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Diarreia Aguda e Desidratação

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Diarreia Aguda e Desidratação
Diarreia:
Diarreia aguda aquosa:
❖ Eliminação anormal de fezes
amolecidas / líquidas mais de 3x
por dia, podendo estar
acompanhado de náuseas,
vômitos, febre e dor abdominal;
❖ Duração de até 14 dias;
❖ Geralmente é autolimitada;
❖ Etiologia em geral é infecciosa.
Diarreia aguda com sangue (disenteria):
❖ Presença de sangue ou muco nas
fezes e é indicativo de lesão na
mucosa intestinal;
❖ O principal agente etiológico é a
Shigella;
❖ Quando tem sangue, deve pensar
em tratamento com antibiótico.
Diarreia persistente:
❖ A diarreia se estende por mais de
14 dias;
❖ Pode estar relacionado com
desnutrição e desidratação com
aumento do risco de complicações
e letalidade.
Diarreias Agudas:
Causas infecciosas:
❖ Virais (74%): rotavírus, adenovírus,
coronavírus, astrovírus, norovírus;
❖ Bacterianas (20%): salmonella,
shigella, campylobacter, Yersinia,
vibrio cholerae, E. coli
enteropatogênicas clássicas e
patogênicas;
❖ Protozoarios (6%): entamoeba
hytolítica, giardia lamblia,
cryptosporidium, Isospora;
❖ Fungos: Candida albicans.
Investigação Diagnóstica:
Anamnese:
❖ Duração da diarreia (aguda x
persistente);
❖ Número diário de evacuações;
❖ Presença de sangue nas fezes
(aquosa x disenteria);
❖ Número de episódios de vômitos;
❖ Presença de febre ou outra
manifestação clínica;
❖ Práticas alimentares prévias e
vigentes;
❖ Outros casos de diarreia em casa
ou na escola;
❖ Oferta e consumo de líquidos;
❖ Uso de medicações;
❖ Histórico de imunizações;
❖ Diurese e peso recente.
Exame físico:
❖ Sinais de desidratação: mucosas
secas, lágrimas ausentes, ausência
de saliva, olhos fundos,
irritabilidade, enchimento capilar
prejudicado (> 5 segundos), sinal
da prega desaparece muito
lentamente (> 2 segundos),
fontanela deprimida, diminuição
do sensório, sonolência, apatia.
Determinação do Plano de
Tratamento:
Existem 3 planos de tratamento A, B e C. A
conduta varia conforme o grau de
desidratação da criança;
Plano A:
❖ Desidratação leve;
❖ Diarréia sem sinais de
desidratação;
❖ Tratamento domiciliar, hidratação
oral.
Plano B:
❖ Desidratação moderada;
❖ Diarreia com pelo menos 2:
agitação / irritabilidade, olhos
encovados / fundos, com sede /
avidez por líquidos, prega cutânea
desaparece lentamente;
❖ Tratamento ambulatorial na
unidade de saúde com hidratação
oral.
Plano C:
❖ Desidratação grave;
❖ Diarreia com pelo menos 2:
agitação / irritabilidade, olhos
encovados / fundos, com sede /
avidez por líquidos, prega cutânea
desaparece lentamente;
❖ Internação em unidade de saúde
para terapia de hidratação venosa.
Tratamento - plano A:
❖ Oferecer mais líquido do que o
habitual toda vez que evacuar;
❖ Líquidos ideais: soro caseiro, SRO;
❖ Líquidos que pode oferecer: água,
água de coco, suco de fruta fresca
e sem açúcar, sopa hipossódica,
chás fracos e sem açúcar;
❖ Líquidos que devem ser evitados:
refrigerante, chá gelado, guaravita,
sucos adoçados / artificiais, chás
adoçados ou com efeitos
estimulantes / diuréticos, café;
❖ Manter alimentação habitual;
❖ Suplementação de zinco 1 vez por
dia por 10 a 14 dias (menos de 6
meses faço 10 mg, mais de 6
meses faço 20 mg);
❖ Orientar sobre os sinais de
desidratação e os sinais de perigo
para retornar à unidade de saúde.
Tratamento - plano B:
❖ Reposição oral na unidade de
saúde;
❖ Administrar solução de reidratação
oral (SRO) - 50 a 100 ml/kg no
período de 4 a 6 horas;
❖ Avaliar continuamente o estado de
desidratação dessa criança;
❖ Se após instituir a terapia completa
os sinais de desidratação
desaparecem, estabelecer plano
de tratamento A;
❖ Se continuar desidratado /
dificuldade de aceitar o SRO /
vômitos persistentes, considerar
gastróclise (20 - 30 ml/kg/hora);
❖ Reposição via enteral;
❖ Se evoluir com desidratação grave,
estabelecer o plano C de
tratamento;
❖ Deve-se manter o paciente
internado na unidade até a
reidratação completa e o retorno
da alimentação.
Tratamento - plano C:
❖ Reidratação por via parenteral para
expansão do volume indicado em
casos de: desidratação grave, falha
na terapia de reidratação oral, íleo
paralítico, abdome agudo, vômitos
biliosos, alteração do estado de
consciência, convulsões, choque
hipovolêmico;
❖ Divide-se em fase rápida (paciente
está chocado) e em seguida
instaura-se a fase de manutenção /
reposição;
❖ Na fase rápida de hidratação
dividimos ainda de acordo com a
faixa etária: menores de 5 anos ou
maiores de 5 anos;
❖ Na fase de manutenção adotamos
a mesma conduta para todas as
faixas etárias variando conforme o
peso da criança;
❖ Fase de reposição:
Alimentação durante diarreia aguda:
❖ Estimular aleitamento materno;
❖ Manter jejum durante a fase de
expansão;
❖ Reiniciar alimentação habitual
corrigindo erros após etapa de
expansão;
❖ Oferecer volumes pequenos de
comida em intervalos curtos de
tempo;
❖ Considerar fórmulas sem lactose
nos pacientes hospitalizados ou
com diarreia persistente.
Tratamento da disenteria:
❖ Agentes causadores de disenteria:
Shigella, E. coli enteroinvasiva,
Yersínia, V. Cholerae, C. difficile,
Salmonella;
❖ 1˚ escolha: ciprofloxacino 15
mg/kg de 12/12 horas por 3 dias;
❖ 2˚ escolha: azitromicina 10-12
mg/kg no 1o dia e 5 - 6 mg/kg por
mais de 4 dias;
❖ Para casos mais graves:
Ceftriaxona – 50 a 100 mg/kg EV
por 3 a 5 dias nos casos graves;
❖ Evitar antieméticos (mas se tiver
vômitos frequentes –
ondansetrona);
❖ Probióticos;
❖ Metronidazol ou análogos.
Complicações de hidratação venosa:

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