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Prof. Me. Antônio Palmeira UNIDADE I Planejamento Estratégico de TI Estratégia. Tecnologia da Informação para Estratégia de Negócios. Ferramentas e Modelos utilizados na Gestão Estratégica. Balanced Scorecard. Processo de Planejamento Estratégico Empresarial. Planejamento Estratégico de TI. Conteúdo da disciplina Fundamentos de Administração. Administração Estratégica. Papel Estratégico da TI. Administração Estratégica da TI. Conteúdo da Unidade I Meireles (2003, p. 46) declara que ela “é um artefato que pode ser abordado como um conjunto articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado fim e balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, culturas etc.)”. Organizações Classificação das Organizações Adaptado de: Costa Neto e Canuto (2010, p. 10). Quanto à estrutura Corporações: são constituídas pela reunião de pessoas, com um fim não econômico e econômico Fundações: são formadas em torno de um patrimônio com determinado fim Quanto à função De direito público: União, estados, municípios, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas De direito privado: empresas com fins lucrativos, associações, fundações, partidos políticos e organizações religiosas Empresa Adaptada de: Costa Neto e Canuto (2010, p. 15). Insumos Capital Trabalho Enrgia Produtos ou serviços SubprodutosEfeitos sobre o meio ambiente Empresa A empresa e as suas relações Adaptada de: Foina (2013, p. 11). Empresa Governo Acionistas Clientes FornecedorMercado financeiro Mercado consumidor Mercado de mão de obra Estrutura Organizacional e as Funções Empresariais Fonte: livro-texto. Compras Administração Comercial TI Produção Marketing Direção Administração é um conjunto de tarefas executadas a partir de processos de tomada de decisão de planejamento, organização, direção e controle de recursos humanos, tecnológicos, físicos, financeiros, informação, conhecimento, entre outros, com o intuito de alcançar os objetivos da organização Administração Fonte: livro-texto. Objetivos Divisões Recursos Planejamento Organização Direção Controle Humanos Tecnológicos Físicos Financeiros Informação Conhecimento Funções da Administração Fonte: livro-texto. Função Tópico Planejamento - (What) O que fazer? - (Why) Por que fazer? - (How) Como fazer? Organização - (Who) Quem vai fazer? - (Where) Onde fazer? - (When) Quando fazer? Direção - Eficiência e eficácia - Liderança e motivação - Comando eficaz Controle - Comparação com padrões - Correção de rumos - Subsídios ao aperfeiçoamento Qual das alternativas a seguir não é considerada uma das funções da administração? a) Planejamento. b) Organização. c) Execução. d) Direção. e) Controle. Interatividade Qual das alternativas a seguir não é considerada uma das funções da administração? a) Planejamento. b) Organização. c) Execução. d) Direção. e) Controle. Resposta Termo utilizado há séculos e tem as suas origens na área militar. A palavra estratégia vem do grego strategos, que significa arte ou liderança do general. O seu conceito está relacionado aos seguintes aspectos: tomada de decisão; determinação de objetivos e metas; longo prazo; conjunto de ações; análise de cenários internos e externos. Estratégia Estratégia nos remete à ideia de estratégia como tomada de decisão diante de opções que se apresentam. A ação estratégica está relacionada fortemente ao trabalho de escolher ou não uma opção. Ser estratégico não é “abraçar” tudo, mas determinar o foco das nossas ações, por meio das escolhas, e assim alcançar vantagens competitivas. Estratégia (Tomada de Decisão) Não é possível agir estrategicamente sem estabelecer onde nós queremos chegar, e isso consiste na definição de objetivos. O estabelecimento de objetivos dá sentido ao caminho a ser traçado. Os objetivos são de natureza qualitativa, como contexto ou situações que desejamos atingir. Já as metas possuem uma natureza quantitativa, sempre relacionada a números, e têm a necessidade de serem relevantes, temporais, atingíveis e específicas. Estratégia (Determinação de Objetivos e Metas) Pensar estrategicamente é sempre pensar no longo prazo. Quem pensa no curto prazo, pensa apenas no operacional e não consegue enxergar o amanhã. Longo prazo = Estratégico. Médio prazo = Tático. Curto prazo = Operacional. Estratégia (Longo Prazo) A estratégia é um processo, ou seja, um conjunto de tarefas. As tarefas existem no contexto de um plano colocadas em um plano que precisa conter a descrição de papéis, responsabilidades, objetivos, metas, custos, patrocinadores, cronogramas, entre outros. Estratégia (Conjunto de Ações) Esses cenários são também chamados de meio envolvente e nele encontramos os fatores que influenciam a elaboração das estratégias corporativas. No contexto interno encontramos as forças e fraquezas. No contexto externo encontramos as oportunidades e ameaças. Estratégia (Análise de Cenários Internos e Externos) A administração estratégica envolve a tomada de decisão sobre recursos com base nas funções já vistas da administração clássica, mas a sua perspectiva é sempre no longo prazo, no futuro, e considerando a realidade ambiental (interna e externa). O principal objetivo da administração estratégica é a busca da vantagem competitiva, a partir de processos, princípios e estruturas que favoreçam o atingir das metas organizacionais estratégicas. Administração Estratégica Administração Estratégica como um sistema Fonte: Abdalla, Conejero e Oliveira (2019, p. 64). Planejamento estratégico Organização estratégica Controle estratégico Direção estratégica Coordenação estratégica Input (entrada) Output (saída) = resultados Prepara-se para o futuro. Tem um raciocínio que parte do geral para o particular. Consegue trabalhar com as turbulências ambientais próprias do mundo corporativo. Tem atitude e visão empreendedoras, calculando os riscos e erros na tomada de decisão e voltando-se para o processo de inovação. Cultiva o diálogo otimizado, expondo suas ideias e ouvindo os demais, favorecendo a comunicação. Preza pela lealdade às pessoas. Trabalha com prioridade na tomada de decisão estratégica. Exerce bem a sua liderança de forma ética e assumindo sempre as suas responsabilidades. É orientado a resultados. Administrador Estratégico (perfil) Pensar e trabalhar estrategicamente passa necessariamente por: a) Estabelecer objetivos de curto prazo. b) Considerar metas de médio prazo. c) Analisar apenas o ambiente interno. d) Considerar apenas o ambiente externo. e) Criar ações para atingir objetivos e metas. Interatividade Pensar e trabalhar estrategicamente passa necessariamente por: a) Estabelecer objetivos de curto prazo. b) Considerar metas de médio prazo. c) Analisar apenas o ambiente interno. d) Considerar apenas o ambiente externo. e) Criar ações para atingir objetivos e metas. Resposta Encontramos uma primeira fase na evolução do pensamento estratégico, em que a estratégia era percebida a partir apenas da perspectiva financeira. Nesse período, os objetivos estratégicos sempre tinham forte relação com questões financeiras, fazendo com que o planejamento estratégico estivesse limitado a um planejamento de controle financeiro. Constatamos que a ferramenta de grande destaque na, então, administração estratégica era o orçamento anual, com enfoque top-down – de cima para baixo –, ou seja, havia um único estrategista, que era o executivo do topo da pirâmide organizacional, o qual tomava as decisões estratégicas baseado na previsão de receitas. Histórico do Pensamento Estratégico (Décadas de 1950 e 1960) Encontramos a forte disseminação do conceito de estratégia ligado à ideia de longo prazo. Nesseperíodo era comum a utilização de ferramentas que auxiliavam a criação de cenários futuros, mas sem tanto refinamento. Outra técnica interessante envolvia o estudo dos gaps (lacunas) verificados entre a projeção de referência e o cenário desejável. Nas organizações já se trabalhava um pouco a visão de futuro por meio das ferramentas existentes, estudando regras de causa e efeito de ações estratégicas. Histórico do Pensamento Estratégico (Décadas de 1970) Percebemos o estabelecimento da ideia moderna de planejamento e pensamento estratégico. Nesse período as empresas começam a ir além das questões financeiras para considerar também a importância da competitividade, da competência na produção e das questões tecnológicas, que começam a ganhar “corpo” no mundo corporativo. Trabalho de Michael Porter voltado para as forças competitivas. Histórico do Pensamento Estratégico (Décadas de 1980) Forças Competitivas de Porter Fonte: Adaptada de: Porter (1989, p. 27). Poder de barganha dos fornecedores Ameaças de novos entrantes Poder de barganha dos clientes Ameaça de produtos substitutos Rivalidade entre concorrente Administração estratégica passou a enfocar, de maneira sistêmica, as funções estratégicas para o estabelecimento do equilíbrio entre demandas internas e externas, integrando todos os setores da organização, de maneira que a alocação de recursos ocorresse da melhor forma na busca de atingir seus objetivos e suas metas. Nesse período, o conceito tradicional de pensamento estratégico centralizado passou a se tornar arcaico para os administradores, que já compreendiam a visão mais moderna de estratégia. Esse passo da evolução do pensamento estratégico fez com que as atividades estratégicas estivessem relacionadas não somente às questões internas, mas também às questões externas. Histórico do Pensamento Estratégico (Décadas de 1990) As organizações dos dias atuais são extremamente tecnológicas. Ciclo de vida de produtos cada vez menor e com desafios nunca antes vistos, que exigirão estratégias nunca antes vistas. Necessidade de pensamento e ações estratégicas ágeis, enxutas e cada vez mais tecnológicas. Histórico do Pensamento Estratégico (Dias atuais) Estratégia de diferenciação. Estratégia de liderança em custo. Estratégia de foco. Estratégias Competitivas A estratégia de diferenciação remete à provisão de um produto diferente e mais valorizado por clientes e concorrentes. O valor agregado ao produto influi decisivamente na escolha dos clientes e, também, na satisfação definitiva. Esse tipo de estratégia é uma alternativa para aquelas empresas que não querem se basear no baixo custo como vantagem competitiva. Estratégia de Diferenciação Envolve economias de escala, custos de mão de obra ou automação de processos, além de outras maneiras, que são frutos de múltiplas abordagens. Para se conseguir a implementação dessa estratégia, são necessárias várias ações, tais como: remoção de acessórios e extras de um produto; provisão de produtos enxutos e sustentáveis; redução de custos de produção; substituição de matéria-prima. Estratégia de Liderança em Custo Consiste em uma parte do mercado direcionando-se a um segmento específico de clientes ou a uma região geográfica limitada. Objetiva evitar a dispersão ou a divergência da implantação da estratégia, resultando em uma forma de competição, mesmo com recursos escassos. Dessa forma, gera-se uma estratégia de posicionamento e diminuem-se as pressões competitivas. Estratégia de Foco Qual das alternativas a seguir não apresenta uma das forças competitivas de Porter? a) Poder de barganha dos clientes. b) Poder de barganha dos fornecedores. c) Ameaça de produtos substitutos. d) Ameaça de novos entrantes. e) Pressão dos funcionários. Interatividade Qual das alternativas a seguir não apresenta uma das forças competitivas de Porter? a) Poder de barganha dos clientes. b) Poder de barganha dos fornecedores. c) Ameaça de produtos substitutos. d) Ameaça de novos entrantes. e) Pressão dos funcionários. Resposta Para fazer diferente, ou seja, ter singularidade, é necessário comprometimento e disposição de evidenciar o verdadeiro significado do negócio, compreendendo que a competição é a luta pela singularidade. As escolhas estratégicas competitivas precisam basear-se no profundo entendimento do contexto e das pessoas que vamos servir, ou seja, dos nossos clientes. É necessária uma grande harmonia entre o que vamos oferecer, quem vamos servir e como vamos executar a estratégia. Até que alcancemos os resultados positivos, a estratégia é apenas uma hipótese que pode se confirmar mediante o aprendizado contínuo no ciclo planejar-implementar-medir-aprender. Evite imitar integralmente os concorrentes no que tange a quem servir, como executar e o que fazer, em matéria de estratégia competitiva. Os posicionamentos estratégicos não são únicos para sempre; ao contrário, devem ser dinâmicos. Regras de ouro para o estabelecimento de estratégias competitivas Melhoria nos processos organizacionais por meio da redução do tempo de processamento das informações. Automatização de grande parte das tarefas executadas no ambiente das empresas. Utilização das ferramentas de comunicação a distância por voz ou por videoconferência. Redução em seus custos, por meio do aumento da eficácia e eficiência dos processos que utilizam a TI. Papel estratégico da TI Grid Estratégico da TI Fonte: Laurindo (2008, p. 78). Fábrica Estratégico Suporte Transição Impacto presente Alto Baixo Baixo Alto Impacto futuro Estrutura Organizacional da Área de TI Diretor de TIC Gerência de desenvolvimento Gerência de suporte Equipe suporte Equipe DBA/AD Equipe suporte a SO Equipe suporte a redes Equipe sistema A Equipe sistema B Equipe sistema N Equipe operação planejamento Gerência de produção (datacenter) Gerência de relacionamento Helpdesk Equipe relacionamento Escritório de projetos Planejamento e orçamento Fonte: livro-texto. Evolução da Administração da TI Fonte: Adaptada de: Magalhaes e Pinheiro (2007, p. 37). Provedor de tecnologia Provedor de serviços Parceiro estratégico Gerenciamento de infraestrutura de TI Gerenciamento de serviços de TI Governança de TI - TI considerada investimento - Administrador da TI com visão de negócio - TI entrega serviços e é parceira estratégica - TI considerada custo - Administrador da TI é o melhor técnico - TI entrega uma infraestrutura É administração de todos os recursos de informação e tecnológicos da empresa, partindo de um referencial estratégico e com o objetivo de alcançar vantagens competitivas para o negócio. Ocorre sob a liderança do CIO e da sua equipe de gestores, que recebem as demandas e os objetivos dos negócios e os desdobram para dentro da área de TI. Gestão Estratégica da TI É o processo mais importante para uma empresa que deseja gerenciar estrategicamente a TI. Garante a interligação entre o plano estratégico de negócio e o plano estratégico de TI, além de manter e validar a proposição de valor de TI, alinhando as operações da organização. Favorece a coesão entre a área de TI e as áreas funcionais, integrando constantemente o negócio. Alinhamento estratégico entre TI e negócio Modelo de alinhamento estratégico Fonte: Henderson e Venkatraman (1993 apud LAURINDO, 2008, p. 90). Escopo: negócio Escopo: negócio Direção/ administração do negócio Estratégia de negócio Estratégia de TI Escopo: tecnologia Competências sistêmicas Direção/ administração da TI Infraestrutura e processos organizacionais Infraestrutura e processo de TI Ligação Automação E x te rn o Ajuste estratégico Infraestrutura administrativa In te rn o Processo Habilidade Negócio Integração funcional Tecnologia da Informação(TI) Arquitetura HabilidadeProcesso Tipos de Alinhamento Estratégico Adaptado de: Laurindo (2008, p. 92). Alinhamento Perspectiva Alinhamento da execução estratégica Estratégia do negócio ➔ infraestrutura do negócio ➔ infraestrutura de TI Essa é a perspectiva mais difundida e mais bem compreendida, uma vez que corresponde ao modelo clássico de visão hierárquica de administração estratégica Alinhamento da transformação tecnológica Estratégia do negócio ➔ estratégia de TI ➔ infraestrutura de TI Nessa perspectiva, nota-se que a estrutura de TI não é restringida à estrutura de organização de negócios (que permanece inalterada no ciclo de alinhamento) Alinhamento do potencial competitivo Estratégia de TI ➔ estratégia do negócio ➔ infraestrutura do negócio A escolha da estratégia do negócio decorre de uma nova estratégia de TI adotada, que tem potencial para impactar produtos e serviços, influenciando a estratégia do negócio e as relações no mercado. A infraestrutura de TI permanece inalterada Alinhamento do nível de serviço Estratégia de TI ➔ infraestrutura de TI ➔ infraestrutura do negócio Essa perspectiva visa a construção de uma organização "classe mundial" em termos dos serviços de Tecnologia da Informação Alinhamento Estratégico Estático e Dinâmico Adaptada de: Fernandes e Abreu (2014, p. 49). Linha de tempo imaginada Linha de tempo realizada Situação atual do negócio Objetivos de negócios desejados Objetivos de negócios atingidos Alinhamento estático da TI Alinhamento dinâmico da TI Considerando o grid estratégico de TI, qual das opções a seguir não seria um tipo de TI? a) Fábrica. b) Transição. c) Terceirizada. d) Estratégica. e) Suporte. Interatividade Considerando o grid estratégico de TI, qual das opções a seguir não seria um tipo de TI? a) Fábrica. b) Transição. c) Terceirizada. d) Estratégica. e) Suporte. Resposta ABDALLA, M. M.; CONEJERO, M. A.; OLIVEIRA, M. A. Administração estratégica: da teoria à prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 2019. COSTA NETO, P. L. O.; CANUTO, S. A. Administração com qualidade: conhecimentos necessários para a gestão moderna. São Paulo: Blucher, 2010. FERNANDES, A. A.; ABREU, V. F. Implantando a governança de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2014. FOINA, P. R. Tecnologia da Informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas, 2013. HENDERSON, J. C.; VENKATRAMAN, N. Strategic alignment: leveraging information technology for transforming organizations. IBM System Journal, v. 32, n. 1, p. 4-16, 1993. Referências bibliográficas LAURINDO, F. J. B. Tecnologia da Informação: planejamento e gestão de estratégias. São Paulo: Atlas, 2008. MAGALHÃES, I. L.; PINHEIRO, W. B. Gerenciamento de serviços de TI na prática. São Paulo: Novatec, 2007. MEIRELES, M. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo: Futura, 2003. PORTER, M. E. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1989. Referências bibliográficas ATÉ A PRÓXIMA!
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