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Metodologia e Técnicas de Pesquisa em Economia

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2018
Metodologia e técnicas 
de Pesquisa eM econoMia
Profª. Tatiane Thaís Lasta
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Tatiane Thaís Lasta
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
L349m
 Lasta, Tatiane Thaís
 Metodologia e técnicas de pesquisa em economia. / Tatiane 
Thaís Lasta – Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 
 153 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0182-5
 
 1.Pesquisa - metodologia – Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci.
 
CDD 001.42 
Impresso por:
III
aPresentação
Prezado acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro de Estudos de 
Metodologia e Técnicas de Pesquisa em Economia! Estamos iniciando uma 
nova disciplina no seu curso. Esta disciplina tem por finalidade orientar as 
pesquisas no âmbito da economia, além de prepará-lo para o tão esperado 
trabalho de conclusão de curso. Além disso, a intenção é que ele seja um 
subsídio para as orientações metodológicas que lhe auxiliarão na escrita de 
artigos científicos ou de quaisquer textos que, por ventura, serão realizados 
até o final desta jornada. 
A proposta é que este livro seja um auxílio para a pesquisa acadêmica 
voltada especificamente para as ciências econômicas com a intenção de 
facilitar a construção de suas pesquisas acadêmicas futuras.
A pesquisa, a busca pelo saber e pelo conhecimento têm fundamental 
importância para a humanidade, pois é a forma de sistematizar a realidade a 
fim de compreendê-la. 
Neste contexto, a finalidade deste livro é fornecer elementos básicos 
para construir um bom projeto de pesquisa, que resultará posteriormente em 
uma boa pesquisa.
A Unidade 1, intitulada “Natureza do conhecimento científico”, está 
dividida didaticamente em três tópicos, sendo que o primeiro deles aborda o 
pensamento científico, ciência e conhecimento; posteriormente, trata-se dos 
primeiros passos da pesquisa e, por fim, a pesquisa científica. Nesta unidade 
vamos estudar as diferentes formas de conhecimento, a diferença entre o 
saber popular ou senso comum e o pensamento científico, além de conhecer 
as demais formas de conhecimento. Ademais, discute-se sobre o que é 
ciência, o que é pesquisa, a importância da pesquisa científica no âmbito da 
ciência econômica e os diferentes tipos de pesquisa, a saber, quais destes se 
enquadram melhor para o seu campo de atuação. 
Na Unidade 2 serão detalhados os métodos e as técnicas de pesquisa 
em economia. Além disso, ocorrerão abordagens dos diferentes métodos 
utilizados nas diferentes formas de se fazer pesquisa no campo da economia.
Por sua vez, a Unidade 3 corresponde ao estudo das normas técnicas 
da ABNT, as quais são utilizadas para a escrita de artigos científicos e 
relatórios de pesquisa. Outrossim, haverá orientação de como elaborar um 
bom projeto de pesquisa.
IV
Neste livro de Metodologia e Técnicas de Pesquisa em Economia 
como um dos subsídios principais para esta disciplina, ao longo do livro 
deixaremos links úteis, indicações de vídeos, leituras complementares e 
indicações bibliográficas que posteriormente servirão como fonte de pesquisa 
complementar. Ao final de cada tópico foram elaboradas algumas questões 
de autoatividade sobre o conteúdo abordado, a fim de fixar os conhecimentos 
recém-adquiridos. 
Espera-se que o conteúdo da disciplina possibilite a compreensão das 
premissas da pesquisa científica e a importância dela no âmbito da ciência 
econômica, bem como auxiliá-lo em trabalhos científicos futuros. Desejamos 
a você, acadêmico, um ótimo aprendizado e que ao final desta disciplina 
seja capaz de aplicar os conteúdos aprendidos aqui, principalmente, os que 
são úteis no processo final do curso, o trabalho de conclusão! Afinal, esta é a 
maior finalidade desta disciplina! 
Aproveite este livro! 
Bons estudos! 
Profª. Tatiane Thaís Lasta
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfi m, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
TÓPICO 1 – NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO .................................................. 1
TÓPICO 1 – PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO ............................ 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E O SABER POPULAR ..................................................... 4
2.1 CONHECIMENTO POPULAR ..................................................................................................... 5
2.2 O CONHECIMENTO FILOSÓFICO ............................................................................................ 6
2.3 O CONHECIMENTO RELIGIOSO .............................................................................................. 7
2.4 CONHECIMENTO CIENTÍFICO ................................................................................................. 8
3 O QUE É CIÊNCIA ............................................................................................................................... 10
4 A PESQUISA NA CIÊNCIA ECONÔMICA ................................................................................... 12
4.1 OS DESAFIOS DA PESQUISA NA ECONOMIA ...................................................................... 14
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 – PRIMEIROS PASSOS DA PESQUISA ......................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 19
2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA PESQUISA .......................................................................19
3 FASES DA LEITURA ............................................................................................................................ 22
4 TÉCNICAS DE LEITURA E ESTUDO ............................................................................................. 23
5 ANÁLISE DE TEXTOS ....................................................................................................................... 24
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 27
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 28
TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO À PESQUISA ....................................................................................... 29
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 29
2 POR QUE FAZER PESQUISA? ......................................................................................................... 30
2.1 AS ETAPAS DE UMA PESQUISA ................................................................................................ 31
2.2 ESCOLHA DO TEMA DE PESQUISA .......................................................................................... 31
2.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................... 33
2.4 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES ................................................................................................. 35
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ................................................................................................... 36
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 38
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 39
UNIDADE 2 – MÉTODOS E TÉCNICAS CIENTÍFICAS NA CIÊNCIA ECONÔMICA ......... 41
TÓPICO 1 – OS DIFERENTES TIPOS DE PESQUISAS ................................................................. 43
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 43
2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................... 43
2.1 ESCOLHA DO TEMA NA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 45
2.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO PRELIMINAR .............................................................. 47
2.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA EM UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ........................ 48
2.4 PLANO DE PESQUISA .................................................................................................................. 50
suMário
VIII
2.5 BUSCA DE FONTE E LEITURA DE MATERIAL ...................................................................... 51
2.6 LEITURA E FICHAMENTO DO MATERIAL ............................................................................. 52
3 PESQUISA DOCUMENTAL ............................................................................................................. 54
3.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E DOS OBJETIVOS NA PESQUISA DOCUMENTAL .. 56
3.2 ELABORAÇÃO DE UM PLANO OU PROJETO DE PESQUISA ............................................. 56
3.3 COLETA DE DADOS NA PESQUISA DOCUMENTAL .......................................................... 57
3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS NA PESQUISA DOCUMENTAL ................ 57
3.5 REDAÇÃO DO RELATÓRIO ........................................................................................................ 58
4 LEVANTAMENTO .............................................................................................................................. 59
4.1 PLANEJAMENTO DE UM LEVANTAMENTO POR AMOSTRAGEM ................................. 63
4.2 DEFININDO OS OBJETIVOS ........................................................................................................ 64
4.3 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO ................................................................................................. 65
4.4 DADOS A SEREM COLETADOS E TÉCNICAS DE COLETA ................................................ 65
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................................. 67
6 PESQUISA EXPERIMENTAL ............................................................................................................ 67
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 68
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 70
TÓPICO 2 – MÉTODOS DE ABORDAGEM NA PESQUISA
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 MÉTODO INDUTIVO ....................................................................................................................... 71
3 MÉTODO DEDUTIVO ....................................................................................................................... 74
4 MÉTODO DIALÉTICO ...................................................................................................................... 75
5 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO ........................................................................................... 77
6 MÉTODO HISTÓRICO ..................................................................................................................... 78
7 MÉTODO COMPARATIVO .............................................................................................................. 79
8 MÉTODO ESTATÍSTICO .................................................................................................................. 80
9 MÉTODO MONOGRÁFICO ............................................................................................................ 80
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 81
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 84
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 85
TÓPICO 3 – TÉCNICAS DE PESQUISA EM ECONOMIA ............................................................ 87
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 87
2 TÉCNICAS DE PESQUISA ................................................................................................................. 87
2.1 DOCUMENTAÇÃO INDIRETA ................................................................................................... 87
2.2 DOCUMENTAÇÃO DIRETA ....................................................................................................... 88
3 TIPOS DE PESQUISA DE CAMPO ................................................................................................. 89
3.1 ENTREVISTA .................................................................................................................................. 91
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 92
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 93
UNIDADE 3 – A PESQUISA, NORMAS TÉCNICAS E FORMATAÇÃO.................................... 95
TÓPICO 1 – CRONOGRAMA, ORÇAMENTO E ELEMENTOS DE PESQUISA ...................... 97
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 97
2 CRONOGRAMA E ORÇAMENTO DE UMA PESQUISA ......................................................... 97
2.1 CRONOGRAMA DA PESQUISA ................................................................................................. 97
2.2 ORÇAMENTO DA PESQUISA ..................................................................................................... 98
2.3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS, TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS ..............................................100
2.4 A ESCRITA DE UM TEXTO CIENTÍFICO ................................................................................104
IX
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................107
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111
TÓPICO 2 – FORMATAÇÃO, CITAÇÕES E REFERÊNCIAS ......................................................113
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113
2 A FORMATAÇÃO DE UM TEXTO CIENTÍFICO ......................................................................113
2.1 PAGINAÇÃO ESPAÇAMENTO ................................................................................................115
2.2 ORGANIZAÇÃO DE TÍTULOS E SUBTÍTULOS NO CORPO DO TEXTO .........................116
3 CITAÇÕES E REFERÊNCIAS NO CORPO DO TEXTO ............................................................117
3.1 CITAÇÃO DIRETA .......................................................................................................................118
3.2 CITAÇÃO INDIRETA ..................................................................................................................119
3.3 CITAÇÃO DA CITAÇÃO ............................................................................................................121
3.4 NOTAS DE RODAPÉ ...................................................................................................................121
3.5 REFERÊNCIAS DE DIFERENTES FONTES ..............................................................................123
4 O PROBLEMA DO PLÁGIO ...........................................................................................................128
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................130
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................133
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................134
TÓPICO 3 – FORMATAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS ..........................................................135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135
2 TABELAS .............................................................................................................................................135
3 GRÁFICOS ..........................................................................................................................................141
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................146
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................147
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................149
ANEXOS ..................................................................................................................................................151
X
1
UNIDADE 1
NATUREZA DO CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
• conhecer a diferença entre o pensamento científico e o saber popular;
• diferenciar os tipos de pensamentos científicos;
• compreender o que é ciência; 
• conhecer e compreender as premissas da pesquisa científica;
• conhecer e compreender a importância da pesquisa no âmbito da ciência 
econômica.
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos está organizada em três tópicos 
de conteúdos. Ao longo deles, você encontrará sugestões e dicas que visam 
potencializar os temas abordados e, ao final de cada um, estão disponíveis 
resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
TÓPICO 1 – PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
TOPICO 2 – PRIMEIROS PASSOS DA PESQUISA
TÓPICO 3 – A PESQUISA CIENTÍFICA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E 
CONHECIMENTO
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, recentemente tem crescido muito o interesse voltado 
aos assuntos econômicos. É muito comum ouvir a opinião de especialistas no 
que se refere aos temas relacionados ao campo econômico. Diariamente ouvem-
se nos noticiários ou leem-se nos jornais temáticas relacionadas à economia, 
como: inflação, desemprego, desigualdades, crescimento econômico, políticas 
econômicas, crises financeiras, entre tantos outros. 
Todavia, é consenso que ter somente opinião é algo superficial e, por isso, 
a busca por pesquisas fundamentadas tem sido muito frequente. Isto é observado 
por meio de jornais e periódicos que buscam noticiar sobre economia, utilizando 
como foco resultados de pesquisas sérias e fundamentadas, a buscar, assim, 
compreender a natureza dos fenômenos econômicos de forma clara e precisa.
A importância desta disciplina se dá pela busca em aguçar o seu senso crítico, 
por exemplo, ao realizar uma leitura de um texto ou uma notícia, seja em jornais ou 
na internet, as quais possibilitam questionar as fontes daquela pesquisa e verificar 
se as fontes são seguras e confiáveis. O propósito não apenas para fazermos um 
paper ou trabalhos acadêmicos obrigatórios é, fundamentalmente, fazer perguntas, 
questionamentos, é ter sempre a intenção de conhecer mais, e isto não vale apenas 
para o pesquisador, mas para todos os cidadãos, pois é por meio da curiosidade e 
do conhecimento que se realizaram grandes feitos e a humanidade evoluiu. 
A grande questão é sempre uma interrogação, pois ao ler uma notícia em 
um jornal e ter a capacidade de interpretá-la, compreendê-la, e depois debatê-la 
a partir dos vários pontos de vista e, além disso, saber filtrar aquilo que você 
escolhe para se informar é também construir o seu trabalho ou artigo científico. 
As fontes tratam de algo muito importante a ser escolhido e, com minucioso 
cuidado, pois são estas que vão dar embasamento ao seu trabalho. Assim, em 
tempos em que chega até nós um volume muito grande de informações e acesso 
à internet instantaneamente a todo momento e lugar, diante disso, é muito 
importante saber separar o que é bom, o que é útil e o que é inútil. 
Por isso existe a necessidade de haver a disciplina de Metodologia e 
Técnica de Pesquisa em Economia no seu curso. Esta disciplina tem como objetivo 
orientar o conhecimento, as técnicas e os métodos de pesquisa para auxiliá-lo 
na produção do trabalho de conclusão de curso, além da construção de artigos 
científicos na área da economia. 
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
4
2 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E O SABER POPULAR 
Quando falamos em conhecimento científico, primeiramente, é necessário 
distingui-lodas demais formas de conhecimentos e saberes existentes, já que este não 
é único. Historicamente, a tarefa de buscar o conhecimento e a verdade é frequente 
entre os homens, o que não difere dos diais atuais. Por exemplo, um camponês sem 
estudos, sem algum diploma, saberá exatamente o momento certo do plantio, da 
colheita e da utilização dos adubos para as diferentes culturas nos variados solos ou 
da mesma cultura em diferentes períodos de tempo no mesmo solo. 
Isto significa que o camponês baseia seu conhecimento na experiência 
vivida ou no conhecimento informal que é passado de geração para geração. 
No entanto, apesar da falta de rigor científico, esse conhecimento não deixa de 
ser importante. Este camponês possui um saber específico, chamado de saber 
popular, que nem sempre teremos a oportunidade de aprender nas escolas e nas 
universidades. Portanto, é um conhecimento válido e não menos importante que 
o conhecimento ensinado nas salas de aula. 
Se nos remetermos à antiguidade, ao período feudal especificamente, as 
terras eram divididas em duas grandes faixas, a que seria cultivada e a que estaria 
em descanso no período de um ano. Assim, intercalava-se o cultivo, ano após ano, 
primeiro com uma cultura específica e depois com outra, mas sempre deixando o 
solo descansar por um período. 
Se pensarmos nos dias atuais, a agricultura passou por uma grande 
revolução, máquinas e implementos substituem a enxada do pequeno camponês e, 
além disso, não há mais a necessidade de intercalar a utilização do solo, pois existem 
fertilizantes desenvolvidos em laboratórios, adubos químicos, novas técnicas de 
irrigações, além das sementes geneticamente modificadas, tudo isto permite uma 
alta produtividade e faz com que a qualidade do solo não seja prejudicada, sem que 
haja necessidade de deixar o solo descansar como se fazia no passado.
Tudo isso é possível por meio do conhecimento científico, oriundo das 
pesquisas voltadas para a modernização do campo, com introdução de tecnologias 
que vêm facilitando a vida do pequeno produtor. 
Paulatinamente são realizadas pesquisas a fim de aprimorar o manejo do 
solo, a utilização dos fertilizantes e o melhoramento das sementes para aumento 
da produtividade. Isto exemplifica como a pesquisa é importante na nossa vida, 
mas poderíamos pensar em outros exemplos que interferem no nosso dia a dia 
mais diretamente, como a evolução das tecnologias dos dispositivos de celular, 
dos computadores e do avanço da medicina a partir da descoberta de curas para 
diversas doenças ao longo do tempo. Tudo isto é possível graças à pesquisa e ao 
conhecimento científico! 
Ao retornamos ao raciocínio inicial, há claramente dois tipos de 
conhecimento; os quais serão tratados neste primaz instante. O primeiro, passado 
TÓPICO 1 | PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
5
de geração em geração por meio de uma educação informal que se baseia muito 
na imitação e experiência no dia a dia de uma família camponesa, a qual passa 
o conhecimento empírico dos mais velhos para os mais novos e que se pauta na 
tentativa e erro. 
Por sua vez, o segundo é um conhecimento obtido através de experimentos 
e treinamentos na busca por respostas e na explicação de como os fenômenos 
ocorrem. Por exemplo: por que o plantio desta cultura não frutificou em 
determinada época do ano? Por que durante o ano a produção do mesmo cultivo 
teve resultado menor que o ano anterior? O que o clima interfere na produção 
desta cultura? Qual é a relação da produção de uma determinada cultura com o 
tipo de solo? 
Assim, vão se buscando respostas para perguntas que parecem simples, 
mas que ainda não têm a solução correta. O conhecimento científico tem o papel 
fundamental de buscar estas e tantas outras respostas para diferentes problemas. 
Além de buscar, ele também serve para ampliar a visão, de maneira globalizante, 
sobre os fenômenos (LAKATOS; MARCONI, 2003; GIL, 2008).
2.1 CONHECIMENTO POPULAR 
O conhecimento popular, também chamado de senso comum, é baseado 
em crenças, religiões e tradições passadas durante décadas, as quais não têm 
necessidade de comprovação científica (tal qual o exemplo do camponês). 
Algumas das características do conhecimento popular podem ser pontuadas com 
base nos sentidos, nas crenças e nas tradições. Acredita-se no que se pode ver e 
sentir! Além disso, o senso comum é baseado nas experiências cotidianas, é um 
conhecimento informal que foi adquirido por meio das vivências em sociedade. 
Embora seja importante ressaltar que o saber popular é tão importante 
quanto qualquer outra forma de conhecimento. O quadro a seguir sintetiza as 
características do conhecimento popular. 
QUADRO 1 – CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO POPULAR 
Superficial
Conforma-se com a aparência, com aquilo que 
se pode comprovar simplesmente estando 
junto das coisas: expressa-se por frases 
como porque o vi, porque o senti, porque o 
disseram, porque todo mundo o diz.
Sensitivo Refere-se às vivências, aos estados de ânimo e às emoções da vida diária.
Subjetivo
Sujeito que organiza suas experiências e 
conhecimentos, tanto os que adquire por 
vivência própria, quanto os por ouvi dizer.
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
6
Assistemático
Organização das experiências que não visa a 
uma sistematização das ideias, nem na forma 
de adquiri-las e nem na tentativa de validá-las.
Acrítico Pouca ou nenhuma criticidade e ou questionamentos.
FONTE: Adaptado de Lakatos e Marconi (2003)
DICAS
Prezado acadêmico, tente lembrar algum ensinamento de sua avó ou mãe 
passados de geração em geração, que você escuta desde criança. Por exemplo, manga 
com leite faz mal ao estômago, ou ainda, cortar os cabelos de acordo com as fases da lua. 
Isto são alguns exemplos de senso comum.
2.2 O CONHECIMENTO FILOSÓFICO 
Entre as várias formas de conhecimento, temos, além do conhecimento 
popular e científico, o conhecimento filosófico. Etimologicamente, a palavra 
filosofia tem origem grega, philo (derivada de philia: amizade, amor fraterno) e 
de sophia (sabedoria, de onde vem a palavra sophos, sábio). Neste caso, ocorre o 
contrário do que acontece no campo da ciência, já que este não pode ser refutado 
e nem confirmado. 
O conhecimento filosófico é racional, pois consiste em um conjunto de 
ideias e argumentos que são logicamente correlacionados. Além disso, esta forma 
de conhecimento se difere do saber popular porque é sistemático, as hipóteses e 
os enunciados buscam representar de maneira coerente a realidade que se está 
estudando e a tentativa de compreendê-la na totalidade.
Além disto, o conhecimento filosófico é baseado numa reflexão embasada 
por conceitos, ideias e uso do raciocínio. Este conhecimento surge a partir da 
capacidade do ser humano de refletir e buscar verdades e explicações para sua 
existência. Assim, o conhecimento filosófico busca respostas para os problemas 
da humanidade, além de discernir sobre o que é certo ou errado. 
Uma das principais preocupações do conhecimento filosófico é questionar 
e buscar respostas racionais para as questões sem comprovação empírica. Pode-
se afirmar que este é o modelo especulativo (LAKATOS; MARCONI, 2003). O 
quadro a seguir sintetiza as principais características do conhecimento filosófico. 
TÓPICO 1 | PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
7
QUADRO 2 – CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO 
Sistemático Tem por base a reflexão para solução de questões problemáticas.
Elucidativo
Busca compreender os pensamentos, os conceitos, os problemas e as 
demais situações da vida que são impossíveis de serem desvendadas 
cientificamente.
Crítico
As informações devem ser profundamente analisadas e refletidas 
antes de serem levadas em consideração, todas baseadas num 
pensamento crítico. 
Especulativo Conclusões são baseadas em hipóteses e possibilidades devido ao uso de teorias abstratas.
FONTE: Adaptado de Lakatos e Marconi (2003)
Desta maneira, o conhecimento filosófico tem por base aanálise de ideias, 
sendo que o 
objeto de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, 
exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por 
essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta 
(por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental” 
(LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 79). 
Este pensamento tem seu foco voltado às ideias, pois busca compreender 
a realidade, o qual questiona a relação do homem e das coisas da vida. Alguns 
exemplos são as reflexões sobre o sentido da vida, sobre a liberdade, ou 
ainda, perguntas como: a tecnologia poderá dominar o homem? As máquinas 
substituirão os homens no futuro? (LAKATOS; MARCONI, 2003).
2.3 O CONHECIMENTO RELIGIOSO 
O conhecimento religioso, também conhecido como teológico, representa o 
estudo de Deus, que provém do grego theos, que significa Deus; e logos, discurso/
tratado. Esta forma de pensar está apoiada sobre as doutrinas que contêm proposições 
sagradas reveladas por algo sobrenatural e tratadas como verdades inquestionáveis. 
Trata-se de um conhecimento sistemático do mundo e da origem da 
vida, tudo é considerado como obra da criação divina, suas evidências não são 
verificadas e a fé é o que predomina como verdade. A entrada de pessoas nas 
religiões passa a ser considerado um ato de fé, pois a visão de mundo é de acordo 
com a vontade de um criador divino e nada é questionado ou verificado. Percebe-
se isto através da postura de muitos religiosos diante da teoria da evolução por 
base nos escritos sagrados e o não questionamento delas (LAKATOS; MARONI, 
2003). Alguns exemplos do conhecimento religioso ou teológico: acreditar que 
alguém foi curado milagrosamente, acreditar em cartas, tarô, búzios e outros. 
No quadro a seguir são apresentadas as principais características do 
conhecimento religioso: 
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
8
QUADRO 3 – CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO RELIGIOSO
Sistemático Possui origem, significado, destino e finalidade, tal como a obra de um criador divino.
Infalível e Exato Verdades consideradas indiscutíveis e exatas.
Não verificável Está sempre implícita na atitude da fé. A veracidade, portanto, é incontestável.
Inspiracional Conhecimento revelado pelo sobrenatural.
Valorativo
Baseadas em diferentes doutrinas e crenças religiosas reveladas pelo 
sobrenatural que não se submetem aos testes de veracidade, tudo é 
baseado na fé.
FONTE: Adaptado de Lakatos e Marconi (2003)
FIGURA 1 – RAZÃO E FÉ 
FONTE: Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/2vfgi1erbRU/VD07p1TNHTI/
AAAAAAAAARw/p55SzxtYvWI/s1600/Fe%2Be%2BRaz%C3%A3o.jpg>. Acesso 
em: 17 abr. 2018. 
2.4 CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
O conhecimento científico apresenta os resultados de estudos, pesquisas e 
busca por conhecimento. Ele surgiu como uma necessidade de se buscar respostas 
para os questionamentos e por compreender como, de fato, as coisas funcionam. 
A marca do pensamento científico é a capacidade crítica, a capacidade de não 
aceitar as respostas como inquestionáveis. A busca por conhecimento científico 
parte da dúvida, do questionamento.
O conhecimento científico é real e pode ser comprovado empiricamente. 
As hipóteses são testadas, e por meio disto é possível verificar a confirmação ou a 
falsidade de uma hipótese. Neste caso, diferentemente do pensamento filosófico, 
que é baseado na razão e nas ideias, mas não no experimento, o conhecimento 
científico é baseado na experimentação e na comprovação de hipóteses. 
http://2.bp.blogspot.com/2vfgi1erbRU/VD07p1TNHTI/AAAAAAAAARw/p55SzxtYvWI/s1600/Fe%2Be%2BRaz%C3%A3o.jpg
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TÓPICO 1 | PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
9
Assim, ele é sistemático porque trata-se de um conhecimento ordenado 
por ideias e teorias capazes de comprovar a veracidade de um fato. Além disso, 
tem como característica a verificabilidade de fatos e hipóteses com a finalidade de 
comprovar sua veracidade ou não. 
Trata-se também de um conhecimento falível, ou seja, significa dizer que este 
conhecimento não é definitivo, absoluto e final, pode haver perguntas até aparecer 
alguma certeza. Por isso, trata-se de um conhecimento aproximadamente exato: 
novas proposições, o desenvolvimento e aplicação de novas técnicas, novas teorias. 
Além disso, o conhecimento científico merece destaque por ser racional, objetivo, 
analítico e explicativo, o que significa que está relacionado à investigação metódica. 
Um exemplo de conhecimento científico se mostra através da questão do 
aquecimento global, que atualmente se apresenta como um problema mundial 
e é presente nos diversos espaços de debate, tanto na academia quanto nas 
repartições públicas. Por conta da intervenção humana no meio ambiente, o 
problema vem, ano após ano, preocupando as comunidades científicas e demais 
setores da sociedade.
Hoje, a responsabilidade humana sobre as mudanças climáticas representa 
mais de 90%, segundo o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC, 2018 – 
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Algumas consequências 
são notáveis, como o aumento do nível do mar por conta do derretimento das 
geleiras, aumento da frequência de ciclones, escassez de água potável, aumento 
da temperatura, entre outros efeitos. 
Apesar de sabermos a respeito das mudanças climáticas atualmente, 
tudo o que foi descrito anteriormente derivou de muitos estudos e pesquisas de 
diferentes áreas do conhecimento para que houvesse alguma conclusão. E a partir 
deste panorama preocupante (resultante de pesquisas) passou-se para a ação as 
quais vieram por meio de políticas públicas e do ensino sobre meio ambiente 
em escolas e universidades a fim de tornar este conhecimento científico popular, 
buscou-se conscientizar a sociedade sobre tal problema. 
O quadro a seguir ressalta as principais características do conhecimento 
científico. 
QUADRO 4 – CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Sistemático Consiste num saber ordenado, ou seja, formado a partir de um conjunto de ideias que são formadoras de uma teoria.
Falível
Não é definitivo, pois determinada ideia ou teoria pode ser 
derrubada e substituída por outra a partir de novas comprovações e 
experimentações científicas.
Verificabilidade
Determinada ideia ou teoria deve ser verificada e comprovada 
sob a ótica da ciência para que possa fazer parte do conhecimento 
científico.
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
10
Crítico Possui senso crítico apurado.
Racional Interpretação racional dos fatos que estabelecem relações casuais entre fenômenos ao formular leis e integrar teorias. 
FONTE: Adaptado de Lakatos e Marconi (2003)
Conquanto haver separação metodológica entre os tipos de conhecimento, 
é possível estudar um objeto a partir de diferentes olhares, pois isto depende 
de cada pesquisador. Por exemplo, ao estudar o homem pode-se tirar diferentes 
conclusões sobre sua vivência em sociedade, tanto no senso comum, baseado na 
experiência cotidiana, quanto no aspecto biológico, a partir da experimentação 
e investigação, ou seja, pelo conhecimento científico; ou também poderia ser 
observado segundo a criação divina de acordo com o conhecimento religioso. 
Em geral, todos os tipos de conhecimento podem ser presentes em uma 
pessoa. Lakatos e Marconi (2003, p. 80) afirmam que "um cientista, voltado, por 
exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, 
estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, 
agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum".
3 O QUE É CIÊNCIA
Etimologicamente, a palavra ciência é correspondente de conhecimento. 
No entanto, atualmente, esta definição estaria equivocada, pois como vimos 
anteriormente, o conhecimento pode se dar de diferentes formas e nem todas 
elas são de natureza científica. Algumas definições de ciência pontuam que ela 
é o conhecimento do que é racional,sistemático, exato, verificável e falível; ou 
ainda que se trata de atitudes racionais, obtidos de forma metódica e que pode 
ser submetido à verificação (GIL, 2002).
A ciência pode ser compreendida como a sistematização de conhecimentos 
ou um conjunto de proposições logicamente correlacionadas para compreender o 
comportamento de fenômenos ou do objeto que se deseja estudar. Além disso, ela 
é um conjunto de atividades racionais e qualquer conclusão pode ser colocada à 
prova por meio de verificação, podendo, assim, chegar a outros resultados. Pode-
se afirmar que a ciência tem como objetivo e finalidade diferenciar características 
comuns ou leis gerais que regem determinados eventos. 
A ciência também possui objeto que pode ser formal ou material. No 
formal, tem-se por base um ponto de vista específico a partir das diversas ciências 
que possuem determinado objeto material. Por sua vez, o material trata daquilo 
que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar de forma mais geral.
Por causa da complexa e grande gama de diferentes fenômenos e objetos 
a serem estudados, a ciência, ao longo dos anos, foi sendo subdividida em ramos 
específicos de acordo com a complexidade, conteúdo, objetos, temas e diferenças 
TÓPICO 1 | PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
11
nos métodos de pesquisa empregados. Por isso, passou-se a ter uma classificação 
para as ciências, as quais podem ser vistas na figura a seguir.
 FIGURA 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
FORMAIS
NATURAIS
SOCIAIS
CIÊNCIAS
APLICADAS
LÓGICA
MATEMÁTICA
BIOLÓGICAS E OUTRAS QUÍMICAS
ANTROPOLOGIA
ARQUITETURA
INFORMÁTICA
ENGENHARIA
SOCIOLOGIA
MEDICINA
PSICOLOGIA
POLÍTICA
ECONOMIA
DIREITO
QUÍMICA
FÍSICA
FACTUAIS
FONTE: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/1234331/3/images/9/Classifica%C3
%A7%C3%A3o+das+Ci%C3%AAncias.jpg>. Acesso em: 18 abr. 2018. 
A ciência, entre as muitas fontes de conhecimento, tem sido aquela 
que passa maior credibilidade justamente por suas características com base na 
experimentação e na verificação de hipóteses empiricamente. Ela é uma das 
formas que apresentam maior probabilidade de provar a veracidade dos fatos, 
maior até do que as que são oferecidas por qualquer outro tipo de conhecimento 
conforme visto anteriormente. 
Atualmente, a ciência é a forma mais comum de buscar respostas do 
mundo em que vivemos. Este método científico passou a ser utilizado com maior 
ênfase hoje em dia. 
http://slideplayer.com.br/slide/1234331/3/images/9/Classifica%C3%A7%C3%A3o+das+Ci%C3%AAncias.jpg
http://slideplayer.com.br/slide/1234331/3/images/9/Classifica%C3%A7%C3%A3o+das+Ci%C3%AAncias.jpg
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
12
FIGURA 3 – CIENTISTA
FONTE: Disponível em: <https://png.kisspng.com/20171207/
fa0/5a296fc7b8afd3.1590082615126650317565.png>. Acesso em: 
15 jun. 2018.
Geralmente, o senso comum estereotipa a ciência a partir do uso de 
laboratórios, dos cientistas que trajam jalecos, dos microscópios, das fórmulas 
etc., todavia, ela não se define por esta visão popular, tampouco pelo que se faz 
nos laboratórios, mas sim por todo conhecimento adquirido através do estudo 
ou da prática acompanhados de algum método científico. Assim, os cientistas 
sociais, os antropólogos e os economistas também fazem ciência por meio de seus 
estudos e pesquisas.
UNI
O que é ciência? A ciência tem origem do latim Sciencia, que significa aprender, 
conhecer. Trata-se do conhecimento cientificamente falando. É o resultado de uma profunda 
investigação sobre uma determinada temática. Além disso, o uso dela intenciona construir 
teorias que possam explicar os fenômenos.
4 A PESQUISA NA CIÊNCIA ECONÔMICA 
A economia, como se sabe, é uma ciência social, que busca estudar a 
forma como a sociedade se organiza e de que maneira administra os recursos que 
são escassos para atender às ilimitadas necessidades humanas. Todavia, ao longo 
do tempo, a ciência econômica teve diferentes enfoques. A palavra economia, na 
Grécia Antiga, servia para definir a administração da casa ou do particular. 
TÓPICO 1 | PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
13
Por sua vez, a expressão economia política era útil para expressar a 
administração da coisa pública da pólis, da cidade e do Estado. Tal expressão 
caiu em desuso e voltou a ser utilizada em meados do século XVI. No século XIX, 
com a inauguração da escola marginalista, novamente deixa-se de utilizá-la, mas 
torna-se dominante entre os meios acadêmicos e, a saber, a expressão economia 
política geralmente é utilizada no âmbito marxista. 
FIGURA 4 – PESQUISA NA ECONOMIA
FONTE: Disponível em: <https://abrilveja.files.wordpress.com/2016/06/dinheiro-
economia-cheque-calculadora-original5.jpeg>. Acesso em: 15 jun. 2018.
NOTA
Acadêmico, lembra o que é economia? Trata-se de um termo que deriva do 
grego oikonomia, oikos, casa; e nomos, cuidado. Economia é a disciplina que estuda a 
atividade social, que trata da produção, das trocas e do consumo de mercadorias e por isso 
é uma ciência social. 
Neste sentido, entre os termos economia ou economia política não há 
consenso quanto à definição, muitos a relacionam como a ciência da escassez, 
que significa afirmar, segundo os manuais (ROSSETI, 2003); (SANDRIONI, 
1999); (PASSOS; NOGAMI, 2012); (PINHO; VASCONCELOS, 2003) que esta é a 
disciplina a qual busca alocar os recursos escassos para satisfação das necessidades 
ilimitadas das pessoas; ou ainda, que a economia estaria relacionada à riqueza, ao 
poupar, ou seja, fazer economia na prática.. 
Há uma série de definições que, muitas vezes, são superficiais dada a 
dificuldade de defini-la porque transita entre uma extensa área do conhecimento. 
Escolas afirmam que a economia estaria mais próxima das exatas; outras de que 
o enfoque seria mais nas sociais, eis a dificuldade de encontrar um termo que a 
defina (GIL, 2002).
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
14
A definição mais ampla abrange as subdivisões da ciência econômica 
responsável pelo estudo das atividades humanas que se voltam a satisfazer as 
necessidades. Para Napoleoni (1997, p. 25), a economia 
estuda as ações que os homens realizam para satisfazer suas 
necessidades enquanto estas ações comportam escolhas em 
consequência da limitação dos meios que podem tornar-se disponíveis 
para a satisfação dessas necessidades.
As principais dimensões da economia ainda parecem comuns entre 
as diferentes escolas de pensamento que buscam definir o objeto da ciência 
econômica, entre estas, têm-se: 
O entendimento dos seres humanos na busca pela satisfação das suas 
necessidades ilimitadas e com recursos paulatinamente mais escassos. Segundo 
Napoleoni (1997),
1 A compreensão das trocas comerciais e do sistema que as regulam. 
2 O estudo das organizações humanas com a intenção de torná-las mais eficientes 
a fim de aumentar o bem-estar de todos os seres humanos.
Assim, alguns objetivos para esta ciência apresentam-se: 
a) Na análise das atividades econômicas em seus mais diferentes aspectos, desde 
a produção de bens e serviços até a distribuição.
b) Na compreensão e explicação de mecanismos da atividade econômica como 
produção, mercado, preços e moeda.
c) No controle e melhora da atividade econômica com a intenção de oferecer 
maior justiça social.
Para atingir o primeiro objetivo, que trata das análises da realidade, 
surgem os métodos e técnicas de pesquisa em economia. Para o segundo, 
as teorias aparecem para explicar os fatos e fenômenos econômicos a fim de 
ocasionar compreensão e explicação. Por fim, o terceiro objetivo busca a melhoria 
na qualidade de vida das pessoas e na justiça social pela qual são desenvolvidas 
as políticas econômicas que necessitam de análise da realidade e explicação dos 
fenômenos, apenas assim é possível a formulação (GIL, 2002). 
4.1 OS DESAFIOS DA PESQUISA NA ECONOMIA 
A economia, se comparada às ciências naturais, por exemplo, é uma 
ciência social. As ciências sociais, em sua maioria, são desprovidas deleis e 
teorias, o que, segundo as exatas, diminui o poder explicativo de forma mais 
ampla. É difícil haver teorias que são capazes de explicar completamente os 
fenômenos sociais, humanos, e que por ventura sejam repetitivos. Entre os 
estudiosos e investigadores existem divergências com relação ao método adotado 
na investigação, por exemplo, alguns fatos que são criticados nas ciências sociais, 
mas não são entendidos como ciência verdadeira (GIL, 2002).
TÓPICO 1 | PENSAMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E CONHECIMENTO
15
A economia, em se tratando de uma ciência social, não fica longe das 
críticas. Todavia, ela parece se sobressair em relação às demais áreas das ciências 
sociais, pois consegue oferecer teorias mais rigorosas sobre a realidade do que a 
sociologia e a ciência política, por exemplo. Devido ao uso da matemática e da 
estatística, equivocadamente afirmam que ela se aproxima das ciências exatas. 
Vale ressaltar que a economia enquanto ciência é relativamente nova, com 
pouco mais de 200 anos, ao contrário da ciência matemática, a qual tem mais 
de 2 mil anos. Por causa disso há maior dificuldade de fornecer explicações 
sobre os fenômenos, diferentemente das ciências naturais que oferecem maior 
exatidão nas análises.
Hegenberg (1969) apresenta e explica algumas das dificuldades que se 
apresentam ao estudioso de economia. A primeira delas apresenta-se através 
da complexidade, é possível compreender o porquê já que os fatos e fenômenos 
físicos, químicos e biológicos, se comparados aos fatos econômicos, são mais 
complexos porque não possuem exatidão, além de haver uma série de fatores 
interligados. 
No entanto, esta complexidade se trata de um termo vago, e os assuntos 
dados como complexos, anteriores à descoberta, tornaram-se simples à vista da 
técnica adequada. Ao pensarmos na química, por exemplo, a qual se tratava de 
algo altamente complexo, mas após a técnica de classificação por meio da tabela 
periódica tornou-se algo relativamente simples.
Assim, a partir desse exemplo, podemos refletir como este campo de 
conhecimento econômico admita que os fatos da economia são complexos, no 
entanto, isto não significa que não possam ser superados. Ao longo do tempo, a 
economia tem progressivamente definido um vocabulário mais claro e preciso, e 
progressivamente os pesquisadores vêm formulando teorias e leis também claras 
e precisas passíveis de testes empíricos e outras verificações, o que supera, aos 
poucos, o obstáculo da complexidade (GIL, 2002).
Outra dificuldade apontada é a não exatidão da economia, já que ela não 
se trata de uma ciência exata como física, matemática ou química. Apesar do uso 
da matemática, todavia, a economia, como mencionado, por se tratar de uma 
ciência social relaciona-se com as mudanças sociais e humanas, não podendo 
oferecer exatidão dos fatos, embora seja entre todas as ciências humanas e sociais 
a que tem maior grau de exatidão científica. Isto porque na ciência econômica são 
mais aplicáveis os métodos precisos do que em outras ciências humanas e sociais, 
como na sociologia, na filosofia ou entre outras (GIL, 2002).
A economia estuda o comportamento do consumidor, os desejos e outras 
manifestações humanas em que a exteriorização aparece como incentivo para 
determinada ação, a qual se pode medir de forma exata e científica. A introdução 
da estatística e dos métodos matemáticos na economia a tornou mais exata. 
Embora não se possa provar com total certeza, neste caso, a estatística fornece 
resultados com maiores graus de proximidade, mais precisos. 
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
16
A economia trabalha com os gostos do consumidor e a intenção de 
consumir, ela tende a ter esta parte que não é exata e nem precisa. Por exemplo, o 
prazer que um ser humano sente ao comer chocolate não pode ser comparado com 
o de outra pessoa, cada qual terá uma sensação particular ao comer o chocolate. 
No entanto, se uma pessoa tem dúvidas se deve gastar seu dinheiro 
em uma xicara de café, de chocolate quente ou em pagar um táxi para fazer 
o trajeto que seria a pé, poderíamos dizer que todas estas coisas trariam para 
cada pessoa um nível de prazer diferente, e que se trata de algo muito subjetivo, 
eis a dificuldade em estudar certos temas com exatidão no contexto da ciência 
econômica (GIL, 2002).
Outra questão que dificulta a pesquisa na economia diz respeito à 
experimentação prática. Muitos pensadores entendem que a experimentação é a 
mais importante das características do conhecimento científico.
Um experimento é tido como controlado quando se torna possível 
manipular variáveis para a ocorrência do fenômeno pesquisado 
à medida que haja condições de fazer variar alguns fatores, os 
pesquisados podem medir os efeitos que tais variações exercem sobre 
o fenômeno, descobrindo as relações de dependência entre as variáveis 
e o fenômeno considerado (GIL, 2002, p. 27). 
Assim, nos estudos econômicos há a dificuldade de desenvolver 
experimentos controlados, pois parece inviável ao pesquisador não ter a 
possibilidade de modificar o objeto de sua pesquisa. 
Outra questão que se sobressai nas pesquisas, dentro do campo da 
economia, são os valores, digamos que um determinado pesquisador está 
envolvido com o universo a ser pesquisado. Dessa forma, o pesquisador, ao 
buscar compreender os fenômenos, seria influenciado pelos valores pessoais, 
e isto poderia colocar em xeque os resultados da pesquisa. Tal argumento não 
atinge somente a economia, mas também as várias ciências sociais, embora seja 
um problema cuja resposta envolve os diferentes pontos de vista de pesquisadores 
sobre o que vem a ser ciência. 
17
Neste tópico, você aprendeu que: 
• O conhecimento popular, também chamado de senso comum, é baseado 
em crenças, e tradições passadas durante décadas, sem a necessidade de 
comprovação científica.
• Os conhecimentos filosóficos não podem ser refutados e nem confirmados. O 
conhecimento filosófico é racional, pois consiste em um conjunto de ideias e 
argumentos que são logicamente correlacionados.
• O conhecimento filosófico é baseado na reflexão embasada por conceitos, ideias 
e uso do raciocínio. Este conhecimento surge pela capacidade do ser humano 
de refletir e buscar verdades e explicações sobre a própria existência.
• O conhecimento religioso é uma forma de pensar que se apoia sobre as 
doutrinas que contêm proposições sagradas, reveladas por algo sobrenatural e 
tratadas como verdades inquestionáveis. 
• O conhecimento científico é sistemático, pois trata-se de um conhecimento 
ordenado sistematicamente por ideias e teorias capazes de comprovar a 
veracidade de um fato. Além disso, tem como característica a verificabilidade 
de fatos e hipóteses com a finalidade de comprovar sua veracidade ou não.
• Ciência é um conjunto de atividades racionais e qualquer conclusão pode ser 
colocada à prova por meio de verificação, podendo, assim, chegar-se a outros 
resultados.
• A economia, como se sabe, é uma ciência social, que busca estudar de que 
forma a sociedade se organiza e de que forma administra a escassez de recursos 
frente às demandas ilimitadas.
• Por fim, estudou-se a respeito dos desafios de se pesquisar no campo econômico.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
1 Sabe-se que o conhecimento científico se trata da incansável busca pela verdade 
já que este tipo de conhecimento parte da dúvida e do questionamento. O 
conhecimento científico pode ser comprovado empiricamente, uma vez 
que geralmente são testadas as hipóteses que levam ou a confirmação ou ao 
falseamento. Sobre o conhecimento cientifico assinale V para verdadeiro e F para 
as alternativas falsas: 
( ) Compreender a evolução humana enquanto uma criação divina 
inquestionável.
( ) Conhecimento cientifico é aquele transmitido para cada uma das gerações 
por exemplo um camponês sabe os períodos de plantio e colheita por conta 
de um ensinamento passado de pai para filho.
( ) Conhecimento científico é aquele que se obtém de forma racionale 
sistemática e busca explicar como e de que forma os fenômenos ocorrem.
( ) Interpretação racional dos fatos na qual estabelece relações casuais entre 
fenômenos, formulando leis, mas não integrando teorias.
( ) As informações devem ser profundamente analisadas e refletidas antes de 
serem levadas em consideração, baseado num pensamento crítico.
Marque qual a opção que corresponde a ordem CORRETA:
a) ( ) F – F – V – V – F.
b) ( ) V – F – V – F – V.
c) ( ) V – V – F – F – V.
d) ( ) F – F – F – V – V.
e) ( ) V – V – V – F – F. 
2 Ligue as colunas a cada tipo de conhecimento que está relacionada: 
a) Conhecimento religioso ou teológico. 
b) Conhecimento científico. 
c) Conhecimento filosófico. 
d) Conhecimento Popular. 
 
Agora relacione com as seguintes afirmações: 
 
( ) A descoberta da cura de um vírus.
( ) Utilizar um chá para curar dor.
( ) Trabalha com verdades consideradas indiscutíveis e exatas.
( ) Crença em um criador divino.
( ) Utiliza teorias abstratas.
( ) Levar uma criança em uma benzedeira.
3 Descreva com as suas palavras o que é ciência. Explique o porquê se trata de 
algo de fundamental importância para a humanidade na atualidade.
AUTOATIVIDADE
19
TÓPICO 2
PRIMEIROS PASSOS DA PESQUISA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, neste tópico estudaremos os primeiros passos da 
pesquisa. Buscaremos auxiliar você acadêmico no processo de construção da pesquisa, 
destacando a importância de algo que parece até trivial como o processo de leitura. 
Realizar uma boa leitura, aproveitando todos os elementos do texto, saber analisá-
lo de forma profunda e compreender as ideias do autor, é de suma importância no 
desenvolvimento de uma fundamentação teórica. Assim inicialmente, vamos estudar 
algumas técnicas de leitura para um melhor aproveitamento do texto. 
Quando falamos em pesquisa, o processo de leitura talvez seja um importante 
e decisivo fator, já que é por meio da leitura que ampliamos o nosso conhecimento. 
Ao realizar a leitura obtemos as informações básicas ou especificas necessárias 
para a abertura de novos horizontes, novos conhecimentos, bem como para a 
sistematização dos pensamentos e ideias, formulação de novas ideias ou melhoria 
de ideias já superadas e ampliação do vocabulário. A leitura, portanto, é o primeiro 
passo para quem precisa ou deseja estudar um tema mais específico dentro da ciência 
econômica ou qualquer outra área do conhecimento. A leitura é uma tarefa que deve 
ser contínua e constante, já que os conhecimentos são obtidos por meio desta. 
2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA PESQUISA 
A leitura é de fundamental importância. Através da prática da leitura 
é possível assimilar, reter conteúdos e também é possível criticar, comparar, 
integrar e agregar aos seus conhecimentos. 
À nossa disposição temos diariamente um volume grande de opções de 
leitura para fazermos, seja na mídia, em revistas, jornais, todavia é normal sermos 
seletivos nas leituras, o mesmo ocorre no caso da pesquisa, é preciso selecionar 
o que ler de acordo com nosso objeto de pesquisa ou assunto já que o objetivo é 
também ganhar tempo. Neste caso, é importante selecionar bem as os materiais, 
já que geralmente todas as pesquisas, envolvem a leitura de um artigo cientifico 
até uma monografia de graduação e para isso geralmente temos um prazo ser 
cumprido. Então quanto mais você conseguir selecionar as leituras úteis das 
superficiais, maior será a otimização do seu tempo. Quando buscamos um 
material para a pesquisa e leitura é importante levar em conta alguns elementos 
que podem ser úteis como ressaltam (LAKATOS; MARCONI, 2003).
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
20
UNI
Leitura significa conhecer, desvelar, interpretar distinguir os elementos mais 
importantes e assim passar a utilizá-los como fonte para novas ideias. 
Por isto, a leitura é de fundamental importância e através da prática dela 
é possível assimilar, reter conteúdos e também criticar, comparar, integrar ou 
agregar seus conhecimentos. 
À nossa disposição temos, diariamente, um grande volume de opções de leitura 
para lermos nas mídias, como revistas, jornais. Todavia, é normal sermos seletivos nas 
leituras e o mesmo ocorre no caso da pesquisa, é preciso selecionar o que ler de acordo 
com nosso objeto de estudo ou assunto, uma vez que o objetivo é ganhar tempo. 
Neste caso, é importante selecionar bem os materiais porque, em geral, 
todas as pesquisas envolvem a leitura, desde o artigo científico até a monografia 
de graduação e, para isso, frequentemente há prazo a ser cumprido. Quanto mais 
se selecionam as leituras úteis das superficiais, maior será a otimização do tempo. 
Ao buscar material para a pesquisa e leitura, é importante levar em conta alguns 
elementos que podem ser úteis, como ressaltam Lakatos e Marconi (2003): 
• O título é muito importante na busca de um material para leitura, uma tese, 
ou artigo científico, e se houver título ou subtítulo é possível, em muitos casos, 
ter-se uma ideia, assunto ou a intenção que interessa ao pesquisador.
• Outro elemento importante na escolha da leitura é a data da publicação. Ao pesquisar 
determinado assunto, importa que a publicação seja recente, como a atualização de 
um determinado periódico ou revista científica e a aceitação nos meios acadêmicos, 
é relevante certificar-se a respeito disso. Embora haja uma exceção aceitável no que 
concerne à data de publicação são os textos e autores clássicos que, dependendo da 
área de pesquisa, estão sempre em evidência e atuais.
• A contracapa é a parte da publicação em que se encontra as qualificações do 
autor, outro ponto importante a verificar também.
• O sumário, se a busca for através de um livro, este facilita a verificação dos 
assuntos de interesse de leitura excluindo, muitas vezes, os capítulos que 
acrescentariam menos à pesquisa, isto ocasiona uma busca mais objetiva.
• Outra parte importante de um material selecionado para leitura é a introdução, 
nela é possível verificar os objetivos que o autor tem com determinado texto, 
livro ou artigo, também é possível verificar a metodologia aplicada na pesquisa.
• Por fim, a bibliografia que o autor utiliza pode dar indícios da orientação que, 
geralmente, se encontram nas notas de rodapé ou mesmo no final das obras.
TÓPICO 2 | PRIMEIROS PASSOS DA PESQUISA
21
Ao selecionar livros, textos e artigos científicos que servem para leitura, 
consultas e que auxiliam na busca por conhecimento atualizado em relação à 
determinado tema, tais materiais oferecem contribuições recentes para o trabalho 
ou pesquisa que está sendo realizada. Por isso, é importante, no momento do 
estudo, que haja visita frequente à biblioteca na busca de obras atualizadas para 
seus trabalhos, artigos e papers das disciplinas, mas, sobretudo, para produção do 
trabalho final de curso (LAKATOS; MARCONI, 2003). 
DICAS
Geralmente, para iniciar um trabalho buscam-se os clássicos daquele tema 
que servirá de apoio à base conceitual, em seguida se passa as áreas mais específicas da 
pesquisa, as que são relacionadas ao seu interesse e/ou tema (LAKATOS; MARCONI, 2003).
A prática da leitura leva ao acúmulo de informações que podem ser 
básicas ou específicas. Da mesma forma, existem diferentes formas de praticar 
a leitura. Podemos realizá-la com o objetivo de avaliar o que se lê, porém, sem a 
preocupação com os conhecimentos das palavras, ou seja, o vocabulário utilizado 
pelo escritor; ou ainda, com a finalidade de discutir as ideias de um determinado 
autor com outras pessoas.
Para que de fato uma leitura seja proveitosa, é importante seguir alguns 
aspectos que se fazem fundamentais, destacam-se a seguir: 
• O primeiro ponto é a atenção! O foco durante o tempo dedicado à leitura é 
fundamental, atenção profunda no intento e esforço de aproveitá-la ao máximo, 
ao buscar o entendimento e a compreensãodas ideias do autor e apreensão do 
conteúdo básico que está sendo lido; outro ponto a ser ressaltado é a intenção, 
ou seja, o interesse por retirar algum proveito intelectual do que se está lendo; e 
não menos importante é pensar sobre o que foi lido, a reflexão acerca do texto, 
faça anotações, considerações sobre o que você lê.
• O segundo ponto diz respeito ao espírito junto à reflexão, isto é, o espírito 
crítico para fazer a avaliação do texto, que significa comparar, aprovar ou não 
aceitar, ou refutar com as diferentes opiniões ou pontos de vista. A leitura 
feita de forma crítica implica fazer também a reflexão durante a leitura, 
examinar minunciosamente as ideias do autor, buscando perceber o lado 
fraco das teses ou ressaltar o que é positivo na leitura. A análise também é 
uma parte importante da leitura porque consiste em dividir o tema em partes 
até que seja possível compreender a relação entre a totalidade; e por fim, a 
síntese, a qual visa reconstituir o texto de forma entendível e resumida ao dar 
ênfase nas principais ideias sem perder a sequência do pensamento do autor 
(LAKATOS; MARCONI, 2003). 
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
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NOTA
A leitura tem grande importância para a aprendizagem de todos. A prática da 
dela ajuda a formular e organizar os pensamentos, auxiliando, assim, na escrita de redações, 
textos e trabalhos científicos. 
3 FASES DA LEITURA
A leitura envolve várias fases e podem ser classificadas da seguinte forma, 
segundo Lakatos e Marconi (2003): 
1ª etapa: consiste no reconhecimento porque se trata de uma leitura rápida, 
a qual objetiva procurar o tema de seu interesse e de consultar a existência 
de determinadas informações que lhes possam ser relevantes. Esta leitura 
acontece quando você olha o sumário de um livro previamente, por exemplo, 
pelo qual se verificam os títulos cujo assunto possa ser o procurado.
2ª Etapa: a leitura exploratória é uma sondagem pela qual o leitor busca 
informações, pois já conhece parte do texto ou o autor. Isto parte da premissa 
de que o texto em si explora o tema de interesse do pesquisador. Geralmente 
são exploradas a introdução, os prefácios e a bibliografia.
3ª Etapa: a fase seletiva da leitura engloba a seleção de informações-chave para 
o problema de pesquisa levantado. Nesta fase, o pesquisador deve ter em 
mente os objetivos específicos de sua pesquisa, o que permite uma seleção 
mais apurada das leituras a fim de eliminar as que podem ser distração ou 
supérfluas à investigação.
4ª Etapa: a etapa reflexiva trata de aprofundar mais os conhecimentos e as 
informações coletadas com a leitura a fim de torná-las úteis à investigação.
5ª Etapa: na etapa crítica buscam-se avaliar as informações do autor. Implica 
escolher e diferenciar as ideias centrais do autor, além de perceber, no texto, a 
sequência das ideias principais, secundárias. A leitura crítica tem o propósito 
de compreender as intenções do autor com o texto e, a partir disto, emitir 
alguma opinião.
6ª Etapa: esta interpretativa busca relacionar as leituras com o tema investigado.
7ª Etapa: a etapa explicativa tem por finalidade, como sugere o nome, a explicação 
das ideias e das teses encontradas durante a investigação pelo pesquisador, 
consistindo na elaboração de relatórios, monografias, dissertações, artigos 
científicos, entre outros (LAKATOS; MARCONI, 2003).
TÓPICO 2 | PRIMEIROS PASSOS DA PESQUISA
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4 TÉCNICAS DE LEITURA E ESTUDO 
Após compreender a importância da leitura e suas etapas para pesquisa, 
estudaremos algumas técnicas que podem auxiliá-lo no processo de leitura com 
fins de estudos e investigação acadêmica. Para que uma leitura seja proveitosa, 
é muito importante dominar duas técnicas fundamentais, sublinhar as partes 
relevantes e saber como fazer um bom resumo do que foi lido para reter o 
conteúdo estudado. 
Durante a leitura é importante saber que para cada capítulo, texto ou 
parágrafo há uma ideia principal, um conceito importante, ou palavras-chave, as 
quais são elementos que apresentam o fio condutor do pensamento. Geralmente, em 
um bom texto, as ideias estão organizadas de forma hierárquica e cada parágrafo 
contém uma ideia elementar que, no final do texto, tem um sentido global que 
orientará a linha de raciocínio.
A ideia global do texto está sempre ligada às ideias fragmentadas durante 
o texto, mas para a compreensão global do texto fazem sentido e são importantes. 
Lakatos e Marconi (2003) utilizam de analogia, o sistema solar, no qual as ideias 
fragmentadas nos parágrafos seriam como os planetas e o sol, a ideia principal, 
assim, para se chegar ao sol de fato é necessário compreender todo esse sistema 
que o cerca. É necessário compreender as pequenas ideias espalhadas pelo texto, 
conectadas a um propósito mais geral e global. Dessa forma, quem quer ter uma 
leitura mais profunda, ou compreender as ideias espalhadas e conectadas à ideia 
global, é importante adquirir o hábito de sublinhar, destacar e assinalar quando 
é possível identificá-las espalhadas pelo texto.
Lakatos e Marconi (2003) definem algumas técnicas a serem observadas 
quando a finalidade é destacar o melhor de um texto, sublinhando-o, entre as 
técnicas citadas:
a) não devemos, na primeira leitura, assinalar logo no primeiro contato com o 
texto, a princípio é importante organizar o texto mentalmente e depois destacar 
o que parece mais relevante; 
b) a dica é sempre sublinhar as partes em que se identificam as ideias centrais do 
autor do texto; 
c) quando houver dificuldade com palavras é importante consultar um dicionário, 
todavia, é importante que a leitura não seja interrompida por conta de uma 
palavra, pois geralmente ela será esclarecida ao longo do texto. 
Depois de realizada a leitura e aplicada as técnicas, é importante elaborar 
um esquema do texto. Este deve ser feito de acordo com a organização das ideias 
autorais, seguindo a linha de raciocínio e tentando realizar a ligação entre as ideias 
secundárias e a ideia geral do texto. Dessa forma estará feita a análise em forma 
de um resumo organizado. 
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
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Basicamente o resumo de um texto: 
consiste na capacidade de condensação de um texto, parágrafo, frase, 
reduzindo-o a seus elementos de maior importância. Diferente do 
esquema, o resumo forma parágrafos com sentido completo: não 
indica apenas os tópicos, mas condensa sua apresentação. Por último, 
o resumo facilita o trabalho de captar, analisar, relacionar, fixar e 
integrar aquilo que se está estudando, e serve para expor o assunto, 
inclusive em uma prova (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 11). 
Os resumos e as fichas de leitura são elementos obrigatórios no andamento 
de uma pesquisa séria. No entanto, os resumos só terão utilidade na prática se forem 
feitos de forma clara, realmente sintética do texto lido e analisado, tirando sempre as 
conclusões mais importantes e a ideia central de um autor dentro do texto. 
É importante ao ler um texto é pensar em duas questões: O que o autor 
pretende com texto? Qual a ideia central do texto? Depois vale se perguntar como 
o autor tentou “falar” através do texto. De modo que fica mais fácil para as suas 
descobertas sobre quais as principais partes do texto do autor e a estrutura que 
este utilizou e descreveu. Em textos científicos, é comum observar que quando um 
autor vai descrevendo as ideias, geralmente ele se utiliza de um novo parágrafo. 
Na próxima seção partimos para a fase de análise dos textos e leituras.
5 ANÁLISE DE TEXTOS 
A análise de texto significa estudar, interpretar e examiná-lo minunciosamente. 
A análise corresponde a um exame mais sistemático dos elementos que estão contidos 
nele, é esmiuçá-lo todo a fim de encontrar a ideia central do autor para, assim, obter 
um conhecimento mais completo do texto estudado. 
É a análise que vai permitir os componentes de um conjunto, perceber 
suas possíveis relações, ou seja, passar de uma ideia-chave para 
um conjunto de ideiasmais específicas, passar a generalização e, 
finalmente, à crítica (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 28).
Lakatos e Marconi (2003, p. 29) ressaltam alguns objetivos que se têm com 
a leitura, esta que projeta levar o estudante a: 
a) aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto;
b) reconhecer a organização e estrutura de uma obra ou texto;
c) interpretar o texto, familiarizando-se com ideias, estilos, vocabulários;
d) chegar a níveis mais profundos de compreensão;
e) reconhecer o valor do material, separando o importante do 
secundário ou acessório;
f) desenvolver a capacidade de distinguir fatos, hipóteses e problemas;
g) encontrar as ideias principais ou diretrizes e as secundárias;
h) perceber como as ideias se relacionam;
i) identificar as conclusões e as base que as sustentam.
Outra dica dos autores é quanto aos procedimentos para se atingir cada 
um destes objetivos (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 29). 
TÓPICO 2 | PRIMEIROS PASSOS DA PESQUISA
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Por sua vez, o procedimento deve conter as seguintes etapas:
a) para se ter um sentido completo, proceder à sua leitura integral com 
o objetivo de obter uma visão do todo;
b) reler o texto, assinalando ou anotando palavras e expressões desconhecidas, 
valendo-se de um dicionário para esclarecer seus significados;
c) dirimidas as dúvidas, fazer nova leitura, visando à compreensão 
do todo;
d) tornar a ler, procurando a ideia principal ou palavra-chave, que 
tanto pode estar explícita quanto implícita no texto; às vezes, encontra-
se confundida com aspectos secundários ou acessórios;
e) localizar acontecimentos e ideias, comparando-os entre si, 
procurando semelhanças e diferenças existentes;
f) agrupá-los, pelo menos por uma semelhança importante, e organizá-
los em ordem hierárquica de importância;
g) interpretar as ideias e/ou fenômenos, tentando descobrir conclusões 
a que o autor chegou e depreender possíveis ilações;
h) proceder à crítica do material como um todo e principalmente das 
conclusões.
A análise de texto se divide em três partes. A primeira delas é chamada 
análise de elementos, esta se dá no momento da leitura em que é feito o 
levantamento de todos os elementos básicos que constituem o texto, levando, 
assim, à compreensão. 
 Estes elementos e as ideias principais podem estar muito ou pouco 
evidentes no texto, isto depende e varia de autor para autor. Há autores que deixam 
explícitos no texto os elementos principais, outros deixam-nos subentendidos e 
isto exige uma leitura analítica mais profunda para uma compreensão completa 
a fim de alcançar todos os elementos e ideias. Em determinados casos, para 
compreender a escrita do autor, importa acompanhar outras publicações e 
pesquisas dele (LAKATOS; MARCONI, 2003).
A segunda parte se chama análise de relações, esta parte objetiva 
localizar as principais relações no texto a fim de estabelecer as conexões entre 
os diferentes elementos presentes. Geralmente, as relações são encontradas 
nas ideias secundárias; nos fatos específicos que formam determinada opinião; 
elementos básicos de uma tese sobre a qual se apoia a reflexão; e nos argumentos 
e afirmações que são ou não pertinentes.
A terceira parte é a análise da estrutura. Nesta parte se verifica o todo 
na tentativa de evidenciar as relações que existem entre as demais partes. 
Entre as estruturas, elas se caracterizam tanto estáticas quanto dinâmicas. As 
estruturas estáticas são aquelas que resultam da sucessão de fenômenos como os 
textos históricos. Por sua vez, as estruturas dinâmicas são descritas pelas partes 
básicas do texto e descrevem o funcionamento e a finalidade. Geralmente, nestas 
estruturas encontram-se textos das ciências sociais (LAKATOS; MARCONI, 2003). 
UNIDADE 1 | NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
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DICAS
ANTUNES, Celso. A grande jogada. São Paulo: Editora Vozes, 2009
Manual didático e interdisciplinar, com linha pedagógica construtivista. 
Faz do aluno o agente de sua própria aprendizagem e rejeita a 
apresentação de conhecimentos prontos e definitivos. Utiliza-se de 
uma linguagem direta, pertencente ao universo vocabular do estudante, 
de alguns ensinamentos, regras e princípios capazes de fortalecer 
a  autoestima, a capacidade de ler e aprender, estudar de forma 
operacional e significativa as disciplinas escolares e ainda a tirar melhor 
proveito das aulas, fazer fichamentos e preparar pesquisas e trabalhos 
escolares de diferentes naturezas.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que: 
• A leitura significa conhecer, desvelar, interpretar e distinguir os elementos 
mais importantes para utilizá-los como fonte de novas ideias.
• A leitura é de fundamental importância e através da prática dela é possível 
assimilar, reter conteúdos e também criticar, comparar, integrar e agregar 
novos conhecimentos;
• A leitura tem grande importância para a autoaprendizagem. A prática de 
leitura ajuda a formular e organizar os pensamentos, auxiliando, assim, na 
escrita de redações, textos e trabalhos científicos.
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1 Explique a importância do processo de leitura para fazer um bom trabalho 
acadêmico de pesquisa. 
2 Sabemos que o processo de leitura tem um papel fundamental para quem 
tem a intenção de fazer pesquisa. Por isso, quando vamos fazer um trabalho 
acadêmico científico é muito importante dedicar-se com cuidado à leitura 
dos materiais, tentando sempre extrair as melhores ideias dos textos além 
de desenvolver a capacidade de articulá-las na sua pesquisa. Analise as 
afirmativas a seguir:
I- Alguns pontos fundamentais ao se ler devem ser a atenção, a reflexão, o 
espírito crítico, a análise do que se leu e a síntese.
II- O processo de leitura envolve algumas etapas fundamentais como a análise 
das estruturas e análise dos elementos.
III- Quando lemos um texto, alguns pontos mais importantes devem ser 
destacados, como título e sumário. 
IV- Na leitura é importante saber que cada capítulo, texto, ou parágrafo 
contém uma ideia principal, um conceito importante; e as palavras-chave 
são elementos que apresentam o fio condutor do pensamento.
Assinale a sequência CORRETA: 
a) As afirmativas I e III estão corretas. 
b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) As afirmativas I e IV estão corretas.
d) As afirmativas I, II e IV estão corretas. 
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 3
INTRODUÇÃO À PESQUISA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, a intenção é compreender o que vem a ser pesquisa, já que se 
falou anteriormente dos diferentes tipos de conhecimento, do que vem a ser ciência 
e de como se dá o conhecimento científico na economia. Inicialmente trataremos 
das conceituações da pesquisa, e posteriormente falaremos das finalidades da 
pesquisa e das etapas que a compõem.
Primeiramente é importante que se defina o que é pesquisa, a qual se 
caracteriza em uma busca por respostas para determinado problema, utilizando 
as ferramentas e os métodos científicos para se chegar às respostas. A pesquisa na 
economia, especificamente, busca, mediante a utilização de métodos científicos, 
oferecer respostas para os problemas referentes à produção, à distribuição, à 
acumulação e ao consumo de bens e mercadorias. 
Lakatos e Marconi (2002) defendem que a investigação científica, isto é, 
a pesquisa, deve ser sistemática, controlada, empírica e crítica com proposições 
hipotéticas sobre a realidade que existem entre os fenômenos naturais. 
Quando se afirma que uma pesquisa é sistemática e controlada, isso 
significa que os resultados oferecidos serão confiáveis, sérios e obtidos mediante à 
adoção de métodos capazes de serem comprovados, refutados e fundamentados. 
Neste sentido, referenciar que uma pesquisa é empírica expressa que ela fora 
comprovada por meio de provas concretas. 
A pesquisa científica importa para o campo da economia porque trata da 
investigação dos problemas econômicos que são de interesse da sociedade. As pessoas, 
em sua maioria, tendem a opinar sobre assuntos econômicos, no entanto, as opiniões 
não são fundamentadas. Todos têm algo

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