Prévia do material em texto
Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 1 �am� Físic� Ginecológic� AEM: autoexame das mamas - realizado pela paciente no período de 5 a 9o dia do ciclo ECM: exame clínico das mamas - realizado por um médico EXAME DAS MAMAS a paciente deve estar à beira do leito, com as mãos apoiadas nos quadris e com os músculos peitorais flexionados. o que é observado na paciente nessa posição? - assimetria - pele: eritema mamário, refração, escamação, mamilo e edema o edema é identificado pelo sinal denominado PEAU D'ORANGE - significa pele em casca de laranja 1.Inspeção Estática É na inspeção estática que o médico deve observar os seguintes parâmetros: volume, forma e simetria das mamas. Em geral, inicialmente o examinador deve observar a cor do tecido mamário, bem como a eventual presença de quaisquer erupções cutâneas incomuns ou de descamação. Durante o exame, é possível ainda que o examinador se depare com massas visíveis, retrações ou pequenas depressões. Além das características já mencionadas, a inspeção deve também incluir a procura de alterações na aréola (tamanho, forma e simetria), alterações na orientação dos mamilos (desvio da direção em que os mamilos apontam), achatamento ou inversão e, ainda, a evidência de secreção mamilar, como crostas em torno do mamilo. Adicionalmente, o examinador deve relatar a presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas congênitas e tatuagens. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 2 a mama costuma ser dividida em 4 quadrantes, com base em linhas verticais e horizontais que se cruzam no mamilo ► Divisão anatômica Em quatro quadrantes, adicionando mais um, o central, com a aréola e o mamilo: • Súpero-lateral/ superior externo (SL) - onde costuma estar presente a maior parte dos nódulos de câncer de mama devido a drenagem linfática. . • Supero-medial/ superior interno (SM). • Ínfero-lateral/ inferior externo (IL). • Ínfero-medial/ inferior interno (IM). • Quadrante central/ retroareolar. 2. Inspeção Dinâmica Nesse caso, deve-se pedir para que a paciente execute alguns movimentos com os braços e com as mãos, no intuito de observar modificações que só ficam evidentes durante os movimentos ou com a contração dos músculos peitorais. É solicitado à paciente que erga os braços, sucessivamente a 90 e 180 graus e, posteriormente, com as mãos diante do tórax, a paciente executa movimentos de contração dos músculos peitorais. Dessa forma, caso haja formação tumoral profunda aderida ao plano muscular, a assimetria se evidencia. Nos casos de prolapso uterino, este se acentua na inspeção dinâmica. Classicamente, dividimos os prolapsos em primeiro grau (quando o orifício interno do colo não alcança o intróito vaginal) segundo grau (quando o orifício interno do colo alcança o intróito vaginal) e terceiro grau (quando o ultrapassa). 2.1 Linfonodos são palpados também os linfonodos das cadeias axilares, supra e infraclaviculares. As células malignas de um câncer mamário podem disseminar-se diretamente para os linfonodos infraclaviculares ou para a cadeia mamária interna de linfonodos no tórax. Paciente colocar braço que está sendo analisado no braço oposto do médico para facilitar a palpação de linfonodos utilizando a mão contralateral. Isso faz com que os m.peitorais relaxem. O primeiro nódulo linfático a ser comprometido com metástase de câncer de mama (nódulo sentinela) está quase sempre localizada na parte posterior da posição média do músculos peitoral maior Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 3 2.2 Palpação das mamas Dentre as técnicas de palpação desenvolvidas, a realizada com mão espalmada e movimentos circulares (técnica de Velpeau) e com a ponta dos dedos simulando tocar piano (técnica de Bloodgood) são as mais citadas na literatura. Paciente em posição supina uma das mãos acima da cabeça (esticar o tecido da mama ao longo da parede torácica) Nas condições anormais, elas devem ser descritas de acordo com: - localização na mama direita ou esquerda - quadrante - distância de aréola - tamanho 2.3 Abdômen andar inferior - região hipogástrica, fossa ilíaca direita e esquerda A inspeção Dessa forma, deve-se observar o estado nutricional da paciente, o depósito característico de tecido adiposo, o aspecto da pele e a distribuição de pelos, bem como a eventual presença de abaulamentos ou retrações que modifiquem a forma do abdome. Outro achado que pode estar presente é o de uma hérnia umbilical, a qual é frequente principalmente em multíparas, bem como as estrias ou víbices, que têm coloração violácea quando recentes e tornam-se esbranquiçadas com o passar do tempo. E aquela coloração enegrecida no centro do abdômen, que segue uma linha vertical? O nome dessa pigmentação da linha alba é linha nigra, a qual é característica da gravidez. A ausculta A ausculta deve ser feita idealmente antes da palpação e da percussão, para que a manipulação do abdômen não interfira nessa etapa. Essa parte do exame físico, além de ser um procedimento rotineiro em obstetrícia para identificação dos batimentos cardíacos do feto, é utilizada na ausência de gestação, para avaliação de movimentos peristálticos. A palpação Especificamente no que concerne à palpação, a paciente deve permanecer posicionada em decúbito dorsal e o médico deve se posicionar à direita do leito. Classicamente, a palpação se faz em dois tempos: a superficial e a profunda. Dessa forma, a palpação superficial é realizada com as mãos espalmadas percorrendo com suavidade todo o abdome, sem exercer pressão exagerada, procurando definir a presença de irregularidades. Já no momento da palpação profunda, o médico exerce pressão no abdômen, com o intuito de detectar eventuais alterações e/ ou definir melhor os achados Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 4 da palpação superficial. É nesse momento que o hipogástrio e as fossas ilíacas serão examinados detalhadamente. Percussão A percussão do abdome completa o exame, permitindo identificar sons de macicez ou timpanismo em todas as regiões abdominais, tornando possível delimitar tumores e caracterizar a presença de líquido livre na cavidade abdominal (ascite). EXAME PÉLVICO - paciente em posição supina - pernas na posição de litotomia dorsal e os pés apoiados nos estribos - cabeceira da cama elevada em 30o, relaxando os músculos da parede abdominal para exame bimanual LINFONODOS INGUINAIS Os cânceres e às infecções pélvicas podem drenar para os linfonodos inguinais inspeção metódica do períneo, desde o monte do púbis, ventralmente, e às pregas genitpcrurais, lateralmente, até o ânus avaliar a presença de patologia nas glândulas parauretrais e de Bartholin ESPÉCULOS Os espetáculos podem ser metálicos ou plásticos. A vagina e a cérvice são examinadas após a colocação do espéculo dá Graves ou de Pederson Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 5 Antes da inserção, os lábios menores são delicadamente separados e a uretra é examinada. O espéculo é introduzido fechado. Apóia-se o espéculo sobre a fúrcula, ligeiramente oblíquo (para evitar lesão uretral), e faz-se sua introdução lentamente; antes de ser completamente colocado na vagina, quando estiver em meio caminho, deve ser rodado à esquerda, ficando as valvas paralelas às paredes anterior e posterior; posição que ocupará no exame. A extremidade do aparelho será orientada para baixo e para trás, na direção do cóccix, enquanto é aberto. Na abertura do espéculo, a mão esquerda segura e firme a valva anterior do mesmo), para que a mão direita possa girar a borboleta para o sentido horário, abri-lo e expor o colo uterino (forma de fenda - já parto normal, em forma circular - não parto normal). EXAME BIMANUAL - tamanho, mobilidade e consistência do útero + estruturas anexas (raramente presente, quando presente na maioria das vezes corresponde a região com massa ou neoplasia -> solicitar exames) - mulheres com histórico de histerectomia podem fazer o bimanual, pois continua sendo importante e usado para excluir outra patologia pélvica - posição uterinaavaliada pelo toque do dedo indicador no interior, ao longo da extensão anterior do colo uterino os anexos são apreendidos entre os dedos na vagina e a outra mão do médico, que deve estar exercendo pressão descendente contra o abdome inferior EXAME RETOVAGINAL dor pélvica, masa pélvica, síntomas retais O dedo indicador é introduzido na vagina e o dedo médio no reto. Esses dedos são aproximados um do outro, no sentido horizontal, como uma tesoura, para avaliar o septo retrovaginal, em bsuca de cicatrizes ou saliências peritoneais O dedo indicador é retirado e o dedo médio conclui o toque circular dá cavidade anal para excluir a existência de massa EXAME GINECOLÓGICO: POSICIONAMENTO DA PACIENTE: A posição ginecológica ou de litotomia é a preferida para a realização do exame ginecológico. Coloca-se a paciente em decúbito dorsal, com as nádegas na borda da mesa, as pernas fletidas sobre as coxas e, estas, sobre o abdômen, amplamente abduzidas. O exame dos órgãos genitais deve ser feito numa seqüência lógica: a) órgãos genitais externos- vulva b) órgãos genitais internos- vagina, útero, trompas e ovários EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS: A inspeção dos órgãos genitais externos é realizada observando-se a forma do períneo, a disposição dos pêlos (forma triangular) e a conformação externa da vulva (grandes Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 6 lábios). Realizada esta etapa, afastam-se os grandes lábios para inspeção do intróito vaginal. Com o polegar e o indicador prendem-se as bordas dos dois lábios, que deverão ser afastadas e puxadas ligeiramente para a frente. Desta forma visualizamos a face interna dos grandes lábios e o vestíbulo, hímen ou carúnculas himenais, pequenos lábios, clitóris, meato uretral, glândulas de Skene (conhecidos como glândulas uretrais, são tubulares na parte superior da vagina e adjacentes à uretra. Drenam as suas secreções para a uretra e para o meato urinário) e a fúrcula vaginal. Deve-se palpar a região das glândulas de Bartholin (são glândulas redondas, pequenas localizadas bilateralmente na vulva, uma em cada lado da abertura da vagina. Tem como função a secreção de muco para a lubrificação da vulva e da vagina durante o ato sexual); e palpar o períneo, para avaliação da integridade perineal. Poderá ser realizada manobra de Valsalva (soprar a mão) para melhor identificar eventuais prolapsos genitais e incontinência urinária. Todas as alterações deverão ser descritas e, em alguns casos, a normalidade também. EXAME OBSTÉTRICO INSPEÇÃO GERAL Avaliar: estado emocional, condições nutricionais. • Sinais vitais, altura e peso (o ganho adequado para uma paciente, segundo o Ministério da Saúde, fica no intervalo de 11,5 e 16 kg). • Temperatura: em média 0,5ºC maior do que a basal. • Respiração: atenção, principalmente, para o último trimestre de gestação, pois o crescimento uterino eleva o diafragma, o que pode levar a um quadro de dispneia. • Pulso. • Pressão arterial (PA): quadros hipertensivos, como hipertensão gestacional, hipertensão crônica e pré-eclâmpsia, são muito temidos durante a gravidez e, em virtude disso, a verificação da pressão arterial deve ser uma constante em todas as consultas de pré-natal. A PA, idealmente, deve estar abaixo de 140/90mmHg. Caso a PA seja conhecida, a sistólica não pode ultrapassar 30mmHg do normal e a diastólica, 15mmHg. • Hipertensão gestacional: pressão Arterial Sistólica (PAS) ≥ 140 e Pressão Arterial Diastólica (PAD) ≥ 90. Surgimento após a 20ª semana de gestação e sem proteinúria. • Hipertensão crônica: PAS ≥ 140 e PAD ≥ 90 antes da gravidez, anterior a 20ª semana de gestação e após a 12ª semana de pós-parto. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 7 • Pré-eclâmpsia: PAS ≥ 140 e PAD ≥ 90. Surgimento após a 20ª semana de gestação e com proteinúria. Além da proteinúria e hipertensão, há edema. • A eclâmpsia apresenta as mesmas características dá pré-eclâmpsia, porém com o acréscimo de convulsão. Exame das mamas ► Com 8 semanas de gestação: • Congestão mamária: hipertrofia. • Aréola primária: aréola hiperpigmentada. • Tubérculos de Montgomery: 12-15 glândulas mamárias acessórias ou sebáceas hipertrofiadas. ► Com 16 semanas de gestação: • Colostro: líquido que sai da mama e precede o leite materno. É possível verificar com a expressão. • Rede venosa de Haller: aumento da circulação venosa formando uma rede visível sob a pele transparente das mamas. ► Com 20 semanas de gestação: • Sinal de Hunter: desenvolvimento da aréola secundária, escurecimento das mamas. Abdome – gestante em decúbito horizontal. No exame físico do abdome, a seguinte sequência deve ser obedecida: inspeção, altura uterina, palpação (manobras de Leopold- Zweifel) e ausculta fetal. INSPEÇÃO ► Verificar o formato do abdome (plano, abaulado, ovóide ou globoide). Atentar também para modificações na pele, como a presença de: • Cicatrizes (investigar cirurgia de cesárea anterior). • Melasma ou cloasma. • Estrias (que são rupturas de fibras elásticas; quando recentes, são vermelhas ou azuladas e quando tardias, brancas). • Linha nigra: escurecimento da linha alba. • Edema. • Aumento exagerado do volume abdominal, indicativo de alterações importantes (polidrâmnio, gemelaridade e obesidade). Observação: o formato tende a ser mais pêndulo em multíparas pelo enfraquecimento da musculatura abdominal, o que pode gerar alterações de apresentação fetal. PALPAÇÃO ► Verificar a consistência uterina: • Cística (líquido amniótico). • Elástica (parede uterina). • Pastosa (placenta). MEDIDA DA ALTURA UTERINA Com a mão direita, fixar a extremidade inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise púbica, passando-a entre os dedos indicador e médio da mão esquerda ou Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 8 pela borda cubital esquerda. Proceder à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino. Na 12ª semana: útero enche a pelve de modo que é palpável na borda superior da sínfise púbica; útero se torna abdominal. Na 16ª semana: o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical. Na 20ª semana: o fundo do útero encontra-se na altura dá cicatriz umbilical. A partir da 20ª semana: existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, esse parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional. Na 40ª semana: o útero se encontra ao nível do apêndice xifóide. Antes de iniciar as manobras de Leopold, uma revisão sobre estática fetal deve ser feita para relembrar conceitos importantes: Situação: relação entre o maior eixo do feto e maior eixo do uterino. Pode ser longitudinal, transversa ou oblíqua. • Longitudinal: maiores eixos do feto e útero são paralelos e coincidem. • Transversa: maiores eixos do feto e útero são perpendiculares. • Oblíqua ou inclinada: maiores eixos do feto e útero se cruzam. Apresentação: região do feto que se encontra voltada para o estreito superior (linha entre o promontório e margem superior da sínfise púbica). Pode ser cefálica, pélvica ou córmica. • Cefálica: polo cefálico. • Pélvica: polo pélvico – pelve ou membros inferiores (completa ou incompleta). • Córmica (ombro): sempre apresentação da situação transversa. Altura da Apresentação: pode ser móvel ou fixa. • Móvel ou alta. • Fixa ou insinuada ou encaixada. PALPAÇÃO ► Na palpação, então, destacam-se os quatro tempos das manobras de Leopold-Zweifel: 1º tempo: exploração do fundo uterino, delimitando-o e caracterizando onde os segmentos fetais se encontram. Este tempo orienta quanto à situação e à apresentação fetal. Palpação com as bordas cubitais de ambas as mãos no fundo uterino, delimitando, sem pressionar muito, e sentindo com a face palmar qual o polo presente no fundo uterino (pélvico ou cefálico) – orientação em relação à apresentação fetal. O polo pélvico é mais volumoso, esferoide, irregular, mas redutível e sem rechaço. Já o polo cefálico é menor, regular, resistente e irredutível. Pode-se também ver nesse tempo o rechaço, dependendoda quantidade de líquido amniótico (rechaço é muito mais nítido com o polo cefálico). • Rechaço simples: desloca o polo fetal e ele deixa de ser palpável. • Rechaço duplo: desloca o polo fetal e depois ele volta para posição inicial, voltando a ser palpável. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 9 2º tempo: exploração do dorso fetal; visa determinar a posição fetal, reconhecendo, com as mãos, o lado ocupado pelo dorso do feto (segmento endurecido e convexo) e o lado onde estão os membros fetais. A palpação é feita ao deslizar as mãos do fundo uterino em direção ao polo inferior, lateralmente. • Primeira posição: o feto está em posição esquerda, ou seja, seu dorso está no lado esquerdo materno. • Segunda posição: o dorso fetal está do lado direito materno. 3º tempo: exploração da mobilidade do polo fetal (altura da apresentação) que está no estreito superior; procura-se apreender o polo entre o polegar e o dedo médio, imprimindo-lhe movimentos de lateralidade que indicam o grau de penetração na bacia. Quando insinuado, o polo se apresenta fixo, quando móvel, este se encontra alto. 4º tempo: exploração da escava (confirma situação, apresentação e altura); O examinador, de costas para a cabeça da paciente, espalma as mãos sobre as fossas ilíacas e as desloca em direção ao hipogástrio, paralelamente à arcada crural. Com as pontas dos dedos, procura penetrar na pelve para averiguar o grau de penetração do polo apresentado no estreito superior da bacia. Desta maneira, pode-se também reconhecer a cabeça fetal, que ocupa completamente a escava e é um corpo volumoso, de superfície regular, resistente e irredutível ou o polo pélvico, que, ocupando parcialmente a escava, é corpo mais volumoso, esferoide, de superfície irregular, resistente, mas redutível. A escava vazia sugere apresentação córmica (transversa). AUSCULTA FETAL Os batimentos cardíacos fetais (BCF) podem ser percebidos pela ultrassonografia a partir da 7ª e 8ª semana de gestação (se ultrassonografia transvaginal, pode-se verificar com até 6 semanas), pelo Sonar-doppler entre 10 e 12 semanas e pelo estetoscópio de Pinard por volta da 20ª semana. A frequência cardíaca fetal normal oscila entre 120 e 160 bpm. Observação: para utilizar o Sonar-Doppler após 28 semanas, primeiramente as manobras de Leopold devem ser realizadas, com destaque para o segundo tempo, uma vez que, por meio dele, há identificação do dorso fetal. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 10 IMPORTANTE: a verificação da pressão arterial da gestante e o BCF são exames que jamais poderão deixar de ser realizados nas consultas de pré-natal. Diagnóstico de apresentação pela ausculta: ► O foco máximo de ausculta está mais próximo do polo cefálico, então quando a apresentação é cefálica, ele está nos quadrantes inferiores do abdome. ► Quando é pélvica, está quadrantes superiores e quando é córmica na linha média, próximo dá cicatriz umbilical (trabalho de parto, encaixe fetal altera essa relação). Ausência de batimentos: morte fetal (deve ser confirmada com uso de sonar-Doppler ou ultrassonografia). EXAME UROGENITAL • Dentre os sinais que se destacam no exame do colo uterino, pode-se descrever o sinal de Chadwick (EUA) ou sinal de Jacquemier (Europa): mucosa hiperpigmentada e tumefeita, de rosada para cianótica, devido à mudança hormonal e mecânica. • Fora o sinal descrito acima, deve-se inspecionar o ânus, pesquisando hemorroidas, as quais podem levar à dor e/ou sangramento. TOQUE OBSTÉTRICO O toque é o mais amplamente utilizado e difundido, sendo relevante para o diagnóstico da gestação no primeiro trimestre e para determinar a vigência do trabalho de parto e a amplitude da pelve. A partir do toque obstétrico, é possível identificar: • O apagamento e a dilatação cervical. • A presença ou não da bolsa amniótica, a sua integridade e, eventualmente, a sua ruptura. • A altura da apresentação. • O exame da pelve óssea com a determinação dos diâmetros conjugados. • A confirmação da apresentação. • Diagnóstico da variedade de posição. EXTREMIDADES • Pesquisa de varizes. • Inspeção de mãos e pernas, pesquisando edema. EXAMES PREVENTIVOS FEMININOS ATÉ 20 ANOS Ultrassom Pélvico Indicado para avaliação do útero e ovários. Caso tenha havido o início da atividade sexual, pode ser realizado o ultrassom transvaginal. Ultrassom transvaginal Indicado para rastreamento de câncer de ovário e diagnóstico de miomas e cisto ovariano. Ultrassom de mamas Indicado para as pacientes jovens, pacientes com mamas densas, em casos de sintomas mamários ou como complemento do exame de mamografia. Exames de ISTS Recomendados para os casos em que houve prática sexual sem uso de preservativo ou se houve mais de um parceiro em 6 meses. Exames hematológicos, sorologias e dosagens hormonais Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 11 São os exames de sangue: hemograma, colesterol total e frações, glicemia de jejum, creatinina, HIV, sífilis, hepatites B e C, THS, T4livre, FSH, LH. São solicitados a critério médico para investigação diagnóstica, baseado na história clínica e exame físico da paciente. EXAMES PREVENTIVOS FEMININOS ACIMA DE 20 ANOS Ultrassom Pélvico Ultrassom transvaginal Ultrassom de mamas Exames de ISTS Exames hematológicos, sorologias e dosagens hormonais Papanicolau Indicado para detectar câncer de colo de útero e infecções. Consiste na coleta de secreção e células da vagina e do colo do útero (ectocérvice e endocérvice), para análise citológica em laboratório. Deve ser realizado anualmente, a partir do início da vida sexual, inclusive nas gestantes. É realizado por meio da passagem do espéculo e coletado material do colo do útero com um tipo de cotonete. Mamografia É o principal exame para detectar precocemente o câncer de mama após os 40 anos. Deve ser realizado anualmente, inclusive nas pacientes de baixo risco. Colposcopia/vulvoscopia Indicados nos casos de alteração do colo do útero, paredes vaginais ou vulva, casos de Papanicolau alterado ou para complementá-lo. EXAMES PREVENTIVOS FEMININOS ACIMA DE 50 ANOS Início da menopausa. Nessa fase da vida, o risco de alguns tipos de câncer é maior, assim como a ocorrência de doenças cardiovasculares. Ultrassom Pélvico Ultrassom transvaginal Ultrassom de mamas Papanicolau Mamografia Colposcopia/vulvoscopia Exames hematológicos, sorologias e dosagens hormonais Ultrassom de tireóide Indicado caso haja na família alguém com câncer de tireoide. Densitometria óssea Avaliação da perda óssea, investigando quadros como osteoporose. A perda óssea ocorre, principalmente, após a queda dos hormônios femininos. Colonoscopia Exame de imagem do intestino grosso e reto, capaz de diagnosticar e retirar pólipos (lesões na parede do intestino), que – caso não fossem retiradas – poderiam evoluir para um câncer. Indicado a partir de 50 anos. O médico poderá antecipar caso haja fatores de risco familiares. Exames cardiológicos Incluem, principalmente, o teste ergométrico (teste de esforço) e ecocardiograma. As pacientes com fatores de risco e antecedentes familiares devem consultar seu médico sobre a realização.