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As mídias sociais e o relacionamento Empresa-cliente 2 1. INTRODUÇÃO A introdução de novos processos e tecnologias sempre provocou mudanças significativas nas relações entre o mercado e o consumidor. 3 4 Introdução ✖ Passamos por vários estágios, iniciando com a figura do vendedor que ia de porta em porta para levar ao provável comprador uma série de mercadorias para sua escolha, evoluindo para as lojas físicas e outros canais de venda, entre os quais catálogos, televisão e telefone (televendas), e finalmente para o comércio eletrônico pela Internet e outros canais. O efeito paralelo mais importante causado pelo uso do meio digital para aquisição de produtos e serviços foi o surgimento de um novo tipo de consumidor. 5 Introdução ✖ No período de 1995 a 2005, as pessoas se voltaram para a internet. ✖ Comparar produtos ✖ Marcas e preços ✖ Analisar formas de pagamento ✖ Selecionar varejistas e mercados (interno e externo) 6 introdução ✖ Este hábito fez com que os consumidores se tornasse mais exigentes. ✖ Consciente do seu poder e das múltiplas possibilidades. ✖ Consequência a isso: fabricantes e varejistas mais eficientes e criativos. 7 introdução ✖ No Brasil, a semente dessa conscientização foi plantada bem antes, em 1990, com a criação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e de órgãos governamentais eficientes para assegurar o seu cumprimento, como o Procon, medidas essas que forçaram as empresas a tratar queixas e necessidades dos clientes com maior seriedade. Mas não resta dúvida de que foi a partir da evolução da Internet, mais precisamente da Web 2.0 e da interatividade propiciada pelas mídias sociais, que o consumidor ganhou voz e poder de fato. 8 introdução ✖ Reclamações e esclarecimentos antes: ✖ Fax e e-mail ✖ De maneira ineficaz ✖ Exigia paciência e persistência. ✖ E, isso, em 2021 ainda existe. 9 10 2. Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Em termos conceituais ainda há certa confusão entre mídias sociais e redes sociais. ✖ Rede Social: grupos de pessoas com interesses comuns, que não necessariamente dependem da Internet para existir. Grupos que se reúnem para conversar sobre os mais diversos temas – o que inclui falar sobre marcas, produtos, serviços, empresas etc., jogar ou simplesmente bater papo. ○ O surgimento dos sites de relacionamento, que passaram a ser chamados de “redes sociais”, como Facebook, LinkedIn, Instagram, Snapchat, Google+, Twitter. 11 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Uma rede social é composta de “nós” (pessoas) e “laços” (conexões ou vínculos sociais). ✖ Os “nós” são ligados pelos laços interpessoais. 12 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ É importante analisar o capital social de cada nó (indivíduo), ou seja, o valor que cada indivíduo obtém dos recursos acessíveis através da rede social, por exemplo, a troca de informações. Os laços interpessoais podem ser de três tipos: ○ fortes (amigos, famílias e pessoas com quem mantemos relações próximas), ○ fracos (conhecidos e pessoas com quem mantemos relações mais superficiais), ou ○ ausentes (pessoas que não conhecemos ou com quem não nos relacionamos). 13 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Os laços fracos constituem a maioria das ligações entre as pessoas. São responsáveis pela maior parte da transmissão de informações entre as redes, ou seja, mais notícias e novidades fluem para os indivíduos por meio dos laços fracos do que pelos laços fortes. ✖ Isso provavelmente ocorre porque os amigos mais próximos (laços fortes) tendem a frequentar os mesmos ambientes, por isso as informações que recebem normalmente se sobrepõem ao que já sabem. Já os conhecidos (laços fracos) conhecem pessoas diferentes, portanto, recebem mais informações novas. 14 Esse fenômeno dos laços fracos e fortes contribui para a identificação de novas oportunidades, principalmente para as PMEs, pois através das redes sociais os empreendedores podem verificar possibilidades de novos negócios ou de desenvolvimento de produtos. 15 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Mídias Sociais: se refere ao meio, ou seja, às ferramentas usadas para comunicação, que incluem as redes sociais e os sites de Internet que permitem a criação e o compartilhamento de informações e conteúdo de pessoas para pessoas. ✖ Nesse caso, o consumidor pode ser ao mesmo tempo produtor e consumidor da informação, como ocorre, por exemplo, nos blogs, e também em outras redes como o Twitter, Tumblr, YouTube, Slideshare e Pinterest. 16 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Para os empreendedores é fundamental compreender como as redes e as mídias sociais funcionam, e avaliar seu poder de persuasão. ✖ E, ainda, devem ficar atentas para o fato de que, nelas, o conhecido “boca a boca” ganha uma amplitude inimaginável, pois se no mundo físico uma pessoa insatisfeita podia influenciar outras 11 (segundo teoria famosa do passado), no mundo virtual esse número pode chegar a milhares ou milhões de pessoas, dependendo do alcance de sua influência. 17 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Uma boa aplicação da utilização das opiniões de outros clientes de forma estratégica também pode ser vista em diversos sites voltados para o turismo, como o TripAdvisor, Booking.com ou Hoteis.com, para reservas de hotéis no mundo todo. 18 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Em situações de insatisfação com algum produto ou serviço, nas quais o consumidor não consegue ser atendido pela empresa que o vendeu ou fabricou, esse descontentamento pode ter reflexos extremamente negativos no ambiente virtual. ○ Antigamente “Orkut”. ○ Hoje “Site Reclame Aqui”... o novo Procon. ■ As empresas devem ficar de olho nestas reclamações. 19 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Passos para as empresas: ✖ Estar atenta as redes sociais; ✖ Mapear a internet em busca do seu nome; ✖ Entrar em sites de reclamações. 20 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Após tomar conhecimento sobre as reclamações a seu respeito, uma providência importante é procurar aquele(s) consumidor(es) e tentar resolver a questão fora das redes sociais. Não é recomendável, de forma alguma, a empresa entrar em uma discussão nos meios digitais, porque isso poderia se voltar contra ela mesma, na medida em que poderia levar as pessoas a reclamar ainda mais. Se o problema for resolvido a contento, provavelmente o próprio cliente volta a postar seus comentários na rede. 21 Rede social × Mídia social, SAC 2.0 e Facebook Marketing ✖ Por outro lado, se uma empresa não responder nem tomar providências quanto a uma reclamação, tal atitude se voltará contra ela. É como se estivesse dizendo que, além de não ter a preocupação de atender bem o cliente no seu próprio estabelecimento, também não está atenta para as reclamações realizadas nos canais onde o cliente escolheu fazê-las, nem está atuando para corrigi-las. 22 23 3. A importância do planejamento nas mídias sociais e criação da persona da marca A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ Após saber o que são e como funcionam as redes e mídias sociais, o próximo passo é avaliar em quais delas fazem sentido para a empresa, ter presença e uma atuação mais contumaz e, então, estipular uma estratégia de atuação, pois não é indicado nem estar em todas as redes. ○ Erro comum: interagir nas redes sociais sem nenhum planejamento prévio. 24 A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ Esse risco se dá porque há bem pouco controle sobre a repercussão de certas ações, o que expõe as empresas a possíveis consequências indesejáveis. ✖ Essa falta de controle se deve ao processo atual de geração de conteúdo, que pode ser feito por qualquer um, bem como sua disseminação, que ocorre de forma extremamente veloz naweb,devido ao alto grau de conexão entre as pessoas. ○ A comunicação nas mídias sociais é “crua, não filtrada e imediata”, e, por isso mesmo, muito vulnerável. 25 A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ Da mesma forma, discutir um produto em comunidades no Facebook pode ser totalmente ineficiente se o seu consumidor preferir uma rede social vertical para isso. ✖ Ou controlar a conversa em blogs, no Twitter e no Instagram, e não ver os votos que seu produto recebe no BuscaPé ou no Foursquare. 26 A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ Reputação da Empresa: para construí-la na Internet é necessário o desenvolvimento de uma “Estratégia de reputação digital”. ✖ E a estratégia começa com o que a empresa deseja para sua marca no médio e longo prazos. Além disso, as ações na web não podem estar desconectadas das estratégias globais da empresa; muito pelo contrário, devem caminhar juntas. 27 A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ O mais adequado, além de utilizar esse meio para relacionamento, é a disponibilização de conteúdo relevante para o seu público de interesse e, ainda, contar com a sua participação para criar junto um conteúdo cada vez mais colaborativo. 28 A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ A Ambev, empresa com um dos maiores níveis de engajamento nas redes sociais no Brasil, desenvolveu pesquisas próprias para entender o valor de transformar um usuário do Facebook em fã, e constatou que essas pessoas convertidas bebiam o dobro de guaraná se comparadas aos clientes tradicionais, além de terem maior preferência pela marca do que pela do concorrente. ✖ Os resultados obtidos fizeram que a empresa aplicasse a estratégia aprendida em suas outras marcas, principalmente a cerveja Skol. Com isso, a empresa poderia se comunicar de maneira individual, de forma personalizada e constante com os fãs de suas marcas através de iniciativas de marketing direto 29 A importância do planejamento nas mídias sociais ✖ O Boticário por monitorar sua imagem nas redes sociais, acompanhou um movimento de clientes insatisfeitos pois um de seus perfumes havia deixado de ser fabricado. Imediatamente a empresa esclareceu os motivos que a levaram a deixar de fabricá-lo, comprovando que soube utilizar adequadamente aquela informação e satisfazer uma parcela considerável de clientes. ✖ A mesma empresa, anos depois, por meio do monitoramento, pôde acompanhar a repercussão polêmica de uma de suas campanhas publicitárias de massa, em que demonstrou apoio a relacionamentos homossexuais. 30 31 4. Cocriação e crowdsourcing Cocriação e crowdsourcing ✖ Marketing digital não se restringe apenas a divulgação e promoção. É bem mais amplo do que isso. Gastam-se verdadeiras fortunas com pesquisas para conhecer a opinião do consumidor e, muitas vezes, nas redes sociais, temos essa informação de forma gratuita. 32 Cocriação e crowdsourcing ✖ O termo cocriação começou a ser usado em 2004. ✖ É uma forma de inovação que acontece quando as pessoas de fora da empresa, como fornecedores, colaboradores e clientes, associam-se com o negócio ou produto, agregando inovação de valor, conteúdo ou marketing, e recebem em troca os benefícios de sua contribuição, sejam através do acesso a produtos customizados ou da promoção de suas ideias. 33 Cocriação e crowdsourcing ✖ Um ótimo exemplo é da Natura, com o movimento Cocriando Natura. Através de uma plataforma são criadas Jornadas de Cocriação, de acordo com oportunidades ou temas indicados pela própria empresa. ○ Em síntese, o movimento é composto por uma rede de pessoas com diversos perfis (consumidores, consultores, colaboradores da Natura e especialistas em diversos temas). Essa rede é colaborativa e todos constroem juntos ideias, conceitos e modelos de produtos e serviços. A partir daí essas ideias são avaliadas pela equipe de desenvolvimento e podem se tornar novos produtos. 34 Cocriação e crowdsourcing ✖ FIAT: pioneira no uso de cocriação, inclusive para lançar um novo carro, batizado de “Fiat Mio” e lançado na Feira do Automóvel em São Paulo em novembro de 2010. Criou uma rede para que as pessoas pudessem colaborar com a construção de um novo carro de acordo com as suas preferências. ○ Também houveram o Fiat Concept Car I e o Fiat Concept Car II. ✖ Outras empresas também tiveram ações: como a Lego, loja Camiseteria, Construtora Tecnisa. 35 No próximo encontro... 36 37 5. Divulgação, promoções, conteúdo e storytelling COnteúdo ✖ As empresas devem ter atenção nas ações de divulgação de produtos, promoções e conteúdos. ✖ Uma empresa que vende colchões, por exemplo, pode criar um perfil no Instagram para falar sobre conforto, bem-estar, a importância de dormir bem e não necessariamente vender seus produtos. ✖ Primeiro a empresa deve “dar algo para o público”. 38 conteúdo O marketing de conteúdo (ou contentmarketing) é o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o consumidor possa encontrar, gostar e se relacionar com uma empresa. A ideia é gerar conteúdo útil e relevante que proporcione algum conhecimento a alguém, que seja recente e específico, com pouca interferência comercial e que provoque a reflexão sobre determinado assunto. 39 conteúdo ✖ Para saber o que funciona ou não para sua empresa é necessário pensar em seu consumidor: ○ Quem? ○ O quê? ○ Como? ○ Onde? 40 conteúdo ✖ Quem é seu público: ○ Dividi-los por idade ○ Classes sociais ○ Preferências ○ Grupos menos ✖ O que pretende seu público: ○ Qual o resultado que a empresa quer deste público? Fidelização ou Crescimento de Vendas? 41 conteúdo ✖ Como se comporta este público: ○ Comportamento on-line ○ Realizar pesquisas on-line ✖ Que informação esse público busca: ○ Qual informação ele quer obter ○ O conteúdo deve ser encontrado com facilidade ✖ Que conteúdo produzir para esse público: ○ Definição de conteúdo ○ Algo simples, econômico e com continuidade 42 conteúdo ✖ Como produzir este conteúdo: ○ Quem irá produzir (uma agência ou colaboradores) ○ Quantidade ○ Frequência ○ Profundidade ○ Posts de acordo com o perfil do usuário ○ Conteúdo de própria autoria ○ Repetição de posts nas redes sociais 43 Na medida em que as empresas entenderem que a Internet é um lugar em que é possível atingir milhões de micromercados com mensagens precisas exatamente no momento do consumo, o modo como criam conteúdo para esse meio mudará drasticamente. 44 Conteúdo ✖ Em vez de sites padronizados com mensagens para o mercado de massa, é preciso criar muitos minissites diferentes, com páginas iniciais adequadas ao propósito da busca e com o conteúdo “sob medida”, cada um direcionado a um público-alvo específico. É o que observamos com maior frequência nos sites de e- commerce. 45 conteúdo ✖ O marketing de conteúdo está intimamente ligado à estratégia de inbound marketing, que, resumidamente, se baseia na atração futuros clientes através do fornecimento de conteúdo diversificado e relevante, bem como do acompanhamento, para que se gerem grupos segmentados de acordo com seus interesses. ✖ Uma estratégia muito interessante para obter diferenciação no marketing de conteúdo é o uso de storytelling (texto a parte). 46 47 6. Monitorando o mercado nas mídias sociais – Brasil e América Latina Monitorando o mercado Houve um tempo em que a importância das redes sociais foi colocada em dúvida. Pensava-se que era algo voltado, principalmente, para os jovens e usado apenas para entretenimento. 48 Monitorando o mercado ✖ No entanto, os atuais acontecimentos, como as manifestações que ocorreram no Brasil, a mais recente em abril de 2016, que culminou com a participação de milhões de pessoas nos atos de diversas cidades brasileiras, provaram que as redes sociais possuem um grande poder de mobilização, fluxo de informações elevado, e tanto podem beneficiar uma marca como destruí-la. Por esses motivos, as empresas têm utilizado, cada vez mais, as redes sociais para aumentaras possibilidades de negócios. 49 50 Facebook continua reinando, se popularizou e se consolidou como uma plataforma múltipla, de relacionamento, mídia e de promoção de marcas. 51 52 7. Redes sociais segmentadas, verticais, por afinidade ou de nicho Redes sociais segmentadas Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp. Muito se fala sobre essas redes sociais de massa ou abertas, consideradas as mais populares. Elas atraem a atenção de pessoas dos mais variados perfis e interesses, empresas dos mais distintos ramos de atividade e nelas encontram-se os mais diversos conteúdos. 53 Redes sociais segmentadas ✖ Quando o assunto é relacionamento elas são eficientes. ✖ Nas redes sociais de nicho, as discussões são mais relevantes e podem muitas vezes se transformar em ambientes para geração de ideias. ✖ Existem diversas redes neste modelo, como a Skoob, voltada para amantes da leitura; a Receitáculo, para culinária; Trocajogo, para games; Ask.fm, para música; TripAdvisor, para viagens; Fashion.me, para moda; Winetag, para quem gosta de vinhos; Tinder para quem procura um encontro amoroso, contando com mais 10 milhões de usuários no Brasil; All Chefs, para chefes de cozinha; entre outras. 54 Redes sociais segmentadas ✖ Por fim, podemos concluir que as redes sociais contribuem muito no relacionamento pessoal pessoa- pessoa e pessoa-empresa. ✖ Ao passar os anos iremos ter novas redes sociais, novos formatos, novas atualizações. Muito do desenvolvimento será voltado para o E-Commerce. 55 Obrigada! 56
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