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ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO AEE-AH/SD Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação São José, 2020 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO - AEE-AH/SD Instituições Proponentes Secretaria de Estado da Educação Fundação Catarinense de Educação Especial Coordenação Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S-SC) Elaboração Aline Mendes Ananda Ludwig Burin Andréia Rosélia Alves Panchiniak Sandra Duarte Hottersbach Sirlei Ignácio Colaboração Equipe do NAAH/S-SC São José, 2020 2 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Sumário 1. INTRODUÇÃO 4 2. ALUNO COM AH/SD: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS 6 2.1. DEFINIÇÃO 7 3. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) - AH/SD 8 3.1. CARACTERIZAÇÃO 9 3.2. OBJETIVO 10 3.2.1. Geral 10 3.2.2. Específico 10 3.3. ELEGIBILIDADE 11 3.4. IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO AEE - AH/SD 11 3.5. INCLUSÃO DE ALUNOS 13 3.6. Continuidade do AEE-AH/SD 15 3.7. DESLIGAMENTO DE ALUNOS 16 3.8. CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS 17 4. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 18 4.1. ENTURMAÇÃO NO AEE-AH/SD 19 4.2. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR 19 4.3. ATRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ASSESSOR 20 4.4. ESTRUTURA FÍSICA 22 5. MÉTODOS DE ENSINO, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS 23 5.1. IDENTIFICAÇÃO 24 5.1.1. Busca Intencional 24 5.1.1.1. Mapeamento de um grupo para investigação 25 5.1.1.2. Processo de Avaliação Inicial 25 5.1.1.3. Roteiro para análise dos protocolos de identificação 27 5.1.1.4. Roteiro para elaboração de parecer pedagógico 28 5.1.2. Outras Formas de Identificação 28 5.2. ATENDIMENTO 30 5.3. AVALIAÇÃO 33 REFERÊNCIAS 36 ANEXOS 39 ANEXO A - Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) 39 ANEXO B - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Professor (QUIIAHSD - Pr) 40 ANEXO C - Questionário para identificação de indicadores de AH/SD - Responsáveis (QUIIAHSD - R) 42 ANEXO D - Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD 1º ao 4º ano - Autonomeação (QIIAHSD - A 1º - 4º - Autonomeação 45 ANEXO E - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Aluno (QIIAHSD - A) 46 ANEXO F - Respostas mais comuns em Adolescentes com AH/SD 49 ANEXO G - Parecer Pedagógico 51 ANEXO H - Termo de Desligamento 54 ANEXO I - Plano de Ação 56 ANEXO J - Relatório de Plano de Ação 58 3 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 1. INTRODUÇÃO Alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação (AH/SD) são aqueles que, quando comparados a seus pares, de mesma faixa etária e escolaridade, apresentam habilidade significativamente superior, em uma ou mais áreas do conhecimento. Além de habilidade superior, apresentam engajamento na sua(s) área(s) de interesse, necessitando de pouco estímulo para finalizar uma atividade; assim como pensamento criativo, demonstrando, também, curiosidade. Pelo reconhecimento das diferenças de ritmo e de estilo de aprendizagem, esses alunos foram incluídos como um dos públicos da Educação Especial com direito de receber Atendimento Educacional Especializado (AEE), visando ao pleno desenvolvimento de suas habilidades em todas as etapas e modalidades da educação básica. Casos de pessoas com AH/SD não são isolados segundo literatura científica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com AH/SD pode alcançar até 5% da população geral (PEREZ, 2003) quando considerados apenas superdotados na área acadêmica. Ao incluirmos outras áreas do conhecimento, tais como competências psicomotoras, artísticas, liderança e criatividade, as estatísticas referentes à superdotação podem chegar até 30% da população (VIRGOLIM, 2014). Isso significa que temos um número expressivo de alunos com AH/SD matriculados nas escolas, porém não são devidamente identificados e, em razão disso, não recebem o atendimento adequado às necessidades educacionais específicas que apresentam. A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de Setembro de 2001, que institui diretrizes nacionais para a Educação Especial na educação básica, preconiza, em seu Art. 8º, que as escolas da rede regular de ensino, na organização de suas classes comuns, devem prever e prover: [...] atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de 4 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO aspectos curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar (BRASIL, 2001. p. 3). O Decreto nº 7.611/2011, que dispõe sobre a Educação Especial e o atendimento educacional especializado, complementa a Resolução CNE/CEB nº. 2, citada anteriormente, e preconiza a construção de um sistema educacional inclusivo ao sugerir que esse atendimento seja compreendido como “[...] o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente” (BRASIL, 2011, p. 2) prestado como suplementar à formação de alunos com AH/SD. Cumprindo a legislação, a Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com as Secretarias de Educação dos Estados (SED), implantou, em 2005, os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) em todas as unidades da Federação com o objetivo de [...] fomentar e difundir o conhecimento científico na área das AH/SD, orientando quanto a implantação de serviços de atendimento educacional especializado para alunos com AH/SD em todo o estado; Avaliar alunos com indicadores de AH/SD, identificando suas áreas de interesse específico, e promover atendimento educacional especializado; e Desenvolver metodologias para identificação e atendimento de alunos com AH/SD através de pesquisas científicas (SANTA CATARINA, 2016a, p. 35). O NAAH/S do estado de Santa Catarina (NAAH/S-SC) faz parte dos serviços prestados pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e fundamenta suas ações nos princípios filosóficos que embasam a Educação Inclusiva, tendo como objetivo definir e coordenar a política de atendimento aos alunos com indicadores de AH/SD no estado de Santa Catarina. Cabe a esse Núcleo, além de identificar, de avaliar e de atender alunos com indicadores de 5 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO AH/SD, ministrar cursos, palestras, seminários e encontros sobre o tema AH/SD. E, desde 2014, em parceria com a SED, vem implantando Salas de Atendimento Educacional Especializado para alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AEE-AH/SD) em diversos municípios do estado, descentralizando o serviço e alcançando, desta forma, maior número de alunos identificados e atendidos (BURIN, 2019). O NAAH/S-SC também realiza orientação técnica e pedagógica, capacitações e assessorias (presencial e na modalidade à distância) e disponibilizarecursos didático-pedagógicos aos profissionais que atuam no estado. 2. ALUNO COM AH/SD: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS A Fundação Catarinense de Educação Especial, órgão responsável pela política pública para educação especial no estado de Santa Catarina, utiliza oficialmente a terminologia Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) conforme instituída pela Resolução CEE/SC n. 100 de 13 de Dezembro de 2016, que estabelece normas para a Educação Especial no Sistema Estadual de Educação de Santa Catarina (SANTA CATARINA, 2016). Na nova Política Nacional de Educação Especial, instituída pelo Decreto n. 10.502 de 30 de Setembro de 2020 (BRASIL, 2020), a terminologia Altas Habilidades/Superdotação foi substituída por Altas Habilidades ou Superdotação, substituindo a “/” pela conjunção “ou”. Entretanto, cabe salientar que ambas as terminologias referem-se ao mesmo público. 2.1. DEFINIÇÃO A nova Política Nacional de Educação Especial conceitua “educandos com altas habilidades ou superdotação que apresentem desenvolvimento ou 6 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO potencial elevado em qualquer área de domínio, isolada ou combinada, criatividade e envolvimento com as atividades escolares” (BRASIL, 2020, p. 60). Este conceito respalda a política anterior que define alunos com AH/SD como aqueles que: [...] demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. (BRASIL, 2008, p. 15). Das áreas citadas, destacam-se alguns aspectos e características mencionadas por Virgolim (2007) e pelas Diretrizes Gerais para o Atendimento Educacional aos Alunos Portadores de Altas Habilidades/Superdotação e Talentos (BRASIL, 1995), quais sejam: Capacidade intelectual: Envolve curiosidade intelectual, rapidez, fluência, independência e flexibilidade de pensamento, poder excepcional de observação, julgamento crítico, pensamento abstrato e associativo, produção intelectual, excelente capacidade de memória, persistência em atingir seus objetivos e ótimo raciocínio lógico. Aptidão acadêmica: Envolve atenção, concentração, boa memória, rapidez de aprendizagem, habilidade para avaliar, sintetizar e organizar o conhecimento, motivação por disciplinas e tarefas acadêmicas do interesse deles, capacidade de produção acadêmica, alta pontuação em testes acadêmicos e desempenho excepcional na escola. Liderança: Envolve sensibilidade interpessoal e sociabilidade expressiva, atitude cooperativa, poder de persuasão e de influência no grupo, habilidade de estabelecer relações sociais, atitude cooperativa, capacidade de 7 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO resolver situações sociais complexas, habilidade de desenvolver uma interação produtiva com os demais e sensibilidade aos sentimentos dos outros. Psicomotricidade: Compreende desempenho superior em esportes e atividades físicas, coordenação motora, agilidade de movimentos, força, resistência, velocidade, flexibilidade corporal e alta performance atlética. Artes: Envolve habilidade em expressar sentimentos e pensamentos por meio da arte, da dança, do teatro ou da música, alto desempenho em artes plásticas, dramáticas ou literárias, talento especial para música, alto grau de criatividade e originalidade. Diante das características, percebe-se a diversidade de perfis que podem apresentar os alunos com indicadores de AH/SD e a necessidade de qualificação dos profissionais a fim de que possam prestar o devido atendimento a esse público. 3. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) - AH/SD O AEE-AH/SD configura-se em um serviço educacional para alunos com indicadores de AH/SD, sendo responsável por acompanhar a demanda desse público nas unidades escolares das diversas regiões do estado; por atender alunos com de AH/SD com indicadores relativos à Capacidade Intelectual e à Aptidão Acadêmica; por encaminhar e acompanhar alunos com indicadores nas áreas de Liderança, Artes e Psicomotricidade para atendimentos em serviços/projetos na escola e/ou comunidade, de acordo com suas habilidades. 8 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 3.1. CARACTERIZAÇÃO A Resolução nº 4, de 2 de Outubro de 2009, que institui diretrizes operacionais para o AEE na educação básica, modalidade Educação Especial, orienta o AEE para AH/SD: Art. 7o Os alunos com Altas Habilidades/Superdotação terão suas atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de escolas públicas de ensino regular, em interface com os núcleos de atividades em altas habilidades/superdotação e com as instituições de ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção de pesquisa, as artes e dos esportes (BRASIL, 2009, p. 2). O AEE-AH/SD ocorre, então, de forma a suplementar as áreas de destaque com o propósito de proporcionar o aprofundamento de conhecimentos e favorecer a interação social. As atividades deverão ser propostas de acordo com o potencial, o interesse e as áreas de habilidades dos alunos e devem ser proporcionadas em ambiente estimulador e desafiador ao desenvolvimento delas. O AEE-AH/SD pode ter estrutura de Polo ou Sala de Atendimento. Compreende-se Polo de AEE-AH/SD, o serviço que contará com estes dois profissionais: Professor e Professor Assessor; e Sala de AEE-AH/SD quando somente o Professor atuar. O Professor Assessor do Polo de AEE-AH/SD terá como atribuição prestar atendimento às Salas de AEE-AH/SD. Também no que se refere à avaliação inicial e à articulação dos encaminhamentos necessários para a suplementação das necessidades educacionais dos alunos; e,atuará de forma itinerante. O Professor é o profissional que atuará no atendimento dos alunos na sala de AEE-AH/SD. Os critérios para definir o Polo ou a Sala de AEE-AH/SD serão articulados com a SED de acordo com o número e zoneamento de alunos. 9 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 3.2. OBJETIVO 3.2.1. Geral Identificar, avaliar e atender alunos com indicadores de AH/SD que frequentam o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio da rede pública estadual ou da rede privada. 3.2.2. Específico ● Promover busca intencional de alunos com indicadores de AH/SD na rede pública estadual de Educação Básica, a partir do Ensino Fundamental I; ● Capacitar e orientar a comunidade escolar sobre a temática das AH/SD; ● Orientar a rede regular de ensino quanto a formas de enriquecimento escolar e adequações curriculares; ● Promover parcerias e cooperação técnica com instituições e/ou profissionais que atuam em áreas específicas, relacionadas às habilidades e interesses dos alunos; ● Registrar, organizar e armazenar documentos referentes aos procedimentos do AEE-AH/SD; e, ● Participar de pesquisas na área das AH/SD em parceria com a SED, Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e FCEE. Referentes aos alunos com indicadores de AH/SD incluídos no AEE-AH/SD, o serviço deverá: ● Avaliar processualmente os indicadores; ● Identificar a área de interesse específica; 10 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Suplementar as áreasde potencial elevado e/ou habilidades acima da média; ● Avaliar a evolução de desempenho de forma processual; ● Encaminhar os alunos para atividades suplementares que contemplem suas áreas de interesses, quando necessário e acompanhar o desempenho deles; ● Registrar, organizar e armazenar dados referentes aos alunos, aos atendimentos e às parcerias; e, ● Realizar Parecer Pedagógico (Anexo G) individual. 3.3. ELEGIBILIDADE O aluno elegível para o AEE-AH/SD deverá apresentar indicadores de AH/SD em uma ou mais áreas do conhecimento e estar matriculado no Ensino Fundamental I, Fundamental II ou Médio, na rede pública estadual ou rede particular. Os pedidos de inclusão no AEE-AH/SD de alunos da rede particular serão analisados individualmente por meio de processo encaminhado pela CRE ao NAAH/S-SC. 3.4. IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO AEE - AH/SD A equipe técnica pedagógica da escola e o profissional que responde pela Educação Especial da CRE são os responsáveis pelo processo de identificação de alunos com indicadores de AH/SD nas escolas da rede estadual de ensino sob orientação do NAAH/S-SC e da Coordenação de Educação Especial (COESP) da SED. A implantação do Polo ou da Sala do AEE-AH/SD ocorrerá quando houver demanda de alunos identificados e não deve ultrapassar o número de 24 alunos por Polo ou Sala. A partir de 25 11 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO alunos, será analisada, via o NAAHS-SC, SED, CRE, a possibilidade da implantação de um novo Polo ou Sala de AEE-AH/SD. Quando não houver estrutura mínima para implantar Polo ou Sala de AEE-AH/SD na cidade/região, o aluno com indicadores de AH/SD poderá ser incluído no AEE de Matriz Curricular Mista, também ofertado nas unidades escolares da rede pública estadual, disponível no Estado, sendo necessário, para o atendimento, que o professor siga as diretrizes do AEE-AH/SD. Salienta-se que os alunos com indicadores de AH/SD incluídos nesses serviços deverão receber atendimento em horários distintos dos demais alunos, público da Educação Especial, respeitando as suas especificidades. Para a abertura de um novo Polo ou Sala de AEE-AH/SD, a escola deverá encaminhar um processo ao responsável pela Educação Especial da CRE, que fará o encaminhamento via Sistema de Gestão de Processos Eletrônicos (SGPE) à FCEE para análise técnica, contendo os seguintes documentos: ● Ofício da CRE, solicitando a implantação; ● Ofício da escola, solicitando a implantação e contendo a lista de alunos identificados para avaliação no AEE-AH/SD; ● Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A) preenchida pelo professor pedagogo em caso de aplicação em turmas do Ensino Fundamental I ou preenchidas pelo professor de área específica em caso de aplicação em turmas do Ensino Fundamental II e Médio; e ● Enturmação do ano/série na qual o aluno está matriculado na Rede Regular de Ensino. Para cada um dos alunos que será incluído no AEE-AH/SD, o processo também deve conter: ● Parecer pedagógico detalhado do professor regente, no caso de alunos do Ensino Fundamental I ou Parecer das habilidades dos alunos indicados pelo 12 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO professor da área em que o aluno apresenta destaque, uma vez que sejam alunos do Ensino Fundamental II ou Médio; ● Protocolos de Identificação: Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º), no caso de alunos do Ensino Fundamental I (Anexo D); Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou Médio (Anexo E); ● Parecer Pedagógico (Anexo G) elaborado pelo Professor Assessor, com análise dos Protocolos de Identificação de acordo com o documento Respostas mais Comuns (Anexo F); ● Relatório psicológico de avaliação de inteligência do aluno, quando houver; ● Certificado ou documento comprobatório de premiação em olimpíadas de conhecimento, quando houver; e ● Produções do aluno, quando este for identificado pela área artística. Após análise técnica a FCEE enviará seu parecer à SED que encaminhará a CRE para as devidas providências. 3.5. INCLUSÃO DE ALUNOS Para a inclusão de alunos nos Polos ou nas Salas de AEE-AH/SD, a escola deverá encaminhar processo ao responsável pela Educação Especial da CRE, que fará o devido encaminhamento à FCEE, via Sistema de Gestão Educacional de Santa Catarina (SISGESC), para análise técnica, contendo os seguintes documentos: ● Ofício da CRE solicitando a inclusão do aluno; 13 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Ofício da escola na qual o AEE-AH/SD está implantado, solicitando a inclusão do aluno; ● Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A) preenchida pelo professor pedagogo, em caso de aplicação em turmas do Ensino Fundamental I ou preenchidas pelo professor de área específica, em caso de aplicação em turmas do Ensino Fundamental II e Médio, quando houver, ou seja, caso tenha sido feita uma busca intencional; ● Enturmação do ano/série na qual o aluno está matriculado na rede regular de ensino; ● Parecer pedagógico detalhado do professor regente, no caso de alunos do Ensino Fundamental I ou das habilidades dos alunos indicados pelo professor da área em que o aluno se destaca, uma vez que sejam alunos do Ensino Fundamental II ou Médio; ● Protocolos de Identificação: Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D), no caso de alunos do Ensino Fundamental I; Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A) (Anexo E), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou Médio; ● Parecer Pedagógico (Anexo G) elaborado pelo Professor Assessor, com análise dos Protocolos de Identificação de acordo com o documento Respostas mais Comuns (Anexo F); ● Relatório psicológico de avaliação de inteligência do aluno, quando houver; ● Certificado ou documento comprobatório de premiação em olimpíadas de conhecimento, quando houver; e, ● Produções do aluno, quando este for identificado pela área artística. Após análise técnica a FCEE enviará seu parecer à SED que encaminhará a CRE para as devidas providências. 14 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 3.6. Continuidade do AEE-AH/SD Para a continuidade do Polo ou Sala de AEE-AH/SD na unidade de ensino, a escola deverá encaminhar processo ao responsável pela Educação Especial da CRE que fará o devido encaminhamento via SGPE, à FCEE, em período estabelecido a cada ano pela SED, em parceria com a FCEE, para análise técnica, contendo os seguintes documentos: ● Ofício da CRE; ● Ofício da escola, solicitando a continuidade do AEE-AH/SD, contendo: ● relação de alunos que continuarão no processo de avaliação do AEE-AH/SD com seus respectivos números de matrícula, turno de atendimento e série/ano escolar do próximo ano e a área de destaque do aluno (exemplo: Artes, Matemática); ● Enturmação do ano/série na qual o aluno está matriculado na rede regular de ensino; ● Parecer Pedagógico (Anexo G) individual do aluno do AEE-AH/SD,informando que foram observados indicadores sugestivos de AH/SD, justificando, assim, a continuidade do aluno no atendimento; ● Relatório das atividades desenvolvidas pelo Professor Assessor, em parceria com o Professor do AEE-AH/SD (enriquecimentos, parcerias, capacitações, palestras, busca intencional nas escolas, atendimento às famílias, campeonatos, etc.); e, ● Relação de alunos que serão desligados, com seus respectivos números de matrícula. Observação: Os documentos de desligamento dos alunos deverão ser encaminhados conforme a orientação do item 3.7. Desligamento de alunos. Após análise técnica a FCEE enviará seu parecer à SED, que encaminhará a CRE para as devidas providências e, somente após a emissão do parecer favorável à continuidade do AEE-AH/SD na unidade escolar, emitido 15 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO pela FCEE, a SED autorizará a contratação do Professor e do Professor Assessor. 3.7. DESLIGAMENTO DE ALUNOS Serão desligados do AEE-AH/SD aqueles alunos cujos indicadores de AH/SD não se confirmarem, ocorrer mudança de cidade ou região, que a família solicitar desligamento ou houver evasão do atendimento. Para aqueles alunos cujos indicadores de AH/SD não se confirmarem, o professor deverá disponibilizar o Parecer Pedagógico (Anexo G) à família e solicitar o desligamento após o período mínimo de seis meses de atendimento. Caso o desligamento seja em virtude da mudança de cidade/região e o aluno esteja em período de avaliação, os profissionais do Polo ou de Sala deverão fornecer o Parecer Pedagógico (Anexo G) à família e orientá-la quanto aos encaminhamentos para atendimento na nova cidade/região. Quando se tratar de desligamento por solicitação do aluno ou da família em decorrência de demandas pessoais ou por evasão do atendimento e não por falta de indicadores de AH/SD, os profissionais do AEE-AH/SD deverão realizar estudo de caso, levantando informações com família, com os professores de sala e com o próprio aluno, objetivando conhecer os reais motivos a fim de zelar pela permanência do aluno no AEE-AH/SD e promover os encaminhamentos necessários. Para solicitar o desligamento de um aluno, a escola deverá encaminhar o processo ao responsável pela Educação Especial da CRE, que fará o devido encaminhamento, via SISGESC à FCEE para análise técnica, contendo os seguintes documentos: ● Ofício da CRE, solicitando o desligamento e informando o motivo; ● Ofício emitido pela escola, onde o Polo ou a Sala de AEE-AH/SD estão implantados, solicitando o desligamento e informando o motivo; 16 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Termo de Desligamento (Anexo H) assinado pelos responsáveis, cientes, então, das razões do desligamento; e ● Parecer Pedagógico (Anexo G) do período em que o aluno frequentou o AEE-AH/SD, detalhando todas as ações desenvolvidas durante o atendimento. Após análise técnica, a FCEE enviará seu parecer à SED, que encaminhará a CRE para as devidas providências. 3.8. CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS Para cada Polo implantado, serão contratados dois profissionais, um Professor e um Professor Assessor, que atuará de forma itinerante conforme apresentado nas Atribuições do Professor Assessor (subseção 4.3). Na cidade/região em que já exista um polo e que haja necessidade de abertura de outra sala de AH/SD, será contratado apenas o Professor para o atendimento aos alunos, que será orientado pelo Professor Assessor do polo já implantado. Ambos os profissionais contratados deverão ser graduados em Pedagogia ou Educação Especial. Casos omissos a essa orientação, serão analisadas pela FCEE e pela SED. O Professor Assessor do Polo será contratado com carga horária de 40 horas semanais, enquanto o Professor que atuará na sala de AEE-AH/SD deverá seguir a Quadro 1 e 2: Quadro 1- Relação entre nº de alunos e carga horária do professor do AEE-AH/SD Número de Alunos que receberão atendimento no AEE-AH/SD Carga horária do Professor que atuará no AEE-AH/SD 01 à 04 alunos 10 horas semanais 05 à 12 alunos 20 horas semanais 17 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 13 à 24 alunos 40 horas semanais (podendo ser desmembrado em 20h+20h) FONTE: Elaborado pelo autor. Quadro 2- Matriz e disciplinas para o AEE-AH/SD Serviço Disciplina Matriz Horas Aula Jornada de trabalho AEE-AH/SD 4005 (professor) 2950 08h 10 4006 (assessor) AEE-AH/SD 4005 (professor) 2948 16h 20h 4006 (assessor) AEE-AH/SD - noturno 4005 (professor) 2949 16h 20h 4006 (assessor) FONTE: Documento elaborado pela SED/DIGR/GEMPE (2018). 4. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO O atendimento ao aluno com indicadores de AH/SD ocorrerá uma vez por semana, obrigatoriamente no contraturno escolar, com duração de 3 horas de atendimento e, dessas 3 horas, 20 minutos são destinados ao intervalo. O agrupamento por enriquecimento no AEE-AH/SD deverá ser organizado em grupos de no máximo quatro alunos e, caso seja necessário, o atendimento poderá ocorrer de forma individual. A formação dos grupos deve considerar as áreas de interesse/habilidades em comum dos alunos, a fim de proporcionar aprofundamento de conhecimentos e favorecer a interação social. Os alunos permanecerão em avaliação pelo período de seis meses a um ano e, ao final desse tempo, se confirmados os indicadores de AH/SD, permanecerão em atendimento no AEE-AH/SD, e, caso não se confirmem, serão desligados do serviço. Ressalta-se que se forem identificadas outras demandas além dos indicadores de AH/SD, o Professor ou Professor Assessor 18 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO deverá informar a família e a SED para que proceda aos devidos encaminhamentos. 4.1. ENTURMAÇÃO NO AEE-AH/SD A enturmação dos alunos no AEE-AH/SD será feita pela Escola onde está implantado o Polo ou a Sala de AEE-AH/SD, sempre no contraturno da turma regular a qual estão matriculados. Os alunos devem ser enturmados no AEE-AH/SD uma única vez, e serão divididos em duas turmas: uma no período matutino e outra no período vespertino. Os alunos que participam de projetos na comunidade e não frequentam o Polo ou a Sala do AEE-AH/SD também deverão ser enturmados no AEE-AH/SD no período de contraturno escolar. 4.2. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR Ao Professor do AEE-AH/SD compete: ● Oferecer Atendimento Educacional Especializado aos alunos com indicadores de AH/SD por meio de suplementação e enriquecimento escolar; ● Participar de busca intencional, com o Professor Assessor, quando tiver disponibilidade na carga horária; ● Explorar as áreas de interesse dos alunos para que desenvolvam habilidades na área que demonstram potencial elevado; ● Favorecer as interações socioafetivas; ● Orientar o professor de sala de aula regular quanto às formas de suplementação curricular; ● Desenvolver plano de atendimento educacional individualizado em consonância com a área de destaque e de interesse do aluno; 19 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Orientar a comunidade escolar com respeito às características próprias dos alunos com AH/SD; ● Realizar registros de atendimentos aos alunos e dos projetos desenvolvidos; ● Realizar registro de atendimento e orientações às famílias; ● Realizar registro dasassessorias prestadas às escolas; ● Realizar Parecer Pedagógico (Anexo G), indicando a continuidade do aluno no atendimento, com cópias, sendo uma entregue à família e outra anexada à sua documentação escolar, sempre no fim do ano letivo; ● Realizar Parecer Pedagógico (Anexo G), com cópias, indicando o desligamento quando o aluno não apresentar os indicadores de AH/SD. Uma cópia deverá ser entregue à família e outra anexada à documentação escolar dele, assim que se efetivar o desligamento; ● Armazenar cópia dos registros emitidos no prontuário do aluno. ● Participar de reuniões e conselhos de classe na unidade escolar onde o aluno está matriculado; ● Solicitar, por escrito, à equipe de Educação Especial da CRE, assessoria técnica, material específico para atividades pedagógicas e avaliações periódicas, capacitação e outras orientações; e, ● Reportar ao Professor Assessor do seu Polo de AEE-AH/SD as dificuldades encontradas no trabalho, para juntos buscarem soluções. 4.3. ATRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ASSESSOR Ao Professor Assessor do AEE-AH/SD compete: ● Atuar de forma itinerante dando suporte às escolas da rede estadual da cidade/região as quais o Polo pertence; ● Realizar busca intencional de alunos com indicadores de AH/SD nas escolas da rede estadual de sua cidade/região; 20 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Buscar, junto aos professores das escolas, auxílio na suplementação de áreas específicas; ● Realizar avaliação inicial por meio de entrevista com os pais/responsáveis e aplicação de protocolos de identificação de indicadores com os professores da sala de aula regular, responsáveis e alunos; ● Realizar registro da avaliação inicial; ● Assessorar os professores e a equipe técnica da(s) escola(s) onde os alunos estão matriculados; ● Realizar registros dos alunos atendidos por meio de projetos relacionados às áreas de Liderança, Psicomotricidade e Artes, que não são contempladas no Polo ou na Sala do AEE-AH/SD; ● Realizar registro de atendimento e orientações às famílias; ● Assessorar a implantação de Salas de AEE-AH/SD em sua cidade/região, com o responsável pela Educação Especial da SED/CRE; ● Realizar registro de assessorias prestadas nas escolas; ● Orientar o(s) Professor(s) do(s) AEE-AH/SD da cidade/região quanto à instrumentalização do atendimento, estratégias de enriquecimento curricular, dentre outros; ● Realizar, em conjunto com o(s) Professor(es) do(s) AEE-AH/SD, relatório pedagógico anual, que será entregue às famílias e anexado ao prontuário do aluno; ● Planejar ações para a identificação de alunos e intervenções pedagógicas nas escolas da cidade/região; ● Promover palestras e encontros com professores e outros profissionais das escolas, bem como, com os pais, alunos e comunidade, contando com a parceria da equipe de Educação Especial da CRE; ● Orientar as escolas sobre as possibilidades de aceleração escolar (Resolução n. 183/2013 - CEE n. 100/2016 e LDB n. 9.394/96 Art. 59), quando necessária ou solicitada; ● Estabelecer parcerias com instituições (Universidades, profissionais de áreas específicas, instituições de ensino, cursos técnicos ou de artes, 21 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO empresas, etc.), encaminhando alunos identificados pelo Polo ou pela Sala de AEE-AH/SD para que recebam suplementação acadêmica de profissionais de áreas específicas, conforme o interesse/destaque do aluno; ● Encaminhar alunos com indicadores nas áreas de psicomotricidade, artes e liderança para serviços/projetos na escola e/ou comunidade, realizando o acompanhamento, sistemático, do desenvolvimento desses alunos nos atendimentos; ● Orientar as escolas para que registrem os alunos identificados com indicadores de AH/SD na Ficha Cadastral do SISGESC; ● Reportar à direção da escola e ao responsável pela Educação Especial na CRE, se necessário, as dificuldades encontradas nos AEE-AH/SD com a finalidade de se encontrar soluções para eventuais problemas; ● Organizar com a escola a montagem dos processos de implantação, continuidade, inclusão e desligamentos de alunos no AEE-AH/SD; ● Desenvolver Plano de Ação que, uma vez aprovado pela direção da escola e responsável pela Educação Especial na CRE, deverá ser encaminhado à FCEE por meio do e-mail naahssc.pedagogia@gmail.com. A data de entrega para este documento será oportunamente notificada pelo NAAH/S-SC por meio de comunicação oficial; e, ● Encaminhar semestralmente ao NAAH/S-SC por meio do e-mail naahssc.pedagogia@gmail.com o relatório do Plano de Ação contendo as atividades desenvolvidas no decorrer do semestre. 4.4. ESTRUTURA FÍSICA A seguir, aspectos importantes que devem ser considerados ao se pensar na estrutura física para o Polo ou Sala de AEE-AH/SD. ● Sala com tamanho mínimo de 12 m²; ● Iluminação e ventilação adequadas; 22 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Mínimo de três computadores e uma impressora; ● Internet (com acesso ao Youtube, as redes sociais e a jogos); ● Jogos de estimulação cognitiva; ● Material da LEGO, quando disponível na escola; ● Uma mesa com cadeiras para trabalhos em grupo; ● Três mesas com cadeiras para computadores; ● Um armário; ● Uma estante para livros; ● Uma lousa; e, ● Livros diversos. 5. MÉTODOS DE ENSINO, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS O modelo utilizado como aporte teórico para o atendimento especializado aos alunos com AH/SD no NAAH/S-SC e nos AEE-AH/SD é o Modelo de Enriquecimento Escolar (MEE) dos americanos Dr. Joseph Renzulli, e a Dra. Sally M. Reis, sua parceira. Em sua teoria, Renzulli (2005) retrata dois tipos diferentes de superdotação: a superdotação acadêmica, a qual está relacionada às áreas intelectual e acadêmica; e a superdotação criativo-produtiva, a qual está relacionada às áreas de liderança, psicomotricidade e artes. O MEE vai além de um modelo a ser seguido, ele é um: [...] plano de organização extremamente democrático e flexível que pode ser adaptado a qualquer realidade escolar e aplicado em qualquer série ou modalidade de ensino conforme as necessidades do professor e do aluno e as características do ambiente educacional (BURIN, 2019, p. 67). E está sustentado em três bases: o Modelo de Identificação das Portas Giratórias, que proporciona meios para a identificação dos alunos com 23 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO indicadores de AH/SD; o Modelo dos Três Anéis, que define e caracteriza os alunos com AH/SD; e o Modelo Triádico de Enriquecimento, que apresenta modelos de atividades de enriquecimento para todos os alunos no contexto escolar. 5.1. IDENTIFICAÇÃO Identificar alunos com destaques em áreas acadêmicas ou como criativos-produtivos é o primeiro passo para assegurar a inclusão deles. Depois, é prestar-lhes o devido atendimento educacional especializado e desenvolver metodologias que atendam às suas necessidades. Assim, a identificação de alunos com indicadores de AH/SD é um processo que exige capacitação na área e deve partir de um conjunto de materiais e de instrumentos que permitam a visão integral do sujeito. 5.1.1. Busca Intencional A busca intencional pode ser feita por meio da aplicação de listas de verificação e protocolos de identificação que envolvem a análise de características nos alunos. A Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAHSD) (Anexo A) indica quais alunos deverãopassar pelo processo de avaliação inicial. Os Protocolos de Identificação, compostos por um grupo de três instrumentos (Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D), no caso de educandos do Ensino Fundamental I; Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A) (Anexo E), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou Médio 24 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO assinalam quais indicadores são apresentados pelos alunos e devem ser analisados de acordo com o documento Respostas mais Comuns (Anexo F). A busca intencional deve ser realizada conforme orientação a seguir. 5.1.1.1. Mapeamento de um grupo para investigação O mapeamento de alunos pode ser feito por meio da aplicação da Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A) com o professor da sala de aula regular. No Ensino Fundamental I, a Lista deve ser preenchida pelo professor regente, no Ensino Fundamental II e Médio deve ser preenchida pelo professor de área específica. O Professor Assessor orientará o professor da sala de aula regular quanto a esse preenchimento, que deve ocorrer da seguinte forma: Solicita-se ao professor da classe que leia o questionário e, pensando em cada um de seus alunos, indique, para cada questão, o nome de dois alunos que mais se destacam em cada item na turma. Vale lembrar que nem todos os alunos da classe precisam aparecer e que alguns nomes poderão se repetir. Os alunos indicados neste instrumento deverão passar pelo processo de avaliação inicial. 5.1.1.2. Processo de Avaliação Inicial Após o mapeamento dos alunos mediante a Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A) ou por meio de outras formas de identificação (conforme item 4.1.2.), abre-se o processo de avaliação inicial. O Professor Assessor deve seguir, com cada um dos alunos, as etapas a seguir elencadas. 25 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ● Solicitar ao professor de sala de aula regular o relatório pedagógico detalhado referente ao desenvolvimento de cada um dos alunos; ● Aplicar ao professor de sala de aula regular o Protocolo de Identificação: Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); ● Solicitar ao responsável pelo aluno relatório psicológico de avaliação de inteligência e/ou certificado ou documento comprobatório de premiação, com medalha, do aluno em olimpíadas ou em competições, quando houver; ● Submeter o responsável pelo aluno a Protocolos de Identificação: Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); ● Aplicar ao aluno os Protocolos de Identificação: em caso de alunos matriculados no Ensino Fundamental I, aplicar o Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D); e no caso de alunos matriculados no Ensino Fundamental II e Médio, o Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A) (Anexo E); e, ● Elaborar o Parecer Pedagógico (Anexo G) com análise dos Protocolos de Identificação de acordo com o documento Respostas mais Comuns (Anexo F), informando se foram ou não percebidos indicadores. Caso o aluno apresente indicadores de AH/SD, o processo de inclusão no AEE-AH/SD deverá ser encaminhado conforme o que se apresenta na subseção 3.5 Inclusão de alunos. Caso não sejam constatados indicadores no aluno, o Professor Assessor deverá arquivar os documentos coletados na Sala do AEE-AH/SD e proceder à devolutiva para o responsável pelo aluno, entregando-lhe apenas uma cópia do Parecer Pedagógico (Anexo G) e explicando-lhe tudo o que foi observado durante o processo avaliativo. 26 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 5.1.1.3. Roteiro para análise dos protocolos de identificação Os Protocolos de Identificação (Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D), no caso de alunos do Ensino Fundamental I; Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A) (Anexo E), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou Médio, são compostos por: dados do aluno, do responsável e do professor e eles devem ser preenchidos com informações básicas, como: nome, idade e e-mail do respondente; questões referentes às características de AH/SD apresentadas pelo aluno, subdivididas em 5 blocos: Características Gerais, Liderança, Habilidade Acima da Média, Criatividade e Comprometimento com a Tarefa; e questões referentes às atividades artísticas e esportivas do aluno. Cada Questionário deve ser corrigido de acordo com o documento Respostas Mais Comuns (Anexo F). Em, pelo menos, um bloco (Características Gerais, Liderança, Habilidade Acima da Média, Criatividade e Comprometimento com a Tarefa) deve ter sido marcado um percentual acima de 50% das respostas compatíveis às respostas comuns aos alunos com AH/SD. Após a correção, deve-se analisar e cruzar as informações dos Questionários (Professor, Responsável e Aluno) para verificar a compatibilidade de informações entre eles. Serão considerados alunos com indicadores de AH/SD, aqueles que apresentarem compatibilidade de informações, nos mesmos blocos, em pelo menos, dois questionários. Observação: Para a análise dos questionários aplicados aos alunos do Ensino Fundamental I, deverão ser cruzados apenas os dados dos Protocolos de Identificação Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-P) (Anexo B) e Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C), seguindo os 27 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO critérios citados anteriormente. Os dados coletados no Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D) deverão também constar no Parecer Pedagógico (Anexo G). 5.1.1.4. Roteiro para elaboração de parecer pedagógico O Parecer Pedagógico (Anexo G) tem como objetivo nortear a elaboração da avaliação descritiva de desempenho dos alunos atendidos no AEE-AH/SD durante o período de permanência no serviço. O relatório de desempenho do aluno deverá evidenciar a percepção da professora quanto ao desenvolvimento individual do aluno em relação aos aspectos intelectual, emocional, social e outros que julgar importante, considerando as atividades que foram propostas durante o período em que foi atendido no serviço. Considerando os conceitos que permeiam nossa prática, levaremos em conta os traços e características comuns às pessoas com AH/SD, apontados por Renzulli (1977), buscando observar se o aluno apresentou, ao longo das atividades propostas, habilidades acima da média, criatividade e comprometimento com a tarefa, ou seja, comportamento de superdotação. 5.1.2. Outras Formas de Identificação A seguir, outras formas para se proceder à identificação de alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação. Testes padronizados, de inteligência e/ou de criatividade: Devem ser aplicados por profissionais de área específica e o alto desempenho do aluno será considerado como um indicador de AH/SD. Ressalta-se que o baixo28 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO desempenho do aluno nos testes não elimina a possibilidade de o aluno apresentar outros indicadores e ser encaminhado ao AEE-AH/SD. Indicação pela família: A família é uma excelente fonte de informação no processo de identificação dos indicadores de AH/SD, pois é ela quem relata como e quando aconteceu o desenvolvimento de cada etapa na vida do aluno. Autoindicação: Esse processo de identificação ocorre quando o aluno observa em si características comuns aos alunos com AH/SD ou, então, quando ele expõe suas produções, que são classificadas/reconhecidas como de qualidade. Destaque em competições: Destacar-se em competições, em torneios na área esportiva, em concursos artísticos, musicais e literários, em olimpíadas do conhecimento como Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (OBMEP), Olimpíada Regional de Matemática (ORM), Olimpíada Regional de Matemática Mirim (ORMM), Olimpíadas Brasileiras de Matemática (OBM), Olimpíadas Brasileiras de Química (OBQ), Olimpíadas Brasileiras de Física (OBF), Olimpíadas Brasileiras de Robótica (OBR), entre outros, pode ser considerado como um indicador de AH/SD. Indicação pelos professores: O fato do professor ser um observador do comportamento e do desempenho dos alunos faz com que ele se torne um importante agente de identificação de alunos com indicadores de AH/SD. Ressalta-se que todas as formas de identificação e de indicação de alunos para o AEE-AH/SD devem ser seguidas de processo de avaliação inicial. 29 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 5.2. ATENDIMENTO A orientação para o atendimento no AEE-AH/SD é que ele deva ocorrer em forma de agrupamento com enriquecimento de maneira a suplementar, cujo objetivo é atender as necessidades educacionais especiais dos alunos, respeitando seu acelerado ritmo de aprendizagem. Para tal, deve-se adotar alguns critérios, quais sejam: ● Reconhecer as diferenças individuais e a heterogeneidade do grupo, proporcionando sempre instruções individualizadas; ● Evitar a segregação, dando oportunidade aos alunos de conviverem com outros que possuem diferentes habilidades; ● Qualificar os professores, que devem estar constantemente atualizados quanto às pesquisas, formas de avaliação e propostas curriculares específicas para esses alunos; ● Encorajar o desenvolvimento de diversas áreas, além da intelectual; e ● Manter a comunicação entre os diversos professores em relação às individualidades do aluno. O Agrupamento configura-se como uma prática educacional na qual os alunos são atendidos em grupos por áreas de interesse e separados por nível de habilidade ou por desempenho. O Enriquecimento constitui-se em uma prática educacional flexível que pressupõe uma variedade de experiências de aprendizagem que estimulem o potencial do aluno. Renzulli (1977, 2014) propôs o Modelo Triádico de Enriquecimento para todos os alunos da escola, inclusive para o atendimento aos alunos com indicadores de AH/SD e está dividido em três tipos: Tipo I, Tipo II e Tipo III. A Figura 1 representa o Modelo Triádico de Enriquecimento de Renzulli. 30 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Figura 1 - Modelo Triádico de Enriquecimento Fonte: CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007, p. 59. Atividades de Enriquecimento do Tipo I: Diz respeito a experiências e atividades exploratórias ou introdutórias destinadas a colocar o aluno em contato com uma ampla variedade de tópicos ou áreas de conhecimentos. As experiências devem expor os alunos a uma variedade de tópicos, conteúdos e conceitos e ser planejadas a partir do interesse dos alunos. Exemplos: grupos de enriquecimento por área específica (cálculo, robótica, produção de texto, etc.), visitas e passeios (museus, eventos, instituições, bibliotecas, trilhas, etc.), palestras com profissionais especializados (bombeiro, chaveiro, soldador, pesquisador, veterinário, etc.), oficinas, minicursos e atividades de temas diferenciados mesmo que a área geral seja uma disciplina do currículo (exercícios de raciocínio lógico, xadrez, origami, fotografia, desenho, etc.), utilização de mídias (vídeos, áudios, mídias impressas, tecnologias computacionais, etc.), dentre outros (CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007). Atividades de Enriquecimento do Tipo II: Os alunos são encorajados a aplicar os conhecimentos adquiridos nas atividades de Tipo I, elaborando 31 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO projetos, produtos ou serviços. Envolve treinamento em técnicas de observação, seleção, classificação, organização, análise e registro de dados. A ênfase, no enriquecimento do Tipo II, é a oferta de atividades, com as quais se desenvolvem habilidades de “como fazer” e aquelas relativas a características pessoais, como autonomia para desenvolver com produtividade as atividades de interesse. Exemplos: treinamentos específicos de técnicas em determinadas áreas, análise e registro de dados; elaboração de projetos com objetivos definidos e cronograma de execução, manuseio de recursos audiovisuais e tecnológicos para o desenvolvimento de trabalhos (slides, vídeos, gravadores, máquinas fotográficas, banco de dados, computador, impressora, microscópios, lupas, telescópios); entre outros (CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007). Atividades de Enriquecimento do Tipo III: Consiste na investigação de problemas reais por meio de métodos adequados de investigação, produção de conhecimento novo, solução de problemas ou apresentação de um produto ou serviço. O aluno deve ser capaz de agir e produzir como um profissional de uma área específica do conhecimento. Esse tipo de atividade requer do aluno envolvimento com a tarefa, criatividade e habilidade acima da média e o professor tem o papel de facilitador e mediador (orientador). Exemplos: elaboração de produtos originais como livros, revistas, história em quadrinhos, roteiros de peças de teatro, quadros, esculturas, artigos tecnológicos, etc. (CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007). Atividades de Enriquecimento do Tipo IV: Freitas e Pérez (2010) desenvolveram as Atividades do Tipo IV, que são um adendo ao Modelo de Renzulli (1977) e derivam das atividades do Tipo III, já concluídas, evoluindo para níveis ainda mais avançados. Atividades do Tipo IV constituem o fazer mais, são atividades de produção criativa e concreta em nível profissional, que são socializadas na comunidade (BURIN, 2019). 32 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Planejar alternativas de atendimento a alunos com indicadores de AH/SD que atinjam suas reais necessidades, sem entrar em conflito com o ensino regular, exige dos educadores o conhecimento de estratégias e de práticas educacionais para a suplementação. As estratégias de atendimento ao aluno com AH/SD devem estar em consonância com o contexto educacional no qual o sujeito está inserido. Assim o AEE-AH/SD não deve funcionar como reforço escolar, mas sim, como forma de suplementar a(s) área(s) de destaque e/ou de interesse do aluno. 5.3. AVALIAÇÃO A avaliação dos alunos que estão em atendimento no Polo ou em Sala de AEE-AH/SD será feita pelo Professor mediante o desempenho apresentado durante as Atividadesde Enriquecimento do Tipo I, II, III e IV. A avaliação dos alunos que participam de projetos na comunidade e não frequentam o Polo ou a Sala do AEE-AH/SD, deverá ser feita pelo Professor Assessor em parceria com o profissional que atende o aluno. A confirmação do comportamento de superdotação ocorrerá após a constatação de três grupos de traços no aluno: Habilidade acima da média; Envolvimento com a Tarefa; e, Criatividade (RENZULLI, 2005). A Figura 2 representa a interação entre os três anéis de Renzulli. 33 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Figura 2-Modelo dos Três Anéis Fonte: SANTA CATARINA, 2016, p.19. Habilidade Acima da Média: Habilidades gerais: consistem na capacidade de processar informações, de integrar experiências que resultem em respostas apropriadas e adequadas a novas situações e, na capacidade de se engajar em novas situações; Habilidades específicas: consistem na capacidade de adquirir conhecimento, prática e habilidades para atuar em uma ou mais atividades de uma área específica. Essas habilidades, em alguma área do conhecimento, não são, necessariamente, muito acima da média. Envolvimento com a tarefa: Constitui-se no componente motivacional e representaria a energia que o indivíduo canaliza para resolver determinado problema ou tarefa. Inclui atributos pessoais, como perseverança, dedicação, esforço, autoconfiança e a crença na própria habilidade de desenvolver um importante trabalho. Está associado à energia investida na execução de um projeto ou na resolução de problemas, sendo definido em termos de altos níveis de perseverança, dedicação, concentração e motivação. 34 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Criatividade: Envolve aspectos que, geralmente, aparecem juntos na literatura: fluência, flexibilidade e originalidade de pensamento e fatores associados a traços de personalidade, como abertura a novas experiências, curiosidade, sensibilidade e coragem de correr riscos, e a características da produção dos indivíduos superdotados, como inovação, riqueza de detalhes e abundância. Não existe uma ordem de importância entre esses traços e eles não precisam estar presentes ao mesmo tempo e nem se manifestar com igual intensidade ao longo da vida produtiva do aluno, o mais importante é que eles interajam em algum grau para que um alto nível de produtividade criativa possa emergir no aluno, caracterizando, desse modo, o comportamento de superdotação (BURIN, 2019). 35 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO REFERÊNCIAS BRASIL. Diretrizes gerais para o atendimento educacional aos alunos portadores de altas habilidades/superdotação e talentos. [S.l.]: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Especial, 1995. BRASIL. Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. CEB BRASÍLIA, DF, 2001. BRASIL. 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Acesso em: 04 ago. 2020. 36 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO CHAGAS, J. F.; MAIA-PINTO, R. R.; PEREIRA, V. L. P. Modelo de enriquecimento escolar. A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação, v. 2, p. 55-80, 2007. FREITAS, S. N.; PÉREZ, S. G. P. B. Altas habilidades/superdotação: atendimento especializado. Marília: Abpee, 2010. FREITAS, S. N.; PÉREZ, S. G. P. B. Manual de identificação de altas habilidades/superdotação. Guarapuava: Apprehendere, 2016. PÉREZ, S. Mitos e crenças sobre as pessoas com altas habilidades: alguns aspectos que dificultam o seu atendimento. Cadernos de Educação Especial, v. 2, n. 22, p. 45-59, 2003. RENZULLI, J. S. The enrichment triad model: A guide for developing defensible programs for the gifted and talented. [S.l.]: Creative Learning Pr, 1977. 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Revista Educação Especial, Universidade Federal de Santa Maria, v. 27, n. 50, p. 581-609, 2014. 38 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXOS ANEXO A - Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) 39 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO B - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Professor (QUIIAHSD - Pr) 40 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 41 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO C - Questionário para identificação de indicadores de AH/SD - Responsáveis (QUIIAHSD - R) 42 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 43 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO FREITAS ; PÉREZ, 2016. 44 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISAE EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO D - Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD 1º ao 4º ano - Autonomeação (QIIAHSD - A 1º - 4º - Autonomeação 45 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO E - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Aluno (QIIAHSD - A) 46 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 47 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 48 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO F - Respostas mais comuns em Adolescentes com AH/SD 49 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO FREITAS ; PÉREZ, 2016. 50 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO G - Parecer Pedagógico PARECER PEDAGÓGICO Nome do aluno: Nascimento: Professor: Professor Assessor: Diretor: Texto introdutório contendo: ● Quando o aluno iniciou atendimento no AEE-AH/SD? ● Relatar sobre quais assuntos o aluno mais gosta conversar/estudar/pesquisar e as atividades que ele mais gosta de fazer. Os interesses do aluno estão voltados a qual (quais) áreas? Qual (quais) sua(s) área(s) de domínio? O aluno iniciou atendimentos nesta oficina com indicativos de AH/SD em qual(quais) área(s)? ● Relatar quais atividades foram propostas, tendo em vista os interesses do aluno. Quais atividades/projetos/visitas o aluno realizou? ● Relatar quais comportamentos observados/relatados/demonstrados pelo aluno (Diante das atividades propostas, foi possível observar que o aluno...). Texto avaliativo contendo: O aluno apresentou HABILIDADES ACIMA DA MÉDIA? Alguns traços observáveis: vocabulário avançado; boa memória; aprende de forma rápida e fácil; ampla capacidade para receber e reter informações; faz generalizações com grande habilidade; compreende novas idéias facilmente; faz abstrações sem dificuldades; percebe rapidamente 51 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO semelhanças, diferenças e relações entre as coisas; analisa e toma decisões; memória destacada em assuntos de seu interesse; muitas informações sobre temas de seu interesse; faz perguntas inteligentes; pensamento abstrato desenvolvido. O aluno apresentou CRIATIVIDADE? Alguns traços observáveis: curiosidade inusitada sobre vários temas; possui muitas ideias (fluidez); percebe as coisas de forma muito variada (flexibilidade); tem ideias únicas e diferentes (originalidade); agrega detalhes às coisas; transforma e/ou modificá ideias diferentes; vê as implicações e consequências facilmente; é especulativo, gosta de arriscar-se; sente-se livre para não estar de acordo com o estabelecido; demonstra um aguçado senso de humor. O aluno apresentou COMPROMETIMENTO COM A TAREFA? Alguns traços observáveis: alta motivação com relação a uma tarefa ou interesse em uma área específica; exigente e crítico consigo mesmo; insiste em buscar soluções para os problemas; tem sua própria organização; determinação de metas e normas elevadas; intenso compromisso com a tarefa e problemas que lhe interessam; entusiasta com seus interesses e atividades; precisa pouca motivação externa para iniciar e/ou finalizar seus trabalhos; preferência por concentrar-se em seus próprios projetos e interesses; despende grande nível de energia sobre seu interesse; perseverante, não abandona facilmente o que está trabalhando; seus produtos e suas ações tendem a completar-se sempre; entusiasta e ávido diante de novos projetos e desafios; assume responsabilidades com a tarefa. Características sócio-emocionais - Alguns traços observáveis: Prefere trabalhar isoladamente ou em grupo; demonstra timidez; demonstra prazer no convívio social; Apresenta interesse e preocupação com 52 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO os outros; Demonstra cordialidade; É sensível às situações do grupo e/ou causas sociais; Respeita normas de convívio social; É cooperativo(a); Costuma ser respeitado por seus colegas; Apresenta tendência a dirigir as atividades quando está envolvido com outras pessoas; É responsável; Apresenta habilidade em articular ideias e se comunicar bem os outros; Demonstra autoconfiança e autonomia para lidar com ideias e situações conflitantes; Apresenta capacidade de julgamento e o faz com base em argumentos consistentes. Texto de conclusão contendo: “Conclui-se que (nome do aluno) apresenta / não apresenta indicadores de AH/SD nesse momento”, ou “Conclui-se que (nome do aluno) apresenta / não apresenta comportamento de superdotação nesse momento”. Texto de encaminhamento contendo: Encaminhamento: a) Permanência no AEE-AH/SD para investigar por mais tempo ou para potencializar suas habilidades; b) Desligamento; c) Atendimento extensivo; d) Orientação à escola; e) Outro. ______________, ______ de _________ de _______. ______________________________________________ Professor do AEE AH/SD _______________________________________________ Professor Assessor do AEE-AH/SD _______________________________________________ Gestor da Escola 53 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO H - Termo de Desligamento TERMO DE DESLIGAMENTO Eu, ___________(nome do responsável)___________; responsável pelo(a) aluno(a) ___________(nome do aluno(a))___________, enturmado no Polo ou Sala de AEE–AH/SD da ___________(nome da unidade escolar)___________, estou ciente do desligamento do serviço, pela(s) seguinte(s) razão(ões): _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________. Encaminhamento e orientação à família _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________. ______________, ______ de _________ de _______. _______________________________________________ Professor do AEE AH/SD 54 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO _______________________________________________ Professor Assessor do AEE-AH/SD _______________________________________________ Gestor da Escola _______________________________________________Responsável pelo aluno 55 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO I - Plano de Ação PLANO DE AÇÃO Professor Assessor: Nº de alunos no AEE-AH/SD: Turnos de atendimento: Elaborar o Plano de Ação com cronograma das atividades a serem desenvolvidas durante o ano, conforme as atribuições definidas nas Diretrizes para o Atendimento Educacional Especializado para alunos com AH/SD. Exemplos: ● Mapeamento das escolas junto a CRE/SUPRE que participação do processo de identificação de alunos com indicadores de AH/SD para implantação de novos Polos ou Salas de AEE-AH/SD; ● Cronograma de reuniões previstas com gestores e equipe técnica nas escolas; ● Cronograma de capacitações para profissionais da educação visando a formação continuada; ● Busca de parcerias para suplementação acadêmica dos alunos identificados (ex.:Universidades, Empresas, Profissionais de áreas específicas, associações, clubes, etc.). A data para entrega do Relatório do Plano de Ação (ANEXO J) será orientada pelo NAAH/S-SC por meio de comunicação oficial como já citado. 56 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Mês Local Atividade Prevista ______________, ______ de _________ de _______. _______________________________________________ Professor do AEE AH/SD _______________________________________________ Professor Assessor do AEE-AH/SD _______________________________________________ Gestor da Escola 57 ESTADO DE SANTA CATARINA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ANEXO J - Relatório de Plano de Ação RELATÓRIO DO PLANO DE AÇÃO Professor Assessor: Nº de alunos no AEE-AH/SD: Turnos de atendimento: Elaborar relatório das ações desenvolvidas do Plano de Ação (Anexo I), mencionando e justificando inclusive as atividades não realizadas. Este relatório deverá ser entregue semestralmente para a direção da escola que encaminhará para a CRE/SUPRE, e esta para o NAAH/S-SC através do e-mail já citado acima. A data para entrega do Relatório será orientada pelo NAAH/S-SC por meio de comunicação oficial como já citado. Exemplos: ● Como foram realizadas as atividades; ● Quais as parcerias; etc. ______________, ______ de _________ de _______. _______________________________________________ Professor do AEE AH/SD ______________________________________________ Professor Assessor do AEE-AH/SD _______________________________________________ Gestor da Escola 58
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