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DEFINIÇÃO Desenvolvimento de layout eficiente para o meio digital. Desdobramento de campanhas integradas online e offline. Formatos de mídia nas principais plataformas digitais. Construção e adequação de campanha aos meios digitais. PROPÓSITO Obter conhecimento técnico sobre a mídia digital por meio de diretrizes essenciais da direção de arte eficiente. PREPARAÇÃO Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos lápis, papel, tesoura e uma revista ou um jornal (que você possa recortar) para a atividade. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar princípios da criação para diferentes plataformas digitais MÓDULO 2 Reconhecer potenciais de integração e desdobramento nas campanhas de meio digital INTRODUÇÃO Fonte: ESB Professional/Shutterstock. No universo online, as possibilidades de fazer propaganda são infinitas. Entertainment, games, e- commerce, mobile, big data, brand content, influencers e anúncios são apenas algumas maneiras de envolver o consumidor no meio digital. Por ser um ambiente vivo, no qual as pessoas criam coisas novas todos os dias, ele também se modifica constantemente. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) ENTERTAINMENT Na publicidade, esse e outros termos são frequentemente usados em inglês. Qualquer ação em que uma marca proponha uma experiência ao público é tratada como entretenimento, sendo chamada, portanto, de ação de entertainment. GAMES Corresponde a todos os jogos digitais, incluindo aplicativos ou jogos para video games. Em todos eles, é possível fazer ações de marketing e publicidade. E-COMMERCE Loja online, seja essa loja um site, seja um espaço de vendas dentro das redes sociais (Facebook e Instagram, por exemplo). BIG DATA O grande banco de dados gerado pela internet. Sites, aplicativos, rede social e mecanismos de buscas online (Google) geram dados de comportamento de seus usuários. Esses dados são organizados para que seja possível descrever o comportamento do público e seus interesses. BRAND CONTENT (CONTEÚDO DE MARCAS) Essa é uma estratégia que percorre também o entertainment. Por exemplo, uma exposição sobre o basquete pode ser o conteúdo gerado por uma marca, um branded content, e pode ser interessante se tornar um entretenimento. INFLUENCERS (INFLUENCIADORES DIGITAIS) Pessoas que influenciam a opinião de seus seguidores. Todas as pessoas famosas na internet (muito ou pouco famosas). Esses perfis podem ser usados em estratégias de marcas para divulgar uma ideia. PARA CRIAR NO DIGITAL, É IMPORTANTE ESTAR ATENTO ÀS POSSIBILIDADES QUE SURGEM, INDEPENDENTEMENTE DE GOSTAR DELAS OU NÃO. TAMBÉM É ESSENCIAL ENTENDER TODOS OS PERFIS DE PÚBLICOS, SEM JULGAMENTOS, POIS NÃO HÁ APENAS UM JEITO ESPECÍFICO DE FALAR COM AS PESSOAS QUE SE COMUNICAM POR UMA PLATAFORMA. Partiremos do pensamento que uma grande ideia (a chamada big idea), quando criada, pode ser aplicada de várias formas. Num pensamento macro, ela pode acontecer de forma online (meios digitais) e offline (rádio, televisão e impressos). No primeiro módulo, vamos abordar duas situações de campanhas online: a primeira, os banners; e a segunda, anúncios para as principais plataformas digitais, YouTube, Facebook, Instagram e Twitter. Esses meios foram escolhidos por serem os que abrangem a maior parte das propagandas no mercado brasileiro atualmente. Dificilmente, hoje em dia, uma campanha não passa por pelo menos uma dessas mídias sociais, mesmo sendo inicialmente produzida para a televisão. O esquema a seguir é um panorama geral desse universo gigantesco, ilimitado e muito flexível. Assim, todos os tópicos apontados podem coexistir em uma mesma campanha. Por exemplo, no Facebook, pode ser anúncio, e-commerce, big data etc. O que vamos trabalhar nesta aula está aceso em verde- limão. Fonte: Julia Zapparoli Ainda no primeiro módulo, abordaremos técnicas de direção de arte para o aprimoramento de propagandas digitais. Assim, será possível entender como deixá-las mais atraentes num universo com tantas outras distrações para o internauta. A disputa por atenção é gigantesca. O internauta nem sempre está disposto a interagir com uma marca; seu interesse está em outras mil coisas. ATENÇÃO Veja bem: o seu anúncio está concorrendo com todos os memes do BBB, todas as lives dos cantores e de outros artistas e até com a foto do crush. O espaço da propaganda não permite erros básicos e, por isso, deve ser trabalhado com muita precisão. No segundo módulo, vamos discutir maneiras de criar para o meio digital e iniciar o critério de avaliação do potencial de atração e engajamento de uma ideia. Uma ideia no meio digital pode impactar muitas pessoas, gerar comentários em outros meios e atingir um número realmente grandioso de pessoas. Outras ideias podem atingir um público bem seleto, porém com a mesma eficiência. Tudo vai depender do objetivo a ser alcançado. Para o meio digital, não importa a quantidade de pessoas que foram impactadas, mas, sim, a eficiência desse impacto. MÓDULO 1 Identificar princípios da criação para diferentes plataformas digitais LIGANDO OS PONTOS Muitas vezes, quando a modalidade mobile first não é prioritária em campanhas de criação, uma peça publicitária caminha por vários meios até, com muita sorte, conseguir viralização, gerar o buzz pretendido e, assim, ganhar certa visibilidade midiática. Diferentemente da possibilidade do mero acaso, a campanha do Starbucks chamada What’s your name? (Qual é o seu nome?), de 2020, foi planejada pela ideia de mobile first como seu foco primeiro. Por conta desse planejamento, houve uma viralização orgânica a ponto de criar conexões entre a campanha e a usabilidade do aplicativo da marca. A campanha trazia como seu mote principal o cotidiano de um jovem trans que, a todo momento, era chamado por um nome feminino com o qual não se identificava mais. Situações corriqueiras como uma entrega dos correios, atender a uma ligação ou ser apresentado aos amigos da família eram motivos de constrangimento do jovem trans que continuava a ser chamado de Jemma. Apenas quando ele pede um café no Starbucks que, pela primeira vez, seu nome é registrado da forma como ele deseja se mostrar ao mundo: James. Assim, o rapaz, no simples registro personalizado do copo com seu nome, ganha dignidade ao ver sua identidade de gênero ser respeitada. Igualmente importante, o aplicativo do Starbucks apresentava ao seu usuário um design responsivo, uma abordagem que sugere que o design e o desenvolvimento devem responder ao comportamento e ao ambiente do usuário com base no tamanho da tela, na plataforma, na funcionalidade e na personalização. Nessa conexão, é possível perceber que os princípios de criação para diferentes plataformas entre a campanha veiculada nas redes sociais e o aplicativo da marca têm na ideia de “personalização” a sua marca em comum. Assim, ao abrir o aplicativo do Starbucks, as pessoas tinham a possibilidade de personalizar seu uso, ou seja, podiam não apenas colocar seu nome social, como também adicionar uma playlist de música na loja do app (do sistema Android ou iOS). Logo, identidade e personalização caminhavam para além do nome e chegavam a outro campo de engajamento: o afeto. Desse modo, a personalização conseguiu aumentar o envolvimento do cliente de maneira exitosa e a campanha foi vencedora do Channel 4’s Diversity in Advertising Award, do Reino Unido, daquele ano. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. A PARTIR DA LEITURA DO TEXTO, VOCÊ VIU QUE O STARBUCKS CONSEGUIU ALIAR, DE MODO PLENO, A SUA CAMPANHA NO UNIVERSO DIGITAL À PRIORIDADE DO MOBILE FIRST. LOGO, TANTO A PEÇA PUBLICITÁRIA DO VÍDEO QUANTO O APLICATIVO DA MARCA TIVERAM NA IDEIA DE PERSONALIZAÇÃO A SUA GRANDE APOSTA. CONSIDERE QUE VOCÊ SEJA O RESPONSÁVEL PELO DESIGN RESPONSIVO QUE, ORGANICAMENTE, PRODUZ UMA MELHOR EXPERIÊNCIA EM USUÁRIOS DE APLICATIVOS E OUTRA INTERFACES. NESSE SENTIDO,VOCÊ JUSTIFICARIA A IMPORTÂNCIA DE APRIMORAR A QUESTÃO DA PERSONALIZAÇÃO AFIRMANDO QUE: A) Como parte do design responsivo criado para adaptar as informações, imagens e outras características funcionais aos diferentes tamanhos de telas, a personalização é importante porque atende às necessidades de públicos específicos ao invés de apenas trazer uma experiência ampla, generalista e não memorável de tamanho único para todos os usuários. B) Como parte do design responsivo criado para adaptar as informações, imagens e outras características funcionais aos diferentes tamanhos de telas, a personalização é importante porque atende às necessidades de públicos amplos e, gera assim, experiências generalistas e não memoráveis de tamanho único para todos os usuários. C) Como parte do design responsivo criado para adaptar apenas informações (deixando de lado imagens e outras características funcionais aos diferentes tamanhos de telas), a personalização é importante porque atende às necessidades de públicos específicos ao invés de apenas trazer uma experiência ampla, generalista e não memorável de tamanho único para todos os usuários. D) Como parte do design responsivo criado para adaptar as informações, imagens e outras características funcionais aos diferentes tamanhos de telas, a personalização é importante porque atende às necessidades de públicos específicos já que traz uma experiência ampla, generalista e não memorável de tamanho único para os usuários. E) Como parte do design responsivo criado para adaptar as imagens (deixando de lado informações e outras características funcionais aos diferentes tamanhos de telas), a personalização é importante porque atende às necessidades de públicos específicos ao invés de apenas trazer uma experiência ampla, generalista e não memorável de tamanho único para todos os usuários. 2. A CAMPANHA DO STARBUCKS PREZANDO PELA DIVERSIDADE DE REPRESENTAÇÃO TROUXE AO CENTRO DE DISCUSSÃO A QUESTÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO. TANTO A PEÇA PUBLICITÁRIA AUDIOVISUAL QUANTO O APLICATIVO ESTAVAM EM INTEGRAÇÃO COM A HASHTAG #WHATSYOURNAME. A FONTE USADA PARA A HASHTAG E PARA ESCREVER O NOME JAMES NO COPO SEGUIA A IDEIA DE UMA ESCRITA CURSIVA, COMUM NO COTIDIANO DA REDE DE CAFETERIAS. LOGO, A INTEGRAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CRIATIVOS SEGUIA O GUIDELINE DE FONTES, CORES E TAMANHOS PRECONIZADOS PELA MARCA. COLOCANDO-SE NA POSIÇÃO DE ATUAR NO TIME CRIATIVO DE UMA CAMPANHA COMO ESSA, É CORRETO AFIRMAR QUE VOCÊ IRIA SEGUIR O GUIDELINE PORQUE: A) Normalmente, as marcas possuem uma diretriz para o trabalho criativo e publicitário, chamada de guideline (ou “guia de atuação”), que tem em seu princípio criativo a concepção de uma comunicação desalinhada, incoerente, tanto no tom de voz da marca quanto visualmente falando. B) Normalmente, as marcas possuem uma diretriz para o trabalho criativo e publicitário, chamada de guideline (ou “guia de atuação”), que tem em seu princípio criativo a concepção de uma comunicação alinhada, coerente, apenas no que diz respeito ao tom de voz da marca. C) Normalmente, as marcas possuem uma diretriz para o trabalho criativo e publicitário, chamada de guideline (ou “guia de atuação”), que tem em seu princípio criativo a concepção de uma comunicação alinhada, coerente, apenas no que diz respeito à questão visual da marca. D) Normalmente, as marcas possuem uma diretriz para o trabalho criativo e publicitário, chamada de guideline (ou “guia de atuação”), que tem em seu princípio criativo a concepção de uma comunicação alinhada, coerente, tanto no tom de voz da marca quanto visualmente falando. E) Normalmente, as marcas possuem uma diretriz para o trabalho criativo e publicitário, chamada de guideline (ou “guia de atuação”), que tem em seu princípio criativo a concepção de uma comunicação alinhada, mas incoerente, no tom de voz da marca e também visualmente falando. GABARITO 1. A partir da leitura do texto, você viu que o Starbucks conseguiu aliar, de modo pleno, a sua campanha no universo digital à prioridade do mobile first. Logo, tanto a peça publicitária do vídeo quanto o aplicativo da marca tiveram na ideia de personalização a sua grande aposta. Considere que você seja o responsável pelo design responsivo que, organicamente, produz uma melhor experiência em usuários de aplicativos e outra interfaces. Nesse sentido, você justificaria a importância de aprimorar a questão da personalização afirmando que: A alternativa "A " está correta. Para justificar a importância da personalização como parte fundamental do design responsivo, antes de tudo, é preciso relembrar que a responsividade do design é voltada para nortear os princípios criativos dos diferentes tamanhos de telas. Seja no aplicativo, em sites ou em outras plataformas de atuação da marca, a personalização traz experiências singulares, significativas e memoráveis, visualizando o usuário como um sujeito específico, e não um ser abstrato e generalista. 2. A campanha do Starbucks prezando pela diversidade de representação trouxe ao centro de discussão a questão da identidade de gênero. Tanto a peça publicitária audiovisual quanto o aplicativo estavam em integração com a hashtag #whatsyourname. A fonte usada para a hashtag e para escrever o nome James no copo seguia a ideia de uma escrita cursiva, comum no cotidiano da rede de cafeterias. Logo, a integração dos princípios criativos seguia o guideline de fontes, cores e tamanhos preconizados pela marca. Colocando-se na posição de atuar no time criativo de uma campanha como essa, é correto afirmar que você iria seguir o guideline porque: A alternativa "D " está correta. Sendo parte do time criativo, a primeira atividade necessária seria pesquisar e checar todas as informações sobre cores, fontes, tamanhos, missão, visão e valores preconizados pela marca em seu guideline. O motivo disso é que o guideline, enquanto uma diretriz da marca, especifica o uso da identidade visual, alinha a comunicação, forma um todo coerente e descreve os elementos requisitados pela marca tanto em tom de voz quanto em sua visualidade. 3. O TEMA DISCUTIDO NO MEIO DIGITAL COMO ESTRATÉGIA CENTRAL DE CONTEÚDO DA CAMPANHA WHAT’S YOUR NAME FOI PERPASSADO PELA IDEIA DE ENGAJAMENTO VIA A NARRATIVA, VIA O STORYTELLING. IMAGINE UMA SITUAÇÃO NA QUAL OS ANÚNCIOS DA CAMPANHA, DE FORMA DIRETA, TAMBÉM PRECISASSEM ESTAR NO INSTAGRAM E FACEBOOK CONTANDO ESSA HISTÓRIA. EM TERMOS DE POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DAS REDES SOCIAIS CITADAS, REFLITA E RESPONDA À SEGUINTE QUESTÃO: QUAIS ESPECIFICIDADES DO INSTAGRAM E DO FACEBOOK VOCÊ CITARIA PARA FOCAR EM GERAR VISIBILIDADE E ENGAJAMENTO À CAMPANHA WHAT’S YOUR NAME? RESPOSTA Sabendo que o Facebook é o ambiente voltado mais para o internauta se empoderar, ter reconhecimento e se conectar e que, por sua vez, o Instagram preocupa-se mais com o consumo de imagens com informações, muitas vezes sem texto, o primeiro ponto a se preocupar é com a natureza e a mensagem das peças. Logo, como possibilidade para gerar engajamento no Facebook, o foco seria apostar na ideia de comunidades de pessoas trans como porta-vozes da campanha. No Instagram, o foco se voltaria para a visibilidade a partir do uso da hashtag #whatsyourname como forma de marcar e mapear as histórias de pessoas trans que consomem os produtos da marca. PRINCÍPIOS DE UM BOM LAYOUT Fonte: SiAna/Shutterstock. javascript:void(0) Como falamos na introdução, a publicidade na internet não possui espaço para erros básicos. O seu banner ou anúncio será descartado se tiver algum tipo de obstáculo: leitura, programação, carregamento ou até um link errado. Para falar sobre isso, vamos pensar em dois conceitos: mobile first e design responsivo. Essas duas premissas devem permear todas as artes que você fizer para o meio digital. Porém, antes, é preciso entender a unidade básica de medida para o meio digital, o pixel. Tudo o que é construído para o meio digital será em pixels, que não tem tamanho fixo. Isso depende da resolução da imagem. Mobilefirst Fonte: Julia Zapparoli Um conceito que existe desde 2009 e foi criado pelo Google. Ele diz que qualquer projeto, informação, comunicação na internet deve funcionar no mobile (smartphones e tablets). Isso porque pesquisas dizem que o mobile, em 2014, já havia se tornado a primeira tela de consulta dos consumidores. Segundo o IBGE, quase 75% das casas brasileiras possuem acesso à internet, sendo que 98% acessam de seus smartphones. Logo, qualquer ideia para o digital precisa funcionar, inicialmente, no mobile. Design responsivo Design responsivo é uma programação criada para se adaptar aos diferentes tamanhos de telas. É muito utilizada na construção de sites. Pense que uma imagem desenhada apenas para mobile, ao ser aberta no desktop, será pixelada e ficará horrível. Ou um texto planejado para o desktop, quando visto no celular ou tablet, devido à proporção, aparecerá minúsculo, deixando sua leitura inviável. Esta imagem mostra como funciona a responsividade quando entregue em devices (aparelhos) diferentes: javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Fonte: Julia Zapparoli No caso de não haver responsividade: Fonte: Julia Zapparoli O grande desafio é que essas distorções são percebidas em telas de tamanho bem similares, por exemplo, de um celular para o outro. Agora, junte essas informações com o mobile first. PIXELADA Termo usado na propaganda para descrever uma imagem sem resolução. Toda imagem em que é possível ver o pixel como um quadrado é dita imagem pixelada, e não é adequada para o uso digital. Poderíamos fazer a adaptação do conteúdo ou da peça para todas as telas, uma a uma? Muito difícil. Só entre os modelos do iPhone, há cinco tamanhos de telas disponíveis para compra. Como conseguiremos garantir boa leitura em todos os tamanhos de telas disponíveis no mercado? Com o design responsivo. Para isso, cabe ao diretor de arte layoutar já com o olhar e o pensamento da responsividade, para que a peça seja programada dessa maneira. javascript:void(0) LAYOUTAR Expressão usada na propaganda que descreve a ação de fazer um layout. Fazer um layout é executar a diagramação visual de uma peça publicitária. PIXEL O pixel é uma unidade de medida que contabiliza os pontos de luz que formam uma imagem na tela. RESOLUÇÃO Resolução é sempre medida em polegadas. Logo, uma imagem com mais resolução tem mais pixels em uma polegada. Quanto menos resolução, menos pixels. Se, em uma polegada, houver 4 pixels, por exemplo, eles serão tão evidentes, que sua imagem ficará cheia de quadradinhos, ou seja, pixelada. Uma imagem com boa resolução para impressão deve ter, no mínimo, 300 pixels em uma polegada. Para o meio digital, 100 pixels por polegada são suficientes. DICA Faça o seu layout com fontes de sistema. A maioria das grandes marcas possui, pelo menos, duas fontes nos seus guidelines, uma delas deve ser uma fonte de sistema para uso digital. Use imagens que tenham sobras nas laterais ou coloque-as em espaços limitados. Background com cor sólida é sempre uma boa solução. Evite sombras e efeitos muito elaborados. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) BACKGROUND Fundo. Esse termo é sempre usado para descrever o fundo de um layout. Pode ser uma cor, uma arte ou uma paisagem. Ex.: uma menina está no background azul. Ou o casal está em um background de folhagens. O texto fica sobre um background de praia. GUIDELINES Diretriz. Normalmente, uma marca possui uma diretriz para o seu uso. Por exemplo, que cores uma marca pode ter, qual fonte pode ser usada etc. Assim, a comunicação fica alinhada, formando um todo coerente, tanto no tom de voz da marca quanto visualmente. FONTE DE SISTEMA Fonte que já vem instalada no computador. MÍDIAS DIGITAIS TRADICIONAIS Os banners podem ser fixos, animados ou interativos. Há inúmeros formatos e possibilidades, e é possível criar formatos, porém o custo será enorme. Se a ideia necessitar de um banner completamente diferenciado e se isso gerar um engajamento com o público que justifique a criação desse banner, não há por que não correr atrás para usá-lo. Caso contrário, a criação segue dentro dos formatos preexistentes. É possível compensar com uma boa ideia a limitação de um formato que não pode ser mudado. Quais são esses formatos-padrão? Pensando em design responsivo e mobile first, alguns sites oferecem opções de mídia para as versões desktop e mobile. Tudo para não interferir na UXD, ou User Experience Design. FORMATOS EM TELAS GRANDES (DESKTOPS E LAPTOPS): Fonte: Julia Zapparoli FORMATOS EM MOBILE (SMATPHONES E TABLETS): javascript:void(0) Fonte: Julia Zapparoli COMENTÁRIO Nenhum desses nomes e formatos precisa ser decorado, pois, com o tempo, você se familiarizará com eles. O importante é que você conheça esses formatos e saiba que eles existem. O peso do banner é muito importante, e os sites não aceitam veicular banners pesados. Imagine que, ao acessar um portal pelo seu celular usando seu plano de dados (3G ou 4G), haja um banner de 100Mb para carregar. Isso vai consumir boa parte do seu plano de dados para ver uma propaganda, e o site não quer perder esse usuário. Assim, cada site impõe suas regras para o peso de cada banner. Esse peso gira em torno de 150Kb e 300Kb e, para mobile, 5Kb. Portanto, ao pensar em construir um banner, principalmente com animação, é fundamental ser simples, para que ele seja leve. UXD, OU USER EXPERIENCE DESIGN É todo design arquitetado para a experiência do usuário ser a melhor possível. A UXD dos iPhones está entre as melhores do mundo por ser muito intuitiva. COMO CONSTRUIR UM BANNER? Cada banner ou campanha deve ser avaliado individualmente, cada caso tem sua necessidade especial. Não há regras rígidas. Seguem sugestões de algumas boas práticas para o desenvolvimento de banners. TEXTOS A compreensão do banner deve ser rápida. Um banner tem um segundo para causar boa impressão e três segundos para atrair ou perder o consumidor. É bom que o texto seja curto e objetivo. Por isso, é importantíssimo que o diretor de arte esteja alinhado com o redator. IMAGENS OU VÍDEOS As imagens precisam ter boa resolução, podendo ser ampliadas sem pixelizar. Ajuda muito se a imagem escolhida tiver uma área de respiro para adaptar formato. Cuidado com a utilização de vídeos, pois eles costumam ser pesados demais, o que pode inviabilizar seu banner. Gifs funcionam muito bem, podem ser uma preferência. Uma das utilizações mais comuns em banners é a imagem do produto recortada sob um background de cor sólida. Outra utilização comum são imagens de ambientes (por exemplo, uma mulher sentada no sofá da sala) ocupando um espaço definido do banner. Dessa maneira, é mais fácil a adaptação de formatos. CORES Pense em cores complementares que deem destaques, ou em cores neutras que tenham contrastes entre si. Cores complementares são aquelas opostas em um círculo cromático. Por exemplo, amarelo e roxo, azul e laranja. Isso ajuda a não utilizar somente preto e branco como contraste. Preto, branco e cinza são as chamadas cores neutras, que ajudam bastante a obter esse contraste: cores escuras junto ao branco; e cores claras junto ao preto e cinza, variando seu tom para contrastar ao fundo. Os monitores dos diretores de arte em uma agência são bem melhores que o da maioria das pessoas em casa. Então, é fundamental lembrar que o banner vai aparecer para quem tem monitor completamente descalibrado ou supersaturado. E é importante garantir a legibilidade. Se as cores não ajudarem, a leitura fica prejudicada. Fonte: Julia Zapparoli BOTÃO O usuário não deve ter dúvidas sobre onde clicar, ou seja, o botão deve ser muito evidente. Ele sempre chama para uma ação: clique aqui, saiba mais, conheça, descubra, divirta-se, cadastre-se. O botão deve ter no mínimo 40px x 40px. Alguns formatos para mobile não permitem botão, então use recursos visuais para indicar o clique, como sublinhar o texto ou usar setas (>>>) para queo usuário identifique onde clicar. FONTES É mais seguro ter um tamanho mínimo para as fontes a fim de garantir a leitura do texto. Porém, essa questão depende muito do tamanho do banner. É importante que seja avaliado cada caso, priorizando a leitura sem perder a harmonia estética da peça. Veja alguns exemplos com a fonte Helvetica em três formatos distintos: retângulo médio, skyscraper e mobile banner. Fonte: Julia Zapparoli TEMPO Esse tópico serve para banners animados. Não pode ser rápido demais, dando tempo para a leitura do anúncio, nem lento demais, para não ficar chato. Uma boa medida é três tempos (segundos) de leitura, se necessário quatro (segundos), sem contar os segundos finais para clique. O que chamamos de tempo de leitura é realmente o tempo que alguém leva para ler seu texto. Há textos que podem ser lidos em três segundos e outros em menos de um segundo. Um banner não deve ter mais de oito segundos no total, e a tela final com botão para clique deve ter, no mínimo, dois segundos. Logo, os tempos de leitura devem ser bem distribuídos nesses seis segundos que restam. Um banner muito longo, mesmo que interessante, pode ficar pesado demais e inviabilizar sua veiculação. ANIMAÇÃO Pense como funcionaria a animação do seu vídeo. Que elemento entraria primeiro? E em seguida? E depois? O papel do diretor de arte aqui é pensar qual o ritmo desse banner e qual a prioridade das informações. Se for mais agitado, pode ser um GIF. Se fizer mais sentido, o produto entra com mais suavidade. É necessário pensar na entrada do texto também. Ou ainda em que momento o logo aparece. Desenvolver essa dinâmica do banner é um papel do diretor de arte. Obs.: Normalmente, nas grandes agências, quem cria a peça digital não faz a sua animação. Quem faz isso é um departamento exclusivo, “Motion e Programação”, por exemplo. Os banners são, em sua grande maioria, programados em HTML5. Isso desde 2015, quando o Google avisou que nada em Flash rodaria no Chrome. STORYBOARD Para apresentar a ideia de um banner animado ou interativo, é montado um storyboard, um roteiro, que deve conter todos os elementos e animações que existirão no banner, com um passo a passo de cada javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) acontecimento. Veja o exemplo em três passos (Step 1, Step 2, Step 3): Fonte: Julia Zapparoli GIF: GRAPHICS INTERCHANGE FORMAT A sigla GIF significa Intercâmbio de formatos gráficos. Ou seja, imagens colocadas em sequência repetitivamente de modo que se tenha a impressão de movimento. HTML5 Linguagem de programação. A partir dessa programação, é possível dar movimento aos banners, por exemplo. FLASH Linguagem de programação. A partir dessa programação, é possível dar movimento aos banners, por exemplo. Por gerar arquivos mais pesados, acabou caindo em desuso. ATIVIDADE O objetivo dessa atividade é transformar um anúncio em um banner, mas sem usar o computador. O exercício será bom para analisar e perceber todas as possibilidades sem mexer no tamanho de cada elemento. ATENÇÃO Isso não é uma atividade para a criação de um banner, é apenas para você ensinar o seu cérebro a trabalhar com o mesmo layout em diferentes formatos. Você vai precisar de: tesoura, 2 folhas de papel tamanho A4, papel colorido, revista ou jornal e régua. 1. PEGUE AS FOLHAS DE PAPEL A4 E RECORTE UMA JANELA EM CADA, UMA DE 10CM X 10CM E A SEGUNDA DE 5CM X 20CM. Vamos trabalhar com formatos simples, porém bem diferenciados entre si. O formato 5cm x 20cm pode ser trabalhado na vertical e na horizontal. Essas proporções são similares a alguns formatos do “enxoval” de banners acima. Você pode optar em treinar com mais janelas em outras proporções. O importante dessa atividade é reconhecer as informações mais importantes e entender a distribuição para cada formato. Fonte: Julia Zapparoli 2. AGORA, ENCONTRE UM OU DOIS ANÚNCIOS DE TAMANHO MÉDIO. NOS EXEMPLOS A SEGUIR, HÁ UM ANÚNCIO APRESENTANDO UM PRODUTO E MUITA INFORMAÇÃO E OUTRO ANÚNCIO APENAS COM TEXTO. Fonte: Julia Zapparoli 3. RECORTE TODOS OS ELEMENTOS QUE VOCÊ CONSIDERA NECESSÁRIOS PARA CONSTRUIR A IDEIA DO ANÚNCIO. É IMPORTANTE QUE VOCÊ CONSIGA MANTÊ- LOS EM TODOS OS FORMATOS. Fonte: Julia Zapparoli Fonte: Julia Zapparoli 4. REMONTE OS ANÚNCIOS EM CADA JANELA. FAÇA AS QUEBRAS DE TEXTO, PENSE EM POSSÍVEIS MOVIMENTOS, COMO SE ISSO FOSSE UM BANNER, LOCALIZE CADA ELEMENTO MANTENDO A ORDEM DE LEITURA. Tire fotos e analise se funciona, mostre a outras pessoas para ver se elas entendem. Identifique se falta algo, monte e remonte. É um ótimo exercício. Pode-se trabalhar também com um passo a passo de leitura, como se tivessem animação. Faça do jeito que achar melhor. Veja como ficaram duas possibilidades de resultados com os anúncios acima remontados: Anúncio 1 – formato quadrado Fonte: Julia Zapparoli Anúncio 1 - formato horizontal Fonte: Julia Zapparoli Anúncio 1 - formato vertical Fonte: Julia Zapparoli Mais uma vez: não há certo e errado. Sua criatividade vai guiar os planejamentos e resultados. O importante é testar, treinar, exercitar seus olhos e suas ideias. Anúncio 2 - Formato quadrado Fonte: Julia Zapparoli Anúncio 2 - Formato vertical Fonte: Julia Zapparoli Anúncio 2 - Formato horizontal Fonte: Julia Zapparoli ANÚNCIOS NAS MÍDIAS SOCIAIS Fonte: Alex Gontar/Shutterstock. Atualmente, as plataformas sociais são as grandes responsáveis pela compra online, direta e indiretamente. Diretamente porque já é possível efetuar vendas pelo Instagram e Facebook, e indiretamente porque, nessas plataformas, é possível envolver o consumidor com o seu produto aumentando a lembrança da marca (share of mind), o que resulta em fidelidade de público e, consequentemente, em vendas. Vamos abordar quatro grandes plataformas sociais: Facebook, Instagram, YouTube e Twitter. O que diferencia essas mídias de uma mídia tradicional é a forma como cada uma delas é consumida pelo internauta. Por exemplo, uma pessoa foi a uma festa incrível. Onde vai postar uma foto? Outro caso é de alguém que quer reformar seu quarto. Onde busca inspiração? Mais um “personagem” é a pessoa que quer ver uma live de uma dupla sertaneja. Onde ela assiste? E a repercussão sobre a final do BBB? Onde grande parte do público acompanha os comentários e comenta? Refletindo sobre o uso individual das redes sociais, é possível notar que, em cada uma delas, há uma finalidade, um tipo de consumo diferente. Por isso, a criação para as mídias sociais trata menos de formatos e mais de consumo da plataforma. Ainda assim, antes de se concentrar na adequação da direção de arte e criação para cada plataforma, passaremos rapidamente pelos formatos. FACEBOOK X INSTAGRAM Ambos têm formatos muito parecidos, permitem anunciar com foto, vídeo e stories. É possível mesclar fotos e vídeos utilizando o recurso carrossel ou até fazer uma loja por apenas um período e efetuar vendas no recurso Anúncios de Coleção. Todas essas publicações são feitas diretamente pela plataforma conectada ao perfil do anunciante. A maioria das artes pode ser feita na resolução máxima recomendada 1080 x 1920 px, mantendo o tamanho limite de 4Gb para vídeos e 30Mb para fotos. Como o usuário consome cada uma dessas plataformas? Fonte: PK Studio/Shutterstock. O próprio Facebook (lembrando que o Facebook comprou o Instagram, e ambas são empresas de Mark Zuckerberg, ou seja, têm as mesmas diretrizes) realizou uma pesquisa nos seus principais mercados – Austrália, Brasil, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido – para entender como as pessoas reagem a cada um dos feeds. Notou-se que o Facebook é o ambiente buscado para o internauta se empoderar, ter reconhecimento e se conectar. É no Facebook onde acontecem os textões, onde se anunciam as conquistas de trabalho e onde se conecta a grupos com os mesmos interesses e dúvidas para compartilhar as angústias ou obter informações. Fonte: Wichayada suwanachun/Shutterstock No Instagram, o consumode imagens é muito rápido, as mensagens são passadas em fotos, muitas vezes sem texto. São imagens carregadas de informação. Uma simples foto de praia vem contar que o internauta foi para a Bahia, está em um relacionamento novo, emagreceu, cortou o cabelo e comprou óculos novos. Além disso, a plataforma está ligada à diversão, ao relaxamento e às descobertas. É onde se busca um do it yourself de decoração, uma receita fácil e impressionante para o date e uma inspiração para o look do dia. No geral, o Facebook tem um consumo mais lento, as pessoas estão lá dispostas a ler uma informação nova. No Instagram, isso não acontece. Os usuários estão lá para ver imagens e dar scroll. E o quanto isso interfere na direção de arte? 100% Totalmente! Quando pensamos em um anúncio para o Instagram, ele deve ser uma imagem carregada de informação, ou um vídeo com uma história boa o suficiente para ser contada sem som. Os feeds das duas plataformas são mudos inicialmente, o som só é ativado se o usuário se interessar pelo conteúdo. O Facebook permite um pouco mais de tempo, mas não muito. Para garantir boa performance, os anúncios só permitem que o texto ocupe 20% da sua área total. O texto deve ser rápido e objetivo, como uma isca que o envolva e ganhe o clique do consumidor. Logo, nas duas plataformas, a direção de arte tem um papel importantíssimo. Precisa se diferenciar, chamar a atenção, causar interesse e envolvimento das pessoas, isto é, engajá-las. Campanhas nessas plataformas não são anúncio de revista veiculados na internet (por mais que isso faça parte de muitas entregas no dia a dia das agências). É imprescindível pensar em que experiência cada plataforma pode oferecer. É isso que fará sua ideia ser genial. A seguir, conheça alguns cases de experiências de algumas empresas em redes sociais. Fonte: Solomon7/Shutterstock. Essa foi uma campanha que ganhou muita atenção. Foi feita exclusivamente para o Facebook e, inclusive, premiada com o Facebook Awards 2017. Ela usou muitos dados que já estavam na plataforma para permitir uma experiência bem divertida. A Jet.com é uma loja de departamento nos Estados Unidos. Nessa campanha, foi criada uma “calculadora de carinho”, a Careculator, que diz quanto você deve gastar com um presente de Natal para o seu amigo, considerando a interação que vocês têm entre si na plataforma. Após o cálculo, um e-commerce da Jet.com aparece dentro do próprio Facebook, com os produtos naquele valor, facilitando a compra dos presentes no valor “merecido”. Fonte: rga/careculator A campanha gerou enorme engajamento e ganhou reportagens na televisão. A direção de arte tem esse lado muito objetivo. Ao entendê-lo, você poderá fazer bom uso desses dados. Fonte: Solomon7/Shutterstock. Em relação ao Instagram, uma excelente campanha foi a da Sonic, cadeia de fast food dos Estados Unidos, que tinha pouca relevância no mercado. A campanha gerou um compartilhamento enorme entre os internautas, ganhando reportagens na mídia impressa. Eles criaram seus milk-shakes na versão quadrada para que fossem compartilhados lindamente nos feeds do Instagram dos consumidores. Quem fez a campanha tomar volume não foi a mídia, mas os próprios usuários. Ela é de 2016, ganhou vários prêmios, e até hoje sua direção de arte é considerada diferenciada, principalmente porque nela foi compreendido um comportamento exclusivo do Instagram de se compartilhar fotos de comidas. Veja a seguir algumas imagens da campanha: Fonte: Rohan Cooke/Youtube Fonte: MarySan/Shutterstock. Por ser uma plataforma especializada em vídeos, o YouTube não traz exatamente uma diferença no que diz respeito à veiculação de filmes na publicidade. Todos os formatos de mídia exclusivos para o YouTube são para a veiculação de filmes. O desafio nessa plataforma é ser mais interessante que o vídeo escolhido pelo internauta. São inúmeras possibilidades de veiculação e diversas possibilidades de duração. Cada qual varia muito de acordo com a história que se tem para contar. Com uma boa história, um lindo visual, imagens ou aspecto diferentes, é possível gerar surpresa. Em geral, é isso que capta a atenção das pessoas. É isso que gostam de assistir. O formato mais desafiador talvez seja o skip ad, aquele que pode ser pulado depois de seis segundos. O filme publicitário tem seis segundos para convencer o internauta a ficar no seu anúncio, e é muito pouco. Veja como a GEICO (uma seguradora) usou essa rede social: Fez uma série de filmes aparentemente normais, em que o vídeo pausa aos dois segundos, e entram o logo e o locutor em off; nada de novo. Até você notar que os atores estão todos fingindo que o filme parou. Só a curiosidade de saber por que estão todos em modo estátua e o que vai acontecer depois gerou um buzz enorme para marca, e o filme ganhou prêmios de criatividade. Uma dificuldade que se tornou a “sacada” da campanha. Veja dois deles a seguir. Fonte: Brand Buffet/Youtube Fonte: Solomon7/Shutterstock. O Twitter é uma plataforma singular. Seu consumo é imediato. No Twitter, o importante é conseguir entrar na conversa do momento. É uma plataforma ligada a outros meios. Por exemplo, o que acontece na TV é refletido no Twitter. Masterchef, BBB, final da novela, futebol, telejornal e fofocas. Toda a programação da TV é compartilhada e comentada nessa plataforma em tempo real. O que vai falar mais alto é o melhor uso desses acontecimentos. Para explorar os dados do Twitter, é possível se guiar pelos trending topics. Esse item mostra que assuntos (podem ser programas de TV, por exemplo) estão com a audiência nas alturas. Esse é o foco. Veja uma grande campanha feita para o Twitter criada para a Volvo: A marca fez uma promoção durante a final do Super Bowl (campeonato de futebol americano nos Estados Unidos), momento em que a mídia é extremamente cara, pois a audiência é enorme. A campanha oferecia um carro da Volvo como prêmio. Para concorrer, bastava twittar #volvocontest durante a propaganda de qualquer outro carro. O que aconteceu é que todas as outras marcas de carro tiveram de dividir sua audiência com a Volvo. Enquanto o comercial concorrente passava, os internautas deixaram de assisti-lo para twittar. Ou seja, a Volvo roubou a audiência do Super Bowl por um custo baixíssimo. Vale conferir a propaganda da Volvo no YouTube. Fonte: WE Communications/Youtube CRIAR CONTEÚDO PARA O MEIO DIGITAL COM EFICIÊNCIA VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O QUE É E PARA QUE SERVE O DESIGN RESPONSIVO? A) É um design feito com responsabilidade, para seguir as leis. B) É um design planejado para se adaptar a qualquer tela e garantir a leitura do conteúdo. C) É um design adaptado apenas às telas do mobile, para, assim, garantir a leitura da publicidade. D) É desenvolver um layout diferente para cada tela de device existente no mercado para garantir a leitura do conteúdo. 2. QUANDO FOR CRIAR UM BANNER, PENSE EM: A) Colocar o máximo de informação possível. B) Abusar das animações sem se preocupar com o limite de peso. C) Fontes dos títulos em torno de 12pt. D) Simplicidade e leveza. A entrega de banner nunca deve ser muito pesada. GABARITO 1. O que é e para que serve o design responsivo? A alternativa "B " está correta. Quando um conteúdo é desenvolvido com responsividade, é possível que seja entregue em todos os devices sem que precise desenvolver um layout para cada tela disponível no mercado. Assim, a leitura do conteúdo é garantida no desktop ou no smartphone. 2. Quando for criar um banner, pense em: A alternativa "D " está correta. Um banner deve ter de 150 a 300kb, para não sobrecarregar o site. Caso seja muito maior que isso, pode ser impedido de veicular. Portanto, seja simples nas suas animações e objetivo no seu layout. O layout deve ter contraste. A maioria dos computadores não tem calibração do monitor, e é importante garantir a leitura em todos eles. MÓDULO 2 Reconhecer potenciais de integração e desdobramento nas campanhas de meio digitalLIGANDO OS PONTOS Ainda que o digital seja não mais uma opção, e sim uma quase obrigação de toda campanha criativa que se queira gerar consciência de marca e visibilidade, é preciso se atentar para como o continuum entre on-line e off-line é uma realidade das práticas midiáticas contemporâneas. Excelente exemplo disso foi o projeto CheckMate, da cantora Anitta, nas capitais brasileiras em 2017. Parte de uma estratégia de live marketing, ou seja, uma experiência que projeta captar a atenção do público por meio de interações diretas, criativas e memoráveis, o CheckMate espalhou em espaços públicos de todas as capitais do país grandes peças de xadrez da cor preta com uma identidade visual em branco estampando o nome “ANITTA”. A ideia era chamar a atenção e promover o projeto da cantora de lançar um single e clipe a cada mês durante o período de setembro a dezembro daquele ano. Enquanto os fãs da cantora, a imprensa especializada e o público em geral aguardavam esses lançamentos, as ações pelas capitais produziam expectativa e geravam ainda mais buscas, acessos e visualizações nas contas oficiais de Anitta. Outro ponto relevante de conexão entre on e off está na inter-relação entre o projeto CheckMate e a marca de roupas C&A. Contando com o patrocínio da marca em coletivas de imprensa e festas de lançamentos, as ações do projeto geraram um duplo buzz: para o projeto de Anitta, obviamente, e para os looks usados nos clipes patrocinados pela C&A e disponíveis nas lojas físicas e on-line da marca. Em termos de visão de longo prazo no meio digital, o trabalho foi o grande responsável, ao lado de outras variáveis, por impulsionar a carreira internacional da cantora. Isso se deu pelo fato de os videoclipes serem formados por equipes de produção, locações e parcerias com artistas de diversos segmentos musicais e nacionalidades. Formado por singles em inglês, espanhol e português, como Will I see you, Is that for me, Downtown e Vai malandra, o projeto foi um sucesso estrondoso tanto do ponto de vista de retorno dos investimentos quanto do ponto de vista de estratégia publicitária. Desse modo, o projeto criativo foi capaz de reconhecer a potencialidade de integração e desdobramento na campanha em ambiências digitais e também fora das redes sociais. Depois da discussão desse case, que tal ligarmos os pontos de maneira prática? 1. A PARTIR DA DISCUSSÃO FEITA SOBRE O CASE DO PROJETO CHECKMATE (2017), SUPONHAMOS QUE VOCÊ FOI CONVIDADO PARA UMA NOVA CAMPANHA DE LIVE MARKETING DA CANTORA ANITTA. O DESAFIO, AGORA, SERIA VINCULAR AS ESTRATÉGIAS DE CRIAÇÃO DO MEIO DIGITAL E VINCULÁ- LAS AO MUNDO FORA DAS REDES PELA IDEIA DE UMA CAMPANHA MULTIPLATAFORMA. NESSE SENTIDO, SE PERGUNTADO SOBRE O ASSUNTO, VOCÊ RESPONDERIA DIZENDO QUE: A) A irrelevância de se fazer uma campanha nesse estilo se sustenta pela ideia de que o projeto não possui públicos em várias plataformas, não precisando, então, cobri-las com conteúdos direcionados de maneira estratégica para analisar e engajar o projeto por meio de um desdobramento multiplataforma. B) A relevância de se fazer uma campanha nesse estilo se sustenta pela ideia de que o projeto possui públicos em várias plataformas, precisando, então, cobri-las com conteúdos direcionados de maneira estratégica para analisar e engajar o projeto por meio de um desdobramento multiplataforma. C) A irrelevância de se fazer uma campanha nesse estilo se sustenta pela ideia de que o projeto possui públicos em várias plataformas, precisando, então, cobri-las com conteúdos direcionados de maneira estratégica para analisar e engajar o projeto por meio de um desdobramento multiplataforma. D) A relevância de se fazer uma campanha nesse estilo se sustenta pela ideia de que o projeto possui públicos em apenas duas plataformas, precisando, então, cobri-las com conteúdos direcionados de maneira estratégica para analisar e engajar o projeto por meio de um desdobramento multiplataforma. E) A irrelevância de se fazer uma campanha nesse estilo se sustenta pela ideia de que o projeto possui público centrado em única plataforma, não precisando, então, trazer conteúdos direcionados de maneira estratégica para analisar e engajar o projeto por meio de um desdobramento multiplataforma. 2. EM TERMOS DE UMA CAMPANHA INTEGRADA, COMO FOI O CASO DE CHECKMATE, AS PEÇAS GIGANTES DE XADREZ TIVERAM FUNÇÃO PRIMORDIAL EM, FISICAMENTE, DEMARCAR UMA IDENTIDADE VISUAL, CHAMAR A ATENÇÃO E CURIOSIDADE DO PÚBLICO, ALÉM DE GERAR UM BUZZ DENTRO E FORA DAS REDES COM FOTOS, POSTS E ESPECULAÇÕES. EM UM CASO HIPOTÉTICO, SE AO INVÉS DE PEÇAS DE XADREZ, FOSSEM USADOS APENAS BANNERS NA CAMPANHA, POR QUAL MOTIVO VOCÊ ACREDITA QUE ESSE USO DOS BANNERS SERIA EFETIVADO? A) Ao aproveitar que a marca Anitta estava em alta, a justificativa de se usar os banners aconteceria porque eles são peças de mídia de leitura mais complexa e demorada, com finalidade objetiva e, no caso, sem muito tempo de desenvolver um storytelling que demandasse tanta concentração do público que passava pelo lugar onde os banners estariam presentes. B) Ao aproveitar que a marca Anitta estava em alta, a justificativa de se usar os banners aconteceria porque eles são peças de mídia de leitura fácil e rápida, com finalidade subjetiva e interpretativa e, no caso, sem muito tempo de desenvolver um storytelling que demandasse tanta concentração do público que passava pelo lugar onde os banners estariam presentes. C) Ao aproveitar que a marca Anitta estava em alta, a justificativa de se usar os banners aconteceria porque eles são peças de mídia de leitura fácil e rápida, com finalidade objetiva e, no caso, com muito tempo de desenvolver um storytelling que demandasse uma boa concentração do público que passava pelo lugar onde os banners estariam presentes. D) Ao aproveitar que a marca Anitta estava em alta, a justificativa de se usar os banners aconteceria porque eles são peças de mídia de leitura fácil e rápida, com finalidade objetiva e, no caso, sem muito tempo de desenvolver uma imagem de marca que demandasse tanta concentração do público que passava pelo lugar onde os banners estariam presentes. E) Ao aproveitar que a marca Anitta estava em alta, a justificativa de se usar os banners aconteceria porque eles são peças de mídia de leitura fácil e rápida, com finalidade objetiva e, no caso, sem muito tempo de desenvolver um storytelling que demandasse tanta concentração do público que passava pelo lugar onde os banners estariam presentes. GABARITO 1. A partir da discussão feita sobre o case do projeto CheckMate (2017), suponhamos que você foi convidado para uma nova campanha de live marketing da cantora Anitta. O desafio, agora, seria vincular as estratégias de criação do meio digital e vinculá-las ao mundo fora das redes pela ideia de uma campanha multiplataforma. Nesse sentido, se perguntado sobre o assunto, você responderia dizendo que: A alternativa "B " está correta. Tendo o objetivo de marca criar uma campanha multiplataforma, a relevância desse tipo de atuação criativa se desenvolve pelo desdobramento de que, quando uma ideia é criada, é comum que a mensagem precise ser compartilhada para várias mídias e plataformas. Logo, no exemplo citado, os públicos estão espalhados por várias redes e locais. Por isso, cada desdobramento tem uma finalidade e, assim, torna-se possível analisar e ilustrar esse desdobramento multiplataforma com conteúdos específicos para cada espaço on e off-line. 2. Em termos de uma campanha integrada, como foi o caso de CheckMate, as peças gigantes de xadrez tiveram função primordial em, fisicamente, demarcar uma identidade visual, chamar a atenção e curiosidade do público, além de gerar um buzz dentro e fora das redes com fotos, posts e especulações. Em um caso hipotético, se ao invés de peças de xadrez, fossem usados apenas banners na campanha, por qual motivo você acredita que esse uso dos banners seria efetivado? A alternativa "E " está correta. Ao imaginar o caso emquestão, na substituição das peças de xadrez por banners, a justificativa principal seria a facilidade de leitura dos banners, a finalidade objetiva da mensagem trazida imageticamente neles e, logicamente, como eles são rápidos em captar a atenção sem a necessidade de exigir uma concentração do público de forma extenuante. Logo, a campanha geraria um engajamento, dentro e fora das redes, por meio de banners que dialogassem com as premissas do projeto CheckMate. 3. EM RELAÇÃO À PROPOSTA DO PROJETO CHECKMATE, A QUESTÃO DA TEMPORALIDADE DA CAMPANHA FOI COLOCADA EM PRÁTICA DURANTE OS MESES DE SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2017. PENSANDO NA POSSIBILIDADE DE GERAR UM BREVÍSSIMO COMENTÁRIO PARA COMPOR O RELATÓRIO SOBRE A ESTRATÉGIA CRIATIVA DO PROJETO DE ANITTA, O QUE VOCÊ DESTACARIA ACERCA DAS ATIVAÇÕES DESSA CAMPANHA? RESPOSTA O foco da campanha foi promover, acompanhar e estimular o burburinho ao redor dos lançamentos dos singles e clipes da cantora naquele recorte temporal. Logo, sabendo que a campanha de determinada marca pode ficar no ar por um longo período (três meses, no caso citado), o projeto CheckMate conseguiu manter a relevância e o envolvimento do público por meio das peças de xadrez espalhadas nas capitais, na colaboração da cantora com a marca de roupas C&A em coletivas e festas, além de pautar os meios de comunicação. Assim, as ativações constantes da campanha produziram visibilidade nas redes sociais (e fora delas), trazendo ideias capazes de gerar engajamento e reativar a conversa sobre a marca ou o tema relacionado a ela nos meses de setembro e dezembro. PROCESSO CRIATIVO PARA O MEIO DIGITAL Um pouco de história agora. A propaganda, até a década de 1950, apenas apresentava seus produtos. Era necessário muito texto. Em 1960, começou-se a incluir ideias nos anúncios, e as marcas passaram a ditar comportamentos. E foi assim até início da década de 1990, quando a internet começou a se popularizar e trouxe um comportamento completamente diferente e mutante. De lá para cá, tem sido necessário se reinventar constantemente, pois, a cada nova plataforma criada, uma nova maneira de conversar surge e novos comportamentos são descobertos. Como profetizou McLuhan, o meio é a mensagem. javascript:void(0) javascript:void(0) HERBERT MARSHALL MCLUHAN (1911-1980) Um dos mais importantes teóricos da comunicação. Quase 30 anos antes de a internet existir, ele vislumbrou seu aparecimento. Fonte: Domínio público. A principal mudança que esse novo comportamento trouxe para a propaganda foi que as marcas tiveram de parar de impor um comportamento e passar a seguir um comportamento. AS MARCAS DEIXARAM DE FALAR E PASSARAM A OUVIR. ESSE É O PONTO MAIS IMPORTANTE NO MEIO DIGITAL: O DIÁLOGO. UMA MARCA PRECISA CONVERSAR COM SEU PÚBLICO. Para se conectar com o consumidor atualmente, o publicitário deve entender suas necessidades e oferecer o produto de maneira a preencher essa necessidade, o que vale para qualquer meio de comunicação. Na internet, isso se torna ainda mais minucioso porque é possível subdividir o público-alvo por interesses, colocá-los em grupos (clusters) e, assim, desenvolver uma conversa diferente com cada um desses grupos. Essa é uma das características mais instigantes da publicidade digital. Fonte: Wavebreakmedia/Shutterstock Um exemplo simples para ilustrar: O produto a ser trabalhado é um relógio, e existem dois tipos de homens que representam exatamente o público que se quer atingir. Têm a mesma idade, mesma renda, são solteiros e até vizinhos no mesmo bairro. Porém, um deles faz crossfit, e o outro é surfista. A criação de arte deve se perguntar se faz sentido se comunicar da mesma maneira com eles. Se a internet possibilita que você saiba dessas preferências, é valioso usar essa informação para falar a mesma língua que o consumidor e aproximá-lo. Qualquer campanha se torna mais atraente se conversar com os interesses pessoais de cada um. Para o “crossfiteiro”, a mensagem pode ser a resistência do relógio. Para o surfista, é mais interessante mostrar o benefício de ser à prova d'água, por exemplo. Um dos primeiros focos, portanto, é descobrir quem é seu consumidor. Em seguida, em qual plataforma está. Por fim, como conversar com ele por lá. A Netflix, por exemplo, faz esse diálogo muito bem. Cada conteúdo da plataforma tem várias capas, e cada capa será direcionada a um perfil de pessoa diferente. Faça o teste, conecte o seu celular na Netflix e peça o mesmo a alguém da sua família ou a um amigo. Busque um conteúdo original Netflix (Sex education, Stranger Things, The Goop Lab) e compare as capas. No caso das campanhas publicitárias, a mesma campanha pode ter uma imagem para o Instagram, um sticker para o stories e um desafio de dança para o Tiktok. SAIBA MAIS De maneira geral, quando se cria sem pensar na plataforma, as ideias são bem mais grandiosas. Mas nem sempre é possível contar uma “história” de determinada maneira. Muitas vezes, em agências, é preciso seguir um briefing que já determina o público e as plataformas a serem trabalhadas. É preciso pensar nessa situação não como limitadora, mas como desafiadora. BRIEFING Orientação prévia resumida. Existem algumas linhas de pensamento digital. É possível criar uma campanha que nasça, cresça e morra no digital ou uma ação real que usa o digital como plataforma de divulgação. Vamos voltar à primeira imagem desta aula para relembrar esse universo: Fonte: Julia Zapparoli Uma big idea pode ter sua melhor versão como um site, que organiza a big data e usa as plataformas sociais para sua divulgação. Ou a ideia pode ser um show que será divulgado como live, contará com um influencer divulgando nas plataformas e depois terá as músicas veiculadas no Spotify. Pode-se desenvolver um conteúdo de entretenimento e envolver o público nessa história. Os caminhos são muitos, e a inventividade e a sensibilidade são os guias. A seguir, conheça alguns cases: javascript:void(0) Fonte: Brimola/Vimeo Reclame Aqui: Quem estava cansado de ligar para uma empresa e ficar ouvindo a música de espera teve sua revanche na campanha do Reclame Aqui. O site promoveu um show de músicas de espera na porta das empresas campeãs em reclamação, com direito a palcos, bandas de rock, guitarras e amplificação de som, para garantir que, de dentro dos prédios das empresas, fosse possível ouvir as intermináveis melodias. Houve uma live com um influencer para gerar engajamento. As trilhas ainda foram parar no Spotify. Vale conferir o videocase no YouTube. Fonte: adsoftheworldvideos/Youtube Snickers: Aqui, a ideia é uma plataforma digital que reúne os dados de todas as redes sociais (big data) e apresenta um gráfico de humor. Quanto mais feliz a população está, mais caro fica o preço do chocolate Snickers. Quando mais brava, mais barato fica o produto. Essa ação justifica o conceito da marca, “Você não é você quando está com fome”. Se você está bravo, corra e compre seu Snickers Fonte: Showcase/TheBeautyInside Intel+Toshiba: The beauty inside (Beleza interior). A marca envolveu o público numa história intrigante. Foi criada uma série para web, que usou todas as plataformas para se conectar com o público e o colocou para participar do roteiro. Entretenimento de primeira. A ficção conta a história de um homem que, todos os dias, acorda em um corpo diferente, mas tem a mesma essência, e um dia ele se apaixona. A história parece desconectada do produto? Até você pensar que estamos falando de um processador, que pode ter qualquer estrutura externa, mas sua essência será sempre Intel. O processo criativo para ideias digitais não é muito diferente daquele para ideias offline. O básico é estar atento e conectado. Um bom exercício é conhecer os vencedores dos principais festivais de publicidade. DESDOBRAMENTO DE UMA CAMPANHA OFFLINE NAS PLATAFORMAS DIGITAIS Quando uma ideia é criada, é comum que ela precise ser desdobrada para várias mídias e plataformas. Cada desdobramento tem uma finalidade.Vamos falar de dois tipos: Tornando a ideia multiplataforma e Ativação da campanha. Conheça-os a seguir. Tornando a ideia multiplataforma Muitas vezes, uma campanha possui públicos em várias plataformas, precisando, então, cobri-las com conteúdo direcionado de maneira estratégica. O instigante desse pensamento é justamente a divisão entre as plataformas. Assim, cada peça é colocada em um lugar. Não é necessário contar uma história toda no Instagram, a história toda de novo no Facebook e, de novo, tudo no YouTube. Divide-se o todo em partes e é montado um grande quebra-cabeça. Tendo como base o conhecimento dos principais meios (como apontado no módulo anterior) e como eles se comportam, será possível analisar e ilustrar esse desdobramento multiplataforma. DICA Vale voltar a falar dos banners. Normalmente, em meio a uma campanha multiplataforma, aproveitando que a marca está em alta, as empresas usam os banners com toda a linha de produto para venda. Principalmente por ser uma mídia de leitura rápida e finalidade objetiva, não há tempo de contar histórias. Aliam-se (e alinham-se), portanto, duas estratégias. Veja a seguir um estudo de caso sobre uma campanha Mac. Fonte: Rose Carson/Shutterstock. Behind the Mac foi uma campanha multiplataforma que aproximou pessoas comuns e gênios da atualidade por meio de um ponto em comum: seu computador Mac. Associou essa ideia à de que as grandes mentes precisam estar atrás de um grande equipamento, mexendo com a vaidade do público, o que se desdobrou em várias plataformas, adequando a campanha a cada uma das linguagens, usando a hashtag #behindthemac (Atrás do Mac ou Por trás do Mac) para gerar uma conversa unificada. As imagens da campanha contam a mesma história: Fonte: Cloud/Youtube COMENTÁRIO A campanha gerou um engajamento tão grande que pessoas anônimas começaram a postar suas imagens Behind the Mac. Explore a hashtag #behindthemac e busque esse videocase. Ativação da campanha A campanha de determinada marca pode ficar no ar por um longo período (seis meses, por exemplo). Para que continue tendo relevância e envolvimento do público, muitas vezes, são feitas “ativações” desse assunto nas redes sociais. Essas são ideias capazes de gerar engajamento e reativar a conversa sobre a marca ou o tema relacionado a ela. Foi o que aconteceu na campanha de Centrum. Durante o período da campanha offline, foi feita uma ativação nas redes sociais para relembrar o tema de uma alimentação completa. Com o site de receitas Tasty Brasil, Centrum criou receitas ricas em vitaminas para melhorias específicas, provando que não é possível ter todas as vitaminas necessárias em uma única refeição, dizendo que “O que faltar Centrum complementa”. Fonte: Julia Zapparoli/Youtube SAIBA MAIS Procure na internet os videocases das campanhas de Centrum e do Tasty Brasil. CONSTRUIR UMA IDEIA PARA O MEIO DIGITAL VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A INTERNET NA PUBLICIDADE POSSIBILITA: A) Falar mais do que ouvir o consumidor. B) Montar grandes textos para divulgar o produto. C) Comunicar da mesma maneira em todas as plataformas digitais. D) Conversar com cada público de maneira diferenciada. 2. UMA CAMPANHA INTEGRADA É: A) Uma campanha que acontece exclusivamente no Facebook. B) Uma campanha multiplataforma. C) Uma campanha com vários banners de formatos diferenciados. D) Uma ativação para recomeçar um assunto nas mídias sociais. GABARITO 1. A internet na publicidade possibilita: A alternativa "D " está correta. A internet possibilita dividir os públicos por interesses (clusters) e, assim, mostrar um mesmo produto de diferentes formas para cada grupo. 2. Uma campanha integrada é: A alternativa "B " está correta. Campanha integrada é uma campanha que acontece em várias plataformas, usando cada uma delas de acordo com seu comportamento. Assim, cria-se um grande quebra-cabeça para envolver o consumidor. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS A criação de arte para o meio digital é extremamente rica e dinâmica. Se a publicidade se renovou quando passou a ouvir o que o público quer em vez de ditar comportamentos, é no meio digital que essa transformação fica mais viva e próxima das pessoas. Pensar campanhas que contemplem as diferentes plataformas não descarta pensar os meios offline. Cada campanha pode precisar de um desdobramento específico. Isso se deve muito ao objetivo e à estratégia da marca. Cabe aos diretores de arte saberem conversar em cada meio para, assim, colocar a marca para dialogar também. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS AJUDA DO ADSENSE. Personalização de anúncios. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. FACEBOOK FOR BUSINESS. Anúncios do Instagram. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. FACEBOOK FOR BUSINESS. Conheça as campanhas premiadas no Face Awards 2017. Publicado em: 15 jun. 2017. FACEBOOK FOR BUSINESS. Facebook e Instagram: um comportamento diferente para cada Feed. Publicado em: 18 ago. 2016. IAB TECH LAB. IAB New Ad Portfolio. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. IBGE EDUCA. Uso de internet, televisão e celular no Brasil. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. MUNHOZ, J. Entenda o que é mobile first e conheça as suas principais vantagens. In: MOBLEE. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. PAGANO, M. P. Resoluções e telas dos celulares e computadores. In: Medium. Publicado em: 14 mar. 2018. REPERTÓRIO CRIATIVO. Calendário de festivais publicitários. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. SERRADAS, V. A importância do design responsivo. In: UX Collective. Consultado em meio eletrônico em: 1 jul. 2020. EXPLORE+ É importante ter um conhecimento básico de nomenclaturas da propaganda, de direção de arte e dos termos do meio digital. Um bom site de consulta para isso é Plugcitários. O Google Fonts é um ótimo banco de fontes de sistema. Todas de graça para baixar e usar. Procure mais informações sobre comportamento das pessoas no Facebook e no Instagram. Pesquise formatos detalhados de mídia, banners e outros recursos diferenciados para cada plataforma digital e sites. Pesquise no site Moblee sobre uma explicação da aplicação do mobile first. Procure na internet o texto de Van Serradas sobre a importância do design responsivo. Faça uma pesquisa sobre as variedades de telas. CONTEUDISTA Julia Zapparoli | Anderson Lopes da Silva
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