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Reprodução feminina e masculina 1 Reprodução feminina e masculina O sistema reprodutivo é controlado por vias, elas controlam a reprodução e iniciam- se com a secreção de hormônios peptídicos pelo hipolámo e pela adeno- hipófise. Esses hormônios produzidos pelo hipotálamo e pela adeno-hipófise controlam a secreção gonadal de hormônios esteroides sexuais, incluido os androgênios e os hormônios sexuais femininos como o estrogênio e a progesterona. 💡 Tanto o homem como a mulher produz os dois mais os homens produzem androgênos em maior quantidade e os estrogênios e progesterona são predominantes nas mulheres. 💡 No homem, a maior parte da testosterona é secretada pelos testículos, mas 5% vem do córtex da glândula suprarrenal. 💡 Nos tecidos periféricos a testosterona é transformada no seu derivado mais potente o DHT Na mulher, o ovário produz estrogênios (especialmente estradiol e estrona) e progestogênios, particulamente progesterona. 💡 O ovário e o córtex da glândula suprarrenal produzm pquenas quantidades de androgênos Mecanismos de secreção das gonadotrofinas (FSH e LH) a apartir da estimulação pelo hipotálamo O controle hormonal da reprodução masculina e femina segue o padrão hipotámo- hipófise anterior (adeno-hipófise). O hipotálamo libera o GnRH que é o hormônio Reprodução feminina e masculina 2 liberador de gonadotrofinas, o qual controla a secreção de duas gonodrofinas da adeno-hipófise. Assim, sob estimulo do GnRH produzido pelo hipotálamo, a adeno- hipófise libera o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante). O FSH e o LH atua nas gonadas (ovários ou testículos), o LH atua principalmente sobre as células endócrinas estimulando a produção dos hormônios esteroides gonadais. Por sua vez o FSH, junco com os hormônios esteroides gonadais, é necessários para iniciar e manter a gametogênese. Os ovários e os testículos secretam hormônios peptídicos que exercem retroalimentação diretamente sobre a hipófise, as inibinas inibem a secreção do FSH, e os peptídeos relacionados, chamados de ativinas, estimulam a secreção do FSH e promove a espermatogêneses, a maturação do ovócito e desenvolvimento do sistema nervoso do embrião. Vias de retroalimentação Os hormônios gonadais atuam sobre a secreção de GnRH, de FSH e de LH na retroalimentação. Quando os níveis circulantes dos esteroides gonadais estão baixos, a adeno-hipófise secreta FSH e LH e a medida que a secreção de esteroides aumenta a retroalimentação negativa geralmente inibe a liberação das gonadotrofinas. Reprodução feminina e masculina 3 💡 Os androgênios sempre mantém retroalimentação negativa, ou seja, quando aumenta os níveis de testosterona (andrôgenio) há uma feedback negativo que diminui a secreção de FSH e de LH. Por sua vez , altas concentrações de estrogênios podem exercer retroalimentação positiva ou negativa: Baixos estrogênios: não exercem retoalimentação Concentrações moderadas possuem efeito de retroalimentação negativa Se os níveis de estrogênios sobem rapidamente até o limiar a retroalimentação passa de positiva para negativa e a secreção de gonadrofinas, principalmente LH, é estimulada. Reprodução masculina Os testículos Os testículos são as gonodas masculinas, são responsáveis pela produção de espermatozóides e hormônios.Eles possuem uma cápsula externa fibrosa resistente que envolve uma massa de túbulos seminíferos, nesses túbulos estão os vasos sanguíneos e as as células intersticiais de Leydig produtoras de testosteronas. Os túbulos seminíferos são o local de produção dos espermatozóides e contém dois tipos de células: espermatogônias e células de Sertoli. Células de Sertoli São células de suportes que regulam o desenvolvimento dos espermatozoides (espermatogênese), além disso elas dão sustentos, nutrição às espermatogônias em desenvolvimento. As CS produzem e secretam proteínas como o hormônio inibina e a ativina, além de fatores de crescimento, enzimas e a proteína ligadora de androgênios (ABP, secretada no lúmen dos túbulos seminíferos, onde se ligam à testosterona. Células interticiais (células de Leydig) Tem como função fazer a secreção de testosterona, além de converterem parte da testosterona em estradiol. Reprodução feminina e masculina 4 Ação dos gonadotrofinas (LH E FSH) nas células de Sertoli e de Leydig 💡 Lembre-se: O hipotálamo produz o GnRH que promove a liberação de LH e FSH que vão estimular os testículos. 💡 A liberação do GnRH é pulsátil, com picos a cada 1,5 hora, e a liberação do LH segue o mesmo padrão. O FSH atua sobre as células de Sertoli, estimulando-a a sintetizar moléculas parácrinas, que são necessárias à mitose das espermatogônias e à espermatogênese, além de estimular a produção de proteínas ligadoras de androgênos e a inibina. Reprodução feminina e masculina 5 💡 A inibina produzida atua como retroalimentação negativa diminuido a secreção de FSH. O alvo principal do LH é a células interticial (células de Leydig) que produz testosterona. 💡 A testosteronas faz faz retroalimentação negativa e inibe a liberação de LH e de GnRH. Principais ações da testosterona Formação das características primárias masculinas Calvície: reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça. Efeito na voz: produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe, o que faz xom que a voz fique inicialmente dissonante, mas graduamente se transforma na voz típica masculina do adulto (voz grossa) Aumenta a formação de proteínas e o desenvolvimento muscular: aumento da musculatura Aumenta o metabolismo basal Efeitos sobre o balanço hídrico e eletrolítico Ejaculação Estimula a produção de espermatozóide: atua nas células de Sertoli 💡 A testosterona são essenciais para a espermatogênese, porém suas ações parecem ser mediadas pelas células de Serroli que possuem receptores para androgênios. Reprodução feminina Ovário Os ovários, assim como os testículos, produzem gametas e os hormônios estrogênio e progesterona. Reprodução feminina e masculina 6 Ciclo menstrual Pode ser descrito de acordo com as mudanças que ocorrem nos folículos ovarianos (ciclo ovariano) ou pelas mudanças que ocorrem no revestimento endometrial do útero, o (ciclo uterino) 💡 O ciclo ovariano e o uterino estão sob o controle do GnRH do hipotálamo e FSH e LH da adeno-hipófise como visto. Além do estrogênio, progesterona, inibina e AMH do ovário. 💡 Ciclo ovariano Reprodução feminina e masculina 7 💡 Ciclo ovariano e Ciclo uterino Ciclo ovariano e Ciclo uterino: 1. Fase folicular (período desenvolvimento dos folículos)/ Fase proliferativa Reprodução feminina e masculina 8 💡 Duração de 10 a 21 dias. 💡 Durante a fase folicular o estrogênio (estradiol) é o hormônio predominante. 💡 Ciclo uterino: O primeiro dia da menstruação é o dia 1 do ciclo fase folicular inicial: Pouco dias antes do início do ciclo, a secreção de gonadotrofinas (FSH e LH) pela adeno-hipófise aumenta. O FSH estimula o desenvolvimento das células foliculares (um grupo de folículos ovarianos terciário começa a crescer), conforme os folículos crescem, as suas células granulosas (influenciadas pelo FSH) e suas células teca (influenciadas pelo LH) começam a produzir os hormônios esteroides. Reprodução feminina e masculina 9 💡 As células granulosas também secretam AMH que diminui a sensibilidade do folículo ao FSH, o que impede o recrutamento de folículos primários após um grupo ter iniviado seu desenvolvimento, ou seja impede que mais folículos se desenvolvam. 💡 As células teca sintetizam androgênios que se difunde para as células vizinhas da granulosa onde há sua conversão em estrogênios. Essa produção de estrogênios pelas células foliculares leva ao aumento dos níveis desses hormônios na circulação, o aumento nos níveis de estrogênios faz uma retroalimentação negativa na secreção de FSH e LH pela adeno-hipófise e no GnRH do hipotálamo. 💡 Ao mesmo tempo o estrogênio estimula a produção demais estrogênios pelas células granulosas (retroalimentação positiva), o que faz com que esse hormônio continui sendo produzido mesmo que o FSH e LH estejam diminuidos. 💡 Ciclo uterino: No útero, a menstruação termina no final dessa fase folicular inicial. E os estrogênios produzidos pelos folículos que estão desenvolvendo, estimula o endométrio a começar a crescer, ou proliferar. Assim, haverá um aumento de células e aumento do suprimento anguíneo para levar nutrientes e oxigênio para o endométrio espessado. Além disso, os estrogênios também estimula as glândulas mucosas do colo do útero a produco claro e aquoso. Fase folicular tardia: final da fase folicular, apenas um folículo está se desenvolvendo. Reprodução feminina e masculina 10 A secreção de estrogênio ovariano atinge o seu ponto máximo e, assim que a fase folicular está completa, as células granulosa do folículo dominante começam a secretar inibina e progesterona, além do estrogênio. Na fase folicular inicial percebemos que a produção de estrogênio exercia um feedback negativo sobre as gonodrofinas, mas isso muda aqui, uma vez que o pico de estrogênio exerce uma retroalimentação positiva, levando ao pico de GhRH no hipotálamo, o que faz com que a adeno-hipófise responda com o aumento da secreção de LH e FSH. Nessa fase tardia, as células granulosas produzem inibina, o que exerce um feedback negativo sobre o FSH, logo, o FSH aumenta em menor proporção que o LH (pico de LH). 💡 O pico pré-ovulatório de LH desencadeia na secreção de inúmeros sinais químicos necessários para os passos finais da maturação do ovócito, onde o folículo irá liberar o ovócito. 💡 Ciclo uterino: Os altos níveis de estrogênios na fase folicular tardia preparam o útero para uma possível gestação, assim, o endométrio cresce . Imediatamente antes da ovulução, as glândulas cervicais produzem muco fino e eslástico para facilitar a entrada do espermatozóide. 2. Ovulação 💡 Cerca de 16 a 24 horas após o pico de LH Há a liberação do ovócito do folículo. 3. Fase lútea / Fase secretora Fase lútea inicial Pela ação do LH, as células foliculares da teca migra para o espaço antral, misturando-se com as células da granulosa e preenchedo a cavidade, assim, essas duas células formam o corpo lúteo. Reprodução feminina e masculina 11 As células do corpo lúteo acumlam gotículas de lipídeos e grânulos de glicogênio em seu citoplasma e começam a secretar hormônios de progesterona (hormônio dominante) e estradiol. A combinação do estrogênio com estradiol exerce retroalimentação negativa sobre o hipotálamo e a hipófise (feedback negativo sobre FSH e LH). 💡 Ciclo uterino: Sob a influença da progesterona, o endométrio continua sua preparação para a gestação e se torna uma estrutura secretora. As glândulas endometriais enrolam-se e crescem vasos sanguíneos adicionais na camada de tecido conectivo. As células endometriais depositam lipídeos e glicogênio no seu citoplasma. Esses depósitos fornecerão a nutrição para o embrião em desenvolvimento enquanto a placenta, a conexão materno-fetal, está se desenvolvendo. Fase lútea tardia e menstruação 💡 Sem a gestação o corpo lúteo que tem duração de 12 dias sobre apoptose espontânea A medida que as células lúteas degeneram, a produção de progesterona e de estrogênio diminui, o que gera a diminuição do feedback negativo sobre a hipófise e o hipotálamo e, assim, aumenta a secreção de FSH e LH. 💡 Ciclo uterino: A manutenção do endométrio secretor depende da preseça de progesterona, assim, quando o corpo lúteo desegenera e a produção hormonal diminui, os vasos sanguíneo da camada superficial do endométrico se contraem e, logo, sem oxigênio e nutriente as células superficiais morrem. Cerca de dois dias após o corpo lúteo parar de funcionar, ou 14 dias após a evolução, o endométrio começa a descamar e a menstruação inicia. 💡 A fase lútea independentemente do tamanho do ciclo ela possui 14 dias! Reprodução feminina e masculina 12 Função dos hormônios sexuais femininos Os estrogênios (o mais importante é o estradiol) promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo, responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher. A função mais importante da progesterona é a de promover alterações secretórias no endométrio uterino, durante a última metade do ciclo sexual feminino mensal, preparando o útero para a implantação do óvulo fertilizado.
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