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Imobilidade • É definida como a perda da capacidade de realizar movimentos autônomos empregados no desempenho atividades de vida diária (AVDs) em decorrência da diminuição das funções motoras. Ex.: Doenças neurodegenerativas, fratura, trauma, queda, depressão. • Este fato, compromete a independência do indivíduo. • Leva ao estado de incapacidade ou fragilidade. Síndrome da Imobilidade • Déficit cognitivo médio a grave. • Múltiplas contraturas. • Sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de pressão. • Dificuldades na deglutição (disfagia) leve ou grave – deglutição – pode levar a uma broncoaspiração e causar uma pneumonia broncoaspirativa (infecção) – alimentação por sonda. • Incontinência urinária e fecal. • Alterações na fala – afasia. Não classifica pelo tempo. Para classificar um indivíduo com imobilismo ele precisa apresentar os 2 critérios maiores e pelo menos 2 dos 4 menores. Contratura (articular - artrogênica, muscular - miogênica e de tecidos conectivos, encurtamento (pode levar a contratura). Se não tratada leva a deformidade. Para dar nome a contratura é pelo movimento que fixou a articulação. Ex.: Contratura em flexão de cotovelo. Principalmente tornozelo, cotovelo, flexão de punho e de dedos, joelho e etc. Os músculos anteriores encurtarem e o padrão flexor aparecer mais. – Posição uterina. Síndrome da Imobilidade – Pele • Redução na perfusão cutânea. Reduz circulação sanguínea por ficar muito tempo deitado ou em uma única posição. Assim, chega menos O2 no tecido, aumentando as pressões abaixo. • Aumento das pressões de cisalhamento. • Alterações no vigor e elasticidade da pele, facilitando as lesões dermatológicas (dermatite amoniacal pelo uso de fralda geriátrica e a úlcera de decúbito). Qualquer pressão faz mal. O lençol, por exemplo, precisa estar bem esticado. • Alteração da sensibilidade cutânea. Com ar/ com água - Posiciona melhor a articulação em proeminência óssea para diminuir a pressão de cisalhamento imposta pelo peso do corpo e pela gravidade. Indicado mudar a cada 2h. Imobilismo Por: Islane Bandeira Síndrome da Imobilidade – Musculoesquelético Após os 80 anos perde 50% das fibras musculares. • Imobilização leva à perda de 1 a 2% da força muscular/dia, podendo atingir 40% nos longos períodos. • Grupos musculares que mais atrofiam: ➢ Quadríceps ➢ Flexores plantares A tendência do paciente é ficar em flexão plantar, por isso esses músculos atrofiam. Anquilose: Perda do movimento. Depois que contratura entra em anquilose. ➢ Extensores da coluna • Observam-se também alterações bioquímicas, ocasionando o aumento de ácido lático nos músculos (vascular parado causa câimbra). • Catabolismo com balanço negativo de nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, sódio e potássio. • A formação de contratura é uma das consequências mais comum na imobilização. • Imobilização leva à osteoporose. Não tem o efeito piezoelétrico (se está deitado não tem impacto para renovação pelos osteoblastos). Síndrome da Imobilidade – Sistema Respiratório Redução: • No volume de ar corrente. Respirar deitado é mais difícil. Reduz a capacidade pulmonar total e o volume de ar corrente reduz, também, todos os volumes e capacidades. • Volume-minuto. • Capacidade respiratória máxima. • Capacidade vital. • Capacidade de reserva funcional sofrem uma redução de 25 a 50%. • Acúmulo de secreções da mucosa. • Tosse ineficaz por causa da piora da mobilidade ciliar e da fraqueza de músculos acessória e abdominal. Os cílios levam a secreção para serem expelidas através da tosse, mas ao ficar parado/deitado a patência diminui e a secreção e acaba estagnando, causando pneumonia, por exemplo. Para tossir precisa ter força de abdômen. • Complicação: ➢ Broncopneumonia. ➢ 15% dos idosos acamados nos hospitais fazem pneumonia broncoaspirativa ou broncopneumonia. Síndrome da Imobilidade - Sistemas nervoso e Cardiovascular • Redução do debito cardíaco. • Edema cutâneo. Pela redução do retorno venoso. Panturrilha é a bomba muscular – deitado – encurtamento e fraqueza de panturrilha – não faz o bombeamento da limfa – retorno venoso prejudicado – estase (principalmente em MMII, fazendo uma trombose venosa profunda). Sinais de trombose: Hiperemia, dor a palpação, calor (quente) – compara com o outro membro. • Acúmulo de líquidos em pulmão, cérebro. • Aumento da estase, TVP e TEP. • Descondicionamento físico. • Hipotensão postural. Sinais: Tontura, palidez, sudorese, escurecimento da vista. Quando levanta de vez – diminuição da pressão por alteração de postura – Levanta lentamente. • Alteração no SNA. • Retardo nos reflexos. • Aumento da dor. Sistema Digestivo, Metabolismo, Pele e Impacto Psicológico • Provoca perda hídrica. • Falta de apetite e a constipação. Pode fazer fecaloma (fezes endurecidas presas no intestino). Importancia da fisioterapia na constipação. • Aumento do RGE e broncoaspirações. Reflexo gastroesofágico. • Provoca ansiedade, depressão, insônia, agitação, irritabilidade, desorientação no tempo e no espaço, diminuição da concentração e diminuição da tolerância à dor. Prevenir a possibilidade de contratura, infecção respiratória, osteoporose e etc através do movimento. Incontinência Efeitos Adversos Iatrogenia • A segurança do paciente é importante. • Estão aumentando os casos de intervenção legal. • Um indicador de segurança importante em hospitais é o índice de efeitos adversos • Efeitos adversos são lesões não intencionais, ou complicações causadas pelo cuidado e tratamento nas unidades de saúde (não por patologias dos pacientes), que levam à morte, invalidez temporária ou permanente na alta ou que prolongam o internamento. Podem ser inevitáveis (reação alérgica), ou preveníveis. ➢ Hipotensão Ortostática. ➢ Tonteiras e síncope. ➢ Osteoporose. ➢ Úlceras de pressão. ➢ Doença cerebrovascular. ➢ Doença de Parkinson. Distúrbios Clínicos • Distúrbios cardíacos. • Hipertensão. • Distúrbios oncológicos. • Distúrbios Musculoesqueléticos. • Distúrbios Ortopédicos. • Distúrbios Pulmonares.