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Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal @stebelmirovet 2 Órgãos Responsáveis pela Inspeção de Alimentos BR Há 3 esferas (Federal, Estadual de Municipal) responsáveis pela Inspeção de Alimentos no Brasil e existe uma hierarquia entre elas. Sendo assim, o que o federal determina é valido para todo o Brasil e não pode ser contrariado pelas esferas estaduais e municipais. Os órgãos estudais e municipais tem autonomia apenas para seguir as regras e fazer algo a mais. Ou seja, nunca podem mudar ou deixar de seguir o que foi determinado. ÓRGÃOS FEDERAIS MAPA Ministério da Saúde DIPOA ANVISA - SIF ÓRGÃOS ESTADUAIS Secretaria Estadual de Saúde Secretaria Estadual de Agricultura CVS SIE (SISP/SIRJ...) ÓRGÃOS MUNICIPAIS Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Municipal de Agricultura Vigilância Sanitária SIM CCZ - COVISA - * MAPA = Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento * ANVISA = Agencia Nacional da Vigilância Sanitária * DIPOA = Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal * COVISA = Coordenadoria da Vigilância em Saúde – chama assim só em SP * SIF = Serviço de Inspeção Federal * SIM = Serviço de Inspeção Municipal * SIE = Serviço de Inspeção Estadual * CVS = Centro de Vigilância Sanitária * CCZ = Centro de Controle de Zoonoses FISCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTOS MAPA Ministério da Saúde Abatedouros Açougues Fábrica de Laticínios Restaurantes Industria de Bebidas Mercados Laticínios - Produtos Fábrica de Bolos, Balas, Salgados, etc. ► O MAPA é responsável por fiscalizar industrias produtoras de alimentos de origem animal. ► Já o Ministério da Saúde é responsável por fiscalizar o comercio de produtos de origem animal. TUDO que não é exclusivamente vindo de origem animal/bebida é de responsabilidade do ministério da saúde. ► Ministério da Saúde SUS – criado em 1988 pela Constituição Federal - Foi regulado em 1990 pela lei 8.080/1990 Tudo deve ser descentralizado – cada município deve ser responsável por fiscalizar seus estabelecimentos e manter SUS. @stebelmirovet 3 ► MAPA 1950 - a lei 1283/50 torna obrigatório a fiscalização de produtos de origem animal – essa lei cria o RISPOA A publicação do RISPOA foi feita em 1952 1971 – o Ministério da Agricultura pega para si toda a responsabilidade da fiscalização das fabricas – lei da Federalização – 5.760/1971 1989 – o Ministério publica a lei 7.889/89 devolvendo a responsabilidade de inspeção para as secretarias municipais - O MAPA fica apenas responsável por fiscalizar as grandes fabricas que produzem alimentos que serão levados para outros estados/países – elas serão fiscalizadas pelo SIF - Já a secretaria estadual de agricultura fica responsável pela fiscalização de fabricas que produzem alimentos que tem distribuição intermunicipal (dentro do estado) – elas serão fiscalizadas pelo SIE - E a Secretaria municipal de agricultura fica responsável pelas fabricas que produzem alimentos que terão distribuição municipal - elas serão fiscalizadas pelo SIM e qu ando não tem sim será pelo SIE Defesa Agropecuária Tem finalidade de garantir a qualidade do produto desde sua origem até o destino final. Fazem parte da defesa: SIF: cuida da inspeção de produtos de origem animal DEFESA SANITARIA: cuida da prevenção e controle de doenças dos animais de produção VIGIAGRO: responsável pela fiscalização do transito de animais e seus produtos – ele é responsável pela GTA (guia de transito animal), é a documentação que permite com que os animais sejam transportados e saiam do pais, sendo de produção ou não INSUMOS: fiscalização da produção e comercialização de produtos veterinários e alimentação animal REDE LABORATORIAL: apoio laboratorial as ações de vigilância, controle e fiscalização IMPORTANCIA DA INSPEÇÃO Saúde Pública: controle de zoonoses Sanidade Animal: defesa sanitária animal Controle Zootécnico: idade abate, abate de fêmeas Questões comerciais: importação e exportação, fraudes, classificação e padronização de produtos ABATES CLANDESTINOS Problema de saúde pública: exposição da população à produtos potencialmente nocivos à saúde Problema social: irregularidades trabalhistas, insalubridade Problema ambiental: descarte de resíduos no ambiente contaminando mananciais Problema fiscal: isenção tributária ► Selo Arte: é utilizado para produtos artesanais – produtores com produção pequena, etapas manuais – ele é menos burocrático @stebelmirovet 4 Inspeção de Leite ► Art. 235 (RIISPOA) Para os fins deste Decreto, entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. CONSUMO DE LEITE NO BRASIL 1990-2000 Até a década de 90 o consumo de leite UHT era muito baixo por ser desconhecido – as pessoas tinham “medo” de tomar Na década de 90, o consumidor do leite tipo C (que era o leite mais consumido) para consumir o leite UHT pois o mesmo passou a ter o mesmo preço do C, com maior durabilidade e de mais facilidade. Entretendo os consumidores de leite A e B se mantiveram fiéis. Quem toma esses leites não os escolhem por serem mais baratos ou fáceis, e sim porque gostam. Leite tipo A - até 2002 LOCAL: produzido, pasteurizado e embalado mecanicamente na própria indústria granja leiteira – mini usina dentro da propriedade que faz a pasteurização CARACTERISTICAS: Integral sendo proibida sua padronização – até 2002 MANEJO DE REBANHO: controle veterinário permanente. Procedentes de vacas identificadas e fichadas, sempre submetidas a exames individuais CONTAGEM MICROBIANA (CPP/CBT) - 10.000 UFC/ml pré-pasteurização - 500 UFC/ml pós-pasteurização - Coliformes: ausência em 1 mL - Prova de redutase: tempo maior que 5h Leite tipo B - até 2002 LOCAL: produzido em estábulos leiteiros ou instalações apropriadas. Resfriado no local e pasteurizado no anteposto – o leite vai para uma usina a qual recebem leite de diversos produtores e os misturam CARACTERISTICAS: integral sendo proibida sua padronização – até 2002 – Deve chegar ao entreposto até as 9 da manhã. - Transportado em tanques isotérmicos, distribuição no prazo máximo de 24h após a chegada na usina MANEJO DO REBANHO: Controle veterinário permanente – não tem fichamento individual CONTAGEM MICROBIANA (CPP/CBT): - 500.000 UFC/ml pré pasteurização - 40.000 UFC/ml pós-pasteurização - Coliformes: tolerância em 0,5ml - Prova de redutase: redução em 3:30h @stebelmirovet 5 Leite tipo C - até 2002 PRODUÇÃO: Produzido em fazendas leiteiras não cadastradas no M.A., Pasteurizado no entreposto e sem resfriamento obrigatório CARACTERISTICAS: Padronizado 3% gordura, chegar ao entreposto na máx. 24hs após ordenha - Leite não resfriado devia chegar até 12h (6h pós ordenha) - Pasteurização dentro de 5hs após o recebimento - Transporte em carros-tanques ou caminhões - Distribuição no prazo máximo de 24h MANEJO DE REBANHO: Inspeção periódica do rebanho – rebanho não cadastrado CONTAGEM MICROBIANA (CPP/CBT): - Sem limite UFC/ml pré pasteurização - 150.000 UFC/ml pós-pasteurização - Coliformes: tolerância em 0,2ml - Prova de redutase: redução em 1:30h INTRUÇÃO NORMATIVA 51/2002 Publicada em 01/07/2002- tem como objetivo melhorar gradativamente a qualidade do leite, principalmente do Cru Tipo C mas também de A e B – ocorre a permissão para padronização * A intenção era fazer com que o C virasse B * UFC= Unidades Formadoras de Colônias * CBT: contagem bacteriana total * CCS: contagem de célula somática SE TORNA OBRIGATÓRIO A REFRIGERAÇÃO DO LEITE Leite Cru ou Refrigerado - normativas INTRUÇÃO NORMATIVA 62/2011 Publicada em 29/12/2011 – a partir dessa normativa não se fala mais leite tipo C e sim Cru Refrigerado * A meta do dia 01/07 não foi alcançada Se criou o leite UHT e o Pasteurizado Padronizado 18/03 INTRUÇÃO NORMATIVA 7/2016 Publicada em 03/05/2016 CBT: CCS: 01/07/18: 100.000 UFC/mL 01/07/18: 400.000 céls/mL INTRUÇÃO NORMATIVA 31/2018 Publicada em 02/07/218 CBT: CCS: 01/07/19: 100.000 UFC/mL 01/07/19: 400.000 céls/mL Só em 30/09/2018 o governo percebeu que essas metas não dariam certo INTRUÇÃO NORMATIVA 76 E 77/2018 Publicada em 30/11/2018 – Ministério revoga todas as normativas anteriores - Só existe leite A e Cru Refrigerado (leite B + C) IN 76: fala da característica e qualidade do produto na indústria Art. 7º. O leite cru refrigerado de tanque individual ou de uso comunitário deve @stebelmirovet 6 apresentar médias geométricas trimestrais de Contagem: - CBT: máximo de 300.000 UFC/mL - CCS: máximo de 500.000 CS/mL * As médias geométricas devem considerar as análises realizadas no período de três meses consecutivos e ininterruptos com no mínimo uma amostra mensal de cada tanque Para o produtor parar de ter fornecer leite para o laticínio são necessárias 3 medias geométricas acima de 300.000 Art. 8º. O leite cru refrigerado deve apresentar limite máximo para Contagem Padrão em Placas de até 900.000 UFC/mL antes do seu processamento no estabelecimento beneficiador = A MÉDIA TRIMESTRAL NÃO PODE PASSAR DE 900.000 - Se passar ele para de fornecer naquele mesmo mês, e não só após 3 meses acima IN 77: trabalha com as boas práticas de produção – como se fosse um manual que o produtor deve seguir por toda a produção. Leite tipo A Pasteurizado – atualmente A Normativa IN76 traz novos valores CBT, CCS, proteínas, gordura, água Enterobactérias: A cada lote do leite A deve-se analisar 5 amostras N = 5 amostras M < 1 valor de referência = menos de 1 UFC/mL C = 2 de 5 amostras coletadas, até 2 podem ter até 5 UFC/mL M = 5 de 5 amostras coletadas, até 2 podem ter até 5 UFC/mL @stebelmirovet 7 Composição e Propriedades Físico e Químicas do Leite 1. TRIAGEM: Quando o leite chega das fazendas leiteiras deve-se fazer testes rápidos (triagem) para saber se o leite está apto a entrar na indústria – analisa-se no mínimo pH, resíduo de antibiótico e temperatura * Não se faz teste de bactérias, mas por exemplo, se as vacas tiverem mastite, o pH estará alcalino * Pode-se usar fita de pH ou alizarol ► ALIZAROL: exame que pode ser usado na triagem substituindo a fita de pH - Mistura-se uma quantidade de leite com solução de Alizarina (composta por Corante indicador de pH + álcool) RESULTADOS ACIDEZ INTENSA: Cor amarelada com coagulação ACIDEZ: cor parda amarelada com coagulação NORMAL: cor avermelhada sem coagulação LEITE ALCALINO: cor lilás sem coagulação MAMITE: cor lilás com coagulação 2. LABORATÓRIO: Após a triagem o leite entra na indústria e é misturado com o leite de outros produtores. Mesmo depois de misturado, a amostra retirada na triagem vai para o laboratório para uma análise mais detalhada: Contagem de bactérias Contagem de células somáticas Medição de Acidez: através de acidez titulável ► ACIDEZ TITULAVEL - Estimar a quantidade de ácido lático presente na amostra daquele leite - Normal: de 0,14 a 0,18g de ácido lático/100mL - Acidez normal do leite: 14 a 18ºD (graus Dornic) Para achar os graus Dornic é só multiplicar o ácido lático por 100 ACIDEZ INTERPRETAÇÃO CAUSAS <14ºD Baixa acidez Leite mamítico ou com adição de agua 15 a 18ºD Normal Bom estado >18ºD Acidez Alta Alta carga microbiana 3. São realizados também outras analises após a triagem ► DENSIDADE - É o peso específico do leite - Determinado pelo balanço dos seguintes elementos: sólidos não gordurosos, água e % gordura - Densidade do leite normal: 1,028 a 1,034 g/ml DENSIDADE INTERPRETAÇÃO CAUSAS <1,028 Baixa densidade Fraude por adição de água 1,028 a 1,034 Normal Bom estado >1,034 Densidade Alta Fraude por Desnate * A densidade deve ser medida a 15ºC @stebelmirovet 8 A densidade pode ser medida no refratômetro – usado para analises clinicas – no densímetro ou no termolactodensimetro. A densidade tem uma relação inversamente proporcional com a temperatura Ou seja, quanto maior a temperatura, menor a densidade Fórmula: ajuste de densidade d15ºC = d + 0,0002 (t-15) * d15ºC é a densidade a ser encontrada * d densidade do seu leite * t temperatura que o leite está Exemplo: Densidade (d): 1,030 Temperatura (t): 5 d15ºC = 1,030 + 0,0002 (5 – 15) d15 = 1,030 + 0,002 = 1,028 * Para cada grau abaixo de 15, subtrai-se 0,0002. Para cada grau acima de 15, soma-se 0,0002 Fraudes: Adição de água: densidade menor que o leite normal Desnate: densidade aumentada Desnate e adição de água: densidade pode estar compensada – um método de não aparecer que a densidade foi fraudada Adição de conservantes e neutralizantes: maioria aumenta a densidade, mas vai depender da densidade do composto adicionado pH – quanto mais alcalino mais roxo ► EXTRATO SECO - Compreende tudo que tem no leite, exceto água - Pode se determinar o extrato seco por: secagem em estufa ou através de cálculos pelo disco de Ackermann Relação entre densidade, % gordura e extrato seco. - Pode-se usar também a fórmula de Fleishmann (usada no excel) %ES= 1,2G + 2,655 x (100 x d- 100)/d - Valor mínimo: 11,4% EXTRATO SÓLIDO NÃO GORDUROSO/EXTRATO SECO DESENGORDURADO (ESD): É uma parte do extrato seco total - Valor mínimo: 8,4% - ESD = Extrato Seco Total – gordura ► GORDURA Método de Gerber - Quebra da emulsão gordurosa pelo ácido sulfúrico e posterior separação da fração lipídica por centrifugação – usa-se um butirômetro com leite e ácido sulfúrico – ocorria muitos acidente - Valor mínimo: 3% ► ÍNDICE CRIOSCÓPICO - Temperatura na qual o leite congela - Valor normal: Entre -0,512 e -0,536 ºC - Adição de água ao leite: sua temperatura de congelamento aumenta aproximando-se de 0C @stebelmirovet 9 - Adição de conservantes: abaixa a temperatura de congelamento TODAS AS PROVAS ATÉ AQUI FORAM FEITAS NO LEITE CRU ► ENZIMAS DO LEITE - Prova realizada no leite pasteurizado – usado para avaliar eficiência da pasteurização – pode ser realizado em um leite que já está no comercio FOSFATASE: Fosfatase alcalina é destruída pelo calor 63- 65C/30 minutos ou 72C/15-20 seg indica se o leite foi eficientemente pasteurizado PEROXIDASE: Destruída a 85C/10 minutos, no mínimo – não é destruída pela pasteurização RESULTADO ESPERADO: LEITE MAL PASTEURIZADO – DE MENOS É um problema grave, de saúde pública, pois o leite não foi devidamente pasteurizado e pode conter microrganismos patogênicos. LEITE MAL PASTEURIZADO – EXCESSO O Leite fervido perde suas propriedades, como nutricionais e sensoriais, não sendo um problema de saúde pública mas ainda sim um problema pro consumidor que pagou mais caro pelo leite pasteurizado que na verdade não é. LEITE CRU PASTEURIZADO Fosfatase + - Peroxidase + + LEITE CRU PASTEURIZADO Fosfatase + + Peroxidase + + LEITE CRU PASTEURIZADO Fosfatase + -Peroxidase + - @stebelmirovet 10 EVA – Enfermidades Veiculadas por Alimentos I BOTULISMO Agente Etiológico - Toxinas de Clostridium botulinum ! Características - Bacilos G+, formadores de esporos e anaeróbios - Mesófilo – tem preferência a temperaturas ambientes - Germinação exige anaerobiose estrita e pH >4,5 (no mínimo) - Toxinas termolábeis (80-100 ºC por 10 a 30min) – sensível ao calor - Encontrado em solo, fezes e alimentos, - Podem tolerar temperaturas acima de 100ºC – é difícil de se eliminar Bactéria em forma de esporo não se multiplica e não produz toxinas – fica como se estivesse hibernando -> se você consumir um alimento com esporos não será contaminado, apenas se a bactéria se torna uma célula vegetativa (sofrer germinação). * A bactéria refrigerada não é eliminada mas evita que ela se multiplique ► Alimentos Envolvidos - Alimentos que são armazenados na ausência de oxigênio e com pH superior a 4,5 - Mel – encontra-se o esporo e não as toxinas - Conservas (principalmente caseiras e animais), embutidos e enlatados - Queijos - Tortas: é nutritiva, pH adequado, com agua - Alimentos conservados a vácuo ou em óleo Distribuição - Solo, sedimentos de cursos d'água e lagos, iodo, trato intestinal de mamíferos, aves e peixes - Contaminação dos alimentos por contaminação fecal, solo ou água contaminados Quadro clinico - Período de Incubação (PI): de 12 a 36h podendo chegar a 8 dias – é o período que vai do momento de ingestão do alimento até o aparecimento dos primeiros sintomas ► Existe o botulismo clássico, Botulismo de lesões e o infantil/intestinal Clássico: adquirido por alimentos contaminados com as toxinas Lesões: o esporo entra em feridas – só não tem o quadro TGI Infantil/intestinal: acomete principalmente crianças de até 2 anos de idade – por não terem a microbiota formada, ao ingerir alimento com esporos, elas são acometidas pois ele chega no intestino e encontra nutrientes, água e não encontra competição, como encontraria no intestino adulto. Dessa forma, ele sai da forma de esporos e germina, produzindo toxinas - Adquirem principalmente pelo Mel pois é um alimento muito consumido por crianças nessa idade - Adultos após passarem por tratamento via antibióticoterapia também podem desenvolver esse tipo de botulismo @stebelmirovet 11 Sinais e Sintomas - Náuseas, vômitos, cólicas e diarreia podem aparecer precocemente. - Cefaleia, vertigem e/ou tonturas, visão dupla, fraqueza, constipação, cansaço respiratório, parada respiratória, perda de reflexo a luz, disfagia, ataxia, incoordenação motora, dificuldade de fala - CAUSA PARALISIA MUSCULAR - Letalidade: 50 a 65% em 3 a 10 dias Existe um soro que combate as toxinas no organismo, não combate as que se encontram na junção neuromuscular – deve-se ser aplicado nos primeiros sintomas pois as toxinas só ficam na circulação por 8 dias As toxinas podem permanecer na junção neuromuscular por até 6 meses. Prevenção e controle - Acidificar o alimento em conserva, manter alimentos em geladeira após preparados, higiene, evitar germinação de esporos (verificar pH, temperatura), eliminar as toxinas via calor, procedência INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA Agente Etiológico - Toxinas de Staphylococcus aureus ! Características - Cocos G+, não esporógenos (agente é sensível a 74ºC) e anaeróbios facultativos - Organismo mesófilo - Multiplica-se entre 10ºC e 46ºC produzindo toxinas. - Toxina termorresistente – não é eliminada com o calor ► Alimentos Envolvidos - Presunto cozido - Produtos cárneos - Aves, peixes - Saldas e molhos - Massas recheadas de creme - Batata, leite, queijo, bolo recheado - Alimentos com alta umidade e elevado teor proteico Distribuição - Homem: cavidade nasal, mãos, unhas e lesões de pele - Animais como bovinos e caninos podem ser portadores - 15-20% S. aureus isolado em humanos são enterotoxigênicos - Infeções purulentas e mastite estafilocócica -> focos Quadro clinico - Período de Itancubação (PI): de 30min a 8h - é o período que vai do momento de ingestão do alimento até o aparecimento dos primeiros sintomas Sintomas - Repentino mal-estar com náuseas, vômitos, dor abdominal e prostração. É frequente ocorrer diarreia, porém sem febre. Curta duração (um ou dois dias) Prevenção e controle - Educação e aplicação de medidas de higiene pessoal e de manipulação de alimentos. - Refrigeração rápida de produtos de origem animal a temperaturas inferiores a 4ºC ou seu cozimento imediato (pós-manipulação) a temperaturas superiores a 60ºC @stebelmirovet 12 INTOXICAÇÃO POR BACILUS CEREUS Agente Etiológico - Toxinas de Bacillus cereus ! Características - Cocos G+, aeróbios (prefere aerobiose mas consegue se multiplicar em anaeróbios -> Aeróbio facultativo), mesófilos e produtor de esporos - Toxina diarreica: termolábil (eliminada a 74ºC) e necrótica - Toxina emética: termorresistente (126ºC por 90 min), tolera ampla faixa de pH (2 a 11) – mais comum * Ou seja: O Bacillus cereus podem causar dois tipos de doenças diferentes Síndrome emética e Síndrome diarreica. Eles NÃO produzem as duas toxinas ao mesmo tempo * Termolábil: sensível ao calor A bactéria Bacillus cereus é a mais resistente de todas ► Alimentos Envolvidos - Síndrome emética: arroz e outros cereais - Síndrome diarreica: vegetais crus e cozidos, pescado, massas, pudins à base de amido, carnes, leite e sorvete. * Deve-se evitar deixar os alimentos em temperatura ambiente. * A bactéria geralmente vem no arroz, mas com ele cru não consegue produzir toxinas. Após cozido, o arroz em temperatura ambiente é um ambiente propicio para que as toxinas sejam liberadas Distribuição - Solo e meio ambiente - esporos presentes no ambiente (natural, doméstico e hospitalar) Contaminação inicial dos alimentos com os esporos Nas sobras mantidas entre 4 e 49ºC há multiplicação bacteriana Ingestão das toxinas e do agente Intoxicação Quadro clinico e Sintomas - Síndrome emética: mais comum PI de 30min a 6 horas e predomínio de náuseas e vômitos duração máxima de 24 horas. Similar à ação da toxina estafilocócica. - Síndrome diarreica: PI de 8 a 16 horas dores abdominais, diarreia aquosa profusa, tenesmo e náuseas – duração de 12 a 24 horas. Similar ao sintomas produzidos pelo C. perfringens Prevenção e controle - Os alimentos devem ser resfriados rapidamente, em pequenas porções e mantidos abaixo dos 4ºC ou acima dos 55ºC. Reaquecimento deve dar-se acima de 75ºC. Higiene dos alimentos, equipamentos e manipulação adequada. * O calor é eficaz para evitar multiplicação e destruir toxinas diarreicas SALMONELOSE Agente Etiológico - Salmonella entérica (+ de 2000 sorotipos, incluindo Paratuphi e Enteritidis) – é infecção pois quem causa o “estrago” é a bactéria e não toxina * Enteritidis – é a principal causadora de salmonelose (mais branda) * S. Paratyphi: causa febre entérica * S. Typhi: febre tifoide (+ grave) @stebelmirovet 13 ! Características - Bacilo G-, anaeróbio facultativo e não produtor de esporo (+ fácil de se eliminar); - Multiplicam-se entre 7 e 46ºC ► Alimentos Envolvidos - Produtos lácteos, ovos (pudins, gemadas, maioneses), carnes (bovina, suína e de aves) e derivados. - Alimentos com alto teor de umidade e elevada % proteína. Distribuição - Mamíferos, aves, répteis (esses 3 primeiros são assintomáticos) e o homem infectado - Transmissão ao alimento através de fezes e água Quadro clinico e Sintomas - PI de 12 a 36 horas- Dores abdominais, calafrios, febre, náuseas, vômitos, diarreia e cefaleia. - Duração de 1 a 4 dias. - Letalidade: 0,1 a 0,2% 50% dos indivíduos acometidos eliminam a Salmonella por 2 a 4 semanas após a doença Prevenção e controle - Tratamento dos efluentes e dos dejetos de origem animal, higiene do abate, manipulação adequada de alimentos, pasteurização do leite e do ovo, refrigeração, calor. @stebelmirovet 14 EVA – Enfermidades Veiculadas por Alimentos II LISTERIOSE Assim como a Salmonella, causa infecção e não intoxicação como as primeiras bactérias. Agente Etiológico - Listeria monocytogenes ! Características - Bacilos G+, anaeróbio facultativo e não produtores de esporo (não resistente ao calor) - Microrganismo mesófilo, apesar disso, é um microrganismo que multiplica-se na faixa de temperatura entre 2,5ºC e 44ºC - Suporta sucessivos congelamentos e descongelamentos - Multiplica bem em baixa Aa e sobrevive em níveis de 120ppm de nitrato de sódio (conservante) e 3% de sal ► Alimentos Envolvidos - Produtos lácteos (principalmente queijos moles – normalmente ela está no animal e por falta de higiene infecta o leite), produtos cárneos crus ou processados, produtos vegetais e de origem marinha Distribuição - Homem (assintomáticos inclusive) e em diversas espécies animais (ruminantes, monogástricos, aves, peixes, larvas de inseto e rãs) - Coloniza o ambiente habilmente sendo encontrada em ralos, pisos, águas estagnadas, resíduos, utensílios e equipamentos (geladeira). Ambientes de alta umidade e presença de nutrientes Ambientes uma vez contaminados, quando não houver higienização rápida e efetiva, a Listeria faz um biofilme no local (escudo/camada) usando a matéria orgânica presente no ambiente. Quadro clinico e Sintomas - PI variável de 1 dia a semanas - Diarreia, febre moderada, fadiga, mal-estar, podendo manifestar náuseas, vômitos e dores abdominais. - Sintomas nervosos como consequência de meningite, encefalite e de abcessos crianças e idosos evolução clínica fulminante com 70% de letalidade - Mulheres grávidas aborto, parto prematuro, natimorto ou septicemia neonatal Imunodeprimidos letalidade de 30% - GRUPO DE RISCO: idosos, crianças, gestantes e imunodeprimidos Prevenção e controle - Limpeza e sanificação dos equipamentos, evitar contaminação cruzada, criar barreiras ao acesso de insetos e animais na indústria, higiene no ambiente e dos manipuladores. INFECÇÃO POR E. coli Agente Etiológico - Escherichia coli ! Características - Bastonetes G-, anaeróbio facultativo, mesófilo e não esporógeno – é um coliforme fecal - Cinco categorias: são de acordo com a patogenia 1. EPEC - Escherichia coli enteropatogênica 2. ETEC - Escherichia coli enterotoxigênica 3. EIEC - Escherichia coli enteroinvasiva @stebelmirovet 15 4. EHEC - Escherichia coli enterohemorrágica 5. EaggEC - Escherichia coli enteroagregativa ► Alimentos Envolvidos - Água e alimentos em condição insatisfatória de higiene. - “Doença do hambúrguer” Distribuição - Microbiota normal do TGI de mamíferos Transmissão ao alimento através de fezes, água, solo, equipamentos, insetos, aves e animais domésticos – falta de higiene após contato com fezes humanas ou animais Quadro clinico e Sintomas - INVASIVA: febre, calafrios, cefaleia, mialgias, espasmos abdominais e diarreia aquosa profusa. PI de 8 a 24 hs. Manifestação semelhante à Shigella - envolve a produção de toxinas termolábeis (60oC por 30min) e termoestáveis (100ºC por 30min) - ENTEROPATOGÊNICA: GE em crianças: vômito, diarreia, dores abdominais e febre. PI de 12 a 72hs No Brasil 30% dos casos de diarreia aguda em crianças < de 6 meses de idades. - “DIARREIA DO VIAJANTE”: diarreia aquosa, dores abdominais, febre baixa e náuseas. Nos casos mais severos: diarreia semelhante à água de arroz, vômito, desidratação e choque. PI de 8 a 44 hs - ENTEROHEMORRÁGICA: colite hemorrágica – dores abdominais severas e diarreia com grandes qtdes de sangue e ausência de febre. Pode evoluir p/ a Síndrome Urêmica Hemolítica (falência renal, insuf. renal crônica). Bovino é um reservatório natural. PI de 3 a 9 dias. Prevenção e controle - Higiene pessoal e de manipulação, evitar contaminação cruzada e rigoroso controle das temperaturas de processamento e de refrigeração - Refrigeração e calor (a partir de 74ºC) CAMPILOBACTERIOSE Agente Etiológico - Campylobacter jejuni, C. lari e C.coli ! Características - Bacilos G-, microaerófilos (pouca quantidade de oxigênio já é o suficiente) e não produtores de esporo - Crescem em faixa estreita de temperatura: 30 e 47ºC C. jejuni: algumas cepas produzem toxinas termolábeis - Altamente sensíveis ao sal, pH ácido, desidratação, congelamento e calor. Não se desenvolve bem fora do hospedeiro ► Alimentos Envolvidos - Leite cru contaminado com matéria fecal, leite mamítico, carnes e miúdos de aves e de outros animais insuficientemente cozidas. Distribuição - TGI de animais domésticos e silvestres – possui preferência por aves - C. lari flora intestinal de aves aquáticas - C. coli suínos - Contato direto c/ animais doentes ou infectados e ingestão de água e alimentos. Quadro clinico e Sintomas - PI de 2 a 5 dias – até 10 dias - Dose infectante baixa @stebelmirovet 16 - Enterocolite: diarreia acompanhada de febre baixa e dores abdominais. Em alguns casos a febre pode estar alta e as fezes c/ sangue. Vômitos são raros. - Diarreia pode durar de 2 a 3 dias enquanto as dores abdominais podem persistir por até 3 semanas. - Geralmente autolimitante. Quando ocorrer febre, é indicada a antibioticoterapia. Diagnóstico - Isolamento a partir dos pacientes e dos alimentos suspeitos Prevenção e controle - Evitar contaminação cruzada entre alimentos. Medidas higiênicas e tratamento térmico adequado (frio / calor), salga TOXINFECÇÃO POR Clostridium perfringens Agente Etiológico - Clostridium perfringens tipo A, C e D ! Características da bactéria - Bacilo G+, anaeróbio e produtor de esporo Possuem cepas termorresistentes (100ºC por 60min) e termolábeis (100ºC por 10min) - Cresce numa ampla faixa de temp. 15-50ºC, sendo o ideal entre 43 e 47ºC - Enterotoxinas sensíveis ao pH ácido e à ação enzimática. A pessoa só adoecerá caso a bactéria consiga se instalar no intestino e produzir as toxinas ► Alimentos Envolvidos - Carnes de um modo geral, embutidos, conservas de peixes, patês e queijos fermentados. Distribuição - Solo e TGI de homens e animais C. perfringens tipo A é o mais comum e apresenta distribuição mundial. - Ingestão de alimentos contendo C. perfringens esporulam no ID produzindo a toxina Contaminação do alimento se dá pelas mãos dos manipuladores, roedores e moscas. Quadro clinico e Sintomas - Intoxicação: C. perfringens tipo A Dores abdominais agudas, diarreia c/ náuseas e febre. Vômitos são raros. PI de 8 a 12 horas e duração de 24hs. Geralmente é branda, porém muito frequente. - Enterite necrótica: C. perfringens tipo C Dores abdominais agudas e muito intensas, diarreia sanguinolenta e inflamação necrótica do ID sendo frequentemente fatal. Prevenção e controle - Conservação dos alimentos acima de 60ºC ou abaixo de 4ºC. Cuidado com o reaquecimento de alimentos. Intoxicação: quando ingere-se alimento contendo toxinas que causam a doença Infecção: quando ingere-se alimento com a bactéria que causa a doença Toxinfecção: quando ingere-seo alimento contendo bactérias e no intestino a bactéria produz as toxinas. @stebelmirovet 17 Inspeção de Carnes INSPEÇÃO ANTE MORTEM Inspeção que acontece no abatedouro – avalia estado de saúde do animal, conferir condições de transportes e verificar documentação dos animais 1. ANIMAL VIVO: inspeção do animal vivo visando como será feito o abate. 2. RESPONSÁVEL: realizada pelo Médico Veterinário do MAPA É um veterinário do MAPA e não contratado do abatedouro pois deve ser oficial 3. REALIZADA: A inspeção ante mortem é realizada em dois momentos: Chegada e desembarque - ela é responsável por avaliar as condições de transporte desses animais e eles em movimento CHAMADA DE INSPEÇÃO Após o descanso dos animais CHAMADA DE REINSPEÇÃO 4. INSPEÇÃO: É realizado um exame visual geral – consegue-se avaliar: pele, claudicação, ECC, problemas respiratórios, apatia, lesões, sinais neurológicos, secreções, diarreias, etc. Se apresentarem qualquer alteração, os animais serão enviados para o curral de observação para ser realizado um exame individual 5. TRANSPORTE / DOCUMENTAÇÃO: essa inspeção visa avaliar as condições que o animal foi transportado e verificar seus documentos: GTA (guia de transito animal) e BS (boletim sanitário – indica medicamentos recebidos, histórico de doenças, horário de alimentação suspensa, testes realizados...). Decisões 1. Autorização para o abate 2. Abate de emergência imediata: animais que chegam no abatedouro em estado de sofrimento Animais que chegam em estado de sofrimento, pulam o descanso e vão direto para o abate. Eles podem sofrer fraturas no transporte, desembarque ou no descanso. 3. Abate de emergência mediata: usado para animais que possuem doenças, não contagiosas. Eles serão abatidos após o abate geral e terá a carcaça encaminhada para algum tipo de tratamento. 4. Adiantamento da autorização para o abate: animais que tomaram medicamentos na fazenda e ainda não cumpriram o período de carência do medicamento por exemplo, estresse por transporte e outras situações especificas. 5. Reprovação para o abate: geralmente reprovados por questões sanitárias de doenças infectocontagiosas. Em caso de doenças infectocontagiosas, o animal é abatido no departamento de necropsia. Nesse departamento há um forno crematório para que esses animais sejam incinerado evitando que ocorra disseminação de doenças. @stebelmirovet 18 INSPEÇÃO POST MORTEM Avalia estado e qualidade da carcaça e vísceras 1. CARCAÇA E VISCERAS: ocorre a inspeção da carcaça e vísceras com objetivo de decidir se vai ou não para o consumo humano 2. RESPONSAVEL: realizada pelo Médico Veterinário do MAPA (SIF) e auxiliar fiscal 3. REALIZADA: essa inspeção é realizada ao longo da evisceração 4. INSPEÇÃO: É realizado um exame individual de todas as carcaças e vísceras de todos os animais – exame visual, palpação, incisão, odor, Tudo que estiver anormal é encaminhado para o DIF pelo auxiliar fiscal. Depois de enviado, lá no DIF o Médico Veterinário analisa a anormalidade para decidir o que será feito. Todas as partes e vísceras dos animais são separadas em mesas do começo do abate ate o final para que se possa analisar todas as partes sem que ela se misture com de outros animais. Após tudo ser inspecionado, se estiver ok, a carcaça e vísceras é colocada junto com de os outros animais Insensibilização Sangria Esfola/escal e depilagem cabeças e pés vísceras abdominais vísceras torácicas Decisões 1. Aprovação para o consumo humano 2. Aproveitamento condicional: usado quando se pode utilizar a carcaça porem com alguém tipo de tratamento/condição: Tratamento térmico: calor de salsicharia (- calor) e de enlatados (+ calor) – o tratamento térmico é mais utilizado e eficiente Refrigeração – segundo mais usado e eficiente Salga 3. Reprovação parcial: acontece quando uma parte do animal está comprometida, mas não toda sua carcaça. Como por exemplo ocorre em miase, abcesso, feridas, etc. 4. Reprovação total para consumo humano: Pode ser destinada a alimentação animal, adubo ou para o forno crematório. Dependendo do motivo. @stebelmirovet 19 Abate de bovinos CRITÉRIOS DE JULGAMENTO No RISPOA encontra-se condutas diferentes para lesões generalizadas e localizadas, repercussão no estado geral ou sem repercussão no estado geral. 1. Quando a lesão é localizada e sem repercussão no estado geral é muito mais aproveitado: se retira área afetada e aproveita-se o restante 2. Quando a lesão é generalizada se condena 3. Quando há repercussão no estado geral se condena ABCESSOS Condenados: Carcaças com abcessos múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral Carcaças e parte de carcaças que sejam contaminadas acidentalmente com material purulento Carcaças cm alterações gerais como caquexia, anemia ou icterícia decorrente de processo purulento Não condenadas Devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso de calor carcaças que apresentem abcessos múltiplos ou localizados, em órgãos ou partes, e sem repercussão no estado geral, depois destas serem removidas e condenados as áreas atingidas Podem ser liberadas carcaças que apresentem abcessos múltiplos em um único órgãos ou parte da carcaça, com exceção dos pulmões, sem repercussão nos linfonodos ou no estado geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas Podem ser liberadas as carcaças que apresentem abcessos localizados, depois de removidos e condenados os órgãos e áreas atingidas. ACTINOMICOSE E ACTINOBACILOSE Acomete geralmente órgãos moles da cabeça – língua de pau Condenadas Devem ser condenadas quando apresentam lesões generalizadas ou localizadas nos locais de eleição e com repercussão do estado geral Devem ser condenados as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando a lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração ou trajetos fistulosos Não condenadas Se a localização for localizada e sem repercussão do estado geral, retira-se/condena-se a área afetada e permite-se o aproveitamento o restante. Quando lesões localizadas afetam o pulmão e sem repercussão no estado geral, permite-se o aproveitamento condicional desta para esterilização pelo calor, depois de removidos e condenados órgãos atingidos Quando a lesão é discreta e limitada a língua afetando ou não os linfonodos, permite-se o aproveitamento condicional da cabeça para esterilização pelo calor, depois de removido e condenados a língua e linfonodos @stebelmirovet 20 Quando as lesões são localizadas e sem comprometimento dos linfonodos e outros órgãos, e a carcaça encontrar-se em bom estado geral, essa pode ser liberada para consumo, depois de removidas e condenadas áreas atingidas. SEPTICEMIA As carcaças de animais que apresentem septicemia, piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser condenadas, tais como: - Inflamação aguda da pleura, peritoneo, pericárdio e meninges - Gangrena, gastrite e enterite hemorrágica ou crônica - Metrite - Poliartrite - Flebite umbilical - Hipertrofia de baço - Hipertrofia generalizadas dos nódulos linfáticos - Rubefação difusa do couro BRUCELOSE Condenadas Devem ser condenadas quando apresentam lesões generalizadas ou localizadas nos locais de eleição e com repercussão do estado geral Os animais reagentes positivos para brucelose devem serabatidos separadamente Não condenadas Suínos, caprinos, ovinos e búfalos: com lesões localizadas, são liberadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. Bovinos e equinos: que apresentam lesão localizadas podem ser liberadas para consumo em natureza (vendida crua), depois de removidas e condenadas áreas atingidas Animais reagentes positivos a testes para brucelose, na ausência de lesões indicativas, podem ter suas carcaças liberadas para consumo em natureza Nos itens acima: deve ser condenados os órgãos, úbere, trato genital e sangue. CAQUEXIA Abaixo do ECC Condenados Carcaças de animais com caquexia devem ser condenadas CARBUNCULO HEMÁTICO Não se aproveita nada, se condena TUDO e se incinera a carcaça As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser condenadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execução das seguintes medidas: I - não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de carbúnculo hemático; II - quando o reconhecimento ocorrer depois da evisceração, impõe-se imediatamente a desinfecção de todos os locais que possam ter tido contato com resíduos do animal, tais como áreas de sangria, pisos, paredes, plataformas, facas, serras, ganchos, equipamentos em geral, uniformes dos funcionários e qualquer outro material que possa ter sido contaminado; @stebelmirovet 21 III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a desinfecção deve ser iniciada imediatamente; IV - recomenda-se, para desinfecção, o emprego de solução de hidróxido de sódio a 5% (cinco por cento), hipoclorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com eficácia comprovada; V - devem ser tomadas as precauções necessárias em relação aos funcionários que entraram em contato com o material carbunculoso, aplicando-se as regras de higiene e antissepsia pessoal com produtos de eficácia comprovada, devendo ser encaminhados ao serviço médico como medida de precaução; VI - todas as carcaças, as partes das carcaças, inclusive pele, cascos, chifres, órgãos e seu conteúdo que entrem em contato com animais ou material infeccioso devem ser condenados; VII - a água do tanque de escaldagem de suínos por onde tenha passado animal carbunculoso deve ser desinfetada e imediatamente removida para a rede de efluentes industriais CARBUNCULO SINTOMATICO As carcaças e os órgãos de animais acometidos de carbúnculo sintomático devem ser condenados. CIRROSE ATRÓFICA/HIPERTROFICA Condenadas Os figados com cirrose devem ser condenados. Não condenadas Podem ser lieradas as carcaças que não estejam com repercussão no estado geral CONTAMINAÇÃO Condenadas Se for uma contaminação extensa, compromentendo maior parte da carcaça, deve- se condenar toda a carcaça As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem área extensa de contaminação por conteúdo gastrintestinal, urina, leite, bile, pus ou outra contaminação de qualquer natureza devem ser condenados quando não for possível a remoção completa da área contaminada. Não condenadas Se for localizada, pode-se remover a area afetada e podem ter suas carcaças liberadas para consumo Nos casos em que não seja possível delimitar perfeitamente as áreas contaminadas, mesmo após a sua remoção, as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos ou as vísceras devem ser destinados à esterilização pelo calor. Quando for possível a remoção completa da contaminação, as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos ou as vísceras podem ser liberado CONTUSÃO Condenadas As carcaças de animais que apresentem contusão generalizada ou múltiplas fraturas devem ser condenadas. Não condenadas As carcaças que apresentem lesões extensas, sem que tenham sido totalmente comprometidas, devem ser destinadas ao tratamento pelo calor depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. @stebelmirovet 22 As carcaças que apresentem contusão, fratura ou luxação localizada podem ser liberadas depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. GLOSSITE Condenada Apenas as línguas que apresentem glossite devem ser condenadas Não condenada O restante de carcaça, desde que não tenha repercussão no estado geral, serão aproveitadas ICTERICIA Condenadas As carcaças e os órgãos de animais que apresentem icterícia devem ser condenados. Não condenadas Parágrafo único. As carcaças de animais que apresentem gordura de cor amarela (adipoxantose) decorrente de fatores nutricionais ou características raciais podem ser liberadas. MIOCARDITE Condenadas Os corações com lesões de miocardite, endocardite e pericardite devem ser condenados. Não condenadas As carcaças de animais com lesões cardíacas devem ser condenadas ou destinadas ao tratamento pelo calor, sempre que houver repercussão no seu estado geral, a critério do SIF. As carcaças de animais com lesões cardíacas podem ser liberadas, desde que não tenham sido comprometidas, a critério do SIF. NEFRITE Condenadas Os rins com lesões como nefrites, nefroses, pielonefrites, uronefroses, cistos urinários ou outras infecções devem ser condenados, devendo- se ainda verificar se estas lesões estão ou não relacionadas a doenças infectocontagiosas ou parasitárias e se acarretaram alterações na carcaça. Não condenados Parágrafo único. A carcaça e os rins podem ser liberados para o consumo quando suas lesões não estiverem relacionadas a doenças infectocontagiosas, dependendo da extensão das lesões, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas do órgão. MAGREZA Condenadas Se a magreza estiver relacionada a alguma doença deve-se condenar a carcaça Não condenadas Se a magreza não for relacionada a uma doença pode-se realizar o aproveitamento condicional TUBERCUOLOSE Condenadas Se as lesões forem generalizadas ou com repercussão no estado geral, se condena toda a carcaça Não condenadas Animais com lesões localizadas se retira área afetada e o animal não tiver repercussão no estado geral, retira-se a área afetada e manda o restante para esterilização pelo calor @stebelmirovet 23 MASTITE Condenadas As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite devem ser condenadas, sempre que houver comprometimento sistêmico. As glândulas mamárias que apresentem mastite ou sinais de lactação e as de animais reagentes à brucelose devem ser condenadas. Não condenadas As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite aguda, quando não houver comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, serão destinadas à esterilização pelo calor. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite crônica, quando não houver comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, podem ser liberados. O aproveitamento da glândula mamária para fins alimentícios pode ser permitido, depois de liberada a carcaça. NEOPLASIA Condenadas As carcaças de animais com neoplasias extensas, com ou sem metástase e com ou sem comprometimento do estado geral, devem ser condenadas. Deve ser condenado todo órgão ou parte de carcaça atingidos pela neoplasia. Não condenadas Quando se tratar de lesões neoplásicas discretas e localizadas, e sem comprometimento do estado geral, a carcaça pode ser liberada para o consumo depois de removidas e condenadas as partes e os órgãos comprometidos. CISTICERCOSE- Cysticercus bovis Condenadas As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose bovina) devem ser condenadas. Entende-se por infecção intensa quando são encontrados, pelo menos, oito cistos, viáveis ou calcificados, assim distribuídos: - Quatro ou mais cistos em locais de eleição examinados na linha de inspeção (músculos da mastigação, língua, coração, diafragma e seus pilares, esôfago e fígado); e (ALTERADO PELO DECRETO 10.468/2020) - Quatro ou mais cistos localizados no quarto dianteiro (músculos do pescoço, do peito e da paleta) ou no quarto traseiro (músculos do coxão, da alcatra e do lombo), após pesquisa no DIF, mediante incisões múltiplas e profundas Não condenadas Nas infecções leves ou moderadas, caracterizadas pela detecção de cistos viáveis ou calcificados em quantidades que não caracterizem a infecção intensa, considerada a pesquisa em todos os locais de eleição examinados na linha de inspeção e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao tratamento condicional pelo frio ou pelo calor, após remoção e condenação das áreas atingidas. O diafragma e seus pilares, o esôfago e o fígado, bem como outras partes passíveis de infecção, devem receber o mesmo destino dado à carcaça. Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados rotineiramente devem atender ao disposto nas normas complementares. @stebelmirovet 24 CISTICERCOSE - Cysticercus celullosae Condenadas As carcaças com infecção intensa por Cysticercus celullosae (cisticercose suína) devem ser condenadas. Entende-se por infecção intensa a presença de dois ou mais cistos, viáveis ou calcificados, localizados em locais de eleição examinados nas linhas de inspeção, adicionalmente à confirmação da presença de dois ou mais cistos nas massas musculares integrantes da carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e profundas em sua musculatura (paleta, lombo e pernil) = 4 cistos Não condenadas Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do que o fixado para infecção intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição examinados rotineiramente e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. Quando for encontrado um único cisto viável, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição examinados, rotineiramente, e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do frio ou da salga, depois de removida e condenada a área atingida. Quando for encontrado um único cisto calcificado, considerados todos os locais de eleição examinados rotineiramente na carcaça correspondente, esta pode ser liberada para consumo humano direto, depois de removida e condenada a área atingida. A língua, o coração, o esôfago e os tecidos adiposos, bem como outras partes passíveis de infecção, devem receber o mesmo destino dado à carcaça. Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados rotineiramente devem atender ao disposto nas normas complementares. Pode ser permitido o aproveitamento de tecidos adiposos procedentes de carcaças com infecções intensas para a fabricação de banha, por meio da fusão pelo calor, condenando- se as demais partes. @stebelmirovet 25 Boas Práticas de Fabricação BPF Definição: são práticas higiênicas recomendadas no manuseio de alimentos. Definição do MAPA: são os procedimentos necessários para a obtenção de alimentos inócuos, saudáveis e sãos. Portaria nº 368 de 04/Set/1997: Aprova o Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos Portaria CVS 5/13 RDC 216/04 Portaria SMS-G 2619 Abrangência: Situação e Condições de Edificação - Instalações Equipamentos e Utensílios Pessoal na área de Produção / Manipulação / Venda Matérias- Primas / Produto Final Fluxo de Produção / Manipulação / Venda e Controle de Qualidade Higiene e Sanificação da Indústria - PPHO Controle Integrado de Pragas Qualidade da água Armazenamento produtos de limpeza Manutenção Preventiva de Instalações, Equipam. Programa de Aferição de Instrumentos Tratamento de águas residuais Situação e condições de edificação: Pisos lisos, antiderrapante, limpos, laváveis, impermeáveis e de cor clara. Paredes lisas, limpas, sem danificações – não é obrigatório que a parede tenha azulejos. Ambientes limpos e sem amontoados de objetos e materiais que possam ser ambiente propicio para pragas. Deve haver local especifico para armazenamento de botijão de gás: área externa, em local ventilado e sem acesso de pessoas Portas e Janelas: porta deve estar bem ajustada ao batente, de material liso, limpo, lavável. Recomenda-se molas para ela se fechar automaticamente. Já as janelas devem ser teladas, em boas condições e limpas. Para controlar pragas não é só contratar uma empresa dedetizadora. Empresas que tem alimentos, muitas vezes não adianta apenas o inseticida. Sendo assim, deve- se impedir a entrada dos mesmos no ambiente. Lâmpadas: não pode estar exposta, deve ter proteção para não correr o risco de estourar Forro: os ambientes devem possuir forro Instalações sanitárias e vestiários: Os sanitários precisam ser de uso exclusivos do funcionário e separados por sexo. Deve ter uma pia, um vaso e um mictório para cada 20 funcionários do mesmo sexo. Tampa em cesto acionada por pedal. Papel higiênico, papel branco para secagem de mãos, sabonete líquido e descarga. Vestiários: devem possuir armários para os funcionários, um armário para cada funcionário podendo ser alternado em turnos. Deve ter chuveiros, 1 para cada 20 funcionários dos mesmos sexos. @stebelmirovet 26 Equipamentos, utensílios e moveis: Devem possuir manutenção periódica Lixeiras devem ficar longe do fogão, além de necessário tampa acionada por pedal. Sempre limpos, em bons estados, novos. Manipuladores – todos que entram em contato com alimento, mesmo que embalado Uniformes: sapatos fechados e de borracha, calças compridas. Uniforme deve ser de cor clara, não podendo ter bolso da cintura para cima. Proibido qualquer tipo de adorno, inclusive alianças. Cabelo deve estar protegido por touca Estado de Saúde – Ministério do Trabalho (PCMSO) e Vigilância Sanitária; pessoas doentes devem ser afastadas. Asseio pessoal – unhas curtas, s/ adornos, s/ esmalte, s/ perfume, barba feita Hábitos higiênicos – banho diariamente, barba feita, não falar, não tossir, não espirrar, não fumar, lavar BEM as mãos... Uso de bloqueios sanitários – lavadores de botas e pias em pontos estratégicos do estabelecimento. Matéria prima/produto final: - Quando retirada da embalagem original deve ser acondicionada em recipiente fechado com tampa e com identificação: data de abertura, validade, lote. - Procedência / Caracter. Organolépticas - Conservação adequada - Empacotamento e Identificação adequados Controle de pragas Antes de ser controle químico, deve ser medida preventiva – os 4A’s: abrigo, acesso, alimento e água Pássaros, baratas, moscas, roedores... Controle Integrado de Pragas: Prevenção de acesso e de formação de ninhos, erradicação e monitoramento. Qualidade de água Qualidade da água – potável; fontes alternativas: tratamento de desinfecção e análises laboratoriais; limpezade caixas e análises: 6 meses @stebelmirovet 27 Abate de Aves Condenadas Quando a lesão for extensa, múltipla ou houver evidencia de caráter sistêmico condena-se toda a carcaça e órgãos Não condenadas Quando as lesões forem restritas a uma parte da carcaça ou somente a um órgão remove a parte afetada e o restante libera-se em natura 1. Para os estados anormais ou patológicos não previstos no caput a destinação será realizada aa critério do SIF 2. O critério de destinação de que se trata o 1. não aplica aos casos de miopatias e de discondroplasia tibial, hipótese e que as carcaças de aves devem ser segregadas pelo estabelecimento para destinação industrial Caput = corpo do artigo -> quando houver processo inflamatório diferente do que foi escrito a distinção fica a critério do SIF Art. 175 A – nos casos de fraturas, contusões e sinais de má sangria ocorridos no abate, por falha operacional ou tecnológica, as carcaças de aves devem ser segregadas pelo estabelecimento para destinação industrial Paragrafo único: o disposto no caput não se aplica as contusões extensas ou generalizadas e aos casos de áreas sanguinolentas ou hemorrágicas difusas, hipóteses em que a destinação será realizada pelo SIF nas linhas de inspeção Art. 176 – nos casos de endoparasitose ou de ectoparasitose de aves, quando não houver repercussão na carcaça retira áreas e órgãos acometidas e libera para consumo em natura Art. 177 – no caso de lesões provenientes de canibalismo, com envolvimento extensivo repercutindo na carcaça deve-se condenar toda a carcaça e órgãos Parágrafo único – no caso de lesões provenientes de canibalismo não havendo comprometimento sistêmico remove áreas afetadas e aproveitamento do restante Art. 178 – no caso de aves que apresentem lesões mecânicas extensas, incluídas as decorrentes de escaldagem excessiva ocorre condenação total de carcaça e órgãos Parágrafo único – as lesões superficiais determinam remove-se a área afetada e aproveitamento do restante Art. 179 – as aves que apresentem alterações putrefativas, exalando odor sulfídricoamoniacal e revelando crepitação gasosa à palpação ou modificação de coloração da musculatura deve-se condenar toda a carcaça e órgãos Salmonelose Instrução normativa nº 20 - 21/10/2016 Art 2. O controle e monitoramento de Salmonella spp. Na cadeia de produção de frangos e perus (de corte) incluirá as seguintes ações: Só se aplica a poedeiras se elas forem para o abate @stebelmirovet 28 I. Controle e monitoramento de Salmonella spp. nos estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte – granjas que compram pintinhos de 1 dia e criam ate o abate II. Verificação do status sanitário dos lotes de galinhas e perus de reprodução, encaminhados para o abate III. Monitoramento e controle de salmonela spp. nos estabelecimentos de abate e aves registrados no SIF IV. Adoção de medidas de controle especificas para Salmonella Typhimurium e Salmonella Enteritidis por se tratarem de patógenos de grande relevância em saúde publica V. Adoção de medida de controle específicos para Salmonella Pullorum e Salmonella Gallinarum por se tratarem de patógenos de grande relevância em saúde animal VI. Gestão de risco, com base no banco de dados dos sorovares de Salmonella spp. e; VII. Revisão periódica e sistemática das ações de monitoramento e controle Art. 3 – os estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte deverão implementar um programa de controle e monitoramento para Salmonella spp. nos seus planteis avícolas COLETA DE AMOSTRAS PARA ANALISE Art. 4 – para fins de controle de Salmonella spp, de que trata o art. 3 dessa instrução normativa, todos os lotes de frangos e perus de corte dos estabelecimentos avícolas comerciais serão submetidos a coletas de amostras para realização de ensaios laboratoriais para detecção de salmonelas, segundo metodologia oficial utilizada pela Coordenação Geral de Laboratórios Agropecuários, da Secretaria de Defesa Agropecuária, no MAPA Art. 5 – as coletas de amostrar de que trata o art.4 desta instrução normativa serão realizadas o mais próximo possível da data do abate do lote de aves, de tal maneira que os resultados sejam conhecidos antes do envio para o abate = o teste deve ser realizado próximo ao abate, mas o resultado deve sair antes do envio para o abate. Art. 8 – para estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de cortes registrados no Serviço Veterinário Estadual, as amostras a serem coletadas por galpão selecionado ao núcleo, conforme o art. 7 desta instrução normativa, obedecerão ao seguinte: I. Dois suabes de arrasto ou propés agrupados em um pool, umedecidos com meio de conservação, sendo que cada suabe ou propé deverá perfazer cinquenta por cento (50%) da superfície do galpão; ou II. Trezentas amostras de fezes de aproximadamente um grama cada, preferencialmente cecais, serão coletadas em diferentes pontos distribuídos ao longo do galpão, reunidas em um único pool. AÇÕES SANITÁRIAS APÓS CASOS POSITIVOS Art. 30 – para os núcleos dos estabelecimentos avícolas de frangos e perus de corte positivos para Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhimurium, Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum serão adotadas as seguintes ações sanitárias sob responsabilidade do médico veterinário que realiza o controle sanitário do estabelecimento: I. Fermentação das camas de todos os aviários do núcleo ou outro tratamento aprovado pelo Departamento de Saúde animal capaz de inativar as salmonelas II. Remoção e descarte de toda a cama e do esterco no núcleo após o tratamento @stebelmirovet 29 previso no inciso anterior sendo proibida a reutilização no alojamento das aves III. Limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos após a remoção de toda a cama e esterco do aviário IV. Adoção de vazio sanitário de no mínimo 15 dias após concluídos os procedimentos de limpeza e desinfecção dos galpões. V. Investigação para identificar a fonte de infeção e vias de transmissão de aves, bem como adoção de um plano de ação para prevenção de novas infecções CONTROLE NO ESTABELECIMENTO DE ABATE DE AVES A fiscalização nessas etapas é realizada no abatedouro pelo próprio responsável pelo abatedouro. Capitulo III dos controles de Salmonella spp. nos estabelecimentos de abate de aves registrados no SIF: Art. 36 – os estabelecimentos de abate de frango e perus de cote deverão instituir em seus programas de autocontrole ações de controles e monitoramento de Salmonella spp. desde a obtenção da matéria prima até o produto final Art. 37 – na recepção de frangos e perus de corte e de galinhas e perus de reprodução será verificada a informação sobre a condição sanitária para Salmonella ssp. no Boletim Sanitário e na GTA Art. 38 – o monitoramento de Salmonella spp. em carcaças de frangos e perus será realizado pelo estabelecimento de abate registrado no SIF por meio de ciclos de amostragem conforme o disposto no anexo II. Art. 39 – para determinação dos ciclos de amostragem será utilizada uma classificação dos estabelecimentos de acordo com o volume de abate conforme segue: I. Estabelecimentos pequenos (P) com um abate diário inferior a cinquenta mil frangos e galinhas ou dezesseis mil perus II. Estabelecimentos médios (M) com um abate diário de cinquenta mil e um a cem mil frangos e galinhas ou superior a dezesseis mil e um perus III. Estabelecimentos grandes (G) com um abate diário de cem mil e um a duzentos mil frangos e galinhasIV. Estabelecimentos muito grandes (GG) com um abate superior a duzentos mil e um frangos e galinhas Art. 45 – a coleta das amostras será realizada aleatoriamente, considerando igual chances de todos os lotes, linhas de abate, dias e hora dos turnos de abates a serem amostrados Parágrafo único: os lotes que apresentarem positivo para Salmonella Typhimurium ou Salmonella Enteritidis expressos na GTA e Boletim Sanitário serão excluídos do sorteio Art. 46 – a coleta de amostras seguira o disposto no anexo II desta instrução normativa e atendera os seguintes requisitos: I. A amostra de frango será composta por uma carcaça inteira coletada de forma aleatória imediatamente após o gotejamento e antes da embalagem primária II. A amostra de peru será composta por no mínimo 500 gramas de partes de pele e musculo de região pericloacal, pescoço e asas, coletadas de uma carcaça selecionada de forma aleatória, @stebelmirovet 30 imediatamente após o gotejamento e antes da embalagem primaria III. No caso de carcaças não submetidas ao processo de pré-resfriamento por imersão, a coleta será realizada após o resfriamento e antes da embalagem primaria Seção II das medidas de controle adotadas pelos estabelecimentos de abate Art. 53 – o abate de lotes de frangos e perus de corte e de galinhas e perus de reprodução positivos para Salmonela spp, exceto Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium, será realizado separado dos demais lotes, seguido de imediata higienização das instalações e equipamentos Art. 54 – para o abate de lotes de frango e perus de corte e de galinhas e perus de reprodução positivos para Salmonella Typhimurium ou Salmonella Enteritidis, serão adotadas as seguintes ações: I. Abate em separado dos demais lotes, seguido de imediata higienização das instalações e equipamentos II. Sequestro e destinação da produção para tratamento térmico que garante a eliminação desses patógenos ou fabricação de carne mecanicamente separada CONTROLE NO ESTABELECIMENTO DE ABATE DE AVES PELO SIF Realizado pelo veterinário fiscal do SIF - realizado no abatedouro, mas pelo SIF Seção III das ações da fiscalização do SIF: Art. 62 – na recepção de frangos de corte e galinhas e perus de reprodução, durante a inspeção ante mortem o SIF deverá conferir se as informações constantes no Boletim Sanitário e GTA atendem as determinações desta instrução normativa Art. 63 – o SIF realizará a verificação do controle de Salmonella spp. em frangos e perus nos estabelecimentos de abate por meio de ciclos de amostragem oficiais conforme o disposto no anexo III desta instrução normativa Art. 64 – o ciclo oficial será realizado conforme descrito nos arts. 39 a 51 desta instrução normativa Art. 65 – o sorteio das amostrar oficiais sera realizado e divulgado pelo departamento de inspeção de produtos de origem animal, sendo a grade de sorteios disponibilizadas previamente aos SIFs responsáveis pela coleta Art. 66 – as amostras oficiais serão analisadas nos laboratórios que integram a rede nacional de laboratórios agropecuários do SUASA. ANEXOS Amostragem para coleta de amostras nos estabelecimentos avícolas Anexo 1 – amostras coletadas pelas granjas/galpões: Número de Galpões no Núcleo Número de galpões a serem monitorados 1 a 3 Todos 4 3 5 4 11 em diante 5 @stebelmirovet 31 Anexo II : amostras coletadas pelo abatedouro 1. Da amostragem de autocontrole para abate de frangos - Prevalência esperada 20%, probabilidade de 80% Classificação n c Nº ciclos/ ano Freq. de coleta P 8 2 6 1 amostra/ semana M 26 6 4 2 amostras/ semana G 51 12 5 5 amostras/ semana GG 51 12 10 10 amostras/ semana n = número de amostras a serem coletadas c = número máximo de amostras positivas aceitáveis Abatedouro P 6 ciclos por ano (12 meses) = 1 ciclo a cada 2 meses - Em cada ciclo ele coleta 8 amostras - O abatedouro só pode coletar 1 amostra por semana. - Ele só pode ter 2 amostras positivas em cada ciclo (em 8 amostras) Abatedouro M 4 ciclos por ano (12 meses) = 1 ciclo a cada 3 meses - Em cada ciclo ele coleta 26 amostras - O abatedouro só pode coletar 2 amostras por semana. - Ele só pode ter 6 amostras positivas em cada ciclo (em 26 amostras) Abatedouro G 5 ciclos por ano (12 meses) = 1 ciclo a cada 2 meses e meio - Em cada ciclo ele coleta 51 amostras - O abatedouro só pode coletar 5 amostras por semana. - Ele só pode ter 12 amostras positivas em cada ciclo (em 51 amostras) Abatedouro GG 10 ciclos por ano (12 meses) = 1 ciclo a cada 1,5 mes - Em cada ciclo ele coleta 51 amostras - O abatedouro só pode coletar 10 amostras por semana. - Ele só pode ter 12 amostras positivas em cada ciclo (em 51 amostras) 2. Da amostragem de autocontrole para abate de perus - Prevalência esperada 20%, probabilidade de 80% Classificação n c Nº ciclos/ ano Freq. de coleta P 8 2 6 1 amostra/ semana M 51 12 5 5 amostras/ semana Anexo III : coleta pelo funcionário do SIF 1. Da amostragem oficial para abate de frangos - Prevalência esperada 20%, probabilidade de 80% Classificação n c Nº ciclos/ ano Freq. de coleta P 8 2 2 1 amostra/ 3 semanas M 8 2 2 1 amostra/ 3 semanas G 8 2 3 1 amostra/ 23 semanas GG 8 2 3 1 amostra/ 2 semanas @stebelmirovet 32 2. Da amostragem oficial para abate de perus - Prevalência esperada 20%, probabilidade de 80% Classificação n c Nº ciclos/ ano Freq. de coleta P 8 2 2 1 amostra/ 3 semanas M 8 2 3 1 amostra/ 2 semanas @stebelmirovet 33 Inspeção de Pescado - RIISPOA Art. 205 – entende-se por pescado os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, repteis, equinodermos e outros animais aquáticos usados na alimentação humana. Crustáceos: camarão, siri, lagosta, lagostins, Moluscos: polvo, lula, ostra Anfíbios: rã Répteis: jacaré e tartarugas Equinodermos: estrela do mar, ouriço, pepino do mar Parágrafo único: o pescado proveniente da fonte produtora não pode ser destinado a venda direta ao consumidor sem que haja previa fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário Art. 206: os dispositivos previstos nesse decreto são extensivos ao gastrópodes terrestres, no que for aplicado Gastrópodes: caracol Art. 207: são vedados a recepção e o processamento do pescado capturados ou colhido sem atenção ao disposto nas legislações ambientais e pesqueiras. Art. 208: é obrigatório a lavagem previa do pescado utilizado como matéria prima para consumo humano direto ou para a industrialização de forma a promover a limpeza, remoção de sujidades e microbiota superficial. Art. 209: sem prejuízo das disposições deste capitulo, os controles de pescado e de seus produtos realizado pelo estabelecimento abrangem no que for aplicável: I. Analise sensorial II. Indicador de frescor III. Controle de histamina IV. Controle de biotoxinas e outras toxinas perigosas V. Controle de parasitas CARACTERISTICAS SENSORIAIS Art. 210: na avaliação dos atributos de frescor do pescado, respeitando as particularidades de cada espécie, devem ser verificadas as seguintes características sensoriais para: I – Peixes a) Superfície do corpo limpa, com relativo brilho metálico e reflexos multicores próprios da espécie, sem qualquer pigmentação estranha b) Olhos claro, vivos, brilhantes, luzentes, convexos, transparentes, ocupando toda a cavidadeorbitaria c) Brânquias ou guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes com odor natural, próprio e suave d) Abdômen com forma normal, firme, não deixando impressão duradoura a pressão do dedo e) Escamas brilhante, bem aderentes a pele, e nadadeiras apresentando certa resistência aos movimentos provocados f) Carne firme, consistência elástica, da cor própria da espécie g) Vísceras integras, perfeitamente diferenciadas, peritôneo aderente a parede da cavidade celomática h) Ânus fechado i) Odor próprio, característico da espécie II – Crustáceos a) Aspecto brilhante e úmido b) Corpo em curvatura natural, rígida, artículos firmes e resistentes c) Carapaça bem aderente ao corpo @stebelmirovet 34 d) Coloração própria da espécie sem pigmentação estranha e) Olhos vivos e proeminentes f) Odor próprio e suave g) Lagostas, siris e caranguejos devem estar vivos e vigorosos III – Moluscos a) Bivalves: 1. Estarem vivos, com valvas fechadas e com retenção de água incolor e límpida nas conchas 2. Odor próprio e suave 3. Carne úmida, bem aderente à concha, de aspecto esponjoso, da cor característica de espécie b) Cefalópodes 1. Pele lisa e úmida 2. Olhos vivos, proeminentes 3. Carne firme e elástica 4. Ausência de pigmentação estranha 5. Odor próprio e características c) Gastrópodes 1. Carne úmida, aderida à concha, de cor característica da espécie 2. Odos próprio e suave 3. Estarem vivos e vigorosos IV – Anfibios a) Carne de rã 1. Odos suave e característico 2. Cor rosa pálida na carne, branca e brilhante nas proximidades das articulações 3. Ausência de lesões e elementos estranhos e 4. Textura firme, elástica e tenra V – répteis a) Carne de jacaré 1. Odor característico da espécie 2. Cor branca rosada 3. Ausência de lesões e elementos estranhos 4. Textura macia com fibras musculares dispostas uniformemente. b) Carne de quelônios 1. Odor próprio e suave 2. Cor característica da espécie, livre de manchas escuras 3. Textura firme, elástica e tenra § 1º - as características sensoriais a que se refere este artigo são extensivas, no que for aplicável, as demais espécies de pescado usados na alimentação humana. § 2º - as características sensoriais a que se refere o caput são aplicáveis ao pescado fresco ou congelado, recebido como matéria prima, no que couber. § 3º - os pescados de que tratam os incisos de I a III do caput devem ser avaliados quanto as características sensoriais por pessoa capacitada pelo estabelecimento com utilização de tabela de classificação e pontuação com embasamento técnico- científico, nos termos do disposto em normas complementares ou, na sua ausência, em normas internacionais -> não precisa ser o veterinário, apenas uma pessoa capacitada. § 4º - nos casos em que a avaliação sensorial revele dúvidas acerca do frescor do pescado, deve-se recorrer a exames físico-químicos complementares – só dá para fazer em congelados @stebelmirovet 35 pH Art. 211 – pescado fresco é aquele que atende os seguintes parâmetros físico-químicos complementares, sem prejuízo da avaliação das características sensoriais: I. pH de carne inferior a 7,00 nos peixes II. pH de carne inferior a 7,85 nos crustáceos III. pH de carne inferior a 6,85 nos moluscos IV. Bases voláteis total inferiores a 30mg de nitrogênio/100g de tecido muscular O ácido lático que se acumula no organismo após o abate, diminui o pH da carne contribuindo para conservação. O pH elevado os pescados contribuem para sua deterioração mais rápida Art. 212 – nos estabelecimentos de pescado é obrigatório a verificação visual de lesões atribuíveis a doenças ou infecções, bem como presença de parasita Parágrafo único: a verificação de que trata o caput deve ser realizada por pessoal capacitado do estabelecimento, nos termos do disposto em normas complementares ou, na sua ausência, em recomendações internacionais Entreposto – recebe o pescado morto, precisa ter fiscalização de funcionário do estabelecimento Abatedouro de pescado – precisa ter fiscalização de funcionário especifico do MAPA TIPOS DE PESCADOS Art. 333 – para fins deste decreto, pescado fresco é aquele que não foi submetido a qualquer processo de conservação, exceto ação de galo. Art. 334 – pescado resfriado é aquele embalado e mantido em temperatura de refrigeração (equipamento de refrigeração). Art. 335 – Pescado congelado são os submetidos a processo de congelamento rápido de forma que o produto ultrapasse o s limites de temperatura de cristalização máxima rapidamente § 1º o processo de congelamento rápido somete pode ser considerado concluído quando o produto atingir temperatura de -18ºC O congelamento rápido é para evitar rompimento de fibra muscular Art. 336: durante o transporte, o pescado congelado deve ser mantido a uma temperatura não superior a -18ºC DESTINAÇÃO Art. 214 – é permitido a destinação industrial do pescado que se apresentes injuriado, deformado, com alterações de cor, com presença de parasitas localizados ou com outras anormalidades que não o tornem improprio para o consumo humano na forma em que se apresenta -> não é vendido em natura e sim industrializado Art. 215 - nos casos de aproveitamento condicional a que se refere essa subseção, o pescado deve ser submetido a critério do SIF a um dos tratamentos: I. Congelamento II. Salga III. Calor Art. 216 - os produtos da pesca e da aquicultura infectados com endoparasitas transmissíveis ao homem não podem ser destinados ao consumo cru sem que sejam submetidos previamente ao @stebelmirovet 36 congelamento à temperatura de -20ºC por 24h ou a -35ºC durante 15h §1º Nos casos em que o pescado tiver infestação por endoparasitas da família Anisakidae, os produtos poderão ser destinados ao consumo cru somente após serem submetidos ao congelamento à temperatura de -20º C (vinte graus Celsius negativos) por sete dias ou a -35ºC (trinta e cinco graus Celsius negativos) durante quinze horas. §2º Nas hipóteses de que tratam o caput e o § 1º, podem ser utilizados outros processos que, ao final, atinjam as mesmas garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS Origem de microbiota 1. Ambiental – marítima Flora natural – microrganismos que naturalmente estão na água - Apresentam uma grande diversificação de espécies. Os pescados vivos apresentam contaminação em pele, guelras e vísceras que se passam pra o tecido muscular quando ele morre. - Essas bactérias são normalmente psicrófilas (podem se desenvolver a 0ºC e tem como faixa ideal de 20 a 35ºC) - Microrganismos gerais: pseudômonas, alteromonas, vibrios, aeromonas, flavobacterium, etc Flora adquirida 2. Pós-Captura Higiene dos manipuladores Qualidade de agua e gelo Higiene dos equipamentos Insetos Contaminação cruzada Bactérias patogênicas: Grupo 1: Ocorrem naturalmente no meio aquático / ambiente: Clostridium botulinum, Vibrio parahaemolyticus, Vibrio cholerae, Vibrio vulnificus, Aeromonas sp., Listeria monocytogenes Grupo 2: Transferidos ao pescado como resultado da cont. humana: Salmonella, E. coli, Shigella, Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens @stebelmirovet 37 Ovos - RIISPOA Art. 218. Para os fins do disposto neste Decreto, entende-se por ovos, sem outra especificação, os ovos de
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