Buscar

Artigo metodologias ativas (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91928 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
Metodologias ativas no ensino remoto emergencial: O atendimento 
educacional especializado com aluno com deficiência Intelectual- DI 
 
Active methodologies in emergency remote teaching: Specialized 
educational care for students with intellectual Disabilities- DI 
 
DOI:10.34117/bjdv7n9-383 
 
Recebimento dos originais: 07/08/2021 
Aceitação para publicação: 23/09/2021 
 
Francismara Janaina Cordeiro de Oliveira 
Pós graduação em Educação Especial com ênfase em Deficiência Auditiva 
Prefeitura Municipal de Paranaguá 
Rua dos Cravos, 28. Conjunto Nilson Neves. 
E-mail: Francismara21@gmail.com 
 
Marili Moreira Lopes 
Pós graduação em Gestão de Processos em Educação Inclusiva 
Escola Municipal Nazira Borges 
Rodolpho Schawazabach, 437 - Parque São João 
E-mail: mare72lopes@gmail.com 
 
 
RESUMO 
O presente estudo aborda o uso das Metodologias Ativas na Pandemia do Covid-19 onde 
os alunos das escolas públicas passaram a participar de um processo de ensino 
emergencial, o ensino remoto. O professor do Atendimento Educacional Especializado, 
o PAEE, teve que se reinventar e buscar em pesquisas que tratam do uso das Metodologias 
Ativas conhecimentos para ressignificar suas práticas pedagógicas. Com objetivo geral 
de investigar a prática pedagógica PAEE, tem como objetivos específicos: debater sobre 
as mudanças nas práticas pedagógicas necessárias para atender alunos com Deficiência 
Intelectual no ensino emergencial remoto, enumerar as práticas pedagógicas que podem 
ser desenvolvidas com alunos com DI, e descrever as práticas pedagógicas utilizando-se 
Metodologias Ativas nas intervenções com alunos com DI no ensino remoto emergencial. 
A metodologia desenvolvida é a bibliográfica com consulta a autores da área de educação 
que escrevem sobre o uso de Metodologias Ativas e das Tecnologias da Informação. 
Autores e documentos como a Constituição de 1988 que traz a educação como direito, 
Sassaki (2005) que escreve sobre a inclusão, Martins (2006) que fala sobre a importância 
da formação continuada do professor, Valente (2014) que escreve sobre as Tecnologias 
Digitais de Informação e Comunicação, Morán (2015) que aborda as Metodologias Ativas 
na educação, dentre outros autores e autoras. O professor de Atendimento Educacional 
Especializado é aquele que encaminha o aluno às aprendizagens a partir de elementos e 
práticas que estejam a seu alcance, ou seja, que viabilizem e fomentem seu 
desenvolvimento cognitivo e intelectual. 
 
Palavras-chave: Aprendizagens, Ensino Emergencial, Metodologias Ativas. 
 
 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91929 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
ABSTRACT 
The present study addresses the use of Active Methodologies in the Covid-19 Pandemic 
where public school students started to participate in an emergency teaching process, the 
remote teaching. The Specialized Education Assistance teacher, the PAEE, had to 
reinvent himself and seek in researches that deal with the use of Active Methodologies 
knowledge to give new meaning to his pedagogical practices. With the general objective 
of investigating the PAEE's pedagogical practice, it has as specific objectives: to discuss 
the changes in pedagogical practices necessary to assist students with Intellectual 
Disabilities in remote emergency education, to enumerate the pedagogical practices that 
can be developed with students with ID, and to describe the pedagogical practices using 
Active Methodologies in the interventions with students with ID in remote emergency 
education. The methodology developed is bibliographic with consultation to authors in 
the area of education who write about the use of Active Methodologies and Information 
Technology. Authors and documents such as the 1988 Constitution that brings education 
as a right, Sassaki (2005) who writes about inclusion, Martins (2006) who talks about the 
importance of continuous teacher training, Valente (2014) who writes about Digital 
Information and Communication Technologies, Morán (2015) who discusses Active 
Methodologies in education, among other authors. The Specialized Educational 
Assistance teacher is the one who guides the student to learning based on elements and 
practices that are within his reach, i.e., that enable and foster his cognitive and intellectual 
development. 
 
Keywords: Learning, Emergency Teaching, Active Methodologies. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
As Metodologias Ativas no Ensino Emergencial Remoto, estão diretamente 
relacionadas à importância do atendimento do PAEE aos alunos com DI no período 
chamado “quarentena”, que se caracteriza pelo distanciamento social e pelas aulas não 
presenciais, ou seja, o aluno estuda em casa mediante o uso de materiais impressos e 
orientações online dos professores. Junto a esses elementos, vídeo aulas, slides, músicas, 
joguinhos online, histórias contadas, encenadas e etc. É preciso unir esforços entre 
comunidade escolar e famílias para que o aluno incluso não fique sem atendimento na 
quarentena e possa participar, assim como os demais alunos regulares, no processo de 
ensino escolar. 
Entretanto, o Atendimento Educacional Especializado também passou a ser feito 
de forma remota para garantir a saúde de professores e alunos, o que exigiu esforço por 
parte dos professores que tiveram que buscar formação e novos conhecimentos referentes 
ao uso das tecnologias e nova metodologias de ensino, afinal, passou a ser um desafio 
atender alunos com DI à distância. Junto a isso, investimentos em equipamentos para 
atender os alunos foram feitos pelos professores. 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91930 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
Como objetivo geral propôs-se investigar a prática pedagógica do PAEE. E quanto 
aos objetivos específicos definiu-se debater sobre as mudanças nas práticas pedagógicas 
necessárias para atender alunos com DI no ensino emergencial remoto, enumerar as 
práticas pedagógicas que podem ser desenvolvidas com alunos com DI e descrever as 
práticas pedagógicas utilizando Metodologias Ativas nas intervenções com alunos com 
DI no ensino remoto emergencial. 
O processo de ensino aprendizagem na Pandemia do Covid-19 exigiu de 
professores e educadores novos conhecimentos para garantir aos alunos a continuidade 
do processo escolar mesmo fora da escola. Nesta vertente, foi preciso buscar formação 
quanto ao uso de Metodologias Ativas que contribuíssem com as práticas pedagógicas 
desenvolvidas. Diante do exposto, levantou-se a seguinte questão norteadora: Como as 
Metodologias Ativas utilizadas no Ensino Remoto Emergencial podem contribuir com a 
prática pedagógica do PAEE? 
A fundamentação teórica em autores da área foi essencial para o desenvolvimento 
das análises. Também foram consultadas as Leis que garantem o direito à educação de 
alunos com DI. 
A prática pedagógica do professor, principalmente no Ensino Remoto 
Emergencial precisa estar em constante processo de avaliação para que se efetivem 
aprendizagens no Atendimento Educacional Especializado. Contudo, a escola precisa dar 
condições para que esse professor desenvolva seu trabalho. O uso de tecnologias requer 
instrumentos para que se realize. Portanto, políticas públicas que estejam voltadas para a 
melhoria da educação inclusiva e formação continuada de professores são bases para a 
efetiva aprendizagem de alunos DI no Ensino Remoto Emergencial. 
As Metodologias Ativas, segundo Morán, (2018, p. 3) caracterizam-se por 
requerer “espaços de prática frequentes (aprender fazendo) e de ambiente ricos em 
oportunidades”. São as Metodologias Ativas responsáveis por “estratégias, abordagens e 
técnicasconcretas, específicas e diferenciadas” (MORAN, 2018, p. 4) para que o processo 
de ensino com os alunos com DI seja efetivo. 
O presente estudo está organizado em tópicos que abordarão a Educação Especial 
e Inclusiva, a formação do professor para atuar com alunos com DI no Ensino Remoto 
Emergencial, o uso de Metodologias Ativas no AEE (Atendimento Educacional 
Especializado), as práticas pedagógicas que podem ser desenvolvidas junto às 
Metodologias Ativas de ensino escolar. 
 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91931 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 4.024/61, 
instituiu a Educação Especial em âmbito educacional brasileiro. Nesta lei, o direito à 
educação dos “excepcionais”, termo este substituído para garantir que a pessoa com 
deficiência não sofresse nenhum tipo de discriminação em seus ambientes de vivência ou 
aonde possa vir a viver. 
Com o decorrer do tempo novas políticas educacionais se fizeram necessárias na 
Educação Especial haja vista sua complexidade e demanda tanto educacional quanto 
social para a inserção e adequação das estruturas junto a um currículo adaptado para os 
alunos na escola. Na Constituição de 1988, a educação como direito é expressa da 
seguinte forma: 
 
Art. 205 – A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). 
 
A partir deste artigo da Constituição, abre-se um leque de possibilidades para que 
o movimento pela inclusão ganhasse força e mais tarde conquistasse direitos. O Estatuto 
da Criança e do Adolescente de 1990 contribui ainda mais com esse processo, vide artigo 
54 do Capítulo IV deste Estatuto. Da mesma forma, Sassaki escreve que: 
 
Educação inclusiva é o conjunto de princípios e procedimentos implementados 
pelos sistemas de ensino para adequar a realidade das escolas à realidade do 
alunado que, por sua vez, deve representar toda a diversidade humana. 
Nenhum tipo de aluno poderá ser rejeitado pelas escolas. As escolas passam a 
ser chamadas inclusivas no momento em que decidem aprender com os alunos 
o que deve ser eliminado, modificado, substituído ou acrescentado nas seis 
áreas de acessibilidade, a fim de que cada aluno possa aprender pelo seu estilo 
de aprendizagem e com o uso de todas as suas múltiplas inteligências 
(SASSAKI, 2003. p. 15). 
 
Desta forma, a Educação Especial e Inclusiva toma corpo para atender uma 
demanda de pessoas com deficiências para ter acesso à educação e desta forma, inserir-
se em sociedade, antes elitizada para os ditos “normais”, fechado para a pessoa com 
deficiência. A nomenclatura “excepcionais” foi substituída por “pessoa com necessidades 
educacionais especiais” e na atualidade, por “pessoa com deficiência”. (MAZOTA, 2005, 
p. 11). Se antes as “necessidades especiais” não expressavam o real, a nova nomenclatura 
“com deficiência”, busca não generalizar a condição, mas sim levar a entender que todos 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91932 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
nós temos limitações e também capacidades/potencialidades que podem ser 
desenvolvidas. 
A Deficiência Intelectual também é conhecida como Deficiência Mental. Segundo 
o Ministério da Educação, 
 
[...] A deficiência mental é um quadro psicopatológico que diz respeito, 
especificamente, às funções cognitivas. Todavia, tanto os outros aspectos 
estruturais quanto os aspectos instrumentais também podem estar alterados. 
Porém, o que caracteriza a deficiência mental são defasagens e alterações nas 
estruturas mentais para o conhecimento. (BRASIL, 2005, p. 12). 
 
Segundo o documento, a Deficiência Intelectual diz respeito às funções cognitivas 
e também atingem aspectos estruturais e instrumentais. A dificuldade se acentua, 
portanto, na estrutura mental para o desenvolvimento de aprendizagens, da 
sistematização, internalização dos conhecimentos. Portanto, faz-se necessário práticas 
pedagógicas e intervenções docentes direcionadas conforme as especificidades de cada 
aluno com DI. 
A inclusão, a partir de 2001 deu-se fundamentada oficialmente desta forma: “Os 
sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se 
para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais” (BRASIL, 
2001). Logicamente que essa “adequação” não se deu do dia para a noite. Foi necessário 
um tempo para que as instituições de ensino se organizassem e até mesmo os professores 
buscassem formação para atuar na modalidade de educação inclusiva. A formação, a 
partir da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) de 1996, exigiria do professor o 
curso de especialização em Educação Especial e Inclusiva para atuar com esses alunos. 
Posteriormente, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva que contemplou a inclusão escolar em sua integralidade, ou seja, 
especificou as deficiências que a escola passa a atender a partir da inclusão. Dentre elas, 
“[...] alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação”. (BRASIL, 2008) 
 
2.2 METODOLOGIAS ATIVAS E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DO 
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO 
O Professor de Atendimento Educacional Especializado tanto atende alunos com 
deficiências quanto pode orientar outros professores para que desenvolvam atividades 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91933 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
adaptadas para os alunos com deficiência, especialmente tratado aqui, a Deficiência 
Intelectual no ensino remoto emergencial. 
O PAEE é o professor que cria possibilidades de aprendizagens para o aluno com 
DI. Dessa forma, é ele que encaminha, a partir de técnicas específicas, com materiais 
adaptados, instrumentos que facilitem as aprendizagens e elementos que levem o aluno a 
se apropriar dos conhecimentos escolares, já que nesse processo é necessário utilizar de 
diferentes abordagens e elementos para sua efetividade. No Estado do Paraná, a 
Superintendência da Educação delibera que o PAEE ou mesmo o professor com 
habilitação e formação em Educação Especial e Inclusiva tem como atribuições: 
 
Professor de apoio permanente em sala de aula: professor habilitado ou 
especializado em educação especial que presta atendimento educacional ao 
aluno que necessite de apoios intensos e contínuos, no contexto de ensino 
regular, auxiliando o professor regente e a equipe técnico pedagógica da 
escola. Com este profissional pressupõe-se um atendimento mais 
individualizado, subsidiado com recursos técnicos, tecnológicos e/ou 
materiais, além de códigos e linguagens mais adequadas às diferentes situações 
de aprendizagem (PARANÁ, 2003, p. 20). 
 
Portanto, a partir da operacionalização do processo de ensino, com retomadas de 
conteúdo, com abordagens diferenciadas e utilizando-se de diferentes instrumentos é que 
se pode alcançar as aprendizagens do aluno com Deficiência Intelectual no processo de 
escolarização. Para além de atividades impressas e mecânicas, o PAEE e principalmente 
no ensino remoto emergencial é o agente que facilita as aprendizagens do aluno com DI 
como escreve Fuck (1999, p. 14-15) que é preciso acreditar no educando, “na sua 
capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e 
assumir as consequências de sua escolha”. 
Segundo Rondini; Pedro; Duarte (2020, p.8) “O intuito do ensino remoto não é 
estruturar um ecossistema educacional robusto, masofertar acesso temporário aos 
conteúdos curriculares que seriam desenvolvidos presencialmente”. Esse acesso 
temporário já perdura por cerca de um ano e meio e esse fator interferiu diretamente no 
Atendimento Educacional Especializado, pois o ensino à distância com aluno com DI 
requer-se de um aparato de tecnologias muitas vezes não presentes na realidade vivida 
tanto de alunos quanto de professores. 
Os anos de 2020 e 2021 estão sendo atípicos para a educação. A pandemia causada 
pelo “novo Corona vírus” exigiu adaptações tanto dos docentes como dos discentes para 
que uma nova forma de interagir se instalasse para as trocas de conhecimentos e de 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91934 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
comunicação entre professores e alunos. Tanto o planejamento docente, o calendário 
escolar, a prática pedagógica como a forma de abordar os conteúdos e foram 
reestruturados e repensados pelos profissionais da educação, principalmente dos PAEE. 
Segundo o Ministério da Saúde, a Covid-19 pode ser explicada da seguinte forma: 
 
Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies 
diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, 
os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo 
do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a 
transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado 
em Wuhan na China e causou a COVID-19, sendo em seguida disseminada e 
transmitida pessoa a pessoa. (BRASIL, 2020) 
 
Com a necessidade de isolamento social a Escola buscou diferentes ferramentas 
para que a Educação não parasse e o processo de aprendizagem não fosse interrompido. 
Foi uma intensa busca para que o professor de sala de aula se reinventasse: num primeiro 
momento aceitando o grande desafio e depois buscando conhecimentos. O apoio do poder 
público ainda se espera. Mas a família, mesmo com parcos recursos, incentivou o 
desempenho do aluno como era possível. 
Embora a falta de estrutura permeie o cotidiano da escola pública, há esforço de 
professores para garantir que seus alunos tenham acesso às aulas na pandemia. Dentre 
muitas ações, podemos citar a comunicação entre professores e alunos a partir de 
mensagens via celular para o desenvolvimento de projetos escolares. Moran destaca sobre 
o ensino tradicional (atividades impressas que priorizam exercícios mecânicos) e o ensino 
interdisciplinar desenvolvido a partir de projetos: 
 
As instituições educacionais atentas às mudanças escolhem fundamentalmente 
dois caminhos, um mais suave - mudanças progressivas - e outro mais amplo, 
com mudanças profundas. No caminho mais suave, elas mantêm o modelo 
curricular predominante – disciplinar – mas priorizam o envolvimento maior 
do aluno, com metodologias ativas como o ensino por projetos de forma mais 
interdisciplinar, o ensino híbrido ou blended e a sala de aula invertida. 
(MORAN, 2015, p. 17) 
 
As Metodologias Ativas em tempos de Pandemia podem ser utilizadas no 
atendimento ao aluno com deficiência para garantir que o processo de ensino e 
aprendizagem se efetive. Além de projetos que utilizem de conhecimentos referentes ao 
seu cotidiano, ainda se pode desenvolver o atendimento a esses alunos mantendo todos 
os protocolos de segurança (distanciamento social, uso de álcool em gel, uso de máscaras) 
na escola alternando os dias em que o aluno terá aula presencial. Nos encontros 
presenciais, o professor encaminha o aluno, orienta para o desenvolvimento dos projetos. 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91935 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
“Em campo”, o aluno participa dos processos do cotidiano e passa a perceber que tudo 
tem um porquê e uma razão. Desta forma aprende, como escreve Moran (2015, p. 17) que 
“a melhor forma de aprender é combinando equilibradamente atividades, desafios e 
informação contextualizada”. 
Mesmo depois que a escola passar a atender os alunos presencialmente, ainda é 
possível, conforme a demanda, atender o aluno com deficiência alternando entre o 
ambiente escolar e sua casa, com a ajuda da família. O processo pode ser benéfico, já que 
um longo período vivido no isolamento proporcionou experiências que podem ser levadas 
para as práticas escolares. “Quanto mais aprendamos próximos da vida, melhor. As 
metodologias ativas são pontos de partida para avançar para processos mais avançados 
de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas” 
(MORAN, 2015, p. 18). Neste viés, Moran aponta que as Metodologias Ativas são 
modelos inovadores que podem ser acatados por instituições de ensino: 
 
Outras instituições propõem modelos mais inovadores, disruptivos, sem 
disciplinas, que redesenham o projeto, os espaços físicos, as metodologias, 
baseadas em atividades, desafios, problemas, jogos e onde cada aluno aprende 
no seu próprio ritmo e necessidade e também aprende com os outros em grupos 
e projetos, com supervisão de professores orientadores. (MORAN, 2015, p. 17) 
 
Os encaminhamentos docentes refletem-se na prática pedagógica do professor que 
ao utilizar, por exemplo de Metodologias Ativas, enfatiza o protagonismo do aluno em 
participar ativamente na construção de seu conhecimento, como escreve Morán (2018, p. 
4) que essas Metodologias “[...] dão ênfase ao papel de protagonista do aluno, ao seu 
envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo”. O uso 
dessas Metodologias, no ensino remoto emergencial, mostrou-se um tanto quanto 
desafiadoras para o professor do AEE. 
O caminho encontrado foi o do protagonismo do aluno em seus conhecimentos, 
ou seja, trabalhar com o que o aluno já sabe, valorizando as suas experiências, mas 
também aproveitando do seu ambiente familiar e seu acesso a recursos domésticos, para 
desenvolver práticas objetivando o desenvolvimento cognitivo e intelectual. Moran 
(2015, p. 18) descreve os componentes necessários para o desenvolvimento das 
aprendizagens: 
 
Alguns componentes são fundamentais para o sucesso da aprendizagem: a 
criação de desafios, atividades, jogos que realmente trazem as competências 
necessárias para cada etapa, que solicitam informações pertinentes, que 
oferecem recompensas estimulantes, que combinam percursos pessoais com 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91936 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
participação significativa em grupos, que se inserem em plataformas 
adaptativas, que reconhecem cada aluno e ao mesmo tempo aprendem com a 
interação, tudo isso utilizando as tecnologias adequadas. 
 
O uso de tecnologias adequadas citadas pelo referido autor, dão suporte para o 
desenvolvimento das Metodologias Ativas. Interdisciplinarmente, o PAEE pode 
desenvolver intervenções onde o aluno seja estimulado a perceber em seu entorno canais 
de aprendizagens. O uso do celular para as aprendizagens, por exemplo, é um instrumento 
importante no que se refere ao acesso à links disponibilizados pelo professor para 
complementar as aulas e os conteúdos abordados. Junto aos vídeos, livros que podem ser 
baixados gratuitamente e que impresso não haveria possibilidade de acesso. A interação 
do professor com o aluno mesmo distante, em tempo real a partir de ligações de vídeo. O 
distanciamento social necessário na pandemia é superado com o uso das tecnologias que 
aproximam alunos e professores e promovem a continuidade do processo de ensino 
escolar com o uso desses instrumentos. 
Essa forma de intervir no seu próprio cotidiano faz parte de uma formação cidadã 
que além de estar nos ambientes, percebe nele uma dinamicidade sem parâmetros com 
inúmeras possibilidades de intervenções. Dessa forma, oensino remoto emergencial para 
além das Metodologias Ativas, ainda se utiliza do cotidiano integralmente, já que o aluno 
com DI está em sua casa e a partir dos encaminhamentos docentes, passa a perceber a 
dinamicidade das relações que o circundam e exercem influência sobre suas 
aprendizagens e sua formação. 
A capacidade que o aluno traz de aprender está diretamente ligada à necessidade 
do professor do AEE levantar suas aptidões, ou seja, perceber a partir de um processo de 
avaliação contínuo das aprendizagens e mesmo dificuldades de aprendizagens do aluno 
com DI, onde é necessário atuar efetivamente para que ele se desenvolva. Contudo, é 
preciso que a escola dialogue com as aprendizagens e experiências que o aluno traz de 
seu meio de vivência. Luckesi (2000) diz que: 
 
A educação, nos seus diversos aspectos, não formal e formal, tem a 
possibilidade de medir uma construção sadia da vida. Na medida em que 
grande parte da população mundial passa por ela, é imenso o poder que tem a 
educação de interferir numa direção sadia dada à vida. 
 
Essa direção sadia dada à vida pode ser a inserção do aluno e o desenvolvimento 
de suas percepções e atenção ao que antes não lhe despertavam interesses. O cotidiano 
familiar guarda relações que quando apontadas pedagogicamente podem interferir na 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91937 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
forma com que o aluno com DI vê, sente e se relaciona. Portanto, a qualidade da educação 
destinada ao aluno com Deficiência Intelectual é essencialmente, além de um direito na 
pandemia, uma metodologia que garante a continuidade das aprendizagens de forma 
interdisciplinar, ou seja, une os saberes de mundo aos saberes escolares de forma integral, 
propulsora de conhecimentos que fazem parte do cotidiano de forma contextualizada. 
A escola pode ser a propulsora e mediadora do processo de ensino. Moran traz um 
exemplo de projeto onde o aluno estuda em casa. A escola faz a ponte que sistematiza o 
conhecimento e debate os projetos em profundidade, a saber: 
 
O aluno escolhe um problema real de sua comunidade ou região para trabalhar 
os temas daquele período.” As aulas expositivas também foram abolidas. 
Agora, os alunos estudam os conteúdos em casa, ou onde preferirem. São 
disponibilizados em uma plataforma on-line vídeos, textos e um conjunto de 
atividades às quais os estudantes devem se dedicar antes de ir para a aula. Essas 
atividades são de dois tipos: um primeiro de fixação e garantia de compreensão 
do conteúdo, e outro de problematização, que estimula a pesquisa e a 
transposição do conhecimento para problemas reais. Com isso, o tempo em 
sala de aula é usado para que os temas sejam debatidos mais profundamente e 
também para a realização dos projetos do semestre. (MORAN, 2015, p. 21) 
 
Os encontros presenciais, neste modelo adotado podem ser desenvolvidos no 
ensino remoto emergencial. Mesmo que o encontro presencial para debater projetos e 
orientar os alunos não possam ocorrer, é possível fazê-los a partir do uso de canais de 
comunicação como vídeo chamada, mensagens de voz e texto. São infinitas as 
possibilidades que a tecnologia proporciona para o desenvolvimento desse tipo de 
Metodologia Ativa. 
Móran (2018, p. 3), escreve que “A aprendizagem mais profunda requer espaços 
de prática frequentes (aprender fazendo) e de ambiente ricos em oportunidades”. Na 
Pandemia do Covid-19 e na vigência do isolamento social com o ensino escolar remoto, 
essas oportunidades que o referido autor cita, podem ser o ambiente de convivência 
familiar em sua diversidade de elementos problematizados pelo professor do 
Atendimento Educacional Especializado para transformar-se em eixos norteadores de 
múltiplas aprendizagens na Pandemia. 
As aprendizagens que utilizam de conhecimentos e dinâmicas vividas pelo aluno, 
podem se mostrar eficazes para o processo de desenvolvimento escolar. Para tanto, o 
enfoque no “aluno ativo e não passivo, envolvimento profundo e não burocrático, 
professor orientador e não transmissor” (MORAN, 2015, p. 22) são fundamentais para a 
efetividade das Metodologias Ativas. 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91938 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
A aula invertida, uma opção que pode ser utilizada na Pandemia e também quando 
as aulas voltarem para o modelo presencial, também é importante e pode ser 
desenvolvida. Sobre este modelo, Moran descreve que: 
 
Um dos modelos mais interessantes de ensinar hoje é o de concentrar no 
ambiente virtual o que é informação básica e deixar para a sala de aula as 
atividades mais criativas e supervisionadas. É o que se chama de aula invertida. 
A combinação de aprendizagem por desafios, problemas reais, jogos, com a 
aula invertida é muito importante para que os alunos aprendam fazendo, 
aprendam juntos e aprendam, também, no seu próprio ritmo. Os jogos e as 
aulas roteirizadas com a linguagem de jogos cada vez estão mais presentes no 
cotidiano escolar. Para gerações acostumadas a jogar, a de desafios, 
recompensas, de competição e cooperação é atraente e fácil de perceber. 
(MORAN, 2015, p. 23) 
 
O uso de diferentes estratégias para ensinar e aprender, podem contar com as 
tecnologias por mais escassas que se apresentem. A escola, em tempos de Pandemia 
precisou se reinventar. Para Fernandes; Oliveira; Costa (2020, p. 55), a aula invertida no 
Ensino Remoto “pode acontecer com êxito, tendo em vista que o professor pode formar 
um grupo, no WhatsApp, por exemplo, para que os alunos estudem previamente e 
colocado em prática na aula remota”. Para isso, o uso do Google Meet, ligações via 
WhatsApp em grupo de alunos, etc. 
Os professores necessitaram buscar formação e informações referentes a novos 
encaminhamentos e procedimentos que pudessem auxiliar o aluno com deficiência a não 
perder afinidade com as dinâmicas escolares e para isso, múltiplas formas de intervenção 
foram desenvolvidas à luz de teorias e práticas já aplicadas. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As Metodologias Ativas utilizadas no Ensino Remoto Emergencial podem 
contribuir com a prática pedagógica do Professor do Atendimento Educacional 
Especializado, pois, além de protagonizar o aluno como centro do processo de ensino, 
ainda prevê que o desenvolvimento de suas capacidades se dá a partir do trato com sua 
realidade. Ao levar em conta seus saberes, o professor media o conhecimento de forma a 
tornar o aluno um pesquisador dos fatos, ações e conhecimentos que interferem em suas 
vivencias e em seu cotidiano. Desta forma, todo o aparato de condições estruturais à sua 
volta, são revertidos em sistematizações feitas e desenvolvidas pelo professor para que o 
aluno seja participante ativo nesse processo. 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91939 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
Dentre muitos encaminhamentos que podem ser desenvolvidos no Ensino Remoto 
Emergencial para conduzir os alunos inclusos com Deficiência Intelectual- DI, é 
investigar seu entorno social para desenvolver projetos que estejam atrelados às suas 
vivências. Atrelar a teoria com a prática é uma forma de desenvolver o interesse pelos 
conhecimentos escolares e na Pandemia ainda mais. Desta forma, ao abordar problemas 
encontrados, projetos podem ser desenvolvidos onde o aluno levará os conhecimentos 
que já possui sobre o assunto e o mesmo será instigado a aprofundar seus conhecimentos 
e posteriormente, interferir para provocar mudanças em seu entorno social. Um exemplo 
seria o tratamento do lixo, a destinação e etc. É um problema social que pode ser 
desenvolvido e tratado junto aos conteúdos de Ciências, de Língua Portuguesa, de Arte 
apoiados pela comunidade escolar. Essas mediações auxiliamno processo de 
desenvolvimento do aluno ao mesmo tempo em que lhe conferem experiências práticas e 
ativas. 
Outro fator a ser destacado é a falta de recursos tecnológicos para o 
desenvolvimento de aulas não presenciais. Porém, no diálogo com autores percebeu-se 
que, por mais escassos que sejam, é possível potencializar o que se tem. Portanto, se o 
professor consegue mediar os conhecimentos a partir de um aplicativo de WhatsApp, por 
exemplo, ele pode aproveitar ao máximo esse recurso de comunicação. A partir dele, 
pode-se desenvolver aulas dinâmicas, com comunicação ao vivo ou gravada, utilizar-se 
de joguinhos educativos que potencializem o espírito competitivo, a criatividade e etc. 
A prática pedagógica do Professor do Atendimento Educacional Especializado 
pode estar em consonância com os saberes cotidianos dos alunos. Isto porque é preciso 
atrelar a teoria com a prática, mas também encaminhar o aluno às aprendizagens 
significativamente, ou seja, é preciso utilizar fatos do cotidiano, situações problemas 
vivenciadas para que o conhecimento não esteja análogo aos acontecimentos vividos às 
experiências que o meio proporciona. 
As mudanças ocorridas no atendimento de aluno com DI, inicialmente, apontaram 
que novas formas de intervir sobre o processo de ensino seriam necessárias. Com o 
atendimento totalmente remoto, sem encontros presenciais, a evidência e a emergência 
de práticas pedagógicas que utilizassem de interesses dos alunos se fizeram emergentes. 
Assim, tanto os professores AEE quanto o aluno com DI, passaram por uma adaptação e 
depois por usufruir das Metodologias Ativas em prol de suas aprendizagens. 
A prática pedagógica do Professor de Atendimento Educacional Especializado 
pode ser efetivada a partir do compromisso do professor em fomentar ações que levem 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91940 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
em conta as especificidades do aluno e interesses junto a um processo contínuo de 
avaliação das suas aprendizagens. Avaliar as aprendizagens no desenvolvimento de um 
projeto, por exemplo, pode ter como critério o desenvolvimento dos interesses quanto ao 
objeto pesquisado. As intervenções decorrentes da aprendizagem, na prática, podem ser 
efetivadas a partir de intervenções do próprio aluno em seu entorno. Assim, um projeto 
onde aborde o uso da água em períodos de seca, por exemplo, promove a conscientização 
quanto ao uso adequado da água tanto do aluno que participou do projeto como das 
pessoas de seu entorno. 
O processo histórico da inclusão permitiu que o movimento da Educação Especial 
e Inclusiva alcançasse direitos com o acesso no ensino regular e a inserção tanto 
educacional quanto social. A partir da Constituição de 1988 onde tem-se a educação como 
direito, abriu-se um leque de oportunidades como inserção em áreas antes não flexíveis 
para a atuação da pessoa com deficiência e também do acesso com as condições 
estruturais para que possam se locomover e inserir-se, assim como outras medidas 
contempladas no direito a ter direito. 
As práticas pedagógicas que podem ser desenvolvidas com aluno com Deficiência 
Intelectual necessitam ser constantemente avaliadas e também trabalhadas conforme as 
especificidades de cada aluno. Dessa forma, ao desenvolver uma prática, é preciso avaliar 
o aluno em todas as suas dimensões atendo-se a sua capacidade de análise e aos 
encaminhamentos e procedimentos propostos. Da mesma forma, os materiais também 
devem estar de acordo com a dificuldade enfatizando sempre os avanços num processo 
de desenvolvimento e envolvimento integral. Esses materiais podem ser pedagógicos 
impressos, virtuais (jogos, vídeos, musicas) e também concretos como materiais didáticos 
específicos para atingir o desenvolvimento de uma habilidade, como por exemplo, os 
blocos lógicos (que tem como objetivo desenvolver o raciocínio lógico matemático do 
aluno). 
Os benefícios de uma prática pedagógica voltada para atender as dificuldades de 
aprendizagem do aluno com DI são de inserção escolar além de fomentar a inclusão e 
promover o desenvolvimento intelectual e cognitivo do aluno. Portanto, a inclusão se dá 
a partir da garantia da inserção do aluno, das condições de aprendizagens e da garantia de 
sua permanência na escola. Compete à prática pedagógica proporcionar esses vários 
elementos para efetivação deste processo. 
 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
91941 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 91928-91941 sep. 2021 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição Federal 1988. Brasília: Senado, 1988 
 
BRASIL. LDB 9.394/1996. Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394. Brasília, 1996. 
 
BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial. Documento Subsidiário à 
Política da Inclusão. Brasília: MEC/SEESP, 2005. 
 
BRASIL. Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA _ Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de 
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008. 
 
FERNANDES, Adriana Hidalgo; OLIVEIRA, Flávio Rodrigues de; COSTA, Maria Luiza Furlan. 
As metodologias ativas diante do ensino remoto: histórico e considerações teóricas para os 
anos iniciais do ensino fundamental. Revista TICs & EaD em Foco. São Luís, v. 6, n. 2, jul./dez. 
(2020). Disponível em: 
https://ticsead.uemanet.uema.br/index.php/ticseadfoco/article/view/498/343. Acesso em: 23 abr. 
2021. 
 
FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de Adultos. Relato de uma experiência construtivista. 5ª 
ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 
 
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002. 
 
MARTINS, Lúcia Araújo Ramos, PIRES, Gláucia Nascimento da Luz, MELO, Francisco Ricardo 
Lins Vieira de. (Org.) Inclusão: compartilhando Saberes. 2. ed. Petrópolis. R.J.: Vozes, 2006. 
 
MAZZOTTA, Marcos. José Silveira. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. 
São Paulo: Cortez, 2005. 208 p. 
 
MORAN, J. Mudando a educação com Metodologias Ativas. In.: SOUZA, Carlos Alberto de; 
MORALES, Ofelia Elisa Torres (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências 
Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: Foca Foto-
PROEX/UEPG, 2015. Disponível em: http://rh.unis.edu.br/wp-
content/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-com-Metodologias-Ativas.pdf. Acesso 
em: 20 abr. 2021. 
 
MORAN, J. (org). Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda: uma 
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. 
 
RONDINI, Carina Alexandra; Pedro, Ketilin Mayra; DUARTE, Cláudia dos Santos. Pandemia 
da covid-19 e o ensino remoto emergencial: mudanças na prática pedagógica. Revista Interfaces 
Científicas. Aracaju, v.10, n.1, p. 41 – 57. Número Temático – 2020. Disponível em: 
https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/9085/4128. Acesso em: 03 abr. 2021. 
 
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão no lazer e turismo: em busca da qualidade de vida. São 
Paulo. Aurea: 2003

Continue navegando