Buscar

Dor

Prévia do material em texto

Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
Profª. Maria Celoni 
 
 Experiência emocional desagradável associada à 
lesão tecidual presente, potencial ou descrita como 
tal; 
 Resposta sensorial inevitável à lesão tecidual; 
 Componente afetivo; componente cognitivo; 
diferenças genéticas (limiar da dor relacionado a 
genes); ansiedade; expectativas; 
 Intensidade da dor pode depender de vários 
componentes (genética); 
 Dor aguda: pós-operatório; qualquer dor que 
apareça e desapareça em curto tempo; <3 meses; 
pode se tornar crônica; 
 Dor crônica: > 3 meses; 
o Quanto maior o tempo, maior a cronicidade, mais 
difícil de tratar → gera neuroplasticidade (ex. 
neuralgia do trigêmeo); 
 Dor neuropática: mais difícil de tratar; não 
responde bem aos opióides; 
o Neuropatia diabética; neuralgia do trigêmeo; dor 
fantasma; 
 Dor oncológica: mais fácil de tratar; responde bem 
aos opióides (morfina); 
 Quanto antes tratar a dor, melhor o prognóstino; 
 Experiência emocional e sensorial desagradável 
associada a uma lesão tecidual real ou potencial; 
Nocicepção = estímulo nocivo → transdução → 
condução/transmissão → modulação (corno posterior 
da MEDULA ESPINHAL) → percepção/dor 
(CÓRTEX) 
 
 
 Transdução: estímulos lesivos → atividade 
elétrica nas terminações nervosas sensoriais; 
o Trauma → lesão de células, nervos → ativação de 
nociceptores → transmissão por terminações 
nervosas livres → fibras delta e C (mais finas) → 
substância cinzenta e corno posterior (chega no 
SN pelo corno posterior da medula - raízes 
sensitivas); 
* Corno anterior – raízes motoras; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
* Cérebro e medula espinhal: órgãos do corpo humano que não 
doem; 
 Trasmissão: impulsos são propagados através do 
sistema nervoso sensorial; 
 Modulação: transmissão nociceptiva é modificada 
por influências sensoriais; 
 Percepção: transdução, transmissão e modulação 
desenvolvem uma experiência subjetiva sensorial e 
emocional → DOR; 
Lesão tecidual estimula liberação de: prostaglandinas, 
leucotrienos, citocinas, GNF, somatostatina; cininas; 
óxido nítrico; K+; H+; 5HT; norepinefrina; 
Neuropeptídeos; prostanóides; 
 
 Fibras Aδ (A delta): 2,5 a 20 m/s; 
o Dor rápida, aguda, bem localizada, cortante, em 
alfinetada; 
o Tipos I e II; 
o Mielinizadas; 
o Alto liminar; 
o Mecanorreceptores e temperatura; 
o Projetam-se na lâmina V do corno posterior; 
 Fibras C: 2,5 m/s; 
o Dor lentar, maçante, em queimação; 
o Tipos I e II; 
o Não mielinizadas; 
o Dor mal localizada e contínua; 
o Lenta; 
o Baixo limiar; 
o Estímulos mecânicos, térmicos, metabólicos.. 
o Projetam-se nas lâminas I e II do corno posterior; 
 Fibras Aβ: >20-40 m/s; 
o Podem transmitir estímulos dolorosos após 
sensibilização central; 
o Fibras rápidas; 
o Estímulo mecânico não nocivo (tato; pressão); 
 
 Nociceptores: transdutores encontrados nos tecidos 
superficiais, profundos e vísceras (terminações 
nervosas livres); 
 Aminoácidos excitatórios (medula espinhal): 
o Glutamato e asparato; 
 Substância P; Substância K; PGRC, PVI; 
 Dinorfina, encefalina, fator de liberação de 
corticotrofina; 
 Aginina-vasopressina; 
 Ocitocina; peptídeo liberador de gastrina; 
 Bombesina; agiotensina II; galanina; 
 
AGUDA CRÔNICA 
Função de alerta; Não tem função biológica 
conhecida 
Responde rápido ao tratamento Associada a processos crônicos 
Se resolve com a cura da lesão Permanece após cura da lesão; 
> 3meses 
Repouso pode ajudar Repouso e isolamento 
PIORAM a situação 
Altera os sinais vitais Não afeta sinais vitais 
Pode afetar recuperação pós-
cirúrgica 
Tem controle; não tem cura 
 Componentes emocionais 
importantes 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 
 Estimulação de receptores específicos de dor; 
 Estimulo químico, térmico, mecânico, tátil; 
Dor não nociceptiva 
 Danificação do SNC ou SNP; 
 Superatividade do sistema nervoso; 
Dor somática 
 Local: pele, músculo (muscular/miofascial), 
articulações, osso, ligamentos (dor músculo-
esquelética) 
 Ativação de receptores: calor, frio, vibração, 
inflamação; 
 Bem localizada; pode ser reproduzida por toque no 
local de dor; 
 Órgãos internos, cavidades (coração; pulmão; 
fígado; intestino..); 
 Ativação de receptores específicos; 
 Mal localizada; vaga; cólica; 
 Local: 
o SNC ou SNP; 
o Degeneração de nervos → esclerose múltipla; 
AVC; déficit de oxigenação; 
o Compressão de nervos → síndrome do túnel do 
carpo; 
o Inflamação de nervos → hérnia discal; 
o Infecção de nervos → vírus; 
 Ativação de receptores: nervos com potencial de 
ação instáveis; 
 Descrita como lancinante, tiro, choque; 
 Formigamento, queimadura ou uma 
hipersensibilidade ao toque ou ao frio; 
 Associada com sinais de mal função do nervo → 
dormência, formigamento, fraqueza; 
 Pode ser melhorada, mas dificilmente tratada por 
analgésicos (AINE/opióides); 
 
* Em idosos, evitar o uso de AINE (hemorragia digestiva); 
*Lidocaína/Xilocaína: melhor anestésico local; 
 Drogas alternativas para opioides (devido ao 
risco de vício): 
o Venenos de centopeias (lacraias), aranhas e 
cobras; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
o Saliva de caracol marinho (Conus victoriae); 
 Degrau 1: Acetaminofeno; Aspirina; Diclofenaco; 
Dipirona (metamizol); Flurbiprofeno; Ibuprofeno; 
Cetarolac; Naproxeno; 
o Indicação: dor devido a inflamação; 
 Degrau 2: Codeína; Dextropropoxifeno; 
Deidrocodeína; Oxicodona; Propoxifeno + 
dipirona; Tilidina; Tramadol; 
 Degrau 3: Buprenorfina; Fentanila; Cetobemidona; 
Metadona; Morfina; Oxicodona; Piritramida; 
Sufentanil; 
 Antidepressivos: Amitriptilina; Citalopram; 
Nortriptilina; 
o Indicação: dor neuropática em queimor; 
 Anticonvulsivantes → dor em pontada e choque; 
 Corticosteróide → dor neuropática devido a edema, 
tumor ou inflamação; 
 Psicotrópicos/Ansiolíticos → Haloperidol em caso 
de náusea e vômito; 
 Antiespasmódicos → Butilescopolamina em caso 
de dor em espasmos, cólicas (dor visceral); 
 Limiar da dor: mínima intensidade de um estímulo 
que é percebida como dolorosa; 
 Alodinia: dor que surge como resultado de uma 
estimulação não nociva aplicada à pele normal; 
o Tátil ou mecânica (roupas ou vento tocando a 
pele); toque suave dos dedos, algodão, escova; 
 Hiperalgesia: dor exacerbada após estímulo 
nociceptivo; 
o Dor exagerada após pequena agulhada;

Continue navegando