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Características e Replicação de Vírus

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@JESSICALECRIM
Vírus 
1. Características gerais 
Vírus é um genoma funcional submicroscópico, 
acelular, parasito intracelular obrigatório, 
desprovido de qualquer estrutura celular. É 
constituído basicamente de ácido nucleico 
recoberto por uma camada proteica. Não possui 
metabolismo próprio. 
Utiliza-se da maquinaria celular para replicar, 
empacotar e preservar seu material genético e 
produzir novas partículas virais. 
Há diversas controvérsias se vírus são ou não 
seres vivos, mas de fato eles evoluem e se 
adaptam mesmo em situações extremas. 
Reproduzem-se por replicação intracelular e 
possuem classificação própria. 
2. Morfologia 
O material genético do vírus pode ser fita 
simples ou fita dupla, DNA ou RNA, circular ou 
linear (classificação de Baltimore). Sua estratégia 
de replicação depende da natureza de seu 
genoma. 
Composição
Material genético
ssRNA+: fita simples 
de RNAm no sentido 
positivo (5’ → 3’)
ssRNA-: fita simples de 
RNAm no sentido 
negativo (3’ → 5’)
Material genético
dsRNA: fita dupla de 
RNAm 
dsDNA: fita dupla de 
DNA
ssDNA: fita simples de 
DNA
HIV
Hepatite
Circular
Linear
Contínuo
Segmentado
Capsídeo Proteínas
Enzimas Transcriptase reversa
Envelope Lipídeos
Glicoproteínas -
Composição
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
@JESSICALECRIM
De acordo com sua forma, pode ser classificado: 
- Icosaedro 
- Helicoidal 
- Complexo 
Seu capsídeo, uma capa proteica, protege o 
material genético. Ambos são estruturas 
e s s e n c i a i s p a ra o s v í r u s . J u n t o s , s ã o 
denominados nucleocapsídeo. 
Nem todos os vírus possuem enzimas, envelope, 
glicoproteínas. 
Ta m b é m p o d e m s e r c l a s s i fi c a d o s e m 
envelopados e não envelopados. Devido o 
caráter lipídico, vírus envelopados são mais 
sensíveis ao meio externo e à tratamentos 
químicos (ex.: detergentes, cloro) e físicos (ex.: 
calor, radiação) do que os não-envelopados. 
Glicoproteínas aderidas ao vírus auxiliam na 
adsorção (adesão) do vírus nas células. Essas 
estruturas que se assemelham a antenas, estão 
presentes tanto em vírus envelopados como não 
envelopados. 
Quando está dentro da célula é chamado de 
vírion, já quando está fora de partícula viral. 
3. Transmissão 
4. Replicação viral 
O vírus precisa entrar nas células para usar os 
ribossomos a seu favor. Para fazer isso, a 
partícula viral segue algumas etapas. As 
principais etapas acontecem com todos os vírus. 
Porém, a replicação é distinta para os diferentes 
genomas virais. 
A) Reconhecimento e adsorção 
Interação com receptores presentes na 
membrana celular através do contato entre as 
glicoproteínas de superfície dos vírions (atuam 
como ligante) e receptores celulares. 
O vírus faz um reconhecimento específico da 
célula, que só é válido quando a adesão é 
irreversível. 
B) Penetração 
Ocorre através de endocitose (englobamento da 
membrana celular mediada por receptores) e 
posterior fusão de membranas (envelope ou 
capsídeo na membrana). 
DIRETA INDIRETA
VÍRUS ENVELOPADO
VÍRUS NÃO 
ENVELOPADO
Contato sexual Meio ambiente
Contato com gotículas Alimento
Contato com mucosas Água
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JÉSSICA SANTANA SILVA
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C) Desnudamento 
Desintegração parcial ou total do capsídeo viral 
e consequente liberação do ácido nucleico e 
enzimas. 
D) Biossíntese 
Dependerá do genoma viral. Precisará ou não 
passar por ação enzimática para mudar o sentido 
ou a conformação e chegar ao ribossomo. 
 
E) Montagem 
Após o acúmulo de proteínas estruturais e 
genomas virais em quantidade suficiente, inicia- 
se a montagem das partículas virais em 
nucleocapsídeos helicoidais ou icosaédricos. 
Enquanto a montagem é feita no citosol ou no 
RE, a maturação é feita no Golgi, na membrana 
celular ou no núcleo. 
F) Liberação 
Passa pela lise, onde há rompimento da 
membrana plasmática. Em seguida, pela 
exocitose e utilização de transportadores 
vesiculares (Golgi, RE). Por último, o brotamento, 
no qual a cópia sai através da membrana celular, 
captando seus componentes. 
Tropismo viral: afinidade que o vírus tem por 
uma célula. 
5. Patogênese viral 
CASO CLÍNICO) Um homem de 61 anos 
chega ao hospital com febre, tosse seca, 
cansaço, mal estar, dor de cabeça, ausência de 
olfato, dificuldade para respirar e confusão 
mental. 
 Ao exame físico, seu pulso é de 120 bpm, sua 
temperatura é de 38.7 °C e sua saturação de 
oxigênio é de 88%. Exame de sorologia resultou 
em IgM reagente anti SARS- CoV-2 e exame 
molecular RT-PCR de secreção da nasofaringe 
positivou para o vírus envelopado SARS-CoV-2 
ssRNA(+). Exames evidenciaram, além de 
problemas respiratórios, problemas vasculares e 
neurológicos. Mesmo com o tratamento contra 
os sintomas do paciente, esse veio a óbito 
devido ao quadro de COVID-19 grave. 
Nomeie as estruturas virais: 1) envelope; 2) 
glicoproteínas; 3) material genético, 4) capsídeo. 
Vírus mais resistente ou menos resistente ao 
meio ambiente? Menos resistente. 
Qual o tipo de transmissão? Direta. 
Vírus com capsídeo icosaédrico, helicoidal ou 
complexo? Helicoidal. 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
REVISÃO
@JESSICALECRIM
Replicação viral mais rápida ou mais devagar? 
Rápida, já que ele é ssRNA+. 
Material genético mais estável ou mais 
instável? Mais instável (sofre mais mutações). 
Tipo de infecção? Crônica, aguda, persistente, 
progressiva, latente? Aguda. 
Tropismo celular (preferências por quais 
células humanas)? Coração, pulmões, cérebro, 
baço, fígado, rim, pâncreas, trato gastrointestinal 
e vasos sanguíneos. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO) Qual material 
genético é mais instável? Vírus de RNA. 
Qual material genético é mais infectivo (atua 
como fator de virulência)? ssRNA+ (RNA 
simples fita no sentido positivo). 
Quanto ao padrão de infecção: Qual é mais 
agudo? Qual é mais crônico (latente)? Vírus de 
RNA. Vírus de DNA. 
Qual vírus é mais resistente ao meio 
ambiente? Vírus não envelopado. Isso ocorre já 
que o envelope viral é composto por lipídeos, 
facilmente destruídos por substâncias que 
quebram lipídeos, como detergente. 
Todo contato com vírus resulta em doença? 
Não, infecção não necessariamente resulta em 
doença. 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA

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