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6 - Noções de Politica Monetária

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SISTEMA DE ENSINO
CONHECIMENTOS 
BANCÁRIOS
Noções de Política Monetária
Livro Eletrônico
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Noções de Política Monetária
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Sumário
Noções de Política Monetária ...................................................................................................... 3
Introdução ........................................................................................................................................ 3
1. Conceitos Introdutórios ............................................................................................................. 3
1.1. Depósitos Compulsórios e Voluntários ................................................................................ 3
1.2. Base Monetária ........................................................................................................................ 4
1.3. Multiplicador Monetário ......................................................................................................... 4
2. Política Monetária ...................................................................................................................... 6
2.1. Instrumentos de Política Monetária .................................................................................... 9
2.2. Resumo – Exemplos De Política Monetária ......................................................................13
2.3. Impacto da Política Monetária no Câmbio ........................................................................13
3. Quantitative Easing .................................................................................................................. 14
3.1. Definição .................................................................................................................................. 14
3.2. Quantitative Easing no Brasil .............................................................................................. 17
4. Operações Compromissadas ..................................................................................................19
5. Depósitos Remunerados dos Bancos Comerciais no Bacen ............................................20
Questões Comentadas em Aula .................................................................................................24
Exercícios ........................................................................................................................................ 25
Gabarito ...........................................................................................................................................46
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Noções de Política Monetária
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
NOÇÕES DE POLÍTICA MONETÁRIA
Introdução
Olá, futuro (a) escriturário (a) do Banco do Brasil, como estão as coisas? E os estudos? 
Espero que esteja tudo correndo bem!
Na presente aula, iremos estudar um assunto muito presente nas nossas vidas – dinheiro 
(rs!), mais especificamente Noções de Política Monetária. Partindo dos conceitos iniciais, ve-
remos aspectos essenciais dos seguintes pontos de seu edital:
• Políticas monetárias convencionais
• Políticas monetárias não convencionais (Quantitative Easing)
• Operações compromissadas
• O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do Brasil
A aula terá a seguinte metodologia: em primeiro lugar faremos a exposição do conteúdo, 
explorando conceitos importantes, conforme a incidência nas provas de concurso. Ao final da 
aula, trabalharemos questões comentadas para treinarmos bastante.
O edital BB 2021 trouxe alguns temas novos, a exemplo das políticas monetárias não con-
vencionais. Por esse motivo, elaboramos questões inéditas para fixar o conteúdo. É o que não 
canso de repetir: Não deixe de fazer muitas questões, pois é vital para a sua aprovação.
Sem mais, vamos ao trabalho!
Bons estudos!
1. ConCeItos IntrodutórIos
1.1. depósItos CompulsórIos e VoluntárIos
Os bancos ao captar recursos dos clientes, fazem três tipos de reservas antes de “sair 
emprestando recursos que não são seus”, quais sejam: a) reservas de caixa b) reservas com-
pulsórias e c) reservas voluntárias.
As reservas de caixa dos bancos são recursos que eles guardam para honrar seus com-
promissos com os clientes (garantir os saques, por exemplo). O valor dessas reservas (uma 
parcela dos depósitos que recebem) é decidido pelos bancos. Trata-se do montante que eles 
consideram seguro para que possam operar diariamente.
Além da reserva de caixa, mantida na própria instituição para suas operações diárias, os 
bancos, também, mantêm recursos depositados no Banco Central do Brasil (Bacen). São os: a) 
depósitos compulsórios e b) depósitos voluntários.
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Noções de Política Monetária
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Os depósitos compulsórios (ou reservas compulsórias) são a parcela dos depósitos que 
os bancos devem, obrigatoriamente, separar e manter em contas no Bacen. O percentual dos 
depósitos que devem ser mantidos como reserva compulsória é definido pelo Bacen e visa, a 
princípio, garantir a solvência do sistema bancário, mas também é utilizado para implemen-
tação da política monetária, como veremos no decorrer da aula. Os depósitos compulsórios 
podem ser em espécie ou em títulos.
Enquanto os depósitos compulsórios são determinados pelo Bacen e são obrigatórios, há 
também depósitos que os bancos podem enviar voluntariamente para o Bacen – são as reser-
vas voluntárias (ou depósitos voluntários). Esses recursos são utilizados para fins de compen-
sação de cheques, por exemplo. Por se tratar de recursos voluntários, não há um percentual 
determinado pelo Bacen. É importante dizer que os depósitos voluntários não possuíam renta-
bilidade, mas isso mudou recentemente – é o que veremos no último tópico da aula.
1.2. Base monetárIa
Um conceito que pode aparecer quando se fala em política monetária é o conceito de Base 
Monetária. Preparado(a)s? Vamos lá!
A base monetária trata-se, digamos assim, de todo o dinheiro disponível na Economia. O 
que é esse dinheiro?
É o papel-moeda (e a moeda metálica) em poder do público (PMPP), ou seja, os recursos 
que as pessoas têm disponível para liquidar suas obrigações no presente ou no futuro, acres-
cidos das reservas dos bancos, tanto as mantidas em poder deles, quanto às depositadas no 
Bacen. O conjunto das reservas é chamada de Encaixes totais (Et).
Base monetária (B) = PMPP + Et
Como dissemos anteriormente, grosso modo, a base monetária é o dinheiro que circula na 
economia acrescido das reservas. É com esse dinheiro que os bancos, as pessoas, empresas e 
governos realizam suas transações financeiras, como pagamento de contas, compras de bens 
e serviços etc.
O que nos importa saber é que a base monetária é influenciada pelo multiplicador monetá-
rio, que veremos no próximo item.
1.3. multIplICador monetárIo
O nome talvez assuste, mas o multiplicador monetário é algo bem simples. É simplesmen-
te o poder que os bancos possuem de “criar” moeda, por meio dos depósitos que captam. 
Vamos ver como funciona!
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Noções de Política Monetária
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Suponha que uma cliente chamada Ana deposite no Banco A o valor de R$ 100. Suponha, 
também, que a taxa de depósito compulsório estabelecida pelo Bacen seja de 10%. Assim, o 
Banco A terá que depositar R$ 10 no Bacen e poderá emprestar R$ 90 para outros clientes.
Para simplificar, vamos supor que o cliente Paulo, que pegou os R$ 90, deposite todo o 
valor no Banco B, que novamente reservará 10% de compulsório, emprestando 81 para outro 
cliente, a cliente Beatriz.
Na sequência, Beatriz depositará os R$ 81 no Banco C, o qual reservará R$ 8 (arredondan-
do) e emprestará R$ 73.
Como é possível perceber, a partir de um depósito de R$ 100 feito por Ana, temos o valor 
de R$ 244 circulando na economia. Esse é o efeito do Multiplicador Monetário.
Banco Depósito Reservas Empréstimo
A 100 10 90
B 90 9 81
C 81 8 73
Total de moeda >>>> 244
Esse dinheiro existe fisicamente? Não, mas existe eletronicamente e permite que diversas 
transações sejam realizadas, sem que o tenhamos todo em mãos, é a chamada “moeda escri-
tural”. Portanto, na economia circulam dois tipos de moeda, quais sejam: a moeda manual e a 
moeda escritural.
A criação de dinheiro por parte dos bancos ocorre pelo simples fato de que todos os clien-
tes não recorrem aos bancos para sacar seus recursos ao mesmo tempo e nem sempre os 
sacam em sua totalidade. Observando isso, os bancos perceberam que sempre havia um es-
toque de recursos que permanecia nos seus “cofres”, o que abria a possibilidade de destinar 
estes recursos àqueles que os desejam. E é justamente isto que eles fizeram, e ainda fazem, 
no processo de multiplicação de dinheiro. Interessante, não é mesmo?
O detalhe mais importante que precisamos saber nesse momento é que quanto maior for 
a quantidade de recursos em posse dos bancos, maior será a capacidade deles de ampliar a 
base monetária via criação de moeda (multiplicador monetário). É por isso que a Política Mo-
netária atua sobre o tamanho da capacidade dos bancos de criar moeda. Vejamos agora do 
que se trata e como é implementada a Política Monetária.
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Noções de Política Monetária
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
2. polítICa monetárIa
Segundo o Dicionário Financeiro1 a política monetária é “um tipo de política econômica 
para o controle do dinheiro em circulação, das taxas de juros e do crédito de um país. Esta 
política é feita através de uma autoridade monetária”.
Em outras palavras, pode-se dizer que política monetária vem de moeda! Assim, é uma po-
lítica macroeconômica que lida com a moeda, mais precisamente com o seu valor. Tal política 
é operada pela autoridade monetária dos países, que no caso do Brasil é o Banco Central do 
Brasil (Bacen)
O principal objetivo da política monetária é a estabilidade de preços na Economia, isto é, 
manter a inflação sob controle. Isso é feito, principalmente, por meio do controle da quantidade 
de moeda disponível no sistema econômico, a fim de preservar o seu valor, visto que a moeda é 
como qualquer mercadoria, que quando existe em abundância há redução do valor. Isso é uma 
explicação para o fato de o Bacen não poder simplesmente imprimir moeda, a fim de resolver 
problemas financeiros do País.
Além do controle inflacionário, a política monetária pode ter outros objetivos, como o in-
centivo a demanda e, consequentemente, ao crescimento econômico, mas entenderemos es-
ses elementos ao longo da aula.
Quais são os tipos de política monetária?
Essa parte aparece muito em prova! A política monetária pode ser de dois tipos, de acordo 
com seus objetivos de aumentar ou diminuir a quantidade de moeda na economia, quais se-
jam: a) Expansionista e b) Contracionista. Vejamos do que se tratam!
Expansionista: é feita por meio de medidas para aumentar a quantidade de moeda. A maior 
quantidade de moeda torna os empréstimos bancários mais baratos (o que significa redução 
das taxas de juros), já que os bancos dispõem de mais recursos para emprestar – lembre-se 
que juros são o custo do dinheiro. Se tem muito dinheiro, os juros caem. As menores taxas de 
juros tendem a estimular a economia, via demanda. Isso ocorre porque é mais fácil e barato 
captar empréstimos, o que estimula as pessoas e empresas a demandarem (consumirem) 
mais bens e serviços. No entanto, a ampliação da produção leva mais tempo, porque precisa 
de novos investimentos para aumento da capacidade produtiva. Assim, com a demanda (pro-
cura) por esses produtos crescendo mais que a oferta (produção), os preços sobem, ou seja, 
há inflação.
1 https://www.dicionariofinanceiro.com/politica-monetaria/
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Então, o Bacen opera a política monetária de acordo com seu entendimento de qual seja o 
“nível adequado” de moeda, a fim de perseguir o principal objetivo dele: estabilidade de preços. 
É importante dizer que o Bacen pode priorizar outros objetivos, como manutenção do empre-
go e do crescimento econômico. No entanto, sob a vigência do Regime de Metas de Inflação, 
adotado no Brasil e em diversos outros países, o principal objetivo é a estabilidade de preços.
Contracionista: ao contrário da expansionista, a política monetária contracionista é o es-
forço para diminuir a quantidade de moeda na economia. A menor quantidade de moeda am-
plia seu valor (lembrando que ela é uma mercadoria, cuja escassez a encarece), tornando mais 
caro os empréstimos bancários, uma vez que os bancos, ao possuir menos recursos para 
emprestar, se tornam mais rígidos na hora de conceder empréstimos, inclusive praticando ta-
xas de juros mais altas. Com maior dificuldade de captar recursos, as empresas, por exemplo, 
tendem a investir menos, o que diminui a atividade econômica.
Isso é feito quando o Bacen entende que a inflação está mais alta que o desejado. Então, 
ele utiliza a política contracionista, a fim de fazer com que as taxas de juros se elevem e o ritmo 
da atividade econômica diminua, reduzindo a inflação.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Perceba que o controle inflacionário se dá via taxa de juros. Há, portanto, uma relação 
inversa entre inflação e taxas de juros. Quando se quer reduzir a inflação, se aumenta a taxa 
de juros, o que acaba por reduzir a demanda por bens e serviços e desestimular a atividade 
econômica. Ao passo que, quando a inflação é considerada baixa, é possível se reduzir a taxa 
de juros, a fim de estimular a economia.
O controle inflacionário via taxa de juros, a chamada Regra de Taylor, é o cerne do Regime 
de Metas de Inflação, seguido por vários países e adotado pelo Brasil desde 1999.
No Regime de Metas de Inflação, o Banco Centraldeve atuar de modo a garantir que a infla-
ção fique dentro de uma meta pré-estabelecida, que é anunciada publicamente. É por isso que 
você, concurseiro(a) esperto(a), que assiste jornal ou lê notícias na internet, vê que as metas 
para a taxa básica de juros brasileira – a Selic - são alteradas conforme a percepção do Copom 
e do mercado sobre o comportamento da inflação no Brasil. Dessa forma, a SELIC é utilizada 
para se atingir as metas para inflação.
A partir dos dados sobre a inflação no presente e as expectativas para o comportamento 
dela no futuro próximo, o Copom determina a meta para a Selic. Definida a meta, a mesa de 
operações do Bacen a persegue por meio dos seus instrumentos de política monetária, os 
quais veremos a seguir!
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
2.1. Instrumentos de polítICa monetárIa
Existem três principais instrumentos de política monetária:
• Depósitos compulsórios;
• Redesconto; e
• Operações de mercado aberto (Open Market).
Depósito Compulsório
Como vimos, diz respeito à parcela que o Bacen retém dos depósitos recebidos pelos ban-
cos. Ou seja, os bancos são obrigados a depositar no Bacen determinado percentual dos recur-
sos que captam de seus clientes. A partir da determinação do percentual desses depósitos, o 
Bacen pode fazer política monetária, exigindo um percentual maior ou menor, a fim de contro-
lar a quantidade de moeda na economia.
No exemplo que demos para explicar o multiplicador monetário, estipulamos uma taxa 
de recolhimento compulsório de 10%. Agora, imagine que essa taxa fosse de 20%, por exem-
plo. Concorda que os bancos teriam menos recursos para fazer empréstimos e, com isso, o 
efeito multiplicador teria sido menor. Assim, o valor encontrado (R$ 244) teria sido inferior. 
Pois, então! É dessa forma que o Bacen pode fazer política monetária por meio de depósitos 
compulsórios.
Caso o Bacen eleve a taxa de compulsório, retirará recursos em circulação, o que diminuirá, 
também, o poder de criação de moeda por parte dos bancos. A menor quantidade de moeda 
na Economia, tenderá a elevar os juros e a reduzir a inflação. Nesse sentido, a elevação dos 
depósitos compulsórios é o exemplo de uma política monetária contracionista – ao contrair a 
quantidade de moeda, a atividade econômica e a inflação.
O oposto também ocorre. Se o Bacen reduz a taxa de compulsório, aumentará os recursos 
em circulação, o que aumentará, também, o poder de criação de moeda por parte dos bancos. 
A maior quantidade de moeda na Economia, tenderá a reduzir os juros e a elevar a inflação. As-
sim, a redução dos depósitos compulsórios trata-se de uma política monetária expansionista 
– ao expandir a quantidade de moeda e a atividade econômica, com efeito de elevar a inflação.
No exemplo que demos, adotamos uma taxa de compulsório geral para todos os tipos de re-
cursos – para facilitar, mas é importante dizer que tanto os depósitos à vista, quanto os depó-
sitos a prazo (ex: CDBs) e os depósitos em poupança entram no critério do compulsório. Isto 
é, as instituições devem reservar parte dos recursos captados nas três modalidades e reservar 
junto ao Bacen.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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No entanto, a diferença entre esses recursos é o percentual exigido e a remuneração. Ex-
plico: a taxa do compulsório é diferente para cada um desses tipos de depósito (por exemplo: 
21% para os recursos de depósitos à vista, 20% para poupança e 31% para depósitos a prazo). 
Além disso, a reserva compulsória proveniente dos depósitos à vista fica “parada” no Bacen e 
os bancos não recebem nenhuma remuneração por deixar esses recursos lá. Enquanto, os re-
cursos dos depósitos a prazo são remunerados pela taxa Selic e os de depósitos em poupança 
pela Taxa Referencial (TR) + 3% ao ano, atualmente.
Redesconto
Outro instrumento de política monetária é o redesconto. O Bacen empresta dinheiro para 
os bancos quando eles precisam de recursos, o que pode ocorrer quando eles fazem transa-
ções além da disponibilidade de recursos (ficando deficitários em determinado dia, por exem-
plo). Com isso, o Bacen pode cobrar taxas altas ou estabelecer prazos curtos, a fim 0de punir 
os bancos que recorram a essa modalidade de ajuda. A punição advém do fato da utilização 
recorrente desse recurso poder colocar o sistema bancário todo em risco.
Assim, se aumentam as taxas de redesconto, os bancos terão mais cautela ao emprestar 
recursos, a fim de evitar a necessidade de se utilizar o redesconto. Isso tende a reduzir as ope-
rações de crédito, o que promoverá a redução de moeda em circulação. Portanto, o aumento 
das taxas de redesconto trata-se de uma política monetária restritiva, que visa reduzir a liqui-
dez na economia, levando à elevação da taxa de juros e à, consequente, queda da inflação.
Em sentido oposto, a redução das taxas de redesconto trata-se de política monetária ex-
pansiva, ao ampliar a liquidez na economia, reduzindo os juros e, com isso, permitindo eleva-
ção da inflação em troca de um maior crescimento econômico.
Open Market
Operações de mercado aberto (Open Market) consistem na compra e venda de títulos pú-
blicos, a fim de retirar ou injetar moeda na economia. Vejamos como isso se dá:
Venda de títulos: Vamos supor que o Bacen deseje retirar R$ 100 do sistema econômico, 
para reduzir a atividade econômica e, portanto, a inflação. Assim, ele venderá R$ 100 em títulos 
(geralmente para os bancos, que são os maiores proprietários de títulos públicos) retirando, 
dessa forma, R$ 100 da economia, já que o comprador entregará esse valor ao Bacen, que o 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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reterá em seu caixa. Assim, com menor quantidade de moeda, a taxa de juros irá se elevar. 
Pense sempre na taxa de juros como o preço do dinheiro – ou seja, se existe menos dinheiro 
em circulação o seu eleva seu preço se eleva. A elevação da taxa de juros, torna o crédito mais 
caro, o que reduz, a demanda por bens e serviços, a atividade econômica e, consequentemen-
te, a inflação. Nesse sentido, a venda de títulos é uma operação contracionista.
Compra de títulos: É o contrário da operação anterior. Nessa transação, o Bacen compra R$ 
100 em títulos, o que impõe o pagamento desse valor ao vendedor e, com isso, a colocação de 
R$ 100 na economia. Isso significa uma ampliação da quantidade de moeda na economia, ao 
contrário da operação de venda. Perceba que a compra de títulos é uma operação expansio-
nista – ao ampliar a quantidade de moeda na economia.
Sei que concurseiro(a) às vezes é estressado, mas não xingue o professor! Deixei esses 
quadros em branco propositalmente. A partir do que já estudamos, complete no seu caderno 
ou na sua mente. Aprender a traçar essas relações é essencial para acertar questões de prova 
sobre instrumentos de política monetária.
É importante dizer queas operações de mercado aberto (open market) são instrumentos de 
curto prazo, já que os efeitos da compra e venda de títulos são imediatos – o aumento ou dimi-
nuição de moeda em circulação é rápido.
Ao passo que as taxas de redesconto e os depósitos compulsórios podem ser considerados 
instrumentos de política monetária de médio prazo, visto que seus efeitos demoram mais para 
ocorrer. Um aumento na taxa de recolhimento compulsório, por exemplo, faz com que os bancos 
contraiam os empréstimos, mas essa resposta das instituições leva um tempo maior, quando 
comparado a injeção ou retirada direta de moeda via compra e venda de títulos (open market).
Obs.: � O que vimos nessa seção é o funcionamento da política monetária sob o Regime de 
Metas de Inflação, adotado pelo nosso país desde 1999 - é o que aparece em prova. No 
entanto, a operação desse regime considera que a inflação seja um fenômeno essen-
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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cialmente de demanda, como é colocado pela teoria econômica convencional. Assim, 
um aumento no nível de preços seria resultado de um excesso de demanda por bens 
e serviços. Não obstante, é importante salientar que existem outras interpretações 
sobre as principais causas da inflação.
 � Outro elemento apontado como causa de inflação, além de choques provenientes do 
aumento da demanda, seriam os custos das empresas. Assim, aumento nos custos 
com aquisição de matéria-prima (incluindo as importadas) pagamento de salários, 
transporte de mercadorias (devido à infraestrutura insuficiente do país) poderiam, 
também, causar inflação, uma vez que esses custos são repassados para os preços 
dos produtos que serão adquiridos pelos consumidores.
 � Nesse sentido, a manipulação da taxa de juros (via instrumentos de Política Monetá-
ria que controlam a quantidade de moeda na economia), como único instrumento de 
controle da inflação, seria insuficiente, sendo imprescindíveis políticas que atuem dire-
tamente sobre os custos das empresas. No entanto, essa discussão não vem ao caso 
no momento. Por ora, vamos considerar a inflação como um fenômeno de demanda. 
Se aumenta a demanda por bens e serviços, o preço deles sobe – simples assim. A 
ressalva que fizermos é somente para que você não fique alheio ao debate econômico, 
pois sei que você é um(a) concurseiro(a) com senso crítico.
Cansado(a) de teoria? Sei que a vida de concurseiro(a) não é fácil! Vamos ver uma questão 
de prova para relaxar (rs!)
001. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO/2008) Os au-
mentos do percentual requerido de reserva compulsória dos bancos comerciais no banco cen-
tral têm como consequência um(a)
a) relaxamento na política fiscal.
b) aumento da taxa cambial.
c) aumento no lucro dos bancos.
d) política monetária mais restritiva.
e) redução nas taxas de juros.
Caso o Bacen eleve a taxa de compulsório, retirará recursos em circulação. O que diminuirá, 
também, o poder de criação de moeda por parte dos bancos. A menor quantidade de moeda 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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depósitos compulsórios é o exemplo de uma política contracionista (ou restritiva) ao contrair 
a quantidade de moeda e a atividade econômica.
Letra d.
2.2. resumo – exemplos de polítICa monetárIa
Expansionista Contracionista
Redução da taxa do Compulsório Elevação da taxa do compulsório
Redução da taxa de Redesconto Elevação da taxa de Redesconto
Compra de títulos públicos Venda de títulos públicos
2.3. ImpaCto da polítICa monetárIa no CâmBIo
Como tudo é interligado em Economia, vejamos a relação entre a política monetária, tanto 
restritiva quanto expansiva, e o câmbio!
Política monetária contracionista (restritiva): lembre-se que uma contração monetária pro-
voca elevação da taxa de juros. A elevação da taxa de juros atrai capital externo para o País 
(em busca de maior rentabilidade). A maior entrada de moeda estrangeira no País leva à de-
preciação da mesma e apreciação da moeda nacional. Não vamos entrar em detalhes sobre 
câmbio, pois já vimos na aula Mercado de Câmbio. Pois bem! Com a apreciação da moeda 
nacional, os produtos importados ficam mais baratos e diminui-se pressões inflacionárias em 
toda a indústria nacional (que utiliza muitos componentes importados).
Política monetária expansionista (expansiva): uma expansão monetária reduz a taxa de 
juros, o que provoca saída de capitais (devido à queda da rentabilidade dos investimentos). 
A saída de capitais estrangeiros aprecia a moeda estrangeira e deprecia a moeda nacional. 
A depreciação da moeda nacional causa o efeito oposto do que vimos na política monetária 
restritiva, pois pressiona os preços na economia (aumento da inflação) – importação fica mais 
cara e reflete, também, no preço dos produtos nacionais.
Perceba como tudo é interligado em Economia! A política monetária e a política cambial 
não são coisas totalmente separadas. Nesse sentido, diz-se que o câmbio é o principal meca-
nismo de transmissão da política monetária, uma vez que ele impacta no atingimento ou não 
do objetivo de conter a inflação, por exemplo.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) inteligente, vamos ver uma questão de prova!
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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002. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTAEMREGULAÇÃO/2008) Se o Banco Central de de-
terminado país aumentar substancialmente a oferta monetária, ou seja, adotar uma política 
monetária expansiva, tenderá a ocorrer, de imediato, um(a)
a) aumento no déficit do setor público.
b) aumento nas reservas internacionais do banco central.
c) aumento nas taxas de juros domésticas por causa da inflação.
d) valorização da moeda nacional em relação à estrangeira, se o regime cambial for de taxa fixa
e) desvalorização da moeda nacional em relação à estrangeira, se o regime cambial for de taxa 
flutuante.
Considerando o regime cambial flutuante, uma política monetária expansiva (ou expansionis-
ta) tende a causar, de imediato, uma desvalorização da moeda nacional em relação à moeda 
estrangeira. Isso ocorre, como vimos, devido ao fato de a expansão monetária causar redução 
da taxa de juros, o que leva a saída de capitais estrangeiros do País e, consequente, valoriza-
ção da moeda estrangeira frente à moeda nacional.
Letra e.
3. QuantItatIVe easIng
3.1. defInIção
A política monetária que vimos até agora trata-se do modelo tradicional. No entanto, tem 
surgido outras formas de condução da política monetária, a chama Política Monetária Não 
Convencional, da qual o principal exemplo é o Quantitative Easing (Expansão quantitativa, ou 
“afrouxamento monetário”). Vejamos do que se trata!
O termo surgiu em 1989, como uma definição para a atuação do Banco Central d o 
Japão - o Bank of Japan (BoJ) - no combate à crisefinanceira que ocorreu naquele ano. Em 
um contexto de taxa de juros nula (isso mesmo - zero), o BoJ passou a realizar uma política 
monetária diferente da tradicional. O que ocorreu foi que ele passou a comprar títulos com 
prazos mais longos e em larga escala, injetando um grande volume de recursos na econo-
mia japonesa.
Desde então, outros países têm empregado o Quantitative Easing (QE) como forma de es-
timular a economia em situações nas quais as taxas de juros nominais já estão em patamar 
tão baixo (próximas de zero), de modo que não é mais possível reduzi-las para estimular a de-
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manda e, consequentemente, a recuperação da Economia. Foi o que ocorreu, por exemplo, na 
crise financeira de 2008, que começou nos Estados Unidos e se espalhou por todo o mundo, 
afetando bastante os países desenvolvidos.
Nessa ocasião, o Federal Reserve – FED - (Banco Central dos EUA), bem como outras au-
toridades monetárias de países desenvolvidos, como o Banco Central da Zona do Euro, Ban-
co Central da Inglaterra e o próprio Banco Central do Japão, reduziram suas taxas de juros a 
patamares próximos de zero, como forma de incentivar a demanda e a recuperação de suas 
economias. No entanto, tal política não surtiu o efeito esperado e não havia mais possibilidade 
de se reduzir os juros ainda mais – já estavam em patamares nulos.
Além disso, existe um patamar no qual os juros não podem cair mais sob pena de a Econo-
mia enfrentar um fenômeno chamado “Armadilha de Liquidez”. Calma! Já explico!
Segundo a teoria desenvolvida por John Maynard Keynes, há três motivos pelos quais os 
agentes econômicos demandam moeda (ou seja, conservam moeda sob a forma líquida ao 
invés de emprestar, investir ou consumir). São eles:
• Motivo transação: recursos que os agentes reservam para realizar suas transações fi-
nanceiras, como pagamento de contas etc.
• Motivo Precaução: os agentes podem reter moeda para arcar com gastos inesperados, 
bem como aproveitar oportunidades de negócios imprevistas. Reter moeda é uma for-
ma também de atravessar momentos de crises, cuja incerteza é elevada.
• Motivo Especulação: está relacionado à incerteza quanto ao comportamento futuro da 
taxa de juros. Dessa forma, os agentes podem reter moeda para investir no futuro, quan-
do eles acreditam que as taxas de juros subirão e, consequentemente, a rentabilidade 
dos investimentos aumentará.
Não confunda o conceito de demanda por moeda de Keynes com a demanda por crédito. A 
primeira refere-se à propensão dos agentes em reter moeda (guardar, deixar de gastar ou de 
investir). Enquanto a segunda refere-se a demanda dos agentes por recursos do sistema ban-
cário para justamente, investir, comprar etc.
Pois bem! Voltando ao assunto! A armadilha da liquidez é um momento no qual a taxa de 
juros nominal do país já está em um patamar tão baixo que os agentes passam a acreditar 
que não há como a taxa de juros cair mais. Sendo assim, a expectativa deles é que a taxa de 
juros volte a subir em breve. Pensando nisso, os agentes (pessoas, investidores e instituições) 
guardam seus recursos para investi-los/emprestá-los depois, quando as taxas forem maiores 
e for possível, portanto, obter maior rentabilidade. Um dos resultados dessa situação é que a 
liquidez da economia não aumenta, mesmo com o esforço de política monetária. Perceba que 
é o motivo especulação “falando bem alto” aqui!
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Pois bem! É nesse contexto de armadilha da liquidez, quando a política monetária tradicio-
nal é uma medida ineficiente, que alguns países adotaram políticas monetárias não conven-
cionais, mais precisamente o Quantitative Easing, como forma de injetar recursos em larga 
escala, a fim de garantir a liquidez do sistema bancário e retirar suas economias da profunda 
recessão que se instalou.
O Federal Reserve (FED), realizou o Quantitative Easing, imprimindo dinheiro e comprando 
ativos no mercado secundário – incluindo a compra de títulos emitidos por empresas privadas 
- e não somente títulos públicos como faz a política monetária tradicional. Essa é uma forma 
de transferir recursos aos bancos, que são grandes detentores de ativos financeiros. Dessa 
forma, evitou-se a falência das instituições e os efeitos negativos que isso teria na economia 
estadunidense.
Com mais recursos, os bancos podem ampliar o crédito a juros baixos, o que tende a con-
tribuir para a recuperação econômica. Na recente crise provocada pela pandemia da Covid-19, 
o Quantitative Easing também tem sido adotado pelo FED.
Consequências
Para os países que adotam as políticas de Quantitative Easing (QE) as principais consequ-
ências podem ser:
• maior possibilidade de recuperação da economia, devido ao incentivo ao crédito e a 
geração e manutenção indireta de empregos, pelo apoio financeiro às instituições priva-
das, embora essa resposta não tenha se mostrado tão rápida.
• pode haver pressão inflacionária indesejável. No entanto, a realidade mostrou que a su-
bida de preços tem se concentrado nos ativos financeiros e não em bens e serviços con-
sumidos pela população em geral. É claro que essa realidade tem relação com o fato de 
o QE ter sido adotado até o momento por países desenvolvidos, que possuem condições 
maiores de conter surtos inflacionários.
• a alta demanda por ativos financeiros por parte dos Bancos Centrais tende a elevar seus 
preços substancialmente. Dessa forma, poderia estar se formando uma “bolha” nesse mer-
cado, que é quando os preços de ativos estão variando sem muita relação com a realidade. 
• Ao contrário do Open Market tradicional, que se trata da compra somente de títulos 
públicos, o QE também está relacionado a compra de títulos emitidos por empresas 
privadas. Em um contexto de crise a possibilidade dessas empresas se encontrarem 
em condições financeiras difíceis é mais provável. Portanto, os títulos emitidos por elas 
podem ser muito arriscados (os chamados títulos podres) – ela pode dar calote, prejuízo 
que terá que ser arcado pelo Tesouro Nacional país.
• A elevação acentuada dos preços dos ativos significa transferência de renda para seto-
res mais abastados da sociedade, os quais detém boa parte dos ativos. Isso é apontado 
por alguns especialistas como um elemento que amplia a desigualdade social nos paí-
ses que adotam o QE.
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Para o resto do mundo:
• A adoção do QE pelo FED (Banco Central dos Estados Unidos) à época da crise de 2008, 
por meio da compra de títulos privados, levou muitos investidores a realocarem suas 
carteiras – muitos venderam seus títulos para o FED e os substituíram por ativos de paí-
ses emergentes. Os fluxos de capitais para os países emergentes ocasionaram aprecia-
ção das moedas desses países, dentre outros efeitos– lembre-se que a maior entrada 
de Dólar no Brasil tende a valorizar o Real, por exemplo. Enquanto isso, observou-se a 
desvalorização constante do Dólar em relação a outras moedas (lembre-se que houve 
grande expansão de dólar para implementar o QE).
3.2. QuantItatIVe easIng no BrasIl
No contexto da crise e econômica brasileira agravada pela pandemia da Covid-19, o Con-
gresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional n. 106/20, a qual trata da possibilidade 
de adoção de práticas de Quantitative Easing pelo Banco Central do Brasil. Vejamos o que diz 
a referida emenda:
Art. 7º O Banco Central do Brasil, limitado ao enfrentamento da calamidade pública nacional de que 
trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, e com vigência e efeitos restritos ao período de sua 
duração, fica autorizado a comprar e a vender:
I – Títulos de emissão do Tesouro Nacional, nos mercados secundários local e internacional; e
II – Os ativos, em mercados secundários nacionais no âmbito de mercados financeiros, de capitais 
e de pagamentos, desde que, no momento da compra, tenham classificação em categoria de risco 
de crédito no mercado local equivalente a BB- ou superior, conferida por pelo menos 1 (uma) das 3 
(três) maiores agências internacionais de classificação de risco, e preço de referência publicado por 
entidade do mercado financeiro acreditada pelo Banco Central do Brasil.
§ 1º Respeitadas as condições previstas no inciso II do caput deste artigo, será dada preferência à 
aquisição de títulos emitidos por microempresas e por pequenas e médias empresas.
Perceba que tal medida institui a possibilidade da realização do Quantitative Easing (QE) 
por parte do Banco Central do Brasil, visto que além de compra e venda de títulos do Tesouro 
Nacional (o tradicional Open Market), ele fica autorizado a realizar transações com títulos pri-
vados, a exemplo das debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas privadas.
Nesse sentido, como medida emergencial, o Bacen, ao poder realizar as compras de ativos 
privados, poderá atuar, tal como o Banco Central dos Estados Unidos (FED), no “salvamento” de 
empresas privadas via transferência de recursos. É importante dizer que tal autorização para o 
QE no Brasil restringem-se ao período de pandemia da Covid-19, uma vez que a Emenda Cons-
titucional será automaticamente revogada quando encerrar o estado de calamidade pública 
reconhecido pelo Congresso Nacional.
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Além disso, há medidas que visam restringir a utilização dos instrumentos de QE, tal como 
a exigência da prestação de contas por parte do presidente do Bacen sobre as compras de 
ativos, como estabelece o art. 7º da Emenda Constitucional n. 106/20:
§ 2º O Banco Central do Brasil fará publicar diariamente as operações realizadas, de forma indivi-
dualizada, com todas as respectivas informações, inclusive as condições financeiras e econômicas 
das operações, como taxas de juros pactuadas, valores envolvidos e prazos.
§ 3º O Presidente do Banco Central do Brasil prestará contas ao Congresso Nacional, a cada 30 (trinta) 
dias, do conjunto das operações previstas neste artigo, sem prejuízo do previsto no § 2º deste artigo.
Apesar de tal autorização, o Bacen tem sinalizado que não fará uso do Quantitative Easing 
(QE), não sem antes esgotar todas as possibilidades de uso dos tradicionais instrumentos de 
política monetária. É mais ou menos o que diz a seguinte nota do Bacen:
O BCB poderá, se considerar necessário, comprar títulos privados no mercado secundário, como 
autorizado pela Emenda Constitucional n. 106. Ao prover liquidez ao mercado de crédito privado e 
auxiliar na formação dos preços, a medida está em linha com a atuação de outros bancos centrais 
e tem por objetivo o pronto enfrentamento da calamidade pública nacional, e de seus impactos no 
sistema econômico, em benefício do setor produtivo real, do emprego e da renda do trabalhador. A 
compra de títulos privados pelo BC é uma possibilidade, não uma obrigação. Eventuais operações 
dessa natureza serão analisadas criteriosamente pela Diretoria Colegiada do BC, que divulgará, dia-
riamente em sua página na internet, as operações liquidadas, de forma individualizada, com todas 
as informações correspondentes, incluindo a identificação dos beneficiários (BACEN, 2021)2.
Toda essa cautela se dá porque, apesar da compra de ativos privados no mercado se-
cundário por meio de emissões de moeda ser um instrumento relevante, atualmente, para os 
países desenvolvidos (sobretudo, EUA), ainda não se sabe, ao certo, os riscos que tal política 
pode representar para os países emergentes.
003. (INÉDITA/2021) Em relação ao Quantitative Easing, julgue o item que segue:
Uma das consequências dessa política é que a alta demanda por ativos financeiros por parte 
dos Bancos Centrais tende a reduzir seus preços substancialmente. Dessa forma, poderia es-
tar se formando uma “bolha” no mercado de títulos.
Na verdade, a alta demanda por ativos tende a elevar seu valor. Essa é uma característica das 
“bolhas”, que é quando os preços em determinado mercado estão extremamente elevados – 
descolados da realidade da Economia em geral.
Errado.
2 https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/medidasdecombate_covid19
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4. operações CompromIssadas
Não se assuste com o nome, pois o conceito é bem simples! Operações compromissa-
das funcionam como se fossem um empréstimo com garantia. Explico: Imagine que esse seu 
querido professor esteja precisando de dinheiro para algo e tenha um carro antigo, que apesar 
de parado ele não quer desfazer, pois é uma relíquia. O que pode ser feito é encontrar alguém 
que compre o carro, entregue os recursos, mas que prometa vender-me o carro de volta, daqui 
a um ano. Perceba que é como se eu estivesse tomando um empréstimo e dando esse carro 
como garantia.
É, claro, que a pessoa não vai fazer essa operação simplesmente como um favor para 
mim. Na verdade, ela vai receber juros por isso. É dessa maneira que funcionam as operações 
compromissadas. Ou seja, trata-se de operações nas quais uma instituição (por exemplo, um 
banco), toma recursos emprestados dando em garantia determinados títulos de renda fixa (por 
exemplo, títulos públicos), mas promete recomprá-los daqui a um determinado tempo. Assim, 
na data combinada, o banco pegará de volta os títulos que deixou como garantia e pagará os 
juros combinados a quem fez a aplicação.
Por que estamos estudando isso nessa aula? Simples! Porque o Bacen é um dos agentes 
que utilizam as operações compromissadas em larga escala. As operações de mercado aberto 
(Open Market), um dos principais instrumentos de política monetária que vimos, é realizada, 
geralmente, por meio de operações compromissadas. Por exemplo: para retirar moeda da Eco-
nomia e elevar a taxa Selic, o Bacen pode tomar empréstimo do setor privado, com lastro em 
títulos públicos (garantia) – isto é, realizando operações compromissadas.
Caso necessite realizar o processo contrário, ou seja, injetar moeda na Economia para re-
duzir a Selic, o Bacen também pode comprar títulos públicos em posse dos bancos, entregan-
do moeda e provendo, assim, liquidez para osmesmos e facilitando a expansão do crédito na 
economia brasileira.
Fonte: BACEN3
3 https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/medidasdecombate_covid19
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5. depósItos remunerados dos BanCos ComerCIaIs no BaCen
A discussão sobre os depósitos remunerados está em voga na atualidade, uma vez que foi 
sancionada em julho de 2021 a Lei 14.185 (incrível como seu edital está atualizado rs!), que 
trata da remuneração dos depósitos voluntários das instituições financeiras no BACEN.
Lembre-se de que os depósitos voluntários são, por óbvio, aquelas reservas que as insti-
tuições financeiras podem enviar voluntariamente ao Bacen. A partir do momento que a Lei 
14.185 autoriza que o Bacen remunere esses depósitos, há um incentivo maior para que as 
instituições recorram a essa prática.
Qual seria a vantagem para o Governo?
Como vimos no tópico anterior, o Bacen retira moeda de circulação para controlar os juros 
e a inflação por meio de operações compromissadas. Assim, ele vende títulos públicos emiti-
dos pelo Tesouro Nacional com a promessa de recompra, retirando moeda de circulação (en-
xugando a base monetária ou a liquidez – termos que podem aparecer). O problema é que as 
operações compromissadas são computadas no montante da dívida bruta brasileira4.
Nesse sentido, a remuneração dos depósitos voluntários é apresentada como uma alter-
nativa às operações compromissadas, ao retirar moeda de circulação sem elevar o montante 
da dívida pública5, podendo na verdade reduzi-lo ao longo do tempo, à medida que os títulos 
públicos forem vencendo e sendo pagos, sem que sejam substituídos por títulos novos. Posso 
explicar esse mecanismo para ficar mais claro para você, concurseiro(a) esperto(a).
Pense no seguinte: suponha que nesse mês irá vencer 5 bilhões de reais em títulos do 
Tesouro Nacional. Concorda comigo que esses títulos terão de ser pagos? Os investidores 
aplicaram e devem resgatar seus recursos. Pois bem! O Tesouro Nacional, por meio de sua 
conta no Bacen, realiza o pagamento a esses investidores. Isso faz com que sejam injetados 
5 bilhões de reais a mais na Economia. A ampliação da liquidez tende a reduzir a taxa de juros 
e aumentar a inflação, como já vimos. Por isso, para manter a Selic dentro da meta e impedir 
a subida da inflação, o Bacen deve “enxugar” esse aumento de moeda em circulação. Ele o faz 
por meio de operações compromissadas, tomando empréstimo de instituições e investidores, 
dando como garantia títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
Perceba que ao mesmo tempo em que foi pago 5 bilhões de dívida, foi realizada nova dí-
vida no mesmo valor, de modo a “enxugar” a liquidez na Economia? Pois bem! É por isso que 
4 A dívida bruta é, grosso modo, a soma de todos os passivos que o Governo possui. Enquanto a dívida líquida é a diferença 
entre os ativos e passivos, ou seja, a diferença entre o que se deve e o que se tem disponível.
5 É, claro, que os juros pagos nos depósitos impõem um gasto, mas alguns analistas acreditam que seja algo 
menos nocivo do que as operações compromissadas. Lembre-se que o estoque de dívida de um país é uma 
variável muito observada pelos investidores mundo afora e impacta decisões de investimento, por exemplo.
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se diz que a política monetária por meio de operações compromissadas impede a queda da 
dívida pública brasileira.
Essa situação se modifica com os depósitos voluntários remunerados, visto que o Bacen 
poderia captar parte dos R$ 5 bilhões mediante a atração de novos depósitos, ao invés de re-
alizar operações compromissadas. Considerando que a convenção internacional exclui os re-
cursos que os bancos depositam nos bancos centrais do cômputo da dívida bruta dos países, 
a dívida brasileira cairia ao longo do tempo.
Muito bem, concurseiro(a)! Agora que já compreendemos do que se tratam os depósitos 
remunerados no Bacen, vamos ver o que diz a Lei n. 14.185 de 14 de julho de 2021. Como ela 
é bem enxuta, a transcrevi aqui, para poupar o seu tempo de pesquisá-la. Vejamos:
Art. 1º. Fica o Banco Central do Brasil autorizado a acolher depósitos voluntários à vista ou a prazo 
das instituições financeiras.
Parágrafo único. A remuneração dos depósitos referidos no caput deste artigo será estabelecida 
pelo Banco Central do Brasil.
Art. 2º. O Banco Central do Brasil apresentará, nas audiências públicas ordinárias da Comissão de 
Assuntos Econômicos do Senado Federal, informações detalhadas sobre o acolhimento dos depó-
sitos a prazo das instituições financeiras previstos no art. 1º desta Lei.
§ 1º O Banco Central do Brasil divulgará semestralmente demonstrativo de depósitos voluntários 
das instituições financeiras.
§ 2º Além do disposto no caput deste artigo, o Banco Central do Brasil prestará contas trimestral-
mente ao Congresso Nacional, na forma em que regulamentar, sobre as operações realizadas com 
depósitos voluntários remunerados das instituições financeiras.
Art. 3º. O Banco Central do Brasil regulamentará a remuneração, os limites, os prazos, as formas de 
negociação e outras condições para o acolhimento dos depósitos a prazo das instituições financei-
ras previstos no art. 1º desta Lei.
Art. 4º. O art. 14 da Lei n. 12.865, de 9 de outubro de 2013, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“É o Banco Central do Brasil autorizado a acolher depósitos de entidades não financeiras integrantes 
do Sistema de Pagamentos Brasileiro, conforme remuneração, limites, prazos, formas de negocia-
ção e outras condições por ele estabelecidos.” (NR).
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
A seguir, destaco alguns aspectos importantes da lei:
• A taxa de juros que remunerará os depósitos será definida pelo Bacen.
• O Bacen divulgará semestralmente demonstrativo de depósitos voluntários das institui-
ções financeiras e prestará contas trimestralmente ao Congresso Nacional.
• Outra coisa bastante importante é que a lei autoriza o Bacen a receber depósitos volun-
tários de instituições não financeiras integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, 
isto abre espaços para a participação de várias instituições que não possuiriam acesso 
aos depósitos.
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Críticas:
Sabemos que é difícil que qualquer mudança seja unânime - e é bom que seja assim, pois 
o debate é algo importante. Nesse sentido, a nova política de depósitos voluntários remunera-
dos no Bacen, apesar de vista com otimismo por alguns analistas, também recebe críticas. É 
importante que possamos refletir sobre isso, até porque o seu edital coloca essa questão dos 
depósitos remunerados como “um debate”. Vejamos algumas críticas:
Lembre-se de que a Lei 14.185 estabelece que as condições para o recebimento de tais 
depósitos serão estabelecidas pelo Bacen, sobretudoa remuneração. Nesse sentido, alguns 
economistas temem que o Bacen seja demasiadamente generoso com os bancos e conceda 
uma rentabilidade fora dos padrões aceitáveis.
É importante perceber, também, que essa liberdade para que o Bacen defina as regras da 
remuneração dos depósitos voluntários é algo que pode ser associado ao projeto de autono-
mia do Bacen, iniciado com a aprovação da Lei Complementar n. 179 de 2021. Veja bem: a par-
tir do momento em que o Bacen não fica mais tão dependente de títulos do Tesouro Nacional 
para fazer política monetária, ele fica mais autônomo. Há quem diga que isso é positivo, mas 
há quem tema, também, a “captura” do Bacen pelos bancos privados, com o primeiro transfe-
rindo ainda mais juros para os últimos.
Há críticos que consideram que os depósitos remunerados são uma espécie de manobra 
fiscal, que camufla a dívida pública, uma vez que, apesar de cair os índices de endividamento 
em relação ao PIB, a dívida com bancos continuará existindo.
004. (INÉDITA/2021) A remuneração dos depósitos voluntários é apresentada como uma al-
ternativa às operações compromissadas. No entanto, o problema é que tal política eleva a 
dívida bruta dos países.
Nada disso! A remuneração dos depósitos voluntários nos bancos centrais é uma política que 
visa reduzir a dívida bruta dos países, visto que retira moeda de circulação sem elevar o mon-
tante da dívida, podendo na verdade reduzi-lo ao longo do tempo, à medida que os títulos públi-
cos forem vencendo e sendo pagos, sem que sejam substituídos por títulos novos.
Errado.
Chegamos ao fim da parte teórica da nossa aula. Obrigado por chegar até aqui comigo!
Vamos tomar aquele cafezinho (para quem gosta/precisa rs.) e nos preparar para entrar-
mos nas questões comentadas, a fim de fixar o conhecimento adquirido. Vamos lá! Força!!
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
001. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO/2008) Os au-
mentos do percentual requerido de reserva compulsória dos bancos comerciais no banco cen-
tral têm como consequência um(a)
a) relaxamento na política fiscal.
b) aumento da taxa cambial.
c) aumento no lucro dos bancos.
d) política monetária mais restritiva.
e) redução nas taxas de juros.
002. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTAEMREGULAÇÃO/2008) Se o Banco Central de de-
terminado país aumentar substancialmente a oferta monetária, ou seja, adotar uma política 
monetária expansiva, tenderá a ocorrer, de imediato, um(a)
a) aumento no déficit do setor público.
b) aumento nas reservas internacionais do banco central.
c) aumento nas taxas de juros domésticas por causa da inflação.
d) valorização da moeda nacional em relação à estrangeira, se o regime cambial for de taxa fixa
e) desvalorização da moeda nacional em relação à estrangeira, se o regime cambial for de taxa 
flutuante.
003. (INÉDITA/2021) Em relação ao Quantitative Easing, julgue o item que segue:
Uma das consequências dessa política é que a alta demanda por ativos financeiros por parte 
dos Bancos Centrais tende a reduzir seus preços substancialmente. Dessa forma, poderia es-
tar se formando uma “bolha” no mercado de títulos.
004. (INÉDITA/2021) A remuneração dos depósitos voluntários é apresentada como uma al-
ternativa às operações compromissadas. No entanto, o problema é que tal política eleva a 
dívida bruta dos países.
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EXERCÍCIOS
005. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2018) No final de março de 2018, as autoridades 
monetárias brasileiras anunciaram que as alíquotas dos depósitos compulsórios incidentes 
sobre depósitos à vista seriam reduzidas de 40% para 25%. Tendo em vista a dinâmica do mer-
cado financeiro, essa medida objetiva, principalmente,
a) reduzir o nível de inadimplência observado no sistema bancário brasileiro.
b) aumentar a regulação do sistema bancário brasileiro.
c) estimular os encaixes voluntários do sistema bancário brasileiro.
d) aumentar a oferta de crédito para empresas e consumidores no Brasil.
e) igualar as taxas de juros médias cobradas pelos bancos às taxas de juros básicas determi-
nadas pelo Banco Central do Brasil.
A redução dos depósitos compulsórios trata-se de uma política expansionista – ao expandir a 
quantidade de moeda e a atividade econômica. Se o Bacen reduz a taxa de compulsório, am-
pliará recursos em circulação. A maior quantidade de moeda na Economia, aumentará a oferta 
de crédito por parte dos bancos, tanto para empresas, quanto para consumidores em geral e 
diminuirá os juros.
Letra d.
006. (CESPE/BB/CERTIFICAÇÃO INTERNA/2009). Na crise financeira que se abateu sobre o 
mundo a partir do final de 2008, o BACEN viu-se diante da necessidade de atuar no sistema 
financeiro nacional com o objetivo de evitar que a economia brasileira entrasse em recessão.
Nessa situação, assinale a opção que apresenta a medida de política monetária que atende ao 
objetivo pretendido pelo BACEN.
a) aumento do depósito compulsório ou encaixe legal
b) aumento da taxa de juros básica
c) aumento da taxa de redesconto bancário
d) compra de títulos da dívida pública federal
e) redução das diligências de fiscalização das instituições financeiras
Para incentivar a economia brasileira o Bacen deve realizar uma política monetária expansio-
nista, ou seja, aumentando a oferta de moeda na economia e reduzindo a taxa básica de juros - 
Selic. Para tanto, podem ser tomadas as seguintes medidas: redução do depósito compulsório, 
redução da taxa de redesconto ou compra de títulos da dívida pública federal. Qualquer uma 
dessas medidas (ou uma combinação delas) amplia a quantidade de moeda em circulação, 
reduzindo juros e incentivando o crescimento econômico.
Letra d.
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007. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTASOCIOECONÔMICO/2010) Os instrumentos clássicos 
de política monetária NÃO incluem as
a) variações no requisito de depósito compulsório dos bancos junto ao Banco Central.
b) vendas no mercado aberto de títulos públicos realizadas pelo Banco Central.
c) variações no déficit orçamentário do setor público.
d) alterações na taxa de redesconto dos empréstimos do Banco Central aos bancos.
e) compras no mercado aberto de títulos públicos realizadas pelo Banco Central.
Os três instrumentos clássicos de política monetária são: depósitos compulsórios, redescontoe compra e venda de títulos públicos (open market). Portanto, a única alternativa que não apre-
senta um desses instrumentos é a letra c.
Letra c.
008. (CESGRANRIO/INEA - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE – ECONOMISTA/2008/) 
O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos 
reduz a(o)
a) oferta de moeda.
b) demanda por bens públicos.
c) taxa de juros vigente na economia.
d) spread cobrado pelos bancos.
e) gasto do governo.
O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz 
a oferta de moeda na economia.
Letra a.
009. (CESGRANRIO/INEA/INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE – ECONOMISTA/2008) 
Uma política monetária expansiva leva normalmente ao(à)
a) aumento da taxa de juros.
b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio fixo.
c) redução da taxa de inflação.
d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio flutuante.
e) expansão da produção.
A política monetária expansiva amplia a quantidade de moeda em circulação, levando a queda 
dos juros e, consequente, elevação da demanda por bens e serviços, devido ao crédito mais abun-
dante e mais barato, o que tende a gerar crescimento econômico, ou seja, expansão da produção.
Letra e.
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010. (CESGRANRIO/QUESTÕES INÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/25º SIMULADO/2021) O 
regime de metas é usado como referência pelo governo para adotar medidas de controle da 
inflação. Isso dá tranquilidade à população e ao mercado financeiro de que o país se preocupa 
em controlar a alta de preços. “É uma garantia que o governo dá à sociedade de que manterá a 
inflação dentro de um determinado patamar”, afirma o professor de economia da FGV (Funda-
ção Getulio Vargas) Nelson Marconi.
Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/12/17/banco-central-meta-de-inflacao-para-
-atingir-ano. htm. Acesso em 14/03/2021.
Se o Banco Central tiver a intenção de reduzir pressões inflacionárias existentes na economia, poderá
a) aumentar o percentual do recolhimento compulsório.
b) eliminar restrições quantitativas para a compra, pelo próprio Banco Central, de operações da 
carteira de crédito dos bancos.
c) diminuir as taxas utilizadas no redesconto.
d) facilitar amplamente o acesso de famílias e empresas ao crédito.
e) reduzir a taxa Selic-meta definida periodicamente pelo Copom conforme o modelo de metas 
de inflação.
Para reduzir pressões inflacionárias, o Bacen deve implementar uma política monetária res-
tritiva (também chamada de contracionista), reduzindo a atividade econômica e a demanda, 
contendo, portanto, a subida no nível de preços (inflação). Entre as alternativas, a única que 
apresenta uma política monetária restritiva é a letra a. O aumento do percentual do recolhimen-
to compulsório retirará recursos em circulação. O que diminuirá, também, o poder de criação 
de moeda por parte dos bancos. A menor quantidade de moeda na Economia, tenderá a elevar 
os juros e a reduzir a inflação.
Letra a.
011. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO/2008) Os au-
mentos do percentual requerido de reserva compulsória dos bancos comerciais no banco cen-
tral têm como consequência um(a)
a) relaxamento na política fiscal.
b) aumento da taxa cambial.
c) aumento no lucro dos bancos.
d) política monetária mais restritiva.
e) redução nas taxas de juros.
Caso o Bacen eleve a taxa de compulsório, retirará recursos em circulação. O que diminuirá, 
também, o poder de criação de moeda por parte dos bancos. A menor quantidade de moeda 
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na Economia, tenderá a elevar os juros e a reduzir a inflação. Nesse sentido, a elevação dos 
depósitos compulsórios é o exemplo de uma política contracionista – ao contrair a quantidade 
de moeda e a atividade econômica.
Letra d.
012. (IADES/IRBR - INSTITUTO RIO BRANCO/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLO-
MATA). A elevação das reservas compulsórias no Banco Central feita pelos bancos comerciais 
reduz o papel-moeda em circulação.
Exatamente! A elevação das reservas compulsórias retira papel-moeda de circulação na economia.
Certo.
013. (SELECON/PREFEITURADEBOAVISTA/ECONOMISTA/2019) Com objetivo de controlar 
a inflação, alguns instrumentos de política monetária são adotados pelos Governos. Um exem-
plo de política monetária expansionista vem a ser:
a) redução do salário mínimo
b) redução da taxa básica de juros
c) aumento da taxa básica de juros
d) aumento dos gastos do governo (G)
Políticas salarial e de gastos do governo não estão entre os instrumentos de política monetá-
ria. Com isso, restam somente as alternativas B e C. Uma política expansionista é aquela que 
amplia a atividade econômica e isso se dá via redução da taxa básica juros.
Letra b.
014. (UFCE/UNIVERSIDADEFEDERALDOCEARÁ/ECONOMISTA/2018) Grosso modo, os ins-
trumentos de política econômica podem ser reunidos em quatro blocos: (i) políticas fiscais, (ii) 
políticas cambiais e comerciais, (iii) políticas de renda e, (iv) política monetária. Com relação 
a política monetária, assinale o instrumento mais ágil e eficaz utilizado pelo Banco Central do 
Brasil, no curto prazo, para controle da taxa de juros e da oferta de moeda.
a) Open Market.
b) Taxa de redesconto.
c) Recolhimento compulsório.
d) Atas de reuniões do COPOM.
e) Controle de transações interfinanceiras.
Entre os instrumentos de política monetária (Open Market, Taxa de Redesconto e Recolhimen-
to Compulsório), o mais ágil, ou seja, o que funciona no curto prazo é o open market, já que os 
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efeitos da compra e venda de títulos são imediatos – o aumento ou diminuição de moeda em 
circulação.
Letra a.
015. (FGV/BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/2018) O mecanismo pelo qual a mesa de ope-
rações de mercado aberto do Banco Central persegue a meta da Selic definida pelo Copom é 
denominado “operações de mercado aberto”. Se num certo dia a mesa de operações vendeu 
títulos públicos que estavam na carteira do Banco Central - uma típica operação de mercado 
aberto - o efeito na economia seria:
a) uma contração na oferta de moeda e consequente diminuição da Selic diária;
b) um aumento na oferta de moeda e consequente aumento da Selic diária;
c) uma expansão da base monetária;
d) uma contração na oferta de moeda e consequente aumento da Selic diária.
e) um aumento na oferta de moeda e consequente diminuição da Selic diária.
A venda de títulos por parte do Bacen retira moeda de circulação (os investidores entregarão 
moeda para o Bacen e ficarão com os títulos). A menor quantidade de moeda eleva a taxa de 
juros Selic.
Letra d.
016. (CESPE/FUB/FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA/ ECONOMISTA). Se a parcela dos 
meios de pagamentos que os agentes mantêm como depósitos à vista aumentar e se a pro-
porção de reservas bancáriasem relação ao depósito à vista diminuir, então o multiplicador da 
base monetária aumentará.
Exatamente! Se os depósitos à vista aumentarem e se os bancos reservarem uma parcela me-
nor desses depósitos, sobrará mais recursos para as operações de crédito, ampliando, assim, 
a atuação do multiplicador monetário (criação de moeda por parte dos bancos).
Certo.
017. (FMP CONCURSOS/CGE-MT/AUDITOR DO ESTADO/2015) Para aumentar a oferta de 
moeda ao sistema econômico o Banco Central pode:
I – Reduzir o nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais.
II – Aumentar a taxa de redesconto de títulos.
III – Vender títulos governamentais ao mercado de capitais.
Quais afirmações estão corretas?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
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c) Apenas a III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
I – Certa. A redução das reservas obrigatórias dos bancos aumenta a oferta de moeda 
na economia.
II – Errada. O aumento da taxa de redesconto é uma política contracionista, ou seja, reduz a 
oferta de moeda na economia.
III – Errada. A venda de títulos também retira moeda da economia. Lembre-se de que o instru-
mento que injeta moeda é a compra de títulos.
Letra a.
018. (FAUEL/PREFEITURADEPARANAGUA/ECONOMISTA/2012) São medidas expansionis-
tas de política monetária:
I – venda de títulos públicos;
II – compra de títulos públicos;
III – redução do depósito compulsório;
IV – elevação do depósito compulsório;
V – redução da taxa de redesconto;
VI – elevação da taxa de redesconto.
Estão corretas:
a) I, IV e V.
b) I, III e VI.
c) II, IV e VI.
d) II, III e V
A questão pede exemplos de política monetária expansionista. Ela é excelente para exercitar-
mos algo que aparece bastante em prova: a identificação do que seja política contracionista e 
expansionista. Por isso, vamos analisar cada item!
I – Errado. A venda de títulos públicos retira moeda da Economia, sendo, portanto, uma política 
contracionista.
II – Certo. A compra de títulos públicos é uma política expansionista, pois injeta moeda 
na Economia.
III – Certo. A redução do compulsório, deixa mais moeda disponível no sistema bancário, ou 
seja, é uma política expansionista.
IV – Errado. A elevação do depósito compulsório é uma política contracionista, pois ao contrá-
rio do item anterior, retira moeda.
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V – Certo. A redução da taxa de redesconto tende a elevar a quantidade de moeda em circulação.
VI – Errado. A elevação da taxa de redesconto, ao contrário do item anterior, é utilizada para 
contrair a quantidade de moeda em circulação, sendo, portanto, uma política contracionista.
Letra d.
019. (CESGRANRIO/UNIRIO/UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/ECONOMIS-
TA/2019) Desde meados da década de 1990, a regra de Taylor tem sido a principal base teóri-
ca para a prática da política monetária na maior parte dos países capitalistas. Admita-se uma 
economia em que as expectativas de inflação estejam abaixo da meta de inflação anual e o 
hiato do produto seja muito negativo.
Supondo-se tudo o mais constante e seguindo-se estritamente a regra de Taylor, o comitê de 
política monetária do Banco Central desse país deverá
a) aumentar a taxa de juros nominal de curto prazo.
b) reduzir a taxa de juros nominal de curto prazo.
c) reduzir a base monetária.
d) manter inalterada a taxa de juros nominal de curto prazo.
e) adotar congelamento de preços e salários.
O hiato do produto é a diferença entre o produto observado na economia (PIB) e o produto 
potencial (isto é, o que a economia poderia produzir se utilizasse toda sua capacidade). Nes-
se sentido, o hiato do produto muito negativo significa que a economia está produzindo bens 
e serviços muito abaixo de seu potencial. Para melhorar essa situação o Banco Central deve 
incentivar o crescimento econômico.
Considerando que a inflação esteja abaixo da meta, há espaço para que o Banco Central redu-
za a taxa de juros nominal de curto prazo, que é a taxa sob a qual ele atua – no nosso caso é a 
SELIC, a fim de incentivar o crescimento econômico.
Letra b.
020. (IESES/TJ MA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Sobre Política Monetária é Correto afirmar:
a) O Tesouro Nacional reduz seus empréstimos a pessoas físicas para desacelerar o consumo 
das famílias.
b) O Banco Central eleva a taxa de câmbio da economia como forma de conter a Inflação.
c) O Banco Central eleva a taxa de juros (Selic) da economia como forma de conter a Inflação.
d) O Tesouro Nacional emite Moeda para conter a inflação.
a) Errada. Tesouro Nacional fazendo empréstimos? Ele não é um banco.
b) Errada. O Banco Central eleva a taxa de câmbio taxa de juros da economia como forma de 
conter a Inflação.
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c) Certa. É por meio da política monetária contracionista, que gera a elevação da taxa de juros, 
que o Bacen reduz a demanda na economia e controla a inflação.
d) Errada. Em primeiro lugar, quem emite moeda é o Bacen. Em segundo lugar, a emissão de 
moeda tende a gerar inflação e não a reduzir.
Letra c.
021. (CETRO/CEF/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/AUDITOR/ÁREA CONTÁBIL/2004) Com-
plete a proposição, a seguir, e assinale a alternativa correta. As operações de open market 
(mercado aberto) são instrumentos da Política ____________ mais ágeis e de reflexos mais rá-
pidos. Genericamente consistem na compra e na venda de ___________. Ao atuar no merca-
do “comprando”, o governo espera realizar uma _______ da oferta monetária e _________ da 
taxa de juros.
a) Fiscal / títulos da dívida pública / expansão / uma redução
b) Monetária / certificado de depósito interfinanceiro (CDI) / redução / um aumento.
c) Fiscal / certificado depósito interfinanceiro (CDI) / redução / um aumento.
d) Monetária / títulos da dívida pública / expansão / uma redução
e) Cambial / contratos de taxa de câmbio / redução / um aumento.
As operações de open market (mercado aberto) são instrumentos da Política Monetária mais 
ágeis e de reflexos mais rápidos. Genericamente consistem na compra e na venda de títulos 
da dívida pública. Ao atuar no mercado “comprando”, o governo espera realizar uma expansão 
da oferta monetária e redução da taxa de juros.
Letra d.
022. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL/ ECONO-
MIA/2021) O Banco Central do Brasil pode emitir títulos para a execução da política monetária.
Nada disso! Quem emite títulos é o Tesouro Nacional. O Bacen os utiliza para execução da 
política monetária.
Errado.
023. (CESPE/SEFAZ AL/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2020) As operações de 
mercado aberto contracionistas levam a uma diminuição do preço dos títulos e a um aumento 
da taxa de juros.
Lembre-se de que uma operação de mercado aberto contracionista significa venda de títu-
los públicos para retirar moeda da economia. É importante dizer que a venda desses títulos 
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