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AVA 2 - Sociologia

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UVA - Universidade Veiga de Almeida
Sociologia
Rio de Janeiro 
Karl Marx e Friedrich Engels foram os pensadores responsáveis por fundamentar econômica e sociologicamente as ideias socialistas que existiam na Europa, no século XIX, nativas de teorias políticas anticapitalistas que pregavam a necessidade de se pensar em uma sociedade igualitária.
Marx e Engels fizeram um estudo organizado e sistemático do pensamento socialista para elaborar uma teoria econômica socialista que fosse aplicável na prática.
No campo da economia, as principais características do marxismo são a proibição da propriedade privada, e, consequentemente, a extinção da burguesia e da distinção de classes sociais. Segundo Marx, isso seria possível mediante uma forte ditadura que ele chamou de “ditadura do proletariado”, que assumiria o estado e acabaria com todas as estruturas estatais e sociais que mantinham o poder hegemônico da burguesia na sociedade capitalista: o sistema jurídico burguês, a economia baseada na propriedade privada. A mídia burguesa e a religião. 
Marx foi fortemente influenciado pelo filósofo Friedrich Hegel, que havia formulado uma teoria dialética baseada na ideia da formação de um espírito de época, que, segundo ele, era uma espécie de ideia metafísica e coletiva que fazia com que as pessoas vivessem de certo modo.
No início, Marx foi adepto dessa teoria, entretanto, com o passar do tempo, ele percebeu contradições internas nela. Uma delas foi a ideia de imobilidade das classes sociais. Enquanto a teoria hegeliana admite uma imobilidade metafísica das classes, Marx admitia ser possível o oposto: a subversão das classes. Tal subversão somente seria possível por meio de uma revolução.
Para Engels e Marx, há uma contradição interna no sistema capitalista que faz com que os trabalhadores (proletariado) se vejam como produtores de tudo por meio de sua força de trabalho, mas excluídos do sistema educativo, de saúde e de segurança. Os trabalhadores produzem, mas não conseguem acessar aquilo que é deles por direito.
A burguesia, por sua vez, não trabalha (na ótica marxista, os burgueses apenas administram aquilo que o proletariado produz), mas desfruta daquilo que rende do trabalho proletário e ainda tem acesso aos serviços de saúde, educação e segurança. 
Para os filósofos alemães, os trabalhadores deveriam tomar consciência de classe e perceber que estavam sendo enganados nesse sistema. A partir disso, eles deveriam unir-se e tomar o poder das fábricas das mãos da burguesia e o poder do Estado, que, segundo Marx e Engels serve à burguesia. 
A revolução do proletariado, como Marx chamou, seria a primeira fase de um governo que tenderia a chegar ao seu estado perfeito: o comunismo, uma utopia em que não haveria classes sociais (como burguesia e proletariado). No entanto, para isso acontecer, seria necessário um governo ditador baseado na força proletária, a “ditadura do proletariado”. Durante esse tempo, as classes sociais seriam suprimidas pela estatização total da propriedade privada.
O processo histórico de formação do Estado indica que, desde o final da Idade Média até o período moderno, em especial, durante a Revolução Francesa, foi preciso criar uma estrutura específica capaz de erigir a fundamentação necessária à queda do despotismo e o surgimento da concepção republicana e, então, do Estado moderno. As instabilidades do processo de reprodução do capital repercutem na estrutura do Estado, que será remodelado para atuar de modo mais interventivo.
“Pode-se fixar dois grandes ‘planos’ superestruturais: o que pode ser chamado de ‘sociedade civil’ (isto é, o conjunto de organismos chamados comumente de ‘privados’) e o da ‘sociedade política ou Estado’, que corresponde à função de ‘hegemonia’ que o grupo dominante exerce a toda a sociedade e àquela de ‘domínio direto’ ou de comando, que se expressa no Estado e no governo ‘jurídico’”.
A hegemonia tratada por Gramsci não é estática, não é pura dominação dos fortes sobre os fracos, pois pode apresentar-se em vários momentos históricos em franca crise. O conjunto complexo de ideias, valores culturais e teorias que remanesce irrefutável por um longo período de tempo reflete sempre as posições de um determinado espectro da sociedade de classes que, impelida pela ação da luta entre os seus segmentos na sociedade civil e na sociedade política, se vê obrigada a rearranjar os seus fundamentos e as suas práticas – sendo indispensável a sua existência a capacidade de se modificar a tempo, antes que um movimento de contra-hegemonia lhe tome o espaço antes criativo.
A modernidade se afirma não como uma ordem, mas como ‘a’ ordem. 
Zygmunt Bauman alerta: “ordem e caos são gêmeos modernos. Foram concebidos em meio à ruptura e ao colapso do mundo ordenado de modo divino, que não conhecia a necessidade nem o acaso, um mundo que apenas era, sem pensar jamais em como ser. (...) A descoberta de que a ordem não era natural já foi a descoberta da ordem como tal.” 
Karl Marx criou o conceito ‘mais-valia’ para entender as relações entre o tempo necessário para realizar um trabalho e sua remuneração. Para a economia política marxista, o valor do trabalho e o salário recebido pelo trabalhador significa desigualdade. Ou seja, o esforço do trabalhador não é convertido em valores monetários reais, o que desvaloriza seu trabalho.
À geração da mais-valia, está associado o modo de produção, a forma como se organizam as forças produtivas, e as relações de produção entre os trabalhadores e os capitalistas. Exposto às evoluções ambientais, acabam por, em conjunto com toda a sociedade, atravessar por mudanças estruturais e conjunturais, se alterando, com regularidade, a partir das classes emergentes e dominantes. 
Com o surgimento da propriedade privada e mais tarde o advento do capitalismo, surge a possibilidade de que um grupo de sujeitos (os proprietários dos meios de produção) não precisem trabalhar para sobreviver, mas vivam da exploração do trabalho alheio. Assim, o trabalho no capitalismo é alienado e o trabalhador perde o direito aos bens que produz, vê seu trabalho sendo fragmentado e é destituído inclusive do conhecimento que envolve seu trabalho. O trabalho, convertido em mercadoria, concebe o trabalhador como mera engrenagem no sistema produtivo.
Referências: 
(Porfírio, s.d.)
(Bauman, 1999:12, 14)
(GRAMSCI, 1982, p. 13-14)
(Bezerra, s.d.)a

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