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@cliscialaiane @cliscialaiane Saúde da Mulher e o do Bebê: Alterações fisiológicas DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO HORMONAL Accioly e chemin: HCG, o pico de secreção ocorre em torno de 60 dias após a concepção, em seguida caracteriza-se por queda gradativa. Accioly: É o parâmetro mais precoce e exato para o diagnóstico da gestação. ULTRASSONOGRÁFICO (ACCIOLY): Com 4 semanas gestacionais identifica-se o saco gestacional, com 6-7 os batimentos cardiofetais, com 12 a placenta e com 16 semanas a estrutura já está bem definida. CLÍNICO Presunção - amenorréia de 4 semanas, náuseas, provável perda de peso, congestão mamária e polaciúria (micção frequente e em pequeno volume). Probabilidade - Atraso menstrual de 10-14 dias, mais aumento de volume uterino e alteração da forma e consistência uterina. Certeza - Percepção e apalpação dos movimentos fetais e auscultação dos batimentos cardíacos por volta das 12 semanas. INTRODUÇÃO O período gestacional é composto de 40 semanas, e pode ser dividido em 3 trimestres. 1° Trimestre: Até a 14° Semana 2° Trimestre: Da 14° Semana até a 28° semana 3° Trimestre: Da 28° semana em diante 1° Trimestre: Intensa divisão celular, levando a mudanças biológicas e a saúde do embrião Depende da condição nutricional pré- gestacional. 2° e 3° Trimestre: O meio externo (fatores epigenéticos, comportamentais) exerce influência direta na condição nutricional do feto. Esses fatores podem exercer influência antes do 2o trimestre ou antes menos de a mulher engravidar O feto ganha o total de 1kg até 28 semanas e há um intenso ganho de peso fetal nas últimas 10 semanas PERÍODO DE CRESCIMENTO Blastogênese: É o período de implantação. Da fecundação até a 2° semana de gestação. É o período hiperplásico. Maior necessidade de: Ácido fólico, B12 Embrionário ou Organogênese: Até o 60° dia de gestação. Ocorre hipertrfoia e diferenciação celular. No final desse período o embrião adquire o aspecto fetal humano. Maior necessidade de: Aminoácidos, B6. Fetal: É o período que ocorre a partir do 3° mês até o final da gestação. Ocorre crescimento rápido e hipertrofia celular. O feto passa de 6g para 3-3,5kg, o que representa cerca de 60% do ganho materno. O ganho ponderal no 3° trimestre é apontado como tendo papel importante na prevenção de baixo peso ao nascer, o que pode contribuir para a prevenção de determinadas doenças crônicas. PLACENTA É um orgão vascularizado. Tem a função de proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios ( Estrogênio e progesterona). @cliscialaiane @cliscialaiane Após a fecundação do óvulo, este se fixa no endométrio, que passa a se chamar decídua (ou caduca), e dará origem a placenta. É a única via de trocas de nutrientes, oxigênio e resíduos metabólicos entre mãe e feto. Sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos no íncio da gravidez. Mãe com peso pré-gravídico abaixo do ideal: O tamanho da placenta é reflexo do estado nutricional materno. Quanto menor for a placenta, menor é a área de troca de nutrientes e consequentemente menor é o peso do feto ao nascer -> Risco de baixo peso ao nascer e parto prematuro. Membrana placentária: Ocorre a troca de material entre a mãe e feto, se tornando mais fina mais próxima ao final da gravidez. TIPOS DE TRANSPORTES Difusão simples: O2, Co2, Vitaminas A, D, E e K, eletrólitos, ácidos graxos e água. Difusão facilitada: Ex: Glicídeos. Transporte ativo: Aminoácidos, ferro, cálcio, iodo, fosfato e vitaminas hidrossolúveis e sódio. Pinocitose. Ultrifiltração. PRODUÇÃO HORMONAL Fase ovariana: Ocorre até a 8° semana, quando há estimulo para produção do HCG, que estimula a secreção de esteroides. Fase placentária: A placenta assume a produção de hormônios esteroides. O corpo lúteo é o responsável pela produção de hormônios esteróides, e as células do trofoblasto pela elevada secreção de HCG. Porém, na fase placentária tem- se a queda de HCG, e a placenta assume o papel. HCG: Importante para a manutenção inicial da gravidez - Tem função de impedir a rejeição imunológica do embrião, e inibe a contração espontânea do útero através da produção de relaxina, que age com a progesterona. É importante no início quando a placenta ainda não produz progesterona e estrogênio suficientes. HPL: (Lactogênio placentário humano) - Possui ação mamotrófica e ação contra-insulina: Aumenta a glicemia pela glicogenólise, promove a lipólise e diminui o consumo de glicose e glicogênese. Progesterona: Produzida ante de 8-9 semanas, indispensável para implantação e placentação Relaxa musculatura lisa do útero. Reduz a motilidade gastrointestinal materna, favorecendo a deposição de gordura materna, náuseas, pirose, refluxo gastroesofágico e constipação intestinal. Promove armazenamento de nutrientes no endométrio e desenvolvimento mamário. Reduz contração do útero Interfere no metabolismo do ácido fólico Participa da mamogênese. Estrogênio: Altera mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo, tornando-o mais hidroscópico,favorece crescimento uterino. Reduz proteínas séricas Torna o tecido mais elástico, permitindo o crescimento do útero. Desenvolvimento do tecido glandular mamário. Prolifera musculatura uterina e tecido mamário, dilata os órgãos sexuais externos e do orifício vaginal, relaxa a musculatura pélvica. Estimula a contração uterina. Interfere no metabolismo do ácido fólico Participa da mamogênese. TAXA METABÓLICA BASAL A partir do 3° mês há um aumento de 15-20%, visando suprir as necessidades fetais e cobrir o consumo energético materno pelo custo da gestação, aumento da função renal e cardíaca. Necessidades diárias do feto no 3° trimestre: 50-70% carboidratos 20% aminoácidos O restante de lipídeos METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Alterações fisiológicas para consumo de glicose contínuo do feto: Hpl, HGh, estrogênio, progesterona, cortisona, prolactina e glucagon (marcadores hormonais) atuam reduzindo a utilização periférica de glicose pela diminuição da sensibilidade tecidual à insulina. > Resistência insulínica fisiológica (normal na gestação) @cliscialaiane @cliscialaiane >Jejum Materno: Estimula uma hipoglicemia mais acentuada. >Pós prandial: Estimula uma hiperglicemia pós prandial. Deve-se fazer prescrição nutricional de acordo com essas alterações. Diminuição de 40-50% da utilização periférica de glicose ocorre principalmente no 3° trimestre. METABOLISMO LIPÍDICO Adrenalina, Hcg, hpl e glucagon: Aumenta mobilização de gordura corporal para servir de energia pro metabolismo materno, visto que parte da glicose é destinada ao feto. Elevado nível plasmático de ácidos graxos, triglicerídeos, colesterol e fosfolipídeos que vão servir como reserva energética no jejum. Após uma redução inicial durante as primeiras 8 semanas de gestação, ocorre um significativo aumento nos níveis sanguíneos de TG, ácidos graxos, colesterol, lipoproteínas e fosfolipídeos. METABOLISMO PROTEICO A insulina facilita a entrada de aminoácidos nas células para ocorrer síntese tecidual fetal e das estruturas materna. Os aminoácidos podem ser utilizados para síntese proteíca ou em menor proporção, para energia. Há uma redução das proteínas plasmáticas. TRATO RESPIRATÓRIO Há aumento de 20% da necessidade de 02 Como compensação fisiológica, há uma hiperventilação que aumentam a sensibilidade e a vascularização dos centros respiratórios (pode levar a desconforto nasal) O aumento da ventilação pulmonar (carca de 40%) causando: Diminuição da pCo2, tornando mais fácil a eliminação fetal através da placenta Aumento da pO2 no sangue materno, com melhor suprimento ao feto. Crescimento no útero dificultará a respiração materna pela pressão adicionada ao diafragma.SISTEMA CIRCULATÓRIO Há aumento cardíaco com um aumento de 30-40% do débito cardíaco. Pressão arterial no início há uma queda significativa devido a vasodilatação e no último trimestre voltando aos níveis normais no 3° trimestre. Fluxos sanguíneo e hepático permanecem inalterados, com aumento de 50% no 1° trimestre, reduzindo no último mês de gestação. ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS Há uma elevação do volume sanguíneo total em cerca de 40 a 50%, como decorrência do aumento tanto do volume plasmático quanto da massa total de eritrócitos e leucócitos na circulação. O volume plasmático eleva-se progressivamente a partir da 6°semana de gestação, aumentando cerca de 50% durante todo o período gestacional. Porém, a quantidade de glóbulos vermelhos é controlada, principalmente, pela maior demanda de transporte de oxigênio, pelo aumento na atividade de eritropoietina. Devido à produção eritrocitária aumentada, a duração média de vida dos eritrócitos, que é de aproximadamente 120 dias, está reduzida na segunda metade da gestação, quando a produção é mais marcante. O número de leucócitos aumenta consideravelmente durante a gestação normal, especialmente no segundo e terceiro trimestres. (Todas essas alterações não marcadores bioquímicos que devem ser avaliados sempre que possível – exames bioquímicos) Há alterações do endotélio vascular, do fluxo sanguíneo, dos fatores coagulantes e anticoagulantes e da fibrinólise, que se iniciam a partir da 10a semana de gestação. Possíveis causas dessa alteração são a elevação do estrogênio e da progesterona. Também há um aumento da necessidade de ferro, principalmente para o desenvolvimento do feto, placenta e cordão umbilical, e para as perdas sanguíneas por ocasião do parto e puerpério (alterações bem comuns no início da gestação por ser acentuadas a necessidade e de ferro). Isso pode gerar a Anemia fisiológica. SISTEMA URINÁRIO Há aumento da taxa de filtração glomerular de cerca de 50% e do fluxo sanguíneo para os rins para facilitar a filtração de resíduos metabólicos. Diminuição sérica de uréia e creatinina, não há aumento da excreção de urina > Há um aumento mais de glicose @cliscialaiane @cliscialaiane para ser reabsorvida, porém a capacidade de reabsorve- la se mantém a mesma ou até menor> (devido à resistência fisiológica a insulina) Ocorre glicosúria fisiológica e excreção de vitaminas hidrossolúveis> Aumento da frequência urinária ->Pressão da cabeça fetal na pelve> Maior chance de incontinência urinária. Há também um aumento à predisposição às infecções urinárias pelo aumento da presença de glicose, vitaminas hidrossolúveis e aminoácidos, além de uma urina com fluxo lento pela pressão mecânica na uretra (devido o posicionamento da cabeça do bebê). SISTEMA DIGESTIVO Mais susceptibilidade a doença periodental > Aumento de estrogênio, progesterona e hcg causando gengivas hiperêmicas e edemaciadas. Náuseas, enjoôs e vômitos matinaIs pelo aumento de estrogênio. O volume uterino aumentado leva ao deslocamento cefálico do estomago, que altera o ângulo da junção esôfago-gástrica e prejudicando a função do EEI. (Altera a função das células estomacais) Associado a redução da função do cárdio, o aumento da produção de ácido clorídrico estimula o refluxo gastroesofágico, induzindo quadro de pirose e até esofagite em algumas gestanyes. A progesterona diminui o tônus do cárdio, tornando-o menos resistente e propiciando o retorno do bolo alimentar. Isso pode levar a pirose. A constipação em gestante ocorre principalmente pela ação da progesterona e estrogênio, que diminuem a motilidade intestinal, pela redução da atividade física e suplementação de ferro. A hipotonia da vesícula acarreta em menor liberação da bile, levando a uma intolerância da gravida à alimentos gordurosos (pela incapacidade de fazer a digestão correta). A doença de vesícula biliar é comum na gravidez. O esvaziamento da bile tona-se menos eficiente devido aos efeitos da progesterona. Outras características da gravidez no olfato e paladar: Aumento da capacidade de sentir amargor. Pode haver menor percepção do sabor salgado. E a maior capacidade olfativa pode acarretar em hiperêmese, náuseas e vômitos.
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