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Clinica de Grandes Animais III - Equinos

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@stebelmirovet 
 
2 
 
04.08 
Tempos Fundamentais 
 Tempos operatórios: fases da cirurgia / manobras 
cirúrgicas especificas 
 
DIÉRESE 
Como começa a cirurgia - secção, separação ou 
afastamento dos tecidos realizada 
por meio de intervenções manuais 
e/ou instrumentais. Classificadas em: 
 
 
 CRUENTAS: sangram mais 
 Incisão: sempre tem sufixo TOMIA 
 Secção de tecidos – incisão única e 
magistral 
 Exemplo: traqueotomia, enterotomia, etc 
 Não deve-se trocar a direção da lamina 
 Incisão deve ser feita em um só tempo 
 Evitar corte biselado (lamina 
perpendicular) – normalmente feito no 
ângulo de 30/40º - cortes biselados geram 
bordas irregulares (anfractuosas) 
causando dificuldade de cicatrização 
 ou 
Essa forma o cirurgião realiza mais força 
Fonte: Noções básicas em cirurgia - liga acadêmica de cirurgia geral universidade de Pernambuco, 
4 edição, 2018 
 Divulsão ou descolamento 
- Afasta-se os tecidos sem secção 
Feito com tesouras 
(metzenbaum) - entra fechado e 
depois abre, não usando a laina da 
tesoura, ou manual (com as 
mãos/dedos) 
 Formação de fistula: sufixo OSTOMIA 
- Comunicação do órgão oco com o meio 
exterior 
- Exemplo: traqueostomia, rumenostomia, 
esofagostomia 
 
 
 Arrancamento: manobra manual de 
rompimento 
- Soltar feixes vásculo-nervosos ou 
pedículos aderidos 
- Cria superfície irregular (fixação do 
coágulo) 
 
 Curetagem: eliminar tecidos indesejáveis para 
ativar cicatrização – feito com a cureta 
(instrumento) 
 
 Debridamento: feito com tesoura o bisturi – 
remover bridas (tecido conjuntivo – são 
cordões de cicatriz e tecido fibroso que se 
formam após uma cirurgia) 
 
 Escarificação: manobra superficial em tecidos 
nem tão mal vascularizados (mais viáveis do 
que nos feito em curetagem ou 
debridamento) 
- Raspar/colheita de material ou tecido para 
raspados 
- Feita com bisturi ou cureta 
 
 Exérese ou Ressecção: possui sufixo ECTOMIA 
- Eliminação/Remoção de parte ou 
totalidade de determinada estrutura ou 
órgão 
@stebelmirovet 
 
3 
 
- Ex: tecido de granulação exuberante, saco 
herniário, orquiectomia, enterectomia, 
gastrectomia 
 
 Punção: tem sufixo CENTESE 
- Penetração em um compartimento ou 
cavidade para drenagem de coleções 
liquidas ou gasosas (hemotórax, 
timpanismo ruminal, pleurisia...) ou ainda 
coleta de material para analise 
- Ex: abdominocentese, cistocentese, 
ruminocentese, tinfocentese, 
artrocentese 
- Material: usado agulhas, cateter, trocáter 
 
 Punço-Incisão: punção com material cortante 
seguido por uma pequena incisão 
- Feito para drenagem de abcessos 
(geralmente causado por materiais 
reutilizados de um animal para outro), 
oto-hematomas 
- Material: bisturi, agulhas, lancetas 
 
 Osteotomia (fratura): feita para corrigir 
desvios ósseos 
 
 INCRUENTAS: sangram menos ou não sangram – 
não é normal, apenas em incisões com bisturi 
elétrico, laser cirúrgico ou criobisturi 
 Bisturi Eletrocirúrgico: 
 Vantagens: 
- Diminui perda sanguínea 
- Diminui tempo de cirurgia 
- Diminuição do material cirúrgico no 
local da lesão 
 
 Desvantagens 
- Tem retardamento na cicatrização 
pois ocorre isquemia daquele tecido – 
CUIDADO com incisões amplas! 
- Aumenta chance de infecção – pois 
diminui a vascularização local 
 
! Contraindicação 
- Ele é um instrumento inflamável – 
CUIDADO com éter, ciclopropano, álcool e 
gases intestinais – PODE PEGAR FOGO NA 
PELE DO ANIMAL ou CAUSAR ACIDENTES! 
 
HEMOSTASIA 
Evitar/diminuir sangramentos - É o conjunto de 
manobras manuais e instrumentais, que tem por 
objetivo deter ou prevenir uma hemorragia, ou impedir 
a circulação de sangue em uma determinada área por 
um tempo limitado 
 Métodos: 
 Temporária: interrompe o fluxo de sangue na 
região e depois permite que ele volte 
- Compressão digital momentânea 
- Compressão com compressa estéril 
- Ligadura ou pinçamento transitório – 
clampes atraumaticos, fios ou fitas 
cirúrgicas 
- Garrote ou torniquete 
- Posição anti-hemorrágica 
- Distensão de tecidos 
 
 Definitiva: interrompe o sangramento 
definitivamente 
 Ligadura ou transfixação com fios de 
sutura 
 Pinçamento e torção com pinças 
hemostáticas 
 Coagulação térmica 
 Substancias de aplicação local 
 Emasculador 
 Coagulação elétrica (cautério) 
- Em artérias de até mm e veias de ate 
2mm 
 Coagulação monopolar 
@stebelmirovet 
 
4 
 
- Caneta de manipulação -> corpo 
do paciente -> placa terra 
 Coagulação bipolar 
- Pinça baioneta -> entre as pontas 
da pinça e o paciente 
 
 Uso inadequado do eletrocautério 
- Hemorragia retardada – volta a 
sangrar depois 
- Queimaduras graves 
- Retardo na cicatrização 
- Infecção 
- Incêndio e explosão 
 
! Consequências da hemorragia 
- Ameaça a vida ou a pronta recuperação 
do paciente 
- Dificulta a visualização das estruturas 
- Retarda a cicatrização 
- Favorece a infecção 
 
SÍNTESE 
Restabelecer a forma e a função dos tecidos que 
foram submetidos a diérese. É o conjunto de 
manobras manuais e instrumentais, destinadas a 
restabelecer por meio de fios ou outros materiais a 
forma e a função dos tecidos incididos 
PRÉ-REQUISITOS PARA A SUTURA 
1. Antissepsia e assepsia rigorosas; 
2. Hemostasia adequada; 
3. Abolição dos espaços mortos (Redução do espaço 
morto); 
4. Bordos da ferida limpos e sem anfractuosidades; 
5. Ausência de corpos estranhos e tecidos mortos 
(tecidos necrosados e/ou gangrenados, pus, etc.); 
6. Posição anatômica correta (a sutura deverá ser 
feita plano a plano); 
7. Tração moderada sobre o fio de sutura, de tal 
forma a obter-se adequada aproximação das bordas, 
sem submeter os tecidos a uma tensão exagerada 
(inclusive na aplicação dos nós). 
 
 MATERIAL DE SUTURA 
 Fios de sutura 
 Agulhas 
 Porta-agulhas 
 Instrumentos auxiliares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
5 
 
11.08 
Instrumentos cirúrgicos 
 
INSTRUMENTOS DE DIÉRESE 
 BISTURI: 
- Cabos nº 3 e 4 – o que diferencia os dois é a 
lamina que se encaixa no cabo. Geralmente as 
laminas do cabo 3 são menores e delicadas. 
 
 BISTURI: 
- N 11, 15. 23 e 24 – as duas últimas mais 
comuns de serem usadas no cabo 4 
 
 TESOURAS: 
- Classificação da ponta: pode ser curva ou reta, 
romba ou fina. 
 
1. Tesoura standart fina fina curva 
2. Tesoura standart romba fina curva 
3. Tesoura standart romba romba curva 
 
 
1. Tesoura standart fina fina reta 
2. Tesoura standart romba fina reta 
3. Tesoura standart romba romba reta 
 
 Tesoura Metzenbaum 
 
- Não é classificada pela ponta, sempre tem a ponta 
romba. Pode ser reta ou curva. 
- É 30% lamina e 70% cabo 
 
@stebelmirovet 
 
6 
 
INSTRUMENTOS DE PREENSÃO 
 PINÇAS: 
 Pinça de dissecção anatômica. Usada em tecido 
frágil 
 
 Pinça de dissecção com dente de rato – usado 
para estruturas robustas 
. 
INSTRUMENTOS DE HEMOSTASIA 
 Pinça hemostasia 
- Pinça crile: reta e curva 
 
- Pinça kelly: reta e curva – é só metade 
ranhurada 
 
- Pinça Halsted (mosquito) – mais delicada 
 
- Pinça Kocher – tem um dente na ponta 
 
@stebelmirovet 
 
7 
 
INSTRUMENTOS DE EXPOSIÇÃO 
 PINÇAS: 
 Pinça Allis: 
 
 
 AFASTADORES: 
 Afastadores de Farabeuf: 
 
 Afastadores de Volkman 
 
 Afastador de Finochetto: 
 
 
 
 Afastador de Gosset 
 
 
INSTRUMENTOS ESPECIAIS 
 PINÇAS: 
 Backhaus: usada para prender o pano de 
campo na pele do animal 
 
@stebelmirovet 
 
8 
 
 Pinça de Foerster: usada para antissepsia 
 
 Pinça Doyen: Bloqueia o fluxo intestinal 
 
 Agulhas 
 
 Porta agulhas: são usados para fixar a agulha 
durante a manipulação 
 
Montagem da Mesa 
Deve-se considerar quem está olhando o 
instrumental: 
 Posição dos instrumentos: 
 Ponta do instrumento deve estar voltada 
para oinstrumentador/cirurgião para ele 
apenas bater o olho e encontrar o que precisa 
 
MODELO DE MESA UAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
9 
 
18.08 
Manejo de Feridas 
 Classificação de feridas 
1. Localização 
 
2. Grau de contaminação 
- Deve-se suturas as feridas em um 
período de até 6h pois depois de 6 horas de 
ocorrência de uma ferida você permite 
que todos os microrganismos se 
proliferem em grandes quantidades, 
podendo causar decência de pontos 
 
3. Aberta x fechada 
 ABERTA: 
- Abrasivas 
- Incisionais 
- Lacerativas – não dá para se suturar 
- Avulsivas 
- Puncionais 
 
 FECHADA: 
- Seromas, hematomas, abscessos 
 
FASES DE REPARAÇÃO DA FERIDA 
 FASE 1: Fase Vascular ou de Hemostasia – fase 
responsável por tentar controlar hemorragia 
 Lesão vascular  vasoconstrição reflexa 
para controlar hemorragia  fibrina para 
formação de coágulos 
 Receptores de membrana  Quimiotaxia para 
plaquetas; subs. Vasoativas, fatores de 
crescimento tecidual. 
 
 FASE 2: Fase Inflamatória – tecido apresenta sinais 
inflamatórios: brilhante, 
 Infiltrado de: 
- Polimorfonucleares (PMN) – fazem 
fagocitose e apresentação de antígenos 
- Macrófagos – fazem fagocitose e 
remodelamento 
- Linfocitos – produzem substancias 
quimiotáticas. 
 
 Encontra-se também células inflamatórias 
como mastócitos (liberação de histamina) e 
plaquetas 
 
 Há também liberação de componentes 
humorais como histamina, serotonina e 
prostaglandina. 
 
 FASE 3: Fase de proliferação – pode ser dividida em 
duas etapas: 
 PREENCHIMENTO: tem objetivo de formar o 
tecido de granulação e ocorre: 
- Migração de queratinócitos 
- Neovascularização 
- Metabolismo de colágeno – presença de 
fibroblastos 
- Polimerização de colágeno – ele deverá 
aderir 
 
 REEPITELIZAÇÃO: 
- Epitelização – formação de um novo 
epitélio  dos bordos para o centro 
- Proliferação máxima – de 48 a 72h após a 
lesão 
- Fatores de crescimento 
 
 FASE 4: Fase de contração – ocorre junto com a 
reepitelização e ocorre contração a ferida para 
diminui-la – é um processo lento 
 Ocorre diferenciação de fibroblastos em 
miofibroblastos responsáveis pela contração 
das margens da ferida sobre a granulação 
 Modulada pela tensão ou contração dos 
bordos da ferida – quando é uma pele muito 
delgada e os bordos ficam muito afastados 
prejudicam a fase de contração. 
@stebelmirovet 
 
10 
 
 FASE 5: Fase de remodelamento 
- É a fase mais longa 
- Ocorre redução e remodelamento da escara 
inicial 
- Ocorre remodelamento de componentes do 
colágeno e matriz tecidual – forma-se tecido 
diferenciado (cicatriz final) 
- Ocorre muita deposição de ácido hialuronico e 
proteoglicanas 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 Exame físico completo 
 Situação de urgência: hemorragia, ventilação 
inadequada, desequilíbrio circulatório e dor intensa 
 Inspeção da ferida e determinação da 
profundidade da lesão, tecidos acometidos e 
estruturas vizinhas que oferecem risco 
 
EXAME DA FERIDA 
 Naturalmente contaminadas 
 Comprometimento sensorial, motor, vascular ou 
neurológico 
 Corpos estranhos perfurantes 
 Avaliação de grau de dor 
 Exs. Complementares: radiográfico, US, citologia, 
microbiologia 
 
PREPARO DA FERIDA 
 Tricotomia 
 Antissepsia 
 Debridamento – feridas infeccionadas – retira 
tecido morto 
 Antimicrobianos – a via e o tipo dependem de: 
 Região e exposição interna, secreção e fibrina, 
extensão da lesão, perda tecidual, tempo, grau 
da contaminação 
 
25.08 
DRENOS 
 Drenos: 48 à 72 hs 
 Via direta de drenagem, com contínua remoção do 
pús, sangue e debris celulares 
 
DEBRIDAMENTO MECÂNICO 
 O desbridamento mecânico consiste na aplicação 
de força mecânica diretamente sobre o tecido 
necrótico a fim de facilitar sua remoção, 
promovendo um meio ideal para a ação de 
coberturas primárias e está em desuso. 
 Faz ativação de tecidos e células e limpeza da 
ferida. 
 
TIPOS DE RESOLUÇÃO 
 1ª intenção: feridas cirúrgicas ou naturais. É o tipo 
de cicatrização que ocorre quando as bordas são 
apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de 
tecido, ausência de infecção e mínimo edema. A 
formação de tecido de granulação não é visível. 
Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente, 
avaliar: 
 Grau de contaminação 
 Tempo de ocorrência 
 Condição da pele 
 
 É como um tratamento cirúrgico, toma-se os 
mesmos cuidados de uma cirurgia: preparação 
de região, material estéril. 
 Manutenção diária com curativo, limpeza 
com antisséptico, pomadas cicatrizantes 
 Escolher um padrão de sutura: avaliar 
condição de pele e tecidos adjacentes 
 
 2ª intenção: neste tipo de cicatrização ocorre 
perda excessiva de tecido com a presença ou não 
de infecção. A aproximação primária das bordas 
@stebelmirovet 
 
11 
 
não é possível. As feridas são deixadas abertas e 
se fecharão por meio de contração, epitelização e 
granulação – todas as fases já vistas acontecem 
naturalmente nessa intenção. 
 
 Indicações: 
 Contaminação 
 Tempo 
 Perda de pele 
 Traumatização 
 Deiscência de pontos 
 Métodos destrutivos de tecido 
- Ex.: criocirurgia, cauterização química, 
eletrodissecação 
 Os problemas de 
cicatrização por segunda 
intenção são bernes e 
miiases 
 
 Manejo das feridas por 2ª intenção 
 Limpeza: Tricotomia recorrentes; Antissepsia; 
Bandagem fechada 
 Pomadas tem como objetivo: hidratação; 
cicatrizantes; estimular ou inibir granulação; 
atb (Ganadol®; Rifamicina) 
 ATB sistêmico n 
 Controle da Granulação Exuberante – ocorre 
complicações em equinos que podem causar 
granulação exuberante devido muita deposição 
de colágeno 
 
 Tratamento para granulação exuberante: 
 Debridamento químico: sulfato de cobre (Licor 
de Villate ®), (Albocresil ®) 
 Excisão Cirúrgica (**hemostasia) 
 Corticóides infiltrativos 
 Corticóides tópicos - (Omcilon ®, Quadriderm 
®) – eles inibem cicatrização e controlam 
deposito de colágeno – usado para tecidos que 
estão sendo criados 
 Bandagens compressivas 
 Pomadas cicatrizantes - ketanserina 
(Vulketan®), Triticum vulgare (Bandvet ®), 
Barbatimão 
 
! Feridas lacerativas extensas e profundas 
 Risco de infecção e necrose 
 Limpeza acentuada 
 Estímulo à granulação + Agentes bactericidas 
- Nitrofurazona 
- Rifamicina 
- Polimixina bacitracina 
- Neomicina (Neosporina ®) 
 Sistêmico: AINE, ATB, prevenção de lâminite 
 
 Diagnósticos diferenciais em feridas fechadas: 
através de: 
 Palpação 
 USG e RX 
 Punção 
 Quando abcessos deve-se fazer incisão, 
drenagem, lavagem, curetagem e sedenho 
(antisséptico, ATB e nitrofurazona) 
 
 3ª intenção ou Primário tardio: quando se começa 
a tratar a ferida por 2ª intenção e depois sutura 
após granulação. Designa a aproximação das 
margens da ferida (pele e subcutâneo) após o 
tratamento aberto inicial. Isto ocorre 
principalmente quando há presença de infecção na 
ferida, que deve ser tratada primeiramente, para 
então ser suturada posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
12 
 
01.09 
Afecções cirúrgicas do 
Sistema Respiratório 
Anterior 
 
 
Seios paranasais (Equino) 
SINUSITE 
 Inflamação dos seios paranasais (São seis pares: 
Seio paranasal conchal dorsal, médio, ventral, 
frontal, maxilar rostral e caudal e 
esfenopalatinos). 
 
 Causas: 
 A principal causa em equinos é secundária a 
problema dentários/odontológicos – cárie e 
infecções periodontais principalmente – isso se 
deve às raízes dentárias se encontrarem 
dentro dos seios. 
 
 Primária: Lesões respiratórias. 
 
! Sinais clínicos: 
 O principal sinal clínico é secreção purulenta 
nasal (com odor). Se se a secreção é unilateral 
então a sinusite é unilateral. Isso porque todos 
os seios se comunicam uns com os outros,mas somente os seios maxilares se 
comunicam diretamente com a cavidade nasal, 
os outros são de forma indireta. 
OBS: Quando você abaixa a cabeça do animal, há uma 
tendência a aumentar a secreção então esse teste é 
feito para ver se a secreção aumentou ou não. 
 Aumento de volume circular na região de seio 
maxilar. 
 Assimetria facial (um lado mais “inchado” que 
o outro pelo aumento de volume). 
 Alguns deles tem fistulação onde drena uma 
secreção dessa região de seio maximal. 
 Dilatação da narina. 
 
Secreção purulenta nasal 
@stebelmirovet 
 
13 
 
 
Volume circular na região de seio maxilar 
 Classificação: 
 Primária: infecção diretamente dos seios, 
geralmente por Streptococcus spp, entretanto é 
pouco recorrente. 
 Secundária: as causas mais comuns são por 
problemas dentários, fraturas parciais, neoplasias 
dos seios. 
 
 Exame Radiográfico: 
 Raio x: Opacidade/radiopaco (por causa do 
acumulo de pus) nos seios nasais; Linha de 
fluido determinam o nível da secreção; 
Alterações das raízes dentárias. 
 
 Tratamento: 
 O tratamento é cirúrgico e vai depender da 
causa da sinusite. 
 Não se usa antibióticos. 
 
- Para chegar nos seios temos 4 aberturas. 
- Segue abaixo os tipos de abertura para os 
tratamentos: 
 
 SINUSOTOMIA 
Abertura do seio – incisa só três lados e fratura o 
quarto lado. Abertura menor que na trepanação. 
 
Sinusotomia com furadeira 
 
 TREPANAÇÃO 
 Abertura maior do seio. Extração de um 
segmento ósseo circular através de um 
instrumento chamado trépano. 
 
Instrumento trépano 
 
 OSTEOTOMIA NO RETALHO ÓSSEO 
 Abertura mais ampla do seio, quando se 
precisa de mais espaço. Ex: quando for extrair 
um dente ou a formação de um granuloma no 
animal. 
@stebelmirovet 
 
14 
 
 
Retalho ósseo 
 
 
Remoção do granuloma dentário que foi a causa da 
sinusite 
 
 
 
 
Afecções na Laringe 
 ESTRUTURAS DA LARINGE: 
 
 Epiglote em azul fica apoiada no palato mole 
que está de laranja. 
 Em verde temos o processo corniculado da 
aritenoide direita e esquerda e em vermelho 
temos as cordas vocais. 
 Em amarelo é a abertura existente para a 
passagem do ar. 
O cavalo não respira pela cavidade oral, justamente 
pelas posições da epiglote e do palato. O palato mole é 
muito longo, denso e frouxo, então há dificuldade de 
movimentação, então ele não consegue respirar pela 
boca. Isso facilita o sufocamento do cavalo, caso a 
respiração dele seja obstruída. 
 
DESLOCAMENTO DORSAL DO PALATO MOLE 
 ETIOLOGIA DESCONHECIDA (É pensando em 
causas como genética ou devido a inflamações na 
laringe que levam ao deslocamento de palato ou 
devido a uma flacidez muscular na laringe). 
 Quadro intermitente pois o palato mole está 
deslocado e volta ao normal e fica nesse processo 
@stebelmirovet 
 
15 
 
continuo. Por isso as vezes na endoscopia ele não é 
identificado. 
 
! Sinais clínicos: 
 Intolerância ao exercício – queda no 
rendimento por estenose da faringe. 
 Ruído/roncos respiratório predominantemente 
expiratório porque a saída de ar vibra o palato 
mole. 
 
 Como visualizar essa alteração: 
 Estimular a deglutição jogando um pouco de água 
enquanto faz a endoscopia. O animal vai ter o 
estimulo de deglutir e o movimento da epiglote faz 
o palato deslocar. 
 Endoscopia dinâmica: Fazer a endoscopia do animal 
em movimento na esteira ou na pista, com 
aparelhos acoplados ao animal. Durante a 
movimentação dele, é possível ver vários 
deslocamentos no palato do animal. 
 
 Acesso a Laringe: 
 Laringotomia: É feito uma incisão entre as 
cartilagens cricoide e tireoide. Incisão de 5 ou 6 cm. 
 
 
Laringotomia 
 Tratamento: 
 Estafilectomia parcial: Processo de ressecção 
do bordo livre do palato mole. É a porção do 
palato que passa por cima da epiglote. A 
solução é traciona-la e fazer uma ressecção. 
Não tem sutura, tem só a formação de um 
tecido cicatricial e o palato mole fica mais 
tracionado (continua sendo denso, mas para de 
ser tão frouxo e fica mais tracionado). 
Diminuindo o risco do palato se deslocar como 
antes. 
 
Há outros tratamentos, mas paramos por aqui. 
06.10 
 Miectomia: Ressecção parcial de um segmento 
dos três músculos que estão se juntando no 
pescoço. São os músculos: esternohioideo, 
esternotireoideo e omohioideu. O acesso 
cirúrgico é no pescoço em terço médio de 
aproximadamente 7 ou u cm. Faz-se a divulsão 
do subcutâneo e em seguida a ressecção dos 
músculos. 
@stebelmirovet 
 
16 
 
 
 
Após a retirada dos músculos e suturado 
 
HEMIPLEGIA LARINGEANA 
 É uma paresia ou paralisia da musculatura da 
laringe. 
 Também chamada de Neuropatia Laringeana 
recorrente. 
 A causa dessa alteração é uma disfunção do 
nervo laringeo recorrente. Esse nervo está 
inervando a musculatura que movimenta a 
aritenoide. No momento que o animal 
respira/inspira, as aritenoides tem que se 
movimentar/abrir para permitir a entrada do 
ar (sofrem abdução) e o nervo laríngeo 
recorrente (direito e esquerdo) ajudam no 
movimento das aritenoides e a disfunção dele, 
impede a aritenoide de se movimentar 
corretamente. 
 95% dos casos é da aritenoide esquerda 
acometida. Isso porque ocorre o estiramento 
do nervo laríngeo recorrente ESQUERDO na 
passagem pelo arco aórtico, causando 
incomodo em cavalos com pescoço longo e 
peito estreito (pode até ser genético). 
 
Aritenoide esquerda não está abrindo/abduzindo 
corretamente 
Diferenciar Di e Esq: Lembrar que o cavalo está de 
frente para você 
 Sinais clínicos: 
 Intolerância ao exercício – queda no 
rendimento 
 Ruído/roncos respiratório – cavalo roncador 
 O animal não vai corresponder no rendimento 
máximo do exercício e de seu esforço (ele 
recua) 
OBS: Para fazer o diagnóstico diferencial com o 
descolamento dorsal do palato mole, só fazendo a 
laringoscopia 
 
 Classificação da Hemiplegia: 
 Ela é classificada em graus - Do grau I ao IV. 
 O grau I é de pequena assimetria e assim evolui 
para os outros graus. 
Hemiplegia Grau II 
-Na primeira foto as aritenoides estão relaxadas, o 
animal está expirando. 
-Na segunda foto as setas azuis mostram a diferença 
da abertura dos dois lados. A aritenoide direita 
@stebelmirovet 
 
17 
 
(normal) abre bem e gruda no teto da laringe, já na 
aritenoide esquerda dá para ver que a abertura não 
está correta e a corda vocal (seta amarela) está 
parecendo “solta”. 
-Na segunda foto a seta vermelha é o ventrículo 
laríngeo que fica entre a corda vocal e a parede 
laríngea. 
Hemiplegia Grau III / Hemiplegia Grau IV 
-Na Hemiplegia Grau IV temos o colapso da laringe, de 
tanta força que o cavalo fez para se 
movimentar/exercitar. 
 Tratamento (2 e 3 são + indicadas) 
1- Ventriculectomia: Uma das cirurgias realizadas é 
tirar a mucosa do ventrículo laríngeo, promovendo 
retração e fazendo a corda vocal ficar próxima 
da parede laríngea, lugar correto dela. Esse 
procedimento causa o aumento da abertura da 
região ventral da laringe. Você não manipula a 
aritenoide, que é o local primário do problema, mas 
promove maior abertura para a entrada do ar. 
 Como fazer: Faz a laringotomia (Incisão entre 
a cartilagem tricoide e tireoide) e acessa a 
abertura do ventrículo laríngeo. Introduz o 
instrumento “Morango de Willis”, torce ele lá 
dentro e traciona pra fora a mucosa do 
laríngeo e faz a ressecção/retirada com a 
tesoura. 
- A melhora não é completa, mas o 
resultado é razoável. 
- Não se realiza sutura, fica aberto com 
limpeza até a cicatrização (por segunda 
intenção). 
 OBS por curiosidade: 
Ventriculocordectomia é a 
cirurgia que retira o ventrículo 
laríngeo e a corda vocal. 
2- Cricoaritenopexia (ou tie back): Esse é o 
tratamento em que você manipula a aritenoide, 
que é o local primário do problema. É cirurgia de 
fixação da cartilagem aritenoidecom a cartilagem 
cricoide. 
 Como fazer: Você faz uma incisão ventral à 
veia línguafacial de aproximadamente 6 cm. 
Você então fará a fixação da cartilagem 
aritenoide com a cartilagem cricoide. O fio 
usado é fio poliéster (Ethibond®). Ele ficará 
para sempre, mantendo a cartilagem 
tracionada, em constante abdução (como uma 
“prótese laríngea”). Depois finaliza com um nó 
nos fios. 
 
 
Cricoaritenopexia 
 
3- Aritenoidectomia parcial: É a 
ressecção/retirada do processo muscular da 
aritenoide. Retira o processo corniculado 
(ponta da aritenoide) e faz uma incisão em 
forma de quadrado, o bisturi separa as 
@stebelmirovet 
 
18 
 
estruturas e então ocorre a ressecção do 
processo muscula e depois sutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
19 
 
13.10 
Sistema Reprodutor 
 
PROLPASOS VAGINAIS 
 Prolapso vaginal = Procidência da parede vaginal 
através da vulva podendo estar associado à cérvix 
(prolapso cérvico-vaginal) e útero (prolapso 
uterino) 
 Afecção progressiva e recidivante 
 
Estágios de prolapso: depende das estruturas 
expostas e posição do animal 
 1º estagio: protrusão da mucosa – uma parte da 
mucosa vaginal aparecendo enquanto o animal 
está deitado 
- Envolve apenas assoalho vaginal e em decubito 
 2º estagio: protrusão da mucosa vaginal – uma 
parte da mucosa aparecendo enquanto o animal 
está em pé 
- Protrusão vaginal continua independente do 
posicionamento 
 3º estágio: protrusão da vagina e cervical 
independente se o animal está deitado ou em pé 
- Prolapso envolve também a cérvix com 
exteriorização constante 
 4º estagio: presença de necrose tecidual 
independente se o animal está deitado ou em pé 
 
 Fatores determinantes em gestantes: 
 Relaxamento dos ligamentos pélvicos e 
perineais 
 
 Fatores predisponentes – afecção multifatorial 
 Fêmeas penhes/idosas ou pluriparas 
 Piso do estabulo excessivamente inclinado 
 Decúbito e sedentarismo 
 Distúrbios hormonais / cistos ovarianos 
 Obesidade e distúrbio alimentar 
 Traumas e inflamações na região de vulva e 
reto 
 Tenesmo 
 Predisposição racial e hereditária 
 
! Sinais Clínicos 
 Exposição tecidual através da rima vulvar, edema, 
congestão e desvitalização do tecido prolapsado 
 Disúria e retenção urinária 
 Inquietação 
 Prolapso retal secundário à tenesmo 
 Vulvite, vaginite, cervicite 
 Aborto e morte fetal 
 
 Diagnostico 
 Inspeção direta (meato urinário) 
 Palpaça ̃o retal - avaliar viabilidade fetal 
 Ultrassonografia transreta 
 
 Tratamento: 
 Limpeza, hidratação e redução (soro gelado +2% 
PVPI, glicerina, açúcar, nitrofurazona) 
 Grau I: manejo 
 
 Grau II e III: Sutura Perivulvar (estreitamento 
vulvar) 
- Caslick; Bühner; Flessa 
- Epidural Intercoccígea 
- Gestantes- monitoramento 
1. Lavagem do órgão 
2. Lubrificação 
3. Sutura 
 
 Grau IV: Vaginectomia parcial (colpoplastia) 
- Fixação Interna: Vaginopexia; Cervicopexia 
 
PNEUMOVAGINA 
Entrada de ar na vagina 
@stebelmirovet 
 
20 
 
Não é algo de extrema urgência, mas deve ser tratado 
pois causa infecções genitais e consequentemente 
infertilidade. 
Não causam dor mas causam desconforto 
 
LACERAÇÕES PERINEAIS 
 Etiologia: traumatização durante parto 
 Predisposição: éguas, primiparas 
 Dependendo do grau das lacerações pode-se 
ocorrer uma comunicação de reto com a 
vagina, causando uma grande contaminação no 
canal vaginal 
 Antes da cirurgia deve-se fazer tratamento 
sistêmico, limpeza, lavagem. 
 Não é recomendado a cirurgia quando já se 
passou 6h da laceração em condições 
inadequadas como contaminação com fezes, 
tecido edematoso ou não viáveis. 
 
 Classificação: 
 1º grau: envolvem mucosa do vestíbulo e a pele da 
comissura dorsal da vulva 
 2º grau: lesão da mucosa e submuosa vestibular 
continuando-se com os músculos do corpo 
perineal, incluindo o musculo constritor da vulva, 
bem como a mucosa e a pele da vulva. O reto e 
anus não estão envolvidos 
 3º grau: ruptura do corpo perineal, esfíncter anal, 
assoalho do reto e teto do vestíbulo vaginal 
 Reparação imediata 
 Reparação tardia e em 2 (3-4 sem): controle 
da infecção e alteração da dieta 
 Posição quadrupedal;epidural caudal; esvaziar 
conteúdo fecal; enfaixar a cauda; anitetanica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
21 
 
27.10 
Orquiectomia em Equinos 
 Indicações: 
 Conveniência: sem interesse em reprodução, 
paciente saudável sem nenhum problema de 
saúde. Faz-se normalmente por controle de 
temperamento/comportamento. 
(Comportamento de garanhão exacerbado) 
 Doenças: Orquite, hidrocele, traumas, hernia 
inguino-escrotal, neoplasia. 
 Controle de doenças genéticas: Animal 
criptorquida. Mesmo sendo unilateral e 
também por mais que o animal não tenha a 
doença manifestada, ele carrega o gene e vai 
repassar para seus descendentes que podem 
manifestar. 
 Quando se tem alguma alteração 
em que não é conveniência – 
deve-se evitar a castração em 
posição quadrupedal 
 
 Técinicas: pode-se usar técnica aberta, fechada ou 
semi fechada – está se referindo a túnica vaginal 
 
TÉCNICA ABERTA 
Abertura das túnicas vaginais 
1. Incisão de pele 
2. Incisão das túnicas vaginais 
3. Isolamento de estruturas 
4. Exteriorização de testículos 
5. Divulsão manual – as vezes essa técnica é feita 
com o animal acordado e bloqueio anestésico local 
6. Realização de transfixação ou ligadura (pode-se 
usar também o esmaculador) isoladamente no 
cordão espermático deixando as túnicas abertas 
7. Hemostasia da estrutura separadamente 
 Nessa técnica tem testículo e 
cordão espermático descoberto 
 Vantagens 
 Permite uma hemostasia de melhor qualidade 
 Desvantagens 
 Pode gerar peritonite devido deixar tudo aberto – 
cria uma via de contaminação 
 Pode ocorrer de alças intestinais passarem por ali 
depois – possível hérnia inguinoescrotal 
 
! Achado na internet: Além da incisão de pele, faz-se 
a incisão da túnica vaginal (no mesmo tamanho da 
incisão da pele subcutânea). Após a incisao, 
exterioriza o testículo que estará preso a túnica 
vaginal pelo ligamento próprio (Expoe testículo 
junto com a túnica). Corta o ligamento próprio, a 
túnica que está aberta irá subir aberta para 
dentro da cavidade abdominal. Agora o testículo 
estará completamente exposto. Com 
emasculador, esmaga o cordão espermático e 
deixa pressionando o cordão por 7 minutos. Após 
isso, remove e gonoda e solta o emasculador do 
cordão espermático. Nesse momento, o cordão 
espermático também irá subir para dentro da 
cavidade abdominal. 
 
TÉCNICA FECHADA 
Não ocorre abertura das túnicas vaginais 
1. Incisão de pele 
2. Não é feita abertura das túnicas 
3. Exteriorização dos testículos ainda recobertos 
pelas túnicas e levantamento da pele até que o 
cordão espermático fique exposto inteiro 
4. Transfixação e ligadura de todo o funículo em 
conjunto 
5. Realização de transfixação ou ligadura (pode-se 
usar também o esmaculador) isoladamente no 
cordão espermático deixando as túnicas fechadas 
e cobrindo as estruturas 
@stebelmirovet 
 
22 
 
 Nessa técnica tem testículo e 
cordão espermático cobertos 
pelas túnicas 
 
 Vantagens 
 Se ocorrer hérnia inguinoescrotal, a alça intestinal 
é retida pela túnica vaginal 
 
 Desvantagens 
 Hemostasia de menor qualidade 
 
! Achado na internet: Faz a incisão de pele 
subcutânea até chegar a túnica vaginal. 
Precisamos expor o testículo junto com a túnica 
da mesma forma da técnica aberta, então aperta 
a região do cordão espermático afim de descolar 
a túnica vaginal das demais tunicas. Como se fosse 
uma uva, aperta a casca e expõe o conteúdo.Aperta a região de cordão espermático e vai expor 
o testículo com a túnica vaginal. Posiciona o 
emasculador na região de cordão espermático, e 
pressiona o emasculador por cima da túnica 
vaginal. Essa técnica é mais difícil, pois voce não 
esta enxergando o que esta emasculando 
(podendo emascular órgãos errados) e a túnica 
vaginal é bem fibrosa. Deixa o emasculador por 7 
minutos e corta a gônada, dessa forma a túnica 
vaginal sai junto com o cordão espermático. Por 
tanto, vai remover uma porção de túnica vaginal 
com uma porção de cordão espermático e o 
testículo. Ao soltar, a túnica e o cordão 
espermático entrarão abertos na cavidade 
abdominal. Mesma coisa que a aberta, mas voce 
não está enxergando. 
 
TÉCNICA SEMI FECHADA 
É uma mistura das duas técnicas 
1. Incisão de pele 
2. Incisão das túnicas vaginais 
3. Isolamento de estruturas 
4. Exteriorização de testículos 
5. Divulsão manual 
6. Transfixação e ligadura do cordão espermatio 
7. Fechamento das túnicas sob o cordão – 
transfixação e ligadura das túnicas 
 Nessa técnica tem testículo 
descoberto e cordão 
espermático coberto pelas 
túnicas 
 
 Vantagens em relação a aberta 
 Risco de infecção menor no pós operatório 
 Se ocorrer hérnia inguinoescrotal, a alça intestinal 
é retida pela túnica vaginal 
 Desvantagens 
 Pode-se ter mais edema 
 Técnica um pouco mais demorada 
 Funiculite devido o fio cirúrgico 
 
! Achado na internet: Essa técnica é igual a técnica 
aberta, mas ao emascular, você transfixa a túnica 
vaginal por cima do emasculador, fechando a 
túnica vaginal. Após transfixar a túnica vaginal, 
após aguardar os 7 minutos de emasculador, ai 
voce remove a gonoda e solta o emasculador. 
Nesse momento, a túnica vaginal irá entrar na 
cavidade abdominal, fechada. Diminuindo as 
complicações pós operatórias da orquiectomia. 
Ao final da técnica, nao realizamos a sutura da pele 
subcutânea. Ela ser cicatrizada por segunda 
intenção. Porque acumula muito seroma nessa 
região (liquido inflamatório). Por isso a incisão na 
porção ventral, para drenar esse liquido. Se 
suturar, forma um coagulo e não drena 
 
PROCEDIMENTO 
 Incisão de pele à +/- 1 cm e paralela à rafe mediana 
(como se fosse uma linha branca na região do 
@stebelmirovet 
 
23 
 
escroto, que separa o lado direito do lado 
esquerdo) de 5 à 7 cm 
 Em equinos, faz-se duas incisões: uma no testículo 
esquerdo e uma no testículo direito 
 Abertura ou não das túnicas seguida de aumento 
da incisão 
 Exteriorização do testículo e identificação das 
estruturas 
 Secção do mesórquio e ligamento próprio 
 Realização de transfixação ou ligadura do cordão 
(pode-se usar também o emasculador – deixar o 
emasculador por uns minutos para avaliar se 
haverá hemorraigia) 
 
Complicações 
 Hemorragias 
 Hérnias inguinoescrotal 
 Funiculite 
 
CRIPTORQUIDISMO 
 Testículo ectópico: inguinal ou abdominal – para 
diferenciar consegue palpar mas em decúbito 
 Orquiectomia: Acesso pelo anel inguinal. 
PROCEDIMENTO testículo inguinal 
1. Realizar incisão na região inguinal (7 – 8 cm) 
2. Divulsionar os testículos 
3. Encontra-se o testículo no anel inguinal 
4. Abertura da túnica vaginal 
5. Acesso a estrutura testicular 
 
PROCEDIMENTO testículo abdominal 
Tem o mesmo acesso do inguinal porem da mais 
trabalho para se encontrar 
OU 
Realizar laparoscopia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
24 
 
10.11 
Celiotomia 
 CELIOTOMIA: Abertura da cavidade abdominal 
 LAPAROTOMIA: abertura da cavidade abdominal 
pelo flanco; direita ou esquerda 
CUIDADO PRÉ– OPERATÓRIO 
 Restaurar equilíbrio hidroeletrolítico – é comum 
atender animais que precisam de celiotomia que 
estão em choque hipovolêmico ou séptico 
 Realizar descompressão gástrica e controle de dor 
 Diagnóstico tem correlação direta com o acesso 
cirúrgico 
 Tricotomia / limpeza 
 Analisar estado físico e de mucosas 
 Sondagem do animal para evitar que conteúdo do 
estomago volte 
 Limpeza dos cascos e boca. 
 Proteção dos cascos 
 Sondagem uretral – principalmente em machos 
para que não caia urina na cavidade abdominal 
devido posição do pênis 
 Fechamento do prepúcio 
 Tricotomia e antissepsia 
 
 ACESSOS PARA CELIOTOMIA 
 Mediana ventral 
 Pré-umbilical – geralmente se começa 
nessa e progride para as próximas caso 
necessário – perto de 20 cm de incisão 
 Retro-umbilicar 
 Pré-retro-umbilical 
 
 Paramediana 
 
 Inguinal 
 
 Flanco: 
 Perpendicular 
 Oblíqua 
 Paracostal 
 
 Paramamária 
 Dorsal à veia mamária. 
 
 VANTAGENS DA CELIOTOMIA 
 Rápido acesso à cavidade abdominal 
 Amplitude de movimentos por parte do cirurgião 
 Reconstituição perfeita da parede sob o aspecto 
anatômico, funcional e estético 
 Mínimo trauma 
 
PROCEDIMENTO 
Celiotomia mediana ventral 
1. Tricotomia – facilita visualização da cicatriz 
umbilical 
2. Colocação de panos de campo 
 
3. Incisão da pele – até a região do umbigo 
 
@stebelmirovet 
 
25 
 
4. Incisão de musculatura – cuidado pois o abdômen 
está estendido e pode acontecer de incisar o 
estomago também 
 Para ter certeza de entrou na cavidade, usar 
o cabo do bisturi para colocar lá dentro 
 
5. Abrir musculatura com tesoura 
 
6. Acesso a cavidade abdominal – começa a ter 
exteriorização de vísceras – o normal é que tenha 
sangramento, porem controlado. 
 
7. Exploração abdominal – hora de encontrar onde 
está o problema e diagnostico 
 
8. Celiorrafia mediana ventral: o fechamento da 
musculatura é feito em um plano só, ou seja, fecha 
toda a musculatura de uma só vez. Ao todo são 
três planos: musculatura (normalmente se uma 
suturai interrompida com ponto em X - Sultan), 
subcutâneo (continuo – padrão simples) e pele 
(ponto simples separado). 
 
 Fio absorvível de longa duração é usado para 
musculatura e subcutâneo – mas não é proibido 
fio não absorvível 
 Pode se usar além do fio, grampos cirúrgicos 
para o fechamento da pele 
 
 
COMPLICAÇÕES 
 Infecção da ferida cirúrgica – NÃO é raro de 
acontecer 
 Peritonite 
 Aderência intra-abdominal – a própria manipulação 
pode causar aderência (união de uma viscera na 
outra) 
 Hérnia incisional – não tem fechamento da 
musculatura 
 Laminite 
 
Laparotomia 
 
LIMITAÇÕES 
 Diagnóstico previamente formado 
 Indicações de acesso pelo flanco 
 Determinação do lado do acesso 
 Dificuldade para exploração abdominal 
 Limitação para exteriorização das alças intestinais 
 
@stebelmirovet 
 
26 
 
 VANTAGENS DA LAPAROTOMIA 
 Menor custo do procedimento 
 Menor risco anestésico 
 Ausência da recuperação da anestesia geral 
 Menor influência dos fármacos anestésicos sobre 
a motilidade intestinal 
 
 RISCOS 
 Queda durante o procedimento 
 Acidentes no tronco de contenção 
 Necessidade de nova laparotomia – mediana 
ventral 
 
 ACESSOS PARA LAPAROTOMIA 
 Acesso pelo Flanco/Laparotomias: 
 Perpendicular 
 Oblíqua 
 Paracostal 
 
PROCEDIMENTO 
1. Incisão: se faz incisão da pele, oblíquo esterno, 
obliquo interno, transverso do abdômen e depois 
peritônio e cavidade 
2. Hemostasia 
3. Exploração abdominal 
4. Laparorrafia: pode respeitar a musculatura – 
deve-se fechar as camadas isoladamente de 
acordo com direção que a incisão foi feita 
 Padrao interrompido ou continuo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
27 
 
Enteretomia 
Abertura intestinal - você vai abrir uma alça e fechar 
 Indicações: 
 Corpo estranho 
 Fecaloma 
 Enterólito 
 
 
Alguns cuidados na enterotomia: 
1. Isolamento do segmento intestinal – não deve-se 
realizar a enterotomia dentro da cavidade e sim 
exteriorizar o órgão 
2. É paralela ao eixo longo intestinal3. É realizada na região anti-mesentérica – isso 
porque a região mesentérica é muito 
vascularizada 
4. Tamanho da incisão – se atentar ao tamanho da 
incisão em relação ao CE por exemplo 
5. Lavagem intestinal / Remoção de corpos 
estranhos ou enterólitos 
 A flexura pélvica é muito usada 
como referência pois é o pondo 
que consegue-se exteriorizar 
mais o órgão da cavidade – além 
disso através dela tem acesso 
ao colon ventral quanto ao colon 
dorsal 
 
 Enterorrafia: sutura/fechamento intestinal 
 Feita com fio absorvível sintético – fio 
poliglacgina 
 Sutura de mucosa (fio absorvível – sintético) – 
só se necessário 
 Sutura dupla invaginante seromuscular - 
Perfurante parcial – é comum que se faça 
apenas essa sutura 
 Sutura aposicionante + Sutura invaginante 
seromuscular - Perfurante parcial 
 
Enterectomia 
Ressecção/remoção de segmento intestinal 
 Indicações: 
- Intuscepção 
- Lesões em parede intestinal irreversíveis 
 
 Tem diferentes técnicas de acordo com a região 
intestinal 
 Deve ser realizada de forma compatível com a 
enteroanastomose 
 Regiões próximas aos troncos vasculares 
 Isolamento da região 
 
 Enteroanastomose: união de dois seguimentos 
intestinais 
 
@stebelmirovet 
 
28 
 
 
 
IMAGEM 1: consegue-se ver o intestino delgado 
(presença de mesentério) com uma lesão necrótica e 
bem alterada – na imagem mostra as pinças 
hemostáticas já posicionadas e o planejamento de onde 
será feita a ressecção (onde está pontilhado) -> é 
chamada de enteroanastomose término terminal pois 
está juntando duas porções terminais do intestino. 
Depois de fechar o intestino, deve-se fechar o 
mesentério para evitar que uma alça intestinal entre 
nessa região 
 
IMAGEM 2: há lesão na flexura pélvica – a ressecção 
deve ser feita em colon dorsal e ventral. Na hora que 
unir as extremidades não pode se fazer uma 
enteroanastomose término terminal, e sim uma 
enteroanastomose latero lateral – abrindo a lateral 
das duas partes e ligando. 
 
ENTEROANASTOMOSE 
Diferentes técnicas de acordo com a região intestinal 
 Término-terminal: junção de duas porções 
terminais 
 Término-lateral: junção de uma porção terminal 
com uma lateral 
 Látero-Lateral: junção de duas porções laterais 
 
 Sutura de mucosa 
 Sutura dupla invaginante seromuscular 
 Perfurante parcial 
ou 
 Sutura aposicionante + sutura invaginante 
seromuscular 
 Perfurante parcial 
ou 
 Sutura aposicionante – ponto simples continuo 
 Perfurante total.

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