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FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS II 
 
 
 
APOSTILA 
PORTUGUÊS II 
 
 
 
 VOTUPORANGA – SP 
 
 
1 ANÁLISE DE BALANÇO 
 
Denomina-se analise de balanço a atividade que busca identificar fatores 
positivos ou negativos sobre a saúde financeira e administrativa das empesas nos 
números divulgados em seus balanços patrimoniais. 
As empresas que possuem políticas administrativas mais transparentes 
divulgam prévias trimestrais de seus balanços anuais de forma a possibilitar que 
resultados parciais possam ser avaliados antes mesmo do término do exercício 
em curso. A metodologia de análise consiste em comparar valores como receita, 
lucro ou patrimônio líquido com o mesmo período do exercício anterior para 
determinar sua evolução. Também são calculados diversos indicadores de 
balanço, também chamados indicadores fundamentalistas que têm por objetivo 
identificar características não visíveis nos números puros do balanço. 
A análise de balanços é de suma importância para uma empresa que 
pretende se evoluir, pois através dela pode-se obter informações importantes 
sobre sua posição econômica e financeira. São os analistas que tiram conclusões 
através de dados relevantes como se a empresa analisada em um determinado 
momento merece crédito ou não, se a mesma tem capacidade de pagar suas 
obrigações, se vem sendo bem administrada, se sua atividade operacional oferece 
uma rentabilidade que satisfaz as expectativas dos proprietários de capital e se irá 
falir ou se continuará operando, entre outros fatores. 
Segundo Assaf Neto (2002, p. 48): 
 
Em verdade, a preocupação do analista centra-se nas demonstrações 
contábeis da sociedade, das quais extrai suas conclusões a respeito de 
sua situação econômico-financeira, e toma (ou influencia) decisões com 
relação a conceder ou não crédito, investir em seu capital acionário, 
alterar determinada política financeira, avaliar se a empresa está sendo 
bem administrada, identificar sua capacidade de solvência (estimar se 
irá falir ou não), avaliar se é uma empresa lucrativa e se tem condições 
de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc. 
 
 Assim sendo, dois fatores são importantes à análise de balanços: a 
qualidade das informações e o volume de informações disponibilizadas a quem for 
AULAS DE 01 A 10 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio
analisar. Os relatórios contábeis, segundo Assaf Neto (2002, p. 49), distinguem-
se em obrigatórios e não obrigatórios: 
a) Os relatórios obrigatórios são aqueles definidos pela legislação 
societária, sendo mais conhecidos por demonstrações contábeis ou financeiras, 
como o Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos 
b) Os relatórios não obrigatórios não fazem parte da estrutura básica das 
demonstrações contábeis que devem ser elaboradas para efeitos de divulgação, 
sendo normalmente destinados ao uso gerencial interno, como fluxos de caixa e 
projeções de vendas. 
A linguagem utilizada pela análise de balanços deve ser a corrente, sem 
fatores que compliquem os usuários dos relatórios contábeis. Quando for possível, 
pode-se usar de tabelas ou gráficos para auxiliar na interpretação, facilitando, 
assim, o entendimento de quem dela faça uso. Segundo Matarazzo (2003, p. 17): 
 
Ao contrário das demonstrações financeiras, os relatórios de análise 
devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não 
o sejam, isto é, sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano 
dirigente de empresa, gerente de banco ou gerente de crédito. É claro 
que isto não acontece com as demonstrações financeiras, que, aliás, não 
têm nenhuma preocupação nesse sentido. As demonstrações 
financeiras apresentam-se carregadas de termos técnicos e suas notas 
explicativas são feitas exclusivamente para técnicos, a tal ponto que 
permitem frequentemente manipulações. Assim, a análise de balanços 
deve assumir também o papel de tradução dos elementos contidos nas 
demonstrações financeiras. 
 
Sendo assim, deve-se observar a metodologia, já que a análise, de certa 
forma, baseia-se no raciocínio científico, contando também com a sensibilidade e 
experiência do analista. 
Segundo Matarazzo (2003, p. 19), o processo de tomada de decisão segue 
as seguintes etapas: 
 
1ª) A escolha de indicadores que melhor apresente as características de 
uma determinada empresa; 
2ª) Comparação com padrões através da estatística, fazendo 
comparações com os concorrentes; 
3ª) Diagnóstico ou conclusões é uma etapa diferente da comparação 
com padrões pelo fato de ser analisadas de fato as informações obtidas 
nas etapas anteriores; 
4ª) Decisões a serem tomadas, a partir das conclusões obtidas após os 
passos anteriores. 
 
Observa-se que, quando não se faz um planejamento adequado para seguir 
essas etapas, a análise não consegue chegar ao seu real objetivo. Dessa forma, 
o resultado fica prejudicado e o analista não conseguirá fornecer informações tão 
precisas como as que ele gostaria de dar, pela falta de dados imprescindíveis à 
interpretação dos dados. 
 
 
Fonte: www.tracandometas.com.br 
 
Para o analista, a interpretação através de índices é a forma mais adequada 
de se chegar a ter dados concretos da real situação de uma empresa em um 
momento determinado. As técnicas utilizadas foram aprimoradas com o passar 
dos anos, principalmente no que se diz respeito à insolvência, fazendo com que, 
atualmente, os índices tenham um embasamento científico. 
Nessa análise, foram utilizadas as principais análises, como, por exemplo: 
1) Análise financeira – é o estudo da liquidez que expressa a 
capacidade de pagamento que há na empresa, ou seja, suas condições 
financeiras de cumprir no vencimento todas obrigações assumidas. Vê-se, ainda, 
o equilíbrio financeiro e sua necessidade de investimento em capital de giro. 
2) Análise econômica – é uma avaliação da rentabilidade e 
lucratividade do desempenho da empresa, observando o retorno sobre os 
investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas vendas. 
3) Análise administrativa – é feita através do cálculo dos índices de 
rotação ou prazo médios (recebimento, pagamento e estocagem), tendo como 
intuito avaliar a capacidade da administração do capital de giro pela empresa. 
Diante das circunstâncias expostas, as informações extraídas da análise 
servem para atender os interesses de vários usuários ou pessoas físicas ou 
jurídicas que tenham algum tipo de vínculo com a empresa interessada.1 
 
2 OBJETIVO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
 
O objetivo da Análise das Demonstrações Financeiras é oferecer um 
diagnóstico sobre a real situação econômico-financeira da organização, utilizando 
relatórios gerados pela Contabilidade e outras informações necessárias à análise, 
relacionando-se prioritariamente a utilização por parte de terceiros. 
O produto da análise é apresentado em forma de um relatório que inclui 
uma análise da estrutura, a composição do patrimônio e um conjunto de índices e 
indicadores que são cuidadosamente estudados e pelos quais é formada a 
conclusão do analista. 
As informações da análise estão voltadas para dentro e fora da empresa e 
não se limitam apenas a cálculo de meros indicadoresde desempenho. 
Para que a análise possa espelhar a realidade de uma empresa, é 
necessário que o profissional de contabilidade tenha certeza dos números 
retratados nas Demonstrações Contábeis e quem efetivamente espelham a real 
situação líquida e patrimonial da entidade. 
No levantamento dos Balanços e das demais Demonstrações Contábeis, 
que no Brasil são intituladas de Demonstrações Financeiras, são necessários 
vários procedimentos que estão detalhados nas NBC - Normas Brasileiras de 
Contabilidade, na Lei das Sociedades por Ações, no Regulamento do Imposto de 
 
1 Texto extraído: www.aems.edu.br 
 
Renda e em normas expedidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de 
Valores Mobiliários. 
Então, para que o analista chegue a uma conclusão mais precisa, ele 
necessita saber se foram observados todos os procedimentos recomendados 
pelas normas em vigentes, sendo um destes requisitos a realização de auditoria 
financeira, fiscal, tributária e operacional. 
A análise de balanço é uma das principais ferramentas para auxiliar a 
tomadas de decisões e pode ser dividida em: 
a) Análise Contábil – tem por objetivo a análise de relatórios e 
demonstrações com a finalidade de fornecer informações numéricas 
preferencialmente de dois ou mais períodos de modo a instrumentar os 
administradores e acionistas, entre outros, que estejam interessados em conhecer 
a situação da empresa para que possam tomar decisões - subdivide-se em: 
 
• Análise de estrutura; 
• Análise de evolução; 
• Análise por quocientes; 
• Análise por diferenças absolutas. 
 
b) Análise Financeira – é a tradicionalmente efetuada através de 
indicadores para análise global e a curto, médio e longo prazo da velocidade do 
giro dos recursos. 
c) Análise da Alavancagem Financeira - é utilizada para medir o grau 
de utilização do capital de terceiros e seus efeitos na formação da taxa de retorno 
do capital próprio. 
d) Análise Econômica – é utilizada para mensurar a lucratividade, a 
rentabilidade do capital próprio, o lucro líquido por ação e o retorno de 
investimentos operacionais. 
Portanto, a verdadeira análise das Demonstrações Contábeis deve 
abranger: 
 
• A avaliação de Ativos (Circulante, Realizável de Longo Prazo e 
Permanente) e Passivos (Circulante e Exigível a Longo Prazo) 
utilizando-se os princípios e demais regras constantes das Normas 
Brasileiras de Contabilidade, da Lei das S/A, do Regulamento do 
Imposto de Renda; 
• A análise das receitas e despesas, principalmente no que se refere 
à apuração de fraudes documentais com o intuito de manipulação de 
resultados; 
• A verificação e a apuração de ações administrativas ou judiciais tanto 
ativas como passivas de cunho trabalhista, previdenciário, fiscal e 
tributário; 
 
A avaliação de riscos e de capital mínimo, no caso das instituições do SFN, 
segundo a Resolução CMN 2099 (Acordo da Basiléia), incluindo limites de 
endividamento, de risco e capital mínimo e de imobilização e de determinados 
tipos de operações. 
No universo de analistas de balanço também existem profissionais que têm 
competência técnica e legal e que querem fazer a coisa tecnicamente perfeita e 
de forma absolutamente séria. O grande problema é que os profissionais de 
contabilidade enfrentam enormes dificuldades para conseguir desempenhar essa 
função de analista de balanços, que os leigos não conseguem medir por absoluta 
falta de competência técnica e legal. 
 
 
Fonte: www.vanzolini.org.br 
 
Entre as dificuldades, estão principalmente: 
 
• A falta de clareza das demonstrações contábeis e a falta de 
informações mais precisas nas notas explicativas e em outras peças 
auxiliares dos balanços; 
• A falta de vontade dos representantes de algumas entidades de 
prestar as informações necessárias para que o profissional 
especializado possa efetuar a perfeita análise; 
• A falta de auditoria operacional, patrimonial, financeira, fiscal e 
tributária das demonstrações contábeis das entidades de capital 
fechado. 
• A falta de credibilidade nos pareceres emitidos por alguns auditores 
“independentes”.2 
 
3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS: UMA ABORDAGEM 
SISTÊMICA 
 
A informação tem sido impactada pelos efeitos do processo evolutivo dos 
sistemas de comunicação humana, desde a invenção da máquina de impressão 
por Gutemberg, no século XV, até os atuais sistemas de informações 
computadorizados, de modo que, lidar com a informação tem sido um constante 
desafio para o ser humano. 
Na atualidade, baseando-se na abordagem sistêmica das organizações, a 
qual busca uma visualização da totalidade do ambiente organizacional em 
oposição a uma visão parcial e fragmentada, tem-se buscado uma compreensão 
dos processos de informação corporativos nessa perspectiva, aplicando-lhes o 
conceito de sistema. 
Para Bio (1996, p.18), “considera-se sistema um conjunto de […] partes que 
interagem formando um todo unitário e complexo”. Nessa mesma linha de 
pensamento, Stair (1998, p.6) diz que “um sistema é um conjunto de elementos 
ou componentes que interagem para se atingirem objetivos”, ou seja, esse 
 
2 Texto extraído: www.portaldecontabilidade.com.br 
 
conjunto de elementos é montado de forma que, juntos, possam atuar para cumprir 
as metas ou os objetivos do todo. 
As organizações são consideradas sistemas abertos, os quais se 
caracterizam pela interação com o ambiente externo, suas entidades e variáveis. 
De modo que, recursos capturados no meio externo são introduzidos no sistema 
(inputs) e processados, resultando em produtos e serviços (outputs) fornecidos ao 
ambiente externo. 
Essa visão holística da organização evidencia a diversidade de pressões a 
que o ambiente a submete, uma vez que, os elementos que a circundam 
influenciam (e são influenciados), de forma direta ou indireta, as suas políticas e 
estratégias. Entre os vários sistemas (ou subsistemas) que formam a organização, 
destaca-se o sistema de informação e, como tal, interage com a organização e 
sofre os mesmos impactos que ela. 
Para uma adequada compreensão do que se entende por sistema de 
informação, é recomendável uma breve discussão do significado conceitual da 
informação. Laudon e Laudon (2004) consideram que informação é o conjunto de 
dados significativos e úteis aos seres humanos em processos como o de tomada 
de decisões. Por sua vez, Oliveira (1998, p.36) define informação como sendo “o 
produto da análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados, 
classificados, organizados, relacionados e interpretados dentro de um contexto 
para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão na forma otimizada”. 
Vale acrescentar que dados “são fluxos de fatos brutos que representam 
eventos”, ou ainda, “o registro puro, ainda não interpretado, analisado e 
processado”, conforme argumentam Laudon e Laudon (2004, p.7) e Padoveze 
(2004, p.49), respectivamente. Portanto, conclui-se que dados e informação têm 
conceitos distintos, porém relacionados. 
A partir desses conceitos, tem-se que sistema de informação corresponde 
a um “conjunto de elementos que funcionam juntos para processar entradas 
[dados] e produzir e distribuir dados e informações de saída” (STAIR, 1998, p.427). 
Assim, esses elementos inter-relacionados coletam (entrada), manipulam e 
armazenam (processamento), disseminam os dados e as informações (saída), 
como também fornecem um mecanismo de feedback (retroalimentação), que 
corresponde a reintrodução de uma saída, sob a forma de informação, para fazer 
ajustes ou modificações nas atividades de entrada ou processamento. 
Os sistemas de informações representam na atualidade uma das principais 
ferramentas de que os gestores dispõem para auxiliá-los nos processos de gestão 
e decisão. A importância crescente desses sistemasdecorre do aumento no 
volume de dados e informações que permeiam a organização moderna, tornando 
o ato de administrar bastante complexo. Com efeito, não é mais possível gerenciar 
eficientemente uma organização sem o apoio da tecnologia da informação, em 
particular, dos sistemas de informação computadorizados. 
Segundo Stair (1998), os principais componentes de um sistema de 
informação baseado em computador, que estão configurados para coletar, 
manipular, armazenar e processar dados e transformá-los em informação são: 
hardware, software, banco de dados, telecomunicações, pessoas e 
procedimentos. 
 
 
Fonte: www.sedan.com.br 
 
O hardware consiste no equipamento usado para executar as atividades de 
entrada, processamento e saída. O software é composto pelos programas e pelas 
instruções dadas ao computador e ao usuário. Um banco de dados é uma coleção 
organizada de fatos e informações sobre diversas coisas, é uma das partes mais 
valiosas e importantes. As telecomunicações permitem a conexão dos sistemas 
em redes de trabalho. As pessoas correspondem ao elemento mais importante, e 
se dividem em profissionais de sistemas de informação e usuários. Os 
procedimentos são as instruções operacionais para a utilização de um sistema de 
informação pelo homem. 
Os sistemas de informações classificam-se em: operacionais, gerenciais e 
de apoio à decisão (PADOVEZE, 2004). Os sistemas operacionais atendem 
melhor aos níveis operacionais da organização; os sistemas gerenciais fornecem 
subsídios para os gestores intermediários da organização; os sistemas de apoio à 
decisão orientam os níveis estratégicos da organização em suas decisões mais 
complexas. 
Considerando-se que gerenciar é um processo que envolve as funções de 
planejamento, organização, direção e controle voltado para resultados, e que no 
processo decisório em cada uma dessas funções a informação é convertida em 
uma ação, tem-se que a qualidade da decisão está fortemente vinculada à 
qualidade das informações fornecidas pelos sistemas de informações. Portanto, 
faz-se necessário um conjunto organizado de pessoas, procedimentos, banco de 
dados e dispositivos tecnológicos que forneçam aos administradores as 
informações para ajudá-los a atingir as metas da organização. 
Assim sendo, qualquer que seja o seu nível hierárquico, o gestor 
necessitará de um sistema de informação adequado às suas atividades. No caso 
das gerências intermediárias, estas utilizam predominantemente os sistemas de 
informações gerenciais os quais incluem os sistemas de informações das áreas 
financeira e contábil. 
O sistema de informações financeiras subsidia com informações os 
administradores e gerentes financeiros da organização, enquanto que o sistema 
de informações contábeis (SIC) executa inúmeras atividades contábeis, 
fornecendo informações agregadas com os dados contábeis que são também 
utilizadas pela maioria dos outros sistemas funcionais de informações. 
No ato de administrar aos gestores se amparam nos sistemas de 
informações referentes a cada área de gestão. Contudo, o SIC passou a ser 
considerado um dos principais sistemas de informação gerencial, o qual atuando 
conjuntamente com os demais sistemas organizacionais contribui com todas as 
etapas do processo decisório e de gestão (PADOVEZE, 2004) tornando-se uma 
ferramenta gerencial indispensável. 
De modo que, no contexto de uma abordagem sistêmica, o SIC interage 
com o meio interno e externo para capturar dados contábeis a serem processados 
e produzirem informações contábeis úteis aos usuários internos e externos. 
Através do SIC, as organizações passam a dispor de um conjunto de informações 
monetárias e não-monetárias acerca do seu patrimônio, as quais propiciam maior 
segurança nas decisões, reduzindo as vulnerabilidades que rondam o processo 
de gestão e de decisão, principalmente quando envolverem matéria econômica e 
financeira. 
Com a utilização de metodologias próprias da Contabilidade, as 
organizações obtêm uma visão da sua riqueza, ou seja, das possibilidades e 
limitações dos recursos de que poderão dispor para alcançar os objetivos e as 
metas. De sorte que, todos os eventos organizacionais passíveis de mensuração 
monetária são captados e processados através do SIC e, ao final, apresentados 
em diversas formatações e meios. 
Várias são as formatações e os meios sob os quais as informações 
contábeis são disponibilizadas para os usuários. As formas mais conhecidas são 
as demonstrações contábeis de natureza legal. Entretanto, há inúmeros outros 
relatórios gerenciais que podem ser elaborados a partir dos dados contábeis, a 
qualquer momento, adequados ao perfil do usuário a quem se destinam as 
informações. Por outro lado, os produtos informacionais gerados pelo SIC podem 
ser comunicados não apenas através da forma tradicional impressa, como 
também por meio oral, eletrônico e de outras mídias. 
Nesses processos de captação e processamento de dados e de produção 
de informações, o SIC constrói um canal de comunicação com o ambiente 
organizacional no qual está inserido e com o ambiente externo. O produto gerado 
pelo SIC auxiliará os diversos interessados, na compreensão do desempenho 
organizacional e das ações gerenciais. Desse modo, as necessidades 
informacionais dos usuários – em particular, dos gestores internos – acerca dos 
eventos que afetam o patrimônio, poderão ser atendidas através do SIC. Esses 
usuários internos, possivelmente, são os que necessitam com maior frequência e 
grau de detalhamento das informações geradas pelo SIC, para atender às 
constantes demandas das funções gerenciais. 
Aspectos da gestão financeira e econômica, tais como, receitas, despesas, 
orçamentos, investimentos, recursos em caixa, estoques, contas a receber, contas 
a pagar, lucro/prejuízo, são exemplos de informações produzidas pelo SIC. Cada 
uma dessas áreas – e várias outras – representa um subsistema do SIC, os quais 
atuando de forma integrada fazem com que os objetivos do SIC sejam alcançados. 
A variedade e o crescente aumento na quantidade de dados processados no SIC 
têm afetado a área contábil. Nesse contexto, a tecnologia da informação tem 
desempenhado um papel relevante para uma gestão mais eficiente desses dados, 
visando gerar informações úteis que contribuam para a eficácia organizacional. 
 
 
Fonte: www.sistecweb.com.br 
 
Por fim, ressalta-se que para o SIC cumprir o seu papel é necessário que 
os gestores estejam preparados para receber, compreender e utilizar as 
informações produzidas pelo sistema, no âmbito das decisões que lhes cabem na 
organização. Com essa base informacional, esses usuários passam a dispor de 
melhores condições para controlar o patrimônio, realizar projeções, reavaliar 
decisões passadas, acompanhar o cumprimento das metas e das políticas 
traçadas. 
Em outras palavras, é preciso um olhar sistêmico sobre os sistemas de 
informações – em particular, sobre os SIC – compreendendo que os mesmos não 
podem ser reduzidos a apenas alguns componentes, mas que são formados 
dinamicamente a partir de uma interação sinérgica entre tecnologia, pessoas, 
processos. E que são partes de um contexto maior que é a própria organização, 
que por sua vez está inserida num ambiente externo macro. Portanto, é necessário 
desenvolver um pensamento e uma atitude sistêmica para poder apreender e 
conviver com a complexidade do mundo corporativo contemporâneo.3 
 
4 CARACTERÍSTICAS NATURAIS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
CONTÁBIL 
 
No ambiente empresarial dos Sistemas de Informações, a Ciência Contábil 
toma forma de um sistema completo e dinâmico que incorpora todos os eventos 
financeiramente mensuráveis da organização, com o propósito de informar com 
exata totalidade o valor patrimonial da empresa. Neste sentido, o SIC está atrelado 
à contabilidade via geração de informação e conhecimentoacerca do valor 
patrimonial da empresa, inclusive, para tomada de decisão. 
Considerando esta premissa, observa-se a Deliberação da Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM número 29, de 05 de fevereiro de 1986 (BRASIL, 1986), 
que aprovou e referendou o pronunciamento do Instituto Brasileiro de Contadores 
– IBRACON, sobre a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, definindo que: 
 A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação 
destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza 
econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de 
contabilização. [...] conceitua-se como usuário toda pessoa física ou jurídica que 
tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, 
seja tal entidade empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo 
patrimônio familiar. 
O IBRACON (1998), ao transcrever o pronunciamento da Federal 
Internacional de Contadores (International Federation of Accountants – IFAC) 
sobre o Estudo e Avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos Aplicáveis 
para efeito de Auditoria, mostra a definição de Sistema Contábil: 
Pode-se definir um sistema contábil como uma série de tarefas em uma 
entidade, por meio das quais são processadas transações como meio de manterse 
registros contábeis. Tal sistema deve reconhecer, calcular, classificar, lançar, 
sumarizar e relatar tais transações. Material de uso exclusivo para alunos 
matriculados na disciplina EAC 0548 FEA USP (2017) ministrada pelo Prof. Dr. 
 
3 Texto extraído: www.classecontabil.com 
César Augusto Biancolino. Consiste em anotações de aula listadas de forma 
estruturada e de outros conteúdos que formam a base de fixação dos conceitos 
teóricos discutidos em sala de aula. Conteúdo disponibilizado via Moodle. Uso 
exclusivo para fins didáticos da disciplina. Divulgação externa não autorizada. 
Não possui finalidade comercial. 
Para Boockholdt (1993), o estudo de um SIC analisa como as organizações 
registram, resumem e divulgam os eventos empresariais. Estes eventos são 
registrados por meio dos sistemas humanos e computacionais da organização, 
são resumidos pelos métodos contábeis e divulgados por meio de relatórios 
destinados aos usuários da informação contábil. 
Começa-se a observar, a partir do pronunciamento acima, que o conceito 
básico dos Sistemas de Informações pode ser observado nos objetivos primordiais 
do sistema contábil, considerando o Sistema Contábil como uma série de tarefas 
em uma entidade que por meio do reconhecimento, cálculo, classificação, 
lançamento e sumarização, informam aos usuários por meio de demonstrações e 
análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, a situação 
e o progresso de determinada entidade. 
 
4.1 O Sistema de Informação Contábil como Sistema Consolidador 
 
 Conforme a concepção e estrutura de sua implementação o SIC torna-se 
um sistema consolidador de todos os processos, demonstrando, de forma 
estruturada, o desempenho e os resultados econômico-financeiros das empresas. 
Esta visão do SIC, conforme Moscove et al. op. cit. “como um sistema de 
informação para a empresa toda considera as ligações entre o sistema de 
informações gerenciais e a contabilidade”. 
Visualizando-se de forma sistêmica o sistema de informação contábil, e 
trazendo ao plano a contribuição de Riccio (1989), que o descreve como sistema 
consolidador, porque é dentro do Sistema de Informação Contábil que são 
consolidadas todas as transações financeiras ou monetárias da empresa. 
Ao imaginar que cada segmento ou setor pode ser consolidado no sistema 
de informação contábil, por que não utilizar esse papel integrador como um 
instrumento estratégico para a empresa? O sistema contábil pode ser interligado 
a outros sistemas de informações, principalmente os que dizem respeito aos 
fatores externos, propiciando informações de extrema relevância para os objetivos 
estratégicos da empresa. 
 
 
Fonte: www.surfedigital.io 
 
Desta forma, uma vez que o sistema de informação contábil possui a 
característica de consolidar de forma convergente os demais sistemas de outras 
áreas da empresa (arquitetados numa visão ERP), inclusive os de missões 
operacionais (compras, contas a pagar, contas a receber, tesouraria, faturamento, 
etc.), estes são, neste momento, os subsistemas daquele, uma vez que ocorre um 
fluxo de seus dados em direção ao mesmo para transformá-los em informações 
úteis para o processo decisório. 
Assim, para otimizar a utilização do sistema de informação contábil, as 
empresas (aquelas que o utilizam) têm, de um modo geral, dividido tais sistemas 
em duas grandes áreas, quais sejam: as áreas Legal/Fiscal e Gerencial. 
Buscando-se embasamento teórico sobre o tema, encontra-se nas mais 
diversas obras estudadas a referenciação do sistema de informação contábil de 
forma completa, tratando toda a parte societária, fiscal, com ênfase na gerencial. 
 
 
 
4.2 Objetivos do Sistema de Informação Contábil 
 
Pode-se atribuir à Contabilidade as características de um Sistema de 
Informações, apresentado como o Sistema de Informação Contábeis – SIC. Os 
SIC são os sistemas mais antigos e generalizados utilizados nos negócios, 
registrando e relatando transações comerciais e outros eventos econômicos 
baseados no conceito de contabilidade de partidas dobradas e em outros 
conceitos contábeis mais recentes, como contabilidade por responsabilidade e 
custeio baseado em atividade. 
 Além das citações de Riccio, enumera-se abaixo outras definições para o 
SIC: 
Segundo Bio (1988) o sistema de informação contábil-gerencial – no atual 
estado da arte da tecnologia de custos, orçamentos, sistemas, pesquisa 
operacional – é poderoso instrumento para a melhoria dos níveis de eficiência e 
eficácia da organização. No entanto, para que cumpra com este papel, o processo 
de mudança deve conduzir a um novo estágio de capacitação organizacional, 
possibilitando o aproveitamento de todo o potencial do sistema para gestão 
econômico-financeira da empresa. 
Segundo Padoveze (2000) o sistema de informação contábil são os meios 
que o contador geral, o contador gerencial ou o controler utilizarão para efetivar a 
contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que a 
contabilidade seja utilizada em toda a sua plenitude. 
Segundo Gil (1999) os sistemas de informações 
administrativo/contábil/financeiros (SIACFs) buscam dados em todas as 
atividades empresariais, executam o processamento e geram informações 
representativas da dinâmica organizacional. 
Segundo Gelinas, Sutton e Oram (1999) os sistemas de informações 
contábeis são subsistemas que compõem o sistema de informações gerenciais da 
organização, com o propósito de coletar, processar e informar transações 
financeiras. 
Segundo Romney, Seinbart e Cushing (1997) um sistema de informações 
contábeis processa dados e transações para prover aos usuários informações que 
estes necessitam para o planejamento, controle e operação dos negócios. 
Consolidando as enumerações dos autores acima mencionados, pode-se 
afirmar que um Sistema de Informações Contábeis tem como objetivo ser o 
principal componente do sistema de gestão empresarial, fornecendo aos gestores 
informações monetárias para as decisões originárias da avaliação do desempenho 
realizada e prevista das atividades da organização. 
O ambiente do SIC expandiu-se à medida em que cada nova operação 
executada pela empresa corresponde a um novo ‘braço’ da contabilidade que se 
estende no sentido de agregar aquele recurso ao controle do sistema. Isto significa 
que o SIC se estende até as fronteiras do Sistema Empresa e que seus limites são 
os mesmos. 
Neste contexto, a contabilidade é considerada um sistema de apoio ao 
processo de decisão, formadade vários subsistemas, entre os quais podem ser 
citados: o de contabilidade, de custos, produção, de informações tributárias. Estes 
prestam a captar e coletar dados (entrada), processar e armazenar os dados e, 
por fim, recuperar e distribuir as informações (saída). Segundo Nakagawa (1995): 
O sistema contábil de informações é orientado por um conjunto de regras 
de controle de entrada, processamento, avaliação e saída de dados. Na entrada, 
o sistema só contempla dados relacionados com as transações que guardem 
conformidade com as características das informações contábeis (eventos 
econômico-financeiros), os quais, se admitidos, passam a ser tratados de acordo 
com o processo de escrituração contábil. 
Fonte: www.observatorio3setor.org.br 
 
 Portanto, a visão de Nakagawa reforça a necessidade de a Contabilidade 
reconhecer a importância da tecnologia embarcada nestes sistemas, que antes 
controlavam a informação em nível operacional (lançamentos contábeis), depois 
em nível gerencial (demonstrativos financeiros) e atualmente, fornece a 
informação em nível estratégico (projeção futura de demonstrativos financeiros). 
Desta forma, observa-se que o escopo do SIC é bastante amplo, 
compreendendo além da Contabilidade Financeira regulamentada pelos 
organismos como Conselho Federal de Contabilidade, Comissão de Valores 
Mobiliários, etc., a Contabilidade Fiscal (Tributação) voltada para apuração dos 
impostos recolhidos ao Fisco, e a Contabilidade Gerencial, voltada para a tomada 
de decisão. 
 A Tecnologia da Informação aliada ao SIC é vital para o funcionamento do 
negócio no ambiente moderno e competitivo das organizações. Desta forma, as 
empresas que usam o SIC somente para fins operacionais possuem uma forte 
necessidade de incorporar recursos para evoluir na utilização das informações 
para fins gerenciais e estratégicos. 
 
4.3 Ambiente do Sistema de Informação Contábil 
 
Referente ao uso dos recursos materiais agregados aos SIC, apesar de ser 
uma preocupação que aparentemente importa apenas aos Gate Keepers da 
computação (profissionais responsáveis pela monitoração de novas tecnologias e 
possibilidades de aplicação para novos dispositivos desenvolvidos), também 
existe uma crescente preocupação no meio contábil quanto à incorporação dos 
recursos disponíveis de informática, processamento e comunicação ao ambiente 
dos SIC. 
Anualmente, o American Institute of Certified Public Accountants – AICPA 
(Instituto Americano de Contabilistas Públicos Certificados) anuncia “Top 10 
Technologies”, lista com as 10 principais tecnologias que, segundo a opinião do 
instituto, representam uma grande influência sobre a contabilidade. Destacamos 
alguns dos principais recursos materiais aplicados à contabilidade destacados 
pelo ranking nos últimos anos: 
a) dispositivos de Segurança da Informação, incluindo hardwares para 
acesso (scanners ópticos e de voz) aos sistemas de informações contábeis, entre 
outros; 
b) digitalização de Documentos. Conhecido também como paperless 
(sem papel), é o processo de capturar e de controlar originais eletronicamente, 
(em formato .pdf e outros formatos); 
c) escritório virtual. Equipamentos, processos e procedimentos que 
permitem que o pessoal trabalhe eficazmente, individualmente ou em grupo, não 
obstante a posição física. Inclui teleconferência, voz sobre dados e workplaces 
(sites na internet onde os usários trocam informações profissionais); 
d) identificação de Radiofrequência. Os receptores de Radiofrequência 
são pequenos chips de silicone com antenas que podem transmitir dados a um 
receptor wireless. Ao contrário dos códigos de barra, os receptores de rádio não 
requerem a leitura ótica. 
No exemplo utilizado no Recursos Materiais, grandes redes de 
Supermercados no Brasil já estão utilizando esta tecnologia para registrar suas 
vendas automaticamente, sem a interferência da digitação de códigos de produtos 
e preços por caixas. O processamento da informação contábil das vendas de 
produtos nestes estabelecimentos é feito no momento em que o cliente se dirige 
ao guichê de pagamento, passando pelos receptadores dos sinais de 
Radiofrequência. 
O contexto apresentado pela pesquisa da AICPA reflete, principalmente, as 
tendências que estão sendo assimiladas pelos atuais Sistemas de Informações 
Contábeis dos países desenvolvidos. No Brasil, o quadro apresentado ainda é o 
de integração com tecnologias que visam, primordialmente, modernizar o 
ambiente tecnológico das organizações, permitindo-lhes otimizar seu ambiente 
atual. 
Os recursos humanos dos SIC são os Contadores, com capacitação 
adequada da ciência contábil, para o enfoque sistêmico da contabilidade e visão 
contábil gerencial completa, para atender às necessidades informacionais da 
organização. 
No entanto, os contadores passam a ser vistos neste trabalho, enquanto 
Recursos Humanos dos SIC e segundo a conceituação de Cornachione, 
classificados como Usuários da Informação, Desenvolvedores da Solução 
Conceitual e Provedores da Solução. Neste sentido: 
a) como principais usuários das informações contábeis, os Contadores 
são os primeiros profissionais que utilizam as informações contábeis geradas para 
a tomada de decisão, e desta forma possuem grande importância na definição de 
acessos aos SIC. E quanto à tempestividade das informações geradas, devem 
contribuir no processo de produção da informação de tais sistemas, adequando 
as necessidades da organização (disponibilidade, abrangência e detalhe) em 
prazos satisfatórios; 
b) como desenvolvedores da Solução Conceitual dos SIC, os 
contadores devem possuir a capacidade de abstração das necessidades internas 
e externas da informação contábil, de tal modo que verifiquem todos os aspectos 
úteis para que os desenvolvedores da Solução Aplicada possam criar a melhor 
aplicação para o negócio; 
c) como Mantenedores e Provedores da Solução, os profissionais de 
Contabilidade devem garantir a operação dos SIC, com o intuito de preservar a 
continuidade do sistema. 
 
 
Fonte: www.vidadeti.com.br 
 
 
http://www.vidadeti.com.br/
http://www.vidadeti.com.br/
4.4 Informações no Sistema de Informação Contábil 
 
Em uma primeira análise, pode parecer que a informação é o ponto de 
partida das tomadas de decisões nos processos de Gestão. No entanto, uma 
observação mais atenta demonstra que a informação não pode ser considerada 
um ponto de partida, pois é o produto de um processo de coleta, análise e 
divulgação. 
 Este processo inicia-se na coleta de dados, que pode ser definida como a 
extração do elemento em estado bruto, primário e isolado, que não tem um 
significado para gerar uma ação. Um dado é, por exemplo, a data 27 de janeiro. 
Isoladamente, a data não representa sentido algum. A coleta desta data deve 
servir a um propósito posterior, ou como observado a seguir, um processamento. 
No processamento dos dados, verifica-se a análise dos dados, tanto 
classificando-os, organizando-os ou calculando-os. No momento em que é 
classificada a data de 27 de janeiro em uma lista de eventos contábeis, 
organizando os dados relacionados para a obtenção da composição de um 
lançamento contábil e calculando as classificações a débito e crédito, obtendo um 
registro contábil, que neste contexto representa a informação contábil. 
A informação resultante do processamento dos dados apenas se torna útil 
após o momento da divulgação, pois deve ser coerente com o objetivo geral do 
processo. O pronunciamento do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 
que trata da Estrutura Conceitua da Contabilidade dispõe que, tratando-se da 
informação contábil, que pode ser disponibilizada em diversos meios de 
comunicação (demonstrativos, pareceres, comunicados, etc), ela deve refletir com 
exatidão o Patrimônio da entidade que esta representa, por meio da observação 
dos aspectos qualitativose quantitativos oriundos da Ciência Contábil. 
Segundo o pronunciamento, os usuários da informação contábil são 
pessoas físicas ou jurídicas com interesse na Entidade, que se utilizam das 
informações contábeis desta para seus próprios fins, de forma permanente ou 
transitória. 
Ainda segundo o Pronunciamento, a informação contábil deve atender a um 
grande número de usuários, revestindo-se principalmente dos seguintes atributos: 
 
• Confiabilidade: diz respeito à veracidade (ausência de erros), 
completeza (compreensão de todos os elementos significantes) e 
pertinência (em conformidade com o objetivo) do conteúdo da 
informação; 
• Tempestividade: refere-se à oportunidade em que a informação é 
disponibilizada ao usuário, isto é, tempo hábil para tomada de 
decisão; 
• Compreensibilidade: a informação deve ser clara e objetiva; 
• Comparabilidade: deve possibilitar ao usuário o conhecimento da 
evolução entre determinada informação ao longo do tempo. No 
contexto empresarial atual, todavia, verifica-se que os atributos da 
informação contábil, definidos pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis, não é abrangente do ponto de vista da conceituação da 
informação contábil no ambiente de negócios aonde estão inseridos 
os sistemas de informações. 
A apresentação do quadro comparativo é necessária para observar que as 
qualidades da informação podem ser interpretadas de diversas formas por 
diferentes autores, sendo que existem convergências quanto a algumas 
características, conforme abaixo: 
a) barata: o custo para gerar a informação deve ser menor que o ganho 
que esta informação representa; 
b) oportuna: a informação deve estar disponível para o usuário no 
momento da sua necessidade; 
c) adequada: a informação deve ser detalhada suficientemente para que 
o usuário tome a decisão, pois a informação desnecessária ou ausente é 
prejudicial para a decisão; 
d) hierarquizável: a informação deve ser disposta em ordem de 
importância para o usuário; 
e) rápida: a informação precisa ser coletada, processada e 
disponibilizada 
no menor tempo possível; 
f) precisa: a informação precisa representar o cenário mais 
exato 
possível; 
g) confiável: a informação deve ser originada de dados que 
possam ser 
verificados e validados; 
h) abrangente: a informação não deve ser restrita a uma única 
base de dados – deve ser formada a partir de todos os dados que nela 
reflitam significância; 
i) flexível: a informação deve ser disponibilizada para atender o 
maior 
número de necessidades. 
j) clara: a informação deve ser completa – sintética e 
analiticamente – para 
não gerar dúvidas para o usuário; 
k) útil: a informação gerada deve ser aproveitada em sua 
totalidade 
 
 
 
Para a melhor compreensão dos atributos de uma informação no contexto 
da informação contábil, no quadro abaixo é apresentado o exemplo de uma 
empresa que solicita informações contábeis ao seu contador, relacionando como 
deseja receber estas informações. 
 
4.5 Funcionalidades do Sistema de Informação Contábil 
 
Um software aplicativo é um conjunto de programas de computador, 
desenvolvidos em linguagem de programação de alto nível que têm como objetivo 
realizar tarefas específicas, contando sempre com a participação humana. 
Tratando-se de softwares aplicativos de contabilidade (ou softwares de 
contabilidade), por se tratar de um programa com a finalidade única no 
processamento da informação contábil, é um sistema que visa inicialmente, 
substituir o processo manual / mecanizado de geração da informação contábil. 
Existem no mercado brasileiro diversos fornecedores desses softwares, 
dentre os quais destacam-se: Contmatic, Folhamatic, Prosoft, DP-Comp, Copan. 
Devido à pulverização de desenvolvedores de tecnologia e clientes, não existe 
nenhuma estimativa oficial da quantidade de usuários e/ou faturamento que este 
mercado gera. Já nos EUA, revistas como CPA Software News e Accounting 
Technology dedicam-se exclusivamente a este mercado. 
Os Sistemas Integrados de Gestão ou ERP (Enterprise Resources 
Planning) são assim chamados pois têm em sua concepção o objetivo de 
consolidar todas as informações geradas na organização. 
A diferença entre os sistemas integrados de gestão e os sistemas de 
informação elaborados por meio da arquitetura tradicional está na concepção do 
que seja integração e, principalmente, na componente tecnologia. 
Nos softwares aplicativos descritos no trecho anterior, pode existir a 
integração desses aplicativos com outros sistemas (fiscal, recursos humanos e 
finanças), mas pode ser observado que, considerando-se um software com o 
objetivo específico de coletar/processar/gerar informação contábil, a integração é 
feita exclusivamente para “alimentar” este aplicativo com as informações geradas 
pelos outros sistemas. 
Já nos sistemas integrados de gestão, a concepção de “alimentação” é 
tratada de forma diferente, considerando que a informação é trabalhada para ser 
integrada horizontalmente, ou seja, que atenda a todas as necessidades dos 
usuários. No primeiro caso, uma alteração realizada nos registros fiscais pode ou 
não aparecer simultaneamente no sistema aplicativo contábil, o que não acontece 
em um sistema integrado. 
No exemplo apresentado na figura abaixo, observa-se a diferença no 
processamento da informação contábil em um software de contabilidade e em um 
sistema ERP. No primeiro, a partir da transação de vendas as informações da 
apuração da receita, aspetos fiscais e movimentações de estoques são analisadas 
individualmente (manual ou em batch) e processadas no aplicativo contábil. Já no 
sistema ERP, a operação de vendas dispara o processamento simultâneo das 
receitas, impostos e estoques e por fim, o processamento contábil.4 
 
 
 
 
4 Texto adaptado: ewww.disciplinas.usp.br

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