Prévia do material em texto
Objetivos : 1. Estudar a embriologia da hipófise e hipotálamo 2. Entender a histologia e anatomia da hipófise e hipotálamo 3. Compreender o feedback hormonal 4. Explicar o eixo funcional hipofisário, hipotalâmico e as glândulas anexas. EMBRIOLOGIA DA HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO Importante relembrar que quando estamos falando da embriologia da hipófise, estamos nos referindo a região do diencéfalo O mesmo diencéfalo que se desenvolve da porção mediana do prosencéfalo, Mas como se desenvolve a hipófise? A hipófise desenvolve – se de duas porções completamente diferentes 1. Processo de evaginação ectodérmica do estomodeu ( cavidade oral primitiva) imediatamente em frente á membrana orofaríngea conhecida como bolsa de Rathke 2. E o outro processo trata – se de uma extensão do diencéfalo que se projeta para baixo, que é o que chamamos de infundíbulo. Passado ali 3 semanas de idade, essa bolsa de Rathke é apresentada como uma evaginação da cavidade oral, e assim promovendo um crescimento no sentido dorsal para o infundíbulo. Com o seu desenvolvimento, as células na parede anterior da bolsa de Rathke crescem rapidamente em quantidades formando assim o lobo anterior da hipófise, ou adeno – hipófise. Uma pequena extensão desse lobo, a porção tuberal acaba crescendo ao redor do pedículo do infundíbulo e por fim o cerca. Teremos também a porção intermediária que se desenvolverá a partir da parede posterior Lembra do infundíbulo comentado lá atrás pois é. Desse mesmo infundíbulo, irá originar o pedículo e á parte nervosa ou lóbulo posterior da hipófise ou neurohipófise. Ele é composto por células neurogliais. Além disso, contém inúmeras fibras nervosas da área hipotalâmica. Quanto a embriologia do hipotálamo, é importante ressaltar sobre a embriologia do sistema nervoso, naquelas três derivações encefálicas : prosencéfalo, mesencéfalo, e rombencéfalo. Dessas três pré estruturas teremos o surgimento de estruturas que irão fazer parte do sistema nervoso. E o que isso tem haver com endócrino? Justamente, a partir do prosencéfalo, teremos por diferenciação o surgimento do telencéfalo e diencéfalo, e do diencéfalo surgirá : ( epitálamo, tálamo, e hipotálamo). O tálamo é separado do epitálamo pelo sulco epitalâmico, e do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico morfologicamente falando Os tálamos se encontram e se fundem na linha mediana que cruza o terceiro ventrículo – a adesão intertalâmica. O hipotálamo contém os corpos mamilares. O epitálamo é formado pela glândula pineal. O hipotálamo surge pela proliferação de neuroblastos na zona intermediária das paredes diencefálicas. TIREOIDE É a primeira glândula endócrina a iniciar o seu desenvolvimento, que começa aproximadamente 24 dias após a fecundação a partir de um espessamento no assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento possui origem endodérmica, o qual sofre uma pequena evaginação, formando o primórdio da tireoide Teremos também o surgimento de uma canal estreito responsável por conectar a tireoide á língua. Esse ducto desaparece mais tarde e a glândula tireoide migra inferiormente para frente do osso hioide e das cartilagens laríngeas. Chegando ali na sétima semana ela alcança sua posição final e adquire dois lobos laterais e um istmo. A glândula inicia seu funcionamento por volta do fim do terceiro mês de desenvolvimento. PARATIREOIDES: Por volta da quinta semana, o epitélio ventral da terceira bolsa faríngea forma o timo e o dorsal se diferencia na glândula paratireoide inferior. O timo migra no sentido caudal-medial, "puxando" a paratireoide inferior juntamente com ele. O epitélio da região dorsal da quarta bolsa faríngea forma a glândula paratireoide superior. A região ventral da quarta bolsa origina o corpo utimobranquial ou utimofaríngeo, que posteriormente é incorporado à glândula tireoide. As células dessa estrutura irão originar as células parafoliculares (células C) da tireoide, responsáveis pela secreção de calcitonina. ADRENAIS OU SUPRARRENAIS: O córtex e a medula possuem origem diferente, aquele se desenvolve a partir do mesênquima da crista urogenital e essa a partir das células da crista neural. Durante a sexta semana, um agregado de células mesenquimais em cada lado do embrião entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em desenvolvimento começa a originar o córtex. A medula, por sua vez, é derivada do gânglio simpático adjacente, formado pelas células da crista neural. As glândulas suprarrenais do feto são até vinte vezes maiores do que as adultas, quando se compara com o peso corporal, devido ao extenso tamanho do córtex fetal, responsável pela produção de percursores esteroides usados pela placenta para a síntese de estrogênio. À medida em que o córtex regride, durante o primeiro ano de vida, as glândulas suprarrenais tornam-se menores. HISTOLOGIA DA HIPÓFISE E GLÂNDULA PINEAL Consiste em células secretoras que podem se organizar em órgãos exclusivos endócrinos chamados glândulas. As glândulas endócrinas são formadas por células que secretam hormônios. Esses por sua vez atingem outros órgãos e células que possuem receptor específico. GLÂNDULAS ENDÓCRINAS • Hipófise, glândula pineal, tireoide e paratireoides, glândula suprarrenal, pâncreas endócrino • O hipotálamo e hipófise formam um eixo conectado • O hipotálamo forma o assoalho do diencéfalo. HIPOTÁLAMO Localização : assoalho do diencéfalo Composição : um aglomerado de neurônios chamados núcleos, alguns dos quais secretam hormônios Presença de células neuroendócrinas do hipotálamo: exercem efeitos positivos e negativos sobre a hipófise através de fatores de inibição e ativação. LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA Rostralmente está perto do quiasma óptico, ventralmente com a hipófise e dorsolateralmente com o tálamo. Estrutura histológica da adeno – hipófise HISTOLOGIA DA PARTE DISTAL • Há 2 tipos de componentes • Cordões de células epiteliais que formam a parede da glândula • Estroma de tecido conjuntivo frouxo entremeando os cordões • Capilares fenestrados. A parte distal apresenta basicamente 80% de toda a glândula. CORDÕES EPITELIAIS São células epiteliais. Estão sobre a membrana basal Possui 2 tipos celulares : células cromófobas (citoplasma pálido) e células cromofilias) As células podem ser classificadas de acordo com a coloração quando corada com hematoxilina e eosina. Acidófilas quando seu citoplasma fica rosa ou laranja e basófilas ficam com citoplasma azul. Parte azul: cordões de células epiteliais, a parte de dentro de cada cordão é o estroma de tecido conjuntivo. Entre um cordão e outro(rosa) mais claro há a presença de capilares. Parte distal corada com HE fica mais difícil identificar os cordões. Podemos ver células acidófilas e basófilas, cromofilias e vasos sanguíneos e rosa Neuro-hipófise Diferentemente da adeno-hipófise ela não contém células secretoras, sendo é formada basicamente por axônios hipotalâmicos amielínicos e células gliais, os pituícitos. Os corpos celulares dos neurônios secretores de Oxitocina (núcleo paraventricular) e vasopressina ou ADH (núcleo supra-ótico) estão situados no hipotálamo. Estas neurosecreções são armazenadas em grânulos conhecidas como Corpos de Hering visualizados nos axônios aqui presentes. Adeno-hipófise Apresenta trêz porções distintas: parte distal, parte tuberal e parte intermediária. Parte Distal Cordões celulares interpostos em uma rica rede de capilares sangüíneos. Células Cromófobas: citoplasma não se cora por possuir granulações muito pequenas Células Cromófilas: de acordo com a afinidade tintorial do conteúdo dos grânulos secretorespodem ser ditas acidófilas ou basófilas. As primeiras situadas mais periféricamente produzem somatotropina e prolactina. As basófilas são produtoras de corticotropina (ACTH), tireotropina (TSH) e gonadotropinas (FSH e LH). Parte Tuberal Organizada em cordões celulares secretores de gonadotropinas (LH e FSH), circundados por capilares. Parte Intermediária Em humanos é considerada uma região rudimentar por apresentar células contendo grânulos secretores de função não conhecida, dispostas tanto em cordões celulares quanto em folículos HISTOLOGIA DA PINEAL Também conhecida como epífise, esta glândula é revestida externamente pela pia-máter, de onde partem septos conjuntivos levando vasos sangüíneos e fibras nervosas amielínicas. Os pinealócitos ocupam cerca de 95% da glândula com seus núcleos grandes e irregulares, eles são responsáveis pela síntese do hormônio que controla os ciclos biológicos, a melatonina. Células intersticiais gliais, os astrócitos também são visualizados entre os pinealócitos por apresentarem seus núcleos achatados e bem corados. Presença de concreções calcárias, localizadas na matriz extracelular do tecido conjuntivo, também chamadas de "areia cerebral", podem ser vistas como manchas cinza-azuladas. Resumindo sobre a glândula pineal é constituída por células denominadas pinealócitos, fibras nervosas e células da neuroglia. Em adultos há locais de calcificação na glândula que são vistos em cortes como região densamente coradas A fim de relacionar os assuntos, vejamos o pâncreas como uma estrutura mista, ou seja apresenta uma porção endócrina e exócrina. Dito isso, se temos uma porção endócrina é porque apresentamos células endócrinas, nesse caso as Ilhotas de LangerHans As ilhotas de Langerhans são pequenos agrupamentos de células endócrinas situadas no interior do pâncreas. São facilmente reconhecidas, mesmo em aumentos pequenos, por que sua coloração é menos intensa que a coloração das células exócrinas do pâncreas, chamadas células acinosas do pâncreas. A imagem mostra uma ilhota de Langherans TIREOIDE Esta glândula caracteriza-se pela formação de numerosas vesículas (folículos) com vários tamanhos revestidos por epitélio cúbico envolvidas por cápsula de tecido conjuntivo. Projeções da cápsula, os septos, envolvem grupos de folículos e conduzem capilares sangüineos para o interior da glândula. substância glicoprotéica, chamada de colóide que pode apresentar-se tanto acidófilo como basófilo quando coradas com Hematoxilina e Eosina. A altura do epitélio folicular é variável com a função glandular podendo apresentar-se cilíndrico quando em grande atividade. No tecido conjuntivo interfolicular encontram-se as "células C" ou "parafoliculares" produtoras de calcitonina não diferenciadas nesta lâmina. PARATIREIOIDE essas glândulas podem localizar-se tanto dentro quanto ao lado da tireóide. O parênquima da paratireóide organiza-se em arranjo cordonal com dois tipos celulares diferentes: as células principais e as oxífilas. As primeiras são facilmente identificadas por serem pouco coradas e em maior número, elas são produtoras do paratormônio responsável pelo estímulo da atividade dos osteoclastos. As oxífilas são células maiores com forte acidofilia, porém em pequena quantidade. A função destas células não é conhecida. Entre todas as células epiteliais existe tecido conjuntivo por onde passam muitos capilares sangüíneos. GLÂNDULAS SUPRARREANAIS Camada medular Esta camada ocupa a região central da glândula. É formada por cordões celulares de espessura variada e direções diversas em forma de rede e separados por capilares sanguíneos. Estes são vistos como longos espaços claros de forma irregular, entre os cordões. GLÂNDULAS ADRENAIS Uma glândula adrenal está localizada na parte superior de cada rim • Estroma • Cápsula- envolto por uma fina camada de tecido conjuntivo. • Vasos Sanguíneos Aferentes- penetram na cápsula e ramificam-se em sinusóides que suprem o córtex e a medula. A imagem acima representa o córtex células que sintetizam e secretam hormônios esteróides. A imagem acima representa Zona Glomerulosa zona externa (15%) de aglomerados de células do tipo glomerular e secretam aldosterona. océlulastêm um núcleo central e citoplasma cheio de lipídios ("espumoso"). • Zona Fasciculada- zona média (80%) de cordões verticais de duas células de largura que secretam cortisol. océlulastêm um núcleo central e citoplasma preenchido com lipídios ("espumoso"). • Zona reticular- zona interna (7%) de fileiras anastomosadas unicelulares que secretam precursores de testosterona. o células têm um núcleo central e citoplasma eosinofílico, muitas vezes com pigmento lipofuscina. zona interna (7%) de fileiras anastomosadas unicelulares que secretam precursores de testosterona, células têm um núcleo central e citoplasma eosinofílico, muitas vezes com pigmento lipufuscina ANATOMIA DA HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO A hipófise é formada por dois lobos ativos: um anterior e um posterior. • O lobo anterior da hipófise, também conhecido como adeno-hipófise, produz e secreta a maior parte dos hormônios hipofisários. Sua função é controlada pelos hormônios do hipotálamo. • O lobo posterior (neuro-hipófise) não produz nenhum hormônio, mas libera dois hormônios que são produzidos nos núcleos do hipotálamo. . A glândula hipófise é uma estrutura em forma de ervilha. com 1 a 1,5 cm de diâmetro e que se localiza na fossa hipofisial da sela turca do esfenoide. Fixa-se ao hipotálamo por um pedículo, o infundíbulo, e apresenta duas partes anatômica e funcionalmente separadas: a adeno-hipófise (lobo anterior) e a neuro- hipófise (lobo posterior). A adeno-hipófise representa cerca de 75% do peso total da glândula e é composta por tecido epitelial. No adulto, a adeno-hipófise consiste em duas partes: a parte distal, que é a porção maior, e a parte tuberal que forma uma bainha ao redor do infundíbulo. • O lobo anterior da hipófise, também conhecido como adeno-hipófise, produz e secreta a maior parte dos hormônios hipofisários. Sua função é controlada pelos hormônios do hipotálamo. • O lobo posterior (neuro-hipófise) não produz nenhum hormônio, mas libera dois hormônios que são produzidos nos núcleos do hipotálamo A neuro-hipófise é composta por tecido neural. Também consiste em duas partes: a parte nervosa, a porção bulbosa maior, e o infundíbulo. Uma terceira região da glândula hipófise, chamada de parte intermédia. ESTRUTURA E LOCALIZAÇÃO A glândula hipófise está localizada na fossa hipofisária (sela turca) do osso esfenoide. Superiormente, a hipófise é coberta por dura-máter, que forma o diafragma da sela turca. Anterior e inferiormente ela está relacionada aos seios esfenoidais, anterosuperiormente ao quiasma óptico e lateralmente aos seios cavernosos. HIPOTÁLAMO O hipotálamo é uma região do encéfalo constituída primordialmente por núcleos de substância cinzenta, estando localizado ao longo das paredes do III ventrículo. Juntamente com o epitálamo e o tálamo, o hipotálamo faz parte do diencéfalo. DIVISÕES DO HIPOTÁLAMO Os principais núcleos hipotalâmicos, agrupados de acordo com as três regiões descritas acima, são: • Hipotálamo supra-óptico: núcleo supraquiasmático, núcleo supra-óptico, núcleo paraventricular, núcleo anterior • Hipotálamo tuberal: núcleo ventromedial, núcleo dorsomedial, núcleo arqueado (ou infundibular), núcleo pré-mamilar, núcleo tuberal lateral • Hipotálamo mamilar: núcleos mamilares, núcleo posterior COMPREENDER O FEEDBACK HORMONAL Antes de entender esse feedback hormonal, vamos entender os componentes desse processo que são a glândula e o hormônio Definição de Hormônio :mensageiro químico que atua á distância em células – alvo. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-talamo https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diencefalo Mas o que seria essa retroalimentação ou ? regulação endócrina, ou seja a relação que existe entre glândula endócrina e órgão alvo seja ativação ou inibição Quando se tem a ativação : dizemos que houve um feedback positivo Quando ocorre uma inibição, dizemos que ocorreu um feedback negativo AÇÃO HORMONAL O que a imagem nos mostra é o seguinte fato. Inicialmente, nós temos mais acima as células endócrinas em contato com o endotélio capilar. 1 º teremos a produção do hormônio pelas células endócrinas 2º em seguida esse hormônio cai na circulação em nível capilar chegando assim até as células alvo do órgão alvo EXEMPLO DE FEEDBACK HIPÓFISE E TIREOIDE A imagem acima representa um esquema desse feedback, ilustramente temos as duas porções sendo mostradas, na parte central da hipófise, teremos a região intermediária. Temos também um vaso sanguíneo responsável por fazer a ligação entre a hipófise e tireoide. Ou seja, a hipófise por meio do sangue lança um hormônio que ativa a tireoide, uma vez ativada a tireoide manda uma informação p/ hipófise dizendo que já foi ativada, ou seja temos o feedback positivo. Qual é esse hormônio da hipófise que ativa a tireoide? TSH ( Tireotrófico ou tireotrofina) Continuando, uma vez ativada a tireoide inibi a hipófise de continuar ativando, feedback negativo. O hormônio que vai participar do feedback negativo é a tiroxina, hormônio que ativa o consumo de açúcar. Outro fato importante também quando comentamos esse controle de secreção hormonal. Vamos imaginar o fator da glicemia, ou seja concentração de glicose no nosso sangue e a relação dessa glicemia com o pâncreas endócrino Vejamos, quando nós temos uma alimentação, nós temos um aumento da quantidade de glicose circulante e esse aumento é percebido pelo pâncreas que secreta insulina e a insulina atua sobre tecidos alvo promovendo a captação da glicose e o retorno de concentrações. 1º Teremos um estímulo, esse estímulo é percebido por um sensor no caso a célula produtora de insulina no pâncreas endócrino 2º . Essa célula secreta o hormônio em resposta á esse estímulo. Esse hormônio atua sobre uma célula alvo promovendo uma resposta específica, e essa resposta específica contra balanceia esse estímulo ( antagonista natural) do estímulo que ativou esse eixo. Então quando essa resposta acontece esse estímulo deixa de existir e esse eixo desliga, o nome desse processo é a via reflexa simples que é uma das formas de controle da secreção hormonal. Uma outra forma de controle de secreção hormonal é a via reflexas hierárquica, nesse caso teremos instâncias hierárquicas no sistema endócrino Como isso acontece? Tudo se inicia de um estímulo que é percebido no centro de processamento (hipotálamo) tido como glândula endócrina que secreta o hormônio trófico 1 ou hormônio trófico hipotalâmico que atua na adeno – hipófise, em resposta á esse hormônio trófico a adeno – hipófise secreta o hormônio trófico 2 ou hormônio trófico hipofisário. Esse hormônio trófico então atua sobre uma glândula endócrina periférica que produz um hormônio que atua sobre tecidos alvo promovendo uma resposta biológica. E a questão da retroalimentação ou feedback Quando o hormônio trófico hipofisário atinge um determinado nível de circulação sanguínea ele inibe a secreção do hormônio trófico hipotalâmico, e isso é conhecido como uma retroalimentação negativa de alça curta, mas por que alça curta pois trata – se deu uma relação que acontece dentro do SNC. O hormônio produzido pela glândula endócrina periférica também pode inibir a secreção do hormônio trófico hipofisário ou hipotalâmico, e nesse caso teremos uma retroalimentação conhecida retroalimentação de alça longa pois agora o hormônio é periférico regulando a secreção de hormônios centrais. Temos também a retroalimentação positiva, que são casos raros. Nesse caso, temos um estímulo que induz a secreção onde é armazenado na neuro – hipófise, esse hormônio 1 estimula células endócrinas em tecidos endócrinos periféricos que produzem o hormônio 2, que atua sobre os tecidos alvo induzindo uma resposta biológica. Só que nesse caso tanto hormônio 2 quanto a resposta biológica estimula o eixo endócrino ao invés de inibir por isso falamos que é uma retroalimentação positiva, ele só vai desligar quando essa resposta biológica deixar de existir EXPLICAR O EIXO FUNCIONAL HIPOFISÁRIO, HIPOTALÂMICO E AS GLÂNDULAS ANEXAS Temos então dois componentes que controlam esse sistema endócrino sendo eles o hipotálamo e a hipófise HIPOTÁLAMO : Centro integrador de estímulos internos e externo, como também produzindo respostas á esses estímulos tanto por vias neurais quanto por vias humorais. HIPÓFISE : glândula endócrina clássica, que secreta hormônios diversos que tem ação direto no tecido alvo e também controla a função endócrina de outras glândulas. A glândula hipófise possui uma relação muito íntima com o hipotálamo através de uma região chamada de haste hipofisário ou infundíbulo. A relação entre o hipotálamo e a neurohipófise é mais uma relação anatômica, visto que a neurohipófise é formada por terminações nervosas de neurônios cujo corpos celulares encontram – se no hipotálamo. Quanto a relação funcional dessas duas estruturas é referente ao sistema endócrino clássico. RELAÇÃO FUNCIONAL HIPOTÁLAMO X NEUROHIPÓFISE Primeira coisa, deixar bem claro que a neurohipófise não produz hormônio só secreta hormônios armazenados. De onde surgem esses hormônios? Do hipotálamo Esse hormônios são sintetizados nos corpos celulares do neurônios, são transportados através do axônio dos neurônios pelo infundíbulo e são armazenados na neurohipófise. Vai haver um acúmulo e esse acúmulo irá formar os corpos de herring. Esses hormônios então são secretados, em seguida caem na circulação sistêmica e desempenham seu papel biológico sendo estes a ocitocina e o hormônio ADH É notório a necessidade de haver uma regulação desse eixo hormonal. No caso da ocitocina teremos um ação de retroalimentação positiva, um dos casos raros. As respostas biológicas induzida pelo Ocitocina elas estimulam a secreção de mais ocitocina. Com relação ao ADH o mecanismo de regulação da secreção hormonal do ADH e uma via reflexa simples no qual o estímulo induz a liberação de ADH e resposta biológica do ADH ela é o antagonismo imediato, ou seja contrabalanceada o estímulo biológico o que vai desligar ou cessar a secreção desse hormônio. RELAÇÃO HIPOTÁLAMO X ADENOHIPÓFISE No caso o hipotálamo estimula a adenohipófise liberando o hormônio trófico, e esse hormônio trófico hipotalâmico é produzido por neurônios hipotalâmicos no corpo celular desses neurônios e transportado pelo axônio e armazenado no infundíbulo. Diante de uma despolarização esses hormônios serão secretados numa rede de capilar, drenados por uma veia atingindo assim a adenohipófise onde eles são liberados no parênquima adeno – hipofisário através de uma rede de capilar Percebe – se que no final de todo esse processo, teremos o chamado sistema porta, pois nós temos duas redes de capilar, uma de origem arterial aquela que drena os hormônios hipotalâmicos e uma rede de capilar de origem venosa a que entrega esses hormônios hipotalâmicos na adeno hipófise Qual a importância desse sistema porta? Ele isola o hipotálamo e a hipófise da circulação sistêmica, portanto não há necessidade da produção de grande quantidade de hormônios pois não há metabolização desses hormônios porque o que é secretado pelos neurônios hipotalâmicos chega diretamente naadeno – hipófise se cair na circulação sistêmica A imagem acima demonstra os principais hormônios liberados pelos dois principais componentes do sistema endócrino. REFERÊNCIAS SADLLER, Thomas W. Embriologia medica di Langman. Elsevier Italia, 2016. JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, J. O. S. É. Histologia Básica. Ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 2013. Sistema Endócrino Aula#03 - Controle da Secreção Hormonal ( YOUTUBE) Eixo Hipotálamo x Hipófise ( YOUTUBE) KENHUB – ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO (HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO)