olhos não se fecham/ Micrognatia / malformação de língua / fenda labial; • Anomalias ósseas / sindactilia / anomalias na orelha; • Ptose palpebral / micrognatia com movimento mandibular limitado; • Retardo mental em 10% dos casos; • Palato ogival / dificuldade de fala / hipotonia de língua; • Hipoplasia de esmalte / micrognatia. Disostose CLEIDOCRANIANA A displasia cleidocraniana caracteriza-se por aplasia ou hipoplasia das clavículas, malformações craniofaciais caracterizadas pelo grande número de dentes supranumerários não-erupcionados. A estatura desses pacientes é menor e a inteligência é normal. O crânio é braquicefálico com abaulamentos frontal e parietal. O nariz tem base larga palato ogival, hipoplasia de maxila gerando um prognatismo mandibular relativo, ausência de sínfise mentoniana, retardo na absorção fisiológica das raízes dos dentes Feito por @adillaalbuquerque | 21 decíduos. Tem potencial formação de cistos dentígeros. Síndrome de GOLDENHAR Essa síndrome pode ser causada por um acidente vascular no feto, porém há um raro envolvimento do SNC. Características • Anodontia / orelhas pequenas; • Assimetria facial-hipoplasia unilateral; • Fronte proeminente / hipoplasia das regiões zigomática e mandibular / retrognatismo; • Estrabismo / deficiência auditiva; • Hidrocefalia ou microcefalia com retardo mental. Síndromes não catalogadas: muito raras. Síndrome de bard vile: pessoa come sem parar. Osteogênese imperfeita: tipo I, II e III. Também conhecida como ossos de vidro ou doença de lobstein. A principal característica é a osteopenia, ou seja, ausência de cálcio nos ossos, tornando-os mais frágeis e quebradiços. Epidermólise bolhosa: Doença hereditária que provoca bolhas na pele por qualquer trauma. Os pacientes acometidos por essa doença têm grande propensão a ter carcinoma epidermoide. DIABETES MELLITUS Anamnese ao saber que o paciente tem diabete mellitus • Faz acompanhamento médico regularmente? • Quando foi o último exame de glicemia e hemoglobina glicada? • Quais medicamento usa? • Dieta? • Teve complicação recente devido a doença? Cuidados pré e pós-operatórios • Avaliar glicemia (glicosímetro); • Cirurgias com limitação de função ou sessões prolongadas médicas deve ser consultado para alterar dieta, medicação, evitando hipoglicemia. Cuidados especiais • Suspensão do uso da nicotina; • Consulta preferencialmente pela manhã; • Monitorar sinais vitais; • Dieta normal antes do tratamento; • Reduzir possibilidade de infecção; • Avaliar dieta pós-operatória; • Cuidados com doenças periodontais; • Redução vasoconstrictor adrenérgico Obs: da preferência ao vaso felipressina e fenilefrina ao invés de epinefrina ou adrenalina (quebra o glicogênio em glicose podendo levar a hiperglicemia) Hipoglicemia – glicose abaixo de 70 mg/dl Sinais • Fome, fraqueza, bradicardia; • Demência, sensações alteradas, confusão; • Mudança de humor, sudorese; • Palidez e desorientação. Hiperglicemia – glicose acima de 400 mg/dl Sinais • Taquicardia, hipotensão; • Hálito cetônico; • Náusea, sede; • Respiração ofegante; • Vômito, dor abdominal; • Respiração de Kussmaul; • Choque; • Coma (encaminhar para o médico) O diabetes mellitus abrange um grupo de distúrbios metabólicos (conjunto de doenças que associadas vão levar ao aumento de problemas cardiovasculares, aumento da cintura abdominal, aumento da PA e alteração do colesterol) que podem levar à hiperglicemia. Os principais sintomas são polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso. Há insuficiência vascular periférica, provocando distúrbios de cicatrização, e alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica, aumentando a susceptibilidade às infecções. Cerca de 3 a 4% dos pacientes adultos que se submetem a tratamento odontológico são diabéticos sendo comum encontrar alterações bucais nesses pacientes como a hipoplasia, a hipocalcificação do esmalte, diminuição do fluxo e aumento da acidez e da viscosidade salivar, que são fatores de risco para Feito por @adillaalbuquerque | 22 cárie. O maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva favorece o aumento na quantidade de cálculos e fatores irritantes nos tecidos. Ocorre xerostomia, glossodínia, ardor na língua, eritema e distúrbios de gustação. A doença periodontal é a manifestação odontológica mais comum, estando presente em 75% destes pacientes. Além disso, emergências como a hipoglicemia e a cetoacidose metabólica podem ocorrer durante o atendimento, e o cirurgião- dentista deve estar atento para suspeitar previamente de um diabetes mellitus não diagnosticado. Quais os principais tipos de dm, sinais e sintomas? A categorização atual subdivide o DM em quatro: Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e outros tipos específicos de diabetes. O termo diabetes melito (DM) expõe uma perturbação metabólica de múltipla etiologia, definido por hiperglicemia crônica consecutivo de imperfeição na secreção e/ou ação da insulina (hormônio responsável pela redução/regulação da glicemia – que é a glicose no sangue), consequência pela resistência insulínica. Grandes concentrações plasmáticas de glicose induzem ao desenvolvimento de degenerações crônicas integrante à falha de diversos órgãos, principalmente olhos, rins, coração, nervos e vasos sanguíneos. O DM é agrupado em tipo 1 e 2, diabetes gestacional e outras categorias. No DM tipo 1 (hereditária/genética) acontece uma destruição total crônica das células β pancreáticas, pelos mecanismos autoimunes, regulado por células linfócitos T e macrófagos, assim são pacientes insulino dependentes. Essa diabete compreende 10% da população diabética, acometendo mais adultos/jovens (21 anos), crianças e adolescentes. A ação de autodestruição começa meses a anos antecedentemente do diagnóstico clínico e, conforme a idade do diagnóstico, cerca de 70 a 90% das células β já foram danificadas logo depois os primeiros sintomas de hiperglicemia. No DM tipo 2, o essencial fenômeno fisiopatológico é a resistência à atividade da insulina, limitando a captação de glicoseem tecidos insulina submissos, ou seja, defeito na secreção de insulina pela beta pancreáticas, há aumento da produção de glicose endógena pelo fígado, aumentando a resistência à insulina. Nesse tipo de diabete, o paciente não é insulino dependente e acomete 90% da população diabética, sendo mais evidente em obesos acima de 40 anos, mas tem aumentado entre jovens e adultos devido aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse. No começo da doença, em resultado a resistência, acontece hiperinsulinêmica compensatória, seguindo por meses ou anos. Com o desenvolvimento do DM2, por motivo da disfunção e diminuição das células β pancreáticas, a síntese e a secreção de insulina provavelmente vão ficar comprometidas e, em alguns casos, a insulinoterapia será essencial. O DM gestacional (DMG) é definido pela redução da tolerância à glicose. O desenvolvimento e o acometimento têm sua vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. No período pós-gestacional há redução da concentração plasmática de hormônios contra insulínicos, diminuindo as necessidades maternas de insulina e a glicemia voltando à normalidade. No entanto, as gestantes que apresentam DMG possuem alto risco de desenvolverem DM2 posteriormente. Os sintomas clássicos da dm e mais padronizados da dm1 são: indícios de perda auditiva11 poliúria - aumento do volume urinário realizada pelo excesso de glicose, polidipsia - aumento da sede para compensar a perda de água pela urina e polifagia - aumento da fome devido à deficiência de insulina, perda de peso e cetoacidose diabética. A DM2 demonstra um alto índice de pessoas assintomáticas gerando um diagnóstico atrasado das complexidades microvasculares ou macrovasculares. Além da visão embaçada, sonolência, dores, espasmos musculares, formigamentos e dormências dos membros inferiores, astenia, debilidade orgânica, falta de disposição, desânimo, cansaço físico e mental generalizado, disfunção erétil, cetoacidose diabética e hálito cetônico. Com base nesses sinais sistêmicos e cardiovasculares pode-se observar no paciente diabético, o surgimento de complicações como: • Nefropatia diabética, com quadro clínico de síndrome nefrótica; • Retinopatia diabética, onde se perde a acuidade visual; • Pé em risco de úlcera, resultado de complicações vasculares e neurológicas, responsáveis pelo abrangente número de amputações nesses membros em paciente. Feito por @adillaalbuquerque | 23 Tratamento O CD não pode mexer na dose dos medicamentos, mesmo em emergência, para evitar hipoglicemia. Assim, entende-se que a tratamento orientado pelo médico, está voltado a dieta alimentar, exercícios físicos, medicamentos de acordo com a diabete (1 ou 2). Diabetes 2 em não obesos (Clorpropamida), diabetes tipo 2 em obesos (metformina). A diabetes tipo I insulina natural ou de síndrome bacteriana humana. Tratamento emergencial para hipoglicemia • Administrar solução contendo glicose imediatamente (suco, fruta etc); • Dextrose embebida em gaze se a consciência estiver levemente alterada; • Se tiver perda de consciência → emergência → médico. Teste emergencial para hiperglicemia • Medir e acima de 400 mg encaminhar ao médico urgente. Solicitação de exames? O diagnóstico definitivo é competência do médico. HGT e pós prandial – 1° faz a glicemia em jejum e depois o paciente come repetindo o exame 2h depois. Devemos fazer pedidos de exames como, o hemograma completo, o nível de glicemia em jejum e coagulograma logo no primeiro dia de atendimento odontológico. Pois mesmo que o paciente esteja se alimentando corretamente, estando com a diabete controlada, pode apresentar sinais de infecção. O exame radiográfico panorâmico anual é muito importante para a detecção desses focos infecciosos, as radiografias periapicais são importantes quando se suspeitar de doença periodontal, necrose pulpar e sinais isolados de infecção. No caso de pacientes suspeitos com diagnóstico confirmado através dos exames laboratoriais, encaminhar para o endocrinologista. • A glicemia em jejum (8H): 70-99; • Intolerância à glicose em jejum (8H): 100-125. Valores próximos ao limite da normalidade os indivíduos fazem teste oral de tolerância a lactose; • Diabete melitus em jejum (8H): maior ou igual 126. Exame: quando a glicose está persistentemente alta ela se liga a hemoglobina das hemácias (glicação). Aumento da glicose aumenta a glicação. Os valores normais de hemoglobina glicada (HBA1C) e de 4-6%. A glicose precisa de um tempo para se unir a hemoglobina. O teste laboratorial que avalia % de hemoglobina. O teste laboratorial que avalia a % de hemoglobina glicada, serve para avaliar a eficácia do controle terapêutico do diabetes e riscos de complicação. Manifestações bucais da dm? As queixas mais comuns em relação a alterações bucais nos pacientes portadores de diabetes mellitus são: hálito cetônico, infecções oportunistas, xerostomia, dificuldade de cicatrização. Em diversos estudos foi constatado como as principais enfermidades bucais correlacionadas à DM1 a quelite angular, gengivite crônica, candidíase eritematosa oral, varicosidade lingual, hiperplasia gengival e úlcera traumática. Já na DM2, as principais foram candidíase pseudomembranosa (esbranquiçada) e eritematosa, quelite angular, processo periodontal crônico avançado, varicosidade lingual, úlcera traumática, hiperplasia gengival e gengivite. Na DMG foi relatado glossidinia (dor/ardência na língua), candidíase pseudomembranosa, hipertrofia (aumento) das papilas filiformes, gengivite crônica, periodontite generalizada, cárie incipiente (em estado inicial – MB) e avançada. Anestésicos locais para portadores de DM? Estudos afirmam que nos pacientes compensados o uso de anestésico com vasoconstrictor adrenérgico é permitido. Em pacientes descompensados, devido à maior instabilidade do quadro e possível presença de comorbidades, é mais sensato utilizar o anestésico prilocaína com o vasoconstrictor felipressina, pelo fato de ser um vasoconstrictor hormonal de pequeno impacto sobre a condição cardiovascular e hemodinâmica. Antibiótico profilaxia? Frente às evidências, é sugerida a não realização de antibiótico profilaxia em pacientes diabéticos compensados, mas seu uso está indicado nas seguintes situações: pacientes descompensados Feito por @adillaalbuquerque | 24 de alto risco frente a procedimentos cirúrgicos invasivos imprescindíveis, presença de infecções bucais em pacientes descompensados e em atendimentos de urgência nos quais não seja possível determinar a classificação exata de risco apresentado pelo paciente. Classes diversas de fármacos A dipirona é um discreto hiperglicemiante, e o ácido acetilsalicílico (AAS) em doses anti- inflamatórias pode sinergir com a insulina, provocando choque hiperglicêmico. São indicados: paracetamol ou dipirona (munindo-se dos cuidados necessários quanto ao regime terapêutico). Deve-se evitar o uso de anti-inflamatórios hormonais (glicorticóides). O anti-inflamatório mais indicado para pacientes diabéticos é o diclofenaco e benzidamina. Antibióticos podem ser prescritos sem contraindicações importantes, salvo as inerentes ao próprio fármaco. Os mais indicados são as penicilinas ou cefalosporinas. Além disso, antissépticos bucais que possuem álcool na sua composição causam maior agressão às mucosas bucais. Nesse sentido, há benefício em usar formulações sem álcool no paciente diabético, que apresenta xerostomia como uma complicação da doença. O cloreto cetilpiridínio, o triclosan, os óleos essenciais e o digluconato de clorexidina possuem apresentações comerciais sem álcool. Urgência e emergência Uma das situações de emergência é a hipoglicemia causada por uma diminuição do nível glicêmico em jejum ou ocasional < 70mg/dL com ou sem sintomas. Também denominada de coma hiperglicêmico éa reação adversa mais frequente de pacientes diabéticos que fazem uso de dose exagerada de insulina ou ainda quando o paciente ingere pouco alimento, podendo estar associado com uso de hipoglicemiantes orais. Para o tratamento da hipoglicemia em casos emergenciais, se o paciente ainda estiver lúcido podemos fornecer um alimento com carboidrato para elevar o nível de insulina. Caso ele esteja desmaiado devemos leva-lo para a unidade de emergência mais próxima para que seja feita uma dose endovenosa de glicose concentrada. Outra situação de emergência é a hiperglicemia causada por nível glicêmico em jejum ou ocasional > 250 mg/dL, uma complicação letal com 15% de mortalidade. Denominada de coma diabético, devido um aumento progressivo de corpos cetônicos ou radicais ácidos no sangue diminuindo seu ph, a cetonemia. Essa anormalidade deriva do metabolismo de lipídios e não de carboidratos (normal), originada pela falta de insulina, abuso alimentar, infecções, traumas e infarto. Para reverter o quadro de hiperglicemia devemos interromper a consulta e transferi-lo para uma unidade de saúde com emergência para que seja feita uma avaliação com o médico e seja feita a dose necessária de insulina para a diminuição dos níveis de insulina. ESPECTRO AUTISTA Identificação e abordagem odontológica O TEA – Transtorno do Espectro Autista, comumente conhecido como autismo, se caracteriza por alterações comportamentais que irão acarretar transtornos no desenvolvimento, de modo que pacientes acometidos tendem a apresentar dificuldade de comunicação, de relacionamento social e desvios a estímulos auditivos e visuais. Sua identificação é a partir dos primeiros anos de vida, com prevalência quatro vezes maior no sexo masculino; mas, meninas tendem a ser afetadas de forma mais grave e com grande comprometimento cognitivo. Por se tratar de um distúrbio apresentado em vários níveis, variando de leve a severo, há grande dificuldade no tratamento odontológico desses pacientes, sendo este um desafio tanto para os pais e responsáveis como para os profissionais de saúde. Com o passar dos anos, na área da odontologia é crescente a busca por soluções para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, apesar da carência de profissionais especializados. Etiologia, epidemiologia e classificação Ainda hoje o autismo é tratado como uma incógnita pela ciência por ser multifatorial. Algumas de suas causas podem estar associações a condições genéticas e congênitas como: acidose lática, albinismo óculocutâneo, alterações das purinas, deficiências auditivas, distrofia muscular progressiva de Duchene, esclerose tuberose, funilcetonúria. Também se correlaciona a diversas síndromes como: Moebius, Cornelia Lange, Down, fetal alcoólica, Goldenhar, Laurence-MoonBiedl, Noonan, Rett, X- frágil, Willian. Em alguns casos os fatores pré-natais não genéticos podem estar relacionados como: exposição química na gravidez, caxumba, citomegalovírus, herpes, rubéola, toxoplasmose, sífilis e varicela. Feito por @adillaalbuquerque | 25 Outra hipótese do autismo liga-se ao mercúrio destarte que muitas crianças nascem com predisposição genética para reter metais pesados no organismo ao invés de eliminá-los e com isso, o mercúrio contido nas vacinas infantis pode permanecer na circulação sanguínea em torno de seis meses após a exposição e concentrar-se no cérebro de forma oculta causando degeneração dos neurônios. Com base no Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, existe o diagnóstico diferencial do TEA para que não se confunda o autismo com atraso mental, a esquizofrenia, o distúrbio persistente do desenvolvimento de início na infância e o distúrbio do desenvolvimento da linguagem do tipo repetitivo e até a deficiência auditiva. Até então não há um exame específico para seu diagnóstico, apresentando-se em diferentes combinações de sintomas e graus de severidade. Esse grau está associado ao coeficiente intelectual variando de moderado a profundo, ou seja, pode ocorrer desde um retardo mental severo, que é o autismo de baixo funcionamento, até o quociente de inteligência normal ou superdotado, que é o autismo de alto funcionamento. Principais características comportamentais do autista As manifestações comportamentais que definem o TEA incluem comprometimentos qualitativos no desenvolvimento socio comunicativo, presença de comportamentos estereotipados e um repertório restrito de interesses e atividades, sendo que os sintomas nessas áreas, quando tomados conjuntamente, devem limitar ou dificultar o funcionamento diário do indivíduo. As principais características do autismo ainda na infância são: • Atraso para adquirir sorriso facial, • Desinteresse por objetos, • Não estabelecimento de contato visual, • Preferência por dormir sozinho, • Comportamentos estereotipados e atraso na linguagem. O manual do Programa Nacional de Assistência Odontológica Integrada ao Paciente Especial diz que o autista pode apresentar até 14 problemas característicos: não se relacionar com outras crianças; agir como se fosse surdo; resistir ao aprendizado; não demonstrar medo a perigos reais; resistir às mudanças de rotina; usar pessoas como objetos; rir e movimentar-se de forma indevida; resistir ao contato físico; não manter contato visual; apresentar apego não apropriado a objetos; manusear e guiar objetos; muitas vezes é agressivo e destruidor; exibir comportamento indiferente e arredio. No que diz respeito à fala os problemas são em forma de ecolalia – repetição involuntária das palavras pronunciadas por terceiros, inversão de pronomes, perguntas recorrentes. Os autistas não compreendem emoções, sutilezas, segundas intenções, ironias, paixões e tristezas e o contato físico e determinados sons para as crianças é tido como uma tortura vez que são hipersensíveis. Além disso, indivíduos autistas têm resposta à dor diminuída, não significando sua ausência, mas sim dificuldades em expressá-la de forma verbal, corporal e cognitiva. E, assim, um comportamento corriqueiro da condição é a automutilação realizada com o intuito de captar atenção de seus responsáveis ou cuidadores. O Departamento de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria orienta os pediatras e profissionais de saúde que trabalham com crianças a realização de uma triagem quando notados indicadores do autismo pelo instrumento chamado M-CHAT – Modified Checklist for Autism in Toddlers. É uma escala autoexplicativa que pode facilmente ser realizada no consultório, possui 23 questões e se encontra disponível para download na internet. Ao final, de acordo com o que foi respondido, encontram-se duas conclusões: ausência de sinais do Espectro Autista ou indicação de sinais devendo o responsável ser orientado a buscar atendimento especializado para diagnosticar com clareza a possível condição. Para identificar o distúrbio e possibilitar um tratamento especifico com terapias e intervenções buscando um progresso do paciente devem ser levados em consideração também testes educacionais e psicológicos. Medicamentos e manifestações orais Não são relatados medicamentos psiquiátricos específicos para comportamento autista, porém o tratamento é baseado no controle dos sintomas encontrados com maior frequência, dentre eles: agressão, automutilação, ansiedade, depressão, irritabilidade, transtornos obsessivo- compulsivos, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e convulsões. Entre as drogas mais utilizadas temos os antipsicóticos, antidepressivos, anticonvulsivantes e o metilfenidato, que controlam a hiperatividade. Feito por @adillaalbuquerque | 26 A medicação administrada possui inúmeros efeitos colaterais capazes de gerar manifestações bucais, assim, é fundamental que o cirurgião dentista tenha conhecimento das principais
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