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Anatomia e Fisiologia da Gravidez


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ENFERMAGEM 
EM 
OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA
DOCENTE: SABRINA LIMA
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
 A gravidez induz o organismo materno a uma série de transformações fisiológicas e
emocionais. As alterações são necessárias para que inicialmente o embrião e, depois o feto,
tenham um desenvolvimento dentro dos parâmetros de normalidade e para que a mulher se
adapte as fases da gravidez. Assim, todas essas mudanças são com a finalidade de adaptação,
manutenção e desenvolvimento harmônico da gestação;
 As alterações fisiológicas são reconhecidas como sinais e sintomas da gravidez. Geralmente
tais sinais e sintomas são classificados em três categorias:
- sinais e sintomas presuntivos, cujas mudanças são sentidas pela mulher (amenorréia, fadiga,
náusea e vômito, mudanças nas mamas);
- sinais e sintomas prováveis cujas mudanças são observáveis pelo examinador (testes de
gravidez);
- sinais e sintomas positivos que são atribuídos somente à presença do feto, como ausculta dos
batimentos cardíacos fetais, visualização fetal e movimentos fetais perceptíveis à palpação
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
 As principais modificações do sistema reprodutor ocorrem no aparelho genital, especialmente
útero e mamas. Os altos níveis de hormônio como estrógeno e progesterona fazem com que haja o
crescimento uterino no primeiro trimestre, isso porque o útero dá início às suas modificações
juntamente com a concepção, estas relacionadas à consistência, volume, peso, forma, posição e
coloração.
 As alterações fisiológicas da gravidez produzem manifestações sobre o organismo da mulher que,
muitas vezes, são percebidas como doenças. Cabe ao profissional de saúde a correta interpretação e
a devida orientação a mulher, sem a banalização de suas queixas
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
DOR NAS MAMAS
 As modificações da mama e o crescimento começam no início do primeiro trimestre. As mamas tornam-se
doloridas e podem formigar em resposta aos níveis altos de estrogênio e progesterona. Essas mudanças
são consideradas sinais de presunção de gestação;
Orientações de enfermagem:
. Recomendar o uso constante de sutiã com boa sustentação, após descartar qualquer alteração no exame 
das mamas;
. Não perder a oportunidade de orientar para o preparo das mamas para a amamentação.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
SIALORRÉIA (SALIVAÇÃO EXCESSIVA)
 Fenômeno precoce da gravidez, que se dissipa nos primeiros meses que pode ocorrer de duas a três
semanas de ausência de menstruação, mas pode prolongar-se até o parto e o puerpério. A saliva é
produzida em quantidade normal. O que ocorre, acredita-se, é a sua rejeição pela paciente que, por
motivos psíquicos ou químicos – ainda incertos – não consegue degluti-la.
Orientações de enfermagem:
.Explicar que esse é um sintoma comum no início da gestação;
.Orientar alimentação semelhante à indicada para náuseas e vômitos;
.Orientar a gestante para deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de 
calor).
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
DOR LOMBAR
 Na gestação, acontece uma sequência de mudanças no corpo da mulher, seu útero está em constante crescimento,
formando um abdômen protruso. Há o deslocamento de seu centro de gravidade, além da liberação de hormônios,
como estrógeno e relaxina, que ocasionam um crescente afrouxamento dos ligamentos. O objetivo dessas alterações
consiste em aumentar o tamanho da cavidade pélvica e tornar o possível. Todas essas modificações causam uma
lordose exagerada, fazendo com que ela sobrecarregue os músculos lombares e posteriores da coxa, gerando um
processo doloroso, denominados de lombalgia
Orientações de enfermagem:
◦ Correção de postura ao sentar-se e ao andar;
◦ .Uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis;
◦ Eventualmente, usar analgésico com orientação médica (se não for contra- indicado), por tempo limitado;
◦ Dormir pelo menos 8 horas por dia, em colchão confortável;
◦ Adequação dos ambientes de trabalho, com orientação ergonômica;
◦ Assegurar as mulheres que o problema geralmente se resolve espontaneamente logo após o nascimento.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
CONSTIPAÇÃO E HEMORRÓIDAS
 A constipação na gestação é causada pelo relaxamento da musculatura lisa, diminuição do peristaltismo 
devido à influência da progesterona e crescimento do útero que comprime o intestino dificultando a 
passagem das fezes. O trânsito do trato gastrintestinal torna-se mais lento e a água é mais absorvida que o 
normal o que leva a constipação intestinal. Esta pode ter causa multifatorial tais como, diminuição do 
consumo de líquidos, uso de suplementos de ferro, dieta pobre em fibras, sedentarismo e deslocamentos 
das alças intestinais secundário ao crescimento uterino.
 A constipação intestinal caracterizada por fezes endurecidas e diminuição dos padrões de evacuação 
contribui para a formação de hemorróidas, este endurecimento das fezes gera uma grande dificuldade para 
evacuar e, ao fazer força para defecar, aumenta-se a pressão nas veias da região do ânus 
(KAWAGUH,2008).
 Em algumas pessoas, devidos a fatores citados anteriormente, as veias localizadas no ânus e no reto se 
inflamam, se dilatam e incham, causando dores e diversos desconfortos levando ao aparecimento das 
hemorróidas.
CONSTIPAÇÃO E HEMORRÓIDAS
Orientações de enfermagem:
◦ Alimentação rica em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se necessário, 
prescrever supositórios de glicerina;
◦ Não usar papel higiênico colorido ou áspero (molhá-lo) e fazer higiene perianal com água 
e sabão neutro, após evacuação;
◦ Fazer banhos de vapor ou compressas mornas;
. Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
EDEMA E VARIZES
 As gestantes podem apresentar um acentuado inchaço nas pernas e o surgimento de varizes. Em decorrência
da dificuldade do retorno venoso ao coração, pela devido à compressão da veia cava pelo útero gravídico;
 O edema generalizado na ausência de hipertensão e proteinúria representam um simples exagero do
processo fisiológico de retenção de sódio;
 As varizes decorem da fraqueza congênita das paredes musculares das veias, aumento da pressão venosa nos
membros inferiores, inatividade e mau tônus muscular.
Orientações de enfermagem:
◦ Não permanecer muito tempo em pé ou sentada;
◦ Repousar (20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas elevadas;
◦ Não usar roupas muito justas e, se possível, utilizar meia-calça elástica.
◦ Orientar a paciente que ao deitar prefira o decúbito lateral esquerdo, descomprimindo temporariamente a veia cava 
inferior proporcionando um melhor retorno venoso ao coração.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
CÃIMBRAS
 As cãibras são contrações espasmódicas dos músculos, incidem principalmente nos últimos
meses da gestação e acredita-se que sua etiologia esteja relacionada a níveis reduzidos de cálcio e
elevados de fósforo (o que provoca alterações no potencial de ação das células musculares que
precisa desses íons para manter seu funcionamento normal).
Orientações de enfermagem:
◦ Aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio e cálcio;
◦ Alongar os músculos;
◦ Elevar as pernas ao nível do coração com frequência ao longo do dia;
◦ Evitar exercícios físicos em excesso.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
NÁUSEAS E VÔMITOS
 Esse distúrbio representa um dos grandes incômodos na gravidez, repercutindo na diminuição 
do bem-estar e qualidade de vida da mãe, feto e restante da família.
 A intercorrência é geralmente leve e limitada no início da gravidez e vai se acentuando à 
medida que a gravidez progride, particularmente comum entre as mulheres grávidas pela 
primeira vez. 
 Costumam começar entre a quarta e a sexta semana e desaparecer depois dos três primeiros 
meses. São mais intensas pela manhã, ao acordar, ou após período de prolongado jejum. 
 Pode decorrer de fatores fisiológicos baseados na alteração hormonal, acredita-se que alguns 
fatores podem contribuir: crescentes deHCG, redução de motilidade gástrica, alterações 
metabólicas, baixo nível de açúcar no sangue, pressão baixa. 
NÁUSEAS E VÔMITOS
Orientações de enfermagem:
◦ Explicar que esses são sintomas comuns no início da gestação;
◦ Orientar a mulher para: alimentação fracionada (seis refeições leves ao dia) evitar frituras, gorduras e 
alimentos muito condimentados;
◦ Evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à ingestão nos intervalos;
◦ Agendar consulta médica para avaliar a necessidade de usar medicamentos ou referir ao pré-natal de 
alto risco, em caso de vômitos frequentes;
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
FALTA DE AR, DIFICULDADE DE RESPIRAR
 O crescimento do útero comprime o diafragma, aumentando a sua atividade. Há também um 
aumento de cinco a sete e meio centímetros (cm) da cavidade torácica, sendo que todas estas 
alterações tornam a respiração da grávida mais diafragmática que abdominal.
Orientações de enfermagem:
◦ Explicar a mulher que a dificuldade de respirar é normal na gravidez, principalmente no 
último trimestre;
◦ Orientar para: elevar a cabeceira do leito ao deitar;
◦ Deitar-se em decúbito lateral esquerdo, o que deslocará o útero da veia cava inferior e 
melhorará a respiração.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
QUEIXAS URINÁRIAS
 Esses sintomas acontecem no primeiro trimestre porque o útero em crescimento comprime a
bexiga. Pelo mesmo motivo, também é queixa comum no terceiro trimestre principalmente
quando a cabeça do feto se encaixa na pelve. Esta alteração provocada durante o período
gestacional afeta parcialmente a qualidade de vida da mulher, podendo causar constrangimento
e restrição das atividades rotineiras.
Orientações de enfermagem:
◦ Explicar a paciente que geralmente, o aumento da freqüência de micções é comum;
◦ no início e no fim da gestação; Orientar a paciente para que ela urine assim que estiver a
sensação de que a bexiga está cheia;
◦ Evitar bebidas cafeinadas, que estimulam a micção e reduzir a ingestão de líquidos após o
jantar para diminuir a micção noturna.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
CLOASMA GRAVÍDICO
 Durante a gestação a pele da mulher sofre alterações pigmentares, decorrentes da elevação
dos níveis de hormônios: estrogênio, progesterona e o hormônio estimulador de melanócitos
(MSH). Essas mudanças provocam nas gestantes “manchas” de coloração castanha que tendem
a desaparecer após o parto, devido à diminuição hormonal.
Orientações de enfermagem:
◦ Orientar a paciente a usar filtro solar durante a exposição ao sol (visto que a exposição 
aos raios ultravioletas intensifica está pigmentação);
◦ Evitar exposição solar exagerada;
◦ Orientar quanto ao uso de fórmulas com corticóides, hidroquinona e tretinoina que 
podem ser utilizadas no pós-parto (conforme prescrição médica);
◦ Orientar a paciente que se ela tomar as medidas cabíveis durante a gestação terá mais 
chance de sucesso para o desaparecimento desta máscara facial.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
PIROSE
 É uma manifestação comum no terceiro trimestre e decorre dos elevados níveis de progesterona que ocasiona o 
relaxamento da porção inicial do estômago (cárdia), permitindo assim o refluxo gastroesofágico 
A pirose é um sintoma causado pelo refluxo do conteúdo gástrico para a porção inferior do esôfago, provocado 
pelo aumento da pressão intra-abdominal, esvaziamento gástrico retardado e pela diminuição do tônus da cárdia.
Esse pequeno distúrbio provoca grandes desconfortos, afetando o bem estar da mulher. Além disso, pode 
provocar implicações sérias uma vez que, muitas gestantes, devido a estes sintomas apresentam aversão a 
ingestão alimentar, restringindo a dieta drasticamente.
Orientações de enfermagem:
◦ Orientar a gestante a diminuir e fracionar as refeições;
◦ Evitar café, chá preto, mates, doces, alimentos gordurosos, picantes e irritantes da mucosa gástrica, álcool 
e fumo;
◦ Dormir com vários travesseiros, de modo que a cabeça fique elevada;
◦ Não se deitar durante pelo menos duas horas após as refeições;
◦ .Orientar quanto ao uso de antiácidos no caso de sintomas persistentes.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
LEUCORREIA
 Uma das causas do aumento da secreção vaginal é o aumento acentuado dos bacilos de Doderlin,
participes da flora e da defesa da vagina a infecções. E também ao aumento da secreção das glândulas
vaginais e endocervicais, consequente à ação da progesterona. Durante a gestação, o pH das secreções
vaginais eleva-se de quatro para aproximadamente seis e meio. A produção resulta do aumento do ácido
láctico no epitélio vaginal, provavelmente causado pelos níveis mais altos de estrogênio.
 É comum na gestação o aparecimento da Cândida Albicans, fungo que possui afinidade por meio úmido
propicio para seu desenvolvimento e multiplicação. Ao contrário da leucorréia este fungo provoca irritação
e um corrimento intensamente pruriginosos.
Orientações de enfermagem:
◦ Explicar que aumento de fluxo vaginal é comum na gestação;
◦ Aconselhar a mulher a manter a área perineal limpa e seca, lavando-a com sabão neutro e água;
◦ Orientar a mulher a usar calcinhas de algodão, com o objetivo de permitir o maior fluxo de ar
◦ Instruir a mulher a evitar o uso de ducha e absorventes íntimos;
◦ Realizar o exame citológico e investigar indícios infecciosos.
EMBRIOLOGIA E DESENVOLVIMENTO 
FETAL
 O desenvolvimento da vida intra-uterina é um período fantástico e único. Inicia-se numa única
célula que posteriormente se divide em várias células que acabam por formar os vários tecidos e
órgãos.
A vida in útero divide-se em dois grandes períodos:
 Período embrionário – O período embrionário é também denominado de “organogénese” que
vai até à 12ª semana de gestação. É um período extremamente importante, pois é durante este
tempo que se formam todos os órgãos. É o período de maior sensibilidade às agressões e o de
maior vulnerabilidade para o aparecimento das malformações fetais.
 Período fetal - às 12 semanas de gravidez temos um feto já completamente formado e aqui
começa a fase fetal que vai até ao nascimento. Este é um “período de amadurecimento” o longo
do qual os órgãos já formados acabam por adquirir a sua estrutura definitiva, essencial para a
vida autónoma fora do organismo materno.
EMBRIOLOGIA E DESENVOLVIMENTO 
FETAL
EMBRIOLOGIA E DESENVOLVIMENTO 
FETAL
PRÉ-NATAL
 O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação,
permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna,
inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.
 O início precoce do pré-natal é essencial para a adequada assistência, o número ideal de
consultas permanece controverso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número
adequado seria igual ou superior a 6 (seis). Pode ser que, mesmo com um número mais
reduzido de consultas (porém, com maior ênfase para o conteúdo de cada uma delas) em casos
de pacientes de baixo risco, não haja aumento de resultados perinatais adversos (grau de
recomendação A).
 Atenção especial deverá ser dispensada às grávidas com maiores riscos (grau de
recomendação A).
As consultas deverão ser mensais até a 28ª semana, quinzenais entre 28 e 36 semanas e
semanais no termo (grau de recomendação D). Não existe alta do pré-natal.
PRÉ-NATAL
10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade no SUS 
1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce) 
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 
3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos 
exames preconizados no atendimento pré-natal. 
4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, 
emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes". 
5° PASSO: Garantir o transporte público gratuitoda gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário.
6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante 
e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". 
7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário. 
8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto". 
9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação). 
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal.
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE 
ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL
 Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; 
Verificar/realizar o cadastramento das gestantes no SisPreNatal; 
 Conferir as informações preenchidas no Cartão da Gestante; 
 Verificar o peso e a pressão arterial e anotar os dados no Cartão da Gestante; 
 Fornecer medicação mediante receita, assim como os medicamentos padronizados para o programa de pré-natal 
(sulfato ferroso e ácido fólico); 
 Aplicar vacinas antitetânica e contra hepatite B; 
 Realizar atividades educativas, individuais e em grupos;
Informar o(a) enfermeiro(a) ou o(a) médico(a) de sua equipe, caso a gestante apresente algum sinal de alarme;
 Identificar situações de risco e vulnerabilidade e encaminhar a gestante para consulta de enfermagem ou médica, 
quando necessário; 
Orientar a gestante sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosas; 
Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de aleitamento, orientar 
a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar (deve-se utilizar a sala de espera);
FATORES DE RISCO PARA UM PRÉ-NATAL 
DE ALTO RISCO
Fatores relacionados às condições prévias:
 Cardiopatias; 
 Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); 
 Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados);
 Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo);
Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); 
 Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo 
(PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG); 
 Doenças neurológicas (como epilepsia); 
 Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.);
 Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); 
FATORES DE RISCO PARA UM PRÉ-NATAL 
DE ALTO RISCO
 Alterações genéticas maternas; 
Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); 
 Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis 
terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);
 Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
FATORES DE RISCO PARA UM PRÉ-NATAL 
DE ALTO RISCO
Fatores relacionados à gravidez atual 
 Restrição do crescimento intrauterino; 
 Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; 
 Gemelaridade; 
Malformações fetais ou arritmia fetal; 
Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão 
gestacional ou transitória);
 Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda 
gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, 
para avaliação); 
Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso;
FATORES DE RISCO PARA UM PRÉ-NATAL 
DE ALTO RISCO
 Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; 
 Evidência laboratorial de proteinúria; 
Diabetes mellitus gestacional; o� Desnutrição materna severa; 
 Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para 
avaliação nutricional); 
 NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); 
 Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, 
deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
CONSULTAS PRÉ-NATAL
 O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado
entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o
seguinte cronograma:
 Até 28ª semana – mensalmente;
 Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
 Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das
intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto
prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal. Não existe “alta” do
pré-natal antes do parto.
Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para
avaliação do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e
monitoramento cardíaco fetal.
EXAME FÍSICO DA GESTANTE DURANTE O 
PRÉ-NATAL
 São indispensáveis os seguintes procedimentos: avaliação nutricional (peso e cálculo do IMC),
medida da pressão arterial, palpação abdominal e percepção dinâmica, medida da altura uterina,
ausculta dos batimentos cardiofetais, registro dos movimentos fetais, realização do teste de
estímulo sonoro simplificado, verificação da presença de edema, exame ginecológico e coleta de
material para colpocitologia oncótica, exame clínico das mamas e toque vaginal de acordo com as
necessidades de cada mulher e com a idade gestacional.
No exame físico, os mais importantes componentes que precisam ser incluídos na primeira
visita pré-natal são os seguintes: peso, altura, pressão arterial, avaliação de mucosas, da tireoide,
das mamas, dos pulmões, do coração, do abdome e das extremidades.
No exame ginecológico/obstétrico, deve-se avaliar a genitália externa, a vagina, o colo uterino e,
no toque bidigital, o útero e os anexos. Após a 12ª semana, deve-se medir a altura do fundo
uterino no abdome. A ausculta fetal será possível após a 10ª-12ª semana, com o sonar-doppler
EXAMES COMPLEMENTARES DURANTE O 
PRÉ-NATAL
Devem ser solicitados na primeira consulta os seguintes exames complementares: 
Hemograma; 
Tipagem sanguínea e fator Rh; 
Coombs indireto (se for Rh negativo); 
Glicemia de jejum; 
Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR; 
Teste rápido diagnóstico anti-HIV; 
Anti-HIV; 
Toxoplasmose IgM e IgG; 
Sorologia para hepatite B (HbsAg); 
Exame de urina e urocultura; 
Ultrassonografia obstétrica (não é obrigatório), com a função de verificar a idade gestacional;
MANOBRAS DE PALPAÇÃO – MANOBRAS 
DE LEOPOD
As manobras de Leopold são um método comum e sistemático de se determinar a posição de 
um feto dentro do útero de uma mulher.
As manobras consistem em quatro ações distintas, cada uma ajudando a determinar a posição 
do feto. As manobras são importantes porque ajudam a determinar a posição e apresentação do 
feto
VACINAÇÃO NA GESTANTE
COMPLICAÇÕES DO PRIMEIRO 
TRIMESTRE GESTACIONAL
ABORTAMENTO
É a morte ou expulsão ovular ocorrida antes de 22 semanas ou quando o concepto pesa menos de
500g.
Pode ser espontâneo ou provocado.
O abortamento é dito precoce quando ocorre até a 12ª semana e tardio quando ocorre entre a 13ª e
a 22ª semanas.
O abortamento tem como fatores etiológicos os seguintes: alterações cromossomiais, anomalias do
ovo e da implantação, placentopatias, mecanismos imunológicos, ginecopatias (malformações
uterinas, miomatose uterina, alterações endometriais devido à curetagem uterina, infecções,
cicatrizes cirúrgicas, incompetência istmo-cervical), endocrinopatias (diabetes, tireoidopatias,
insuficiência do corpo lúteo), anemias graves, sífilis na gestação, além de doenças
cardiorrespiratórias.
O diagnóstico é clínico e ultrassonográfico.COMPLICAÇÕES DO PRIMEIRO 
TRIMESTRE GESTACIONAL
GRAVIDEZ ECTÓPICA
 Corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina, sendo mais frequente a prenhez
tubária na sua porção ampular.
 A mulher, frequentemente, apresenta história de atraso menstrual, teste positivo para gravidez,
perda sanguínea uterina e dor pélvica intermitente, na fase inicial, evoluindo para dor contínua
e intensa, com sinais de irritação peritoneal.
 As repercussões hemodinâmicas podem ser discretas, apenas com lipotímia, até quadros graves
com choque hipovolêmico, na dependência do volume de sangramento intracavitário.
COMPLICAÇÕES DO PRIMEIRO 
TRIMESTRE GESTACIONAL
DESLOCAMENTO PREMATURO DE PLACENTA:
 É a separação intempestiva da placenta do seu sítio de implantação no corpo uterino antes do
nascimento do feto;
 Os principais fatores predisponentes incluem: estados hipertensivos, fatores mecânicos, como
traumas, retração uterina após o esvaziamento rápido do polidrâmnio e alterações placentárias
(placenta circunvalada, infartos placentários decorrentes do tabagismo, má nutrição, alcoolismo,
diabetes com vasculopatia). Apesar de todos estes fatores, em grande número de casos, a causa
primária do descolamento é desconhecida.
 O DPP inicia-se com um sangramento no interior da decídua, acarretando a formação de um
hematoma e o descolamento abrupto da placenta do seu sítio normal de implantação. O sangue
fica represado e se coagula atrás da placenta, caracterizando o hematoma retroplacentário.
PARTO VAGINAL
 A OMS define parto normal como “aquele cujo início é espontâneo e sem risco identificado no 
início do trabalho, assim permanecendo até o parto. 
 A criança nasce espontaneamente, em posição de vértice, entre 37 e 42 semanas completas 
de gestação. Após o parto, mãe e filho estão em boas condições”.
SINAIS E SINTOMAS DE TRABALHO DE 
PARTO 
Perda do tampão mucoso 
 Perda de líquido 
“Queda do ventre” e melhora da respiração 
 Dor em baixo ventre
LÍQUIDO AMNIÓTICO
 Esse líquido fica dentro das membranas (bolsa) 
 A bolsa pode se romper (rotura ou amniorexe) de duas maneiras: 
o Espontaneamente (perda de líquido amniótico) 
o Artificialmente (por meio da amniotomia) Rotura artificial das membranas amnióticas
Aspecto do líquido amniótico 
o Líquido claro com grumos 
oLíquido meconial (fluido ou espesso) material estéril, proveniente de conteúdo intestinal, muco, 
lanugo, vernix, líquido amniótico e secreção gástrica
AVALIAÇÃO DA DINÂMICA UTERINA
Avaliação manual 
Realizada em 20 minutos 
 Presença ou ausência de contração 
 Quantidade (n°) de contrações em 10 minutos 
 Intensidade (fraca, moderada, forte) 
 Percepção dos movimentos fetais (presentes ou ausentes)
PERÍODOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE 
PARTO
DILATAÇÃO:
 O trabalho de parto começa quando as contrações da mãe se tornam regulares, com intervalo 
de 5 minutos entre uma e outra e persistentes durante pelo menos uma hora, podendo chegar a 
18 horas.
 No início da dilatação, esse processo ocorre de forma mais lenta, demorando de seis a oito 
horas, em média, para chegar a quatro ou cinco centímetros. 
 Depois, no período mais ativo, o colo do útero dilata cerca de um centímetro por hora até que 
ele atinja a dilatação total de 10 centímetros. É geralmente no final dessa fase que a bolsa se 
rompe, porém, em algumas mulheres, a bolsa pode se romper antes mesmo do trabalho de 
parto começar. 
PERÍODOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE 
PARTO
EXPULSÃO
 As contrações se tornam mais intensas e o canal do colo do útero já está totalmente dilatado. 
Assim, o bebê começa a encaixar para nascer. Nesse momento, surge uma vontade irresistível de 
fazer força e é importante fazer força na mesma hora que as contrações vierem.
 Quando a cabeça do bebê estiver próxima da vagina, a mãe sentirá um ardor e o médico 
poderá pedir para que ela diminua a força. Dessa forma, o bebê nasce mais lentamente e, assim, 
diminui o risco de lesões no períneo.
PERÍODOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE 
PARTO
DEQUITAÇÃO 
3° período do parto 
Inicia-se imediatamente após o nascimento do RN e termina com a liberação da placenta e 
membranas 
 Contrações 
 Tempo médio de 30 minutos
PERÍODOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE 
PARTO
PERÍODO DE GREENBERG
Essa última fase é definida como a primeira hora após a saída da placenta. Trata-se de um 
momento de observação da mãe pela equipe médica com o objetivo de evitar hemorragias. 
Depois desse período, o útero já está bem contraído. 
 Algumas mães podem se sentir nas “nuvens”, pois o organismo libera ocitocina, conhecido 
como “o hormônio do amor” e responsável por influenciar no vínculo entre a mãe e o bebê.
ANORMALIDADES DO PERÍODO 
EXPULSIVO
 Anormalidade de freqüência cardíaca fetal;
 Período expulsivo prolongado( acima de 2 horas);
 Traumatismo obstétrico;
 Distorcia de ombro;
PARTO CESARIANO
 Cesariana ou parto cesárea é uma forma de nascimento de bebês por via cirúrgica,
normalmente indicada quando há risco para realização de um parto normal.
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a cesariana é uma intervenção efetiva para
salvar a vida de mães e bebês quando indicada por motivos médicos.A OMS considera normal
uma taxa de nascimento por cesariana entre 10% e 15%.
PARTO CESARIANO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cesariana é recomendada ao invés de parto 
normal nas seguintes situações, por diminuir a morbi-mortalidade materna e fetal:
Desproporção céfalo-pélvica intraparto (desproporção observada intraparto entre tamanho da 
cabeça fetal e da pelve materna)
 Duas ou mais cesáreas anteriores
 Posição fetal não usual (não cefálico – “cabeça para baixo”): sentado ou atravessado
 Placenta prévia: placenta se encontra na frente do bebê e ela não pode nascer antes dele
 Prolapso de cordão umbilical ( situação rara, ocorre em < 1% das gestações, onde após o 
rompimento da bolsa, o cordão umbilical é expelido para fora do colo do útero, antes do 
nascimento do bebê)
 Herpes genital com lesão ativa

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