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Espectro Autista 1943 – Dr. Leo Kanner: estudo com grupo de crianças que apresentavam isolamento social, alterações de fala e necessidade extrema de manutenção da rotina; 2009: Classificação de doenças, a partir de dificuldades de socialização, atrasos na linguagem e de comunicação e comportamentos disruptivos; └ Autismo em clássico, grave, Síndrome de Rett e Síndrome de Asperger. Distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico, déficits na comunicação e na interação social, manifestações comportamentais, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades; CLASSIFICAÇÃO: CID-10 (1989): F84 – Transtornos Globais Do Desenvolvimento F84.0 Autismo infantil F84.1 Autismo atípico F84.2 Síndrome de Rett F84.3 Outro transtorno desintegrativo da infância F84.4 Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados F84.5 Síndrome de Asperger F84.8 Outros transtornos globais do desenvolvimento F84.9 Transtornos globais não especificados do desenvolvimento DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental) 2013 – Nível de gravidade: CID-11 (2022): └ 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo: 6A02.0 TEA sem deficiência intelectual e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional 6A02.1 TEA com deficiência intelectual e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional 6A02.2 TEA sem deficiência intelectual e com linguagem funcional prejudicada 6A02.3 TEA com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada 6A02.5 TEA com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional 6A02.Y Outro TEA especificado 6A02.Z TEA não especificado └ LD90.4 – Síndrome de Rett; • Necessidade de pouco apoio Nível 1 de apoio • Déficit notável nas habilidades de comunicação, estressa-se com facilidade e tem dificuldade de modificar o foco e atividade que realiza Nível 2 de apoio • Apresenta grande limitação em iniciar uma interação com novas pessoas e quase nenhuma resposta as tentativas, alto nível de estresse e resistência a modificar o foco e atividade Nível 3 de apoio SINTOMAS E CARACTERÍSTICAS Pouco interage socialmente e raramente realiza contato olho a olho; Falha na interação social com seus semelhantes e falta de reciprocidade social ou emotiva; Retardo ou falta da linguagem, linguagem repetitiva ou desajuste para manter uma conversação; Falta ou falha de imaginação e imitação espontânea; Preocupa-se com algumas rotinas e rituais não funcionais; Preocupa-se de maneira repetitiva e estereotipada com partes de objetos; Realiza movimentos estranhos e bizarros, alguns muito sutis; Age, ás vezes, como surdo ou com hipersensibilidade auditiva; Chora, grita ou ri sem motivo aparente; Não possui noção de alguns perigos reais; Desenvolvimento anormal ou desajustado antes do terceiro ano de vida em algumas áreas; EPIDEMIOLOGIA E PREVALÊNCIA Maior predileção: sexo masculino; Prevalência: 2,1/1000 habitantes (2020); ETIOLOGIA Ainda permanece desconhecida; Não há causa única, sendo por meio da interação de fatores genéticos e ambientais (multifatorial); Fatores genéticos: transmissão genética complexa e multifatorial; Fatores pré-natais: rubéola, caxumba, citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis, varicela, exposição química; Fatores perinatais: prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções graves neonatais; Fatores neurológicos: tamanhos anormais das amigdalas, hipocampos e corpo caloso; maturação atrasada do córtex frontal. COMORBIDADES FREQUENTES NO TEA Distúrbios do sono (80%); Problemas motores (70%); TDAH (44%); Deficiência intelectual (45%); Epilepsia (30%); Distúrbios gastrointestinais (10%). SINAIS PRECOCES Mau contato visual, indiferença ao colo, pobres gestos sociais, ato de brincar “pobre”, auto agressividade. Podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade; O paciente autista apresenta dificuldades na vida diária, como higienização bucal e dieta inadequada, rica em carboidratos; Quando associado a uso de medicamentos xerostômicos, apresenta quadro mais desfavorável; Alta prevalência de cárie e doença periodontal; Aspectos bucais não diferem dos apresentados por pacientes neurotípicos; DESAFIOS Dificuldade de relacionamento; Ações do profissional consideradas invasivas; Sensibilidade aumentada a estímulos externos; Procura de atendimento odontológico tardia; Tratamento odontológico comprometido; TÉCNICAS DE CONDICIONAMENTO No curso do atendimento odontológico: └ Eliminação de estímulos sensoriais estressantes; └ Ordens claras e objetivas, estabelecendo rotina de atendimento; └ Atendimento pelo mesmo profissional; └ Móveis e equipamentos mantidos no mesmo lugar; └ Ambiente tranquilo e sessões curtas; Pranchas de Comunicação Alternativa: └ Auxílio externo destinado a pessoas sem fala, escrita funcional ou em atraso na habilidade de falar ou escrever; └ Sistema de comunicação por troca de figuras (PECS); Condicionamento lúdico: └ Relação de confiança conquistada aos poucos; └ Dedicação do profissional, aceitação do paciente e colaboração dos responsáveis. Estabilização protetora: └ Proteger dos materiais cortantes que podem causar injúria no paciente em caso de movimentos rápidos e inesperados. Sedação medicamentosa ou anestesia geral: └ Fármacos mais utilizados: óxido nitroso, midazolan, hidrato de cloral, hidroxizina; └ Realizado em tratamentos odontológicos mais invasivos, em pacientes com grandes necessidades curativas e em autistas com grande barreira comportamental;
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