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Planejamento Estratégico de TI

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SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO
Glauber Rogério 
Barbieri Gonçalves
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
G643s Gonçalves, Glauber Rogério Barbieri
 Sistemas de informação [recurso eletrônico] / Glauber 
 Rogério Barbieri Gonçalves ; [revisão técnica: Jeferson 
 Faleiro Leon]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 ISBN 978-85-9502-227-0
 1. Computação. 2. Sistemas de Informação. I. Título.
CDU 004.78
Revisão técnica:
Jeferson Faleiro Leon
Graduado em Desenvolvimento de Sistemas
Especialista em Formação Pedagógica
Planejamento 
estratégico de TI
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as características básicas do planejamento estratégico de TI.
 � Relacionar o planejamento estratégico de TI com a estratégia de
negócios da empresa.
 � Reconhecer como a governança de TI impacta o ambiente tecnológico
da empresa.
Introdução
Para sabermos qual o objetivo queremos alcançar, temos que, primeira-
mente, traçar as metas a serem alcançadas, assim, podem ser construídos 
caminhos para o atingimento desses objetivos. Nesse contexto entram 
nas organizações os conceitos de planejamento, metas e objetivos, pois 
não há como atingir os propósitos empresariais sem as devidas previsões 
e planejamentos de o que fazer, quando fazer e como fazer, para alcançar 
esses propósitos.
O planejamento é a fase mais importante dos processos dentro de 
uma empresa, pois irá garantir que os recursos serão de fato utilizados 
para uma melhor performance dentro da organização e, hoje, é pauta 
certa de todas as empresas que querem permanecer no mercado. Nor-
malmente, o planejamento é feito e revisado anualmente pelas organi-
zações, com um horizonte de tempo em 1, 3 ou 5 anos.
Neste texto você irá conhecer o planejamento estratégico, o planeja-
mento estratégico da TI e os benefícios de praticar esses conceitos dentro 
das organizações, para que assim as pessoas e os processos atuem de 
forma dinâmica melhorando os resultados empresariais.
Histórico sobre planejamento estratégico
O conceito de planejamento estratégico vem acompanhando a evolução dos 
processos dentro da área da administração e da evolução dos meios de produção, 
conforme representado na Figura 1.
Figura 1. Evolução da comunicação.
Fonte: Elinportefolio ([2017?]). 
Fazendo uma pequena alusão a Figura 1, assim como os processos evolu-
íram, evoluíram também o conceito e a importância do planejamento dentro 
das organizações.
Podemos identificar a origem do planejamento nas antigas civilizações, nas 
quais os governantes, principalmente pelas lutas, sempre tiveram a necessidade 
de tomar decisões antecipadamente sobre o que fazer, porque, como e quando 
fazer para ter sucesso e garantir sua sobrevivência.
A vertente militar trouxe a administração à base desse conhecimento e, 
nos anos de 1950, surgiu para o mundo a palavra planejamento estratégico, 
que tinha, naquela época, claramente a finalidade de auxiliar no tratamento 
das diferenças entre a oferta de demanda.
Dessa época para cá, surgiram outras formas de planejamento e solução 
de problemas dentro das organizações, principalmente com a evolução das 
Planejamento estratégico de TI226
ferramentas de TI, a partir dos anos de 1970 e 1980, depois do efeito da se-
gunda guerra, foram afirmados os conceitos do sistema Toyota de produção, 
o nascimento das ferramentas da qualidade total, administração por objetivos 
e, hoje, os meios de comércio eletrônicos, entre outros.
Contudo, a ideia central de busca por melhores resultados em curto, médio 
e longo prazo faz do ato de planejar a melhor estratégia que as organizações 
podem ter para permanecerem no mercado.
O autor Almeida (2003) afirma que o planejamento estratégico é uma 
atividade que, por meio do ambiente de uma organização, cria a consciência 
de suas oportunidades e ameaças para o cumprimento de sua missão e auxilia 
a alta direção nos passos a seguir para aproveitar essas oportunidades e evitar 
os riscos eminentes para o alcance dos objetivos.
Assim, as estratégias têm a função principal de definir os objetivos, as 
regras e os planos para o melhor desempenho de seus processos, além da iden-
tificação dos fatores externos, também irá trabalhar com os fatores internos, 
como os recursos que a empresa dispõe para a realização de suas tarefas, por 
exemplo, pessoas, máquinas e tecnologia, bem como a combinação desses 
recursos da melhor forma.
O planejamento estratégico, mais do que a busca de um plano formal, é um rico 
processo de discussão de oportunidades e de análise da realidade da empresa. Trata-se 
de uma grande oportunidade para construir, rever ou desenvolver a leitura da realidade 
de uma organização, em que a leitura deverá ser crítica, coerente, completa, inteira, 
sistemática e compreensível, devendo ainda gerar confiança, segurança e clareza sobre 
o papel que a empresa quer assumir no mercado. As empresas devem adotar o plane-
jamento estratégico para implantar organização, direcionamento e controle; maximizar 
seus objetivos; minimizar suas deficiências; e proporcionar eficiência (SEBRAE, 2017). 
Planejamento estratégico de tecnologia da 
informação 
O planejamento estratégico focado na área de TI pode ser chamado de 
PETI. Ele, assim como a área de tecnologia, é um processo rápido e dinâmico, 
que utiliza da velocidade de processamento de informações para o auxilio e 
confecção do restante do planejamento organizacional.
227Planejamento estratégico de TI
Historicamente, ele não era tratado dentro do planejamento da organização, 
ficando somente como ferramenta auxiliar de processamento, ou seja, como 
uma ferramenta de dados que estava à disposição para utilização quando 
solicitada.
Ele vem de dois caminhos distintos, sendo originário do planejamento 
estratégico de informações (PESI), que era apenas conhecido com o portfólio 
de sistemas disponíveis para a obtenção de informações; e do plano diretor 
de informática (PDI), que tratava apenas da parte de infraestrutura básica 
que a empresa devia montar e manter para o processamento de dados, sendo 
os equipamentos de uso, processamento de informações e armazenagem, 
incluindo a parte de transmissão e segurança de dados.
Atualmente, o PETI (BRASIL, 2014) condensa essas duas vertentes e, 
com isso, define a arquitetura geral para as informações organizacionais, 
sendo a forma consistente que ira garantir que as informações em todas as 
suas dimensões estejam confiáveis, seguras e disponíveis para a tomada de 
decisão, quando os usuários as solicitarem.
Respeitando as definições do negócio da empresa e com foco no alinha-
mento da TI aos objetivos e metas empresariais, essa fusão do PETI ao negócio 
da empresa é de grande importância na busca pelos resultados positivos. 
Atualmente, é considerado por muitos gestores como um ponto estratégico 
a ser tratado, sendo que se não for pode ocasionar um ponto crítico para o 
sucesso empresarial.
Atualmente, as organizações utilizam dois meios para a execução de alguns 
serviços de TI, sendo a execução planejada para operar com recursos próprios 
ou terceirizados, por exemplo, as organizações podem terceirizar os serviços 
de computação para a opção de processamento em nuvem; e a utilização de 
software como um serviço no sistema (SaaS), para tal haverá um bom estudo 
no quesito custo e investimento.
A Figura 2 apresenta o modelo do autor Ramizes e Sender, que mostra a 
interatividade e o favorecimento das organizações utilizando o alinhamento 
da TI com o restante do planejamento estratégico.
Planejamento estratégico de TI228
Figura 2. Modelo Ramizes e Sender.
Fonte: Barbosa (2016).
Perceba que hoje em dia não há como realizar um bom planejamento para 
o negócio, sem passar por um bom planejamento de TI, pois é a TI que vai 
proporcionar as condições necessárias para um melhor fluxo de informações 
dentro das empresas e, com isso, auxiliar a empresa a obter conhecimento 
empresarial necessáriopara a obtenção de bons resultados, ficando a área 
da TI alinhada com as demais estratégias, inclusive no que diz respeito ao 
atendimento da legislação vigente e demais proteção aos direito autorais.
Etapas do planejamento estratégico de 
tecnologia da informação
Assim como o planejamento estratégico organizacional, o planejamento de 
TI segue fases para sua implementação, para um melhor entendimento você 
verá o planejamento estratégico de TI alinhado às etapas do planejamento 
estratégico corporativo.
Analisando os autores e as vertentes que atualmente o termo planejamento 
empresarial segue para o contexto da TI, foi escolhido o formato do autor 
Amboni (2002), por conter um bom fluxo de construção dessa etapa tão im-
portante para as organizações, incluindo os melhores conceitos sobre o tema. 
Lembre-se da premissa de que sempre a alta direção deve estar compromissada 
com o planejamento de TI e demais áreas, garantindo, assim, sua execução.
229Planejamento estratégico de TI
Etapa 1: sensibilização
Dentro da empresa, a primeira etapa trata da sensibilização das pessoas sobre 
a utilização da ferramenta de planejamento para orientar as ações. A alta 
direção deve mobilizar as pessoas para que colaborem de forma efetiva para 
a construção desse modelo de atuação, afinal, em certos momentos, há uma 
necessidade de mudança e como essa mudança vai acabar por acontecer em 
todos os setores da empresa, nada mais adequado do que sensibilizar todos 
os envolvidos. Na área da TI, devem ser sensibilizadas as pessoas para que já 
comecem a pensar no apoio tecnológico que terão de utilizar para as melhorias, 
como opções de software e hardware. Nesse momento, pode ser mostrada a 
Figura 3, que demonstra como planejamento irá atuar em toda base corporativa, 
nos três níveis, o estratégico, o tático e o operacional.
Figura 3. Níveis de atuação do planejamento estratégico.
Etapa 2: diagnóstico estratégico
Essa etapa pode ser desenvolvida pelos colaboradores da própria organização ou 
serem chamados especialistas de fora para o auxílio. Tanto na área administrativa 
como na área de TI essa premissa é verdadeira, nela será diagnosticado como a 
empresa se encontra, ou seja, o momento atual, tanto na área interna como na 
percepção do mercado e demais componentes da área externa. Nesse momento, 
é utilizada uma ferramenta chamada Matriz SWOT, conforme apresentado na 
Figura 4, que irá verificar os pontos fortes e fracos internamente e as ameaças 
e as oportunidades do ambiente externo da organização. Por exemplo, o atual 
Planejamento estratégico de TI230
banco de dados utilizados pela organização, se atende ou não as diretrizes da 
empresa e se no mercado há ferramentas de melhor performance.
Figura 4. Matriz SWOT.
Fonte: Marcondes (2016).
Aqui constarão todos os aspectos relacionados à empresa, como sua cul-
tura; as atividades que realiza; os públicos com os quais se relaciona; seus 
colaboradores; seus recursos financeiros e não financeiros; como é sua gestão; 
na TI como é o formato de proteção de dados e informações, qual o nível de 
segurança dessas informações e como é a capacidade de processamento das 
informações; quais seus produtos e serviços; como os clientes veem a empresa; 
quais as estratégias que a empresa toma para o curto, médio e longo prazo; 
quais os sistemas de gestão, informação e avaliação de indicadores; enfim 
todos os sistemas envolvidos pela organização, chegando até os subsistemas 
administrativos (comercial, administrativo, vendas, finanças, TI, suprimentos, 
recursos humanos e marketing), abordando os assuntos mais relevantes deles.
Etapa 3: definições – negócio, missão, visão e valores
Essa etapa é de extrema importância, pois nela serão definidas as bases do 
planejamento. Primeiramente, o negócio da empresa, ou seja, qual a área de 
231Planejamento estratégico de TI
atuação da empresa, por exemplo, uma empresa de venda de software, deve 
focar em sempre manter atualizada a oferta de softwares que atendam ao seu 
público, assim concentrando os esforços da organização em não perder seu foco.
A missão irá ser a razão pela qual a empresa existe, no exemplo acima, 
ela irá responder às perguntas: O que a empresa deve fazer? Comercializar 
software. Para quem deve fazer? Para empresas que buscam melhorar seus 
processamentos de informações. Como deve fazer? Com uma oferta ativa de 
programas atualizados. Para que deve fazer? Para alcançar seus objetivos e 
metas. Onde deve fazer? Em lojas físicas ou virtuais. Portanto, contemplar 
todas as variáveis da razão pela qual a empresa existirá.
A visão irá projetar o estado desejado da empresa, seguindo o exemplo, a 
empresa de comercialização de software deseja ser reconhecida como a melhor 
empresa no segmento. Os valores serão os defendidos pelos colaboradores no 
desempenho de suas funções, bem como os que irão assegurar o cumprimento 
das estratégias, no exemplo, podem ser: colaboradores comprometidos, ética 
na comercialização de sistemas e respeito aos direitos autorais.
Etapa 4: objetivos estratégicos
Após determinar as bases do planejamento, devem ser traçados os objetivos 
a serem percorridos pela empresa, que serão o guia para orientar as ações em 
todos os níveis organizacionais. Nesta etapa, os indicadores vão ser utilizados 
para balizar esses objetivos, por exemplo, quantidade de sistemas comercia-
lizados, participação no mercado de software (market-share), retorno sobre 
investimento, entre outros.
Etapa 5: definição das bases estratégicas
Nesta etapa devem ser ajustados os procedimentos a serem adotados pelos 
níveis organizacionais táticos e operacionais, sendo tratadas as ações que irão 
ser utilizadas pelos colaboradores para o desempenho de suas funções, que 
serão formuladas pela ferramenta “plano de ação”, que define o objetivo a ser 
alcançado, quem irá fazer a ação, como fará, porque fará, quanto custará e 
onde e em que tempo deverá executar a ação. Nesse momento, surge a ferra-
menta matriz GUT, veja na Figura 5, que determina a gravidade, a urgência 
e a tendência sobre as ações e procedimentos a serem feitos.
Planejamento estratégico de TI232
Figura 5. Matriz GUT.
Fonte: Paredes (2016).
Assim, serão ajustadas as bases gerenciais e operacionais para garantir o 
alinhamento e a execução das ações propostas no planejamento estratégico 
empresarial.
Etapa 6: planos de contingência e requisitos mínimos 
para rodar os planos estratégicos
Devem constar nas etapas do planejamento os planos de contingência, caso 
ocorram problemas ou alterações de cenários internos ou externos, por exemplo, 
em uma instalação de um novo sistema de informações a TI, deve ter um plano 
B caso ocorram problemas de aderência à nova ferramenta.
Os requisitos mínimos que devem ser garantidos para que o planejamento 
seja executado e suas metas e objetivos alcançados, por exemplo, quais os 
equipamentos de hardware mínimos que suportam a instalação de um novo 
software.
233Planejamento estratégico de TI
Etapa 7: implementação
O dia “D”, o dia de comunicar os objetivos, as consequências e os benefícios 
da base estratégica organizacional rodar nos três níveis organizacionais, é 
o lançamento do planejamento e o começo do desenvolvimento dos planos. 
Devem ser passados a todos os colaboradores o formato de trabalho e a forma 
de medição na qual irão ser controlados e avaliados. É o mesmo processo na 
TI, quando da virada de chave de um sistema operacional para outro, com os 
mesmos cuidados e as mesmas facilidades e dificuldades que o momento requer.
Etapa 8: controlar, monitorar e avaliar
Um planejamento estratégico empresarial ou de TI não é algo que é feito e não 
necessita mais se consultado ou ajustado. Ele é um organismo “vivo” dentro de 
uma empresa, sempre será controlado, avaliado e mensurado, para que possam 
ser tomadas ações de correção ou de melhoria, promovendo um crescimento 
do conhecimento empresarial. Há casos em que as empresas se utilizam de 
um comitê diretivo de TI, que estabeleceas medidas de desempenho para os 
departamentos de TI, observando seu cumprimento.
Nessa etapa, a TI está em muito auxiliando as ações de planejamento, 
afinal com a utilização dos sistemas de informação, as empresas ganham 
velocidade nas análises e tomadas de decisão, ficando mais confortáveis para 
o atingimento de seus objetivos e metas.
Você deve conhecer quatro ferramentas, veja o Quadro 1, de mercado 
que podem auxiliar o planejamento de TI a ficar alinhado com o restante do 
planejamento empresarial, entre outras.
Planejamento estratégico de TI234
Information 
Technology 
Infrastructure 
Library (ITIL)
Surgiu nos anos de1980, na Inglaterra, para auxiliar nas 
melhores práticas do gerenciamento de serviços em TI, 
abordando o gerenciamento de propriedade de softwares, 
implantação, suporte e gestão dos serviços prestados 
por eles, assim definindo as bases dos sistemas para que 
atendessem as necessidades do negócio da empresa.
Control Objectives 
for Information 
and Related 
Technology (COBIT)
Tem o objetivo de estabelecer métodos baseados em 
normativas internacionais, para verificar a estrutura de 
referência para o gerenciamento e auditoria na área de TI, 
alinhando assim a TI ao processo do negócio. Tem como 
base 34 objetivos de controle de alto nível dispostos em 
quatro dimensões, sendo elas planejamento, monitoração, 
aquisição e implementação e entrega e suporte.
Project 
Management Body 
of Knowledge 
(PMBOK)
É um modelo de gestão que trata de práticas de 
gestão dividido em nove áreas do conhecimento, 
em que atua nas entradas, ferramentas, técnicas 
e saídas de projetos relacionados a TI.
Capability Maturity 
Model for Software 
(SW-CMM)
É um modelo de maturidade de capacidade para 
sistemas, no qual as empresas irão medir e identificar os 
pontos de melhoria de processos dentro da organização.
Quadro 1. Ferramentas de planejamento de TI.
A 5W2H surgiu no Japão, criada por profissionais da indústria automobilística durante 
os estudos de qualidade total. É considerada uma das técnicas mais eficazes em 
relação ao planejamento de atividades e elaboração de projetos. A 5W2H possui uma 
implementação muito simples, sendo necessária apenas a elaboração de uma tabela 
para discutir as principais questões que fazem parte da análise. As perguntas são feitas 
com base nas seguintes questões: o quê – objetivo da atividade; quando – data para 
que o plano de ação entre em ação; quem – as pessoas envolvidas na atividade; por 
que – os motivos para a realização da atividade; onde – definição do local de ação; 
como – maneira a ser executada; e quanto – define custo do processo (SILVA, 2016). 
235Planejamento estratégico de TI
Profissionais de tecnologia da informação para 
o planejamento
A área da TI começou a fazer parte do planejamento devido a sua grande 
importância no processamento e na armazenagem dos dados que geram in-
formações e conhecimento para as organizações.
Sendo assim, ela é considerada como área de fundamental participação 
no planejamento, afinal, será utilizada para rodar os processos empresariais 
realizando, pela utilização de sistemas de informação, a interface entre as 
áreas e subáreas dentro das empresas. A informação deve ser compartilhada 
e é decisiva para a tomada de decisões em todos os níveis organizacionais, 
deve ter proteções de acesso e segurança no armazenamento, utiliza hardware, 
software, banco de dados e sistemas de rede de dados e fonia, que possibilitam 
a conectividade da empresa interna e externamente.
Assim sendo, é necessário um alinhamento da TI com a estratégia or-
ganizacional, tendo gestão própria e controles bem definidos, afinal, são 
componentes físicos, sistemas e equipamentos de transmissão de dados que 
devem ser definidos e controlados para a correta utilização dentro da empresa.
A governança de TI vai cuidar de cinco áreas fundamentais: 
 � Alinhamento estratégico: para garantir que haja uma performance 
em conjunto com os demais planejamentos.
 � Entrega de valor: assegurar que o setor de TI seja eficaz, eficiente e 
efetivo.
 � Gerenciamento de riscos: garantir que a empresa tenha um mapa dos 
riscos e as ferramentas para minimizá-los.
 � Gerenciamento de recursos: para que os recursos humanos e tecno-
lógicos sejam bem otimizados pela organização.
 � Gestão de desempenho: para que os indicadores permitam a verifi-
cação da performance dos recursos utilizados em prol do alcance dos 
objetivos organizacionais.
No planejamento devem ficar definidos os tipos de usuários e os controles 
de acesso desses usuários para consultar e modificar os dados. Para o geren-
ciamento desses processos surgiu uma função no mercado que caracteriza o 
profissional que irá planejar essa e as demais ações da TI em uma empresa, 
trata-se do Chief Information Officer (CIO) ou o gestor principal de TI em 
uma organização.
Planejamento estratégico de TI236
Esse profissional irá ter uma visão alinhada ao planejamento da empresa, 
promovendo ações para que os sistemas de informação gerenciais (SIG) e os 
sistemas de apoio à decisão (SAD) tenham suas funções e objetivos claramente 
identificados e que fiquem operacionais para a empresa.
Ele vai trabalhar junto à alta direção no que chamamos de confecção da 
política de TI ou governança de TI, ou seja, ira traçar as diretrizes estratégicas 
de TI que farão parte da empresa, alinhadas as melhores práticas do mercado 
na mesma área, realizando a integração dessas política com as demais áreas 
da empresa, conforme Figura 6.
Figura 6. Quatro faces de TI.
Fonte: Deloitte (c2017).
O CIO ou gestor de TI irá auxiliar de forma decisiva nos níveis organizacionais, 
sendo que, no nível estratégico, atuará no planejamento estratégico, na definição 
de arquitetura de TI e planejando e controlando a área dentro da empresa.
No nível tático vai auxiliar e acompanhar o planejamento e o desenvol-
vimento de aplicações, gerenciamento de dados, utilização de sistemas e 
desenvolvimento de projetos, assim como no monitoramento e planejamento dos 
sistemas gerenciais da empresa, assim como a utilização da TI e seus sistemas 
nas demais áreas da empresa, como a área comercial, marketing e auditorias.
237Planejamento estratégico de TI
No nível operacional, atuará no controle do desenvolvimento e manutenção 
de projetos, controle de recursos utilizados e demais utilizações dos recursos 
de TI para atender ao nível de serviço desejado na organização.
Uma área de conhecimento é definida por seus requisitos de conhecimentos 
e descrita em termos dos processos que a compõem, suas práticas, entradas, 
saídas, ferramentas e técnicas. Existem nove áreas de conhecimento (DEV-
MEDIA, c2017):
 � Integração: descreve os processos que integram elementos do geren-
ciamento de projetos.
 � Escopo: descreve os processos envolvidos na verificação de que o projeto 
inclui todo o trabalho necessário e apenas o trabalho necessário, para 
que seja concluído com sucesso.
 � Tempo: descreve os processos relativos ao término do projeto no prazo 
correto.
 � Custo: descreve os processos envolvidos em planejamento, estimativa, 
orçamentação e controle de custos, de modo que o projeto termine 
dentro do orçamento aprovado.
 � Qualidade: descreve os processos envolvidos na garantia de que o 
projeto irá satisfazer os objetivos para os quais foi realizado. 
 � Recursos humanos: descreve os processos que organizam e gerenciam 
a equipe do projeto. 
 � Comunicações: descreve os processos relativos à geração, coleta, dis-
seminação, armazenamento e destinação final das informações do 
projeto, de forma oportuna e adequada. 
 � Riscos: descreve os processos relativos à realização do gerenciamento 
de riscos em um projeto. Temos cinco processos de planejamento e um 
de controle. 
 � Aquisições: descreve os processos que compram ou adquirem produ-
tos, serviços ou resultados, além dos processos de gerenciamento de 
contratos. 
Planejamento estratégico de TI238
ALMEIDA, M. I. R. Manual de planejamento estratégico.2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
AMBONI, N. Base estratégica corporativa. Revista Brasileira de Administração, Brasília, 
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241Planejamento estratégico de TI
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Planejamento estratégico de TI242
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