Redes e Mídias Sociais: Conteúdo e Engajamento

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AULA 2: REDES SOCIAIS E ENGAJAMENTO 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
AS REDES SOCIAIS 4 
ANÁLISE ESTRUTURAL DE REDES SOCIAIS 6 
ATORES 7 
CONEXÕES 8 
AS MÍDIAS SOCIAIS 10 
CONTEÚDO PARA MÍDIAS SOCIAIS 12 
ENGAJAMENTO 13 
BRANDING 16 
ATIVIDADE PROPOSTA 17 
APRENDA MAIS 17 
REFERÊNCIAS 17 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 18 
CHAVES DE RESPOSTA 22 
ATIVIDADE PROPOSTA 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 
 
 
 
 
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Introdução 
Você conhece a diferença entre redes sociais e mídias sociais? Aprenderemos 
nesta aula que redes sociais conectam pessoas e mídias sociais são as 
plataformas que permitem essa conexão, um sistema, um software. Redes 
sociais existem há milhares de anos, antes mesmo dos sites de redes sociais 
que conhecemos hoje, como Facebook, Twitter, Instagram, entre outros. 
 
No estudo de redes sociais compreendemos como e por que as pessoas se 
conectam, com interesses de se relacionar, de compartilhar ideias e 
conversar. 
 
Nesse contexto, como é a participação das marcas? Marcas têm agora a 
chance de “conversar” com seus consumidores. Mais do que uma 
comunicação massificada, as mídias sociais propiciam o diálogo, a 
comunicação de mão-dupla, a troca entre as empresas e os consumidores. 
Mídias sociais são para comunicação um a um, as empresas devem respeitar 
essa condição e aprender a fazer parte desse diálogo. 
 
O conteúdo e o engajamento dos consumidores com o conteúdo da sua 
marca é o que de mais relevante pode haver em uma estratégia em mídias 
sociais. Mas o que é conteúdo? E como as pessoas irão se engajar com ele? 
Você estudou os conceitos de produto, marcas e posicionamento, e terá 
facilidade para desenvolver as aplicações práticas de conteúdo e 
engajamento, assim como de branding. 
 
Objetivos 
1. Apresentar as principais características que marcam as diferenças 
entre redes sociais e mídias sociais, assim como suas finalidades. 
2. Desenvolver os conceitos de branding, conteúdo e engajamento 
relacionados à estratégia de marketing. 
 
 
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Conteúdo 
As Redes Sociais 
Durante todo o século XX, a observação da evolução da sociedade a partir do 
conceito de rede foi um dos focos de mudança que permeou a Ciência. 
 
Para compreender a sociedade formada por indivíduos em interação, diversos 
pesquisadores analisaram-na sob o aspecto das redes. 
 
No início do século passado, diversos estudos buscavam sobrepor-se à 
observação da perspectiva analítico-cartesiana nessa mesma época. Tanto o 
surgimento da física quântica, na década de 1920, com a análise das 
interações nos níveis subatômicos das micropartículas que compunham os 
átomos, quanto a abordagem da Cibernética corroboraram, com seus 
resultados, para a necessidade de observar os fenômenos inseridos em uma 
totalidade em que a interação entre as partes é tão importante quanto o 
estudo do objeto em si apenas. 
 
Vejamos alguns desses estudos: 
 
Teoria Geral dos Sistemas 
Desenvolvida por Ludwig Von Bertalanffy, nas décadas de 1940 e 1950, 
defendia que a perspectiva sistêmica estaria alinhada com a necessidade de a 
Ciência observar e compreender os fenômenos não mais independentes uns 
dos outros, mas como parte de uma totalidade. “Ou seja, para entender um 
fenômeno é necessário observar não apenas suas partes, mas suas partes em 
interação” (Recuero, 2009). 
 
Clique aqui e leia mais sobre a Teoria geral dos sistemas. 
 
 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS453/docs/Teoria_geral_dos_sistemas.pdf
 
 5 
Teoria dos Grafos 
Em 1736, depois de analisar a estrutura de ligação entre as pontes da cidade 
prussiana de Königsberg, como muitas de sua época, localizada em meio a 
ilhas no centro do rio Pregolya, Leonhard Euler demonstrou que cruzar as 
sete pontes que ligavam a cidade sem jamais repetir um caminho era 
impossível; para entrar em uma determinada parte da cidade e sair sem 
passar pela mesma ponte, seria necessário que essa parte tivesse, pelo 
menos, duas pontes. 
 
Segundo Recuero (2009), um grafo é a representação de uma rede, 
constituído de nós e arestas que conectam esses nós. 
 
Essa teoria é uma parte da matemática aplicada que se dedica a estudar as 
propriedades dos diferentes tipos de grafos, uma representação de rede que 
pode ser utilizada por diversos sistemas, como rotas de voos de um aeroporto 
ou estradas de uma cidade, um conjunto de órgãos e suas interações, as 
ligações entre os neurônios, entre outros. 
 
 
Esquema de pontes de Königsberg 
 
Clique aqui e leia mais sobre a Terioa dos grafos. 
 
 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS453/docs/Teoria_dos_grafos.pdf
 
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Análise Estrutural de Redes Sociais 
A teoria dos grafos e suas implicações receberam força dentro das Ciências 
Sociais e deram origem ao que é hoje conhecido como Análise Estrutural de 
Redes Sociais. 
 
De acordo com Recuero (2009), os grupos de indivíduos estão conectados 
como rede social, sendo possível, a partir do teorema dos grafos, “extrair 
propriedades estruturais e funcionais da observação empírica”. 
 
Para a autora, estudar redes sociais “é explorar uma metáfora estrutural para 
compreender elementos dinâmicos e de composição dos grupos sociais”. 
 
Observe a figura e analise os grupos sociais dos quais você faz parte: 
 
 
 
Imagine que as pessoas dentro desses grupos são pequenos nós, como os 
vistos na figura, e as arestas são as conexões entre vocês, que poderiam ser 
também as afinidades, as razões pelas quais vocês estão conectados. 
 
 
 7 
Você já tinha pensado que essa ligação entre você e suas conexões, e entre 
todas elas, poderia ser uma rede social? Sim, você está inserido em diversas 
redes sociais e não estamos nos referindo a Facebook ou Instagram. 
 
Nas redes sociais há dois elementos principais: os nós, também chamados de 
atores e as conexões. Vamos estudar os elementos de forma mais detalhada: 
 
Atores 
São as pessoas envolvidas na rede que se analisa. Os atores “atuam de forma 
a moldar as estruturas sociais através da interação e da constituição de laços 
sociais” (Recuero, 2009). Os atores vivem constantemente em interações 
dinâmicas, trocam conteúdos, aproximam-se e afastam-se, conectam-se e 
desconectam-se, rompem e se constituem novamente. 
 
Nos ambientes digitais os atores constroem perfis em que se apresentam 
através de fotos, álbuns, preferências, gostos, lugares visitados, marcas com 
que se identificam etc. Todas essas informações servem para que a gente 
construa uma percepção a respeito dos atores nos sites de redes sociais. 
Todos queremos construir um perfil com boa reputação, além de buscarmos 
visibilidade e popularidade. Atenção: essas informações são muito 
importantes para que você compreenda de que forma elas farão diferença no 
seu planejamento estratégico de marketing. 
 
Note que até aqui estamos falando de pessoas, não de tecnologia. São as 
pessoas que estão conectadas em redes, são as pessoas que se apresentam 
com suas descrições pessoais nos sites de redes sociais, são as pessoas que 
escolhem com quem querem se conectar nesses ambientes digitais. 
Compreender essa dinâmica será fundamental quando você for traçar as 
metas e objetivos do seu planejamento. 
 
 
 8 
Conexões 
As conexões, são constituídas pelos laços sociais que ligam os atores uns aos 
outros, a interação social entre eles. Para a autora, as conexões são tão 
importantes num estudo sobre redes sociais porque a variação delas é que 
provoca alterações nas estruturas dos grupos de atores sociais. Na concepção 
da autora, as conexões são formadas por interação, relação e laços 
sociais. 
 
Interação 
É a “matéria-prima das relações e dos laços sociais” (Recuero, 2009), e 
implica em reciprocidade entre os envolvidos no contato e 
“compreende também as intenções e atuações de cada um”. 
 
Nesse sentido, estão diretamente relacionadas aos atores sociais, são 
partedas percepções, influências e motivações particulares a partir de 
tudo que os cercam. “A interação é, portanto, aquela ação que tem um 
reflexo comunicativo entre o indivíduo e seus pares, como reflexo 
social” (Recuero, 2009), atuando sobre o tipo de relação entre os 
envolvidos na interação. 
 
Relacionamentos 
Quando estamos estudando interações sociais, isso quer dizer que 
analisamos a comunicação entre os atores, suas trocas de mensagens 
e o significado dessas mensagens. Pois é o resultado dessa interação 
que interessa, são os relacionamentos a parte primordial no estudo das 
redes sociais. Portanto, quando você olhar novamente para uma rede 
social, pense a respeito dos relacionamentos estabelecidos entre os 
atores dessa rede. Reflita sobre colaboração, trocas, 
compartilhamentos, busque analisar as consequências e os frutos 
dessas interações. 
 
 
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O objeto principal de análise em uma rede social é a relação e envolve 
uma grande quantidade e tipos diferentes de interações, desde 
aquelas capazes de construir ou acrescentar algo, até as relações 
conflituosas e as que podem diminuir a força do laço social. 
 
Quando falamos da interação mediada pelo computador, como 
acontece entre os atores nos sites de redes sociais, precisamos ter em 
mente que ela pode ter características próprias e acrescentar aspectos 
importantes para a relação social, já que essa mediação está sujeita a 
limitações contextuais, como o distanciamento entre as pessoas 
envolvidas, o que pode alterar a forma por meio da qual a relação 
social passa a ser estabelecida. 
 
De acordo com Recuero (2009), as consequências da interação 
mediada pelo computador são: 
 
 A facilidade maior de iniciar e terminar relações, já que “não 
envolvem o ‘eu’ físico do ator”; 
 A possibilidade de criar um novo sujeito no ciberespaço, já que 
“barreiras como sexualidade, cor, limitações físicas e outras não 
são imediatamente dadas a conhecer”; 
 A influência que a utilização da linguagem não-verbal nessas 
interações pode provocar nas relações. 
 
Laços Sociais 
Perceba que quando falamos de relações estabelecidas por meio das 
interações na comunicação mediada pelo computador, elas podem ser 
de diferentes tipos, com finalidades diversas e até caracterizadas por 
laços sociais fortes ou fracos. Quanto maior a intimidade e a 
proximidade, mais forte tende a ser o laço social, e vice-versa. 
 
 
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Até aqui entendemos como as pessoas estão conectadas por meio de redes 
sociais e como podemos compreendê-las nos ambientes digitais. 
 
Mas as marcas também são laços que se conectam com pessoas? 
 
De certa forma, sim, pois estando em uma rede social são também 
representadas como um nó. O grande desafio das empresas é compreender 
seu papel dentro dessa estrutura de rede social. Muitas acabam por cometer 
erros graves porque acham que basta fazer publicidade, falar de seus 
produtos e serviços, quando, na verdade, os consumidores querem interagir. 
Interagir com o intuito de dialogar, interagir com conteúdo da marca, criar 
vínculos, relacionamento, uma identificação. 
 
Como veremos adiante, o conteúdo é parte essencial dessa estratégia. Até 
aqui entendemos o que são e do que são compostas as redes sociais, vamos 
agora estudar o papel das mídias sociais. 
 
As Mídias Sociais 
Se as redes sociais são formadas por pessoas e suas conexões, interessadas 
em compartilhar e trocar, as mídias sociais são as plataformas digitais que 
suportam essas redes sociais. As mídias sociais permitem o compartilhamento 
e o armazenamento de conteúdo multimídia, textos, fotos, imagens, links, 
vídeos etc. 
 
As pessoas utilizam as mídias sociais para manter contato com suas redes 
sociais e para um contato com suas marcas preferidas ou de consumo. É 
comum que as pessoas chamem sites de redes sociais de mídias sociais, 
justamente porque todo o conteúdo fica armazenado dentro deles, logo, 
funcionariam como um repositório, uma mídia para armazenar e localizar, 
quando necessário, esse conteúdo. 
 
 
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No entanto, é bom não confundir. Em seu planejamento de marketing, 
lembre-se sempre de que você falará com pessoas conectadas, com 
afinidades em comum e com sua marca. Pense primeiro nas pessoas, depois 
na tecnologia. 
 
Você sabe por que as pessoas se conectam em redes sociais? 
 
De acordo com o Forrester Group, as pessoas participam de redes sociais 
para manter os laços de amizade, fazer novos amigos, sucumbir a pressões 
sociais de amigos que já participam, retribuir, por um impulso altruísta, 
lascivo ou criativo ou, ainda, por afinidade e validação. 
 
Essas razões para participar das redes sociais, isoladas ou combinadas entre 
elas, definem também uma espécie de papel do ator em sua atuação na rede 
social, seja online ou offline. 
 
O instituto Forrester chegou a conclusão de que nos sites de redes sociais as 
pessoas podem ser desde um usuário (ou ator) inativo até um produtor de 
conteúdo. Isso significa que o inativo é aquele que criou um perfil mas pouco 
faz uso dele, quase não visita sua página e pode até ter abandonado o site de 
rede social. Na outra ponta, o produtor de conteúdo é o usuário capaz de 
escrever um blog, produzir um vídeo, criar conteúdo personalizado etc. 
 
Entre as duas pontas da escala existem os atores que gostam de opinar, 
aqueles que gostam de participar de promoções e jogos, outros que gostam 
apenas de assistir como espectadores etc. Para cada perfil de ator na rede 
social online, é necessário adotar uma estratégia diferente. 
 
Como você pode perceber, é mais importante entender de pessoas do que de 
tecnologia, quando estamos tratando de redes sociais e mídias sociais. 
 
Você sabe o que conecta as pessoas nas mídias sociais? O conteúdo. 
 
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As pessoas compartilham conteúdo nas mídias sociais porque se engajam 
com esse conteúdo. 
 
As marcas participam dessa dinâmica de relacionamentos e conexões por 
meio do branding, que estudaremos mais à frente. 
 
Conteúdo para mídias sociais 
A primeira pergunta que uma empresa se faz quando começa a definir seu 
planejamento de comunicação de sua marca para mídias sociais é: o que é 
meu conteúdo? 
 
Você já aprendeu que um produto vai muito além de um bem físico e tangível 
e que a marca precisa de um propósito. Marcas têm história, propósitos e se 
envolvem com causas. 
 
Para começar a desenvolver seu conteúdo, descubra primeiro qual é a história 
da sua marca e como ela se relaciona com seu público. Lembre-se de 
destacar seus Valores, sua Missão e sua Visão. 
 
Seus consumidores querem conhecer melhor sua marca, querem saber o que 
e quem é sua marca, além dos produtos que encontram nas prateleiras ou 
nos sites de compras. 
 
Mas não é só isso, você não vai publicar conteúdo falando de seus Valores ou 
qualquer coisa assim. 
 
Agora você precisa aprender a contar histórias. Seu conteúdo precisa ser 
apresentado por meio de boas e envolventes histórias. É por intermédio 
dessas histórias que você chegará a seu público e fará com que ele se engaje 
com sua marca. 
 
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Engajamento 
Engajamento é participação, envolvimento. Para mensurar o engajamento, 
temos algumas alternativas. Estudaremos métricas para estratégias de mídias 
sociais na última aula, mas, antes, faremos alguns comentários. 
 
O número de participantes (usuários/consumidores) em uma comunidade 
online, em um fórum, em um grupo de discussão, pode ser considerado 
engajamento. 
 
Em um site de rede social como o Facebook, em que as publicações permitem 
a participação por meio de comentários, você também pode considerar 
engajamento a quantidade de comentários nas publicações, os usuários 
envolvidos nesses comentários, a aproximação frequente, ou não, desses 
usuários com sua marca, a frequência de interação com sua marca etc. 
 
No entanto, engajamento não acontece apenas online.O engajamento 
também remete ao envolvimento que o público tem com sua marca fora dos 
ambientes digitais. Antes de curtir sua página no Facebook, seguir seu perfil 
no Twitter ou no Instagram, o consumidor da sua marca está diretamente 
ligado a ela pelos atributos do seu produto e pelos valores da sua marca. 
 
Nesse caso não é tão simples medir o engajamento, entretanto, pesquisas 
qualitativas, entrevistas, participação em eventos, entre outros, podem 
contribuir. Nos ambientes digitais, as métricas para mensuração ainda não 
estão totalmente definidas, tudo depende do seu tipo de negócio e, 
principalmente, dos seus objetivos nas mídias sociais. 
 
Você já aprendeu como os consumidores são capazes de, nos dias de hoje, se 
apropriar das marcas. Esse é um aspecto de destaque dentro do cenário do 
relacionamento entre eles e as marcas nos ambientes digitais. A multiplicação 
de ferramentas e plataformas digitais permitiu aos consumidores produzir 
novos conteúdos em cima dos conteúdos originais criados pelas marcas. 
 
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Vamos ver dois exemplos de apropriação de conteúdo: 
 
 Houve uma cena de novela, que se tornou famosa, em que a 
personagem gritava que não iria jamais para a prisão porque era rica. 
Essa cena foi transformada em fotomontagens, áudio para 
compartilhar e até música remixada tocando nas rádios. Esse é um 
exemplo de como a apropriação de um conteúdo, nesse caso de um 
produto televisivo, uma novela, é incorporado pelo consumidor e 
transformado, remasterizado, reprocessado e, em seguida, 
compartilhado. 
 
 A campanha Dove, caso estudado na aula anterior, que gerou uma 
série de outros vídeos feitos por usuários satirizando os diálogos e a 
marca. Em um deles, as mulheres são substituídas por homens e a 
conclusão a que chegam é de que os homens são mesmo sempre mais 
feios do que eles mesmos pensam, indo contra a ideia central da 
campanha que era mostrar que mulheres são sempre mais bonitas do 
que imaginam. Vídeos como esse, feitos por qualquer usuário, ganham 
o espaço dos ambientes digitais e rapidamente conquistam enorme 
audiência e participação dos demais usuários e consumidores. 
 
Esses exemplos atestam que as empresas não são mais donas exclusivas de 
suas ideias, seus conceitos e seus valores. Os consumidores também são 
capazes de transformá-los, revertê-los, remixar ideias e valores e conseguir 
tanta audiência quanto conseguiriam os canais oficiais das marcas. Essa 
característica irreversível do cenário em que estamos inseridos hoje faz com 
que as marcas precisem participar da conversa, mais do que determinar 
sobre o que se deve conversar. 
 
No passado, as empresas apresentavam seus produtos e esperavam que os 
consumidores comentassem seus atributos. Hoje, os consumidores criam 
 
 15 
qualquer tipo de conteúdo sobre a marca e ganham, algumas vezes, mais 
destaque e relevância que elas mesmas diante do mercado. 
 
Por isso é importante que as empresas se envolvam com seu público, e 
conversem com ele. Não para inibir ou coibir esse tipo de comportamento, 
pois isso seria praticamente impossível, mas para conhecer melhor o que 
pensam seus consumidores a respeito de sua marca, seus produtos, sua 
história, seus valores, justamente aquilo que elas precisarão desenvolver por 
meio de histórias, para apresentar um bom conteúdo, capaz de gerar 
engajamento. 
 
Você percebeu como essas ações estratégicas se conectam? 
 
Você pode perceber que contar com a participação de consumidores, e 
considerá-los como pessoas envolvidas na rede social da sua marca, é 
importante para os resultados esperados dentro dos objetivos do 
planejamento estratégico de marketing. 
 
O conteúdo e o engajamento podem, e na maioria das vezes deveriam, ser 
criados em conjunto por marcas e consumidores, em uma troca contínua, 
saudável e com resultados positivos para ambas as partes. 
 
Conteúdo é a parte fundamental da sua estratégia em mídias sociais; 
envolvimento com seu público gera engajamento, que gera 
compartilhamento, que gera buzz 1sobre seus produtos. 
 
 
 
1 Buzz 
O termo é muito utilizado em marketing, isto é, uma ideia surge e se espalha de maneira 
diferente através dos comunicadores, contagiando e incentivando as pessoas, surgiu na 
hora certa, para as pessoas certas no lugar certo. 
Disponível em: <http://www.significados.com.br/buzz/> Acesso em: 25 fev. 2014. 
http://www.significados.com.br/buzz/
 
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Branding 
Vamos aprender a administrar todas essas ações e estraégias? 
 
A solução está dentro do que chamamos branding. 
 
Branding, ou gestão de marcas, é a capacidade de gerir a comunicação 
convergente da marca em diferentes plataformas de mídia; é oferecer 
cuidados de uma curadoria para seu conteúdo; é identificar, conhecer e 
apoiar-se em seu público para desenvolver sua estratégia, suas campanhas; é 
relacionar-se, dialogar, criar vínculos, apresentar sua história e seus valores. 
 
O conceito de branding vem sendo usado com mais frequência recentemente, 
mas todas as marcas que planejam sua comunicação sempre fizeram 
branding. A diferença está relacionada a tudo o que discutimos até aqui e, 
principalmente, na proliferação das plataformas digitais, que exigem maior 
esforço para manter alinhada uma imagem, uma reputação e os resultados 
esperados dentro da estratégia da marca. 
 
Nesse sentido, para desenvolver um planejamento de branding, você 
precisará entender de pessoas, de redes sociais, de mídias sociais, de 
conteúdo e de engajamento, todos os conceitos apresentados nesta aula. E 
precisará ficar atento às diversas oportunidades que a dinâmica desse novo 
cenário de relacionamento entre marcas e consumidores oferece. 
 
É necessário que a empresa participe da relação, estimule a interação e 
encontre a conexão com o público-alvo, não basta monitorar o que os 
consumidores falam sobre a marca e os produtos da empresa. 
 
Quanto mais conhecimento, maiores são as possibilidades de você conseguir 
engajar seu público com sua causa, fazê-lo identificar-se com seus produtos 
e, claro, chegar ao objetivo de marketing que é concretizar a venda de um 
produto. Isso é branding. 
 
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Atividade proposta 
Considere a página do Guaraná Antarctica no Facebook. Analise como seu 
público se engaja com a marca nas mídias sociais, demonstre sua percepção 
a respeito do engajamento do público com a marca. Faça suas críticas a 
respeito dos pontos positivos e aqueles que poderiam ser aperfeiçoados pela 
marca, na sua opinião, justificando as razões. 
 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os assuntos desta aula, acesse os sites: 
 
 Forrester Consulting 
 Charlene Li – Autora do perfil tecnográfico dos usuários de mídias 
sociais. 
 Redes Sociais na internet – Raquel Recuero. 
 
 
Referências 
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: 
Prentice-Hall do Brasil, 1993. 
 
RECUERO, R. Redes Sociais na internet. Porto Alegre: Editora Sulina, 
2009. 
 
 
 
http://www.forrester.com/marketing/product/consulting/consulting.html
http://www.charleneli.com/
http://www.raquelrecuero.com/
 
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Exercícios de fixação 
Questão 1 
Qual a principal diferença na definição de Redes Sociais e Mídias Sociais? 
 
a) Redes sociais referem-se às tecnologias digitais; mídias sociais estão 
diretamente ligadas ao plano de mídia da estratégia de marketing. 
b) Redes sociais e mídias sociais diferenciam-se apenas pelos tipos de 
plataformas utilizadas pelos usuários em cada uma delas. 
c) Redes sociais são conexões entre pessoas; mídias sociais são as 
plataformas digitais que suportam essas conexões nos ambientes 
digitais. 
 
 
 
Questão 2 
Qual o principal objeto de estudo das redes sociais? 
 
a) Plataformas digitais 
b) Relacionamentos 
c) Comunicação 
 
 
Questão 3 
Qual a relação entre mídias sociais e redes sociais?a) As mídias sociais são plataformas digitais utilizadas pelos indivíduos, 
em que é possível manter conectadas suas redes sociais. 
b) As mídias sociais contribuem para o crescimento das redes sociais por 
meio das estratégias de anúncios e vendas das marcas. 
c) As redes sociais são importantes para que as mídias sociais permitam a 
comunicação e o relacionamento mais estreito entre marcas e 
consumidores. 
 
 
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Questão 4 
Qual são os elementos principais de uma rede social e como se relacionam? 
 
a) Conexões e interações. Quanto maior o número de conexões, mais 
frequentes serão as interações entre os participantes das redes sociais. 
b) Atores e conexões. Os atores são as pessoas e as organizações, e as 
conexões entre eles determinam os relacionamentos formados nas 
redes sociais. 
c) Interações e relacionamento. Os relacionamentos são desfeitos à 
medida que as interações perdem qualidade e frequência. 
 
 
Questão 5 
O Forrester Consulting, que conhecemos na aula, desenvolveu um perfil 
chamado tecnográfico apresentando diferentes tipos de usuários presentes 
nas mídias sociais. Qual a importância dessa informação para uma marca e 
sua estratégia? 
 
a) Identificar as melhores oportunidades de vendas para cada tipo de 
produto anunciado pelas marcas nas mídias sociais. 
b) Reconhecer os diferentes tipos de usuários das mídias sociais, dentre 
aqueles que fazem parte da massa de consumidores da marca, para 
buscar o diálogo e o conteúdo adequado para engajamento. 
c) Tornar mais simples a comparação entre os públicos das marcas 
concorrentes, permitindo oferecer o conteúdo mais adequado nas 
estratégias de mídias sociais. 
 
 
 
 
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Questão 6 
Qual das opções apresenta a melhor definição para conteúdo? 
 
a) Conteúdo é a comunicação institucional da marca realizada nas 
plataformas digitais. 
b) Conteúdo é a apresentação da história, dos valores e dos ideais da 
marca. 
c) Conteúdo é o texto que apresenta a marca nas plataformas digitais. 
 
 
Questão 7 
Como uma marca pode engajar-se com seu público? 
 
a) Por meio da identificação de uma causa, ação, valor, ideia ou história 
apresentada através de conteúdo distribuído pela marca, seja online ou 
offline. 
b) Por intermédio da comunicação realizada nas plataformas digitais, com 
compartilhamentos das publicações e somente através dos ambientes 
digitais. 
c) Aumentando o contato com seu público nos eventos e ações de 
relacionamento de forma presencial. 
 
 
Questão 8 
Qual a importância do branding? 
 
a) Administrar o relacionamento das marcas com os consumidores, 
impedindo repercussões negativas sobre a marca. 
b) Gerir a comunicação da marca em diversas plataformas, mantendo 
unicidade na mensagem e no conteúdo. 
c) Buscar maior número de pessoas que participam das interações, 
compartilhando, curtindo e comentando o conteúdo da marca. 
 
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Questão 9 
Qual das opções apresenta a melhor definição para engajamento? 
 
a) Engajamento está relacionado à criação de conteúdo para sites e 
blogs, visando a venda de produtos das marcas mais conhecidas do 
público na internet. 
b) O resultado do engajamento é a participação do público, envolvendo-
se, interagindo por meio de comentários, compartilhamentos, likes no 
conteúdo criado pela marca em qualquer plataforma de mídia social. 
c) Engajar-se com o público significa realizar os pedidos, desejos, 
necessidades dos consumidores por meio das mensagens trocadas nas 
mídias sociais. 
 
 
Questão 10 
Qual a relação entre conteúdo e engajamento? 
 
a) O conteúdo depende exclusivamente do engajamento para dar certo, 
pois é ele que faz crescer o número de consumidores da marca pelo e-
commerce. 
b) Quanto melhor o conteúdo e mais adaptado para cada tipo de 
plataforma digital, maior tende a ser o engajamento do público, caso 
ele seja de interesse para os fãs da marca em cada plataforma. 
c) O engajamento pode ser medido somente pela quantidade de 
conteúdo compartilhado pelos fãs das marcas nas plataformas digitais. 
 
 
 
 
 
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Atividade proposta 
O Guaraná Antarctica é a página brasileira no Facebook com maior número 
de fãs. 
 
Seu conteúdo é, na maioria das vezes, colaborativo, feito com a ajuda dos 
fãs. Isso porque, tratando-se de um refrigerante, a marca aproveita para 
pedir a eles que mostrem como, onde e de que forma bebem guaraná, pois 
sabem que o público quer se ver como protagonista das histórias na página. 
 
Se considerarmos o perfil Tecnográfico, como visto na aula, podemos dizer 
que o Guaraná Antarctica soube conciliar a participação dos usuários/fãs com 
o conteúdo que oferece. 
 
A marca entendeu que o público tem um relacionamento bem superficial, que 
gosta mais da interação divertida, das brincadeiras, dos jogos, das piadas e 
de se ver na página como protagonistas. E é exatamente isso que ela oferece 
em seu conteúdo. 
 
Por outro lado, essa dinâmica gera um envolvimento mais raso no que tange 
a objetivos de marca como incremento no número de vendas, por exemplo. 
Não dá para dizer que a marca que tem o maior número de fãs vende mais 
refrigerante ou é a mais lembrada pelos consumidores na hora de escolher 
uma bebida. 
 
Essa é uma escolha arriscada, mas que pode trazer bons resultados a 
médio/longo prazo, caso o relacionamento se mantenha contínuo e a marca 
provoque novas formas de experiência com o consumidor, além daquelas que 
estão somente no Facebook. 
 
 
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Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Redes sociais não se referem às plataformas ou tecnologias 
digitais, mas a pessoas conectadas por afinidades e proximidade. 
 
Questão 2 – B 
Justificativa: A análise estrutural de redes sociais visa ao estudo dos 
relacionamentos. 
 
Questão 3 – A 
Justificativa: A principal relação entre elas está no fato de que as mídias 
sociais sustentam as redes sociais que existem fora dos ambientes digitais, 
são as plataformas, os softwares que mantêm as conexões das redes sociais 
dos indivíduos. 
 
Questão 4 – B 
Justificativa: Atores e conexões são os principais elementos que formam as 
redes sociais. Eles se ligam por meio de interações que vão gerar 
relacionamentos. 
 
Questão 5 - B 
Justificativa: O perfil tecnográfico criado por aquela consultoria auxilia na 
elaboração da melhor estratégia de conteúdo e engajamento com público da 
marca nas mídias sociais. 
 
Questão 6 – B 
Justificativa: Conteúdo está relacionado com a apresentação da marca, mas 
não exclusivamente nas plataformas digitais, e sim, por meio da história e dos 
valores da marca principalmente em qualquer que seja a plataforma. O 
conteúdo deve ser único, mas poder ser desdobrado em diferentes 
plataformas para sustentar a comunicação. 
 
 
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Questão 7 – A 
Justificativa: A principal forma de fazer seu público engajar-se com a marca é 
fazer com que ele se identifique com ela, por meio de valores, ações, ideias, 
histórias e independente de plataformas. 
 
Questão 8 – B 
Justificativa: O foco principal do branding é a gestão da marca. O desafio nos 
dias de hoje é gerir as marcas e manter a comunicação alinhada nas 
diferentes plataformas em que se desdobra o conteúdo. 
 
Questão 9 – B 
Justificativa: O objetivo do engajamento é fazer o público participar por meio 
de interações no conteúdo das marcas nas mídias sociais. 
 
Questão 10 – B 
Justificativa: Quando o conteúdo consegue atingir o público-alvo, apresentado 
de forma coerente em cada plataforma digital, maior tende a ser a interação, 
o engajamento do público com a marca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 03 abr. 2014