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Hiperprolactinemia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Hiperprolactinemia 
A prolactina (PRL) é um hormônio produzido pela 
hipófise anterior (adenohipófise), cuja excreção é 
estimulada pelo fator liberador do hormônio 
tireotrófico (TRH) e inibida constantemente pela 
dopamina. 
Etiologia 
A principal causa de hiperprolactinemia é a 
ingestão de medicamentos, como 
antidepressivos, metoclopramida, domperidona, 
opioides, ciclobenzaprina, anti-hipertensivos, 
isoniazida, ranitidina, hormônios, antipsicóticos, 
danazol, alguns fitoterápicos, entre outros. 
Outra causa comum são os tumores de hipófise, 
chamados de adenomas. São tumores benignos 
que podem secretar PRL. Sua maior suspeita se dá 
na presença de níveis de PRL acima de 100 ng/dl. 
Quando menores de 1 cm, são chamados de 
microadenomas, enquanto os maiores de 1 cm 
são chamados de macroadenomas. 
As alterações fisiológicas também podem ser 
causadores de hiperprolactinemia, como 
alterações de padrão de sono, exercício físico, 
gravidez, lactação, estresse, coito e manipulação 
mamária. 
Algumas doenças podem causar essa patologia, 
como o hipotireoidismo, hiperplasia adrenal, 
herpes-zóster e a insuficiência hepática. 
MOTIVOS? Assim como traumas e queimaduras e 
procedimentos cirúrgicos, como a mastectomia e 
mastoplastia, 
Quadro Clínico 
O quadro clínico pode se manifestar por 
galactorreia, uma vez que há ação direta da 
prolactina nos ductos mamários, amenorreia, 
infertilidade, sinais de hipoestrogenismo e 
diminuição de libido, já que há bloqueio do eixo, 
e a presença de distúrbios visuais, quando a causa 
é a presença de tumor na hipófise, com 
compressão do quiasma óptico (geralmente com 
tumores maiores que 1 cm), levando a 
hemianopsia bitemporal. 
Vale ressaltar que, na gestação, há aumento da 
prolactina, mas não há lactação devido a inibição 
dos receptores mamários de PRL pelos 
estrogênios. 
Diagnóstico 
O diagnóstico é suspeitado, na maioria das vezes, 
a partir de queixas de alterações menstruais, 
galactorreia e infertilidade. Para tal, deve-se 
realizar a dosagem de prolactina sérica, cuja 
interpretação se dá: 
• < 25: normal. 
• ≥ 25: hiperprolactinemia. 
Deve-se, inicialmente, excluir o uso de 
medicamentos, gestação e outras possíveis 
causas. Caso a prolactina esteja maior que 100 
mg/dl, causas tumorais devem ser investigadas 
com radiografia de sela túrcica, TC de crânio ou 
RNM (padrão-ouro). 
Tratamento 
O tratamento é indicado para pacientes 
sintomáticos ou que apresentam 
macroadenomas. Em caso de microadenomas 
assintomáticos, não há necessidade de 
tratamento, mas o acompanhamento clínico 
deve ser realizado. 
Na indicação de tratamento, este pode ser 
realizado de forma clínica, cirúrgica ou com 
radioterapia. O tratamento clínico é o mais 
indicado inicialmente, apresenta boa resposta 
terapêutica na maioria dos casos. As drogas mais 
utilizadas para tal são a bromocriptina e a 
cabergolina, sendo esta possui menos efeitos 
colaterais e melhor eficácia que aquela, além de 
ter posologia semanal. Os possíveis efeitos 
colaterais são: tontura, cefaleia, náuseas, vômitos, 
depressão, alucinação, hipotensão ortostática, 
etc. 
Já o tratamento cirúrgico é feito pela ressecção 
transesfenoidal seletiva, a qual é reservada para 
casos de tumores extensos (macroadenomas) e 
refratários ao tratamento clínico ou pacientes 
com intolerância à medicação. Como 
complicações da cirurgia, cita-se a meningite, 
diabetes insipidus, fístulas liquóricas e o pan-
hipopituitarismo. 
Por fim, a radioterapia só deve empregada em 
casos de recidiva de tumores após ressecção 
cirúrgica, casos onde há necessidade de redução 
de tumores irressecáveis refratários ao 
tratamento medicamentoso e em caso de 
tumores mistos. Esse tratamento apresenta 
menor eficácia do que o tratamento cirúrgico, 
além de apresentar resposta lenta e insatisfatória 
na maioria dos casos.

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