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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Métodos Instrumentais de Análises NOME DO ALUNO: Caroline da Silva Porfirio R.A: 2162280 POLO: Artur Nogueira DATA: 13 / 10 / 2022 2 Métodos Instrumentais de Análises Os métodos analíticos são classificados em clássicos ou instrumentais. Esta classificação é histórica, com os métodos clássicos precedendo os instrumentais por um século ou mais (PASSOS, Elisangela, 2011) Os métodos analíticos instrumentais consistem na medida das propriedades físicas do analito, tais como condutividade, potencial de eletrodo, absorção ou emissão de luz, razão massa/carga e fluorescência (PASSOS, Elisangela, 2011). A medida das propriedades físicas do analito começou a ser empregada para análise quantitativa de uma variedade de analitos orgânicos, inorgânicos e bioquímicos. Um pouco mais tarde, surgiram as técnicas cromatográficas que substituíram a destilação, extração e precipitação de componentes em misturas complexas, antes da determinação qualitativa ou quantitativa (PASSOS, Elisangela, 2011). A cromatografia de camada delgada é um exemplo de cromatografia de adsorção. Esta técnica consiste de uma fase estacionária fixada em uma placa (de vidro ou alumínio) e uma fase móvel, que é composta por um solvente ou combinação de solventes, chamado eluente (BRONDANI, Patrícia, 2019). A amostra a ser analisada é aplicada sobre a fase estacionária, que é um adsorvente. Os principais adsorventes utilizados em CCD são sílica gel e alumina. As amostras a serem analisadas em CCD devem ser previamente dissolvidas em um solvente volátil. A aplicação dessa solução sobre a placa cromatográfica deve ser efetuada a aproximadamente 0,5 cm da base inferior da mesma (BRONDANI, Patrícia, 2019). Após a aplicação da(s) amostra(s), a CCD deve ser introduzida em uma cuba de vidro contendo o solvente ou a combinação de solventes apropriados (chamado de eluente ou fase móvel) (BRONDANI, Patrícia, 2019). Os pimentões verdes e amarelos devem sua coloração principalmente à presença de carotenos e de carotenóides oxigenados. 3 Os carotenóides são pigmentos encontrados na natureza e trazem benefícios para a saúde por sua atividade antioxidante e anticancerígena. Alguns desses compostos apresentam também atividade pró-vitamínica A (Bianchini e Penteado, 1998). A maioria deles é estável à temperatura ambiente, porém devido ao elevado número de ligações duplas, quando purificados, devem ser mantidos na ausência de luz e oxigênio e em ambiente refrigerado. A coloração dos carotenóides varia do amarelo, passando pelo laranja, até o vermelho intenso e resulta da multiplicidade de duplas ligações conjugadas. Os carotenóides podem ser classificados de duas maneiras. A primeira considera a existência de duas grandes famílias: os carotenos (carotenóides hidrocarbonetos) e as xantofilas (carotenóides oxigenados). O segundo sistema divide os carotenóides em três grupos: acíclicos (por exemplo, o licopeno), monocíclicos (por exemplo, o gama-caroteno) e bicíclicos (por exemplo, o alfa- caroteno e o beta-caroteno (RIBEIRO, N. M. & NUNES, C. R). Também temos a hemoglobina que é o pigmento que dá a cor vermelha ao sangue. No sangue, a glicose (açúcar) liga-se a hemoglobina, formando a hemoglobina glicada. A hemoglobina glicada (HbA1c) é o teste mais indicado na quantificação do risco de complicações crônicas em pacientes diabéticos. Quanto maior for o nível de glicose na corrente sanguínea, maior será a ligação da glicose com a hemoglobina e, consequentemente, maior o nível de hemoglobina glicada (BEM, Andreza, KUNDE, Juliana, 2006). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 08/09/2022 (Aula 5) Análise por Cromatografia em Camada Delgada I Análise Cromatográfica de Ácido Acetilsalicílico e Paracetamol Nessa aula tivemos como objetivo avaliar a separação de princípios ativos de ação analgésica pela técnica da CCD. Estudar o emprego de técnicas cromatográficas para separação e análise de substâncias em função de sua estrutura química e do fenômeno de adsorção cromatográfica. Analisar amostras de aspirina, paracetamol e coristina D. Parte 1: Preparação das Amostras de Analgésicos 1. Transferimos para béquer, a amostra triturada de Somalgin e de Coristina (um béquer para cada amostra), denominamos como (S A1 e C A2). Figura 1 - Somalgin e Coristina triturados Fonte própria 5 2. Na capela, a cada béquer, adicionamos 10 mL de solução de extração. Figura 2 - Padrão 1 e 2 Fonte Própria Figura 3 - Coristina e Somalgin com solução de extração Fonte própria 3. Com auxílio de bastão de vidro agitamos e levar os béqueres a banho de água deixando por 5 minutos em aquecimento moderado (40 °C). 4. Aguardamos a decantação das partículas insolúveis. 6 Parte 2: Análise cromatográfica O técnico deixou preparada uma cuba contendo a fase móvel (acetato de etila com 0,5% de ácido acético glacial). Nós alunos iniciamos o seguinte procedimento: 1. Em uma placa de sílica (4 x 12 cm) efetuamos duas marcações (cerca de 1 a 2 cm da extremidade), indicando o ponto de aplicação da amostra e o ponto em que se indicará o final da corrida. 2. Utilizando um capilar, aplicamos duas porções de cada extrato sobre uma placa de sílica (2 x 10 cm) a 1,0 cm de uma das extremidades. Figura 4 - processo de pipetagem na placa de sílica Fonte Própria 3. Colocamos, a placa de sílica na cuba, evitando que o ponto de aplicação da amostra mergulhe no solvente. 4. Aguardamos até que o solvente atinja cerca de 0,5 cm do topo da placa, removemos a placa e marcamos a frente do solvente (linha de chegada da fase móvel). 7 Figura 5 - Placa de sílica na cuba Fonte própria 5. Levamos até uma lâmpada de UV para a visualização na placa sílica. Figura 6 - Placa sílica na lâmpada de UV Fonte tirada por alunos UNIP LIMEIRA, 2022 8 6. Marcamos, com auxílio de lápis, o ponto visualizado para cada analgésico após a corrida na placa de sílica. 7. Determinamos com uma régua a distância de cada ponto e calculamos os valores de Rf. Rf P1 = 4,8 cm - AAS = 4,8/10 = 0,48 P2 = 4,9 cm - Paracetamol = 4,9/10 = 0,49 A1 = 5,1 cm - Coristina = 5,1/10 = 0,51 A2 = 7,2 cm - Somalgin = 7,2/10 = 0,72 Discussão: 1- Na cromatografia de camada delgada, o Rf é função do tipo de suporte (fase fixa) empregado e do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. Portanto: Rf = dc/ds Onde: dc = distância percorrida pelos componentes da mistura. ds = distância percorrida pelo eluente. 2- Quando se aplica à CCD amostras contendo substâncias conjugadas e sistemas aromáticos, esses compostos impedirão a emissão de luz, aparecendo como pontos ou faixas escuras na superfície da placa. Foi feito a análise do padrão e duas amostras de fármacos. O melhor resultado foi o da coristina D. conforme dados literários RDC166 mais condizentes. 9 08/09/2022 (Aula 6) Cromatografia em Camada Delgada (CCD) II Análise Cromatográfica de Pigmentos O objetivo dessa aula foi avaliar a separação de pigmentos pela técnica da CCD. Estudar o emprego de técnicas cromatográficas para separação e análise de substâncias em função de sua estrutura química e do fenômeno de adsorção cromatográfica. Parte 1: PREPARAÇÃO DO EXTRATO Essa parte foi executada pela técnica do laboratório. Betacaroteno - amarelo Capsantina - vermelhoCriptoxantina – laranja Figura 7 - Moléculas presentes no extrato de pimentão Fonte: Tirado do material do roteiro da UNIP, 2022. 10 PARTE 2: ANÁLISE CROMATOGRÁFICA A técnica deixou preparada uma cuba contendo a fase móvel (hexano com 5% de acetona). Assim fizemos o seguinte procedimento: 1. Em uma placa de sílica (2,5 x 7,5 cm) efetuamos duas marcações (cerca de 1 a 2 cm da extremidade), indicando o ponto de aplicação da amostra e o ponto em que se indicará o final da corrida. 2. Utilizando um capilar, aplicamos o extrato concentrado de cada pigmento (em posições diferentes) sobre a placa de sílica na altura da marcação. 3. Colocamos, cuidadosamente, a placa de sílica na cuba, evitando que o ponto de aplicação da amostra mergulhe no solvente. 4. Aguardamos até que o solvente atinja a segunda marcação do topo da placa (final da corrida). 5. Removemos a placa e marcar a frente do solvente (linha de chegada da fase móvel). 6. Deixamos secar ao ar por 5 minutos e observamos o número de manchas coloridas formadas. Figura 8 - Análise cromatográfica de pigmentos Fonte própria 11 Cálculo Rf para as manchas observadas: Altura total = 5,3 cm VE = 2,2 cm - Rf = 2,2/5,3 = 0,42 A = 3,7 cm - Rf = 4,9/5,3 = 0,57 A1 = 3 cm - Rf = 3/5,3 = 0,70 Discussão: O eluente (fase móvel líquida) elui (deslocar para cima) por uma camada fina de sílica-gel (fase estacionária adsorvente), por exemplo, estendida sobre um suporte. Ao fazer um “spot” (aplicação da amostra) na base da placa, a mesma é colocada verticalmente em uma cuba cromatográfica (recipiente fechado) contendo o eluente, sendo esse uma quantidade de um determinado solvente ou mistura de solventes. À medida que a placa cromatográfica é eluida, a amostra é “arrastada” pela fase móvel sobre a fase estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura serão separados de acordo com suas propriedades de solubilidade e adsorção. Cada “mancha” que aparecer na placa corresponde a um componente presente na mistura original. Figura 9 - Cromatografia em camada delgada (CCD) Fonte: https://www2.ufjf.br/quimica/files/2018/08/Cromatografia.pdf https://www2.ufjf.br/quimica/files/2018/08/Cromatografia.pdf 12 08/09/2022 (Aula 6) Análise por Cromatografia em Coluna de Troca Iônica Hemoglobina Glicada em Amostra de Sangue O objetivo dessa aula foi avaliar a separação das frações de hemoglobina glicada e normal em coluna de troca iônica. Determinar a porcentagem de hemoglobina glicada em amostra de sangue. Parte 1: PREPARAÇÃO DA AMOSTRA DE HEMOLISADO Foi executado pela Técnica do Laboratório PARTE 2: PREPARAÇÃO DA COLUNA CROMATOGRÁFICA Foi executado pela Técnica do Laboratório PARTE 3: ANÁLISE CROMATOGRÁFICA - Adicionamos 0,05 mL (50 microlitros) de amostra de hemolisado sobre a resina. (Com cuidado para evitar formação de bolhas de ar). - Aguardamos que o hemolisado penetre no interior da resina. - Transferimos a coluna para um novo tubo de ensaio (enumerado como “1”). - Adicionamos, lentamente (com a adição pela parede da coluna), 3,5 mL de tampão (Frasco 1 – kit). - Aguardamos até que todo o tampão penetre no interior da resina. - Homogeneizamos o líquido coletado no Tubo “1”. - Enumeramos outro tubo de ensaio (seco e limpo) como “2”. - Adicionamos a este tubo 7,0 mL de água destilada e 0,02 mL (20 microlitros) de amostra de hemolisado. - Homogeneizamos. 13 Figura 10 – Teste Hemoglobina Glicada em Amostra de Sangue Fonte própria Levamos os tubos “1” e “2” para o espectrofotômetro, previamente ajustado em = 415 nm, zerando com água destilada. Efetuamos a leitura das absorbâncias dos dois tubos (A1 e A2). Efetuamos o cálculo do teor de Hemoglobina Glicada na amostra de sangue: Branco = 0 A1 x f(14) x = 0,770 A1 = 0,770 A2 1,126 A2 = 1,126 x = 9,57% Discussão Na cromatografia por troca iônica, a hemoglobina não-glicada apresenta uma carga positiva, ajustando-se o pH do meio reacional, quando comparada à hemoglobina glicada, o que a faz interagir mais com uma coluna catiônica (carga negativa). O fluxo de um tampão adequado na resina permite eluir a fração glicada, portanto separando-a da não-glicada pela carga da molécula de hemoglobina 14 A cromatografia de afinidade utiliza derivados do ácido borônico, como o ácido m-aminofenilborônico, imobilizados em uma resina. O ácido borônico reage com cis dióis (compostos que apresentam duas hidroxilas no mesmo lado, como a molécula de glicose), portanto a separação das frações glicada e não- glicada se dá pela porção açúcar, ficando a hemoglobina glicada retida na coluna enquanto a não-glicada (ou HbA0) é eluída da mesma pelo fluxo de um tampão. Este princípio metodológico quantifica primariamente a hemoglobina glicada total. 15 Referências PASSOS, Elisangela. Métodos Instrumentais de Análise. CESAD, 2011. Disponível em: https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/18024916022012Metodos_Inst rumentais_de_Analise_-_Aula_01.pdf. Acessado 13/10/2022. BRONDANI, Patrícia. Cromatografia de Camada Delgada (CCD). UFSC, 2019. Disponível em: https://patyqmc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/Cromatografia-de-Camada- Delgada.pdf. Acessado 13/10/2022. RIBEIRO, N. M. & NUNES, C. R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia em papel. Química Nova na Escola, n 20, 2008. Cromatografia em Camada Delgada (CCD) ou Thin Layer Chromatography (TLC). http://w3.ufsm.br/larp/media/camada_delgada_teoria.pdf Acessado 13/10/2022. BEM, Andreza, KUNDE, Juliana. A importância da determinação da hemoglobina glicada no monitoramento das complicações crônicas do diabetes mellitus. J Bras Patol Med Lab, v. 42, n. 3, p. 185-191, junho 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/CBHLk8NR8pHZ85KkTWjfqcw/?format=pdf&lang =pt. Acessado 13/10/2022. https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/18024916022012Metodos_Instrumentais_de_Analise_-_Aula_01.pdf https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/18024916022012Metodos_Instrumentais_de_Analise_-_Aula_01.pdf https://patyqmc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/Cromatografia-de-Camada-Delgada.pdf https://patyqmc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/Cromatografia-de-Camada-Delgada.pdf http://w3.ufsm.br/larp/media/camada_delgada_teoria.pdf https://www.scielo.br/j/jbpml/a/CBHLk8NR8pHZ85KkTWjfqcw/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/jbpml/a/CBHLk8NR8pHZ85KkTWjfqcw/?format=pdf&lang=pt
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