Buscar

Reabilitação neuropsicológica

Prévia do material em texto

46 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão 
vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura*
Neuropsychological rehabilitation in patients with cerebral vascular damage: 
A systematic review of literature
Rehabilitación neuropsicológica en pacientes con daño cerebral vascular: 
una revisión sistemática de la literatura
MORGANA SCHEFFER**
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
LIDIANE ANDREZA KLEIN***
Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil
ROSA MARIA MARTINS ALMEIDA****
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
Resumo
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas 
bases de dados Web of Science, Pubmed e Bireme entre 
os anos de 2000 e 2011 através dos termos “reabilita-
ção cognitiva e acidente vascular cerebral” e “cognitive 
rehabilitation and stroke”. Os resultados mostraram 
escassez de trabalhos sobre o tema na literatura inter-
nacional e ausência de trabalhos na literatura nacional 
(brasileira), sendo incluídos no estudo 19 artigos, os 
quais relataram em sua maioria, reabilitação da lingua-
gem, sendo explorados os ambientes virtuais para a 
reabilitação com metodologia breve e frequente, assim 
como, os programas mostraram ser eficazes às tarefas da 
vida diária, sugerindo sua validade ecológica. Conclui-
-se que o processo de reabilitação precisa ser mais bem 
explorado, sistematizado e que as técnicas devem ser 
divulgadas e publicadas pela literatura científica.
Palavras-chave: Reabilitação cognitiva, Acidente Vas-
cular Cerebral, Processos básicos
Abstract
We performed a systematic literature review using the 
databases Web of Science, Pubmed and Bireme cover-
ing the years 2000 to 2011, using the terms “reabilitação 
cognitiva e acidente vascular cerebral” and “cognitive 
rehabilitation and stroke”. The results showed a paucity 
of publications on this subject in the international and 
Brazilian national literatures. We identified only 19 
articles, and these reported mostly language rehabilita-
tion exploring virtual environments for rehabilitation 
with brief and infrequent description of the methodol-
ogy. The programs showed to be effective in improving 
tasks of daily living, suggesting their ecologic validity. 
We concluded that the rehabilitation process needs to 
* Correspondência: Rosa Maria Martins de Almeida, Instituto de Psicologia - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rua Ramiro Barcelos, 
2600 - Bairro Santa Cecília, Porto Alegre - RS – Brasil, CEP 90035-003 - Fone:(51) 3308-5066 – Fax: (51) 3308-5470, e-mail: rosa_almei-
da@yahoo.com or rosa.almeida@ufrgs.br
** Maestra em Psicologia UFRGS, Instituto de Psicología-Universidade Federal do Rio Grande de Sul, Rua Ramiro Barcelos, 2600-Bairro Santa 
Cecília, Porto-RS-Brasil, CEP 90035-003, Telefone: (51) 9269-1719, e-mail: scheffer.morgana@gmail.com
*** Graduanda em Psicologia Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto de Psicología-Universidade Federal do Rio Grande de Sul, Rua 
Ramiro Barcelos, 2600-Bairro Santa Cecília, Porto-RS-Brasil, CEP 90035-003, Telefone: (51) 9269-1719,Telefone: (51) 9949-8430, e-mail: 
lidiklein@msn.com
**** Professora Adjunta do Instituto de Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFR-
GS), Porto Alegre,RS, Brazil. Laboratório de Psicologia Experimental, Neurociências e Comportamento.Pesquisadora de Produtividade do 
CNPq. Rua Ramiro Barcelos, 2600, Bairro Santa Cecília – Porto Alegre – RS – Brasil, Cep: 90035-5066, e-mail: rosa_almeida@yahoo.com
 Para citar este artículo: Scheffer, M., Klein L. A. & Almeida, R. M. M. (2013). Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular 
cerebral: uma revisão sistemática da literatura. Avances en Psicología Latinoamericana, 31 (1), pp. 46-61.
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 47
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
be further explored and systematically analyzed and 
that the effective techniques should be disclosed and 
published in detail.
Keywords: Cognitive rehabilitation, Stroke, Basic process
Resumen
Se realizó una revisión sistemática de la literatura en 
las bases de datos Web of Science, Pubmed y Bireme 
entre los años 2000 y 2011 a través de los términos 
“reabilitação cognitiva e acidente vascular cerebral” y 
“cognitive rehabilitation and stroke”. Los resultados 
mostraron escasez de trabajos sobre el tema en la litera-
tura internacional y ausencia de trabajos en la literatura 
brasileña. En el estudio se incluyeron 19 artículos, los 
cuales relacionaron en su mayoría rehabilitación del 
lenguaje, siendo explorados los ambientes virtuales pa-
ra la rehabilitación con metodología breve y frecuente. 
Los programas mostraron ser eficaces para las tareas de 
la vida cotidiana, lo que sugiere su validez ecológica. 
Se concluye que el proceso de rehabilitación debe ser 
mejor explorado, sistematizado y que las técnicas deben 
ser divulgadas y publicadas por la literatura científica.
Palabras clave: rehabilitación cognitiva, accidente vas-
cular cerebral, procesos básicos
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode causar 
prejuízos cognitivos e emocionais na memória e 
linguagem (Corbett, Jeferries, & Ralph, 2009), nas 
funções visuoespaciais, (Lima & Kaihami, 2001), 
nas funções executivas (Park, Yoon, & Rhee, 2011; 
Pohjasvaara et al., 2002), atenção (Rengachary, He, 
Shulman, & Corbetta, 2011) e, ainda alterações 
de humor (Terroni, Mattos, Sobreiro, Guajardo, 
& Fráguas, 2009). Após três meses do AVC, uti-
lizando-se uma extensa bateria neuropsicológica 
em população clínica foi encontrado que 55 % 
dos pacientes tinham comprometimento em pelo 
menos um domínio cognitivo, 27 % apresentaram 
déficits cognitivos sem prejuízo da memória, 7 % 
com déficits somente na memória e 9 % prejuízos na 
memória e outros prejuízos cognitivos (Madureira, 
Guerreiro, & Ferro, 2001). Em relação aos aspec-
tos emocionais a depressão parece ser o transtorno 
mais prevalente, dependendo da localização e la-
teralidade da lesão (Terroni, Leite, Tinone, & Frá-
guas, 2003) e as alterações comportamentais mais 
evidentes ocorrem no comportamento compulsivo 
(Hashimoto, Hasegawa, Maki, & Tanaka, 1998), 
na falta de controle inibitório e no comportamento 
obsessivo-compulsivo (Oya, Sakurai, Takeda, Iwa-
ta, & Kanazawa, 1997).
A gravidade da depressão está associada tam-
bém, com o prejuízo funcional e cognitivo em todos 
os domínios. Geralmente, dependendo do tamanho 
da lesão, o perfil neuropsicológico dos pacientes 
com sintomas depressivos moderados e graves 
podem ser afetados, causando danos nos domínios 
de memória, visuopercepção e linguagem (Terroni 
et al., 2009). Dessa forma, a Neuropsicologia pro-
porciona técnicas que possibilitam tratar as devi-
das alterações, que são de extrema importância e 
estabelece quais dentre as ferramentas disponíveis 
são as mais adequadas para o objetivo que se de-
seja alcançar no âmbito da reabilitação cognitiva e 
emocional (Noreña et al., 2010).
Prejuízos na cognição podem estar relacionados 
à má qualidade de vida a longo prazo em aciden-
tes vasculares isquêmicos, entre esses, afetando 
as funções executivas (Oksala et al., 2009), então 
a reabilitação neuropsicológica se faz necessária. 
Indivíduos avaliados através de uma bateria de 
testes neuropsicológicos de memória, memória de 
trabalho, funções instrumentais e executivas, seis 
meses após o primeiro AVE apresentaram correla-
ção significativa entre os prejuízos cognitivos, o 
funcionamento social e a qualidade de vida (Hom-
mel, Miguel, Naegele, Gonnet, & Jaillard, 2009).
A reabilitação cognitiva é considerada um dos 
componentes da reabilitação neuropsicológica 
(Ávila & Miotto, 2002). Dentre suas funções, a 
reabilitação neuropsicológica abrange uma com-
binação de psicoterapia,participação da famí-
lia através de grupos, instruções terapêuticas aos 
pacientes, sendo sempre realizada dentro de um 
contexto multidisciplinar (Manzine & Pavarini, 
2009). Avanços na área de reabilitação começaram 
a ocorrer somente após a Primeira e a Segunda 
Guerra Mundial, período no qual os pesquisadores 
e especialistas passaram a empregar esforços para 
compreender como os diferentes tipos de lesões 
influenciavam o comportamento humano e como 
se poderia remediá-los (Pontes & Hübner, 2008).
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
48 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
A Reabilitação Cognitiva identifica e guia ne-
cessidades e objetivos individuais, no qual esse 
processo relaciona estratégias para obter novas in-
formações ou mecanismos compensatórios, como 
o uso da memória (Clare & Woods, 2008). Com 
relação aos pacientes acometidos pelo AVC, os ob-
jetivos de reabilitação são: prevenir complicações; 
recuperar ao máximo as funções cerebrais com-
prometidas pelo AVC, que podem ser temporárias 
ou permanentes; devolver o paciente ao convívio 
social, tanto na família quanto no trabalho, reinte-
grando-o com a melhor qualidade de vida possível 
(Damiani & Yokoo, 2002). Após estágio agudo do 
evento neurológico, ou seja, quando as medidas 
terapêuticas são focadas em “prolongar vidas”, um 
número significativo de pacientes são vítimas de 
conseqüências do dano cerebral a longo prazo (Kor-
zetkowska et al., 2010). Esses prejuízos funcionais 
exigem atenção de um especialista, entretanto, o 
número de pacientes com informações suficien-
tes a respeito de seus recursos e possibilidade de 
tratamento é escasso. Aproximadamente 10 % dos 
indivíduos que sofreram um AVC ficam totalmente 
incapazes; somente em 30 % é recuperada a função 
neurológica anterior apresente um risco de recidiva 
de 20 % (Azeredo & Matos, 2003).
A partir do exposto acima, este estudo teve 
como objetivo realizar uma revisão exaustiva da 
literatura a qual permita abranger os diferentes 
programas de reabilitação neuropsicológica, bem 
como, as ferramentas utilizadas em tais programas. 
Para tanto, foi feita uma revisão sistemática da lite-
ratura científica, a respeito de programas de reabili-
tação cognitiva realizados em pacientes adultos que 
sofreram lesão vascular como o AVC e as devidas 
técnicas utilizadas na reabilitação de tais funções.
Método
Foi realizada uma busca de artigos científicos nas 
bases de dados com publicações nacionais e inter-
nacionais na área da saúde: Bireme, Web of Science 
e Pubmed, abrangendo o período de 2011 a 2000. 
Para tanto, utilizaram-se os descritores conexos 
através de “e” (and): reabilitação cognitiva (cog-
nitive rehabilitation); acidente vascular cerebral 
(stroke). Palavras relacionadas aos termos de busca 
não foram incluídas.
O material selecionado seguiu os seguintes cri-
térios de inclusão: (a) estudos com dados empíricos 
como modalidade de produção científica; (b) po-
pulação adulta como participantes; (c) dados com 
humanos; (d) ano de publicação entre 2000 e 2011. 
A partir destes critérios, foi realizada uma leitura 
preliminar dos resumos encontrados, sendo que os 
trabalhos originais dos resumos selecionados fo-
ram buscados, quando disponíveis. Foi feita uma 
leitura analítica dos artigos identificando a amostra 
estudada, o método e os resultados.
Resultados
A pesquisa ocorreu em três bases de dados de estu-
dos científicos, uma nacional e duas internacionais. 
Foram incluídos artigos de metodologia científica 
e dados empíricos, em inglês. Ressalta-se que um 
total de 19 artigos na íntegra foram incluídos na 
presente revisão. Observou-se que seis artigos 
foram encontrados em ambas as bases de dados 
internacionais. Na Figura 1, há detalhes sobre os 
passos da busca e na Tabela 1 estão expostos os 
resultados da pesquisa.
BIREME Web of Science
988 artigos 1104 artigos
86 89
Pubmed
3 artigos nacionais
Critérios de inclusão Critérios de inclusão Critérios de inclusão
3
Objetivos do estudo Objetivos do estudo Objetivos do estudo
0 13 12
Figura 1. Passos da busca de artigos científicos nas bases 
de dados Bireme, Web of Science e Pubmed entre os anos 
de 2000 a 2011.
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 49
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
Ta
be
la
 1
 
D
es
cr
iç
ão
 d
os
 e
st
ud
os
 se
le
ci
on
ad
os
 p
ar
a 
a 
re
vi
sã
o 
so
br
e 
re
ab
ili
ta
çã
o 
ne
ur
op
si
co
ló
gi
ca
 e
 A
VC
A
ut
or
O
bj
et
iv
os
A
m
os
tra
Fu
nç
ão
 / 
D
om
ín
io
 
M
ét
od
o
In
te
ns
id
ad
e
R
es
ul
ta
do
s
Devos et al. (2010).
Ve
rifi
ca
r o
 e
fe
ito
 d
o 
si
m
ul
ad
or
 
de
 d
ire
çã
o 
ve
rs
us
 te
ra
pi
a 
de
 re
ab
ili
ta
çã
o 
co
gn
iti
va
 n
a 
ap
tid
ão
 p
ar
a 
co
nd
uz
ir,
 e
m
 
in
di
ví
du
os
 c
om
 A
V
C
, a
 lo
ng
o 
pr
az
o.
 
30
 in
di
ví
du
os
, p
ós
-p
rim
ei
ro
 
AV
C
 e
m
 m
en
os
 d
e 
trê
s m
es
es
 
pa
rti
ci
pa
ra
m
 d
o 
si
m
ul
ad
or
 
de
 d
ire
çã
o 
e 
31
 d
a 
te
ra
pi
a 
co
gn
iti
va
. I
da
de
 m
éd
ia
: 
gr
up
o 
si
m
ul
ad
or
: 5
8±
12
; 
gr
up
o 
re
ab
ili
ta
çã
o 
co
gn
iti
va
: 
59
±1
2.
 A
 m
ai
or
ia
 d
e 
am
bo
s 
s g
ru
po
s a
pr
es
en
to
u 
ní
ve
l d
e 
es
co
la
rid
ad
e 
su
pe
rio
r.
A
te
nç
ão
 d
iv
id
id
a 
e 
se
le
tiv
a,
 
ha
bi
lid
ad
es
 v
is
uo
es
pa
ci
ai
s, 
ra
ci
oc
ín
io
 e
xe
cu
tiv
o,
 e
 
ve
lo
ci
da
de
 d
e 
pr
oc
es
sa
m
en
to
 
m
en
ta
l. 
N
o 
gr
up
o 
do
 g
ru
po
 d
o 
si
m
ul
ad
or
, f
or
am
 re
al
iz
ad
as
 
12
 ro
ta
s d
e 
ci
nc
o 
km
 c
ad
a,
 
co
m
 tr
ei
no
s d
e 
co
nt
ro
le
 d
e 
pi
st
a,
 v
el
oc
id
ad
e,
 a
nt
ec
ip
aç
ão
 
de
 si
na
l, 
re
co
nh
ec
im
en
to
, 
pe
rc
ep
çã
o 
do
 ri
sc
o,
 e
 m
an
ob
ra
s 
de
 u
ltr
ap
as
sa
ge
m
. N
o 
gr
up
o 
de
 
te
ra
pi
a 
co
gn
iti
va
 fo
ra
m
 tr
ei
na
da
s 
re
so
lu
çã
o 
de
 p
ro
bl
em
as
, 
ha
bi
lid
ad
es
 v
is
uo
es
pa
ci
ai
s, 
m
em
ór
ia
, p
la
ne
ja
m
en
to
, 
re
co
nh
ec
im
en
to
s d
e 
si
na
is
 d
e 
en
tra
da
, e
 e
nc
on
tra
r r
ot
as
 a
tra
vé
s 
“o
ff-
th
e-
sh
el
f-
ga
m
es
”.
 
Tr
ei
na
m
en
to
 d
e 
15
 h
or
as
, p
or
 
ci
nc
o 
se
m
an
as
, u
m
a 
ho
ra
 p
or
 
di
a,
 tr
ês
 v
ez
es
 p
or
 se
m
an
a.
O
 p
ro
gr
am
a 
Si
m
ul
ad
or
 
de
 D
ire
çã
o 
ac
el
er
ou
 a
 
re
cu
pe
ra
çã
o 
da
 c
om
pe
tê
nc
ia
 
de
 c
on
du
çã
o,
 e
m
 se
is
 
m
es
es
 p
ós
- A
V
C
, m
as
 e
st
es
 
be
ne
fíc
io
s d
es
ap
ar
ec
em
 e
m
 
lo
ng
o 
pr
az
o.
Rand, Eng, Liu-Ambrose, e 
Tawashy (2010).
D
et
er
m
in
ar
 se
 u
m
 c
om
bi
na
do
 
de
 a
tiv
id
ad
e 
fís
ic
a 
e 
pr
og
ra
m
a 
de
 re
cr
ea
çã
o 
po
de
m
 m
el
ho
ra
r 
o 
fu
nc
io
na
m
en
to
 e
xe
cu
tiv
o 
e 
m
em
ór
ia
 d
e 
in
di
ví
du
os
 c
om
 
AV
C
.
11
 p
ar
tic
ip
an
te
s, 
co
m
 A
V
C
 
cr
ôn
ic
o 
na
s e
xt
re
m
id
ad
es
 
in
fe
rio
re
s, 
co
m
 h
em
ip
ar
es
ia
.
Id
ad
e 
m
éd
ia
 6
7±
10
,8
 a
no
s.
Fu
nç
õe
s e
xe
cu
tiv
as
 in
ib
iç
ão
 
da
 re
sp
os
ta
, fl
ex
ib
ili
da
de
 
co
gn
iti
va
 e
 m
em
ór
ia
 fo
ra
m
 
av
al
ia
da
s n
o 
in
ic
io
, a
os
 tr
ês
 e
 
se
is
 m
es
es
.
N
en
hu
m
a 
fo
rm
aç
ão
 c
og
ni
tiv
a 
fo
i 
fe
ita
 d
ur
an
te
 a
s s
es
sõ
es
, s
om
en
te
 
so
ci
al
iz
aç
ão
 e
 a
pr
en
di
za
ge
m
 d
e 
no
va
s h
ab
ili
da
de
s. 
Ex
er
cí
ci
os
 
fís
ic
os
 e
ra
m
 c
om
po
st
os
 p
or
 
al
on
ga
m
en
to
, e
qu
ilí
br
io
 e
 
ex
er
cí
ci
os
 e
sp
ec
ífi
co
s. 
A
s 
se
ss
õe
s d
e 
re
cr
ea
çã
o 
in
cl
uí
ra
m
 
at
iv
id
ad
es
 so
ci
ai
s c
om
ojo
ga
r 
bi
lh
ar
, b
ol
ic
he
, a
rte
sa
na
to
, e
 
cu
lin
ár
ia
.
Se
is
 m
es
es
 d
e 
ex
er
cí
ci
o 
fís
ic
o 
po
r d
ua
s h
or
as
 se
m
an
ai
s e
 
re
cr
ea
çã
o 
um
a 
ho
ra
.
O
 e
xe
rc
íc
io
 fí
si
co
 e
 re
cr
ea
çã
o 
m
el
ho
ra
ra
m
 a
 m
em
ór
ia
 e
 
fu
nç
õe
s c
og
ni
tiv
as
.
Rand, Weiss, e Katz, 
(2009).
Ex
pl
or
ar
 o
 p
ot
en
ci
al
 d
o 
pr
og
ra
m
a 
de
 re
al
id
ad
e 
vi
rtu
al
 
(s
up
er
m
er
ca
do
 v
irt
ua
l),
 c
om
o 
in
st
ru
m
en
to
 d
e 
in
te
rv
en
çã
o 
pa
ra
 p
es
so
as
 c
om
 d
éfi
ci
ts
 
co
gn
iti
vo
s a
pó
s A
V
C
.
Q
ua
tro
 in
di
ví
du
os
 a
pó
s 
pr
im
ei
ro
 A
V
C
, c
om
 le
sã
o 
un
ila
te
ra
l. 
Id
ad
e 
en
tre
 5
3 
e 
70
 
an
os
 e
 te
m
po
 d
e 
le
sã
o 
en
tre
 5
 
e 
27
 m
es
es
.
D
es
em
pe
nh
o 
da
s a
tiv
id
ad
es
 
da
 v
id
a 
di
ár
ia
.
O
s m
ov
im
en
to
s d
o 
us
uá
rio
 fo
ra
m
 
pr
oc
es
sa
do
s n
o 
m
es
m
o 
pl
an
o 
co
m
o 
an
im
aç
ão
 d
e 
te
la
, t
ex
to
, 
gr
áfi
co
s, 
e 
so
m
, q
ue
 re
sp
on
de
m
 
em
 te
m
po
 re
al
. P
or
ta
nt
o,
 o
 
us
uá
rio
 se
 v
ê 
no
 a
m
bi
en
te
 v
irt
ua
l 
e 
in
te
ra
ge
 c
on
si
go
 m
es
m
o.
 N
es
te
 
ca
so
, a
 ta
re
fa
 e
ra
 fa
ze
r c
om
pr
as
.
10
 se
ss
õe
s d
e 
60
, m
in
ut
os
, 
du
ra
nt
e 
trê
s s
em
an
as
.
H
ou
ve
 p
ot
en
ci
al
 p
ar
a 
m
el
ho
ra
 d
as
 fu
nç
õe
s 
ex
ec
ut
iv
as
 e
 m
ul
tit
ar
ef
a 
qu
e 
en
vo
lv
em
 re
gr
as
, u
til
iz
aç
ão
 
de
 e
st
ra
té
gi
as
 e
 e
fic
iê
nc
ia
. 
Em
 d
oi
s p
ar
tic
ip
an
te
s, 
o 
de
se
m
pe
nh
o 
na
s a
tiv
id
ad
es
 d
a 
vi
da
 d
iá
ria
 m
el
ho
ro
u 
ap
ós
 a
s 
in
te
rv
en
çõ
es
.
Pyun et al. (2009).
Av
al
ia
r a
 e
fic
ác
ia
 d
e 
um
 
pr
og
ra
m
a 
de
 re
ab
ili
ta
çã
o,
 n
a 
ca
sa
 d
os
 in
di
ví
du
os
.
Se
is
 in
di
ví
du
os
 c
om
 p
rim
ei
ro
 
AV
C
, n
a 
fa
se
 c
rô
ni
ca
, s
em
 
af
as
ia
. I
da
de
 m
éd
ia
 d
e 
48
,7
 
an
os
. E
du
ca
çã
o 
m
ín
im
a 
de
 
no
ve
 a
no
s.
Fu
nç
õe
s e
xe
cu
tiv
as
, m
em
ór
ia
, 
at
en
çã
o,
 e
 a
tiv
id
ad
es
 d
a 
vi
da
 
di
ár
ia
.
 F
or
am
 u
til
iz
ad
os
 q
ua
tro
 
pr
og
ra
m
as
 d
e 
fo
rm
aç
ão
 
m
is
to
s:
 te
ra
pi
a 
de
 re
m
ed
ia
çã
o 
co
gn
iti
va
, r
ec
on
ta
r h
is
tó
ria
s, 
jo
go
s c
og
ni
tiv
os
, e
 e
xe
rc
íc
io
s 
ae
ró
bi
co
s.
Se
is
 in
di
ví
du
os
 c
om
 p
rim
ei
ro
 
AV
C
, n
a 
fa
se
 c
rô
ni
ca
, s
em
 
af
as
ia
. I
da
de
 m
éd
ia
 d
e 
48
,7
 
an
os
. E
du
ca
çã
o 
m
ín
im
a 
de
 
no
ve
 a
no
s.
O
s r
es
ul
ta
do
s d
em
on
st
ra
ra
m
 
qu
e 
es
te
 p
ro
gr
am
a 
in
di
vi
du
al
iz
ad
o 
m
el
ho
ro
u 
o 
de
se
m
pe
nh
o 
na
s a
tiv
id
ad
es
 
in
st
ru
m
en
ta
is
 d
a 
vi
da
 d
iá
ria
.
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
50 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
A
ut
or
O
bj
et
iv
os
A
m
os
tra
Fu
nç
ão
 / 
D
om
ín
io
 
M
ét
od
o
In
te
ns
id
ad
e
R
es
ul
ta
do
s
Särkämo et al., (2008).
In
ve
st
ig
ar
 o
 p
ot
en
ci
al
 d
a 
m
ús
ic
a 
na
 re
ab
ili
ta
çã
o 
do
 
AV
C
. 
55
 in
di
ví
du
os
 c
om
pl
et
ar
am
 
o 
es
tu
do
. A
V
C
 is
qu
êm
ic
o 
na
 fa
se
 in
ic
ia
l, 
di
st
rib
uí
do
s 
ig
ua
lm
en
te
 e
m
 tr
ês
 g
ru
po
s:
 
de
 m
ús
ic
a,
 d
e 
lin
gu
ag
em
, e
 
co
nt
ro
le
. I
da
de
 m
éd
ia
; G
ru
po
 
m
ús
ic
a:
 5
6,
1±
9,
6 
an
os
; 
G
ru
po
 li
ng
ua
ge
m
: 5
9,
3±
8,
3 
an
os
; G
ru
po
 c
on
tro
le
: 6
1,
5±
8 
an
os
; M
ai
or
ia
 d
os
 g
ru
po
s 
ap
re
se
nt
ou
 n
ív
el
 m
éd
io
 d
e 
es
co
la
rid
ad
e.
Fu
nç
õe
s e
xe
cu
tiv
as
, 
m
em
ór
ia
, a
te
nç
ão
 su
st
en
ta
da
, 
flu
ên
ci
a 
ve
rb
al
, c
og
ni
çã
o 
vi
su
oe
sp
ac
ia
l, 
co
gn
iç
ão
 
m
us
ic
al
, h
um
or
, e
 q
ua
lid
ad
e 
de
 v
id
a,
 e
 d
ep
re
ss
ão
.
O
s g
ru
po
s d
e 
m
ús
ic
a 
e 
lin
gu
ag
em
 o
uv
ira
m
 m
ús
ic
as
 
au
to
ss
el
ec
io
na
da
s d
e 
su
a 
pr
ef
er
ên
ci
a 
ou
 li
vr
os
 d
e 
áu
di
o,
 
re
sp
ec
tiv
am
en
te
, e
nq
ua
nt
o 
o 
gr
up
o 
co
nt
ro
le
 n
ão
 re
ce
be
u 
ne
nh
um
 m
at
er
ia
l d
e 
áu
di
o.
 A
nt
es
 
de
 in
ic
ia
r a
s i
nt
er
ve
nç
õe
s, 
du
as
 
cu
rta
s p
ar
te
s m
us
ic
ai
s e
 d
oi
s 
po
em
as
 d
e 
va
lê
nc
ia
 n
eg
at
iv
a 
e 
de
 v
al
ên
ci
a 
po
si
tiv
a 
fo
ra
m
 
ap
re
se
nt
ad
os
 a
os
 p
ar
tic
ip
an
te
s.
D
oi
s m
es
es
, u
m
a 
ho
ra
 
di
ár
ia
 d
e 
tre
in
am
en
to
. O
s 
pa
rti
ci
pa
nt
es
 fo
ra
m
 a
va
lia
do
s 
no
s t
rê
s e
 se
is
 m
es
es
 a
pó
s 
in
íc
io
 d
as
 in
te
rv
en
çõ
es
A
 m
em
ór
ia
 v
er
ba
l, 
m
em
ór
ia
 
de
 tr
ab
al
ho
, e
 a
te
nç
ão
, 
lin
gu
ag
em
 e
 fu
nç
õe
s 
ex
ec
ut
iv
as
 m
el
ho
ra
ra
m
 
si
gn
ifi
ca
tiv
am
en
te
 e
m
 a
m
bo
s 
os
 g
ru
po
s, 
de
nt
re
 g
ru
po
s. 
N
o 
gr
up
o 
de
 m
ús
ic
a,
 o
s e
fe
ito
s 
fo
ra
m
 si
gn
ifi
ca
tiv
os
 n
o 
hu
m
or
 
de
pr
im
id
o 
e 
co
nf
us
o 
no
s d
oi
s 
m
om
en
to
s d
a 
av
al
ia
çã
o.
Sinotte e Coelho (2007).
In
ve
st
ig
ar
 a
 e
fic
ác
ia
 d
o 
tra
ta
m
en
to
 c
og
ni
tiv
o 
na
s 
co
m
pe
tê
nc
ia
s l
in
gu
ís
tic
as
, 
ex
am
in
an
do
 a
 in
flu
ên
ci
a 
do
 
tre
in
am
en
to
 d
a 
at
en
çã
o 
di
re
ta
 
na
s d
ifi
cu
ld
ad
es
 d
e 
le
itu
ra
 
le
ve
 a
pó
s a
fa
si
a.
M
ul
he
r, 
60
 a
no
s, 
AV
C
 
he
m
or
rá
gi
co
 fr
on
ta
l. 
C
on
tro
le
: 
m
ul
he
r, 
66
 a
no
s, 
se
m
 
an
te
ce
de
nt
es
 n
eu
ro
ló
gi
co
s.
A
fa
si
a,
 c
om
pr
ee
ns
ão
 d
e 
le
itu
ra
, a
te
nç
ão
 e
m
 a
tiv
id
ad
es
 
di
ár
ia
s.
O
s p
ro
ce
di
m
en
to
s p
ar
a 
tra
ta
m
en
to
 fo
i c
om
 b
as
e 
no
 
Q
ue
st
io
ná
rio
 d
e A
te
nç
ão
 II
. O
 
in
st
ru
m
en
to
 é
 c
om
po
st
o 
po
r 
es
tím
ul
os
 si
m
pl
es
 e
 c
om
pl
ex
os
 
da
 a
te
nç
ão
. O
s e
st
ím
ul
os
 sã
o 
au
di
tiv
os
 e
 v
er
ba
is
 c
om
 u
m
 
ún
ic
o 
nú
m
er
o,
 le
tra
s i
so
la
da
s, 
pa
la
vr
as
, e
 se
qu
ên
ci
a 
de
 
nú
m
er
os
.
C
in
co
 se
m
an
as
, e
m
 1
6 
se
ss
õe
s.
R
ev
el
ou
 g
an
ho
s m
od
es
to
s n
a 
ta
xa
 d
e 
le
itu
ra
 e
 c
om
pr
ee
ns
ão
.
ViFFVitali et al. (2007).
Ex
am
in
ar
 o
s c
or
re
la
to
s 
ne
ur
ob
io
ló
gi
co
s d
o 
de
se
m
pe
nh
o 
na
 n
om
ea
çã
o 
de
 
im
ag
em
.
U
m
 in
di
ví
du
o 
af
ás
ic
o,
 c
om
 
te
m
po
 d
e 
le
sã
o 
de
 4
8 
m
es
es
 e
 
co
m
 5
2 
an
os
.
M
ap
ea
m
en
to
 c
er
eb
ra
l p
or
 
re
ss
on
ân
ci
a 
m
ag
né
tic
a 
du
ra
nt
e 
no
m
ea
çã
o.
Fo
ra
m
 se
le
ci
on
ad
as
 im
ag
en
s 
pa
dr
on
iz
ad
as
 d
e 
ob
je
to
s 
co
nc
re
to
s, 
qu
e 
o 
in
di
ví
du
o 
te
ve
 
qu
e 
no
m
ea
r. 
M
et
ad
e 
da
s i
m
ag
en
s 
fo
ra
m
 u
sa
da
s c
om
o 
tre
in
am
en
to
 
e 
ou
tra
 m
et
ad
e 
co
m
o 
co
nt
ro
le
. 
Tr
ei
na
m
en
to
 fo
no
ló
gi
co
 in
ic
io
u 
ap
ós
 u
m
 p
ré
-tr
ei
na
m
en
to
 c
om
 
pi
st
as
 q
ue
 e
ra
m
 sí
la
ba
s i
ni
ci
ai
s 
de
 p
al
av
ra
s e
 in
se
rç
ão
 d
e 
se
gu
in
te
s s
íla
ba
s a
té
 c
om
pl
et
ar
 
50
%
 d
as
 p
al
av
ra
s, 
co
rr
et
am
en
te
.
D
ia
ria
m
en
te
, e
m
 se
ss
õe
s
 d
e 
um
a 
ho
ra
 p
or
 q
ua
tro
 
se
m
an
as
.
N
om
ea
çã
o 
de
 fi
gu
ra
s e
st
ev
e 
as
so
ci
ad
a 
co
m
 a
tiv
aç
õe
s n
o 
gi
ro
 p
ré
-c
en
tra
l d
ire
ito
, n
o 
gi
ro
 fr
on
ta
l i
nf
er
io
r d
ire
ito
, 
no
 g
iro
 fr
on
ta
l m
éd
io
, e
 n
a 
ín
su
la
 d
ire
ita
 e
 n
o 
pr
ec
un
eus 
es
qu
er
do
. E
st
ra
té
gi
as
 
fo
no
ló
gi
ca
s p
od
em
 m
el
ho
ra
r 
a 
no
m
ea
çã
o,
 a
nt
er
io
rm
en
te
 
pr
ej
ud
ic
ad
a 
e 
in
du
zi
r a
 
re
or
ga
ni
za
çã
o 
ce
re
br
al
.
Westerberg et al. (2007).
Ex
am
in
ar
 o
s e
fe
ito
s d
e 
um
 
tre
in
o 
co
m
pu
ta
do
riz
ad
o 
da
 
m
em
ór
ia
 d
e 
tra
ba
lh
o 
em
 
in
di
ví
du
os
 c
om
 A
V
C
.
18
 p
ar
tic
ip
an
te
s e
nt
re
 u
m
 e
 
trê
s a
no
s a
pó
s o
 A
V
C
.M
ai
or
ia
 
ap
re
se
nt
ou
 p
rim
ei
ro
 e
pi
só
di
o 
no
 p
er
ío
do
 c
rô
ni
co
 d
a 
le
sã
o.
Id
ad
e 
m
éd
ia
 d
e 
54
±7
,7
 a
no
s.
M
éd
ia
 d
e 
es
co
la
rid
ad
e:
 1
2±
 3
 
an
os
 d
e 
es
tu
do
.
M
em
ór
ia
 v
er
ba
l e
 
vi
su
oe
sp
ac
ia
l, 
co
nt
ro
le
 
in
ib
itó
rio
, r
es
ol
uç
ão
 d
e 
pr
ob
le
m
as
, a
pr
en
di
za
ge
m
, 
ra
ci
oc
ín
io
 n
ão
 v
er
ba
l, 
e 
fu
nc
io
na
m
en
to
 c
og
ni
tiv
o 
na
 
vi
da
 d
iá
ria
.
Tr
ei
na
m
en
to
 c
om
pu
ta
do
riz
ad
o 
em
 v
ár
ia
s t
ar
ef
as
 d
e 
m
em
ór
ia
 d
e 
tra
ba
lh
o,
 ta
is
 c
om
o:
 re
pr
od
uç
ão
 
de
 u
m
a 
se
qu
ên
ci
a 
de
 lu
ze
s, 
in
di
ca
çã
o 
de
 n
úm
er
os
 e
m
 o
rd
em
 
in
ve
rs
a,
 id
en
tifi
ca
çã
o 
de
 p
os
iç
ão
 
de
 le
tra
s e
m
 u
m
a 
se
qu
ên
ci
a 
de
 
pa
la
vr
as
 e
 d
e 
ps
eu
do
pa
la
vr
as
, e
 
de
 p
se
ud
op
al
av
ra
s.
C
in
co
 d
ia
s p
or
 se
m
an
a 
ao
 
lo
ng
o 
de
 c
in
co
 se
m
an
as
, c
om
 
du
ra
çã
o 
de
 a
pr
ox
im
ad
am
en
te
 
40
 m
in
ut
os
.
A
pó
s u
m
 a
no
 d
o 
AV
C
, o
 
tre
in
am
en
to
 si
st
em
át
ic
o 
da
 m
em
ór
ia
 d
e 
tra
ba
lh
o 
m
el
ho
ro
u 
si
gn
ifi
ca
tiv
am
en
te
 a
 
m
em
ór
ia
 e
 a
 a
te
nç
ão
.
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 51
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
A
ut
or
O
bj
et
iv
os
A
m
os
tra
Fu
nç
ão
 / 
D
om
ín
io
 
M
ét
od
o
In
te
ns
id
ad
e
R
es
ul
ta
do
s
Vallat et al. (2005).
Av
al
ia
r u
m
 p
ro
gr
am
a 
de
 
re
ab
ili
ta
çã
o 
da
 m
em
ór
ia
 d
e 
tra
ba
lh
o 
ve
rb
al
.
C
as
o 
ún
ic
o,
 h
om
em
, 5
3 
an
os
, 
m
as
cu
lin
o,
 p
ós
-g
ra
du
ad
o.
 
AV
C
 lo
bo
 te
m
po
ra
l e
sq
ue
rd
o.
M
em
ór
ia
 d
e 
tra
ba
lh
o,
 
m
em
ór
ia
 d
e 
lo
ng
o 
pr
az
o,
 
at
en
çã
o,
 e
 a
tiv
id
ad
es
 d
a 
vi
da
 
di
ár
ia
.
O
ito
 ta
re
fa
s d
ife
re
nt
es
 fo
ra
m
 
us
ad
as
, e
nv
ol
ve
nd
o 
tre
in
am
en
to
, 
ar
m
az
en
am
en
to
 e
 p
ro
ce
ss
am
en
to
 
de
 c
om
po
ne
nt
es
 d
e 
m
em
ór
ia
 
de
 tr
ab
al
ho
 v
er
ba
l, 
ta
is
 c
om
o:
 
re
co
ns
tru
çã
o 
de
 p
al
av
ra
s, 
so
le
tra
çã
o,
e 
cl
as
si
fic
aç
ão
 d
e 
pa
la
vr
as
.
Tr
ês
 se
ss
õe
s d
e 
um
a 
ho
ra
 d
e 
du
ra
çã
o,
 
 
 
du
ra
nt
e 
se
is
 
se
m
an
as
.
M
el
ho
ra
 e
st
at
is
tic
am
en
te
 
si
gn
ifi
ca
tiv
a 
fo
i e
nc
on
tra
da
 
pa
ra
 a
s m
ed
id
as
 a
lv
o 
e 
pa
ra
 a
s 
ha
bi
lid
ad
es
 d
a 
vi
da
 d
iá
ria
.
Hatfield et al. (2005).
D
es
cr
ev
er
 o
u 
ca
ra
ct
er
iz
ar
 
al
gu
ns
 a
sp
ec
to
s b
ás
ic
os
 d
a 
pr
át
ic
a 
SL
P 
(s
pe
ec
h-
la
ng
ua
ge
 
pa
th
ol
og
y)
 e
 o
s e
fe
ito
s d
as
 
at
iv
id
ad
es
 e
sp
ec
ífi
ca
s S
LP
 e
m
 
um
 su
bg
ru
po
 d
e 
in
di
ví
du
os
 
se
m
 d
ia
gn
ós
tic
o 
de
 a
fa
si
a.
39
7 
in
di
ví
du
os
 c
om
 A
V
C
, 
co
m
 m
ed
id
a 
de
 in
de
pe
nd
ên
ci
a 
fu
nc
io
na
l n
os
 n
ív
ei
s d
e 
um
 
a 
ci
nc
o,
 in
te
rn
ad
os
 e
m
 c
in
co
 
ho
sp
ita
is
 d
e 
re
ab
ili
ta
çã
o.
R
es
ol
uç
ão
 d
e 
pr
ob
le
m
as
, 
m
em
ór
ia
, f
al
a,
 e
xp
re
ss
ão
 
ve
rb
al
, c
om
pr
ee
ns
ão
 a
ud
iti
va
 
e 
es
cr
ita
, o
rie
nt
aç
ão
, e
 
at
en
çã
o.
A
s a
tiv
id
ad
es
 fo
ra
m
 d
iv
id
id
as
 em
 
ca
te
go
ria
s c
og
ni
tiv
a 
e 
lin
gu
ís
tic
a.
 
A
tiv
id
ad
es
 c
om
pl
ex
as
 d
e 
ní
ve
l 
co
gn
iti
vo
 e
 li
ng
uí
st
ic
o 
m
éd
io
 
fo
ra
m
 a
s d
e 
m
ai
or
 d
em
an
da
 
do
 p
ac
ie
nt
e 
ou
 m
ai
s a
bs
tra
to
s:
 
ve
rb
al
 e
 e
sc
rit
a 
au
di
tiv
a,
 
ex
pr
es
sã
o 
e 
co
m
pr
ee
ns
ão
 d
a 
le
itu
ra
, m
em
ór
ia
 e
 p
ra
gm
át
ic
a.
 
D
e 
al
to
 n
ív
el
 fo
ra
m
: h
ab
ili
da
de
s 
de
 fu
nc
io
na
m
en
to
 e
xe
cu
tiv
o,
 
re
so
lu
çã
o 
de
 p
ro
bl
em
as
 e
 
ra
ci
oc
ín
io
.
M
éd
ia
 d
e 
16
,4
 se
ss
õe
s d
e 
SL
P,
 d
ur
an
te
 u
m
a 
m
éd
ia
 
de
 1
1,
4 
di
as
, c
on
su
m
in
do
 
ap
ro
xi
m
ad
am
en
te
 6
02
 
m
in
ut
os
.
O
s r
es
ul
ta
do
s s
ug
er
ira
m
 q
ue
 
o 
us
o 
de
 a
lto
 n
ív
el
 c
og
ni
tiv
o 
e 
de
 a
tiv
id
ad
es
 li
ng
üí
st
ic
as
 d
o 
SL
P 
 c
om
pl
ex
o,
 n
o 
in
íc
io
 d
a 
in
te
rn
aç
ão
 d
o 
pa
ci
en
te
 p
od
e 
re
su
lta
r e
m
 u
m
a 
pr
át
ic
a 
m
ai
s 
efi
ca
z 
e 
m
el
ho
re
s r
es
ul
ta
do
s, 
in
de
pe
nd
en
te
m
en
te
 d
o 
ní
ve
l 
fu
nc
io
na
l d
o 
pa
ci
en
te
 d
a 
gr
av
id
ad
e 
da
 c
om
un
ic
aç
ão
 n
a 
ad
m
is
sã
o.
O’Connor, Cassidy, e 
Delargy (2005).
Ex
am
in
ar
 o
 im
pa
ct
o 
de
 u
m
 
pr
og
ra
m
a 
de
 re
ab
ili
ta
çã
o 
m
ul
tid
is
ci
pl
in
ar
 n
as
 
ca
pa
ci
da
de
s f
ís
ic
as
 e
 
co
gn
iti
va
s, 
e 
qu
al
id
ad
e 
de
 
vi
da
 a
pó
s o
 A
V
C
.
50
 in
di
ví
du
os
 a
pó
s p
rim
ei
ro
 
ev
en
to
 d
e A
V
C
. I
da
de
 m
éd
ia
 
de
 5
5 
an
os
.
In
de
pe
nd
ên
ci
a 
em
 a
tiv
id
ad
es
 
di
ár
ia
s, 
o 
ex
am
e 
do
 e
st
ad
o 
m
en
ta
l, 
e 
qu
al
id
ad
e 
de
 v
id
a.
C
ad
a 
in
di
ví
du
o 
te
ve
 in
te
rv
en
çõ
es
 
te
ra
pê
ut
ic
as
 d
e 
ac
or
do
 c
om
 su
as
 
ne
ce
ss
id
ad
es
: f
ís
ic
as
, c
og
ni
tiv
as
, 
lin
gu
ís
tic
as
, e
 d
efi
ci
ên
ci
as
 
se
ns
or
ia
is
, c
om
 e
qu
ip
e 
m
ul
tid
is
ci
pl
in
ar
. P
ar
tic
ip
an
te
s 
re
co
nt
ar
am
 h
is
tó
ria
s e
m
 a
m
ba
s 
as
 m
od
al
id
ad
e 
de
 re
ab
ili
ta
çã
o 
e 
o 
ní
ve
l d
e 
sa
tis
fa
çã
o 
fo
i a
va
lia
do
.
15
 m
es
es
, c
om
 d
ua
s a
 tr
ês
 
ho
ra
s d
e 
te
ra
pi
a 
di
ár
ia
 
in
di
vi
du
al
iz
ad
a.
Es
te
 e
st
ud
o 
do
cu
m
en
to
u 
as
 
m
el
ho
ria
s n
as
 h
ab
ili
da
de
s 
fís
ic
as
 e
 c
og
ni
tiv
as
, e
 
qu
al
id
ad
e 
de
 v
id
a 
na
 a
m
os
tra
 
de
 in
di
ví
du
os
 e
m
 re
ab
ili
ta
çã
o.
Georgiadis, 
Brennan, Barker, 
e Baron (2004).
M
ed
ir 
o 
de
se
m
pe
nh
o 
de
 
ad
ul
to
s e
m
 p
ro
gr
am
as
 d
e 
re
ab
ili
ta
çã
o 
at
ra
vé
s d
e 
vi
de
oc
on
fe
rê
nc
ia
 e
 m
ét
od
o 
fa
ce
-a
-f
ac
e.
14
 in
di
ví
du
os
 c
om
 A
V
C
 
no
 h
em
is
fé
rio
 d
ire
ito
 e
 1
4 
in
di
ví
du
os
 c
om
 A
V
C
 n
o 
he
m
is
fé
rio
 e
sq
ue
rd
o 
de
 in
íc
io
 
re
ce
nt
e.
-
-
-
H
ou
ve
 a
lto
 n
ív
el
 d
e 
sa
tis
fa
çã
o 
co
m
 o
 m
ét
od
o 
de
 
vi
de
oc
on
fe
rê
nc
ia
.
Keren et al. (2004).
Av
al
ia
r a
 e
fic
ác
ia
 d
a 
re
ab
ili
ta
çã
o 
na
 in
te
rn
aç
ão
 
pa
ra
 o
 p
ós
-A
V
C
, e
 e
xa
m
in
ar
 a
 
re
la
çã
o 
en
tre
 a
 in
te
ns
id
ad
e 
da
s 
te
ra
pi
as
 e
 d
o 
es
ta
do
 fu
nc
io
na
l 
na
 a
lta
.
50
 in
di
ví
du
os
 c
om
 p
rim
ei
ro
 
ep
is
ód
io
 d
e A
V
C
 e
 m
éd
ia
 d
e 
14
 d
ia
s a
pó
s o
 e
ve
nt
o.
 Id
ad
e 
en
tre
 3
9-
83
 a
no
s.
R
es
ol
uç
ão
 d
e 
pr
ob
le
m
as
, 
m
em
ór
ia
, e
xp
re
ss
ão
 e
sc
rit
a 
e 
or
al
, c
om
pr
ee
ns
ão
 a
ud
iti
va
 
e 
ve
rb
al
, p
ro
du
çã
o 
do
 
di
sc
ur
so
, g
es
tã
o 
fin
an
ce
ira
, 
co
m
un
ic
aç
ão
, a
te
nç
ão
, 
or
ient
aç
ão
, e
 c
om
un
ic
aç
ão
 
ge
st
ua
l.
O
s i
nd
iv
íd
uo
s f
or
am
 
m
on
ito
ra
do
s s
em
an
al
m
en
te
 
qu
an
to
 a
 in
te
ns
id
ad
e 
da
s t
er
ap
ia
s 
fís
ic
a,
 o
cu
pa
ci
on
al
, e
 d
a 
fa
la
.
D
ia
ria
m
en
te
, p
or
 1
1 
di
as
, 
co
m
 u
ni
da
de
s d
e 
es
tím
ul
os
 
va
ria
do
s p
or
 d
ia
.
M
ai
or
 n
ív
el
 m
ot
or
 n
o 
m
om
en
to
 d
a 
al
ta
 fo
i a
ss
oc
ia
do
 
co
m
 id
ad
e 
m
ai
s j
ov
em
, c
om
 o
 
ní
ve
l c
og
ni
tiv
o,
 e
 re
ce
bi
m
en
to
 
de
 te
ra
pi
a 
da
 fa
la
. M
ai
or
 n
ív
el
 
co
gn
iti
vo
 fo
i a
ss
oc
ia
do
 c
om
 
m
en
or
 in
te
rv
al
o 
na
 a
dm
is
sã
o 
e 
in
te
ns
a 
te
ra
pi
a 
oc
up
ac
io
na
l.
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
52 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
A
ut
or
O
bj
et
iv
os
A
m
os
tra
Fu
nç
ão
 / 
D
om
ín
io
 
M
ét
od
o
In
te
ns
id
ad
e
R
es
ul
ta
do
s
Bode, Heineman, Semik, e 
Mallinson (2004).
Av
al
ia
r a
 im
po
rtâ
nc
ia
 re
la
tiv
a 
do
 fo
co
 n
a 
te
ra
pi
a,
 in
te
ns
id
ad
e 
e 
te
m
po
 d
e 
pe
rm
an
ên
ci
a 
co
nt
ro
la
nd
o 
a 
gr
av
id
ad
e 
do
 
AV
C
 .
19
8 
in
di
ví
du
os
 a
pó
s p
rim
ei
ro
 
ev
en
to
 is
qu
êm
ic
os
 se
nd
o 
13
7 
no
 p
er
ío
do
 a
gu
do
 d
a 
le
sã
o.
 
Id
ad
e 
m
éd
ia
 d
e 
68
,6
±1
2,
3 
an
os
.
R
es
ol
uç
ão
 d
e 
pr
ob
le
m
as
, 
m
em
ór
ia
, o
rie
nt
aç
ão
, a
te
nç
ão
, 
e 
co
nc
en
tra
çã
o.
 
Fo
ra
m
 re
al
iz
ad
as
 ta
re
fa
s 
co
gn
iti
va
s t
ai
s c
om
o:
 o
rie
nt
aç
ão
, 
co
m
pr
ee
ns
ão
 a
ud
iti
va
 e
 
de
 le
itu
ra
, e
xp
re
ss
ão
 o
ra
l, 
at
en
çã
o,
 m
em
ór
ia
, r
es
ol
uç
ão
 d
e 
pr
ob
le
m
as
, c
om
un
ic
aç
ão
 g
es
tu
al
 
e 
pr
ag
m
át
ic
a,
 m
an
ip
ul
aç
ão
 
de
 d
in
he
iro
, e
 c
om
un
ic
aç
ão
 
fu
nc
io
na
l.
-
A
 g
ra
vi
da
de
 d
o 
co
m
pr
om
et
im
en
to
 d
a 
co
gn
iç
ão
 n
o 
m
om
en
to
 d
a 
ad
m
is
sã
o 
fo
ra
m
 p
re
di
to
re
s 
si
gn
ifi
ca
tiv
os
 p
ar
a 
os
 e
sc
or
es
 
de
 m
ud
an
ça
 re
si
du
al
.
Schindler, Kerkhoff, Karnath, Keller, e Goldenberg 
(2002).
Av
al
ia
r s
e 
a 
vi
br
aç
ão
 
m
us
cu
la
r d
o 
pe
sc
oç
o 
é 
um
a 
té
cn
ic
a 
ef
et
iv
a 
na
 re
ab
ili
ta
çã
o 
da
 n
eg
lig
ên
ci
a 
co
m
 e
fe
ito
s 
be
né
fic
os
 d
ur
ad
ou
ro
s.
17
 in
di
ví
du
os
 c
om
 le
sã
o 
ce
re
br
al
 n
o 
he
m
is
fé
rio
 d
ire
ito
 
co
m
 te
m
po
 d
e 
le
sã
o 
en
tre
 d
oi
s 
e 
13
 m
es
es
.
Id
ad
e 
en
tre
 3
0 
e 
78
 a
no
s. 
Es
co
la
rid
ad
e 
en
tre
 o
ito
 e
 1
6 
an
os
.
Ex
pl
or
aç
ão
 e
 d
is
cr
im
in
aç
ão
 
vi
su
al
 e
 d
ifi
cu
ld
ad
es
 e
m
 
ta
re
fa
s d
a 
vi
da
 d
iá
ria
 
re
la
ci
on
ad
as
 a
 e
xp
lo
ra
çã
o 
vi
su
al
.
Fo
ra
m
 re
al
iz
ad
os
 m
ov
im
en
to
s 
oc
ul
ar
es
 p
ar
a 
la
do
 ip
si
le
si
on
al
 
e 
co
nt
ra
le
si
on
al
 e
m
 e
ix
os
 
ho
riz
on
ta
is
 e
 d
ia
go
na
is
. N
a 
pr
im
ei
ra
 ta
re
fa
 u
m
 q
ua
dr
ad
o 
pe
qu
en
o,
 v
er
m
el
ho
 o
u 
ve
rd
e 
fo
i 
ap
re
se
nt
ad
o 
al
ea
to
ria
m
en
te
 e
m
 
um
a 
te
la
 d
e 
co
m
pu
ta
do
r. 
A
pó
s, 
pa
la
vr
as
 si
m
pl
es
 e
nt
re
 tr
ês
 e
 
on
ze
 le
tra
s f
or
am
 a
pr
es
en
ta
da
s 
ho
riz
on
ta
lm
en
te
 te
nd
o 
qu
e 
se
r 
lid
a 
em
 v
oz
 a
lta
. A
pó
s 7
5%
 
de
 re
sp
os
ta
s c
or
re
ta
s, 
o 
ní
ve
l 
de
 d
ifi
cu
ld
ad
e 
au
m
en
to
u.
 N
o 
tra
ta
m
en
to
 c
om
bi
na
do
 re
al
iz
ou
-
se
 e
st
im
ul
aç
ão
 v
ib
ra
tó
ria
 d
o 
pe
sc
oç
o 
en
qu
an
to
 a
s t
ar
ef
as
 e
ra
m
 
re
al
iz
ad
as
.
C
in
co
 se
ss
õe
s d
e 
40
 m
in
ut
os
 
se
m
an
ai
s d
e 
pr
oc
ed
im
en
to
s 
em
 u
m
a 
se
qu
ên
ci
a 
fix
a 
de
 c
ur
ta
 d
ur
aç
ão
 p
or
 tr
ês
 
se
m
an
as
.
H
ou
ve
 e
fe
ito
s s
up
er
io
re
s 
no
 tr
at
am
en
to
 c
om
bi
na
do
. 
Fo
ra
m
 a
lc
an
ça
do
s e
fe
ito
s 
es
pe
cí
fic
os
 e
 d
ur
ad
ou
ro
s n
a 
re
du
çã
o 
da
 n
eg
lig
ên
ci
a 
vi
su
al
 
co
m
o 
no
 c
an
ce
la
m
en
to
, n
o 
nú
m
er
o 
de
 o
m
is
sõ
es
. T
ai
s 
m
el
ho
ra
s f
or
am
 tr
an
sf
er
id
as
 
às
 a
tiv
id
ad
es
 d
a 
vi
da
 d
iá
ria
 
ve
rifi
ca
da
 a
tra
vé
s d
e 
um
 
te
st
e 
de
 le
itu
ra
, d
os
 c
ui
da
do
s 
pe
ss
oa
s e
 o
rie
nt
aç
ão
 
vi
su
oe
sp
ac
ia
l, 
e 
à 
pe
rc
ep
çã
o 
tá
til
, T
ai
s e
fe
ito
s p
os
iti
vo
s 
fo
ra
m
 e
vi
de
nt
es
 fi
na
l d
o 
tra
ta
m
en
to
 e
 a
pó
s d
oi
s m
es
es
 
de
 se
u 
té
rm
in
o.
 
Lukauskiene, Viliunas, Jasinskiene, e 
Gurevicius (2001).
Ex
am
in
ar
 e
fe
ito
s n
a 
pe
rc
ep
çã
o 
de
 c
or
es
 e
 f
un
çõ
es
 
co
gn
iti
va
s v
is
ua
is
 a
pó
s 
re
ab
ili
ta
çã
o.
12
7 
in
di
ví
du
os
 q
ue
 so
fr
er
am
 
AV
C
 e
 3
9 
co
nt
ro
le
s s
au
dá
ve
is
. 
Id
ad
e 
en
tre
 4
0 
e 
65
 a
no
s.
-
Fo
i u
til
iz
ad
o 
um
 p
ro
gr
am
a 
de
 
co
m
pu
ta
do
r q
ue
 fo
i c
ria
do
 p
ar
a 
te
st
ar
 e
 re
ab
ili
ta
r p
ac
ie
nt
es
 c
om
 
vá
rio
s t
ip
os
 d
e 
da
no
s c
er
eb
ra
is
.
-
O
 p
ro
gr
am
a 
re
al
iz
ad
o 
at
ra
vé
s 
de
 in
te
rv
en
çõ
es
 u
til
iz
an
do
 
o 
co
m
pu
ta
do
r c
ol
ab
or
ou
 
no
 g
an
ho
 d
e 
ha
bi
lid
ad
es
 n
a 
re
st
au
ra
çã
o 
de
 d
is
tú
rb
io
s d
e 
pe
rc
ep
çã
o 
vi
su
al
. 
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 53
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
A
ut
or
O
bj
et
iv
os
A
m
os
tra
Fu
nç
ão
 / 
D
om
ín
io
 
M
ét
od
o
In
te
ns
id
ad
e
R
es
ul
ta
do
s
Gourlay, Lun, e Liya (2000).
M
on
ito
ra
r a
 c
ap
ac
id
ad
e 
de
 
in
di
ví
du
os
 d
e 
na
ve
ga
r e
 
in
te
ra
gi
r c
om
 o
 a
m
bi
en
te
 
vi
rtu
al
.
N
ov
e 
in
di
ví
du
os
 a
pr
es
en
ta
nd
o 
gr
au
 le
ve
 a
 m
od
er
ad
o 
de
 
co
m
pr
om
et
im
en
to
 c
og
ni
tiv
o 
ap
ós
 le
sã
o 
ne
ur
ol
óg
ic
a,
 
in
cl
ui
nd
o 
o 
AV
C
.
-
Si
st
em
a 
co
m
po
st
o 
po
r u
m
 
co
m
pu
ta
do
r q
ue
 e
xi
bi
u 
a 
co
zi
nh
a 
vi
rtu
al
. O
s i
nd
iv
íd
uo
s d
ev
ia
m
 
se
le
ci
on
ar
 o
bj
et
os
 d
et
er
m
in
ad
os
 
pe
lo
 te
ra
pe
ut
a 
us
an
do
 o
 m
ou
se
 
ou
 a
 lu
va
 p
ar
a 
m
an
ip
ul
ar
 o
 
am
bi
en
te
 v
irt
ua
l d
ire
ta
m
en
te
.
-
A
 u
til
iz
aç
ão
 d
o 
m
ou
se
 
ap
re
se
nt
ou
 p
ou
ca
s 
di
fic
ul
da
de
s, 
fa
to
 q
ue
 n
ão
 
ve
rifi
ca
do
 c
om
 a
 u
til
iz
aç
ão
 d
a 
lu
va
. T
ai
s f
at
os
 p
ar
ec
em
 se
r 
de
vi
do
 fa
lh
as
 n
a 
pe
rc
ep
çã
o 
de
 
pr
of
un
di
da
de
. A
pó
s a
 p
rá
tic
a 
a 
m
ai
or
ia
 d
os
 in
di
ví
du
os
, 
pr
in
ci
pa
lm
en
te
 o
s m
ai
s j
ov
en
s 
fo
ra
m
 c
ap
az
es
 d
e 
ut
ili
za
r 
am
bo
s o
s r
ec
ur
so
s d
e 
fo
rm
a 
sa
tis
fa
tó
ria
. 
Grawemeyer, Cox, e Lum (2000).
Pr
op
or
ci
on
ar
 a
os
 in
di
ví
du
os
 
co
m
 d
efi
ci
ên
ci
a 
na
 fa
la
, 
de
co
rr
en
te
 d
e A
V
C
, a
 
re
ab
ili
ta
çã
o 
co
gn
iti
va
 b
as
ea
da
 
nu
m
 si
st
em
a 
m
ul
tim
íd
ia
, 
ch
am
ad
o 
A
U
D
IX
.
U
m
 e
st
ud
o 
de
 c
as
o 
de
 
in
di
ví
du
o 
af
ás
ic
o,
 c
om
 
di
fic
ul
da
de
 m
od
er
ad
a 
na
 
co
m
pr
ee
ns
ão
 d
a 
fa
la
.
-
O
 A
U
D
IX
 fo
rn
ec
eu
 e
xe
rc
íc
io
s 
de
 d
is
cr
im
in
aç
ão
 a
ud
iti
va
 
e 
ap
re
se
nt
a 
um
a 
m
is
tu
ra
 d
e 
es
tím
ul
os
 v
is
ua
is
 (p
al
av
ra
s, 
im
ag
en
s)
, j
un
ta
m
en
te
 c
om
 á
ud
io
 
di
gi
ta
l (
vo
z)
.
V
ária
s v
ez
es
 a
o 
lo
ng
o 
de
 d
ua
s 
se
m
an
as
.
O
co
rr
eu
 d
is
cr
im
in
aç
ão
 
au
di
tiv
a 
en
tre
 p
al
av
ra
s.
Van Heugten, Dekker, Deelman, 
Stehmann-Saris, e Kinebanian 
(2000).
Ve
rifi
ca
r s
e 
a 
te
ra
pi
a 
oc
up
ac
io
na
l a
ux
ili
a 
na
 su
a 
re
ab
ili
ta
çã
o 
de
 in
di
ví
du
os
 
co
m
 p
ra
xi
a 
ap
ós
 A
V
C
.
36
 in
di
ví
du
os
 c
om
 A
V
C
 n
o 
he
m
is
fé
rio
 e
sq
ue
rd
o 
se
m
 
ap
ra
xi
a 
e 
33
 c
om
 a
pr
ax
ia
.
C
om
pr
ee
ns
ão
 d
a 
lin
gu
ag
em
, 
m
em
ór
ia
 d
e 
cu
rto
 p
ra
zo
, 
ca
pa
ci
da
de
 d
e 
im
ita
r g
es
to
s, 
ra
st
ei
o 
co
gn
iti
vo
, a
te
nç
ão
, 
av
al
ia
çã
o 
de
 fu
nç
õe
s f
ís
ic
as
, e
 
at
iv
id
ad
es
 d
a 
vi
da
 d
iá
ria
.
Te
ra
pe
ut
a 
O
cu
pa
ci
on
al
 e
ns
in
ou
 
es
tra
té
gi
as
 a
os
 in
di
ví
du
os
, q
ue
 
am
bo
s j
ul
ga
ra
m
 re
le
va
nt
e 
de
le
 
(r
e)
 a
pr
en
de
r.
12
 se
m
an
as
 d
e 
te
ra
pi
a,
 
va
ria
nd
o 
de
 tr
ês
 a
 c
in
co
 
se
ss
õe
s s
em
an
ai
s. 
A
 c
ad
a 
du
as
 
se
m
an
as
 a
s e
st
ra
té
gi
as
 fo
ra
m
 
m
od
ifi
ca
da
s.
O
s r
es
ul
ta
do
s d
em
on
st
ra
ra
m
 
qu
e 
a 
pr
es
en
ça
 d
e 
ap
ra
xi
a 
es
tá
 a
ss
oc
ia
da
 a
 d
efi
ci
ên
ci
as
 
co
gn
iti
va
s e
 m
ot
or
as
 
ad
ic
io
na
is
. O
 re
su
lta
do
 d
a 
re
ab
ili
ta
çã
o 
pa
re
ce
u 
m
ai
s 
pr
oe
m
in
en
te
 e
m
 in
di
ví
du
os
 
qu
e 
no
 in
íc
io
 e
st
av
am
 m
ai
s 
pr
ej
ud
ic
ad
os
 n
a 
de
fic
iê
nc
ia
 
m
ot
or
a,
 g
ra
vi
da
de
 d
a 
ap
ra
xi
a 
e 
de
se
m
pe
nh
o 
da
s a
tiv
id
ad
es
 
da
 v
id
a 
di
ár
ia
.
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
54 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
Observou-se que as funções cognitivas traba-
lhadas com maior frequência em programas de 
reabilitação foram memória, funções executivas, 
compreensão e linguagem escrita. Tais domínios 
cognitivos foram relacionados ao progresso no 
desempenho em atividades da vida diária, como 
é possível verificar na maioria dos estudos que se 
propuseram a avaliar tais variáveis como Pyun et 
al. (2009), Sinotte e Coelho (2007), Vallat et al. 
(2005), Schindler, Kerkhoff, Karnath, Keller, e 
Goldenber (2002), e van Heugten, Dekker, Deel-
man, Stehmann-Saris, e Kinebanian (2000).
Em relação ao método utilizado, observou-se o 
uso da realidade virtual em alguns estudos através 
da exploração de ambientes virtuais. Tais ambientes 
se mostraram satisfatórios quanto ao desempenho 
em atividades da vida diária (AVD), entretanto, 
intervenções baseadas na terapia ocupacional mul-
tidisciplinar também se mostrou eficaz para as 
AVDs. Esta última utilizou-se do computador sem 
interação direta e do treinamento, armazenamento e 
processamento de funções como memória de traba-
lho. Foi possível observar ainda, algumas técnicas 
tais como: treino cognitivo e estratégias compen-
satórias, sendo que alguns estudos não definiram 
suas intervenções.
Alguns estudos falharam quanto à descrição 
mais detalhada das técnicas utilizadas durante a 
reabilitação, entretanto, percebeu-se o uso de perí-
odos curtos e de alta frequência na maioria deles. 
O tempo variou de 10 dias a 15 semanas, com nú-
mero de sessões que variaram de um a sete vezes 
por semana, com duração mínima de 40 minutos 
e máxima de duas horas, sendo que a maior parte 
dos estudos relatou resultados satisfatórios, com 
uma exceção que não mostrou benefícios em longo 
prazo. Um estudo apenas (Gourlay, Lun, & Liya, 
2000) não descreveu o tempo e número de sessões 
da reabilitação.
Características de validade ecológica foram 
verificadas em intervenções adaptadas à casa do 
paciente submetido à reabilitação, em interação 
direta com os familiares, assim como, em interven-
ções onde o próprio paciente optava pelo material 
a ser utilizado com base em sua preferência, fami-
liaridade e necessidade e, de atividades voltadas 
para o âmbito social como nos estudos de Pyun et 
al. (2009), Rand et al. (2010), Rand, Weiss, e Katz 
(2009), O’Connor, Cassidy, e Delargy (2005), 
Gourlay et al. (2000) e van Heugten et al. (2000). A 
satisfação do paciente quanto ao método utilizado 
na reabilitação foi considerada apenas no estudo 
de Georgiadis, Brennan, Barker, e Baron (2004).
Em relação às emoções, foi observado um nú-
mero reduzido de artigos que verificaram tais as-
pectos durante o trabalho de reabilitação, sendo 
apenas o estudo de Särkämo et al. (2008). Este 
estudo apresentou melhoras no humor deprimido 
dos pacientes concomitante à melhora na memória 
verbal e atenção concentrada. Importante relatar 
que a maioria dos estudos reabilitou pacientes em 
período crônico após o AVC, sendo que pouco de-
les a amostra foi constituída por pacientes na fase 
inicial da lesão vascular.
Discussão
Através da busca nas bases de dados, observou-se 
que não há, na literatura brasileira, trabalhos sobre 
a reabilitação cognitiva e AVC. Tal fato pode ser 
devido a limitações quanto ao conhecimento dos 
prejuízos causados pelo AVC a nível social, cog-
nitivo e emocional (Hommel et al., 2009), somado 
ao crescente interesse na reabilitação de indivíduos 
com doenças degenerativas (Manzine & Pavarini, 
2009). Ainda há necessidade de encontrar o tipo 
e intensidade de reabilitação que traga resultados 
e benefícios ideais à essa população neurológica 
(Fuhrer, 2003).
Na literatura internacional, os trabalhos são 
escassos e 11 de 19 descreveram as técnicas uti-
lizadas. Os sobreviventes do AVC, geralmente, se 
deparam com incapacidades residuais tais como: 
dificuldades motoras, sensoriais, na linguagem e 
cognitivas como memória, por exemplo. A cur-
va que representa a trajetória da recuperação das 
funções físicas e cognitivas afetadas pelo AVC 
atinge um platô aproximadamente seis meses após 
o episódio, período no qual o AVC é considera-
do crônico. Num período que varia de um mês a 
dois anos após o AVC, os sobreviventes podem 
sofrer deterioração da funcionalidade, melhorar 
ou permanecer estabilizados na condição inicial 
(Skilbeck, 1996). Os achados do presente estudo 
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 55
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
corroboram com tais dados, os quais foram possí-
veis verificar estudos que realizaram intervenções 
no período agudo da lesão, e também, relataram 
que o nível de comprometimento na admissão de 
programas de reabilitação está relacionado à me-
lhora no desempenho cognitivo, sendo que apenas 
um não mostrou tal relação.
Entre os estudos encontrados, foram observados 
programas de reabilitação através da exploração 
de ambientes virtuais, sendo alcançado um nível 
de desempenho satisfatório nas atividades da vida 
diária (AVD) por meio dos recursos virtuais, dados 
estes corroborados pelo estudo de Laver, George, 
Thomas, Deutsch, e Crotty (2011). Esses resultados 
indicam que a realidade virtual lida com tarefas de 
validade ecológica, as quais são de grande efetivi-
dade para o dia-a-dia dos pacientes e proporciona 
o reaprendizado de domínios funcionais específi-
cos (Zhang et al., 2002). Os ganhos adquiridos nos 
programas de reabilitação, transferidos, em sua 
maioria à vida do paciente, de fato, proporcionam 
vantagens de uso, pois fornecem maior motivação 
ao usuário (Walker, Leonardi-Bee, & Bath, 2004). 
Recursos que auxiliam na compreensão de objetos 
ou situações abstratas, permitem a observação de 
cenas em diferentes distâncias encorajando assim, 
a participação ativa de quem o manipula (Cardoso 
et al., 2004).
Progressos no desempenho das AVDs da mesma 
forma foram observados em estudos que utiliza-
ram o método da terapia ocupacional, de origem 
multidisciplinar, com tarefas utilizando a tela do 
computador,porém, sem interação direta, e com 
treinamento, armazenamento e processamento de 
funções como memória de trabalho verbal. Tarefas 
voltadas ao cotidiano do paciente são de extrema 
importância considerando que o objetivo é alcançar 
o retorno a vida independente, as atividades diárias 
como retorno à atividade laboral, aos estudos e a 
administração de recursos (Spooner & Pachana, 
2006). Tais resultados poderão ser conquistados 
com a participação ativa da família (Manzine & 
Pavarini, 2009).
A reabilitação cognitiva deve ser funcional e 
ecologicamente válida baseada, principalmente, na 
combinação de estratégias compensatórias e trei-
namentos (Bennett, 2001). Na presente revisão, a 
maioria dos estudos que descreveu em maiores deta-
lhes o método e técnicas empregadas na reabilitação 
trabalhou utilizando-se mais do treino cognitivo do 
que de estratégia compensatória. O treino cognitivo 
pode produzir efeitos importantes e de proteção no 
desempenho neuropsicológico em longo prazo (Va-
lenzuela & Sachdev, 2009). Entretanto, é importante 
ressaltar que a finalidade de um estudo científico de 
dados empíricos requer uma metodologia breve, 
sendo que na clínica, os períodos tendem a estender-
-se, o que pode ter influência na maior utilização de 
alguns métodos e não de outros.
O objetivo da reabilitação cognitiva é a recupe-
ração do paciente ao mais alto nível psicológico, 
físico e social possível, que ocorre através da esti-
mulação cognitiva e da melhora na aprendizagem 
devido a repetições frequentes, uma vez que, as 
tarefas de repetição produzem mudanças neuro-
nais alterando as sinapses e o número de conexões 
(Abrisqueta-Gomez & Santos, 2006). No único 
estudo que investigou correlatos neurobiológicos 
a partir do treino cognitivo (Vitali et al., 2007) foi 
mostrado efeitos positivos e uma possível indução 
a reorganização cerebral. Tal resultado sugere que 
paciente poderão se beneficiar de mudanças a ní-
vel cerebral mesmo no período crônico da lesão. 
Em casos de maior gravidade, torna-se necessário 
o apoio de familiares até que o aprendizado seja 
unificado a rotina do paciente de maneira adequa-
da (Santos, Figueiredo, & Teixeira, 2011). Prejuí-
zos cognitivos, principalmente de linguagem e de 
funções executivas parecem estar estreitamente 
relacionados com o bom desempenho em tarefas 
da vida diária e participação em atividades sociais 
(Viscogliosi et al., 2011), também em fases crônicas 
da lesão (Novakovic-Agopian et al., 2011).
A utilização de baterias neuropsicológicas pos-
sibilita uma análise mais apurada dos prejuízos cog-
nitivos em pacientes após AVC. Na revisão realiza-
da, foi possível observar programas de reabilitação 
voltados principalmente para a linguagem, funções 
executivas e memória, incluindo memória de tra-
balho. Estudo de Passier et al. (2010) mostrou que 
de 111 indivíduos após AVC hemorrágico, 94.6 % 
deles relataram pelo menos uma queixa em seu 
desempenho cognitivo, como também, emocional 
as quais prejudicavam as AVDs. As queixas mais 
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
56 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
frequentes foram lentidão mental, memória de tra-
balho e atenção, estando às questões emocionais re-
lacionadas com o funcionamento cognitivo de tais 
funções. Este estudo está de acordo com algumas 
das funções cognitivas trabalhadas nos programas 
de reabilitação na presente revisão, assim como, 
reforça a influência das alterações emocionais e 
cognitivas nas atividades diárias, frequentemente 
estimuladas nos estudos de reabilitação.
Considerando os aspectos da linguagem, como 
por exemplo, a afasia, esta é considerada como o 
mais complexo distúrbio da fala após doenças cére-
bro vascular. Na presente revisão, apesar de ter sido 
uma das funções que apareceu com maior frequên-
cia, ainda, pouca atenção tem sido dada a paciente 
com distúrbios de linguagem, tanto de expressão 
como de compreensão, sendo que a maioria reali-
zou estudos de caso. Parece que há uma escassez 
de estudos se propondo a reabilitar pacientes com 
dificuldades severas de linguagem, limitando-se 
apenas ao trabalho com distúrbios de nível leva a 
moderado utilizando-se do treino cognitivo e de 
altas frequências de exposição ao mesmo estímulo. 
Estudo com 52 pacientes diagnosticados afásicos 
(afasia global, afasia de Broca e anomia), após pri-
meiro episódio de AVC apenas 11 receberam algum 
tratamento fonoaudiólogo após deixar o hospital, 
sendo que destes, após um ano, a afasia evoluiu 
para uma forma mais leve em um número signi-
ficativo de pacientes (Klebic, Salihovic, Softic, & 
Salihovic, 2011). Tal dado indica que distúrbios 
de linguagem, como as afasias, podem ser tratados 
com intervenções adequadas e assim alcançar um 
resultado satisfatório e estável ao longo do tempo.
Os estudos revisados tem mostrado o trabalho 
individual de tal função sendo que progressos po-
derão ser melhor alcançados com o trabalho inte-
grado. Dessa forma, resultados mais significativos 
no desempenho cognitivo dos pacientes poderão ser 
percebidos quanto comparados a resultados de in-
tervenções com foco mais individualizado, a partir 
de tarefas que abrangem de maneira mais especifica 
determinadas funções (Hatfield et al., 2005). Estu-
do de Lambon, Snell, Fillingham, Conroy, e Sage 
(2010) mostrou que o efeito combinado de habili-
dades cognitivas e linguísticas resulta em melhores 
resultados na reabilitação da anomia, sendo que o 
estudo de Vitali et al. (2007) encontrado na presente 
revisão utilizou técnicas semelhante ao estudo aci-
ma citado, também, com resultados satisfatórios. 
Os efeitos da música na linguagem no estudo de 
Särkämo et al. (2008) foram positivos, o que está 
de acordo com o estudo de Kim e Tomaino (2008) 
que mostrou progresso em indivíduos com afasia 
não-fluente através da terapia musical.
Outro aspecto importante é a intensidade do tra-
tamento. Pesquisa tem mostrado que paciente com 
distúrbios de linguagem se beneficiam de tratamen-
tos intensos, em torno de 5-10 horas por semana 
(Breitenstein et al., 2009). No presente estudo, foi 
possível observar que a reabilitação dos pacientes 
foi feita através de sessões diárias com duração de 
uma hora cada dia o que é considerado adequado 
ao estudo acima citado.
No início da reabilitação, o paciente deve en-
frentar o trabalho integrado de multicomponentes, 
incluindo aspectos mentais e de tarefas de manipu-
lação que parecem ter efeitos duradouros, podendo 
ser percebidos em longo prazo após término das 
intervenções. O uso de tarefas envolvendo, por 
exemplo, funções executivas como resolução de 
problemas, pode estar associadas a melhores resul-
tados em expressão verbal e compreensão auditiva. 
Tal fato ocorre devido ao envolvimento do pensa-
mento crítico, flexibilidade mental, integração de 
diversos componentes da informação, e manipula-
ção mental na capacidade para resolver problemas 
(Roca et al., 2010). O sucesso na reabilitação das 
funções executivas, bem como, da memória de 
trabalho está relacionada ao envolvimento com 
as atividades diárias dos pacientes fazendo com 
que os mesmos se deparem com questões que de-
mandem resolução e planejamento adaptados aos 
objetivos reais conforme evidenciado por Levine 
et al. (2011). Nos estudos encontrados na presente 
revisão, as intervenções objetivando reabilitar fun-
ções executivas e memória de trabalho não foram 
voltadas a tarefas rotineiras e familiares ao indiví-
duo como nos estudos de Westerberg et al. (2007) e 
Vallat et al. (2005), entretanto, os resultados foram 
satisfatórios.
Outra função cognitiva reabilitada foi a me-
mória, principalmente verbal, que apareceu com 
frequência entre as funções reabilitadas na presente 
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 57
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemáticada literatura 
revisão através, principalmente, do treino cogni-
tivo e do aprendizado de novas habilidades. Tal 
função geralmente é trabalhada com a utilização 
de estratégias compensatórias, sendo que os bene-
fícios tendem a se manter ao longo do tempo. Estas 
estratégias geralmente estão relacionadas com a 
capacidade de o paciente funcionar de maneira in-
dependente (Alladi, Meena, & Kaul, 2002; Gross 
& Rebok, 2011). Complementando os dados acima, 
sendo o AVC a principal causa de incapacidade a 
longo prazo, o objetivo da reabilitação é promover 
melhoras ao longo do tempo, minimizando defici-
ências que se mantenham estáveis (Ifejika-Jones 
& Barrett, 2011).
Considerando a importância do número de epi-
sódios, alguns estudos relataram reabilitar pacien-
tes após o primeiro episódio de AVC, sendo que a 
maioria não descreveu tal dado. Esta variável se 
torna importante devido ao fato de que, múltiplos 
infartos cerebrais podem ocasionar quadros de de-
mência vascular, principalmente, lesões na região 
cortical, como também, diminuição do desempe-
nho cognitivo, como na memória e velocidade de 
percepção (Arvanitakis, Leurgans, Barnes, Ben-
nett, & Schneider, 2011). Estes dados corroboram 
com a importância de se considerar as múltiplas 
ocorrências de AVC, assim como, sinais que in-
diquem provável presença de quadro demencial 
para o delineamento adequado de um programa de 
reabilitação para essa população, como treino de 
memória, de atividades funcionais e facilitação do 
uso de estratégias compensatórias através de apoio 
externo paralelamente ao trabalho dos profissionais 
(Abrisqueta-Gomez & Ponce, 2006).
Apenas o estudo de Georgiadis et al. (2004) re-
latou a satisfação dos pacientes quanto ao método 
utilizado, considerando tal variável fator impor-
tante para o sucesso das intervenções e resultado 
final do programa de reabilitação cognitiva, sendo 
que isolamento social, ansiedade e depressão são 
frequentes em sobreviventes de dano cerebral (Gai-
notti, 1993).
Considerações finais
O presente estudo reforça a importância em ganhos 
funcionais da reabilitação cognitiva após AVC. A 
velocidade da recuperação e o grau de adaptação 
variam de indivíduo para indivíduo e dependem da 
gravidade das lesões e do engajamento em proces-
sos de reabilitação eficientes. Em um programa de 
reabilitação, é preciso considerar o tipo de pato-
logia, limitações funcionais relacionadas ao meio 
ambiente e aos aspectos pessoais apresentadas pelo 
paciente através de uma visão mais holística.
A expansão de estudos sobre tal tema torna-se 
essencial para o aprimoramento dos programas e 
divulgação das metodologias utilizadas para popu-
lações específicas, como por exemplo, indivíduos 
vítimas de lesões neurológicas de origem vascular. 
Foram observados prejuízos, principalmente, rela-
cionados à linguagem após lesão por AVC e uma 
crescente investigação de métodos virtuais no pro-
cesso de reabilitação com o objetivo de transferir 
os ganhos do processo terapêuticos à vida diária. 
Grande parte dos estudos relatou progresso e resul-
tados positivos após as intervenções, entretanto, a 
maioria dos pacientes teve suas limitações detecta-
das e tratadas na fase aguda, sendo que muitos dos 
pacientes foram estimulados em período agudo, 
após primeiro episódio de AVC. A reabilitação 
cognitiva exige o envolvimento ativo do paciente, 
bem como de sua família ou indivíduos próximos, 
objetivando maior sucesso no desenvolvimento do 
programa de reabilitação voltado a rotina e espaços 
frequentados pelo paciente.
O presente estudo limitou-se as descrições “re-
abilitação cognitiva e acidente vascular cerebral”, 
ou seja, buscou estudos bastante específicos e li-
mitados a população após AVC.Estudos ainda são 
necessários para investigar modelos de reabilitação, 
com diferentes intensidades e metodologias, a fim 
de melhor abordar as técnicas mais utilizadas e de 
melhor resultados. Assim, poderá ser possível a ela-
boração de protocolos específicos à reabilitação de 
tal população sempre considerando as característi-
cas e estilos de vida particulares de cada indivíduo.
Referências
Abrisqueta-Gomez, J., & Ponce, C. S. C. (2006). Modelo 
de intervenção em reabilitação neuropsicológica 
do Serviço de Atendimento e Reabilitação ao Ido-
so-SARI. In J. Abrisqueta-Gomez & F. H. Santos 
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
58 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
(Orgs.), Reabilitaçao neuropsicologica: Da teoria 
a pratica (pp. 173-192). São Paulo: Artes Médicas.
Abrisqueta- Gomez, J., & Santos, F. H. (2006). Reabili-
tação neuropsicológica: da teoria à pratica. São 
Paulo: Artes Médicas.
Alladi, S., Meena, A. K., & Kaul, S. (2002). Cognitive 
rehabilitation in stroke: Therapy and techniques. 
Neurology India, 50, 102-108.
Arvanitakis, Z., Leurgans, S. E., Barnes, L. L., Bennett, 
D. A., & Schneider, J. A. (2011). Microinfarct pa-
thology, dementia, and cognitive systems. Stroke, 
42 (3), 722-727.
Ávila R., & Miotto E. (2002). Reabilitação neuropsico-
lógica de déficits de memória em pacientes com 
demência de Alzheimer. Revista de Psiquiatria 
Clínica, 29, 190-196.
Azeredo, Z. & Matos, E. (2003). Grau de dependência em 
doentes que sofreram AVC. Disponível em http://
www.fm.ul.pt/public/pdfs2003/42003/p. 199. pdf
Bennett, T. L. (2001). Neuropsychological evaluation in 
rehabilitaion planning and evaluation of functional 
skills. Archives of Clinical Neuropsychology, 16 
(3), 237-253.
Bode, R. K., Heinemann, A. W., Semik, P., & Mallin-
son, T. (2004). Outcomes for persons with stroke 
relative importance of rehabilitation therapy cha-
racteristics on functional. Stroke, 35, 2537-2542.
Breitenstein, .C, Kramer, K., Meinzer, M., Baumgärtner, 
A., Flöel, A., & Knecht S. (2009). Intense langua-
ge training for aphasia. Contribution of cognitive 
factors. De Nervenarzt, 80 (2), 149-154.
Cardoso, L., Costa, R. M., Piovesana, A., Carvalho, J., 
Ferreira, H., Lopes, M., Crispim, A. C., Penna, L., 
Araújo, K., Paladino, L., Sncovschi, L., Mouta, R., 
& Brandão, G. (2004). Utilização de ambientes 
virtuais na reabilitação de pacientes com lesão 
cerebral por AVC e TCE. Disponível em http://
www.sbis.org.br/cbis/arquivos/786.pdf
Clare, L., & Woods, B. (2008). Cognitive rehabilitation 
and cognitive training for early-stage Alzheimer’s 
disease and vascular de mentia. The Cochrane 
Library, disponível em http://onlinelibrary.wiley.
com/doi/10.1002/14651858.CD003260/abstract
Corbett, F., Jefferies, E., & Ralph, M. A. (2009). Explo-
ring multimodal semantic control impairments 
in semantic aphasia: Evidence from naturalistic 
object use. Neuropsychologia, 47 (13), 2721-2731.
Damiani, I. T., & Yokoo, E. I. (2002). AVC- Acidente 
vascular cerebral. TRB Pharma. Disponível em 
http://www. Saudeemmovimento.com. br/conteu-
dos/conteudo_exibe1. asp?cod_noticia=44
Devos, H., Akinwuntan, A. E., Nieuwboer, A., Ringoot, 
I., Berghen, K.V., Tant, M. Kiekens C., & Weerdt, 
W. (2010). Effect of simulator training on fitness-
-to-drive after stroke: A 5-year follow-up of a 
randomized controlled trial. Neurorehabilitation 
& Neural Repair, 24 (9), 843-850.
Fuhrer, M. J. (2003). Overview of clinical trials in me-
dical rehabilitation: Impetuses, challenges, and 
needed future directions. Americam Journal of 
Physical Medicine and Rehabilitation, 82 (10 
suppl), 8-15.
Gainotti, G. (1993). Emotional and psychosocial proble-
ms after brain injury. Neuropsychological Rehabi-
litation, 3, 259-277.
Georgiadis, A. C., Brennan, D. M., Barker, L. M., & 
Baron, C. R. (2004). Telerehabilitation and its 
effect on story retelling by adults with neurogenic 
communication disorders. Aphasiology, 18 (5-7), 
639-652.
Gourlay, D., Lun, K. C., & Liya, G. (2000). Virtual 
reality and telemedicine for home health care. 
Studies in Health Technology and Informatics, 
77, 1181-1186.
Grawemeyer, B., Cox, R., & Lum, C. (2000). AUDIX: 
A knowledge-basedsystem for speech-therapeutic 
auditory discrimination exercises. Studies in He-
alth Technology and Informatics, 77, 568-572.
Gross, A. L., & Rebok, G. W. (2011). Memory training 
and strategy use in older adults: results from the 
Active study. Psychology and Aging, 26 (3), 503-
517.
Hashimoto, R., Hasegawa S., Maki T., & Tanaka Y. 
(1998). Compulsive manipulation of tools in the 
left hand following damage to the right medial 
frontal lobe. Clinical Neurology, 38 (1), 1-7.
Hatfield, B., Millet, D., Coles, J. Gassaway, J., Conroy, 
B., & Smout, J. R. (2005). Characterizing speech 
and language pathology outcomes in stroke reha-
bilitation. Physical Medicine and Rehabilitation, 
86 (12), 61-72.
Hommel, M., Miguel, S. T., Naegele, B., Gonnet, N., & 
Jaillard, A. (2009). Cognitive determinants of so-
cial functioning after a first ever mild to moderate 
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 59
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
stroke at vocational age. Journal of Neurology, 
Neurosurgery and Psychiatry, 80 (8), 876-80
Ifejika-Jones, N. L., & Barrett, A. M. (2011). Rehabi-
litation-emerging technologies, innovative thera-
pies, and future objectives. Neurotherpeutics, 8 
(3), 452-462.
Keren, O., Motin, M., Heinemann, A. W., O`Relly, C. 
M., Bode, R. K., Semik, P., & Ring, H. (2004). 
Relationship between rehabilitation therapies and 
outcome of stroke patients in Israel: A preliminary 
study. Israel Medical Association Journal, 6 (12), 
736-741.
Kim, M., & Tomaino, C. M. (2008). Protocol evaluation 
for effective music therapy for persons with non-
fluent aphasia. Topics in Stroke Rehabilitation, 15 
(6), 555-569.
Klebic, J., Salihovic N, Softic R, & Salihovic D. (2011). 
Aphasia disorders outcome after stroke. Medi-
cinski Arhiv, 65 (5), 283-286.
Korzetkowska, K. J., Polityńska, B., Grajdziadek, M., 
Gryczewska, A., Kochanowicz, J., & Mariak, Z. 
(2010). Rehabilitation of patients following suba-
rachnoid haemorrhage as a result of ruptured in-
tracranial aneurysms. Polski Merkuriusz Lekarski, 
29 (171), 217-221.
Lambon, M. A. R., Snell, C., Fillingham, J. K., Conroy, 
P., & Sage, K. (2010). Predicting the outcome 
of anomia therapy for people with aphasia post 
CVA: both language and cognitive status are key 
predictors. Neuropsychological Rehabilitation, 
20 (2), 289-305.
Laver, K. E., George, S., Thomas, S., Deutsch, J. E., 
& Crotty, M. (2011). Virtual reality for stroke 
rehabilitation. Cochrane Database of Systematic 
Reviews, 7 (9). Disponível em http://www.ncbi.
nlm.nih.gov/pubmed/21901720
Levine B., Schweizer, T. A., O’Connor, C., Turner, G., 
Gillingham, S., Stuss, D. T., Manly, T., & Ro-
bertson, I. H. (2011). Rehabilitation of executive 
functioning in patients with frontal lobe brain 
damage with goal management training. Human 
Neuroscience, 17, 5-9.
Lima, S. S., & Kaihami, H. N. (2001). Avaliação das fun-
ções corticais superiores em pessoas acometidas 
por lesão cerebral. Acta Fisiátrica, 8 (1), 14-17.
Lukauskiene, R., Viliunas, V., Jasinskiene, A., & Gurevi-
cius, G. (2001). New training forms for rehabilita-
tion of visual cognitive functions. Special Needs of 
Blind and Low Visions Seniors, 8, 181-184.
Madureira, S., Guerreiro M., & Ferro J. M. (2001). De-
mentia and cognitive impairment three months 
after stroke. European Journal of Neurology, 8 
(6), 621-627.
Manzine, P. R., & Pavarini, S. C. I. (2009). Cognitive 
rehabilitation literature review based on levels of 
evidence. Dementia & Neuropsychologia, 3 (3), 
248-255.
Noreña, D., Ríos-Lago, M., Bombín-González. I., Sán-
chez-Cubillo, I., García-Molina, A., & Tirapu-
-Ustárroz, J. (2010). Effectiveness of neurop-
sychological rehabilitation in acquired brain injury 
(I): Attention, processing speed, memory and 
language. Revista de Neurologia, 51 (11), 687-698.
Novakovic-Agopian, T., Chen, A. J. W., Rome, S., Abra-
ms, G., Castelli, H., Rossi, A., McKim, R., Hills, 
N., & D’Esposito, M. (2011). Rehabilitation of 
executive functioning with training in attention 
regulation applied to individually defined goals: 
A pilot study bridging theory, assessment, and tre-
atment. Journal of Head Trauma Rehabilitation, 
26 (5), 325-338.
O´Connor, R. J., Cassidy, E. M., & Delargy, M. A. 
(2005). Late multidisciplinary rehabilitation in 
young people after stroke. Disability and Rehabi-
litation, 27 (3), 111-116.
Oksala, N. K., Jokinen, H., Melkas, S., Oksala, A., Po-
hjasvaara, T., Hietanen, M., Vataja, R., Kaste, M., 
Karhunen, P. J., & Erkinjuntti, T. (2009). Cognitive 
impairment predicts poststroke death in long-term 
follow-up. Journal of Neurology, Neurosurgery 
and Psychiatry, 80 (11), 1230-1235.
Oya Y., Sakurai, Y., Takeda K., Iwata M., & Kanazawa 
I. (1997). A neuropsychological study on a patient 
with the resection of the right lateral frontal lobe. 
Clinical Neurology, 37 (9), 829-833.
Park, K. C., Yoon, S. S., & Rhee, H. Y. (2011). Executive 
dysfunction associated with stroke in the posterior 
cerebral artery territory. Journal of Clinical Neu-
roscience, 18 (2), 203-208.
Passier , P. E., Visser-Meily, J. M., van Zandvoort, M. 
J., Post, M. W., Rinkel, G. J., & van Heugten, C. 
(2010). Prevalence and determinants of cognitive 
complaints after aneurysmal subarachnoid hemor-
rhage. Cerebrovascular Diseases, 29 (6), 557-563.
 Morgana Scheffer, Lidiane Andreza Klein, Rosa Maria Martins Almeida
60 Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515
Pohjasvaara T., Leskela M., Vataja R., Kalska H., Yli-
koski R., Hietanen M., Leppävuori, A., Kaste, M., 
& Erkinjuntti, T. (2002). Post-stroke depression, 
executive dysfunction and functional outcome. 
European Journal of Neurology, 9 (3), 269-275.
Pontes, L. M. M., & Hübner, M. M. C. (2008). Neurop-
sychological rehabilitation: A behavioral reading. 
Revista de Psiquiatria Clínica, 35 (1), 6-12.
Pyun, S. B., Yang, H., Lee, S., Yook, J., Kwon, J., & 
Byun, E. M. (2009). A home programme for pa-
tients with cognitive dysfunction: A pilot study. 
Brain Injury, 23 (7-8), 686-692.
Rand, D., Eng, J. J., Liu-Ambrose, T., & Tawashy, E. 
(2010). Feasibility of a 6-month exercise and 
recreation program to improve executive func-
tioning and memory in individuals with chronic 
stroke. Neurorehabilitation & Neural Repair, 24 
(8), 722-729.
Rand, D., Weiss, P. L., & Katz, N. (2009). Training 
multitasking in a virtual supermarket: A novel 
intervention after stroke. American Journal of 
Occupational Therapy, 63 (5), 535-542.
Rengachary, J., He, B. J., Shulman, G. L., & Corbetta, 
M. (2011). A behavioral analysis of spatial neglect 
and its recovery after stroke. Frontiers in Human 
Neuroscience, 5, 29.
Roca, M., Parr, A., Thompson, R., Woolgar, A., Torralva, 
T., Antoun, N., Manes, F., & Duncan, J. (2010). 
Executive function and fluid intelligence after 
frontal lobe lesions. Brain, 133 (1), 234-247.
Santos, C. B., Figueiredo, E. G., & Teixeira, M. J. (2011). 
Cognitive rehabilitation and head injury. Arquivo 
Brasileiro de Neurocirurgia, 30 (2), 51-54.
Särkämo, T., Tervaniemi, M., Laitinen, S., Forsblom, 
A., Soinila, S., Mikkonen, M., Autti, T., Silven-
noinen, H. M., Erkkila, J., Laine, M., Peretz, I., 
& Hietanen, M. (2008). Music listening enhances 
cognitive recovery and mood after middle cerebral 
artery stroke. Brain, 131 (3), 866-876.
Schindler, I., Kerkhoff, G., Karnath, H. O., Keller, I., 
& Goldenberg, G. (2002). Neck muscle vibration 
induces lasting recovery in spatial neglect. Jour-
nal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, 
73 (4), 412-419.
Skilbeck, C. (1996). Psychological aspects of stroke. 
In R. T. Woods (Org.), Handbook of the clinical 
psychology of ageing (pp. 283-302). Chichester: 
John Wiley & Sons.
Sinotte, M. P., & Coelho, C. A. (2007). Attention training 
for reading impairment in mild aphasia: A follow-
-up study. Neuro Rehabilitation,22 (4), 303-310.
Spooner, D. M., & Pachana, A. A. (2006). Ecological 
validity in neyropsychological assessment: A case 
for greater consideration in reserch with neuro-
logicall intact populations. Archives of Clinical 
Neuropsychology, 21 (4), 327-337.
Terroni, L. M. N., Leite, C. C., Tinone, G., & Fráguas Jr., 
R. (2003). Depressão pós-AVC: Fatores de risco e 
terapêutica antidepressiva. Revista da Associação 
Médica Brasileira. 49 (4), 450-459.
Terroni, L. M. N., Mattos, P. F., Sobreiro, M. F. M., Gua-
jardo, V. D., & Fráguas, R. (2009). Depressão pós-
-AVC: aspectos psicológicos, neuropsicológicos, 
eixo HHA, correlato neuroanatômico e tratamento. 
Revista de Psiquiatria Clínica, 36 (3), 100-108.
Vallat, C., Azouvi, P., Hardisson, H., Meffert, R., Tes-
sier, C., & Pradat-Diehl, P. (2005). Rehabilitation 
of verbal working memory after left hemisphere 
stroke. Brain Injury, 19 (13), 1157-1164.
van Heugten, C. M., Dekker, J., Deelman, B. G., Steh-
mann- Saris, J. C., & Kinebanian, A. (2000). Reha-
bilitation of stroke patients with apraxia: The role 
of additional cognitive and motor impairments. 
Disability and Rehabilitatio, 22 (12), 547-554.
Valenzuela, M., & Sachdev, P. (2009). Can cognitive 
exercise prevent the onset of dementia? Systematic 
review of randomized clinical trials with longitu-
dinal follow-up. American Journal of Geriatric 
Psychiatry,17 (3), 179-187.
Viscogliosi, C., Belleville, S., Desrosiers, J., Caron, C. 
D., Ska, B., & BRAD Group. (2011). Participation 
after a stroke: Changes over time as a function of 
cognitive deficits. Archives of Gerontology and 
Geriatrics, 52 (3), 336-343.
Vitali, P., Abutalebi, J., Tettamanti, M., Danna, M., An-
saldo, A. I., Perani, D., Joanette, Y., & Cappa, S. 
F. (2007). Training-induced brain remapping in 
chronic aphasia: A pilot study. Neurorehabilitation 
and Neural Repair, 21 (2), 152-160.
Walker, M. F., Leonardi-Bee, J., & Bath, P. (2004). In-
dividual patient data meta-analysis of randomized 
Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá (Colombia)/Vol. 31(1)/pp. 46-61/2013/ISSNe2145-4515 61
Reabilitação neuropsicológica em pacientes com lesão vascular cerebral: uma revisão sistemática da literatura 
controlled trials of community occupational thera-
py for stroke patients. Stroke, 35 (9), 2226-2232.
Westerberg, H., Hirvikoski, T., Clevberger, P., O¨ Stens-
son, H., Bartfai, A., & Klingber, T. (2007). Compu-
terized working memory training after stroke - A 
pilot study. Brain Injury, 21 (1), 21-29.
Zhang, L., Abreu, B. C., Seale, G. S., Masel, B., Chris-
tiansen, C. H., & Ottenbacher, K. J. (2002). A vir-
tual reality environment for evaluation of a daily 
living skill in brain injury rehabilitation: Reliabili-
ty and validity. Archives of Physical and Medicine 
Rehabilitation, 84, 1118-1124.
Fecha de recepción: 1º de agosto de 2012
Fecha de aceptación: 1º de octubre de 2012

Continue navegando