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competencia de tributos 02

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Podcast 
Disciplina: Competência Tributária e Tributos 
Título do tema: Taxas, Contribuição de melhoria e Empréstimos 
compulsórios 
Autoria: Thuanny Pereira 
Leitura crítica: Elizabeth Martos Somessari 
 
Olá Pessoal! Vamos para o nosso podcast de hoje! 
Curiosidade do tema! Você sabia que existe uma diferença entre preço público 
e taxa? 
O preço público, embora também constitua fonte de renda para o poder público, 
não possui natureza de tributo. 
Neste sentido, Ives Gandra Martins deixa registrado dois entendimentos 
apresentados no X Congresso de Direito Tributário, conforme se depreende: 
“As taxas remuneram os serviços públicos. Demais serviços que não têm tal 
natureza serão remunerados por preço, chamados públicos, por serem cobrados 
pelo poder público, direta ou indiretamente. São serviços públicos aqueles 
inerentes ao Estado, denominados essenciais, além daqueles cuja atividade 
econômica não compete originariamente à iniciativa privada (art. 8º, XV, da CF), 
dependendo da disciplina legal. Atividade monopolizada não possibilita a 
cobrança de taxa, assim como a atividade econômica prevista no art. 170 da CF. 
As taxas são tributos vinculados a uma atuação estatal, expressiva de serviço 
público prestado ou posto à disposição dos administrados, a cargo de entidades 
governamentais investidas de personalidade jurídica de direito público. Os 
preços são receitas expressivas de serviços públicos prestados ou postos à 
disposição dos administrados, a cargo de entidades governamentais ou não 
governamentais investidas de personalidade de direito privado. 
No ordenamento legal brasileiro há critério jurídico para distinguir as taxas de 
preços públicos, a partir da exigência: 
a) De relação de subordinação no primeiro tipo de remuneração e não no 
segundo; 
b) De não possuir o usuário alternativa de não utilização ou de não 
pagamento para as taxas e possuir tal faculdade aos preços públicos; 
c) De ser a taxa remuneratória de serviços essenciais ou periféricos 
específicos e divisíveis, só o sendo o preço público, em não correndo as 
hipóteses enunciadas nos itens a e b.” 
Assim, importante entender essa distinção acerca de preço público e taxa para 
que não sejam confundidos quando de suas cobranças. 
Ainda, acerca dos empréstimos compulsórios, você sabia que já tivemos uma 
cobrança instituída e que até hoje não foi devolvida aos contribuintes? 
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Os empréstimos compulsórios que foram recolhidos sobre as compras de 
combustível e carros entre 1986 e 1989 somam um passivo de cerca de R$ 42,1 
bilhões de reais. 
José Sarney, quando presidente, instituiu um empréstimo compulsório que 
incidia sobre a compra de combustíveis e veículos no final dos anos 1980 e era 
transferido para o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), que foi extinto em 
2010. 
Esse dinheiro oriundo do empréstimo compulsório nunca foi devolvido aos 
contribuintes, e hoje tem uma somatória de R$ 42,1 bilhões para o governo 
federal. 
Esse empréstimo se originou porque entre julho de 1986 e outubro de 1989, 
quando alguém ia ao posto de gasolina abastecer o tanque com gasolina ou 
álcool pagava um valor a mais, além do usualmente cobrado, que correspondia 
a esse empréstimo compulsório. 
A mesma cobrança era realizada sobre as operações de compra de veículos 
novos ou com até quatro anos de fabricação na época. 
Todo o montante arrecadado era enviado ao FND – Fundo Nacional de 
Desenvolvimento, que tinha por objetivo fornecer recursos para a “dinamização 
do desenvolvimento nacional e apoio à iniciativa privada na organização e 
ampliação de suas atividades econômicas”. 
Esse empréstimo foi instituído com a promessa de que os valores seriam 
devolvidos em até três anos após o confisco, o que não ocorreu e ainda está em 
aberto até os dias de hoje! 
Agora, o governo deve considerar o débito na sua lei de diretrizes orçamentárias 
e traçar um plano para devolução desses valores aos contribuintes atingidos na 
época. 
Muitos contribuintes ingressaram com ações judiciais na época de 1990 tentando 
a restituição, mas poucos efetivamente conseguiram receber o retorno dos 
valores. 
Como será que essa questão irá se solucionar?? 
 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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