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ELEFANTES NA TAILÂNDIA
Na Tailândia, em 1998, o governo declarou 13 de março como o Dia Nacional do Elefante Tailandês, com o intuito da conservação desses elefantes.
Apesar dessa comemoração ainda se vê uma cultura de exploração destes animais, que se denomina indústria de trekking. De acordo com o Diário do Nordeste, “A Wildlife Friends Foudation Thailand (WFFT), fundação que atua a favor da preservação do elefante Pai Lin, de 71 anos, teve diversos danos na coluna, causados por uma vida de abusos”.
Ao longo de 25 anos a Pai Lin, foi forçada a transportar até seis turistas por vez. Apesar de esses mamíferos serem grandes e fortes, suas costas não foram feitas para carregar turistas, a sela utilizada e o peso dos passageiros podem causar dor e ferimentos a esses animais.
Como consequência a Pai Lin, tem seu dorso curvado, dores e mobilidade limitada, a aparência e saúde deste elefante demonstram os efeitos negativos que os passeios turísticos causam. O WFFT, explica que “ Essa pressão contínua sobre os corpos (dos elefantes) pode enfraquecer o tecido e os ossos das costas, causando danos físicos irreversíveis à coluna.
Há alguns poucos santuários que cuidam de elefantes resgatados de maus-tratos e permitem experiências éticas com os animais. Pra um lugar ser considerado ético, os elefantes devem ser livres pra comer e beber, viver sem desconforto, de dor, lesões e doenças; poder manifestar seu comportamento natural e não sofrer medo e angústia desnecessários. Eles devem viver soltos, em grupos, ter acesso fácil à água e tratamento veterinário adequado. O lugar não deve permitir passeios nas costas deles e sediar shows. No máximo, turistas podem alimentá-los com frutas e brincar com eles na água.
Com isso, entramos em outro mérito que é a domesticação desses animais. No caso dos elefantes, mesmo os eu nascem em cativeiros ainda são selvagens. Os treinamentos que são utilizados com esses elefantes, no intuito de passeios ou espetáculos, são extremamente cruel. Esse método, é chamado de “the crush”, e vai envolver restrições físicas, de comida e água de, em muitos casos dor intensa.
Maus tratos em elefantes na Tailândia, até aonde vamos pelo “turismo”?
-Arrancados à força de suas mães
-Amarrados a estruturas de madeira enquanto apanham continuamente
-Presos em correntes e mancando
Somente na Tailândia, estima-se que cerca de 2.800 elefantes vivam em cativeiro e tenham sido submetidos a esse treinamento cruel. O vídeo angustiante procurou documentar as técnicas mais comuns para que os animais compreendam e sigam os comandos dos treinadores, como: 
-O uso de gancho/vara de metal - uma ferramenta de metal usada para espetar áreas sensíveis;
-Correntes para contê-los;
-Exposição frequente a situações estressantes.
Esse tratamento horrível acontece para que os elefantes se tornem submissos para serem explorados em apresentações, passeios, banhos e outras interações com turistas. A demanda do turismo impulsiona a procura por experiências com elefantes e os treinadores são forçados a utilizar esses métodos de treinamento.
A Tailândia tem a maior parte de animais em cativeiro da Ásia, sendo um negócio próspero onde o número de locais que explora elefantes para turismo teve um aumento de 30% desde 2010.
Geralmente os turistas não têm ideia do que existe por trás desse “ trabalho “ com esses animais .
Essa atividade é explorada também por muitas agências de turismo, porém algumas como a TripAdvisor já pararam de vender ingressos de show e passeios com Elefante , para não estimular esse comércio.
Com o pandemia em 2020, o turismo ficou muito afetado, e muitos animais foram abandonados.
A verdade é que o turismo com Elefantes é  a principal fonte de renda ,e se tornou inviável cuidar desses animais ( alimentação e outros cuidados).
Quando relacionamos a Tailândia e a cultura de comercialização de elefantes na região, entendemos que o turismo tailandês se mantém em grande parte através dos animais. Quando analisamos vilarejos tailandês, é possível entender também que os elefantes fazem parte não só se sua cultura, mas de seu âmbito familiar e empregatício, como na província de Surin, onde antigamente seu povoado era conhecido por treinar e capturar os grandes animais, hoje se vê em cada casa, um mais elefantes nos quintais ou sombras de árvores. No país, você aprende a conviver com os animais no dia a dia, como tomar cuidado ao dirigir por conta deles, como se portar próximo a um deles e como tratá-los. Para manter esses grandes animais saudáveis, as famílias que os tem gastam em média 100 a 200kg em alimentos (em sua maioria folhas, gramas e vegetais) por dia para cada animal.
Em vilarejos do país, é comum ver elefantes acorrentados para que não fujam do território de seus “donos”, embora grupos de preservação da espécie critiquem o feito.
A Tailândia ainda não apresenta uma estratégia para o fim dos elefantes mantidos em cativeiro e tampouco se tem a crença de que um dia isso vai acabar. Movimentos políticos ambientais do país pedem por uma revisão na regulamentação dos elefantes domésticos, que são divididos em três ministérios que não ornam em unanimidade.
Bibliografias: https://cnnportugal.iol.pt/pai-lin/turismo/os-elefantes-nao-foram-feitos-para-carregar-pessoas-aqui-esta-a-prova/20230313/640f599c0cf2cf9224fd401d
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ultima-hora/mundo/elefante-tem-coluna-deformada-por-carregar-turistas-durante-25-anos-na-tailandia-1.3345767
https://www.worldanimalprotection.org.br/blogs/descubra-5-mitos-sobre-passeios-e-shows-com-elefantes#:~:text=Os%20elefantes%20podem%20ser%20grandes,traseiras%2C%20como%20fazem%20nos%20espet%C3%A1culos.
https://www.uol.com.br/nossa/noticias/bbc/2023/01/06/o-futuro-incerto-dos-elefantes-treinados-para-entreter-turistas-na-tailandia.htm
https://www.bbc.com/portuguese/geral-64151738