Gestação Modificações Sistêmicas do Organismo Materno

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Postura e 
Deambulação
Postura alterada por modificação no centro de massa 
Corpo se projeta para trás: lordose da coluna, 
espáduas para trás e pés afastados
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Grupos musculares não constantes passam a atuar: dor 
cervical e lombar
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Marcha anserina (gansos): passos oscilantes e curtos-
Maior mobilidade articular (sacroilíaca): secreção de 
relaxina (placenta)
Sínfise púbica pode alargar 4mm (primíparas) e 
4,5mm (multi)
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Metabolismo METABOLISMO GLICÍDICO
Mesmo em jejum, feto continua extraindo glicose da 
mãe em taxas iguais a do estado alimentado 
(parasitismo verdadeiro)
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Corpo deixa de consumir tanta glicose e placenta 
libera hormônios contrainsulinares: aumentam 
resistência periférica à insulina!
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Aumento da resistência à insulina com pico no fim do 
2o trimestre: alta qte de hormônio lactogênio 
placentário humano (hPL), h. do crescimento p. h. 
(hPGH) e adipocinas (leptina, adiponectina, TNF-a, 
IL-6)
hPL mobiliza ácidos graxos para servirem de 
fonte de energia à mãe
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METABOLISMO LIPÍDICO
Placenta é praticamente impermeável a lipídios 
(exceto AGL e cetonas)
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Duas alterações importantes: acúmulo de lipídios nos 
tecidos e hiperlipidemia gestacional
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Metabolismo do Tecido Adiposo Materno
Aumento no depósito de gorduras durante os 2/3 
iniciais da gestação (diretamente relacionado à 
hiperfagia)
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Tendência de acúmulo cessa no último trimestre: 
diminuição da lipogênese + atividade lipolítica pelo 
hPL (ação semelhante ao GH)
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Ocorrência de alta esterificação no fígado
Redução de consumo de glicose por tecidos 
maternos
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+ Gliconeogênese por glicerol aumentada-
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Hiperlipidemia Materna
Enriquecimento triglicerídeos mesmo LDL ou HDL; 
maior aumento VLDL
Menos atividade da lipoproteína lipase e 
produção acentuada de VLDL contribuem para 
concentração aumentada
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Menor atividade da lipase hepática no final da -
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
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Menor atividade da lipase hepática no final da 
gestação também contribui
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Benefícios da hipertrigliceridemia para o feto
Maior síntese de corpos cetônicos quando mãe em 
jejum (usados pelo feto)
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Lipase na placenta disponibiliza ácidos graxos 
essenciais para o feto
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Produção de leite por indução da LPL nas mamas 
próximo do parto
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Ácidos graxos essenciais
Ômega-3 e Ômega-6 funções como: transporte O2, 
armazena energia, membrana celular, inflamação e 
proliferação celular
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Necessários no início da gravidez: desenvolver 
placenta 
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No último trimestre: auxiliam desenvolver cérebro e 
retina do feto
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Ácidos graxos trans são prejudiciais: inibem formação 
dos ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (a 
partir do O3 e O6)
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Fontes: salmão, atum, truta, sardinha, ostra, 
mariscos, óleos de linhaça, canola, nozes e rúcula
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METABOLISMO PROTEICO
Concentração da maioria dos aa é reduzida na 
gravidez
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Redução de albumina, gamaglobulinas-
Aumento de alfa e betaglobulinas e fibrinogênio-
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METABOLISMO HIDROELETROLÍTICO
Retenção de líquido (8-10L) por aumento do volume 
plasmático
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Permite aumento do débito cardíaco e fluxo 
plasmático renal
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Volume aumenta menos em pré-eclâmpsia e 
crescimento intratuterino restrito (CIR); aumenta 
mais em gravidez gemelar
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Mecanismo: secreção de aldosterona pela 
suprarrenal
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Fatores da retenção de líquido: retenção de sódio 
(sistema RAAA); novo nível de osmolaridade; 
diminuição do limiar da sede; redução da pressão 
oncótica.
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Consequências: menor [HB] e HT; diminui [albumina]; 
aumenta débito c.; aumenta fluxo renal; edema 
periférico
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METABOLISMO DO CÁLCIO
Controlado pela paratireoide e vitamina D-
PTH estimulado pela hipocalcemia e inibido pela 
hipercalcemia
Realiza: Reabsorção óssea + formação de 
vitamina D
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Na gravidez: transporte ativo de cálcio da mãe para o 
bebê; acúmulo de 25-30g; absorção dobra no GI 
(vitamina D3 elevada pela placenta e rins) = abertura 
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(vitamina D3 elevada pela placenta e rins) = abertura 
canais Ca++; 
Na lactação: perda diária de cálcio 220-340mg: níveis 
de PTHrP elevados na lactante desmineraliza osso 
para ter mais cálcio e estimula reabs. Renal de Ca
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Alterações 
Hemodinâmicas 
(Cardiovascular)
Síndrome da hipotensão supina: resolve com decúbito 
esquerdo
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Aumento 10-20% da FC-
Aumento 10% do volume sistólico-
Aumento 40-50% do DC-
Diminuição 10% da PAM-
Diminuição 35% da RVP-
Sistema Sanguíneo Requer maior qte de ferro: suplementar com ácido fólico 
para evitar defeitos no tubo neural
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Diminui: hemácias, hemoglobina (concentração), 
hematócrito
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Aumenta: leucócitos, fibrinogênio (concentração)-
Sistema Urinário MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS-
Deslocamento superior + aumento de tamanho 1cm-
Hidronefrose fisiológica por fatores hormonais e mecânicos-
Dilatação ureteral a direita por compressão uterina
Aumento da estase urinária: predisposição a 
infecções, pielonefrite e nefrolitíase
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Anatomia da bexiga distorcida pela compressão direta
+ hiperemia e congestão da mucosa por aumento do 
estrogênio circulante
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+ redução da contratilidade a alfa-adrenérgicos e 
suporte pélvico = incontinência urinária
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MOFICIAÇÕES FISIOLÓGICAS-
Aumento do fluxo plasmático e TFG podem aumentar 
40-85%
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Excreção renal de medicamentos pode se alterar-
Hipercalciúria é comum-
Glicosúria fisiológia-
Proteinúria (microalbum) é fisiológica-
Frequência urinária aumentada decorre da compressão da 
bexiga, não de maior volume urinário
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+ RAA compensam retenção de sódio-
Sistema 
Respiratório
FR não se altera-
VC e V. mínimo aumentam 30-40%-
Capacidade residual funcional (CRF) diminui 20%-
Hiperventilação fisiológica-
Dispneia em 60-70% das gestantes (mais como percepção 
da hiperventilação)
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Sistema Digestivo 1o T: náuseas e vômitos (50-90%): relacionado a aumento 
hCG e estrogênio
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Sistema Digestivo
hCG e estrogênio
Gengivite: acúmulo de placa bacteriana (se apresenta 
com eritema, sangue e entumescimento)
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1o e 2o: redução de secreção ácida = incidência de úlceras 
reduzidas (+ resolução de úlceras antigas)
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Sistema GI atônico durante todo período: relaxamento por 
fatores hormonais
Consequência: pirose (relaxa esfíncter GE) + 
constipação (atonia do colon)
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+ maior tendência a formar cálculo biliar (vesícula 
hipotônica)
Colecitectomia segunda causa de cirurgia não 
obstétrica em grávidas
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Sistema Endócrino TIREOIDE-
Aumento de 40-100% na produção + 10-20% de volume 
(fisiológico, sem bócio)
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1oT: queda transitória TSH-
2oT e termo: queda T3 e T4 + aumento TSH: por aumento 
da TBG: aumento da globulina de ligação da tireotoxina
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Pele e Fâneros 50% das gestantes com estrias abdominais (nos seios 
também)
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Vermelhas → brancas-
Aumenta pigmentação linha alva do abdome inferior (linea 
nigra), vulva, aréolas e face (cloasma)
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Hipertricose pode ser fisiológica (aumento pelos face, 
crescimento cabelo), unhas quebradiças, eritema palmar, 
hipertrofia gll sudoríparas e sebáceas
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REFERÊNCIA: OBSTETRÍCIA FUNDAMENTAL -
REZENDE. C5
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