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@stebelmirovet 2 04.08 Tempos Fundamentais Tempos operatórios: fases da cirurgia / manobras cirúrgicas especificas DIÉRESE Como começa a cirurgia - secção, separação ou afastamento dos tecidos realizada por meio de intervenções manuais e/ou instrumentais. Classificadas em: CRUENTAS: sangram mais Incisão: sempre tem sufixo TOMIA Secção de tecidos – incisão única e magistral Exemplo: traqueotomia, enterotomia, etc Não deve-se trocar a direção da lamina Incisão deve ser feita em um só tempo Evitar corte biselado (lamina perpendicular) – normalmente feito no ângulo de 30/40º - cortes biselados geram bordas irregulares (anfractuosas) causando dificuldade de cicatrização ou Essa forma o cirurgião realiza mais força Fonte: Noções básicas em cirurgia - liga acadêmica de cirurgia geral universidade de Pernambuco, 4 edição, 2018 Divulsão ou descolamento - Afasta-se os tecidos sem secção Feito com tesouras (metzenbaum) - entra fechado e depois abre, não usando a laina da tesoura, ou manual (com as mãos/dedos) Formação de fistula: sufixo OSTOMIA - Comunicação do órgão oco com o meio exterior - Exemplo: traqueostomia, rumenostomia, esofagostomia Arrancamento: manobra manual de rompimento - Soltar feixes vásculo-nervosos ou pedículos aderidos - Cria superfície irregular (fixação do coágulo) Curetagem: eliminar tecidos indesejáveis para ativar cicatrização – feito com a cureta (instrumento) Debridamento: feito com tesoura o bisturi – remover bridas (tecido conjuntivo – são cordões de cicatriz e tecido fibroso que se formam após uma cirurgia) Escarificação: manobra superficial em tecidos nem tão mal vascularizados (mais viáveis do que nos feito em curetagem ou debridamento) - Raspar/colheita de material ou tecido para raspados - Feita com bisturi ou cureta Exérese ou Ressecção: possui sufixo ECTOMIA - Eliminação/Remoção de parte ou totalidade de determinada estrutura ou órgão @stebelmirovet 3 - Ex: tecido de granulação exuberante, saco herniário, orquiectomia, enterectomia, gastrectomia Punção: tem sufixo CENTESE - Penetração em um compartimento ou cavidade para drenagem de coleções liquidas ou gasosas (hemotórax, timpanismo ruminal, pleurisia...) ou ainda coleta de material para analise - Ex: abdominocentese, cistocentese, ruminocentese, tinfocentese, artrocentese - Material: usado agulhas, cateter, trocáter Punço-Incisão: punção com material cortante seguido por uma pequena incisão - Feito para drenagem de abcessos (geralmente causado por materiais reutilizados de um animal para outro), oto-hematomas - Material: bisturi, agulhas, lancetas Osteotomia (fratura): feita para corrigir desvios ósseos INCRUENTAS: sangram menos ou não sangram – não é normal, apenas em incisões com bisturi elétrico, laser cirúrgico ou criobisturi Bisturi Eletrocirúrgico: Vantagens: - Diminui perda sanguínea - Diminui tempo de cirurgia - Diminuição do material cirúrgico no local da lesão Desvantagens - Tem retardamento na cicatrização pois ocorre isquemia daquele tecido – CUIDADO com incisões amplas! - Aumenta chance de infecção – pois diminui a vascularização local ! Contraindicação - Ele é um instrumento inflamável – CUIDADO com éter, ciclopropano, álcool e gases intestinais – PODE PEGAR FOGO NA PELE DO ANIMAL ou CAUSAR ACIDENTES! HEMOSTASIA Evitar/diminuir sangramentos - É o conjunto de manobras manuais e instrumentais, que tem por objetivo deter ou prevenir uma hemorragia, ou impedir a circulação de sangue em uma determinada área por um tempo limitado Métodos: Temporária: interrompe o fluxo de sangue na região e depois permite que ele volte - Compressão digital momentânea - Compressão com compressa estéril - Ligadura ou pinçamento transitório – clampes atraumaticos, fios ou fitas cirúrgicas - Garrote ou torniquete - Posição anti-hemorrágica - Distensão de tecidos Definitiva: interrompe o sangramento definitivamente Ligadura ou transfixação com fios de sutura Pinçamento e torção com pinças hemostáticas Coagulação térmica Substancias de aplicação local Emasculador Coagulação elétrica (cautério) - Em artérias de até mm e veias de ate 2mm Coagulação monopolar @stebelmirovet 4 - Caneta de manipulação -> corpo do paciente -> placa terra Coagulação bipolar - Pinça baioneta -> entre as pontas da pinça e o paciente Uso inadequado do eletrocautério - Hemorragia retardada – volta a sangrar depois - Queimaduras graves - Retardo na cicatrização - Infecção - Incêndio e explosão ! Consequências da hemorragia - Ameaça a vida ou a pronta recuperação do paciente - Dificulta a visualização das estruturas - Retarda a cicatrização - Favorece a infecção SÍNTESE Restabelecer a forma e a função dos tecidos que foram submetidos a diérese. É o conjunto de manobras manuais e instrumentais, destinadas a restabelecer por meio de fios ou outros materiais a forma e a função dos tecidos incididos PRÉ-REQUISITOS PARA A SUTURA 1. Antissepsia e assepsia rigorosas; 2. Hemostasia adequada; 3. Abolição dos espaços mortos (Redução do espaço morto); 4. Bordos da ferida limpos e sem anfractuosidades; 5. Ausência de corpos estranhos e tecidos mortos (tecidos necrosados e/ou gangrenados, pus, etc.); 6. Posição anatômica correta (a sutura deverá ser feita plano a plano); 7. Tração moderada sobre o fio de sutura, de tal forma a obter-se adequada aproximação das bordas, sem submeter os tecidos a uma tensão exagerada (inclusive na aplicação dos nós). MATERIAL DE SUTURA Fios de sutura Agulhas Porta-agulhas Instrumentos auxiliares @stebelmirovet 5 11.08 Instrumentos cirúrgicos INSTRUMENTOS DE DIÉRESE BISTURI: - Cabos nº 3 e 4 – o que diferencia os dois é a lamina que se encaixa no cabo. Geralmente as laminas do cabo 3 são menores e delicadas. BISTURI: - N 11, 15. 23 e 24 – as duas últimas mais comuns de serem usadas no cabo 4 TESOURAS: - Classificação da ponta: pode ser curva ou reta, romba ou fina. 1. Tesoura standart fina fina curva 2. Tesoura standart romba fina curva 3. Tesoura standart romba romba curva 1. Tesoura standart fina fina reta 2. Tesoura standart romba fina reta 3. Tesoura standart romba romba reta Tesoura Metzenbaum - Não é classificada pela ponta, sempre tem a ponta romba. Pode ser reta ou curva. - É 30% lamina e 70% cabo @stebelmirovet 6 INSTRUMENTOS DE PREENSÃO PINÇAS: Pinça de dissecção anatômica. Usada em tecido frágil Pinça de dissecção com dente de rato – usado para estruturas robustas . INSTRUMENTOS DE HEMOSTASIA Pinça hemostasia - Pinça crile: reta e curva - Pinça kelly: reta e curva – é só metade ranhurada - Pinça Halsted (mosquito) – mais delicada - Pinça Kocher – tem um dente na ponta @stebelmirovet 7 INSTRUMENTOS DE EXPOSIÇÃO PINÇAS: Pinça Allis: AFASTADORES: Afastadores de Farabeuf: Afastadores de Volkman Afastador de Finochetto: Afastador de Gosset INSTRUMENTOS ESPECIAIS PINÇAS: Backhaus: usada para prender o pano de campo na pele do animal @stebelmirovet 8 Pinça de Foerster: usada para antissepsia Pinça Doyen: Bloqueia o fluxo intestinal Agulhas Porta agulhas: são usados para fixar a agulha durante a manipulação Montagem da Mesa Deve-se considerar quem está olhando o instrumental: Posição dos instrumentos: Ponta do instrumento deve estar voltada para oinstrumentador/cirurgião para ele apenas bater o olho e encontrar o que precisa MODELO DE MESA UAM @stebelmirovet 9 18.08 Manejo de Feridas Classificação de feridas 1. Localização 2. Grau de contaminação - Deve-se suturas as feridas em um período de até 6h pois depois de 6 horas de ocorrência de uma ferida você permite que todos os microrganismos se proliferem em grandes quantidades, podendo causar decência de pontos 3. Aberta x fechada ABERTA: - Abrasivas - Incisionais - Lacerativas – não dá para se suturar - Avulsivas - Puncionais FECHADA: - Seromas, hematomas, abscessos FASES DE REPARAÇÃO DA FERIDA FASE 1: Fase Vascular ou de Hemostasia – fase responsável por tentar controlar hemorragia Lesão vascular vasoconstrição reflexa para controlar hemorragia fibrina para formação de coágulos Receptores de membrana Quimiotaxia para plaquetas; subs. Vasoativas, fatores de crescimento tecidual. FASE 2: Fase Inflamatória – tecido apresenta sinais inflamatórios: brilhante, Infiltrado de: - Polimorfonucleares (PMN) – fazem fagocitose e apresentação de antígenos - Macrófagos – fazem fagocitose e remodelamento - Linfocitos – produzem substancias quimiotáticas. Encontra-se também células inflamatórias como mastócitos (liberação de histamina) e plaquetas Há também liberação de componentes humorais como histamina, serotonina e prostaglandina. FASE 3: Fase de proliferação – pode ser dividida em duas etapas: PREENCHIMENTO: tem objetivo de formar o tecido de granulação e ocorre: - Migração de queratinócitos - Neovascularização - Metabolismo de colágeno – presença de fibroblastos - Polimerização de colágeno – ele deverá aderir REEPITELIZAÇÃO: - Epitelização – formação de um novo epitélio dos bordos para o centro - Proliferação máxima – de 48 a 72h após a lesão - Fatores de crescimento FASE 4: Fase de contração – ocorre junto com a reepitelização e ocorre contração a ferida para diminui-la – é um processo lento Ocorre diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos responsáveis pela contração das margens da ferida sobre a granulação Modulada pela tensão ou contração dos bordos da ferida – quando é uma pele muito delgada e os bordos ficam muito afastados prejudicam a fase de contração. @stebelmirovet 10 FASE 5: Fase de remodelamento - É a fase mais longa - Ocorre redução e remodelamento da escara inicial - Ocorre remodelamento de componentes do colágeno e matriz tecidual – forma-se tecido diferenciado (cicatriz final) - Ocorre muita deposição de ácido hialuronico e proteoglicanas AVALIAÇÃO DO PACIENTE Exame físico completo Situação de urgência: hemorragia, ventilação inadequada, desequilíbrio circulatório e dor intensa Inspeção da ferida e determinação da profundidade da lesão, tecidos acometidos e estruturas vizinhas que oferecem risco EXAME DA FERIDA Naturalmente contaminadas Comprometimento sensorial, motor, vascular ou neurológico Corpos estranhos perfurantes Avaliação de grau de dor Exs. Complementares: radiográfico, US, citologia, microbiologia PREPARO DA FERIDA Tricotomia Antissepsia Debridamento – feridas infeccionadas – retira tecido morto Antimicrobianos – a via e o tipo dependem de: Região e exposição interna, secreção e fibrina, extensão da lesão, perda tecidual, tempo, grau da contaminação 25.08 DRENOS Drenos: 48 à 72 hs Via direta de drenagem, com contínua remoção do pús, sangue e debris celulares DEBRIDAMENTO MECÂNICO O desbridamento mecânico consiste na aplicação de força mecânica diretamente sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção, promovendo um meio ideal para a ação de coberturas primárias e está em desuso. Faz ativação de tecidos e células e limpeza da ferida. TIPOS DE RESOLUÇÃO 1ª intenção: feridas cirúrgicas ou naturais. É o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. A formação de tecido de granulação não é visível. Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente, avaliar: Grau de contaminação Tempo de ocorrência Condição da pele É como um tratamento cirúrgico, toma-se os mesmos cuidados de uma cirurgia: preparação de região, material estéril. Manutenção diária com curativo, limpeza com antisséptico, pomadas cicatrizantes Escolher um padrão de sutura: avaliar condição de pele e tecidos adjacentes 2ª intenção: neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. A aproximação primária das bordas @stebelmirovet 11 não é possível. As feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração, epitelização e granulação – todas as fases já vistas acontecem naturalmente nessa intenção. Indicações: Contaminação Tempo Perda de pele Traumatização Deiscência de pontos Métodos destrutivos de tecido - Ex.: criocirurgia, cauterização química, eletrodissecação Os problemas de cicatrização por segunda intenção são bernes e miiases Manejo das feridas por 2ª intenção Limpeza: Tricotomia recorrentes; Antissepsia; Bandagem fechada Pomadas tem como objetivo: hidratação; cicatrizantes; estimular ou inibir granulação; atb (Ganadol®; Rifamicina) ATB sistêmico n Controle da Granulação Exuberante – ocorre complicações em equinos que podem causar granulação exuberante devido muita deposição de colágeno Tratamento para granulação exuberante: Debridamento químico: sulfato de cobre (Licor de Villate ®), (Albocresil ®) Excisão Cirúrgica (**hemostasia) Corticóides infiltrativos Corticóides tópicos - (Omcilon ®, Quadriderm ®) – eles inibem cicatrização e controlam deposito de colágeno – usado para tecidos que estão sendo criados Bandagens compressivas Pomadas cicatrizantes - ketanserina (Vulketan®), Triticum vulgare (Bandvet ®), Barbatimão ! Feridas lacerativas extensas e profundas Risco de infecção e necrose Limpeza acentuada Estímulo à granulação + Agentes bactericidas - Nitrofurazona - Rifamicina - Polimixina bacitracina - Neomicina (Neosporina ®) Sistêmico: AINE, ATB, prevenção de lâminite Diagnósticos diferenciais em feridas fechadas: através de: Palpação USG e RX Punção Quando abcessos deve-se fazer incisão, drenagem, lavagem, curetagem e sedenho (antisséptico, ATB e nitrofurazona) 3ª intenção ou Primário tardio: quando se começa a tratar a ferida por 2ª intenção e depois sutura após granulação. Designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. Isto ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente. @stebelmirovet 12 01.09 Afecções cirúrgicas do Sistema Respiratório Anterior Seios paranasais (Equino) SINUSITE Inflamação dos seios paranasais (São seis pares: Seio paranasal conchal dorsal, médio, ventral, frontal, maxilar rostral e caudal e esfenopalatinos). Causas: A principal causa em equinos é secundária a problema dentários/odontológicos – cárie e infecções periodontais principalmente – isso se deve às raízes dentárias se encontrarem dentro dos seios. Primária: Lesões respiratórias. ! Sinais clínicos: O principal sinal clínico é secreção purulenta nasal (com odor). Se se a secreção é unilateral então a sinusite é unilateral. Isso porque todos os seios se comunicam uns com os outros,mas somente os seios maxilares se comunicam diretamente com a cavidade nasal, os outros são de forma indireta. OBS: Quando você abaixa a cabeça do animal, há uma tendência a aumentar a secreção então esse teste é feito para ver se a secreção aumentou ou não. Aumento de volume circular na região de seio maxilar. Assimetria facial (um lado mais “inchado” que o outro pelo aumento de volume). Alguns deles tem fistulação onde drena uma secreção dessa região de seio maximal. Dilatação da narina. Secreção purulenta nasal @stebelmirovet 13 Volume circular na região de seio maxilar Classificação: Primária: infecção diretamente dos seios, geralmente por Streptococcus spp, entretanto é pouco recorrente. Secundária: as causas mais comuns são por problemas dentários, fraturas parciais, neoplasias dos seios. Exame Radiográfico: Raio x: Opacidade/radiopaco (por causa do acumulo de pus) nos seios nasais; Linha de fluido determinam o nível da secreção; Alterações das raízes dentárias. Tratamento: O tratamento é cirúrgico e vai depender da causa da sinusite. Não se usa antibióticos. - Para chegar nos seios temos 4 aberturas. - Segue abaixo os tipos de abertura para os tratamentos: SINUSOTOMIA Abertura do seio – incisa só três lados e fratura o quarto lado. Abertura menor que na trepanação. Sinusotomia com furadeira TREPANAÇÃO Abertura maior do seio. Extração de um segmento ósseo circular através de um instrumento chamado trépano. Instrumento trépano OSTEOTOMIA NO RETALHO ÓSSEO Abertura mais ampla do seio, quando se precisa de mais espaço. Ex: quando for extrair um dente ou a formação de um granuloma no animal. @stebelmirovet 14 Retalho ósseo Remoção do granuloma dentário que foi a causa da sinusite Afecções na Laringe ESTRUTURAS DA LARINGE: Epiglote em azul fica apoiada no palato mole que está de laranja. Em verde temos o processo corniculado da aritenoide direita e esquerda e em vermelho temos as cordas vocais. Em amarelo é a abertura existente para a passagem do ar. O cavalo não respira pela cavidade oral, justamente pelas posições da epiglote e do palato. O palato mole é muito longo, denso e frouxo, então há dificuldade de movimentação, então ele não consegue respirar pela boca. Isso facilita o sufocamento do cavalo, caso a respiração dele seja obstruída. DESLOCAMENTO DORSAL DO PALATO MOLE ETIOLOGIA DESCONHECIDA (É pensando em causas como genética ou devido a inflamações na laringe que levam ao deslocamento de palato ou devido a uma flacidez muscular na laringe). Quadro intermitente pois o palato mole está deslocado e volta ao normal e fica nesse processo @stebelmirovet 15 continuo. Por isso as vezes na endoscopia ele não é identificado. ! Sinais clínicos: Intolerância ao exercício – queda no rendimento por estenose da faringe. Ruído/roncos respiratório predominantemente expiratório porque a saída de ar vibra o palato mole. Como visualizar essa alteração: Estimular a deglutição jogando um pouco de água enquanto faz a endoscopia. O animal vai ter o estimulo de deglutir e o movimento da epiglote faz o palato deslocar. Endoscopia dinâmica: Fazer a endoscopia do animal em movimento na esteira ou na pista, com aparelhos acoplados ao animal. Durante a movimentação dele, é possível ver vários deslocamentos no palato do animal. Acesso a Laringe: Laringotomia: É feito uma incisão entre as cartilagens cricoide e tireoide. Incisão de 5 ou 6 cm. Laringotomia Tratamento: Estafilectomia parcial: Processo de ressecção do bordo livre do palato mole. É a porção do palato que passa por cima da epiglote. A solução é traciona-la e fazer uma ressecção. Não tem sutura, tem só a formação de um tecido cicatricial e o palato mole fica mais tracionado (continua sendo denso, mas para de ser tão frouxo e fica mais tracionado). Diminuindo o risco do palato se deslocar como antes. Há outros tratamentos, mas paramos por aqui. 06.10 Miectomia: Ressecção parcial de um segmento dos três músculos que estão se juntando no pescoço. São os músculos: esternohioideo, esternotireoideo e omohioideu. O acesso cirúrgico é no pescoço em terço médio de aproximadamente 7 ou u cm. Faz-se a divulsão do subcutâneo e em seguida a ressecção dos músculos. @stebelmirovet 16 Após a retirada dos músculos e suturado HEMIPLEGIA LARINGEANA É uma paresia ou paralisia da musculatura da laringe. Também chamada de Neuropatia Laringeana recorrente. A causa dessa alteração é uma disfunção do nervo laringeo recorrente. Esse nervo está inervando a musculatura que movimenta a aritenoide. No momento que o animal respira/inspira, as aritenoides tem que se movimentar/abrir para permitir a entrada do ar (sofrem abdução) e o nervo laríngeo recorrente (direito e esquerdo) ajudam no movimento das aritenoides e a disfunção dele, impede a aritenoide de se movimentar corretamente. 95% dos casos é da aritenoide esquerda acometida. Isso porque ocorre o estiramento do nervo laríngeo recorrente ESQUERDO na passagem pelo arco aórtico, causando incomodo em cavalos com pescoço longo e peito estreito (pode até ser genético). Aritenoide esquerda não está abrindo/abduzindo corretamente Diferenciar Di e Esq: Lembrar que o cavalo está de frente para você Sinais clínicos: Intolerância ao exercício – queda no rendimento Ruído/roncos respiratório – cavalo roncador O animal não vai corresponder no rendimento máximo do exercício e de seu esforço (ele recua) OBS: Para fazer o diagnóstico diferencial com o descolamento dorsal do palato mole, só fazendo a laringoscopia Classificação da Hemiplegia: Ela é classificada em graus - Do grau I ao IV. O grau I é de pequena assimetria e assim evolui para os outros graus. Hemiplegia Grau II -Na primeira foto as aritenoides estão relaxadas, o animal está expirando. -Na segunda foto as setas azuis mostram a diferença da abertura dos dois lados. A aritenoide direita @stebelmirovet 17 (normal) abre bem e gruda no teto da laringe, já na aritenoide esquerda dá para ver que a abertura não está correta e a corda vocal (seta amarela) está parecendo “solta”. -Na segunda foto a seta vermelha é o ventrículo laríngeo que fica entre a corda vocal e a parede laríngea. Hemiplegia Grau III / Hemiplegia Grau IV -Na Hemiplegia Grau IV temos o colapso da laringe, de tanta força que o cavalo fez para se movimentar/exercitar. Tratamento (2 e 3 são + indicadas) 1- Ventriculectomia: Uma das cirurgias realizadas é tirar a mucosa do ventrículo laríngeo, promovendo retração e fazendo a corda vocal ficar próxima da parede laríngea, lugar correto dela. Esse procedimento causa o aumento da abertura da região ventral da laringe. Você não manipula a aritenoide, que é o local primário do problema, mas promove maior abertura para a entrada do ar. Como fazer: Faz a laringotomia (Incisão entre a cartilagem tricoide e tireoide) e acessa a abertura do ventrículo laríngeo. Introduz o instrumento “Morango de Willis”, torce ele lá dentro e traciona pra fora a mucosa do laríngeo e faz a ressecção/retirada com a tesoura. - A melhora não é completa, mas o resultado é razoável. - Não se realiza sutura, fica aberto com limpeza até a cicatrização (por segunda intenção). OBS por curiosidade: Ventriculocordectomia é a cirurgia que retira o ventrículo laríngeo e a corda vocal. 2- Cricoaritenopexia (ou tie back): Esse é o tratamento em que você manipula a aritenoide, que é o local primário do problema. É cirurgia de fixação da cartilagem aritenoidecom a cartilagem cricoide. Como fazer: Você faz uma incisão ventral à veia línguafacial de aproximadamente 6 cm. Você então fará a fixação da cartilagem aritenoide com a cartilagem cricoide. O fio usado é fio poliéster (Ethibond®). Ele ficará para sempre, mantendo a cartilagem tracionada, em constante abdução (como uma “prótese laríngea”). Depois finaliza com um nó nos fios. Cricoaritenopexia 3- Aritenoidectomia parcial: É a ressecção/retirada do processo muscular da aritenoide. Retira o processo corniculado (ponta da aritenoide) e faz uma incisão em forma de quadrado, o bisturi separa as @stebelmirovet 18 estruturas e então ocorre a ressecção do processo muscula e depois sutura. @stebelmirovet 19 13.10 Sistema Reprodutor PROLPASOS VAGINAIS Prolapso vaginal = Procidência da parede vaginal através da vulva podendo estar associado à cérvix (prolapso cérvico-vaginal) e útero (prolapso uterino) Afecção progressiva e recidivante Estágios de prolapso: depende das estruturas expostas e posição do animal 1º estagio: protrusão da mucosa – uma parte da mucosa vaginal aparecendo enquanto o animal está deitado - Envolve apenas assoalho vaginal e em decubito 2º estagio: protrusão da mucosa vaginal – uma parte da mucosa aparecendo enquanto o animal está em pé - Protrusão vaginal continua independente do posicionamento 3º estágio: protrusão da vagina e cervical independente se o animal está deitado ou em pé - Prolapso envolve também a cérvix com exteriorização constante 4º estagio: presença de necrose tecidual independente se o animal está deitado ou em pé Fatores determinantes em gestantes: Relaxamento dos ligamentos pélvicos e perineais Fatores predisponentes – afecção multifatorial Fêmeas penhes/idosas ou pluriparas Piso do estabulo excessivamente inclinado Decúbito e sedentarismo Distúrbios hormonais / cistos ovarianos Obesidade e distúrbio alimentar Traumas e inflamações na região de vulva e reto Tenesmo Predisposição racial e hereditária ! Sinais Clínicos Exposição tecidual através da rima vulvar, edema, congestão e desvitalização do tecido prolapsado Disúria e retenção urinária Inquietação Prolapso retal secundário à tenesmo Vulvite, vaginite, cervicite Aborto e morte fetal Diagnostico Inspeção direta (meato urinário) Palpaça ̃o retal - avaliar viabilidade fetal Ultrassonografia transreta Tratamento: Limpeza, hidratação e redução (soro gelado +2% PVPI, glicerina, açúcar, nitrofurazona) Grau I: manejo Grau II e III: Sutura Perivulvar (estreitamento vulvar) - Caslick; Bühner; Flessa - Epidural Intercoccígea - Gestantes- monitoramento 1. Lavagem do órgão 2. Lubrificação 3. Sutura Grau IV: Vaginectomia parcial (colpoplastia) - Fixação Interna: Vaginopexia; Cervicopexia PNEUMOVAGINA Entrada de ar na vagina @stebelmirovet 20 Não é algo de extrema urgência, mas deve ser tratado pois causa infecções genitais e consequentemente infertilidade. Não causam dor mas causam desconforto LACERAÇÕES PERINEAIS Etiologia: traumatização durante parto Predisposição: éguas, primiparas Dependendo do grau das lacerações pode-se ocorrer uma comunicação de reto com a vagina, causando uma grande contaminação no canal vaginal Antes da cirurgia deve-se fazer tratamento sistêmico, limpeza, lavagem. Não é recomendado a cirurgia quando já se passou 6h da laceração em condições inadequadas como contaminação com fezes, tecido edematoso ou não viáveis. Classificação: 1º grau: envolvem mucosa do vestíbulo e a pele da comissura dorsal da vulva 2º grau: lesão da mucosa e submuosa vestibular continuando-se com os músculos do corpo perineal, incluindo o musculo constritor da vulva, bem como a mucosa e a pele da vulva. O reto e anus não estão envolvidos 3º grau: ruptura do corpo perineal, esfíncter anal, assoalho do reto e teto do vestíbulo vaginal Reparação imediata Reparação tardia e em 2 (3-4 sem): controle da infecção e alteração da dieta Posição quadrupedal;epidural caudal; esvaziar conteúdo fecal; enfaixar a cauda; anitetanica @stebelmirovet 21 27.10 Orquiectomia em Equinos Indicações: Conveniência: sem interesse em reprodução, paciente saudável sem nenhum problema de saúde. Faz-se normalmente por controle de temperamento/comportamento. (Comportamento de garanhão exacerbado) Doenças: Orquite, hidrocele, traumas, hernia inguino-escrotal, neoplasia. Controle de doenças genéticas: Animal criptorquida. Mesmo sendo unilateral e também por mais que o animal não tenha a doença manifestada, ele carrega o gene e vai repassar para seus descendentes que podem manifestar. Quando se tem alguma alteração em que não é conveniência – deve-se evitar a castração em posição quadrupedal Técinicas: pode-se usar técnica aberta, fechada ou semi fechada – está se referindo a túnica vaginal TÉCNICA ABERTA Abertura das túnicas vaginais 1. Incisão de pele 2. Incisão das túnicas vaginais 3. Isolamento de estruturas 4. Exteriorização de testículos 5. Divulsão manual – as vezes essa técnica é feita com o animal acordado e bloqueio anestésico local 6. Realização de transfixação ou ligadura (pode-se usar também o esmaculador) isoladamente no cordão espermático deixando as túnicas abertas 7. Hemostasia da estrutura separadamente Nessa técnica tem testículo e cordão espermático descoberto Vantagens Permite uma hemostasia de melhor qualidade Desvantagens Pode gerar peritonite devido deixar tudo aberto – cria uma via de contaminação Pode ocorrer de alças intestinais passarem por ali depois – possível hérnia inguinoescrotal ! Achado na internet: Além da incisão de pele, faz-se a incisão da túnica vaginal (no mesmo tamanho da incisão da pele subcutânea). Após a incisao, exterioriza o testículo que estará preso a túnica vaginal pelo ligamento próprio (Expoe testículo junto com a túnica). Corta o ligamento próprio, a túnica que está aberta irá subir aberta para dentro da cavidade abdominal. Agora o testículo estará completamente exposto. Com emasculador, esmaga o cordão espermático e deixa pressionando o cordão por 7 minutos. Após isso, remove e gonoda e solta o emasculador do cordão espermático. Nesse momento, o cordão espermático também irá subir para dentro da cavidade abdominal. TÉCNICA FECHADA Não ocorre abertura das túnicas vaginais 1. Incisão de pele 2. Não é feita abertura das túnicas 3. Exteriorização dos testículos ainda recobertos pelas túnicas e levantamento da pele até que o cordão espermático fique exposto inteiro 4. Transfixação e ligadura de todo o funículo em conjunto 5. Realização de transfixação ou ligadura (pode-se usar também o esmaculador) isoladamente no cordão espermático deixando as túnicas fechadas e cobrindo as estruturas @stebelmirovet 22 Nessa técnica tem testículo e cordão espermático cobertos pelas túnicas Vantagens Se ocorrer hérnia inguinoescrotal, a alça intestinal é retida pela túnica vaginal Desvantagens Hemostasia de menor qualidade ! Achado na internet: Faz a incisão de pele subcutânea até chegar a túnica vaginal. Precisamos expor o testículo junto com a túnica da mesma forma da técnica aberta, então aperta a região do cordão espermático afim de descolar a túnica vaginal das demais tunicas. Como se fosse uma uva, aperta a casca e expõe o conteúdo.Aperta a região de cordão espermático e vai expor o testículo com a túnica vaginal. Posiciona o emasculador na região de cordão espermático, e pressiona o emasculador por cima da túnica vaginal. Essa técnica é mais difícil, pois voce não esta enxergando o que esta emasculando (podendo emascular órgãos errados) e a túnica vaginal é bem fibrosa. Deixa o emasculador por 7 minutos e corta a gônada, dessa forma a túnica vaginal sai junto com o cordão espermático. Por tanto, vai remover uma porção de túnica vaginal com uma porção de cordão espermático e o testículo. Ao soltar, a túnica e o cordão espermático entrarão abertos na cavidade abdominal. Mesma coisa que a aberta, mas voce não está enxergando. TÉCNICA SEMI FECHADA É uma mistura das duas técnicas 1. Incisão de pele 2. Incisão das túnicas vaginais 3. Isolamento de estruturas 4. Exteriorização de testículos 5. Divulsão manual 6. Transfixação e ligadura do cordão espermatio 7. Fechamento das túnicas sob o cordão – transfixação e ligadura das túnicas Nessa técnica tem testículo descoberto e cordão espermático coberto pelas túnicas Vantagens em relação a aberta Risco de infecção menor no pós operatório Se ocorrer hérnia inguinoescrotal, a alça intestinal é retida pela túnica vaginal Desvantagens Pode-se ter mais edema Técnica um pouco mais demorada Funiculite devido o fio cirúrgico ! Achado na internet: Essa técnica é igual a técnica aberta, mas ao emascular, você transfixa a túnica vaginal por cima do emasculador, fechando a túnica vaginal. Após transfixar a túnica vaginal, após aguardar os 7 minutos de emasculador, ai voce remove a gonoda e solta o emasculador. Nesse momento, a túnica vaginal irá entrar na cavidade abdominal, fechada. Diminuindo as complicações pós operatórias da orquiectomia. Ao final da técnica, nao realizamos a sutura da pele subcutânea. Ela ser cicatrizada por segunda intenção. Porque acumula muito seroma nessa região (liquido inflamatório). Por isso a incisão na porção ventral, para drenar esse liquido. Se suturar, forma um coagulo e não drena PROCEDIMENTO Incisão de pele à +/- 1 cm e paralela à rafe mediana (como se fosse uma linha branca na região do @stebelmirovet 23 escroto, que separa o lado direito do lado esquerdo) de 5 à 7 cm Em equinos, faz-se duas incisões: uma no testículo esquerdo e uma no testículo direito Abertura ou não das túnicas seguida de aumento da incisão Exteriorização do testículo e identificação das estruturas Secção do mesórquio e ligamento próprio Realização de transfixação ou ligadura do cordão (pode-se usar também o emasculador – deixar o emasculador por uns minutos para avaliar se haverá hemorraigia) Complicações Hemorragias Hérnias inguinoescrotal Funiculite CRIPTORQUIDISMO Testículo ectópico: inguinal ou abdominal – para diferenciar consegue palpar mas em decúbito Orquiectomia: Acesso pelo anel inguinal. PROCEDIMENTO testículo inguinal 1. Realizar incisão na região inguinal (7 – 8 cm) 2. Divulsionar os testículos 3. Encontra-se o testículo no anel inguinal 4. Abertura da túnica vaginal 5. Acesso a estrutura testicular PROCEDIMENTO testículo abdominal Tem o mesmo acesso do inguinal porem da mais trabalho para se encontrar OU Realizar laparoscopia @stebelmirovet 24 10.11 Celiotomia CELIOTOMIA: Abertura da cavidade abdominal LAPAROTOMIA: abertura da cavidade abdominal pelo flanco; direita ou esquerda CUIDADO PRÉ– OPERATÓRIO Restaurar equilíbrio hidroeletrolítico – é comum atender animais que precisam de celiotomia que estão em choque hipovolêmico ou séptico Realizar descompressão gástrica e controle de dor Diagnóstico tem correlação direta com o acesso cirúrgico Tricotomia / limpeza Analisar estado físico e de mucosas Sondagem do animal para evitar que conteúdo do estomago volte Limpeza dos cascos e boca. Proteção dos cascos Sondagem uretral – principalmente em machos para que não caia urina na cavidade abdominal devido posição do pênis Fechamento do prepúcio Tricotomia e antissepsia ACESSOS PARA CELIOTOMIA Mediana ventral Pré-umbilical – geralmente se começa nessa e progride para as próximas caso necessário – perto de 20 cm de incisão Retro-umbilicar Pré-retro-umbilical Paramediana Inguinal Flanco: Perpendicular Oblíqua Paracostal Paramamária Dorsal à veia mamária. VANTAGENS DA CELIOTOMIA Rápido acesso à cavidade abdominal Amplitude de movimentos por parte do cirurgião Reconstituição perfeita da parede sob o aspecto anatômico, funcional e estético Mínimo trauma PROCEDIMENTO Celiotomia mediana ventral 1. Tricotomia – facilita visualização da cicatriz umbilical 2. Colocação de panos de campo 3. Incisão da pele – até a região do umbigo @stebelmirovet 25 4. Incisão de musculatura – cuidado pois o abdômen está estendido e pode acontecer de incisar o estomago também Para ter certeza de entrou na cavidade, usar o cabo do bisturi para colocar lá dentro 5. Abrir musculatura com tesoura 6. Acesso a cavidade abdominal – começa a ter exteriorização de vísceras – o normal é que tenha sangramento, porem controlado. 7. Exploração abdominal – hora de encontrar onde está o problema e diagnostico 8. Celiorrafia mediana ventral: o fechamento da musculatura é feito em um plano só, ou seja, fecha toda a musculatura de uma só vez. Ao todo são três planos: musculatura (normalmente se uma suturai interrompida com ponto em X - Sultan), subcutâneo (continuo – padrão simples) e pele (ponto simples separado). Fio absorvível de longa duração é usado para musculatura e subcutâneo – mas não é proibido fio não absorvível Pode se usar além do fio, grampos cirúrgicos para o fechamento da pele COMPLICAÇÕES Infecção da ferida cirúrgica – NÃO é raro de acontecer Peritonite Aderência intra-abdominal – a própria manipulação pode causar aderência (união de uma viscera na outra) Hérnia incisional – não tem fechamento da musculatura Laminite Laparotomia LIMITAÇÕES Diagnóstico previamente formado Indicações de acesso pelo flanco Determinação do lado do acesso Dificuldade para exploração abdominal Limitação para exteriorização das alças intestinais @stebelmirovet 26 VANTAGENS DA LAPAROTOMIA Menor custo do procedimento Menor risco anestésico Ausência da recuperação da anestesia geral Menor influência dos fármacos anestésicos sobre a motilidade intestinal RISCOS Queda durante o procedimento Acidentes no tronco de contenção Necessidade de nova laparotomia – mediana ventral ACESSOS PARA LAPAROTOMIA Acesso pelo Flanco/Laparotomias: Perpendicular Oblíqua Paracostal PROCEDIMENTO 1. Incisão: se faz incisão da pele, oblíquo esterno, obliquo interno, transverso do abdômen e depois peritônio e cavidade 2. Hemostasia 3. Exploração abdominal 4. Laparorrafia: pode respeitar a musculatura – deve-se fechar as camadas isoladamente de acordo com direção que a incisão foi feita Padrao interrompido ou continuo @stebelmirovet 27 Enteretomia Abertura intestinal - você vai abrir uma alça e fechar Indicações: Corpo estranho Fecaloma Enterólito Alguns cuidados na enterotomia: 1. Isolamento do segmento intestinal – não deve-se realizar a enterotomia dentro da cavidade e sim exteriorizar o órgão 2. É paralela ao eixo longo intestinal3. É realizada na região anti-mesentérica – isso porque a região mesentérica é muito vascularizada 4. Tamanho da incisão – se atentar ao tamanho da incisão em relação ao CE por exemplo 5. Lavagem intestinal / Remoção de corpos estranhos ou enterólitos A flexura pélvica é muito usada como referência pois é o pondo que consegue-se exteriorizar mais o órgão da cavidade – além disso através dela tem acesso ao colon ventral quanto ao colon dorsal Enterorrafia: sutura/fechamento intestinal Feita com fio absorvível sintético – fio poliglacgina Sutura de mucosa (fio absorvível – sintético) – só se necessário Sutura dupla invaginante seromuscular - Perfurante parcial – é comum que se faça apenas essa sutura Sutura aposicionante + Sutura invaginante seromuscular - Perfurante parcial Enterectomia Ressecção/remoção de segmento intestinal Indicações: - Intuscepção - Lesões em parede intestinal irreversíveis Tem diferentes técnicas de acordo com a região intestinal Deve ser realizada de forma compatível com a enteroanastomose Regiões próximas aos troncos vasculares Isolamento da região Enteroanastomose: união de dois seguimentos intestinais @stebelmirovet 28 IMAGEM 1: consegue-se ver o intestino delgado (presença de mesentério) com uma lesão necrótica e bem alterada – na imagem mostra as pinças hemostáticas já posicionadas e o planejamento de onde será feita a ressecção (onde está pontilhado) -> é chamada de enteroanastomose término terminal pois está juntando duas porções terminais do intestino. Depois de fechar o intestino, deve-se fechar o mesentério para evitar que uma alça intestinal entre nessa região IMAGEM 2: há lesão na flexura pélvica – a ressecção deve ser feita em colon dorsal e ventral. Na hora que unir as extremidades não pode se fazer uma enteroanastomose término terminal, e sim uma enteroanastomose latero lateral – abrindo a lateral das duas partes e ligando. ENTEROANASTOMOSE Diferentes técnicas de acordo com a região intestinal Término-terminal: junção de duas porções terminais Término-lateral: junção de uma porção terminal com uma lateral Látero-Lateral: junção de duas porções laterais Sutura de mucosa Sutura dupla invaginante seromuscular Perfurante parcial ou Sutura aposicionante + sutura invaginante seromuscular Perfurante parcial ou Sutura aposicionante – ponto simples continuo Perfurante total.
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