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RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui TIPICIDADE A tipicidade pode ser de duas ordens: tipicidade formal e tipicidade material. Tipicidade formal: adequação da conduta do agente a uma previsão típica (prevista na Lei como crime). Imediata (direta) – Conduta do agente é exatamente aquela descrita na norma penal incriminadora. Ex.: José atira em Maria, querendo sua morte, e Maria morre. Há adequação típica imediata ao tipo penal do art. 121 do CP. ⇒ Mediata (indireta) – A conduta do agente não corresponde exatamente ao que diz o tipo penal, sendo necessária uma norma de extensão. Ex.: Paulo empresta a arma para que José mate Maria, o que efetivamente ocorre. Paulo não praticou a conduta de “matar alguém”, logo, a adequação típica depende do art. 29 do CP (que determina que os partícipes respondam pelo crime). Assim: art. 121 + art. 29 do CP. Tipicidade material: a ocorrência de uma ofensa (lesão ou exposição a risco) significativa ao bem jurídico. Observação: não haverá tipicidade material quando a conduta, apesar de formalmente típica (prevista na Lei como crime), não for capaz de afetar significativamente o bem jurídico protegido pela norma (princípio da insignificância). CAUSAS DE EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO Coação física irresistível Exclui a conduta Erro de tipo inevitável Exclui o dolo e a culpa Sonambulismo e atos reflexos Não há dolo ou culpa. Insignificância e adequação social da conduta Não há tipicidade material https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui CRIME CONSUMADO E TENTADO INTER CRIMINIS 1. Cogitação 2. Atos preparatórios 3. Atos executórios 4. Consumação 5. Exaurimento TENTATIVA O crime é considerado tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. A tentativa pode ser: Tentativa branca ou incruenta: o agente não atinge o objeto que pretendia lesar. Ex.: José atira em Maria, com dolo de matar, mas erra o alvo. Tentativa vermelha ou cruenta: O agente atinge o objeto, mas não obtém o resultado naturalístico esperado, em razão de circunstâncias alheias à sua vontade. Ex.: José atira em Maria, com dolo de matar, e acerta o alvo. Maria, todavia, sofre apenas lesões leves no braço, não vindo a falecer. Tentativa perfeita: Ocorre quando o agente esgota completamente os meios de que dispunha para lesar o objeto material, mas o crime não é consumado. Ex.: José atira em Maria, com dolo de matar, mas Maria é socorrida e não morre. Tentativa imperfeita: Ocorre quando o agente, antes de esgotar toda a sua potencialidade lesiva, é impedido por circunstâncias alheias, sendo forçado a interromper a execução. Ex.: José possui um revólver com 06 projéteis. Dispara os 03 primeiros contra Maria, mas antes de disparar o quarto é surpreendido pela chegada da Polícia Militar. Por isso, Maria não morre. CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA: Contravenções, Culposos, Habituais, Omissivos próprios, Unissubsistentes, Preterdolosos, Empreendimento (ou de atentado) BIZU PARA DECORAR: CCHOUPE https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ, ARREPENDIMENTO POSTERIOR E CRIME IMPOSSÍVEL DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (desistência voluntária) ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. É uma causa de exclusão da tipicidade, pois não há consumação do crime. Na desistência voluntária o agente, por ato voluntário, desiste de dar sequência aos atos executórios, mesmo podendo fazê-lo. Tentativa O agente quer, mas não pode prosseguir. Desistência voluntária O agente pode, mas não quer prosseguir. ARREPENDIMENTO EFICAZ Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza (arrependimento eficaz), só responde pelos atos já praticados. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Para que o arrependimento eficaz ocorra, é necessário que não haja a consumação do resultado. ARREPENDIMENTO POSTERIOR Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. O arrependimento posterior, por sua vez, não exclui o crime, pois este já se consumou, mas é causa obrigatória de diminuição de pena. CRIME IMPOSSÍVEL Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. Súmula 567 do STJ “Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.” https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui QUADRO RESUMO TENTATIVA Agente pratica a conduta delituosa, mas por circunstâncias alheias à sua vontade, o resultado não ocorre. Responde pelo crime, com redução de pena de 1/3 a 2/3. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA O agente INICIA a prática da conduta delituosa, mas se arrepende, e CESSA a atividade criminosa (mesmo podendo continuar) e o resultado não ocorre. Responde apenas pelos atos já praticados. Desconsidera-se o “dolo inicial”, e o agente é punido apenas pelos danos que efetivamente causou. ARREPENDIMENTO EFICAZ O agente INICIA a prática da conduta delituosa E COMPLETA A EXECUÇÃO DA CONDUTA, mas se arrepende do que fez e toma as providências para que o resultado inicialmente pretendido não ocorra. O resultado NÃO ocorre. Responde apenas pelos atos já praticados. Desconsidera-se o “dolo inicial”, e o agente é punido apenas pelos danos que efetivamente causou. ARREPENDIMENTO POSTERIOR O agente completa a execução da atividade criminosa e o resultado efetivamente ocorre. Porém, após a ocorrência do resultado, o agente se arrepende E REPARA O DANO ou RESTITUI A COISA. 1. Só pode ocorrer nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa 2. Só tem validade se ocorre antes do recebimento da denúncia ou queixa. O agente tem a pena reduzida de 1/3 a 2/3. https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw O fato típico e seus elementos tipicidade CAUSAS DE EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO Crime consumado e tentado Inter criminis tentativa Desistência voluntária, arrependimento eficaz, arrependimento posterior e crime impossível desistência voluntária arrependimento eficaz Arrependimento posterior CRIME IMPOSSÍVEL