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G R - MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS: POSTURA: A postura se altera, precedendo a expansão do útero. Porém, quando a matriz evadida da pelve, se apoia na parede abdominal, e as mamas dilatadas pesam o tórax, o centro da gravidade se desvia para diante e todo corpo projeta-se para trás. Mais nítido quando a gestante está de pé, com o ventre provocando a lordose da coluna lombar. Amplia-se a base do polígono de sustentação, com os pés afastando-se e as escápulas se projetando para trás. Agrupamentos musculares estiram-se e contraem-se, com uma fadiga respondendo às dores cervicais e lombares, sendo uma queixa bastante comum. Marcha anserina: passos oscilantes e mais curtos, deambulação dos gansos. Base de sustentação ampliada e o os ângulos que formam os pés com uma linha mediana aumentada, principalmente, à direita (dextrodesvio uterino). Articulações com maior mobilidade, principalmente, a sacroilíacas e sínfise púbica. Relaxina = frouxidão dos ligamentos, especialmente, da sínfise pubiana. = aumento da capacidade pélvica, favorecendo a disfunção sinfisária e os movimentos de nutação do sacro. METABOLISMO: São necessárias para suprir as exigências suscitadas pelo rápido crescimento e desenvolvimento do concepto. - Metabolismo Glicídico: - Concepto consumidor de glicose (difusão facilitada), a mãe está submetida permanentemente a demanda de glicose = parasitismo verdadeiro. Por conta disso, a mãe não consome glicose de forma indiscriminada e à medida que a gravidez se desenvolve, sua utilização periférica diminui, graças a hormônios contrainsulares liberados pela placenta. - Nos últimos meses de gestação, a gravidez exibe aumento na resistência à insulina, sendo implicados lactogênio placentário humano (hPL), progesterona, estrogênios e cortisol. O efeito diabetogênico do hPL resulta na mobilização de lipídios na forma de ácidos graxos (servirão como fonte energética, poupando glicose e aminoácidos). - No 3° trimestre, após a administração de glicose, observa-se um hipersinsulinismo pós-prandial, por conta dos fatores contrainsulínicos. Não há hiperinsulinismo em pacientes com limitada capacidade de elaboras o hormônio ou DG. - PRESERVAÇÃO DE GLICOSE À CUSTA DE UTILIZAÇÃO DOS LIPÍDIOS- - A placenta é quase impermeável aos lipídios, exceto aos ácidos graxos livres e aos corpos cetônicos = acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante e a hiperlipidemia gestacional. - Metabolismo do Sistema Adiposo Materno: Aumento do peso materno = crescimento da unidade fetoplacentária e aos acumulo dos seus próprios tecidos (elevação de lipídios no deposito de gordura = lipogênese aumentada – aumento da síntese de ácidos graxos e do glicerídio glicerol, triglicerídios). A tendência em acumular gordura cessa no 3° trimestre = metabolismo lipídico se transmuda para o estado catabólico = atividade lipogênica cai rapidamente e atividade lipolítica exaltada (hormônio hPL ação similar ao do hormônio do crescimento). Aumento da atividade lipolítica do tecido adiposo = aumentar a liberação de AGL e glicerol, sendo transferidos ao fígado (maior receptor). No final da gestação, a transferência aumentada de AGL e de glicerol ao fígado em decorrência da lipólise justifica a exaltada esterificação e subsequente liberação hepática na forma de VLDL. A síntese de corpos cetônicos torna-se aumentada também (passa livremente pela placenta, podendo ser utilizado como combustível para o feto) = o uso desses produtos pelos tecidos maternos reduz o consumo de glicose, ficando disponível para o feto. No final da gravidez, a gliconeogênese a partir do glicerol está aumentada, poupando proveniente dos aminoácidos para o feto. - Hiperlipidemia materna: Aumento de triglicerídeos plasmáticos e um pequeno acréscimo de colesterol = produção de VLDL (como abordado acima) e sua remoção diminuída em decorrência da menor atividade da LPL no tecido adiposo. - Benefícios da hipertrigliceridemia materna para o feto: Embora os triglicerídeos não atravessem a barreira placentária, o feto se beneficia. - Sob jejum, o fígado materno aumento da atividade de LPL, tornando-se receptor de triglicerídeos circulantes que são usados como substrato de corpos cetônicos, os quais se difundem pela placenta. - Atividade de lípase na placenta torna ácidos graxos essenciais provenientes de TRI disponíveis para o feto. Bem como, os AGL podem alcançar o feto e reconvertido em TRI. - A indução da LPL nas mamas por volta do parto dirige tri circulantes para essa glândula, visando à produção de leite. Tri (ácidos graxos essenciais = não produzidos pelo corpo, proveniente da alimentação – ômega- 3 e 6 – desenvolvimento do cérebro e retina fetal) disponível para o lactente. - Metabolismo Proteico: As proteínas totais apresentam valores absolutos aumentados pela hemodiluição plasmática, tem suas concentrações diminuídas. A albumina tem redução nítida, enquanto a de menor queda são as gamaglobulinas. Os teores de alta e beta globulina e fibrinogênio ascendem. - Metabolismo Hidrolítico: - retenção de liquido, intra e extracelular responsável pelo aumento do volume plasmático. - acréscimo do volume plasmático é maior na gravidez gemelar e menor naquelas com CIR e pré-eclâmpsia. Provável mecanismo: retenção de sódio (maior secreção de aldosterona, a despeito do efeito natriurético da progesterona). Para conservar sódio surge o mecanismo compensatório pelo sistema renina- angiostensina. A renina estimula a secreção de aldosterona, sendo que essa é responsável pela reabsorção tubular de sódio = hiperaldosteronismo secundário da gravidez. O sódio devera ser conservado para prover a quantidade adicional indispensável à expansão tecidual e dos compartimentos hídricos durante a gestação. - Sódio plasmático ligeiramente diminuído, assim como a osmolaridade total, sem elevar a diurese. - Limiar da sede também se encontra alterado, com a gestante sentindo menos vontade de ingerir líquido. - redução acentuada da pressão oncótica (equilíbrio de Starling = grau de passagem de líquido através do capilar) = diminuição da PO responsável pelo aumento da taxa de filtração glomerular, alem de contribuir para o desenvolvimento de edema periférico. Consequências da retenção de líquido: Redução da concentração de hemoglobina; Redução do hematócrito; Diminuição da albumina; Aumento do débito cardíaco; Elevação do fluxo plasmático renal; Edema periférico. - Metabolismo de Cálcio: Os níveis de cálcio são regulados pelo hormônio da paratireoide ou paratormônio (PTH – estimulado pela hipocalcemia e inibido pela hipercalcemia. Influencia o metabolismo de reabsorção óssea) e pela vitamina D. - Gravidez: O cálcio e ferro são transferidos contra gradiente de concentração da mãe para o feto. - absorção de cálcio no intestino dobra na gravidez, consequentemente o nível de vitamina D duplamente elevado: placentária e materna renal. A vitamina D aumentada abre os canais de cálcio voltagem- dependente nas membranas dos enterócitos = maior absorção. O PTHrP elevado na gravidez (produzido pela paratireoide fetal e placenta) contribui para o aumento de vitamina D, decréscimo de PTH e regulação do transporte transplacentário. A calcitocina age como antagonista fisiológico de PTH, impedindo que o cálcio se eleve. - Lactação: - perda diária de cálcio pelo leite. - níveis de PTHrP de origem mamária elevados = desmineralização do esqueleto, por estimulo à reabsorção tubular renal de cálcio e supressão de PTH. SISTEMACARDIOVASCULAR: Inicio da gravidez é caracterizado por uma vasodilatação periférica, provavelmente por conta do aumento de oxido nítrico (NO). O acréscimo da FC já pode ser observado na 5° semana de gestação, a qual contribui para a elevação do débito cardíaco (volume sistólico x FC), ficando aproximadamente 7 L/min em torno de 20 semanas. A elevação progressiva na FC materna prossegue até o 3° trimestre, quando o acréscimo é de 10 a 15 bpm. Há igual aumento progressivo no volume sistólico durante a primeira metade da gestação. Durante 2°/3° trimestre de gestação, o útero impede o retorno venoso do coração na posição supina. – Síndrome de hipotensão supina. Em grande parte das gestantes há uma redução da PA, em virtude do decréscimo da resistência vascular periférica. Pressão diastólica é mais acentuada do que a sistólica, alçando os menores valores com 20 semanas de gestação. No inicio da gravidez, há um aumento relativo da pressão de pulso. Mais tarde, a pressão diastólica se eleva significativamente. – caracterizar estado hipertensivo = técnica correta desaparecimento do 5° som de korotkoff. A pressão venosa nos membros inferiores aumenta cerca de 3x em virtude da compressão que o útero faz na VCI e nas V. pélvicas. Há na gravidez tendência a hipotensão, lipotimia ortostática, edema mmii, varicosidade e hemorroidas. A cada contração uterina no parto, há uma autotransfusão de sangue de volta para o sistema circulatório, sendo cerca de 300 a 500 ml. Bem como, no pós-parto, o qual aumenta o DC. - RESUMINHO: Aumento da FC (10 a 20%) Aumento do volume sistólico Aumento do DC Diminuição da PA média Diminuição da resistência periférica SISTEMA SANGUÍNEO: Alteração no volume plasmática = hemodiluição das hemácias (mesmo que tenha produção aumentada dos eritrócitos, ofuscada por conta da elevação do volume plasmático). Redução da concentração de hemoglobina para 11 g/dl = anemia fisiológica da gravidez = gestante requer maior quantidade ferro alimentar para suprir. – ferro expresso na maior síntese de hemoglobina. Redução do ferro na medula, do volume globular médio e ferritina sérica = utilizado hematínicos profiláticos no pré-natal. Aumento das necessidades de acido fólico, afim de prevenir a anemia macrocítica = depuração renal desse acido aumenta na gravidez e a concentração de folato no plasma sofre redução, alem de reduzir a incidência de defeitos do tubo neural (DTN). Os glóbulos brancos tem sua concentração majorada na gestação = auemnto dos polimorfonucleares. As plaquetas apresentam um pequeno decréscimo – plaquetopenia gestacional (3° trimestre com níveis de 80000 a 150000) Hipercoagulabilidade = aumento de diversos fatores de coagulação, como fibrinogenio e redução da atividade fibrinolítica do plasma. = aumento da velocidade de sedimentação e hemostasia fisiológica no tempo de separação da placenta no secundamento. Impede o sangramento patológico pós-pato, porem aumenta o risco de tromboembolismo. - RESUMINHO: Diminuição: Hemácias Concentração de hemoglobina Hematócrito Concentração de folato no plasma Aumento: Leucócitos Velocidade de sedimentação = coagulação Concentração de fibrinogênio. SISTEMA URINÁRIO: - MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS: Rins se deslocam para cima (volume uterino) e aumentam cerca de 1 cm (acréscimo do volume vascular renal e intersticial). Dilatação da porção superior = 7 semanas e pode persistir ate 6 semanas pós-parto = hidronefrose fisiológica. Útero comprime os ureteres e a progesterona provoca ureteroectasia (dilatação uretral é mais pronunciada à direita = dextrorotação uterina, enquanto o esquerdo está protegido sigmoide). Pode aumentar a estase urinária. A bexiga é deslocada anteriormente, com expansão lateral, pari passu com a compressão do útero aumentado na cúpula vesical. Redução da resposta contrátil do colo vesical por alfa-adrenérgicos e diminuição do suporte pélvico da parede vaginal anterior e da uretra = incontinência urinaria. - MODIFICAÇÕES FISIÓLOGICAS: Por conta do aumento do DC e diminuição da resistência vascular sistêmica, há aumento do fluxo plasmático renal e taxa filtração glomerular (TFG). Aumento TFG resulta na diminuição da creatinina plasmática. Hipercalciúria = aumento da absorção de cálcio pelo intestino. Glicosuria é fisiológica = aumento TFG, bem como a proteinúria. Volume urinário não está acrescido = aumento da frequência urinaria é por conta da compressão da bexiga pelo útero. SISTEMA RESPIRATÓTIO: Expansão do volume sang. E vasodilatação = hiperemia e edema da mucosa do SR superior. = congestão nasal, epistaxe e alterações na voz. NÃO DESCONGESTIONANTES = RINITE MEDICAMENTOSA. Com relaxamento dos ligamentos das costelas, o ângulo subcostal aumenta de 68 para 103°. Os diâmetros anteroposterior e transverso do tórax aumentam, cada um, 2 cm = expansão da circunferência torácica de 5 a 7 cm. Diafragma se eleva 4 cm por conta do útero, sua excursão também aumenta de 1 a 2 cm. = volume de reserva expiratório e volume residual diminuam. Complacência da parede torácica diminui, aumentando o trabalho da respiração. Já no 1° trimestre = o volume- minuto (produto do volume-corrente) pela FR aumenta, refletindo a elevação do volume- corrente, pois a FR não se altera. Volume-corrente elevado = expansão da caixa torácica e aumento do estimulo respiratório. Progesterona e estimulo do centro resp. do SNC. Hiperventilação da gravidez facilita as trocas gasosas. Consumo de O2 aumenta. Bem como, a hiperventilação provoca alcalose respiratória compensada, diminuindo a PCO2. No entanto, a diminuição da PCO2 é compensada pelo aumento da excreção urinaria de bicarbonato (concentração diminui no plasma) = PH arterial não sofre alteração. Dispneia (sintomas começam no 1° ou 2° trimestre, se estabilizando no 3°) = por conta do aumento uterino. – percepção da hiperventilção. Reduzir a intensidade do exercício aeróbico na gravidez, pois esse acarreta aumento compensatório na FR, volume-corrente e consumo de O2. Gestantes com asma pneumonia ou doenças respiratórias estão suscetíveis à descompensação rápida. - RESUMINHO: FR não se altera Volume-corrente e volume- minuto aumentam Capacidade residual funcional diminui Hiperventilação fisiológica Dispneia SISTEMA DIGESTIVO: 1° trimestre = normal o aparecimento de náuseas e vômitos – habitualmente matinais- levando a via de regra anorexia. Gengivite – acúmulo de placa bacteriana – eritema, sangramento e intumescimento da zona afetada. Dois primeiros trimestres = diminuição na secreção gástrica de acido = redução de úlcera péptica e remissão das preexistentes. Pirose = relaxamento do esfíncter gastroesofágico ao aumento da pressão intra-abdominal Constipação intestinal = atonia do cólon SISTEMA ENDÓCRINO (TIREOIDE): Moderado aumento de volume = hiperplasia e maior vascularidade, não há bócio. 1° trimestre = aumento HCG = inibição da hipófise e queda transitória do TSH – entre 8 e 14 semanas. Aumento da globulina de ligação da tireotoxina (TBG) = efeito da concentração elevada de estrogênio. = queda do T3 e T4 – mais comum na 1° metade 2° metade: a placenta produz 3 enzimas deiodinases: I (não modifica), II (converte T4 para T3) e III (catalisa T4 em T3 reversa) MOD. VULVA E VAGINA, ÚTERO: Epitélio vaginal se espessa (estrogênio) e há aumento da descamação, resultando em aumento da secreção vaginal (ph mais ácido). Aumento da vascularização. A vulva pigmenta-se e perde o rosa característico= cor vermelho- vinhosa. O útero muda após a nidação.Modificação na consistência, forma, volume, capacidade, posição, peso e espessura. Amolecimento na região de implementação = diminuição da consistência e redução do tônus, precocemente notadas no istmo = sinal de Hegar. Órgão aumenta: inicialmente, de forma desigual = forma assimétrica. (sinal de Piskacek). A matriz de piriforme passa a globulosa e o toque dos fundos de sacos laterais se revela (sinal de Nobile-Budin), pulso da artéria uterina pode ser sentido. O útero fica esférico ate o 4°/ 5° mês, depois disso passa a ser cilíndrico. Com 2 meses o útero é pélvico, com 12 semanas perceptível no palpar abdominal. Aumento no seu peso (passa de 4 a 70 g para 1100 a 1200 g) e no seu volume (10 ml para 5 l). Células miometriais aumentam no inicio da gestação (hiperplasia), depois estabilizam = segunda metade, tem aumento no tamanho da célula, alem de afinamento gradual da parede uterina, especialmente no istmo, o qual não sofre hipertrofia. Alcança espessura de 25 mm até o 4°/ 5° mês. Aumento do fluxo uteroplacentário. Anteversoflexão = polaciúria Formação da cavidade do útero = incorporação do istmo à cavidade do corpo. Orifício interno da cavidade cervical passa a se chamar ORIFICIO INTERNO OBSTÉTRICO. - MIOMÉTRIO: Aumento da massa decorre: Hipertrofia dos elementos musculares Hiperplasia dos elementos musculares Aumento do tecido conectivo e vascularização. Hipertrofia das fibras musculares, elas se desenrolam parcialmente, se acentuando no istmo. Camadas: Stratum subvasculae = interna – fibras circulares, estando em intimo contato com o endométrio. Juntos formam a archimetra = forma o útero primordial Stratum supravasculare (camada mais externa – fibras longitudinais) e stratum vasculare (camada média – fibras entrelaçam) Junções comunicantes = ajudam na subsequente contração - ENDOMÉTRIO: Formação da decídua = implantação e desenvolvimento do ovo. - COLO: canal cervical e istmo Influencia de estrógeno e progesterona = amolecido (prostaglandinas e colagenase – leucócitos) Estimulação o crescimento do ep. colunar do canal cervical = visível a ectocervice – sujeito sangramento. Colo azulado = mais vascularizado Canal cervical obliterado secreção mucosa – tampão mucoso = proteção ao ovo. Comprimento da cervix reduz próximo ao trabalho, encurtando prenúncio ao parto, acentuando-se até o completo apagamento.
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