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DIREITO PENAL TIPICIDADE Entende-se por tipicidade a relação de subsunção entre um fato concreto e um tipo penal (tipicidade formal) e a lesão ou o perigo de lesão ao bem penalmente tutelado (tipicidade material). É a perfeita adequação do fato ao modelo normativo. → Segundo Beling, a tipicidade se distingue da culpabilidade e da juridicidade. → O tipo penal é o conjunto de elementos do fato típico descrito na lei penal. É a previsão normativa. É um modelo abstrato que descreve as ações consideradas delitivas. → Em razão do princípio da legalidade, para que seja considerado um crime, a conduta necessariamente deve ser tipificada. Assim, a falta de correspondência entre uma conduta e um tipo não pode ser suprida por analogia ou interpretação extensiva. ADEQUAÇÃO TÍPICA -> Em alguns momentos, confunde-se a adequação típica com tipicidade, mas é importante fazer algumas ressalvas. Há duas modalidades de adequação típica: ADEQUAÇÃO TÍPICA POR SUBORDINAÇÃO IMEDIATA OU DIRETA Dá-se quando a adequação entre o fato e a norma penal é imediata, sem necessidade de norma extensiva do tipo. ADEQUAÇÃO TÍPICA POR SUBORDINAÇÃO MEDIATA OU INDIRETA O enquadramento do fato à norma ocorre apenas com o recurso a uma norma de extensão, como ocorre no caso dos crimes tentados. TIPICIDADE CONGLOBANTE -> Trata-se de um dos aspectos da tipicidade penal de acordo com Zaffaroni. Por meio dela, deve-se verificar se o fato, que aparentemente viola uma norma penal proibitiva, é permitido ou incentivado por outra norma jurídica. Se existir referida autorização ou incentivo em norma extrapenal, o fato será penalmente atípico. Exemplo: Cirurgias plásticas. Apesar de existir norma proibitiva de lesão corporal, é permitido que os cirurgiões realizem cirurgias plásticas. IMPORTANTE! A jurisprudência do STF vem aceitando a aplicação dessa teoria.
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