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Cursos Superiores de Licenciatura
Componente Curricular: Psicomotricidade
Professora: Gabriela Silva
0
REVISÃO 
PARA A 
PROVA (P2)
1
Unidade 01 Perspectivas históricas e conceituais sobre a Psicomotricidade
1.1 Psicomotricidade: conceito e histórico
1.2 Motricidade e Pensamento
Unidade 02 A Psicomotricidade e a sua interlocução com a educação
2.1 Corpo e Movimento
2.2 Classificação e habilidades motoras
Unidade 03 Educação e reeducação Psicomotora: estratégias de intervenção e de
aplicação da Psicomotricidade
3.1 Educação e reeducação psicomotora
3.2 Síndromes Psicomotoras
3.3 Conceitos e estimulação dos elementos psicomotores
Unidade 04 Tendências atuais da Psicomotricidade e suas implicações nos
processos de ensino e aprendizagem
4.1 Jogo educacional, tradicional infantil e de construção
4.2 Jogo cooperativo e jogo competitivo
4.3 Movimento Criativo 2
❖ Revisão para a P2- Unidades 01, 02, 03 e 04
A psicomotricidade, como ciência, busca a integração entre as
diversas funções humanas: cognitivas, emocionais, simbólicas,
psicolinguísticas e motoras.
Abordagem transdisciplinar do
movimento, devido à sua
aplicabilidade em diversas áreas do
desenvolvimento humano.
A psicomotricidade é a ciência que estuda o homem e as suas
relações com seu corpo e seus movimentos, além de considerar as
relações que surgem da interação com o outro e o ambiente.
A sua origem foi na França e dela se expandiu para os países
mediterrâneos e latino-americanos.
A psicomotricidade, a
psicopedagogia e a educação
física estão intimamente ligadas.3
As pesquisas que deram origem ao campo psicomotor
apresentaram, inicialmente, um enfoque eminentemente neurológico.
Em 1909, com o neuropsiquiatra Ernest Dupré (estudos sobre a
debilidade motora).
Em 1925, com o médico e psicólogo Henri Wallon (estudou o movimento
humano, reconhecendo-o como instrumento essencial para a construção
do psiquismo – movimento relacionado ao afeto, à emoção, ao meio
ambiente e aos hábitos do indivíduo).
Em 1935, com o neurologista Edouard Guilmain (desenvolveu um exame
psicomotor para fins de diagnóstico, indicação da terapêutica e
prognóstico).
Em 1947, o psiquiatra Julian de Ajuriaguerra redefiniu o conceito de
debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias
particularidades. A psicomotricidade passou a se diferenciar de outras
disciplinas, adquirindo sua própria especificidade e autonomia.
4
A partir daí, começou a ser delimitada a diferença entre uma postura
reeducativa e uma postura terapêutica. Tal entendimento perdura até
os dias atuais.
Nessa década, diferentes autores definiram a psicomotricidade como
uma motricidade de relação, considerando a íntima ligação dos
aspectos afetivos aos aspectos motores dos sujeitos.
Com o entendimento de que as dificuldades motoras podem existir
mesmo que não haja uma deficiência neurológica no ser humano, o
uso do termo psicomotricidade ganhou força em 1970, para explicar
tais acontecimentos durante o desenvolvimento, sobretudo, o infantil.
5
Elementos da psicomotricidade
✓Esquema corporal: é o saber pré-consciente a respeito do seu próprio
corpo e de suas partes, permitindo que o sujeito se relacione com
espaços, objetos e pessoas que o circundam.
✓ Imagem corporal: é a representação mental inconsciente que fazemos
do nosso próprio corpo.
✓Tônus: de acordo com Sampaio (2009), é a tensão fisiológica dos
músculos que garante equilíbrio estático e dinâmico, coordenação e
postura em qualquer posição adotada pelo corpo, esteja ele parado ou
em movimento.
Para Fonseca (2008), são várias as classificações e as
terminologias utilizadas para denominar as funções psicomotoras. No
Brasil, as terminologias e os conceitos são:
6
✓Coordenação global ou motricidade ampla: é a ação simultânea de
diferentes grupos musculares na execução de movimentos voluntários,
amplos e relativamente complexos.
✓Motricidade fina: é a capacidade de realizar movimentos coordenados
utilizando pequenos grupos musculares das extremidades.
✓Organização espaço-temporal: é a capacidade de se orientar
adequadamente no espaço e no tempo.
✓Ritmo: é a ordenação constante e periódica de um ato motor. Para ter
ritmo, é preciso ter organização espacial, segundo Fonseca (2008).
Exemplo: pular corda
✓Lateralidade: é a capacidade de vivenciar os movimentos utilizando-se,
para isso, os dois lados do corpo, ora o lado direito, ora o lado esquerdo.
✓Equilíbrio: é a capacidade de se manter sobre uma base reduzida de
sustentação do corpo, utilizando uma combinação adequada de ações
musculares, parado ou em movimento.
7
O papel do psicomotricista e a sua atuação
O psicomotricista, primeiramente, pode atuar na educação infantil,
estimulando o desenvolvimento infantil a partir do trabalho das habilidades
motoras e das capacidades físicas, com vistas ao aprimoramento das
questões sociais e afetivas. Tanto que alguns autores sugerem a importância
do trabalho do psicomotricista nos primeiros cinco anos de idade da criança,
como se houvesse uma espécie de “janela” aberta para o melhor
desenvolvimento delas nesse período.
De acordo com a Associação Brasileira de Psicomotricidade (2019), as
áreas de atuação para o psicomotricista podem ser: educacional,
institucional e clínica.
8
A psicomotricidade pode ser definida como o campo transdisciplinar
que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistêmicas
entre o psiquismo (constituído pelo conjunto do funcionamento mental, ou
seja, integra as sensações, as percepções, as imagens, as emoções, os
afetos, dentre outros) e a motricidade (FONSECA, 2008).
A psicomotricidade pode representar uma peça importante no
quebra-cabeças do desenvolvimento humano, sobretudo, o infantil.
Todas as possibilidades adquiridas por meio da psicomotricidade na
infância vão refletir na qualidade de uma série de processos
sociocognitivos, afetivos e motores na vida adulta, promovendo,
assim, um desenvolvimento integral dos indivíduos.
9
Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
Três autores considerados pioneiros, de primeira ordem, no
desenvolvimento psicomotor: Wallon, Piaget e Ajuriaguerra.
Fonte: Fonseca (2008).
10
❖ O diálogo entre Psicomotricidade e Educação
Quase todos os elementos e
conteúdos que compõem o universo
da educação física estão ligados
direta ou indiretamente com o corpo e
o movimento.
Corpo e movimento são elementos que estão diretamente ligados
entre si, são indissociáveis e objetos importantíssimos de estudo no
campo da educação física.
✓O ser humano, por sua natureza, por meio do seu corpo, manifesta-se,
expressa-se, relaciona-se, vive e convive, ou seja, interage com o mundo.
Contudo, tem sido muito comum pensar o corpo somente pela
perspectiva do aspecto biológico, ou como algo possível de ser
fragmentado.
✓Corpo, movimento e expressão são elementos interligados. 11
Capacidade de cada pessoa sentir e apossar-se do seu próprio corpo como meio de
manifestação e interação com o mundo chamamos de corporeidade (BONFIM, 2003).
Corpo, movimento e expressão são aspectos indissociáveis, ou seja, é praticamente
impossível pensar em um aspecto sem relacionar com qualquer um dos outros. Na
educação física, especificamente, o trabalho por meio do corpo, do movimento e da
expressão é imprescindível. O indivíduo age no mundo por meio de seu corpo, mais
especificamente por meio do movimento. É o movimento corporal que possibilita às
pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem
sentidos.
Corpo humano => integra as dimensões da materialidade — ossos, músculos,
hormônios, fezes, sangue, etc. — e da imaterialidade — emoções, criatividade,
ludicidade, dentre outros.
Corporeidade => é o corpo vivo, vivenciado. É, então, a mente e o corpo conectados,
envolvendo dimensões fisiológicas, afetivas e emocionais, ou seja, o conjunto do
corpo “físico”, suas emoções, seus sentimentos e suas relações (PRADO, 2017).
12A expressão corporal e a linguagem corporal são uma forma de
comunicação não verbal, na qual o indivíduo se expressa utilizando o seu
corpo, por meio de expressões faciais, posturas corporais, gestos e
outras manifestações corporais.
Corpo e movimento, apesar de terem características próprias, estão
diretamente ligados entre si e podem ser considerados “a base” da
educação física, pois formam a base da maioria de seus conteúdos.
As práticas culturais, esportivas e folclóricas são uma forma de
manifestação do corpo.
O conceito de cultura pode ser entendido como produto da sociedade, da
coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os e
transcendendo-os. 13
✓A educação física, no Brasil, no seu início, teve uma forte influência de
tendências higienistas e militaristas, que influenciaram de forma significativa
seus conteúdos e suas práticas corporais. Nessa época, os “conteúdos”
eram limitados às práticas voltadas à “disciplina” corporal e à padronização
de um corpo “forte e saudável”.
✓A partir da década de 80, as práticas corporais dessa disciplina começaram
a ser discutidas e debatidas, sendo pensadas para além do esporte e do
rendimento esportivo.
Exemplos de práticas corporais
❑Ginástica
❑ Lutas
❑ Atividades expressivas e rítmicas
❑ Práticas corporais alternativas
❑ Jogo
❑ Brincadeiras
❑ Esporte
❑ Dança
14
O professor de educação física, como um profissional da área da
saúde que trabalha em sua essência com o corpo e o movimento, tem entre
suas funções a de promover o bem-estar, a qualidade de vida e a saúde por
meio das práticas físicas e corporais.
✓ Na intervenção profissional em educação física na escola, em especial no
ensino de habilidades motoras, há uma área que investiga fatores que
auxiliam no processo de aprendizagem dessas habilidades motoras,
denominada aprendizagem motora.
A aprendizagem motora é a capacidade para produzir ações habilidosas,
sendo um resultado direto da prática ou experiência. Ela envolve um
processo interno e, portanto, sua ocorrência é inferida por meio das
mudanças no comportamento motor observável, e essas mudanças no
comportamento são relativamente permanentes.
15
Entre os focos de investigação da aprendizagem motora está a busca
por fatores que afetam a aquisição de habilidades motoras, que são: o
estabelecimento de metas, as formas de fornecimento de instrução, a
prática e os procedimentos de correção (WALTER; BASTOS; TANI, 2016).
As habilidades motoras, como tarefas motoras, organizam-se a partir de
seus atributos e características. Diferentes critérios são utilizados para essa
classificação, porém, quatro maneiras de classificar as habilidades de
movimento junto a uma única dimensão ganharam popularidade ao longo dos
anos:
❖ aspectos musculares (critério de precisão dos movimentos);
❖ aspectos temporais (critérios de distinção dos movimentos);
❖ aspectos relacionados ao contexto no qual a habilidade ocorre (critérios de
estabilidade do meio ambiente);
❖ aspectos funcionais do movimento (critérios relacionados ao seu objetivo).
16
As habilidades motoras também podem ser classificadas com base em sua
intenção: de estabilidade, de locomoção e de manipulação. Elas podem ser
apresentadas de forma combinada, ou não.
Embora todas as tarefas de movimento envolvam um elemento de equilíbrio, os
movimentos nos quais a orientação corporal de alguém estabelece um prêmio em
ganhar e/ou manter uma orientação corporal estável são denominados de tarefas de
estabilidade. Exemplos: Sentar e ficar de pé, equilibrar-se sobre uma barra estreita,
fazer rolamento do corpo e movimentar-se subitamente, realizar movimentos axiais, a
saber, flexão, alongamento, torção ou giro.
Os movimentos que têm por objetivo transportar o corpo de um ponto para outro
constituem tarefas locomotoras. Exemplos: caminhada, corrida, salto em altura ou
competições de corrida com obstáculo em esportes de salão e campo.
Aquelas que envolvem dar força a um objeto ou receber força do mesmo constituem
tarefas de manipulação de objeto. Exemplos: Arremessar, pegar, chutar uma bola
de futebol, lançar em beisebol e driblar em basquete.
17
Toda a atividade orientada e
com uma finalidade
concreta realizada no
período da infância,
sobretudo na educação
infantil.
Educação psicomotora
A criança aprende sobre seu corpo,
tomando consciência sobre ele e formando
sua personalidade.
Ações espontâneas da criança culminam 
em ações educativas, com a finalidade 
de auxiliar na experimentação dos 
movimentos e na consequente aquisição 
de novas habilidades motoras (correr, 
saltar, chutar, rebater, dentre outros), tão 
importantes ao desenvolvimento. 18
Reeducação psicomotora
É uma abordagem que
utiliza o movimento como
forma de normalizar o
comportamento geral da
criança.
Na reeducação motora, são
retomadas vivências anteriores
que não foram estimuladas de
forma correta no período em
que deveriam ter sido.
Antes de reeducar, é necessário identificar.
19
Muitas vezes, esse conjunto de características toma proporções
emocionais, não sendo improvável encontrarmos crianças com baixa tolerância à
frustração, falta de motivação, baixa autoestima e evitamento de tarefas motoras.
Isso se deve essencialmente ao cansaço e ao fracasso repetido, comuns na
rotina desses alunos. A detecção dessas perturbações pode ser feita pelos
professores da criança (independentemente da área); então, elas devem ser
encaminhadas a um psicomotricista, para a reeducação das estruturas instáveis.
De acordo com Fonseca (1985), o desenvolvimento psicomotor se divide
em sete aspectos básicos:
✓ tonicidade;
✓ equilíbrio;
✓ lateralidade;
✓ noção corporal;
✓ estruturação espaço-temporal;
✓ praxia fina; e
✓ praxia global. 20
O psicomotricista, enquanto profissional atuante na educação e na
reeducação motora, promove a mediação entre o movimento e as
descobertas do aluno sobre seu corpo e sobre si mesmo. Nesse
sentido, o erro não pode ser visto como uma “negativa” dentro do processo.
O psicomotricista é o profissional que age na conexão:
✓ da saúde;
✓ da educação; e
✓ da cultura.
Avaliando, prevenindo, cuidando e pesquisando o indivíduo em sua
relação com o ambiente e analisando os seus processos de
desenvolvimento. O objetivo de sua função é atuar nas dimensões do
esquema e da imagem corporal em conformidade com o movimento, com
a afetividade e com a cognição. Esse profissional pode lançar mão de uma
série de medidas para avaliar, planejar e acompanhar o desenvolvimento
psicomotor de seus alunos/pacientes.
21
Síndromes Psicomotoras
Síndrome de assinergia motora e mental – desequilíbrio e marcha.
A assinergia motora é essencialmente caracterizada pela falta de estabilidade,
na qual a fixação e o deslocamento dos segmentos corporais surgem
imprecisos, negligentes, instáveis e oscilantes.
Síndrome de Ataxia – relacionada à coordenação motora e à visão.
A assinergia e a ataxia, ou as suas manifestações mais leves, provocadas por
insuficiência ou imaturidade cerebelar e vestibular, interferem obviamente, quer
nos processos motores, quer nos processos mentais, é esse um dos aspectos
mais originais do pensamento Walloniano.
Cerebelo- região do cérebro que tem como função controlar os movimentos
voluntários do corpo, a postura, a aprendizagem motora, o equilíbrio e o tônus
muscular.
Psiquismo e motricidade – relações extremamente entrelaçadas
22
Síndromes Psicomotoras
Síndrome de automatismo motor e emocional – reflexos exagerados,
variação de humor, ansiedade.
Síndrome córtico-associativa (síndrome de insuficiência frontal) –
relacionada ao lobo Frontal que fica na parte da frente do crânio, é
responsável pelo planejamento de ações, bem como o pensamento abstrato.
Síndrome de hipertonia – relacionada ao sistema nervoso central (encéfalo e
medula espinhal). As ações voluntárias, como: correr, falar, andar, dentre
outras e ações involuntárias, a saber: respiração, digestão, batimentoscardíacos, dentre outras que o corpo realiza.
23
Avaliação e intervenção motora
✓ Tem um objetivo muito importante na área do desenvolvimento: ela torna possível,
ao monitorar alterações desenvolvimentais, identificar atrasos no desenvolvimento
e obter esclarecimento sobre estratégias instrutivas e intervencionistas.
✓ Por meio da avaliação é possível traçar o perfil motor do indivíduo, propiciando
uma programação física adequada para a realidade de cada um. Um
instrumento de avaliação bem projetado deve ter confiabilidade, validade e
objetividade muito fortes.
Instrumentos de avaliação
São diversos os testes e as escalas para avaliação do desenvolvimento motor;
contudo, quase nenhum consegue contemplar totalmente os aspectos do
desenvolvimento humano. Uma das escalas que tende a colaborar para a avaliação
completa e elucidativa do desenvolvimento motor é a Escala de Desenvolvimento
Motor. Essa escala, que possui um método de aplicação de testes atraente para a
criança, compreende um conjunto de provas diversificadas e de dificuldade graduada,
abrangendo diferentes áreas do desenvolvimento motor (ROSA NETO et al., 2010).24
JOGOS BRINQUEDOS BRINCADEIRAS
Elementos fundamentais para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental 
(Anos Iniciais)
De acordo com Kishimoto (2011, p. 18), “[...] definir jogo, brincadeira e brinquedo
não é tarefa fácil, pois esses conceitos variam de acordo com o contexto em que
estão inseridos”. 25
Jogos educativos- são os que possuem um objetivo didático explícito, podendo
ser adaptados ou adotados. Isso é feito com o intuito de melhorar, apoiar ou
promover o processo de aprendizagem, seja no contexto de aprendizagem
formal ou no de aprendizagem informal (DONDI; MORETTI, 2007).
Jogo tradicional - envolve a parte motora da criança, sem institucionalização.
Ele é apoiado por três critérios objetivos específicos precisos: uma ação motriz,
um sistema de regras e uma competição ou ritualização (MARIN; RIBAS,
2013).
Jogos de construção - ocorrem quando a criança faz ordenações sobre
objetos, o que ajuda no seu desenvolvimento motor. Isso ocorre pois ela entra
em contato com equilíbrio, noções de quantidade, tamanho e peso, assim como
com a discriminação de formas e cores (MARIN; RIBAS, 2013).
26
A importância do brinquedo e das brincadeiras
O brinquedo é um instrumento fundamental, pois possui uma relação
intrínseca com o desenvolvimento infantil. Apesar de não ser o único recurso na
infância, o brinquedo proporciona um grande avanço na capacidade cognitiva da
criança. Segundo Vygotsky (1998), é por meio do brinquedo que há uma
apropriação do mundo real. Assim, a criança pode dominar conhecimentos,
estabelecer relações e integrações culturais.
Assim, os brinquedos e as brincadeiras preparam a criança para lidar com
sentimentos e situações. Uma criança que possui maturidade e segurança
emocional certamente está mais preparada para lidar com conflitos. Nos
períodos em que a criança se insere no contexto de aprendizagem, passa por
fases importantes. Piaget caracteriza essas fases e evidencia a importância
do desenvolvimento de jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil
e no ensino fundamental. 27
Jogos, brinquedos e brincadeiras são ferramentas imprescindíveis para
despertar o interesse nas manifestações culturais que o Brasil possui, tão
ricas, diversas e expressivas. Eles são referenciais que precisam participar
da formação de qualquer indivíduo, mostrando que a multiculturalidade é
um caminho a ser trilhado.
Grando (2000) cita vantagens que os jogos e brincadeiras trazem para a
aprendizagem dos alunos. Entre elas, você pode considerar:
❖ a fixação de conceitos de forma motivadora;
❖ a introdução e o desenvolvimento de novos conceitos;
❖ o aprendizado relacionado à tomada e à avaliação de decisões;
❖ a interdisciplinaridade;
❖ o favorecimento da socialização entre alunos;
❖ a valorização do trabalho em equipe;
❖ a motivação dos alunos.
28
Jogo cooperativo e jogo competitivo
Os jogos cooperativos e competitivos, apesar de possuírem características
distintas, são muito importantes no contexto escolar dos educandos. É por meio deles que
alguns valores são ensinados e, assim, são utilizados para o melhor desenvolvimento da
aprendizagem na escola.
Jogos cooperativos – promovem uma transformação surpreendente: são uma
oportunidade de comunicação e uma ferramenta que proporciona um espaço fundamental
para vivenciar alternativas novas. Assim, contribuem para uma sociedade baseada na
solidariedade. O jogo se torna tão importante porque ele busca a participação de todos,
baseia-se na inclusão. O seu ponto forte é que os participantes jogam com os outros e não
uns contra os outros, tornando a sociedade rica em valores pautados na confiança e na
participação.
Jogos competitivos – são um processo em que há interação social com objetivos
exclusivos e em que ocorrem ações isoladas, com benefícios concentrados em apenas
alguns participantes. Por isso, a sua essência é estimular a competição entre os
participantes. O ideal para esse tipo de jogo é que o professor não somente estimule os
alunos a ganhar ou perder, mas contribua para que todos alcancem os seus objetivos.
Assim, a melhor maneira de trabalhar esse tipo de jogo nas escolas é utilizar jogos que
requerem habilidades distintas. Por exemplo: jogos intelectuais, jogos de reflexos rápidos,
jogos estratégicos e de raciocínio. 29
Movimento Criativo: danças e imaginação
Dança tradicional – requer movimentos disciplinados estabelecidos, sofrendo
variações apenas em relação ao estilo pessoal de cada dançarino. Apesar dos
custos em que incorrem tais experiências estruturadas de dança, aqueles que
tiveram oportunidade desenvolvem compostura diante do público, confiança em
seus movimentos físicos e consciência dos padrões definitivos de movimento.
Dança criativa – outra forma de dança que oferece oportunidades de juntar
expressão criativa e atividades físicas.
Para que a dança criativa seja coerente, diversos fatores são necessários. O
mais significativo é o corpo, pois é o elemento que cria e demonstra o
movimento.
Na dança, o corpo se torna um instrumento que se move como meio de
expressão. As atividades realizadas pelo corpo variam de movimentos fluidos
e sutis a expressões vigorosas e definitivas. 30
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE. O que é psicomotricidade. [2019].
Disponível em: <http://www.psicomotricidade.com.br/apsicomotricidade.htm>. Acesso em: jun.
2022.
BONFIM, T. R. O sentido de corporeidade e a atuação professional do professor de
educação física do ensino médio público. 95 fls. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da
Motricidade) — Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, 2003. Disponível em: . Acesso em:
jun. 2022.
DONDI, C.; MORETTI, M. A methodological proposal for learning games selection and
quality assessment. British Journal of Educational Technology, v. 38, n. 3, p. 502-512, 2007.
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed,
2008.
FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade: uma visão pessoal. Construção Psicopedagógica, v. 18,
n. 17, p. 42-52, 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v18n17/v18n17a04. pdf>.
Acesso em: jun.2022.
FONSECA, V. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
31
Referências
GRANDO, R. C. O Conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula. 2000. 
224p.Tese (doutorado) — Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, 
Campinas, SP. 
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 
2011.
KREBS, R. J.; GABBARD, C.; CAÇOLA, P. M. O desenvolvimento motor e o modelo 
bioecológico de Bronfenbrenner. In: BENTO, J. O.; TANI, G.; PRISTA, A. (org.). Desporto e 
educação física em português. Porto: Edições da Faculdade de Desporto da Universidade do 
Porto, 2010. p. 141-151.
MARIN, E. C.; RIBAS, J. F. M. (Org.). Jogotradicional cultura. Santa Maria: UFSM, 2013.
PRADO, A. C. M. Palestra: o corpo lúdico. 2017. Disponível em: 
<www.educacaopeloesporte.org.br/congresso/papers/AntonioPrado.doc>. Acesso em: jun.2022.
32
Referências
ROSA NETO, F. et al. A importância da avaliação motora em escolares: análise da confiabilidade da
Escala de Desenvolvimento Motor. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho
Humano, v. 12, n. 6, p. 422−427, 2010. Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/rbcdh/v12n6/v12n6a05. Acesso em: nov. 2022.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1998a.
VYGOTSKY, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998b.
WALTER, C.; BASTOS, F. H.; TANI, G. Fatores que afetam a aprendizagem motora: uma síntese. 
In: TANI, G.; CORRÊA, U. C. (org.). Aprendizagem motora e o ensino do esporte. São Paulo: Blucher, 
2016. v. 1. p. 43-71. 
Material Didático referente às Aulas 01, 02, 03 e 04
33
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