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19 ANCORAGEM

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ANCORAGEM
CELSO DE CAMARGO BARROS
ANDRÉIA COTRIM- FERREIRA
ANCORAGEM 401
INTRODUÇÃO
Podemos definir ancoragem em ortodontia,
como a resistência ao movimento oferecida por
diferentes dispositivos ou pelos próprios dentes.
De acordo com o local de sua origem pode-
mos dividí-la em:
I - Ancoragem extrabucal.
II - Ancoragem intrabucal.
I- ANCORAGEM EXTRABUCAL
I - DEFINiÇÃO
A ancoragem extrabucal é o método atra-
vés do qual são geradas forças fora da cavidade
bucal, nas regiões cervical, occipital e parietal, e
que são aplicadas para estabilizar, movimentar
elementos dentais ou direcionar o crescimento
dos ossos do complexo maxilofacial.
O sistema mecânico gerador das forças
destinadas à movimentação ortodôntica ou
ortopédica denomina-se aparelho extrabucal.
2 - HISTÓRICO
O uso dos aparelhos de tração extrabucal
para tratamento das más oclusões dentais ou
esqueletais remonta há quase dois séculos, quan-
do Cellier, em 1802, utilizou um apoio fora da
boca, localizado na parte posterior e superior
da cabeça, para imobilizar a mandíbula. A ele
sucederam-se outros pesquisadores tais como:
Gunnel, em 1822, construiu uma mentonei-
ra visando guiar o crescimento mandibular.
Kingsley (1866) foi considerado o precursor
da ancoragem extrabucal ao reduzir uma pro-
trusão maxilar com este tipo de aparelho.
Angle, por volta de 1907, após alguns anos
de aplicação clínica do extrabucal, substituiu-o
pelos elásticos intermaxilares no tratamento
das más oclusões de Classe II.
Oppenhein (1930) reintroduziu na clínica
ortodôntica a ancoragem extrabucal, valendo-
se de forças leves e intermitentes.
Kloehn, em 1961, usando a região cervical
como ponto de apoio, preconizou a utiliza-
ção desse aparelho como excelente meio de
controle para direcionar o crescimento den-
toalveolar.
Interlandi, em 1962, obteve um melhor
controle das forças extrabucais através da an-
coragem cérvico-occipital (IHG), cujo casquete
leva seu nome.
Graber, na década de 70, relata que o apa-
relho extrabucal é de grande valia na correção
das más relações basais e nos tratamentos das
Classes II e Classe III de Angle.
jacobson, 1979, publicou trabalho em que,
através de experimentos mecânicos, demons-
trou como as forças extrabucais atuam sobre os
dentes e ossos basais, principalmente quando
essas forças são assimétricas.
Mais recentemente Ricketts e outros orto-
dontistas pesquisaram a atuação dessas forças,
principalmente levando em consideração seus
fatores determinantes: duração, direção e in-
tensidade.
3 - COMPONENTES DO
APARELHO EXTRABUCAL
A) Aparelho extrabucal com arco facial
t composto de um arco facial, um apoio na
região inferior, posterior ou superior da cabeça
e elásticos ou molas para tracionamento.
a - Arco Facial: simples ou composto.
Arco Facial Simples - é o arco ligado dire-
tamente ao aparelho fixo, por exemplo, o arco
em 'jota", para distalizar caninos ou outros
dentes (Fig. 19.1).
Fig. 19.1 -Arco facial simples (arco em "n.
Arco Facial composto - é o arco facial tradi-
cional, constituído de um arco externo (facial)
e um arco interno (bucal), unidos entre si na
região mediana anterior. Comercialmente são
encontrados nas seguintes medidas:
Arco interno medindo 0.045 polegadas ou
0.051 polegadas.
Arco externo medindo 0.062 polegadas ou
0.072 polegadas.
Os arcos internos e externos são soldados
entre si na região mediana, de forma rígida (sol-
da), ou unidos de forma articulada (Fig. 19.2).
402 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO
Fig. 19.2 -Arco facial composto
mostrando seus componentes
interno e externo, soldados na
parte mediana.
Quando corretamente posicionado no
paciente, o arco interno deve estar afastado
aproximadamente 5 a 8 milímetros das faces
vestibulares dos incisivos superiores. O extremo
do arco interno será inserido no tubo do primeiro
molar superior (face vestibular da banda ortodôn-
rica). Faz-seuma dobra em baioneta ou um "stop",
impedindo que o arco interno deslize totalmen-
te para dentro do tubo. A dobra em baioneta
é a melhor opção, pois permite que o arco in-
terno funcione como um escudo à musculatura
(bochecha), que atua sobre a face vestibular
dos dentes, além de afastá-lo dos braquetes do
aparelho fixo. O braço externo também deverá
ter uma dobra ou gancho, para que ali seja inse-
rido o elástico ou mola para tração (Fig. 19.3).
Fig. 19.3 -Arco interno afastado de 5 a 8 mm dos Incisivos.
b - Apoio extrabucal:
Constitui-se de tiras flexíveis plásticas, de
couro ou de tecido, ajustadas à cabeça na re-
gião cervical, occipital ou parietal.
c - Elástico ou mola:
A direção da força do aparelho extrabucal,
bem como a intensidade da mesma, são propor-
cionadas pelos elásticos (anéis ou tiras elásticas)
ou molas de tração. Esses materiais fazem a
ligação do arco externo ou braço externo ao
apoio da cabeça. O dinamômetro ou tensiôme-
tro quantifica essa força. A unidade é o grama.
B) Aparelho extrabucal sem arco facial
A mentoneira é o aparelho extrabucal da
mandíbula, já que o ponto de aplicação da for-
ça é neste osso, mais especificamente no men-
to. A mentoneiraé constituída de um casquete
colocado na parte superior ou posterior da
cabeça, o apoio no mento (tecido, acrílico ou
plástico) e uma mola ou elástico que provocará
o tracionamento e regulará a força aplicada.
4 -INDICAÇÕES EOBJETIVOS DO
APARELHO EXTRABUCAL (AEB)
<, Quadro I
Indicações e Objetivos
- Como agente de ancoragem
- Correção de má oclusão - Classe II dental
- Correção de má oclusão - Classe II esqueletal
- Correção de má oclusão - Classe IIIesqueletal
- Correção de sobremordida
- Correção de mordida aberta
- Movimentação dental individual ou em grupo
A - Como agente de ancoragem:
a mecânica ortodôntica da má oclusào de
Classe I, utiliza-se o AEB quando há necessida-
de de proceder-se à exodontia de elementos
dentais (por exemplo, premolares), e existe o
risco de perda de espaço pela mesialização do
segmento posterior (perda de ancoragem). O
AEB imobiliza o molar, enquanto o alinhamento
e retração dos segmentos anteriores se processam
(Fig. 19.4).
B - Correção de má oclusão - Classe II dental
Apesar do bom relacionamento e equilíbrio
existentes entre maxila e mandíbula, instalou-se
ANCORAGEM 403
Fig. 19.4 -AEB -Agente de ancoragem.
uma relação molar de Classe II devido à mesia-
lização do molar superior, talvez conseqüente à
perda precoce do segundo molar decíduo, ou
perda de tecido dental. Usa-se aqui uma força
A
Fig. 19-5A - AEB - Correção de má oc/usão C/asse li - Dental.
B
extrabucal sobre O molar superior para recupe-
rar o espaço através da distalização do mesmo,
até se restabelecer a relação de Classe I. A força
empregada é ortodôntica (Fig. 19.5A e B).
B
404 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO
c - Correção de má oclusão - Classe II esqueletal:
Aproximadamente 70% das más relações
basais se devem à deficiência de crescimento
mandibular; outros 30% devidos à protrusão
maxilar. O uso intermitente do AEB visa atu-
ar no sentido de redirecionar o crescimento
do complexo maxilomandibular, propiciando
um equilíbrio e harmonia entre ossos da face.
Uma força de ação ortopédica, intermitente e
pesada sobre a maxila, poderá restringir o des-
locamento da mesma para a frente, reduzindo
Fig. 19.6 -AEB - Correção de má oc1usão de Classe /1- Esque/eta/.
Fig. /9.58-- AEB - Dista/ização por movimentação ortodôntico.
pe/oAEB.
a protrusão, inclinando o plano palatino
para baixo, aumentando a altura anterior da
face e o ângulo nasolabial. Uma força com
. inclinação parietal aplicada sobre a maxila
poderá. neutralizar a movimentação da mes-
ma no sentido vertical e conseqüentemente
os efeitos sobre a mandíbula serão benéficos.
Portanto, as forças incidentes sobre a maxila
deverão ser direcionadascorretamente para
que a mandíbula não sofra rotações indesejá-
veis (Fig. 19.6).
ANCORAGEM 405
D - Correção de má oclusão - Classem esqueletal:
Na dentadura decídua ou mista, usa-se força
ortopédica sobre a mandíbula, na tentativa de
mudar a direção de crescimento de horizontal
para vertical. Quando a classe III é acompa-
nhada de atresia maxilar, atua-se também no
sentido de tracionar a maxila para anterior.
E - Correção de sobremordida:
O AEB atua corrigindo a mordida profunda
através da extrusão dos molares nos indivíduos
braquifaciais, ou intruindo os incisivos nos
padrões dolicofaciais. Nestes, a extrusão dos
dentes posteriores corrigirá a sobremordida,
porém com aumento exagerado da altura ante-
rior da face, piorando muito o perfil e retrain-
do o mento em demasia.
F - Correção de mordida aberta:
Uma força de tração parietal, o mais ver-
ticalizada possível, terá uma ação de intrusão
dos molares, que somada à extrusão dos den-
tes anteriores, vai provocar o fechamento da
mordida. Ao imprimir-se uma força ortopédica
à maxila, tão alta que passe além do centro de
resistência deste osso, ocorrerá uma inclinação
do plano palatino, a mandíbula girará no sen-
tido anti-horário, favorecendo a correção da
mordida aberta.
G - Movimentação dental individual ou em
grupo:
Emprega-se o AEB na retração de caninos
ou grupo de dentes.
5 - AÇÃO ORTODÔNTICA
E ORTOPÉDICA DO
APARELHO EXTRABUCAL
A) Ação Ortodôntica:
Sempre que se pretende movimentar um
dente ou grupo de dentes com o AEB, usa-se
uma força mais leve, de intensidade menor. As
respostas fisiológicas do osso suporte, tecidos
periodontais e do próprio dente são mais fa-
voráveis: a hialinização do tecido ósseo se dará
num período curto, existindo bom suprimento
sangüíneo, com trocas tissulares mais intensas,
com grande formação de células reparadoras
e formadoras de tecido ósseo. O movimento
dental acontece mais facilmente se o dente
estiver implantado no osso esponjoso e não
na cortical óssea. O dente a ser movimentado
tem que ficar isolado dos demais, para que seja
distalizado com mais facilidade.
B) Ação ortopédica:
Para que se consigam alterações ortopédicas
no complexo maxilomandibular, lança-se mão
de forças pesadas e intermitentes. Elas abrem
suturas, comprimem, expandem, guiam ou
mudam a direção do crescimento dos ossos
maxilares e da face.
Uma avaliação das discrepâncias ósseas deve
ser elaborada, com criteriosa consideração
acerca do padrão facial, estágio de crescimento
e planejamento da direção e intensidade das
forças a serem aplicadas.
O uso correto das forças ortopédicas extra-
bucais determinará o resultado clínico final. A
força deverá ter uma direção pré-estabelecida
de acordo com o tipo facial esquelético e pa-
drão muscular. Forças de 500 a 1500 gramas,
dependendo de cada caso, são indicadas para
provocar essas mudanças estruturais.
Nos dolicofaciais severos, cujo crescimento
é predominantemente vertical e padrão muscu-
lar extremamente pobre, contraindica-se extru-
são molar maxilar, porque os reflexos na man-
díbula serão perversos; ela girará para baixo e
para trás (sentido horário), aumentando ainda
mais a altura facial anterior e empobrecendo
o perfil facial. Aqui a força aplicada no molar
superior deve ser alta, ao nível da fissura pte-
rigomaxilar, comprimindo a parte posterior da
maxila contra os ossos adjacentes, impedindo
que ela se desloque para baixo, neutralizando
portanto a rotação mandibular.
Nos indivíduos mesofaciais ou braquifaciais,
principalmente nestes últimos cujo padrão
muscular é muito forte, a extrusão dos molares
superiores ou inclinação do plano pala tino são
em parte anuladas pela ação muscular. Nos
braquifaciais, a extrusão, ainda que difícil, será
benéfica porque a abertura do plano mandibu-
lar (giro no sentido horário) aumenta a altura
anterior da face e o ângulo nasolabial. Nos
casos de sobremordida a extrusão melhora o
perfil facial.
Ricketts relata que em alguns casos, nos
braquifaciais severos, não houve a usual rota-
ção mandibular no sentido horário. Chamou
esse acontecimento de "reação inversa". Aqui a
musculatUlza extremamente forte vence e impe-
de as transformações ósseas.
A maxila tem seu centro de resistência locali-
zado na parte superior da fissura pterigomaxilar.
Desta maneira, por mais sofisticado que seja o
AEB, é quase impossível obter-se uma força que
passe acima da fissura pterigomaxilar e portanto
acima do centro de resistência da mesma.
as forças incidentes sobre ele serão dissipadas
sobre os outros dentes, com reflexo em todo
maxilar, havendo portanto alterações ortopédi-
cas na maxila e na mandíbula.
406 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO
Por esta razão é difícil evitar a inclinação
do plano palatino para baixo, porque as forças
passam quase sempre inferiormente ao centro
de resistência da maxila.
Se, porém, todos os dentes da maxila estiverem
unidos entre si por um aparelho fixo ortodôntico,
o centro de resistência da maxila é deslocado ao
nível das raízes dos premolares, entre os mesmos.
Nos dolicofaciais, portanto, as forças devem
preferencialmente ter inclinação para cima,
para minimizar a inclinação maxilar, extrusão
e os efeitos indesejáveis na mandíbula.
Quando se quer a extrusão molar ou des-
locamento da maxila para baixo, as forças
extrabucais devem passar abaixo do centro de
resistência da maxila.
As alterações ortopédicas se processam na
maxila com reflexos na mandíbula. Quando a
força pesada é aplicada sobre o molar superior,
este deve ser ancorado no osso cortical, onde é
mais difícil a movimentação ortodôntica, devido
à densidade do osso. Some-se a isto o fato de
que as forças pesadas incidentes sobre o molar
provocarão hialinização do tecido ósseo cir-
cunvizinho, onde a movimentação dental não
acontece. Essas forças porém são direcionadas
ao osso maxilar, que sofrerá transformações na
forma, direção de crescimento, etc.
Se o molar estiver conjugado aos demais
dentes com um aparelho fixo e um arco rígido,
6 - PRINCíPIOS BIOMECÂNICOS
DA FORÇA EXTRABUCAL
Força: é o fator que altera a posição de
um corpo em repouso, muda a direção de seu
movimento ou ainda provoca compressão ou
distensão do corpo. Aqui consideramos o ele-
mento dental como o corpo.
Ponto de aplicação da força: nos aparelhos
extrabucais o ponto de aplicação da força cor-
responde ao gancho do braço externo, onde se
fixa o elástico.
Linha de ação da força: o elástico, mola ou
similar, que une o gancho do braço externo
do arco facial ao casquete ou outro apoio
extrabucal, d'etermina a linha de ação ou
direção da força. Ela poderá ser horizontal
ou oblíqua, dependendo da localização do
apoio extrabucal e do braço externo do
AEB.
Centro de resistência: é um ponto localiza-
do próximo à trifurcação das raízes do molar
superior. É inalterável. Na maxila o centro de
resistência está localizado na fissura pterigoma-
xilar (Fig. 19.7 - A e B).
19.7A
- T••
••
T
T
••
'--../
Flg. /9.7A - No esquema A, linha de ação da força T,passando pelo centro de resistência (c). A2 - Unha de ação da força T,passando acima do
centro de resistência (c). A. - Unha de ação da força T,passando abaixo do centro de resistência (c).
B
1
19.7B
Flg. /9.7-B - B, - Linha de ação da força (t) passando pelo centro de resistên~a do dente (c) mostrando que o vetor de distalização (d) é
maior que o vetor de intrusão (i). B2 - Linha de ação da força (t) passando abaixo do centro de resistência do dente (c) mostrando que o vetor de
distalização (d) é igual ao vetor de intrusão (i). B3 - Linha de ação da força (t) passando acima do centro de resistência do dente (c) mostrando
que o vetor de distalização (d) é maior que o vetor de extrusão (E).
ANCORAGEM 407
Toda força que passar pelo centro de resis-
tência do dente promoverá um movimento detranslação do mesmo e não haverá inclinação.
Baseado neste princípio, quando usamos a
tração cervical, angulamos o braço externo do
arco facial acima do plano oclusal, para que a
resultante da força aplicada sobre o molar
superior passe pelo seu centro de resistên-
cia, anulando desta maneira o efeito de
inclinação do mesmo. Portanto, se o molar
está sofrendo inclinação pelo uso do AEB,
é necessário proceder-se à correção da po-
sição do braço externo, angulando-o e não
fazer a correção no braço interno do arco
facial.
Fulcro: É o centro de rotação do movimen-
to dental e sua localização varia, dependendo
da linha de ação da força. Quanto mais próxi-
ma do centro de resistência passar a força, mais
afastado estará o fulcro; o raciocínio inverso é
aplicado quando a força passar longe do centro
de resistência.
Intensidade ou magnitude da força: é a
quantidade de força aplicada através dos apa-
relhos ortodônticos. É mensurada pela unida-
de grama-força ou quilograma-força. A tração
exercida pelos elásticos ou molas é que ditará
o nível de força.
Resultante: é a soma ou confluência de to-
dos os vetores componentes da força.
Duração da força: a força pode ser intermi-
tente ou contínua.
Intermitente -quando sua aplicação se dá
por determinados períodos, alternando-se com
períodos de descanso, momento em que os
tecidos se reparam.
Contínua - a força é aplicada sem que haja
um período de descanso. A duração da força
depende das necessidades do tratamento:
19.8A
Classe I: O AEB vai atuar como ancoragem
do molar. Um período de 8 a 10 horas de uso
diário será suficiente, e preferencialmente no
período noturno.
Classe II dental: se os molares se encontram
de topo, são suficientes 12 a 14 horas de uso
do AEB. uma Classe II dental, aumentamos o
período de uso para 18 a 20 horas diárias.
Classe II esqueletal: indica-se uma força
intermitente e pesada por um período não
inferior a 18 horas diárias.
Classe III esqueletal: a mentoneira deverá ser
usada no período noturno, preferencialmente.
7 - COMPRIMENTO EANGULAÇÃO
DO BRAÇO EXTERNO
O braço externo pode ser: curto, médio ou
longo (Fig. 19.8A).
Curto - o braço externo é mais curto que
o braço interno. '
Médio - o braço externo tem o mesmo
comprimento do braço interno, terminando na
altura do tubo molar.
Longo - o braço externo é mais longo que
o interno.
Para que a força seja otimizada, determina-
se o comprimento e angulação do braço exter-
no, de modo que a linha de ação da força passe
pelo centro de resistência do molar, anulando
o efeito de inclinação. Quando se usa a tração
horizontal ou occipital, o braço externo tem
o mesmo comprimento do braço interno. Na
tração cervical incorporamos a angulação de
20 graus ao braço externo, para cima, a fim
de se evitar a inclinação molar. Uma inclina-
ção do mesmo poderá acentuar a abertura da
mordida devido ao contacto prematuro das
cúspides. Figs. 19.8B e C.
c
Fig. 19.8-A - Comprimento do braço externo do AEB: curto (a), médio (b) e longo (c).
19.8B
408 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO
81
•,,,,,,,,
C~
v~-
c
82 83
Fig. 19.8-B - B, - Tração baixa -A angulação do braço externo varia de acordo com o comprimento do mesmo (a,b,c), quando se deseja
que a linha de ação da força passe pelo centro de resistência do dente. B2 - Tração média - A angulação do braço externo não necessita sofrer
variação nos diferentes comprimentos do mesmo (a, b, c). B3 - Tração alta - mesmo raciocínio do item B,: a - braço externo curto; b - braço
externo médio; c - braço externo longo.
ANCORAGEM 409
19.8C c LM
!@; -m 78- ~e@;-@ C@I
-@ ~ml~m
~
A
H
B
Fig. /9.8-C - C, - Na tração parietal, dependendo da angulação e comprimento do arco externo, tem-se os diversos movimentos sobre o 1°molar
superior; C - braço externo curto; M - braço externo médio; L - braço externo longo;A - angulação alta;H - angulação horizontal; B - angulação baixa.
~~~~---~
" ---- C::::'<-.--_-::-
Fig. /9.8 - C - C2 - Tração occipital: braço externo com diversos comprimentos e angulações.
c M L
Cal -m ~mY/
~BI~alCal
~@I~gt~@
~
A
H
B
c M L
Cãl-~ em!
~~ ~ãl~ã!~/fm I (V) -ãiJ -Q/
A
H
B
~~
- --~-----:~- - ---
Fig. /9.8 - C - C3 - Tração cervical: braço externo com diversos comprimentos e angulações.
410 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO
8 - CLASSIFICAÇÃO E TIPOS
PRINCIPAIS DE AEB
Quadro 11
Classificação do AEB
- AEB - Tração Cervical
- AEB - Tração Occipital
- AEB - Tração Parietal
- Mentoneira
- Outros
A) AEB - Tração cervical:
Também chamada de tração baixa ou KHG
(Kloehn). Tem as seguintes características: a) a
linha de ação da força passa 25° a 30° abaixo
do Plano Oclusal; b) os componentes da força
são os vetores de distalização e extrusão; c) o
apoio extrabucal é a tala colocada na região
cervical ou pescoço, à altura da 3a vértebra
cervical.
Este tipo de aparelho extrabucal é indicado:
nas más oclusões de Classe 11- divisões 1a e
2", nos padrões braquifaciais, cujo crescimento
tem tendência predominantemente horizontal
9.9A
D~
E
D~
E
e o padrão muscular é extremamente forte. A
correção é favorecida pela distalização e prin-
cipalmente extrusão molar (ação ortodôntica),
ou abaixamento do plano palatino e conse-
qüente rotação mandibular (ação ortopédica).
Aqui há melhora do perfil ósseo, aumento da
altura anterior da face (devido à extrusão dos
molares corrige-se a sobremordida anterior)
e redução da protrusão maxilar. Nos padrões
musculares muito fortes, às vezes, não se pro-
cessam essas alterações, neutralizando a rota-
ção mandibular.
Angulamos o braço externo do aparelho
extrabucal acima do plano oclusal a fim de
que o movimento de inclinação do molar seja
anulado (Fig. 19.9A a C).
Quadro m
AEB - Tração Cervical
- Tração Baixa
- Vetores de Força: Distalização e Extrusão
- Indicações: Braquifaciais
Classe 11e Classe I (Ancoragem)
Correção de Sobremordidas.
Fig. 19.9 - A - AEB de tração cervica/ mostrando os vetores de distalização (D) e extrusão (E).
ANCORAGEM 41 1
19.9B
Fig. 19.9 - B - AEB com tração cervical.
19.9C
Fig. /9.9 - C - AEB - Tração cervical. Quondo a força passa abaixo do centro de resistência provoca, além dos movimentos de distalização (D)
e extrusão (E), também o movimento indesejável de inclinação.
B) AEB - Tração occipita1:
A tração occipital pode ser horizontal ou oblí-
qua. Entre os vários tipos, utiliza-se como apoio
extrabucal, mais freqüentemente, o casquete de
Interlandi (IHG).
Características principais:
- a linha de ação da força está localizada
50 a 100 acima do plano oc1usal, portanto
à altura do centro de resistência do molar
superior.
- o vetor da força é predominantemente
de distalização.
- o apoio extrabucal se localiza na região
posterior da cabeça.
O casquete, modelo IHG, permite que a
resultante da força possa ser inclinada para
412 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO
cima, devido aos encaixes para elásticos apre-
sentarem várias graduações.
- é indicada a tração occipital nas más
oclusões de Classe 11 ou como ancoragem. É
utilizado nos padrões mesofaciais ou dolicofa-
ciais suaves, com crescimento harmõnico, onde
temos uma altura anterior da face normal e
não interessa extrusão ou intrusão do molar.
Nos dolicofaciais a tração toma-se mais oblí-
qua, à medida que a tendência do crescimento se
toma mais vertical. Neste caso, com a intrusão do
molar superior e a neutralização do deslocamen-
to vertical da maxila, não há comprometimento
do posicionamento mandibular, impedindo-se a
rotação da mesma. A força de intrusão será mais
acentuada se o braço externo do AEB estiver do-
brado abaixo do plano oclusal (Fig. 19.10A e B).
Quadro IV
Tração Occipital
- Tração Horizontal ou Média
- Vetar de Distalização- Indicações: Mesofaciais e Dolicofaciais Suaves
Classe II e Classe I (Ancoragem)
19.10A
Fig. 19.10 - A - AEB - Tração occipital, evidenciando que o único movimento resultante é o de distalização (D).
19.10B
Fig. 19.108 - AEB - Tração occipital (lHG).
ANCORAGEM 413
C) AEB de tração parietal:
Também chamada tração alta ou superior.
Características principais:
- a linha de ação da força está acima do
plano oclusal 30° a 35°.
- a força se decompõe em dois vetores: intru-
sivo e distal. Uma força bastante inclinada terá o
vetor de intrusão maior que o vetor distal.
- o apoio extrabucal está localizado na
parte superior da cabeça, mais precisamente na
região parietal.
- indicado para os padrões dolicofaciais
severos (crescimento vertical acentuado).
- utilizado para correção de mordida aber-
ta quando a força é aplicada no segmento pos-
terior, e sobremordida se a força for aplicada
no segmento dental anterior.
O AEB pode ser utilizado para correção de
sobremordida, ligando-se o casquete a um arco
externo diretamente ao segmento anterior do
aparelho fixo (incisivos superiores), com uma
força direcionada para cima, tendo portanto
resultante intrusiva. Se o arco estiver ligado a
um "splint" de acrílico nessa região anterior, te-
remos o mesmo efeito de intrusão do segmen-
to anterior; se a força for ortopédica, a maxila
sofrerá uma rotação no sentido anti-horário,
favorecendo a correção da sobremordida. A so-
bremordida não pode ser corrigida à custa de
extrusão dos molares, porque o padrão facial
vertical fará com que a mandíbula, que está re-
truída, fique ainda mais retruída com aumento
da altura anterior da face.
Quando aplicado como auxiliar de cor-
reção de mordida aberta nos dolicofaciais,
a atuação do AEB, com tração alta, será no
segmento posterior, direcionada acima do
centro de resistência do molar (o mais alta
possível), com uma resultante intrusiva. Se
aplicarmos uma força pesada e intermitente,
o resultado será ortopédico, podendo-se girar
a maxila no sentido horário com um abaixa-
mento do segmento anterior somente (sem
extrusão do segmento posterior), favorecendo
o fechamento anterior da mordida. Para se
ter um resultado bastante eficiente, utiliza-se
(na dentadura decídua e mista) uma placa
acrílica adaptada no maxilar e com o arco
do AEB implantado na região molar. Nestes
casos, apesar da musculatura fraca, a mandí-
bula estará estabilizada ou até sofrerá ligeira
rotação no sentido anti-horário, favorecendo
o fechamento da mordida aberta anterior
(Fig. 19.11A e B).
Quadro V
Tração Parietal
- Tração Alta
- Vetores de Intrusão e Distalização
- Indicações: Dolicofaciais Severos
Classe II
Correção de Mordida Aberta (AEB- Molar)
Correção de Sobremordida (AEB- Incisivos)
19.11A
Fig. 19.11 - A - AEB - Tração parietaf: quando a força passa acima do centro de resistência, provoca um movimento de intrusão (f) maior que
o de dista fiz ação (D).
414 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO
19.11B
Fig. 19.11-8 - AEB- Tração parietal.
D) Mentoneira
É oAEB mais indicado para interceptação
da Classe lU incipiente, nas dentaduras decí-
dua e mista. Características principais:
- a linha de ação da força está dirigida
para a parte superior da cabeça, na direção do
côndilo mandibular
- redireciona o crescimento mandibular
- ponto de aplicação da força está localiza-
do no mento
- a intensidade de força é de 1000a 1500gra-
mas de cada lado da cabeça (força ortopédica).
Utiliza-sea mentoneira na mandíbula, com a
finalidade de rotacionar a mesma no sentido
horário.
A mentoneira é constituída de um casquete
localizado na região occipital ou parietal, e um en-
caixe no queixo, construído de plástico, tecido ou
até metal, unidos por anéis ou tiras elásticas, que
determinam a direção e intensidade da força.
A mentoneira também pode ser utilizada
para a correção da mordida aberta, quando se
coloca o apoio do mento sob a parte anterior
da mandíbula, verticalizando-se a força de tal
modo que ela passe anteriormente ao côndilo
mandibular (Fig. 19.12A e B).
Quadro VI
Mentoneira
- Tração Alta
- Redireciona o Crescimento Mandibular
- Força Ortopédica - 1000gramas a 1500gramas
- Correção de Classe lU
- Correção de Mordida Aberta
E) Outros tipos de aparelhos extrabucais:
a) AEB - Combinado
Utilizado na Classe II, padrão meso ou doli-
cofacial, onde pretendemos preservar a estabi-
lidade mandibular. O casquete de tração alta é
combinado à tração cervical. O braço externo
do arco facial é mais longo; a extremidade do
mesmo é ligada à tala cervical por anéis elás-
ticos. Um gancho ou alça circular, localizado
no centro do braço externo, é ligado, também,
por anéis elásticos ao casquete de tração alta.
Deve-se executar alternadamente movimentos
ortodônticos de distalização (tração cervical) e
ortopédicos (tração parietal), visando promo-
ver estabilização da maxila, dando tempo para
que haja distalização do molar superior sem os
19.12A
ANCORAGEM 415
Fig. 19.12A e B - Utilização correta da mentoneira
efeitos nefastos de extrusão. Ricketts preconiza
forças alternadas: 900 gramas na tração alta
(ortopédica) e 450 gramas na tração cervical
(ortodôntica) (Fig. 19.13).
1
Flg. 19.13 - AEB Combinado, cujo tração cervical (I) é associada
à tração alta (2).
b) AEB em Jota 'J"
OS arcos faciais em forma de 'j" são inse-
ridos no aparelho fixo, na região de incisivos
superiores, com tração alta, corrigindo mor-
dida profunda. Com tração média (occipital)
e baixa (cervical), distaliza os caninos supe-
riores e inferiores, respectivamente, nos casos
em que se procedem a extrações dentais.
19.12B
Nesses, o gancho se adapta à face mesial dos
caninos, no arco do aparelho fixo (Fig. 19-
14A e B).
19.14A
19.14B
Fig. /9.14.A e B - Aporelho extrobucal em 'T.
416 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO
..:.. ....•..
".
c) AEB com elásticos Classe Ill:
Solda-se um gancho no braço interno do
arco facial (região da baioneta), para baixo,
a fim de que nele se insira o anel elástico de
Classe Ill ligado ao aparelho fixo inferior. Com
isto, o elástico proporcionará uma força mais
horizontal, eliminando o efeito nefasto de ex-
trusão do molar superior.
Este tipo de tração é usado ligado a cursores
ÕU 'Jigs", placas lábioativas com ganchos, quan-
do pretendemos distalizar ou ancorar molares
inferiores (Fig. 19.15).
d) AEB conjugado ("Splint")
Fig. 19.15 - AEB com ganchos para uso de anéis elásticos de
classe 111.
19.17A
Fig. 19.17 - A e B - Máscara (acial para protração maxilar (Delaire)
Um arco facial é inserido numa placa de
acn1ico (tipo Thurow), com recobrimento oclu-
sal de todos os dentes. A força empregada é or-
topédica e direcionada para cima, sendo distri-
buída a toda a maxila, reduzindo-se a protrusão
da mesma. Usa-se de preferência na dentadura
decídua e mista, quando os molares superiores
ainda não estão com as raízes totalmente for-
madas, e portanto contra-indica-se aplicação de
forças pesadas nos mesmos (Fig. 19.16) .
e) AEB de ação reversa:
Mentoneira de Ação Reversa: redireciona,
para distal, o crescimento mandibular e conco-
mitantemente promove uma tração da maxila
para anterior, nos casos de tendência exagera-
da de crescimento mandibular e ausência de
crescimento maxilar superior.
Máscara Facial: a Máscara Facial de Delaire ou
Petit traciona a maxila para anterior através de elás-
ticos que ligam a máscara ao tubo molar ou ao arco
do aparelho fixosuperior Fig. 19.17 (A, B e C).
Fig. 19.16 - AEB conjugado ("Splint")
19.1
ANCORAGEM 417
19.17C
f) AEB assimétrico
Utilizado na Classe 11de Angle, subdivisão,
onde se pretende uma tração unilateral ou força
assimétrica. Na tração cervical apenas afasta-seo
braço externo da face do paciente, no lado em
que se pretende uma forçamaior. Quando o
casquete é fixo (lHG), usa-se o mesmo recurso
do braço externo afastado, ou simplesmente
aplica-se uma força mais pesada deste lado (Fig.
19.18).
Fig.19.18 - AEB assimétrico.
g) Arco facial basculan te
É o arco facial usado para ancoragem ou
distalização do molar inferior. Os braços inter-
no e externo do arco facial não são soldados
entre si e sim unidos por articulação, permitin-
do movimentação mandibular.
9 - IDADE IDEAL
Os efeitos do AEB são eficazes na fase de
crescimento puberal, quando os resultados
Fig. 19.17 - C - Máscara facial para protração maxilar (Petit).
são mais satisfatórios. No sexo feminino esse
período está compreendido entre os 11 e 12
anos; no sexo masculino dos 14 aos 15 anos
aproximadamente.
Nada impede, porém, que crianças de
cinco ou mais anos de idade, portadoras de
anomalias esqueletais maxilomandibulares, se
submetam ao tratamento precoce, pois a in-
tervenção ortopédica 'nessa fase é recomendá-
vel, já que se vai atuar essencialmente a nível
ósseo e muscular.
Em relação à movimentação dental através
de forças extrabucais, alguns cuidados devem
ser tomados quanto à quantidade de força que
o molar ou outro dente receberá. Os dentes
deverão ser movimentados quando estiverem
com suas raízes totalmente formadas. No mo-
lar, especificamente, isto ocorre por volta de
8,5 a 9 anos de idade.
10 - ATUAÇÃO DO AEB
a) No sentido anteroposterior:
Neste, o AEB movimenta os molares distali-
zando ou mesializando-os.
b) No sentido cérvico-oclusal:
Os molares poderão ser movimentados ver-
ticalmente, com intrusão ou extrusão dos mes-
mos, na dependência da linha de ação da força
418 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO
passar acima ou abaixo do centro de resistência
dos mesmos.
c) No sentido látero-lateral:
As forças incidentes sobre os molares, lateral-
mente, podem provocar expansão ou contração;
aplicando-se força ortopédica poderá haver con-
tração ou expansão do arco, a nível da sutura.
Quando se abrem os braços internos do
AEB, são introduzidas forças de lateralidade
nos molares; ao se fechar esses braços, os mo-
lares tenderão a palatinizar-se.
a Classe li, normalmente abrem-se os braços
internos do AEB, ficando afastados dos tubos mo-
lares mais ou menos cinco milímetros, para que
os molares, ao serem distalizados, o façam ves-
tibularizando-se. Caso essa providência não seja
tomada, os mesmos, à medida que distalizam, o
fazem cruzando com os molares inferiores.
Quando os molares inferiores estão incli-
nados para lingual, o AEB terá um papel no
desenvolvimento funcional do arco inferior,
quando se distaliza e se leva o molar superior
para vestibular. A ação dos planos cuspídeos
dos molares superiores sobre os molares infe-
riores corrigirá a inclinação dos mesmos.
Na Classe II com retrusão mandibular, uma
expansão maxilar deverá favorecer o desloca-
mento da mandíbula para anterior, melhoran-
do a relação entre ambas.
A correção da rotação mesiolingual do mo-
lar superior deverá ser uma medida inicial no
tratamento da Classe 11. Girar o molar disto-
vestibularmente, em muitos casos, coloca-o em
relação de Classe I com o molar inferior.
I I - CONSIDERAÇÕES FINAIS
o Aparelho Extrabucal, através dos anos, foi
alvo das mais desencontradas discussões. Diver-
sos ortodontistas fizeram uso do mesmo com ex-
celentes resultados clínicos, relatados em artigos
e livros científicos. Outros abominaram seu uso,
banindo-o de seus planos de tratamentos.
Talvez a razão desta repulsa se deva à falta
de maiores informações científicas a respeito
de seu uso, à inabilidade de manejá-lo corre-
tamente ou principalmente à ausência de um
correto diagnóstico que permita sua indicação
ou contra-indicação. Sabe-se que a maior parte
das más oclusões de Classe 11 se originam de
uma retrusão mandibular, estando a maxila
bem posicionada em relação à base craniana.
Nestes casos, a ancoragem extrabucal é contra-
indicada, porque poderá provocar retrusão
maxilar, empobrecendo o perfil do paciente.
Quando o plano de tratamento estabelece
ou requer distalização do molar, o AEB é de
eficiência ímpar em comparação com outros
aparelhos de ancoragem intrabucal. Estes
geram forças contrárias e recíprocas dentro
da cavidade bucal, com inclinações dentais e
alveolares incontroláveis, desestabilizando o
equilíbrio funcional entre ossos, dentes e teci-
dos moles.
Quando a Classe li é de origem óssea, com
protrusão da maxila, o AEB, através de forças
pesadas ou ortopédicas, age reorientando o cres-
cimento maxilar e liberando a mandíbula para
sua movimentação anterior. Se a maxila estiver
bem posicionada, o AEB atuará ancorando-a em
sua posição, dando tempo para que a mandíbula
avance. Aqui, a correção da Classe li para Classe
I se dá pela mesialização mandibular.
Em outros casos, uma má posição dos pri-
meiros molares superiores rodados mesiolin-
gualmente, os colocam em posição de Classe
11 em relação aos molares inferiores. Uma
dobra no final do arco interno do AEB, como
um desvio caudal, força os molares superiores
a girarem para distal, e com essa manobra os
molares superiores distalizam o suficiente para
entrar em chave de Classe I.
Todos os pesquisadores são unânimes em
afirmar a ação distalizadora do AEB. Parte
dessa movimentação dos molares superiores
para distal se deve à tração exercida pelo AEB
e parte pelo crescimento da maxila na região
dos molares, levando-os para distal.
Quando houver extrusão dos molares supe-
riores, parte se deve à componente extrusiva
do AEB e parte devido ao crescimento alveolar
e maxilar para baixo.
Na maioria dos casos tratados com AEB, tan-
to a maxila como a mandíbula giram no sentido
horário, aumentando a altura anterior da face
com sensível melhora do perfil facial, nos casos
onde a extrusão dos molares era benéfica.
Nos dolicofaciais severos, esta alteração é
maléfica, principalmente a nível de mandíbula,
cuja movimentação no sentido horário retrai o
mento, aumenta a dimensão vertical inferior
anterior, empobrecendo o perfil. A tração alta
deverá ser eleita neste caso, minimizando ou
impedindo a extrusão molar superior ou até
mesmo intruindo-o, com reflexos positivos na
mandíbula.
os braquifaciais, a rotação mandibular é di-
minuída devido à ação dos músculos elevadores
e retratores da mandíbula, e quando isto não
ocorrer, há melhora na posição mandibular.
ANCORAGEM 419
Na Classe III incipiente (dentaduras decí-
dua e mista) os pesquisadores divergem quanto
à eficácia da mentoneira ou outros instrumen-
tos de ação ortopédica visando redirecionar o
crescimento mandibular. Na maior parte dos
casos, porém, os resultados obtidos mostraram
a eficiência da mesma.
11 - ANCORAGEM
INTRABUCAL
I - DEFINiÇÃO
Ancoragem intrabucal é o meio pelo qual
damos a um determinado dente ou a um
grupo de dentes ou ao osso, a capacidade de
resistir a movimentos indesejáveis durante a
mecânica ortodôntica.
3 - MÉTODOS DE ANCORAGEM
INTRABUCAL
Muitos foram os métodos utilizados pelos
pesquisadores no decorrer do século, com o
intuito de ancorar os dentes posteriores, evi-
tando as mesializações indesejáveis e perdas de
espaço no tratamento ortodôntico.
Os ortodontistas, ao final do tratamento,
conseguiam um alinhamento dental aceitável,
uma oclusão razoável, mas as inclinações dos
longos eixos dos dentes anteriores constituíam-
se em um fator negativo, que, além de preju-
dicarem o perfil facial, eram as responsáveis
pela instabilidade e conseqüente recidiva.
Houve necessidade de se ancorar os dentes
posteriores verticalizando-os no osso basal, ou
mesmo distalizando-os, para que fosse possível
nivelamento com corretas inclinações axiais e
harmonia de perfil. Vários foram os métodos
usados para a ancoragem intrabucal:
2 - CLASSIFICAÇÃO
A) Ancoragem simples: quando o elemento
dental não se movimentade corpo; apenas in-
clina a sua coroa.
B) Ancoragem Estacionária: os dentes de
apoio não devem ser movimentados.
C) Ancoragem recíproca: quando dois ou
mais dentes, sob ação de uma força, se movi-
mentam em direções opostas, isto é, um de
encontro ao outro. É o que acontece nas retra-
ções dentais (Fig. 19.19).
D) Ancoragem passiva: é o estado inerte
do próprio dente, que está ancorado ao osso
alveolar pelos ligamentos periodontais.
E) Ancoragem ativa: é a ancoragem propor-
cionada pela mecânica ortodôntica, evitando
o deslocamento de um ou mais dentes para
mesial, quando os mesmos estão servindo de
apoio para a movimentação de outros dentes.
F) Ancoragem absoluta ou esquelética: é
aquela proporcionada por dispositivos tempo-
rários de fixação, representados por implantes
ou mini-implantes instalados no osso durante
a mecânica ortodôntica e removidos ao final
desta.
Fig. 19.19 - Retração dental evidenciando a ancoragenm recípoca.
A - Preparo de ancoragem inferior de Tweed
Tweed, discípulo de Angle e seu segui-
dor, utilizando a técnica de "Edgewise", ao
corrigir as más oclusões de Classe II com elás-
ticos intermaxilares, verificou que os dentes
inferiores mesializavam e inclinavam pela re-
ciprocidade das forças exercidas pelo elástico
de Classe lI.
Em 1941 introduziu em sua técnica, que
usava arcos retangulares, algumas dobras que
chamou de segunda ordem. Eram degraus
feitos no segmento posterior do arco que, ao
. serem inseridos nos braquetes, provocavam
inclinações do longo eixo dental para distal.
Para uma efetividade maior, acrescentava elás-
ticos intermaxilares de Classe III. Desta forma,
os dentes posteriores ficavam ancorados e
prontos para suportar os elásticos de Classe
11 (mecânica de Classe 11), sem que sofressem
aquelas inclinações indesejáveis para mesial
(Fig. 19.20).
420 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO
B - Preparo de ancoragem inferior de Hol-
daway
Utilizando os princípios de Tweed, Hol-
daway em 1952, ao invés dos degraus distais,
angulou os braquetes colocados nos dentes
inferiores posteriores em aproximadamente 3
a 5 graus. Desta maneira, já na fase de nive-
lamento, os dentes posteriores inferiores são
inclinados para distal (Fig. 19.21).
c - Preparo de ancoragem inferior com a
placa lábio ativa
A placa lábio ativa (PLA) ou "bumper" uti-
liza um escudo labial inferior para neutralizar
o movimento para mesial dos molares infe-
riores ou até para distalizá-los, quando acres-
cemos à PLA um elástico de classe Il l. Além
da ancoragem do molar, o arco inferior terá
um ganho de espaço pela ação funcional da
língua, que desinclina os incisivos levando-os
para vestibular. (Freqüentemente estes dentes
estavam anteriormente lingualizados devido à
pressão do lábio inferior). O escudo acrílico
do "bumper" se interpõe entre o lábio inferior
e os incisivos inferiores, anulando a ação do
lábio sobre os incisivos. Usa-se, desta maneira,
a hipertonicidade desse músculo contra os
molares inferiores (Fig. 19.22A e B).
Fig. 19.20 - Preparo de ancoragem de Tweed.
Fig. 19.21 - Preparo de ancoragem de Holdaway.
19.22A
19.24A
ANCORAGEM 421
Fig. /9.22.A e B -«Bumper" corretamente posicionado.
D - Arcos linguais
Arco lingual de Nance: é um dispositivo
mecânico muito útil no sentido de manter os
molares inferiores ancorados em sua posição,
enquanto se processam as modificações orto-
dônticas anteriores.
Arco palatino de Nance: no arco superior,
utilizamos um arco de Nance com um botão de
acn1ico que se apóia na região anterior do palato.
Esse arco também é soldado na face palatina das
bandas dos molares superiores (geralmente nos
primeiros molares). Às vezes poderá ser usado
nos premolares ou até nos molares decíduos.
19.22B
Um fio de aço de 0,9 mm é soldado
lingualmente às bandas dos molares infe-
riores, contornando as faces linguais dos
demais dentes deste arco na região cervical.
Este fio poderá ser removível ou soldado It'..... " ~(Fig. 19.23):.. • _;S.-' r= fli. '::':'I ,t ~.' r· ~,
~~h
~ '0 é-o n, r:-,
;;N 0. "li'"TI 'J
~ S; ...
Q--i~~ P r-
<:1 Ot.'o c, l."
~- 5" ~_
Fig. /9.23 - Arco lingual de Nance.
o botão de Nance é constituído por um fio
de aço de 0,9 mm soldado à banda do molar su-
perior e apoiado na curvatura anterior do palato,
por um botão de acn1ico.A ancoragem do molar,
portanto, é conseguida pelo apoio no palato (Fig.
19.24A e B).
19.24B
Flg. 19.24.A e B - Arco palatino posicionado em paciente (A) e em modelo de gesso (B).
Segundo Cetlin (1984), existe possibilidade
de intrusão dos molares quando a barra trans-
palatina tem seu "omega loop" voltado para
mesial. Esta dobra sofre pressão do dorso da
língua, resultando uma força intrusiva sobre os
molares superiores (Fig. 19.25A a C).
422 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO
E - Arco transpalatino: com o arco transpa-
latino ou barra transpalatina os molares são
impedidos de extruir, lingualizar ou mesializar,
devido à união rígida entre os mesmos pelo fio
de aço de 0.036" (0,9 mm) soldado ou adaptado
às suas faces palatinas e contornando o palato,
afastado do mesmo de 1,5 a 2 milímetros.
19.25A
>.._.,
't" ••
[9.25C
F - Mini-implantes: são dispositivosde ancoragem
temporária (DAT), representados por parafusos
de dimensões reduzidas, confeccionados com liga
especial de titânio que, introduzidos no osso -
parte na cortical, parte na esponjosa - oferecem
estabilidade ao movimento dental. Por não se
osseointegrarem, podem ser retirados facilmente
após ter sido realizada a mecânica ortodôntica,
Embora comercialmente encontremos
diferentes tipos de mini-implantes, basicamente
19
Fig. /9.25A a C • Arcos transpalatinos.
eles são constituídos por três segmentos: cabeça,
perfil transmucoso e corpo (Fig. 19.26).
A cabeça, com formatos variados e adaptável
a diferentes necessidades clínicas, é a parte do
dispositivo que permanece externa na cavidade
bucal.
O perfil transmucoso, formado pela porção
lisa e polida do mini-implante, situa-se entre a
cabeça e o corpo e contato diretamente a gen-
giva inseri da.
Fig. /9.26 - Mini-implante cônico,
autoperfurante e seus diferentes
componentes: I) cabeça, 2) perfil
transmucoso e 3) corpo.
ANCORAGEM 423
o corpo é o segmento cônico, estriado em
hélice, que perfura o osso nele se implantado,
pelo efeito combinado de pressão e rotação.
Estas diferentes partes dos mini-implantes
variam consideravelmente de acordo com as
necessidades biomecânicas, espessura da gen-
giva inserida, densidade óssea, espaço entre
raízes dentais e topografia óssea (Fig. 19.27).
Fig. /9.27 - Kit para instalação
de mini-implante constituído por
chave de mão,fresos,chave manual
e chave para contra-ângulo.
Após sua colocação, que obedece a um rígi-
do protocolo cirúrgico, esses dispositivos de an-
coragem esquelética podem receber carga ime-
diata, sem comprometimento de sua solidez.
Contudo, é de fundamental importância, para
a estabilidade e preservação do mini-implante
que, após sua instalação, a força sobre ele exer-
cida inicie-se imediatamente ou no máximo
durante as duas primeiras semanas, para que o
estímulo biológico promova a formação óssea
na interface de titânio z'osso.
A força imediata aplicada deve ser contínua,
variando entre 150 e 200 gramas, podendo ser
aumentada gradualmente, até atingir valores
próximos a 300 gramas.
Embora a multiplicidade de aplicações clíni-
cas dos mini-implantes seja bastante ampla, po-
demos enumerar, dentre outras, a mesialização,
distalização, verticalização e intrusão de dentes
isolados ou grupos dentais, a correção da linha
média, do plano oclusal, de mordidas cruzadas,
o tracionamento de dentes inclusos, a correção
do torque, e tantos outros procedimentos
biomecânicos aplicáveis à ciência ortodôntica.
A despeito da taxa de sucesso na implanta-
çãode miniparafusos seja alta, existem riscos
e complicações apontados por vários autores,
como Park, Jang e Araújo.
Entre essas complicações podemos citar:
A) perda de estabilidade do mini-implante; B)
lesão de raízes dentais; C) necrose óssea con-
seqüente ao calor desenvolvido por brocas; D)
fratura do dispositivo de fixação; E) deglutição
de alguns de seus componentes; F) lesão causa-
da por acessórios acoplados aos mini-implant-
es; G) inflamação gengival decorrente da má
higiene em torno da cabeça do mini-implante;
H) enfisema sub-cutãneo por penetração de ar
da seringa, na pele ou sub-mucosa; I) injúrias
a estruturas anatômicas importantes.
Enfim, para obtermos sucesso na utilização
dos mini-implantes como elemento de ancora-
gem absoluta em ortodontia, devemos levar em
consideração, além da seleção cuidadosa do
caso clínico e os procedimentos rigorosos de
biossegurança, as condições locais e gerais do
paciente bem como o tipo de material e sua
forma geométrica adequada (Fig. 19.28).
Flg. /9.28 - Mini-implante de cabeça triangular inserido entre o
segundo pré-molar e o primeiro molar permanente superior.
424 ORTODONTIA • DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO
G - Ancoragem cortical: o torque lingual
posterior nas coroas dos molares superiores
e inferiores coloca suas raízes para vestibular,
em contato com o osso cortical, imobilizando
e neutralizando a movimentação molar. Nessa
região o osso é denso e compacto, sendo as
trocas metabólicas pobres e a vascularização
e irrigação sangüíneas diminuídas, não propi-
ciando a movimentação dental.
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