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Andragogia Ensino de Jovens e Adultos Princípios e Desafios

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Prévia do material em texto

científica digital
Rafael José Pôncio
Ensino de Jovens e Adultos: princípios e desafios da 
Andragogia no Brasil
2023 - GUARUJÁ - SP
1ª EDIÇÃO
científica digital
Diagramação e arte
Equipe editorial
Imagens da capa
Adobe Stock - licensed by Editora Científica Digital - 2023
Revisão
O Autor
2023 by Editora Científica Digital 
Copyright© 2023 Editora Científica Digital 
Copyright do Texto © 2023 O Autor
Copyright da Edição © 2023 Editora Científica Digital
Acesso Livre - Open Access
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
www.editoracientifica.com.br - contato@editoracientifica.com.br
O conteúdo deste livro e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de 
responsabilidade exclusiva do autor. É permitido o download e compartilhamento desta 
obra desde que no formato Acesso Livre (Open Access) com os créditos atribuídos ao autor, 
mas sem a possibilidade de alteração de nenhuma forma ou utilização para fins comerciais.
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 
Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
P795e Pôncio, Rafael José
Ensino de jovens e adultos: princípios e desafios da Andragogia no Brasil / Rafael José Pôncio. – Guarujá-SP: Científica 
Digital, 2023.
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RO
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Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5360-274-8
DOI 10.37885/978-65-5360-274-8
1. Educação de jovens e adultos. I. Pôncio, Rafael José. II. Título.
 
Índice para catálogo sistemático: I. Educação de jovens e adultos
CDD 374 2 0 2 3
Elaborado por Janaina Ramos – CRB-8/9166
editora
científica digital
editora
científica digital
Direção Editorial
Reinaldo Cardoso
João Batista Quintela
Assistentes Editoriais
Erick Braga Freire
Bianca Moreira
Sandra Cardoso
Bibliotecários
Maurício Amormino Júnior - CRB-6/2422
Janaina Ramos - CRB-8/9166
Jurídico
Dr. Alandelon Cardoso Lima - OAB/SP-307852 C
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Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Prof. Esp. Layane Caroline Silva Lima Braun
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Profª. Ma. Michelle Cristina Boaventura França
Universidade Federal do Pará
Agradeço, agradeço, gratidão, gratidão…
Se existe uma coisa que aprendi na vida é sobre a importância em agradecer 
e não ocultar os sentimentos. Afinal, a vida é bem vertiginosa e a ausência de 
gratidão é uma arrogância com Deus e com as pessoas que nos cercam. Pessoas 
que transitam pela nossa existência, do nosso convívio, que fazem parte da nossa 
jornada e história de vida, pessoas com as quais desejaria dividir a alegria e sensação 
de dever cumprido, neste término de mais um curso de especialização.
Então agradeço a Cristo Jesus - o meu Redentor e Salvador pessoal pelo ar que 
respiro e pela vida futura que anseio com alegria.
Agradeço a minha família, em especial meu nonno materno Pedro (in memoriam), 
pois ensinou-me consistentemente os valores que norteiam minha vida; a minha 
esposa e filha sempre devo desculpas pela minha ausência na busca incessante 
pelo conhecimento humano.
A minha professora orientadora Drª Adriana Beatriz Botto Alves Vianna, pela 
orientação exigente e paciente comigo.
“Todo povo que atinge um certo grau de 
desenvolvimento sente-se naturalmente inclinado à 
prática da educação. Ela é o princípio por meio do 
qual a comunidade humana conserva e transmite sua 
particularidade física e espiritual”
Werner Jaeger
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 7
CAPÍTULO I ....................................................................................................................................................9
1 O QUE É A ANDRAGOGIA? ....................................................................................................................... 9
1.1 Etimologia e Origem ....................................................................................................................................... 9
1.2 Os princípios e finalidades da Andragogia ............................................................................................ 13
1.3 A andragogia e sua aplicabilidade em espaços não-escolares ..................................................... 17
CAPÍTULO II ..................................................................................................................................................20
2 HISTÓRIA DA ANDRAGOGIA NO BRASIL .............................................................................................. 20
2.1 A história da educação brasileira ............................................................................................................. 20
2.2 Educação de jovens e adultos e a prática da andragogia ............................................................... 23
CONCLUSÃO .............................................................................................................................................................. 26
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................................... 27
Ensino de Jovens e Adultos: princípios e desafios da Andragogia no Brasil - ISBN 978-65-5360-274-8 - 
Ano 2023.
7
INTRODUÇÃO
O epílogo do presente trabalho foi retirado da obra “Paideia”, do filósofo alemão Werner 
Wilhelm Jaeger. Werner debruçou-se sobre a educação grega em seus diferentes níveis, 
partindo de diferentes fontes e filósofos da antiga Hélade. A paideia, de forma geral, pode 
ser descrita como um modelo de educação que os gregos utilizavam e que modificou-se a 
depender do tempo, do espaço e do instrutor. Apesar de possuir grandes diferenças, o fato 
é que os gregos tinham uma preocupação peculiar com a forma de transmissão do conhe-
cimento. Não por acaso, a palavra “pedagogia” tem como raíz etimológica a palavra grega 
“Paidós”, que significa “criança” e “agogia”, que remete-se à condução. Assim, pedagogia 
seria essa ciência que estuda a melhor forma de ensinar crianças.
Dentre eles há Platão, o famoso filósofo grego, que desenvolveu no livro VII da obra 
“A República” um dos mitos mais famosos do mundo: o mito da caverna. Nessa alegoria 
o filósofo grego fala pela boca de Sócrates para imaginarmos uma grande caverna e que 
nela estão presos uma infinidade de pessoas. Esses indivíduos estão acorrentados e sua 
visão está direcionada para uma parede no fundo da caverna na qual algumas imagens 
formadas por sombras são colocadas e de tempos em tempos movem-se e ficam alternan-
do-se. De acordo com o mito, uma dessas pessoas, em dado momento, consegue perceber 
que está acorrentado e tenta livrar-se de suas amarras. Ao fazê-la e ganhar a capacidade 
de caminhar dentro da caverna, esse novo ser humano consegue encontrar a saída daquilo 
que até então considerava como a única realidade possível.
A saída da caverna, para Platão, significa o processo de evolução humana que sai da 
ignorância, o mundo de realidades aparentes e formado por nossas opiniões, para a sabe-
doria, o verdadeiro conhecimento que é capaz de nos libertar de nossas próprias limitações. 
Dentro dessa perspectiva, o filósofo entende que o único meio da humanidade progredir na 
busca pelo conhecimento é através de um processo educativo, no qual aprende a distinguir 
a realidade aparente da caverna e o que de fato é real.
Como sabemos, Platão viveu há mais de dois milênios e ainda hoje podemos encontrar 
sentido em seus escritos, principalmente no que tange a necessidade da educação para o 
ser humano. Porém, para esse mesmo filósofo o processo de educação não é um privilégio 
de uma certa idade, mas sim um amplo e integral formato que abarcaria todas as etapas 
da vida humana, adaptadas para cada momento. Nesse aspecto, o Ser Humano deveria 
continuar aprendendo e aperfeiçoando seu saber até o fim da vida, momento em que se 
debruçariam acerca da metafísica e dos mistérios que envolvem a morte.
Ensino de Jovens e Adultos: princípios e desafios da Andragogia no Brasil - ISBN 978-65-5360-274-8 - 
Ano 2023.
8
O que queremos apontar com isso, é de que, de certo modo, os antigos gregos - e talvez 
outras culturas - já se preocupavam com a questão da educação em sua visão total. Assim, 
não somente crianças deveriam ser educadas e passar por um processo educativo formal, 
com técnicas, ambientes e métodos explicitados, mas simtodos nós. A preocupação com a 
formação de adultos, portanto, não responde apenas a um anseio recente da humanidade, 
em que cada vez mais necessita-se de especializações e uma formação continuada em nos-
sas profissões, mas sempre foi uma preocupação de continuar a ensinar os seres humanos 
os mais distintos assuntos, estimulando sua capacidade de reflexão e habilidades diversas.
Frente a isso, é fundamental refletirmos o valor e importância da Andragogia em nosso 
tempo, visto que cada vez mais precisamos nos especializar para atender as demandas do 
mercado. Além disso, deve-se compreender as diferenças quando trata-se dos métodos 
de ensino para crianças, jovens e adultos, uma vez que as diferentes etapas da vida exigem 
novas competências e capacidades que podem ser fatores limitantes. Dessa maneira, o 
presente trabalho tem como objetivo apontar a importância de novos métodos de ensino 
para adultos como solução para o melhor aproveitamento do ensino-aprendizagem dentro 
de sala de aula.
Ensino de Jovens e Adultos: princípios e desafios da Andragogia no Brasil - ISBN 978-65-5360-274-8 - 
Ano 2023.
9
CAPÍTULO I
1 O QUE É A ANDRAGOGIA?
1.1 Etimologia e Origem
Nossa investigação deve começar pelo degrau mais básico: as definições. A andragogia 
foi um termo utilizado pela primeira vez no século XIX, mais precisamente na década de 1833, 
por Alexander Kapp. Advinda da junção das palavras “Andros”, que significa “homem”, e 
“gogos” que seria o verbo “educar, a inspiração de Kapp para esse termo se deu justamente 
ao encarar a maneira que Platão - e a maioria dos filósofos da antiguidade - ensinavam 
seus discípulos. A metodologia Socrática, notadamente conhecida como Maiêutica, foi a 
base que levou Kapp aos seus estudos sobre a Andragogia.
A maiêutica socrática tinha como base o diálogo racional que conduzia os dialogado-
res a uma Verdade. Esta, por sua vez, pode ser definida como um conceito mais refinado e 
próximo do real. Sócrates conseguia levar seus discípulos a pensarem a partir de uma série 
de perguntas que levavam a provar que o conceito defendido pelo dialogador poderia estar 
equivocado, obrigando-o a reformular uma nova lógica que conseguisse abarcar de forma 
satisfatória as distintas perspectivas que um problema poderia ser abordado.
Esse método, no qual o professor (ou mestre) e o aluno (ou discípulo), desenvolvem 
juntos um caminho lógico para encontrar uma melhor definição para um conceito, é bem 
distinta da maneira que a educação para crianças ocorria. Enquanto as crianças eram levadas 
a aprender normas e regras básicas, de maneira a se colocar em uma posição abaixo do 
professor, a maiêutica socrática convida o aluno a pensar junto com o professor, que com sua 
habilidade vai pavimentando o caminho para que se cheguem a uma conclusão satisfatória.
É importante observar que a maiêutica não considera Mestres e discípulos como 
iguais. O mestre, que nesse caso é o professor, já possui o conceito de maneira mais re-
finada e quer transmiti-lo ao discípulo. Seu mérito está em ensinar o discípulo a chegar a 
sua linha de raciocínio por conta própria, dando-lhes ferramentas intelectuais e perguntas 
que geram o diálogo e possibilitam a reflexão.
Nesse aspecto, o que Kapp percebeu em sua investigação é que esse modelo de 
ensino-aprendizagem para adultos é bem mais eficaz, uma vez que o adulto, em geral, já 
possui uma série de conceitos bem definidos dentro de si e por isso geralmente não aceita 
de forma passiva as informações e novas ideias que possam contradizer o que até o mo-
mento se tem como verdade. Entretanto, apesar de compreender o valor da Andragogia e 
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aplicá-la em suas salas de aula - Kapp era professor na Alemanha - não podemos afirmar 
que Kapp desenvolveu uma teoria acerca deste assunto, apesar de ser o primeiro a utilizar 
o conceito. No século XIX, apesar dos avanços e a clara necessidade de uma educação 
para adultos, a Andragogia não se diferenciava em termos de método do aplicado para as 
crianças e adolescentes.
Além da falta de métodos para estruturação da Andragogia devemos ressaltar que 
a necessidade de uma educação continuada de forma ampla só surgiu no século XX, fruto 
da crescente demanda por especialistas nas diversas áreas do conhecimento. Apesar da 
existência das Universidades na Europa desde a Baixa Idade Média, o acesso ao que cha-
mamos de “ensino superior” até então era um privilégio das camadas mais abastadas da 
sociedade, na qual formava-se uma mínima camada intelectual, muitas vezes limitando-se 
a um conhecimento de suas áreas e transmitido de maneira quase individualizada. Desse 
modo, a educação de adultos de maneira sistemática nunca foi uma preocupação real.
Essa realidade passou a mudar com o avanço dos sistemas de ensino ao longo do 
século XIX, que com a missão de fomentar o nacionalismo utiliza a escola como instrumento 
do Estado para a criação de um sentimento de pertencimento a um grupo, a nação. Como 
destaca Moraes (2019) utilizando a França como exemplo:
“Entre essas instituições, a escola foi a mais destacada, porque passou a 
ensinar (e a convencer!) pessoas que não se conheciam (e provavelmente 
nunca se conheceriam) e que não se consideravam parte de uma mesma 
comunidade que elas tinham uma “história comum”. Além disso, a escola os 
ensinou a falar uma língua e a reconhecer símbolos comuns, a se sentirem 
como que conectados, produzindo uma identidade nacional onde antes não 
existia.” (MORAES, 2019, p.110)
O caso da França foi seguido por outras nações europeias como Alemanha, Itália, 
Espanha e Portugal. Pela necessidade de educar mais pessoas, principalmente campone-
ses que, de forma geral, não tinham acesso a nenhuma formação por parte do Estado, a 
educação foi massificada e esse processo, ao longo do tempo, gerou a necessidade de uma 
ampliação dessa formação. Se na segunda metade do século XIX a preocupação era apenas 
de formar uma população consciente do seu nacionalismo, no século XX o papel da escola 
passa a ser de disciplinadora, de formatação das crianças e adolescentes não apenas para 
reconhecer o seus valores nacionais, mas também de preparação para o trabalho. O traba-
lho, por sua vez, era uma realidade comum para as crianças que nasciam no seio da classe 
operária e camponesa do século XIX.. Desde cedo aprendia-se tais ofícios e a prática diária 
era a mão mestra que conduzia os ensinamentos. Já no século XX esse componente vai, 
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aos poucos, desaparecendo e a criança passa, aos poucos, a ser vista como um infante e 
não como um “mini-adulto”.
Garantindo um maior acesso à educação básica, a preocupação dos Estados no sé-
culo XX passou a ser a de qualificar a mão-de-obra para trabalhos especializados. É nesse 
contexto em que surge a necessidade de debruçar-se sobre a Andragogia. Assim, entende-se 
que apesar de outros pensadores já utilizarem alguns métodos Andragógicos como Kapp e 
Lindeman1, a Andragogia enquanto teoria nasce com Eugen Rosenback e Malcolm Knowles, 
uma vez que foram contemporâneos e debruçaram-se sobre o mesmo tema.. De acordo 
com Santos (2010):
Eugen Rosenback utilizou o termo Andragogia, no século XX. Na década de 
70, desse mesmo século, o vocábulo passou a ser empregado designando 
a ciência de educar adultos, em países europeus como a França, a Iugos-
lávia, a Holanda. Nos Estados Unidos, despontam os estudos de Malcolm 
Knowles, considerado o criador da Andragogia. Para ele, a Andragogia é a 
arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprender e a compreender 
o processo de aprendizagem dos adultos. (SANTOS, 2010, p.2)
A definição dada por Knowles se propõe a ter uma distinção clara entre adultos e 
crianças, contrapondo-se assim à pedagogia.De fato, não precisamos notar que a maneira 
de transmitir o conhecimento é variável e diversa, dependendo de uma série de fatores e 
variantes. Talvez por essas características seja uma tarefa quase impossível demarcar limites 
tão sólidos quanto os colocados por Knowles, mas não nos resta dúvidas de que uma dos 
principais marcadores para adequar o ensino está na questão etária.
As diferentes fases da vida implicam em diferentes métodos de ensino. Mais uma 
vez os gregos nos ensinam sobre isso, uma vez que para Platão a educação deveria ser 
ampla e contínua, indo da mais tenra idade até o último dia de vida de uma pessoa. Nesse 
sentido, o modelo de educação seria distinto em cada uma dessas fases, para que assim o 
conhecimento fosse sendo construído de modo justo e de acordo com a realidade de cada 
momento da existência.
Se observarmos para a estrutura escolar atual poderemos encontrar essa mesma ideia, 
salvaguardando as diferenças notáveis dentro de cada contexto histórico, uma vez que o 
ensino está dividido em uma série de níveis e modelos como na figura abaixo:
1 Eduard Lindeman, Andragogo Americano que na década de 1920 foi responsável por lançar as bases para a teoria da Andragogia.
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Figura 1 - Níveis e modalidades de ensino.
NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
ED
U
CA
ÇÃ
O
 B
ÁS
IC
A
Educação Infantil
1° Etapa
Creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) É gratuita 
mas não obrigatória. É de competência dos municípios.
Ensino Fundamental
2° Etapa
6 7 8 9 10 11 12 13 14
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9°
Educação de Jovens e Adultos- Mínimo: 15 anos de idade
Educação Especial
Ensino Médio
3° Etapa
É de responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profis-
sionalizante, ou não.
Educação profissional e Tecnológica
Educação Indígena
Educação do campo
Educação de jovens e adultos – EJA (mín. 18 anos)
ED
U
CA
ÇÃ
O
 S
U
PE
RI
O
R
É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham 
atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar fiscalizar as instituições 
privadas de ensino superior.
Cursos sequenciais
Cursos e programas de extensão
Educação profissional
Educação a Distância
Graduação O cidadão pode optar por três tipos de graduação: bachare-lado, licenciatura e formação tecnológica.
Pós-graduação
Lato Sensu (especialzações e MBAs)
Strictu Sensu (mestrados, doutorados e pós -doutorado)
Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/entendendo-o-sistema-educacional-brasileiro, acessado em 
8 de dezembro de 2022.
Como podemos ver no quadro acima, a estrutura da educação brasileira atual nos 
leva desde a creche até a pós-graduação, um nível em que só se é possível atingir na fase 
adulta. As estratégias adotadas e o nível de ensino são distintas em cada uma dessas fases, 
assim como seus objetivos. Tendo em vista isso, é fundamental entendermos mais profun-
damente sobre a Andragogia e criar novos caminhos para uma educação continuada.
Ainda sobre esse aspecto, Ferraz et. al. (2004, p. 6) afirmam:
A andragogia baseia-se em quatro pilares básicos, relacionados com as pe-
culiaridades dos aprendizes adultos, que tomamos por indivíduos maduros, 
a saber: (a) o seu auto conceito desenvolve-se a partir de uma posição de 
dependência para a de um ser humano auto dirigido; (b) acumulam um 
cabedal crescente de experiências que tornam-se uma rica fonte de apren-
dizagem; (c) a sua prontidão para aprender os torna de modo crescente, 
orientados para tarefas com potencial de desenvolvimento em seu papel 
social; (d) a sua perspectiva temporal muda de uma aplicação posterior do 
conhecimento para a aplicação imediata, adaptando a sua orientação no 
sentido da mudança de foco sob o objeto para uma perspectiva de foco sob 
o desempenho. ( Ferraz, 2004, apud SANTOS, 2010, p. 3)
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Ferraz nos aponta as bases para a andragogia, mais precisamente o ponto de partida 
que todo adulto tem como base psico-social. O que se propõe, portanto, não é desconsiderar 
o universo do adulto e ensiná-lo aos moldes das crianças e adolescentes, mas sim utilizar 
as características e especificidades dos adultos em favor de sua aprendizagem. Podemos, 
então, condensar esses quatro pilares da andragogia apontado pelos autores como:
1. Adultos são pessoas auto-geridas
2. A experiência de vida como base da aprendizagem
3. O aprendizado do adulto tem foco em seus papéis sociais
4. O adulto busca uma aplicação imediata do conhecimento.
Esses quatro pilares vão nortear, em parte, o desenvolvimento da andragogia e não 
podem estar fora da perspectiva do instrutor. Mas para criarmos uma perspectiva de ensino 
andragógica éfundamental termos conhecimento dos seus princípios e finalidades. Portanto 
passemos a elas.
1.2 Os princípios e finalidades da Andragogia
Uma diferença fundamental entre o ensino de adultos e crianças está nos métodos de 
ensino. Por muitos anos, a pedagogia partiu de diversos pressupostos quando tratava-se 
do ensino de crianças: desde a teoria da tábula rasa, em que cada ser humano nasce sem 
conhecimento e ao longo de suas experiências ela as adquire, sendo assim o professor um 
instrumento de ensino para dar aos seus alunos o conhecimento, até as teorias modernas 
em que debruçam-se sobre as questões psicológicas e considera o aluno como um ser 
social, dotado de experiências prévias e uma realidade de mundo na qual o conhecimento 
precisa ser adequado de forma dinâmica. de acordo com Teixeira (2005), crianças são seres 
que aceitam a dependência, autoridade do professor e orientação; adolescentes gostam de 
questionar e não têm mais o professor como autoridade absoluta; já os adultos são inde-
pendentes e analisam criticamente cada informação.
Visto isso, quando falamos em educação para adultos não podemos partir dos mes-
mos pressupostos que quando tratamos do ensino de crianças e adolescentes. O adul-
to, de forma geral, já tem acumulado em sua experiência uma série de vivências. Santos 
(2010) destaca que:
Os adultos possuem uma razoável quantidade de experiências. Como con-
sequência andragógica, os adultos podem ser usados como recursos de 
aprendizagem, ou seja, as estratégias de aprendizagem de adultos devem 
encorajar troca de idéias e experiências. (...)Outro ponto de destaque é que 
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os adultos possuem conjuntos de hábitos fortemente sedimentados, logo, a 
andragogia aborda essa situação partindo do princípio de que os hábitos e 
gostos dos adultos devem ser, na medida do possível, considerados e aten-
didos. Assim como fortes hábitos, os adultos tendem a ter grande orgulho 
de si próprio. No processo do ensino, os educadores devem estar atentos 
nessa condição, pois os adultos respondem muito bem as oportunidades de 
desenvolvimento, auto-direcionamento e responsabilidade no seu processo 
de aprendizagem. (SANTOS, 2010, p.7)
Nessa perspectiva, as características apresentadas pelos adultos2 podem ser um fa-
cilitador ou dificultador dentro da dinâmica de sala de aula, sendo assim um fator deter-
minante a capacidade do professor de conduzir seus estudantes da maneira mais eficaz 
e harmônica possível. Se, por um lado, o fato de ser um indivíduo maduro, bem formado 
e conhecedor pleno de seus direitos e deveres pode tornar o compromisso do adulto um 
fator de diferenciação, o fato de ter uma vida social definida, com hábitos e experiências 
bem consolidados podem se mostrar verdadeiras barreiras dentro do ensino.
Podemos pensar, a nível de exemplo, que um adulto que tem uma série de hábitos e 
uma rotina bem definida não se beneficiará de uma estratégia de ensino “passiva”,na qual 
apenas escuta as aulas e pouco interage com os professores e outros alunos, uma vez que 
essa experiência - que é uma forma de conhecimento - pode criar barreiras dentro da rela-
ção ensino-aprendizagem. Por achar que “sabe” ou ainda por não enxergar como relevante 
o assunto que está sendo abordado, os adultos perdem o interesse ou apenas se mantém 
em uma postura inerte em sala. Também tendem a ser mais críticos, precisando assim não 
apenas recebem a informação do professor, mas se “convencerem” que o conteúdo é, de 
fato, como o que está sendo ensinado. No longo prazo, se essas características do ensino 
se mantêm, o que ocorre é que o adulto abandona a sala de aula, interrompendo assim sua 
caminhada escolar ou universitária.. De acordo com Santos (2010):
As escolas e universidades têm uma tendência de aplicar os sistemas de 
ensino tradicionais, arcaicos por que é simples e cômodo, para o ensino de 
adultos, como devendo preencher as lacunas de uma instrução insuficien-
te, incentivando o escutar e memorizar individualmente, os alunos ficam 
dissociados pela disposição das mesas e pelo cultivo do individualismo, a 
disciplina da aula elimina tudo que poderia distrair a atenção do indivíduo, 
na relação mestre-aluno, o mestre é o modelo, expõe e aplica o que sabe 
aos alunos, que ali se encontram justamente para aprender, através da 
memorização dos conhecimentos ou de seqüências de “gestos técnicos”. 
Os mestres atuam como a autoridade do saber e do poder dentro da sala 
de aula (SANTOS, 2010, p. 6).
2 concordamos com Santos (2010) ao definir “adultos” na perspectiva da Andragogia como homens e mulheres com mais de 23 anos 
e que ingressaram na vida profissional, assumindo papéis sociais e responsabilidades familiares, contando com uma experiência 
direta do existir.
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O cenário apresentado, portanto, mostra que estratégias “tradicionais”, advindas da 
pedagogia, não podem ser simplesmente aplicadas quando estamos diante do ensino de 
adultos. O que nota-se pela experiência é que esse tipo de formação educacional tende 
a ser repulsiva aos adultos. Tendo isso em vista, como podemos superar tais barreiras e 
transformar o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz na perspectiva andragógica?
É preciso que tenhamos consciência de que o ponto de partida para o ensino de 
adultos deve ser distinto dos demais, considerando sua etapa de vida e experiências. Dessa 
maneira, de acordo com Rocha (2012) estabeleceu-se dez pressupostos para a teoria an-
dragógica que todo professor deve levar em consideração. Eles são:
1. Autonomia
2. Humildade
3. Iniciativa
4. Mudança de rumo
5. Dúvida
6. Contextos
7. Experiência de vida
8. Busca
9. Objetividade
10. Valor agregado
A autonomia refere-se ao aspecto que o adulto, de maneira geral, necessita de mais 
liberdade no aprendizado. Desse modo é fundamental criar estratégias que estimulem a 
colaboração e cooperação. A humildade, por sua vez, tem o papel de aproximar professores 
e alunos, não os colocando no mesmo patamar, mas mostrando que podem caminhar juntos 
para o aprendizado. A iniciativa permite ao adulto demonstrar sua capacidade de liderança 
e colocar-se como protagonista no processo de ensino e aprendizagem. Já a mudança de 
rumo permite um redirecionamento dos conteúdos e formas de atuação a depender da 
realidade de cada pessoa, uma vez que a vida adulta apresenta uma série de complexidades 
que podem ser fatores de dificuldade no processo de ensino.
A dúvida é um pressuposto importante pois leva o aluno ao questionamento, o coloca 
dentro de uma participação ativa e que, em geral, permite ao adulto refletir e colocar em 
questão seus conhecimentos prévios. De igual forma deve-se levar em consideração o con-
texto e experiência de vida dos alunos, uma vez que esses são fatores determinantes para o 
caminho da aprendizagem e até mesmo que determinam a possibilidade do aluno continuar 
ou não dentro de uma sala de aula. Os três últimos pressupostos (a busca, a objetividade 
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e o valor agregado) também são fundamentais para a permanência dos adultos dentro do 
seu processo de educação. É preciso entender o que o aluno pretende com o conhecimento 
que está adquirindo, como colocá-lo de maneira prática e objetiva e demonstrar, por fim, os 
benefícios que aquela formação fará na sua vida, seja a nível pessoal, financeiro ou mesmo 
a realização de um sonho.
Como podemos perceber, para partirmos desses dez pressupostos é preciso que 
tenhamos a qualificação do professor dentro de uma perspectiva andragógica, uma vez 
que para atingir tais requisitos é preciso uma mudança na postura do instrutor. De acordo 
com Santos (2010) o eixo andragógico constitui-se dos Participantes e do Facilitador, sendo 
direcionados pelos princípios da Horizontalidade e Participação. Destaca-se, nessa pers-
pectiva, o papel do instrutor não como um mestre tradicional, que se coloca numa postura 
de autoridade, mas sim como um agente facilitador da aprendizagem, que auxilia e ajuda 
os demais participantes na sua busca pelo conhecimento.
A mudança dos termos “aluno” e professor” para “participantes” e “facilitador” não se faz 
por acaso. A palavra aluno, de origem latina alumnus, evoca a ideia daquele que alimenta-se 
do conhecimento. Nesse aspecto, o professor seria aquele que provém o conhecimento, 
numa relação em que um é o agente ativo do ensino e o outro aquele que recebe esse 
conhecimento. Essa perspectiva, como já vimos, pressupõe uma hierarquia que não pode 
ser alterada, uma vez que aluno é aquele que recebe o conhecimento e o professor aquele 
que sempre doa o que sabe. Como a perspectiva da andragogia busca quebrar essa lógica, 
os termos foram alterados para acentuar o princípio de Horizontalidade do conhecimento. 
Para Santos (2010):
O desenvolvimento da Andragogia aparece orientado, com características 
sinérgicas, pelo Facilitador do aprendizado e permite o incremento do pensa-
mento, da autogestão, da qualidade de vida e da criatividade do participante 
adulto, a fim de proporcionar uma oportunidade para que a auto-realização 
seja alcançada. (ALACÁ,, 1999 apud SANTOS, 2010, p. 5)
A quebra de paradigma educacional proposto pela abordagem andragógica tem como 
pilar fundamental uma nova relação entre facilitadores e participantes e busca afirmar-se 
na auto-realização através de uma participação ativa de ambas as partes. Assim, o ensino 
não seria visto como uma fórmula pronta, entregue aos participantes para estes absorve-
rem e reproduzirem. Ao contrário, por buscar uma maior efetividade na compreensão do 
assunto tratado, o facilitador deve estimular a criatividade e a autogestão do progresso dos 
participantes. Como aponta Santos (2010):
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ao tratar com grupos de estudantes maduros, o papel do professor deve 
ser muito mais o de um “facilitador do conhecimento” (“Vamos decidir isto 
juntos”) e não mais o de uma autoridade em todas as facetas da matéria 
(“Vou lhes explicar o que considero ser importante que vocês saibam”). 
(SANTOS, 2010, p. 3)
Visto os pontos abordados, devemos compreender agora quais ambientes são propí-
cios para a prática da andragogia que vão para além das salas de aula tradicionais.
1.3 A andragogia e sua aplicabilidade em espaços não-escolares
A necessidade de manter-se em formação, seja a nível técnico ou universitário, tem 
sido uma demanda do final do século XX e início do século XXI. Apesar dos dados mais 
recentes apontarem que 51% dos brasileiros adultos não concluíram o ensino básico3, é fato 
que a permanência do brasileiro nas instituições de ensino também têm aumentado, fruto 
de uma necessidadede mercado e uma maior oferta quanto a cursos de ensino superior 
e pós-graduação. Esse fenômeno é resultado de uma demanda do mercado, uma vez que 
exige-se uma mão-de-obra cada vez mais qualificada e também fruto de uma série de po-
líticas de incentivo à educação.4
Diante desse cenário percebe-se que os adultos investem cada vez mais em sua 
formação, aprendendo não apenas através da prática, mas também debruçando-se sobre 
novas teorias e conhecimentos que possibilitam uma nova formação profissional ou uma 
maior atuação dentro de seus empregos. Essa necessidade também se mostra relevante 
para as empresas, visto que um funcionário bem qualificado agrega valor para os negócios. 
Por isso é possível perceber ações empresariais cada vez mais voltadas para a formação 
dos seus funcionários, tanto a nível público como privado. No setor público, por exemplo, 
estimula-se a continuidade na formação em ensino superior, principalmente em para cargos 
de chefia e como pré-requisitos para promoções. O funcionário, em geral, também recebe 
apoio para a conclusão destas formações, geralmente no formato de licenças remunera-
das. Já no ambiente privado, treinamentos e consultorias também são apresentadas como 
formas de alinhar os colaboradores com as metas e propostas da empresa. Todos os trei-
namentos, cursos e demais formações internas do ambiente empresarial devem partir dos 
3 dados retirado de https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/mais-da-metade-das-pessoas-de-25-anos-ou-mais-na o-concluii-
ram-a-educacao-basica1#:~:text=S%C3%A3o%2069%2C5%20milh%C3%B5es%20de,G eografia%20e%20Estat%C3%ADsti-
ca%20(IBGE)., acessado 14 de dezembro de 2022
4 Sobre a educação brasileira e o incentivo a formação escolar de adultos, ver o capítulo II deste trabalho.
http://www.andes.org.br/conteudos/noticia/mais-da-metade-das-pessoas-de-25-anos-ou-mais-na
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princípios da Andragogia, uma vez que a realidade do trabalho é, atualmente, uma premissa 
exclusiva dos adultos.
Desse modo é possível perceber que a andragogia está ganhando cada vez mais 
espaço para além da sala de aula, o que, em seu princípio, era o único ambiente em que a 
formação ocorria. Sendo assim, o que podemos perceber é que o horizonte de atuação das 
práticas andragógicas vão se estender ainda mais ao longo dos próximos anos, se tornando 
uma área fundamental dentro do mundo corporativo. De acordo com Santos (2010):
Métodos Andragógicos têm sido utilizados em empresas de todo o mundo. 
Os conceitos estão sendo expandidos para a gestão de pessoas, planeja-
mento estratégico, marketing, comunicação, processos de qualidade, etc. 
Desde simples reuniões até complexos projetos de planejamento estratégico 
estão seguindo métodos baseados em conceitos andragógicos. As empresas 
já perceberam as vantagens e rapidamente implantaram programas de for-
mação para transformarem seus funcionários em Facilitadores permanentes 
dentro da organização. (SANTOS, 2010, p.8)
Como podemos perceber, a andragogia é uma realidade presente no mundo atual e 
que ganha espaço cada vez mais dentro da mentalidade e prática social, tanto no mundo 
como no Brasil. A educação, até pouco tempo atrás restrita aos modelos de ensino tradi-
cional e voltada apenas para crianças, jovens e poucos adultos que ingressavam no ensino 
superior, agora transpõe os limites da sala de aula e adentram ao mundo do trabalho, do 
autoconhecimento e até mesmo do próprio gosto, em alguns casos, pelo saber.
Junto a isso, podemos perceber outro cenário em que as práticas andragógicas ga-
nham força é o mundo virtual, uma vez que cresce o número de estudantes em cursos à 
distância, nas mais variadas modalidades. De acordo com o INEP (Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisa), entre 2009 e 2019 o número de alunos matriculados em universidades 
a distância cresceu 378%.5 As vantagens práticas de um curso online favorecem o ensino 
dos adultos, em parte, uma vez que facilita a logística dos estudantes. O ensino virtual, por 
sua vez, enfrenta uma série de dificuldades que não nos cabe abordar nesta investigação, 
uma vez que precisaríamos de outros elementos e princípios para desenvolvê-lo. Entretanto, 
é fato que essa modalidade de ensino têm chamado atenção de adultos e cada vez mais a 
procura por esse tipo de formação se faz presente.
5 Informação reitrada de: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/10/23/em-10-anos-quase-quadruplica-numero-de-alun os-
-que-entram-no-ensino-superior-e-optam-pela-educacao-a-distancia-diz-inep.ghtml, acessado 15 de dezembro de 2022
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Levando em consideração todos esses aspectos, agora veremos como a andragogia 
foi vista ao longo da história da educação brasileira e como desenvolveu-se em nosso país 
até o estágio que apontamos acima.
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CAPÍTULO II 
2 HISTÓRIA DA ANDRAGOGIA NO BRASIL
2.1 A história da educação brasileira
O processo de educação na história do Brasil é complexo, visto que nos últimos 5 
séculos passamos por uma série de mudanças e formas de organização social. A educação, 
como parte do meio social e uma ferramenta em prol do Estado, também teve diversas alte-
rações ao longo desse período. Ainda assim, é fundamental conhecermos minimamente as 
diferenças e as mudanças ocorridas nos períodos de nossa história para compreendermos 
a dimensão e importância da educação em nosso país.
Tendo essa perspectiva em vista, comecemos pela estrutura educacional no que 
chamamos de “Brasil colônia”. Esse período compete entre os séculos XVI ao XIX, mais pre-
cisamente entre 1500 e 1822, e é marcado pela relação entre o nosso país e sua metrópole, 
Portugal.6 Durante o início da colonização até 1750 a educação era uma exclusividade da 
companhia de Jesus, mais conhecida como jesuítas. A ordem religiosa veio ao Brasil com 
a missão de “catequizar os índios”, ensinando a doutrina cristã e a cultura europeia para os 
nativos. Além disso, comumente os Jesuítas tinham como função a educação das crianças 
nobres, filhos dos senhores de engenho e donos de grandes porções de terra. Essa edu-
cação básica podia gerar dois caminhos para aqueles que pretendiam seguir no rumo das 
letras: o sacerdócio, em que se estudaria sobre filosofia e teologia ou o aprofundamento dos 
estudos indo para a Europa. As duas opções, como sabemos, eram vetadas aos indígenas.
Dentro dessa perspectiva, portanto, não existia um ensino regular para adultos na co-
lônia, logo, não é possível falar de andragogia nesse período. De acordo com Cunha (2000):
“Diferentemente da Espanha, que instalou universidades em suas colônias 
americanas já no século XVI, Portugal não só desincentivou como também 
proibiu que tais instituições fossem criadas no Brasil. No seu lugar, a me-
trópole concedia bolsas para que um certo número de filhos de colonos 
fossem estudar em Coimbra, assim como permitia que estabelecimentos 
escolares jesuítas oferecessem cursos superiores de filosofia e teologia” 
(CUNHA, 2000, p. 152)
6 Os termos “colônia” e “metrópole” são utilizados de forma conceitual, partindo da perspectiva de que uma colônia é uma região 
controlada pela metrópole em termos de economia, política e administração.
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Vale ressaltar que a primeira universidade surgiu apenas no início do século XIX, com a 
vinda da família real ao Brasil. Constatar que no maior período de nossa história a educação 
de adultos foi inexistente, assim como para boa parte da sociedade, nos faz compreender 
os desafios de implementação dessa nova perspectiva e como, no longo prazo, a educação 
precisouir evoluindo até o estágio atual.
Após a independência, porém, é possível encontrar um cenário relativamente dife-
rente. A partir do que chamamos de “Brasil Império” (1822 - 1889), período que vai da in-
dependência à proclamação da república, podemos observar que o Brasil já possui uma 
elite letrada, formada majoritariamente em cursos superiores na Europa, mas que também 
começa a desenvolver o ensino superior em seu próprio território. Nessa perspectiva a 
andragogia ainda se mostra tímida, visto que a formação intelectual se dava na juventude 
e não se propunha uma continuidade.
Somente no século XX, com o avanço em políticas públicas e o incentivo da iniciati-
va privada, a educação passa a ganhar novos ares voltando-se também para o ensino de 
adultos. Entre os principais programas de combate ao analfabetismo entre jovens e adultos 
destacamos o MOBRAL, movimento brasileiro de alfabetização. Esse programa tinha como 
objetivo diminuir o acentuado número de pessoas analfabetas no Brasil. Destaca-se que, 
de acordo com a Unesco, uma pessoa alfabetizada era caracterizada por saber ler algumas 
palavras ou pequenas frases e escrever seu nome. (UNESCO, 2008, p.58). Utilizando os 
dados contidos na tabela abaixo, de autoria de Marcelo Medeiros Coelho de Souza (1999)7, 
podemos pensar um pouco sobre essa questão:
Tabela 1 - Alfabetização da População de Quinze Anos e Mais Brasil - 1900/1991.
Ano Alfabetizados Analfabetos Sem Declaração
Taxa de 
Alfabetização (%)
1900 3 380 451 6 348 869 22 791 35
1920 6 155 567 11 401 715 - 35
1940 10 379 990 13 269 381 60 398 44
1950 14 916 779 15 272 632 60 012 49
1960 24 259 284 15 964 852 54 466 60
1970 35 586 771 18 146 977 274 856 66
1980 54 793 268 18 716 847 31 828 75
1991 76 603 804 19 233 239 - 80
Fonte: INGE, censos demográficos, apud Anuário Estatístico/1995.
7 Retirado do artigo “O Analfabetismo no Brasil sob o Enfoque Demográfico”, SOUZA, 1999.
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Podemos notar que ao longo dos anos 1950 até 1980 o Brasil passa por uma mudança 
significativa no número de pessoas alfabetizadas. Cabe destaque a década de 1970, em que 
em apenas 10 anos o número de pessoas alfabetizadas saltou de 35 milhões para 54, mos-
trando a efetividade, nesses termos, das políticas sociais. Citamos o MOBRAL, mas também 
deve-se lembrar que este não foi o único programa voltado para a educação brasileira. de 
acordo com Quirino (2017), O processo de alfabetização de adultos no Brasil passou a ter 
maior evidência a partir da década de 1960. Nessa época, teve-se a composição de vários 
movimentos que “visavam a educação e cultura popular”. Entre os diversos programas 
o autor destaca:
MEB - Movimento de educação de Base 
MCP - Movimento de cultura popular 
CPC - Centro popular de cultura
CEPLAR - Campanha de educação popular8
Todos esses programas nasceram entre os anos 1950 e 1960, chegando ao fim durante 
o regime militar de 1964. Eles lançaram a base para a criação do MOBRAL e ajudaram a 
desenvolver a educação para adultos. Falar dessas iniciativas é, antes de tudo, perceber o 
problema estrutural da educação para adultos em nosso país no século XX, uma vez que 
até então uma minoria letrada atuava em nosso país. Como sabemos, hoje essa é uma 
realidade bem distinta, mas que ainda não foi superada.
Podemos entender, porém, que um importante passo foi dado na segunda metade 
do século XX para o desenvolvimento da andragogia, uma vez que o público-alvo desses 
projetos eram adultos que na sua infância não tiveram oportunidade de aprender a ler e es-
crever. É possível apontar as limitações desses programas que, em geral, ensinavam apenas 
a assinar o próprio nome e não tinham como finalidade a permanência dessas pessoas na 
escola, fazendo com que avançassem na sua formação escolar. Outro ponto importante a 
destacar-se é justamente a maneira tradicional de ensino utilizada nestes projetos, o que não 
se tornava atrativo para os adultos recém alfabetizados continuar sua trilha no letramento.
Quanto a essa questão, cabe destacar a ação do pedagogo Paulo Freire, que em 1963 
conseguiu utilizar métodos de ensino fora do padrão de sua época para alfabetizar 300 adul-
tos na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte. Freire utilizou como ponto de partida a 
8 QUIRINO, 2017, p. 11
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vida cotidiana daquelas pessoas, ensinando aos poucos as letras, palavras e formar frases 
que eram típicas do cenário e da vida em que aqueles adultos viviam.
Aproximando o conhecimento prático e mostrando-o aos seus alunos, Freire conse-
guiu em apenas 40 horas de aula um resultado brilhante. Se considerarmos os princípios 
da andragogia e alguns dos seus pressupostos podemos apontar que o experimento feito 
por Paulo Freire confirmou a tese de que a forma de ensinar crianças e adultos são comple-
tamente distintas e precisam, portanto, estarem separadas, organizadas e partir de pontos 
de vista distintos.
Dentro dessa perspectiva, no final dos anos 1990 se criou em nosso país uma nova 
modalidade de ensino para adultos: o EJA, educação de jovens e adultos.
2.2 Educação de jovens e adultos e a prática da andragogia
O programa de educação de jovens e adultos, conhecido popularmente como EJA, 
tem por finalidade o resgate de adultos que não completaram sua fase escolar. As razões 
são diversas, mas dentre todas o que predomina é a necessidade de entrar no mercado 
de trabalho desde cedo, fazendo com o que os estudos fossem interrompidos. De acordo 
com Keller (2020):
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi instituída legalmente no Brasil 
como modalidade de ensino, Fundamental e Médio, em 1996, com a apro-
vação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, desti-
nada àqueles que não estudaram na idade escolar própria, em atendimento 
à demanda de jovens e adultos analfabetos, à baixa taxa de escolaridade 
e ao atraso escolar, cujos índices, historicamente, compõem a realidade 
educacional do nosso país. (KELLER, 2020, p.1)
Vale ressaltar que a preocupação com a educação de jovens e adultos é uma pauta 
internacional. Desde o final dos anos 1940 até o presente momento diversos congressos e 
reuniões internacionais tiveram como objetivo discutir estratégias para lidar com o analfabe-
tismo e a pouca instrução que grande parte da humanidade ainda tem quando comparado 
com o conhecimento que está acessível,seja pela tradição escolar ou mesmo no mundo 
virtual. Nesse sentido, é notável perceber que o movimento ocorrido no Brasil com movimen-
tos de incentivo à alfabetização não foi uma exclusividade do nosso país, mas parte de um 
anseio internacional e que também atende, como vimos, a diversos interesses econômicos.
Voltando ao EJA, o programa desde sua gênese tem como principal característica 
atender a uma população pobre, que por razões estruturais ou por outros motivos larga-
ram sua caminhada escolar. De forma geral, essas pessoas têm uma dupla carga horária, 
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trabalhando de dia e, comumente, frequentando as aulas à noite. Visto isso, é fundamental 
entendermos que as necessidades desse público são distintas das que estão cursando 
regularmente a escola, em geral crianças e adolescentes. Além da qualificação necessária 
dos professores, formados e instruídos em suas áreas específicas, é fundamental que o do-
cente que esteja à frente de uma turma EJA saiba sobre a andragogia e sua aplicabilidade 
em sala de aula. Tais fatores são decisivos para minimizar a evasão escolar e garantir o 
progresso do programa, fazendo com que ao longo dos anos esses alunos possam cursar 
os níveis fundamental e médio e abrindo-lhes, assim, oportunidades distintas nomercado 
de trabalho em que estão inseridos.
Quanto ao preparo dos profissionais que atuam no EJA, o ministério da educação afirma:
Com maior razão, pode-se dizer que o preparo de um docente voltado para 
a EJA deve incluir, além das exigências formativas para todo e qualquer 
professor, aquelas relativas à complexidade diferencial desta modalidade 
de ensino. Assim, esse profissional do magistério deve estar preparado para 
interagir empaticamente com esta parcela de estudantes e de estabelecer 
o exercício do diálogo. Jamais um professor aligeirado ou motivado apenas 
pela boa vontade ou por um voluntariado idealista e sim um docente que 
se nutra do geral e também das especificidades que a habilitação como 
formação sistemática requer. (BRASIL, 2000, p. 56)
Através do trecho acima podemos entender que a busca por docentes para a educa-
ção de jovens e adultos não pode ser motivada apenas pelo desejo de ajudar na educação 
dessas pessoas. É preciso, acima da boa vontade, a capacitação técnica de construir laços e 
uma forma eficaz de ensino, levando em conta as especificidades de cada turma e indivíduo 
que está voltando à escola.
Nota-se, portanto, que o desenvolvimento desse programa tem um caráter mais com-
plexo dos que foram desenvolvidos nos anos 1960, com estratégias tradicionais de ensino 
e limitadas a uma alfabetização funcional.9 O EJA, além de ser desenvolvido quando as 
preocupações com a andragogia já estavam em evidência, também conta com uma maior 
qualidade de profissionais envolvidos, uma vez que a formação universitária de docentes 
vem crescendo ao longo das décadas, resultado de uma política de incentivo e acesso ao 
ensino superior em nosso país. Assim, o EJA é fruto não somente de um esforço ou programa 
idealizado em determinado momento do Brasil, mas é sobretudo o resultado de uma série 
de políticas de incentivo de retorno dos adultos às salas de aula.
9 Entendemos por “alfabetização funcional” aquela que prepara o indivíduo a desenvolver a leitura e escrita, limitando-se a essas duas 
habilidades.
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Apesar dos notáveis avanços, o Brasil ainda vive um cenário desafiador quanto à 
educação de jovens e adultos. De acordo com Keller (2020):
A realidade educacional brasileira continua com dados alarmantes. Segundo 
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), na Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios (PNAD) (BRASIL, 2018a), o analfabetismo no 
Brasil atinge 6,8 % da população com mais de 15 anos de idade, somando 
11,3 milhões de analfabetos. (...)Outro indicador preocupante diz respeito ao 
analfabetismo funcional. Conforme o Anuário Brasileiro da Educação Básica 
(2019), o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF) aponta que 29% da po-
pulação brasileira de 15 a 64 são analfabetos funcionais. (KELLER, 2020, p.19)
Assim, podemos perceber a necessidade de um avanço nos estudos da andragogia, 
tanto para a criação de estratégias mais eficazes como também na implementação dos pres-
supostos existentes, fazendo com que mais profissionais de educação estejam habilitados 
para atuar nesse campo. Em um mundo em que mostra-se cada vez mais necessário uma 
formação continuada, se faz não somente necessário saber sobre a andragogia do ponto 
de vista de atuar na formação de jovens e adultos que atrasaram seu processo escolar, mas 
em todas as demais modalidades em que possam ser inseridos pessoas adultas.
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CONCLUSÃO
A educação caminha com a humanidade. Essa é a ferramenta mais importante que 
possuímos enquanto espécie, uma vez que nos faz capaz de compreender a tecnologia, a 
arte, a ciência, a política e todos os elementos sociais que estão a nossa volta. É possível 
viver sem educação, mas é fato de que sem ela não conseguimos desfrutar de todo poten-
cial humano que existe em nós. Talvez por isso Platão, um dos maiores filósofos da História, 
ressalta a importância da educação como um processo de despertar interior, de fazer com 
que o aluno reconheça em si algo que já está dentro dele, o saber que naturalmente flui e 
que nos aproximamos. Somos, nesse sentido, uma espécie que busca o conhecimento de 
forma natural, seja através da prática ou mesmo pelo caminho intelectual.
Ainda assim, é fato de que essa ferramenta, como qualquer ferramenta, precisa ser 
polida, esmerada e ter um hábil condutor que possa fazer bom uso dela. Para isso existe a 
formação de profissionais da educação, que não somente buscam melhorar sua forma de 
transmitir ideias, mas também são capazes de garantir uma adequação do conhecimento 
para cada realidade que os toca. A andragogia, portanto, pode ser definida como mais um 
conhecimento que o educador precisa ter para saber lidar com situações, dentro e fora de 
sala, na qual exigem uma postura frente a educação de adultos. Seus princípios são aplica-
dos não somente em sala de aula, mas principalmente em empresas, reuniões de família, e 
em diversos momentos de convivência em que, talvez por falta de habilidade, não saibamos 
ensinar aqueles que precisam aprender.
Dito isso, podemos falar que a andragogia transpõe os limites da escola e, de forma 
indireta, é uma ferramenta útil para lidarmos com a vida social. Assim, seus pressupostos 
deveriam ser estudados não somente por pedagogos, professores em formação ou demais 
profissionais que atuam diretamente com ensino, mas também poderia ser ensinado para 
empresários, líderes de empresas e para toda pessoa que precise ensinar um adulto.
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	INTRODUÇÃO
	Capítulo I
	1 O que é a Andragogia?
	1.1 Etimologia e Origem
	1.2 Os princípios e finalidades da Andragogia
	1.3 A andragogia e sua aplicabilidade em espaços não-escolares
	Capítulo II 
	2 História da Andragogia no Brasil
	2.1 A história da educação brasileira
	2.2 Educação de jovens e adultos e a prática da andragogia
	CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

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