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Taliane Aranha 2 Avaliação pré-operatória: momento que o profissional vai conhecer o seu paciente (relacionado a condição pessoal e social, do quadro de saúde geral – sistêmico, psicológico, emocional e médico) Momento de conquistar a confiança do paciente (criar elo paciente – profissional) Momento de desenhar o meio seguro para atende-lo Quando realizar uma cirurgia? Quando todos os recursos clínicos e não invasivos já foram realizados e não teve resultados satisfatórios; Quando clinicamente não houver condições de tratar o paciente Objetivos ao realizar uma cirurgia: 1- Tratar a dor do paciente 2- Evitar ou combater a infecção 3- Trazer ao paciente boas condições físicas e psíquicas Objetivos: · Otimizar a condição clínica do paciente · Conhecer as condições médicas pré-existentes · Descobrir doenças concomitantes · Prevenção de intercorrências no transoperatório e complicações nos pós · Determinar diagnósticos · Elaboração do plano de tratamento (detalhado e baseado nas condições locais, sistêmicas e psicológicas do paciente) A avaliação pré-operatória consiste em: a avaliação pré-operatória segue em sequência 1° anamnese, depois exame clinico e então os exames complementares. É através dela que chegamos ao nosso diagnóstico ANAMNESE: é o ponto inicial para se estabelecer um diagnóstico. É aqui que se pesquisa os sintomas do paciente (tomamos conhecimento daquilo que não conseguimos ver ao exame físico/ coleta de informações que o paciente nos passa). Importante colocar a data de abertura do prontuário (pois os dados futuramente podem mudar) 1- Dados de Identificação: a identificação é feita através dos dados biográficos do paciente (nome; idade; gênero; profissão; data de nascimento...) qual a importância? Além de identificar o paciente, fornece dados importantes (ex: saber a idade do paciente já alerta o profissional quanto a uma maior facilidade de se ter complicações – pacientes acima de 60 anos; pacientes residentes no norte do brasil onde há surto de febre amarela; se mora na zona rural ou urbana...) 2- Queixa principal: traduz o motivo da consulta. A queixa principal deve ser simples e objetiva, com as palavras do paciente. Intensidade; quando aumenta e quando não sente. Se o paciente relatar não ter queixa nenhuma, a queixa é nenhuma 3- História médica atual (relacionada a queixa principal): é onde se relata a evolução da queixa principal. (quando começou, qual o tipo de dor, em que momento dói...). sempre com as palavras do paciente (evita interpretações diferentes entre profissionais) 4- História médica (do paciente): condições médicas que podem ter manifestações orais ou que afetam na execução do tratamento. O ideal seria o paciente ter um momento só dele para preencher essa parte, visto que muitas vezes o paciente se sente intimidado a responder algumas perguntas (doenças, medicamentos. Deve-se avaliar todos os sistemas (cardiovascular; respiratório; neurológico; problemas de coagulação; sistema motor; problemas renais se podem usar anti-inflamatórios pós cirurgia; gravidez; problemas de pressão; diabetes, covid? Já vacinou?...). Se o paciente usa algum medicamento de uso continuo, ele está SIM em tratamento medico 5- História medica familiar: é importante para ter conhecimento se na família existe alguma doença/patologia com padrão hereditário. 6- História social (estilo de vida do paciente): conhecer o estilo de vida do paciente e suas possíveis interações com o organismo e tratamento. Fumantes; drogas; bebidas alcoólicas, hábitos em geral que podem atrapalhar o tratamento) SINAIS VITAIS: pressão arterial; pulso; frequência respiratória; temperatura; peso (importante para calcular doses de medicamentos) EXAME FISICO: tem a parte intraoral (em busca de anormalidades, ulcerações, coloração, textura – mucosa labial; mucosa jugal; gengiva; rebordo alveolar; palato duro e mole; orofaringe; língua; assoalho bucal, inserção anormal de freio, traumas na mucosa...) e extraoral (observar o paciente quando ele chega, se tem algo fora do padrão de normalidade, alguma assimetria, desvio de septo, força muscular da face, estrutura e formato ósseo, e palpação dos linfonodos; alguma cicatriz visível) EXAME GERAL DOS DENTES: anotar presença; ausência (ausentes clinicamente...); anomalia de número; tamanho posição; forma e estrutura; cariados e restaurações insatisfatórias EXAME PERIODONTAL: identificar existência de doença inflamatória – eritemas, edema e exsudato. Áreas de aumento de gengiva; recessão gengival e fissuras HIPOTESES DIAGNOSTICAS: colocar os possíveis diagnósticos de acordo com as informações da anamnese (pericoronarite do elemento x; dente semi-erupcionado; inflamação do x; ulceração aftosa em tal lugar; carie no x) EXAMES COMPLEMENTARES: radiográficos (panorâmica, interproximal, periapical); hematológicos; sorológicos; biopsia; tomografias (TCFC – tomografia computadorizada de feixes cônicos) ... EVOLUÇÃO: descrever o tratamento proposto e posteriormente complementar com o tratamento executado; intercorrências; preservação; acompanhamento clinico, radiográfico ou sorológico Importância de se preencher toda a anamnese e o prontuário: aspecto odonto-legal; diagnóstico; delineamento do plano de tratamento · Sempre se atentar em fazer o paciente assinar todas as folhas do prontuário, de preferência, assim que terminar de preencher uma folha, já peça para o paciente assinar (evita esquecer alguma); · Preencha sempre, todos os campos do prontuário; · Queixa principal (simples e objetiva) e história medica atual (evolução da queixa principal), sempre com as palavras do paciente; · O paciente é obrigado a responder tudo que foi perguntado, menos o que não foi perguntado! Por isso, sempre insista nos seus questionamentos e sempre pergunte se ele tem algo importante a relatar, que não foi perguntado; · O que não escreveu, não aconteceu! · Obs.: por fim o paciente assina uma folha ao final do atendimento contendo as informações do que foi feito durante o dia e por qual aluno. Essa ficha deve ser assinada pelo professor também. Também assina um termo de consentimento esclarecido e uma autorização para execução de tratamento · paciente pode assinar um termo de doação, permitindo que elementos dentários sejam doados a instituição após a exodontia. E também pode assinar um termo de revogação do tratamento, que põe fim ao tratamento arcando com as consequências de um tratamento incompleto RELATÓRIO DA CIRURGIA: preencher no dia da cirurgia. 1- Pré-operatório: tomou analgésicos, antibióticos ou anti-inflamatórios que foram recomendados? Qual a pressão arterial, pulso, frequência cardíaca e temperatura para comparar com um dia normal sem estresse emocional que a cirurgia pode causar 2- Transoperatório: qual antisséptico intrabucal e extrabucal foi utilizado. As técnicas anestésicas e o anestésico. Quantidade de tubetes. O tipo de incisão que foi feita. Nome da técnica cirúrgica feita (frenotomia, extração). Qual a sutura foi feita, tipo de fio 3- Medicação pós operatória 4- Recomendações pós-operatórias 5- Pós operatório: evolução (evolução cicatricial, queixas, remoção de sutura...)
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