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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI NILMA MARIA DA CUNHA PRÁTICA PROFISSIONAL ITAJÁ/RN 2022 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI NILMA MARIA DA CUNHA PRÁTICA PROFISSIONAL Trabalho apresentado a disciplina Prática Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de 2º Licenciatura em Educação Especial como pré-requisito para aprovação. ITAJÁ/RN 2022 1. TÍTULO: EDUCAÇÃO ESPECIAL E ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DE UMA APRENDIZAGEM DE FORMA LÚDICA. 2. APRESENTAÇÃO: O presente projeto de intervenção foi desenvolvido na Escola Municipal Libânia Lopes Pessoa, localizada no município de São Itajá/RN. É importante ressaltar que a escola possui um grande número de crianças que ainda não são alfabetizadas, algumas delas ainda não consegue fazer o seu próprio nome sozinho, e outras que ao invés de progredir fizeram foi regredir, no período pandêmico, de aulas remotas, pais sem aparelhos, outros sem tempo, e outros acabam não fazendo as atividades com as crianças por não terem paciência. Diante disso nos direcionamos a realizar o projeto de intervenção buscando alternativas e atividades que desenvolvessem as capacidades e habilidades dos alunos em especial aos portadores de algumas deficiências que encontramos como: o autismo, O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger. Assim como uma criança com síndrome de DOW: A Síndrome de Down é uma condição genética, definida por um cromossomo 21 extras nas células do corpo, conhecido também por trissomia do 21. Dentro das células, existem os cromossomos que carregam informações sobre o indivíduo, sendo que cada um tem 46 cromossomos, já aqueles com Síndrome de Down possuem 47. Como também alunos com problemas de aprendizagem devido a algumas doenças intelectuais. Isso gerou uma situação muito preocupante para nós, pois todo esse distanciamento social fez que muitas crianças se afastassem da escola, a maioria acabou perdendo o estimulo pelos estudos e o interesse daí fez com que eles já não buscassem mais conhecimento. Aquela aula da professora para eles já estava cansativa, apostila e livro basicamente todos os dias, sem contar que as vezes a professora não gravava o vídeo e acabava mandando as suas aulas por áudio, só fez se distanciar cada vez mais dos alunos e dela. A alfabetização é elemento surreal na vida do aluno, pois sem conhecimento não conseguira chegar a lugar nenhum, é essencial que todos os alunos sejam com deficiência ou sejam alunos considerados normais em aprendizagem estejam todos alfabetizados. 3. OBJETIVO GERAL: Desenvolver as capacidades necessárias para o uso da escrita no contexto escolar, assim como ampliar suas habilidades motoras, físicas e intelectuais. 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ● Incentivar o aluno a ter gosto pela leitura, ● Mostrar que a leitura é algo indispensável na vida do aluno, e que o desenvolvimento do mesmo só será observado se o fizer direcionando seu desenvolvimento para trabalhar a escrita dos mesmos, ● Selecionar livros de contação de história que se adequem a serie que o aluno está cursando despertando seu interesse em saber ouvir e recontar trabalhando sua fala, imaginação. 4. METODOLOGIA: O projeto foi desenvolvido em apenas um dia, que foi no último dia do estágio. Foram desenvolvidas atividades lúdicas que chamaram a atenção e participação dos alunos, onde os mesmos interagiram de forma significativa para a realização das atividades, todas as atividades foram recicláveis, feitas com caixa de sapatos, tampas de garrafas e gargalos de garrafas, papelões, cola e entre outros. Todos os alunos envolvidos nas atividades e na construção dos jogos, e brinquedos como nas demais atividades propostas. 1º Momento: Apresentação de um vídeo clip ‘’as letras falam’’, disponível em http://youtu.be/pBsfpU9zWNI http://youtu.be/pBsfpU9zWNI 2º Momento: Apresentação do material, será a caixa silábica explorando bastante as sílabas e formando palavras. Em seguida trabalhar rolos de papel higiênico com sílabas simples formando palavras, e pedir para os alunos formarem outros tipos de palavras, com as mesmas sílabas apresentadas em seu caderno, em seguida pedir para eles realizarem a leitura das palavras. 3º Momento: Será apresentado uma sorveteria do saber para as crianças contendo letras do alfabeto, após a apresentação irei pedir para as crianças dizer o nome objetos, pessoas ou animais com a letra correspondente que for perguntada. Em seguida irei fazer um jogo dos balões o nome do jogo é obedeça ao comando. Dentro dos balões irá conter nomes e frases, vou pedir para as crianças escolherem de 1 a 10, em seguida eu estouro o balão e se tiver escrito uma palavra as crianças deveram montar fases com a palavra que for apresentada, e se estiver escrito alguma frase por exemplo cante uma música que a palavra pato, eles têm que cantar a música e assim sucessivamente 5- CRONOGRAMA O cronograma organiza as tarefas, detalha o tempo estimado das atividades proposta durante a elaboração da atividade lúdica na escola. Exemplo: O que fazer? Quando Fazer? Datas: Responsáveis: Caixa da sílaba Bingo das letras Alfabeto móvel Jogo do balão 22\07\2022 27\07\2022 01\08\2022 04\08\2022 Matheus da cunha Matheus da cunha Matheus da cunha Matheus da cunha 6. JUSTIFICATIVA: As elevadas taxas de fracasso escolar, mediante a esses anos de pandemia, além de outros fatores que influenciam o aluno a gerar uma grande dificuldade em aprender, ainda assim pensamos nesses alunos com deficiências que cada vez mais se distancia de uma aprendizagem favorável ao seu problema de deficiência, tem sido algo muito preocupante. Daí tivemos a ideia em criar esse projeto. Onde foi identificado as dificuldades das crianças por meio das atividades, jogos lúdicos, e entre outras situações de aprendizagem que fizesse esses alunos se entusiasmar mesmo com suas limitações para participar e realizar de forma satisfatória o que lhes era proposto. Então resolvemos fazer algo lúdico e dinâmico para que chamasse a atenção, e trouxesse de volta o estimulo e o interesse daquelas crianças incentivando a se esforçarem até conseguir nos dá através de seus próprios estímulos a participação e interação de cada um. CONTEÚDO: ● Expressão verbal ● Expressão oral ● Expressão de escrita ● Dinâmicas e jogos de aprendizagem 7. RECURSOS METODOLÓGICOS: Celular, Caixa silábica, Sorveteria do saber, Caderno, Lápis; Balões; Rolos de papel higiênico; Entre outras matérias utilizadas. 8. AVALIAÇÃO: Observar na interação e no desenvolvimento das crianças a partir das atividades aplicadas na aula. Identificar se aula ajudou os alunos no aprendizado da alfabetização. Assim como a compreensão e participação dos alunos foi mais favorável diante de suas dificuldades. 9. RESULTADOS ESPERADOS: O ambiente da escola pública tanto em estrutura física como na participação de outros profissionais, atuando dentro da escola contribuem bastante para a resolução de vários problemas que afetam a educação. Essa experiência nos permitiu testar na pratica nos nossos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de Pedagogia, refletindo sobre como devemos melhorar nossa atuação profissional. Este estágio, foi de importância impar, pois nos proporcionou chances de refletirmos sobre a realidade do sistema educacional e com adquirimos uma base para nossa formação profissional, possibilitando um desempenho melhor do meu papel como educadoras na docência da educação brasileira. O estágio nos deu uma visão ampla da organização escolar, e também sobre as leis e diretrizes que compõem e norteiam a educação no Brasil. A educação tem como finalidade formar indivíduoscapazes de viver em sociedade de forma pacífica e colaborativa com o bem comum, as finalidades educacionais perpassam a preparação para o mercado de trabalho, ou a alfabetização, está deve promover o exercício da cidadania e o respeito à diversidade. As dificuldades enfrentadas são muitas, principalmente na educação pública, falta de recursos, desvalorização da mão de obra, condições precárias das instalações da instituição, são alguns dos fatores que dificultam o processo além de causar desmotivação no aluno e sua família. A escolarização na perspectiva inclusiva, portanto, é uma realidade em constante construção. As ações sociais e medidas políticas para garantir o acesso e permanência de crianças com deficiências e/ou necessidades especiais vêm se concretizando cada dia mais, contudo, a grande questão gira em torno da qualidade do ensino durante a permanência destas crianças no sistema escolar. Diante de todo o exposto chega-se a conclusão de que muitas conquistas já foram alcançadas, porém ainda há um longo caminho a ser percorrer. Fica claro que se desejamos que a escola seja inclusiva, é muito importante que seus planos sejam voltados para uma educação que vise a cidadania global, plena, livre de preconceitos e preparados para aceitar e respeitar as diferenças entre as pessoas e estimular o seu desenvolvimento. Ressaltamos que toda a experiência vivenciada nos deu suporte e conhecimento para preparamos como profissionais com um olhar voltado para a transformação e empenho no trabalho com portadores de deficiência, é desafiador, no entanto temos a oportunidade de contribuir para uma educação igualitária na educação especial e inclusiva, vencendo barreiras e tecendo saberes para esses alunos que necessitam de uma atenção especial, e humana. REFERENCIAS CANDAU, Vera M.; LELIS, Isabel A. A relação teoria-prática na formação do educador. In: CANDAU, Vera M. Rumo a uma nova didática. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2001 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. DE VITTA, F. C. F.; EMMEL, M. L. G. A dualidade cuidado x educação no cotidiano do berçário. Paidéia, Ribeirão Preto, v.14, n. 28, p.177-189, 2004. FERREIRA, F. Educação Inclusiva: quais os pilares e o que a escola precisa fazer. PROESC. 2018. Disponível em: https://www.proesc.com/blog/educacao-inclusiva-o-que-aescola-precisa-fazer. Acesso em 8 de fevereiro de 2019. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1994 - Coleção magistério. 2ºgrau. Série formação do professor. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001 PIMENTA, S. G. Formação de Professores: identidade e saberes da docência. In: PIMENTA, S. G. (org.). Saberes Pedagógicos e Atividade Docente. São Paulo: Cortez, 1999. OLIVEIRA, Dalila de Andrade. Gestão Democrática da Educação: Desafios Contemporâneos. 7ª edição. Petrópolis, RJ. Editora Vozes. ROGALSKI, S. M. Histórico do surgimento da Educação Especial. In: Revista de Educação do IDEAU, vol. 5, n° 12, Quatro Irmãos, RS, 2010. SOUTO, M, T, de. Educação Inclusiva no Brasil. Universidade Estadual da Paraíba.Campina Grande/PB, 2014. KUHLMANN JR., M. Educação infantil e currículo. In: FARIA, A.L.G., PALHARES, M.S. (Org.). Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. São Carlos: Editora da UFSCar, 1999. RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO No que se refere ao projeto, posso dizer que, fiquei um pouco ansiosa quando o projeto estava para começar, só que ao chegar ao local, fui muito bem acolhida por todos que fazem parte da escola, sobretudo, pelo professor, assim, e logo fui me adaptando e ficando mais à vontade. Quando comecei a executar o projeto no dia 22/07/2022, meu medo e minha ansiedade foram se dissipando e fui me encontrando naquele lugar, a minha empatia com os alunos deficientes foi imediata. Também procurei conhecer a família deles e percebi o quanto ainda há incertezas por parte dessas famílias, e como é importante o apoio da escola para direcionar esses foi feita atividades lúdicas. E assim, durante a realização do projeto, elaboramos um cronograma para que fosse executado as atividades proposta. No dia 27\07 a 04\08\2022 foi feita atividades lúdicas como, bingo das letras, usado alfabeto móvel, pintura, jogo do balão com os números para chamar atenção das crianças. Isso permitiu-me entender que o profissional da educação precisa ter conhecimento e empatia para com os alunos Deficientes. Além disso, foi a base para a participação e, posteriormente, a minha regência na sala de aula através do projeto. O conhecimento é, sem dúvida, o principal instrumento de trabalho em qualquer área, pois permite que o profissional tenha uma real dimensão das diversas possibilidades de intervenção de atuação direta. Assim como as mediações que se constituem a partir da singularidade, universalidade é particularidade de cada aluno deficiente, entendi que deve sempre me pautar pela ética e o respeito a esses alunos com deficiência. Através das atividades lúdicas a aprendizagem é bastante eficaz.
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