Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Artigo Traduzido Expansão Rápida da Maxila em Adultos sem Assistência Cirúrgica Non-Surgically Assisted Rapid Maxillary Expansion in Adults CAPELOZZA FILHO, L. et al. Non-surgical assisted rapid maxillary expansion in adults. Int J Adult Orthod Orthog Surg, v.11, p.57-66, 1996. Tradução: Karla Eugênia S. NascimentoA Revisão: Leopoldino Capelozza FilhoB A Residente do Setor de Ortodontia do Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio Palatais da Universidade de São Paulo (HPRLLP-USP), em Bauru - SP B Professor Assistente Doutor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) e Responsável pelo Setor de Ortodontia do HPRLLP-USP, em Bauru - SP Resumo Este estudo foi realizado para investi- gar o efeito da expansão rápida da maxila sem assistência cirúrgica em pacientes adultos, diagnosticados como tendo real ou relativa deficiência maxilar transversal. Trinta e oito pacientes foram consecutiva- mente tratados com aparelho para expan- são rápida da maxila, fixo, seguindo o desenho de Haas. O sucesso da expansão foi julgado clinicamente através da cria- ção do diastema entre os incisivos centrais e foi obtido em 81,5% dos pacientes. A morbidade variou de moderado desconfor- to à dor significante, edema e lesões no palato, as quais muitas vezes não compro- meteram a expansão. Somente moderada expansão foi possível na maioria dos pa- cientes, mas a quantidade obtida foi sufi- ciente para permitir relações inter-oclusais finais satisfatórias. perimentais tem aparecido na literatura2- 11, e a ERM passou a ser um método comumente usado para tratar arcos ma- xilares constrictos em pacientes na fase de crescimento. Pouca informação está disponível sobre este tipo de processo, ERM isolada, isto é, sem assistência ci- rúrgica, em pacientes adultos. Do mesmo modo, pouco tem sido publicado a respei- to da idade na qual este tratamento não seja tão efetivo e não tenha uma taxa de sucesso previsível. Entretanto, há um consenso de que quanto mais velho o paciente pior o prognóstico1,12-19, porque as limitações impostas pelo final do cres- cimento sutural acabam dificultando a expansão rápida da maxila. As suturas intermaxilar e transversa da maxila e, presumivelmente, outras suturas faciais começam a se obliterar imediatamente após o final do crescimento maxilar5, es- timado para mulheres por volta dos 14 anos e para os homens por volta dos 17 anos20. Como a sutura maxilar se torna progressivamente obliterada o sucesso da expansão rápida da maxila começa a se tornar cada vez mais difícil7,8 e, após o pa- ciente ter chegado a idade dos 20 anos, este procedimento geralmente não é Introdução O procedimento da expansão rápida da maxila (ERM) já é bem conhecido a mais de 100 anos, mas os mecanismos da ação deste procedimento foram conclusi- vamente estabelecidos em 19611. Desde esta época,muitos estudos clínicos e ex- Unitermos: Expansão rápida da maxila; Tratamento em adultos; Expan- são rápida da maxila sem assis- tência cirúrgica. Leopoldino Capelozza Filho Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 7 6 TABELA 1 Sexo e idade dos pacientes da amostra. Pacientes Número Mínimo Idade Máximo Média Masculino 7 17 a 7m 21 a 4m 23 a Feminino 31 15 a 2m 20 a 6m 44 a 9m Total 38 15 a 2m 20 a 8m 44 a 9m tentado por causa da probabilidade de falha. Limitações como resistência à expansão, compressão do tecido mole, dor, excessiva inclinação dos dentes de apoio, inclinação da parede alveolar vertical tem sido descritas na literatu- ra12,21. Estas complicações podem ser eliminadas pela assistência cirúrgica à ERM, a qual pode ser obtida com vári- os tipos de osteotomia12,21-26. É apropriado entretanto reexami- nar a questão da ERM isoladamente em adultos, particularmente porque qualquer procedimento cirúrgico tem algum risco de morbidade associado. Embora a obliteração das suturas faciais seja progressiva após o final do crescimento sutural, a variação indi- vidual é muito grande. Por exemplo, PERSSON e THILANDER8, descreveram um caso de uma garota de 27 anos de idade sem qualquer evidência histológica de união sutural. Há tam- bém casos reportados na literatura com bons resultados na ERM em homem na idade de 20 anos14 ou 25 anos12,ou mesmo casos mais extremos descritos como exceção aos 38anos14 ou aos 50 anos27, enquanto, ao mesmo tempo, há muitas descrições na literatura de falhas da ERM em pacientes acima dos 16 anos de idade21. Infelizmente, não há parâmetros clínicos estabelecidos para identificar os pacientes nos quais o grau de obliteração da sutura palatina pode- ria permitir sucesso na expansão. Deste modo, a única maneira de determinar a possibilidade da ERM em um pacien- te com idade considerada de risco, ou seja, acima dos 16 anos, seria fazen- do o tratamento. Usualmente a tole- rância do paciente e não a quantida- de de ativação do parafuso determina a possibilidade da expansão. HAAS14 sugere a desativação do aparelho uma vez que a dor se torne significante e uma reativação após o desconforto de- saparecer. Considerando a resistência que o esqueleto facial apresenta em pacientes adultos5,7,14,15,21,25, o nível de força necessário para a expansão de uma sutura dificilmente poderia ser obtido se o aparelho é desativado freqüentemente, sempre que haja a sintomatologia dolorosa. O propósito deste artigo é apresen- tar uma abordagem de expansão rá- pida da maxila não assistida cirurgi- camente em pacientes adultos. Adici- onalmente, alterações na largura do arco e a morbidade associada com esse procedimento são avaliadas. Material e Métodos Todas as mulheres com mais de 15 anos de idade e os homens com mais de 17 anos de idade que foram sub- metidas a ERM no consultório de dois autores deste trabalho (LCF e JCN) de 1980 à 1990 foram incluídos neste tra- balho. O sexo e a distribuição pela ida- de dos 38 pacientes tratados está des- crito na TAB.1. A história médica dos pacientes não mostrava nenhuma ca- racterística que fosse importante para este estudo. A seleção dos pacientes para a colocação do aparelho para a ERM foi baseado em diagnóstico clí- nico de real ou relativa deficiência maxilar. Nenhum critério de má-oclu- são foi usado (FIG.1). A expansão rápida da maxila foi tentada em todos os pacientes. O su- cesso da expansão foi julgado pela evi- dência clínica da criação do diastema entre os incisivos centrais12. A ERM foi cirurgicamente assistida somente após a falha ou fracasso da tentativa da ERM isolada. O aparelho usado neste estudo foi baseado no desenho de apa- relho sugerido pelo HAAS1, com a co- locação de bandas nos primeiros mo- lares e pré-molares, e um parafuso na linha média embebido em resina acrílica que se apoiava na mucosa palatina. O desenho do aparelho foi modificado levemente para incluir bandas ou braquetes colados em to- dos os dentes do segmento lateral,ou seja, caninos, pré-molares, primeiros molares e segundos molares com a co- locação de um fio segmentado 0,019x0,025 polegada que eram co- FIGURAS 2 A,B,C - Modificação adotada para o aparelho de Haas. A B C FIGURA 1 - Distribuição das más-oclusões. classe III 34% classe II 11% face longa 29% classe I 26% Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 7 7 locados de modo passivo nos braquetes e tubos desses dentes já mencionados (FIG.2 A - 2C). O aparelho foi ativado quatro quar- tos de volta, 24 horas após a sua cimen- tação. Subseqüentemente, ele foi ativa- do dois quartos pela manhã e dois quar- tos à noite até que houvesse a evidên- cia clínica de diastema entre os incisi- vos centrais. Após isso, a velocidade de ativação foi reduzida de acordo com os sintomas e nível de tolerância que o paciente estivesse apresentando. Todos os pacientes foram acompanhados de modo cuidadoso durante esse período e os sintomas, reclamações e qualquer outra observação relevante foram registradas no prontuário clínico para posterior avaliação. Após a expansão ter sido obtida o aparelho foi estabilizado por 3 meses. Depois disso o aparelhofoi removido e uma placa removível de contenção foi usada, e assim permaneceu durante o alinhamento dos dentes maxilares atra- vés dos fios usualmente utilizados. As larguras dos arcos foram analisa- das antes e após o tratamento ortodôn- tico. As medidas foram feitas diretamen- te dos modelos de estudo, na ponta de cúspide dos caninos, na ponta de cúspide vestibular dos primeiros pré- molares e na ponta de cúspide mesio- vestibular dos primeiros molares. Resultados Trinta e um dos trinta e oito paci- entes (81,5%) mostraram algum grau de abertura da sutura mediana da maxi- la, estabelecido clinicamente pelo apa- recimento de um diastema entre os in- cisivos centrais. Os diastemas aparece- ram entre o quarto e o quinto dia de ativação (isto é, após 3,2 a 4,0 mm de abertura do parafuso). O diastema tí- pico entre os incisivos foi relativamen- te pequeno se comparado à quantida- de de abertura introduzida no parafu- so (FIG.3), indicando uma moderada expansão da base óssea maxilar e uma inclinação muito significante do osso alveolar, associada à uma inclinação dos dentes de ancoragem. Após o final do tratamento ortodôntico com o apa- relho fixo que se seguiu em todos os casos, os dentes posteriores estavam corretamente posicionados com torques adequados, embora com ganhos nas distâncias transversais relativamente pequenos (TAB.2). TABELA 2 Dimensão transversal do arco dental superior antes (pré) e depois (pós) do tratamento ortodôntico e a diferença Canino 1ºpm 1ºmolar Paciente Idade* pré pós dif pré pós dif pré pós dif 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Média DP 26a 5m 17a 6m 17a 9m 15a 7m 16a 9m 21a 5m 16a 0m 16a 3m 19a 6m 17a 7m 16a 5m 15a 2m 15a 6m 17a 10m 19a 5m 28a 8m 18a 5m 20a 5m 24a 6m 18a 8m 20a 3m 19a 4m 21a 6m 15a 3m 18a 8m 17a 9m 22a 4m 15a 10m 18a 4m 23a 3m 18a 0m 17a 7m 31,0 34,0 33,5 31,0 35,0 35,0 29,0 35,0 31,5 33,5 33,0 33,0 33,0 32,0 29,5 28,5 33,0 35,0 29,0 33,0 33,0 31,5 33,0 27,5 31,0 31,0 31,5 33,5 35,0 28,5 29,5 35,0 32,10 2,20 32,0 31,5 34,0 33,5 35,0 34,5 32,0 35,5 35,0 33,0 33,5 34,0 38,5 34,5 32,5 30,5 32,5 35,0 33,0 36,0 33,0 35,0 35,0 32,5 32,0 32,5 34,0 33,5 33,0 32,5 31,5 36,0 33,57 1,49 1,0 -2,5 0,5 2,5 0,0 -0,5 3,0 0,5 3,5 -0,5 0,5 1,0 3,5 2,5 3,0 2,0 -0,5 0,0 4,0 3,0 0,0 3,5 2,0 5,0 1,0 1,5 2,5 0,0 -2,0 4,0 2,0 1,0 1,46 1,80 39,5 40,5 37,0 38,0 39,0 40,0 37,0 38,5 36,0 37,0 39,5 38,5 40,0 40,5 35,0 31,0 41,0 41,5 35,0 33,0 40,5 42,0 39,5 31,0 40,0 41,0 39,0 40,0 41,0 35,5 36,0 38,0 38,15 2,87 -0,5 -1,5 5,0 4,5 0,0 3,0 3,0 5,5 6,0 5,0 1,0 3,5 4,0 3,0 5,5 6,5 0,5 2,5 6,0 12,5 1,0 2,0 4,5 8,0 2,0 1,0 5,0 2,0 1,0 5,0 2,0 7,0 3,60 2,85 39,0 39,0 42,0 42,5 39,0 43,0 40,0 44,0 42,0 42,0 40,5 42,0 44,0 43,5 40,5 37,5 41,5 44,0 41,0 45,5 41,5 44,0 44,0 39,0 42,0 42,0 44,0 42,0 42,0 40,5 38,0 45,0 41,76 2,05 43,0 47,0 49,0 51,5 48,0 47,0 50,5 50,5 47,0 43,0 51,5 49,0 50,0 48,5 44,5 42,0 47,0 52,0 47,0 52,5 50,0 48,0 49,0 39,5 50,0 54,0 47,5 51,0 49,0 45,5 45,0 46,0 47,98 3,27 49,0 49,5 54,5 52,5 48,5 54,0 51,0 55,0 49,0 51,0 51,5 52,5 49,5 53,0 52,0 46,0 49,5 52,0 52,5 57,0 51,0 52,0 53,5 47,0 52,5 54,0 52,0 53,0 49,0 45,0 49,0 52,5 51,25 2,63 6,0 2,5 5,5 1,0 0,5 7,0 0,5 4,5 2,0 8,0 0,0 3,5 -0,5 4,5 7,5 4,0 2,5 0,0 5,5 4,5 1,0 4,0 4,5 7,5 2,5 0,0 4,5 2,0 0,0 -0,5 4,0 6,5 3,26 2,62 * Idade no início do tratamento Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 7 8 TABELA 4 Distribuição da amostra de acordo com a expansão rápida da maxila. Nº Pacientes Idade Masculino Feminino Mínimo Média Máximo ERM 28 5 15 a 2m 18 a 9m 28 a 8m ERM + CIRURGIA 3 2 22 a 6m 30 a 7m 44 a 9m FIGURA 3 - Discrepância entre a quanti- dade de abertura do parafuso e a sepa- ração dos incisivos ao final da ativação. A expansão rápida da maxila uti- lizada isoladamente foi insucesso em sete pacientes. Dois pacientes, núme- ro 1 e 29, não mostraram nenhuma evidência clínica de expansão da ma- xila, mas as alterações no arco maxi- lar, dentes e inclinação das tábuas vestibulares, assim como as altera- ções obtidas com aparelho fixo (TAB.2 e 3) no arco inferior foram suficien- tes para permitir o tratamento da má- oclusão.A expansão rápida da maxila foi interrompida em cinco pacientes (TAB.4) devido à excessiva reação do- lorosa. Os aparelhos foram desativa- dos, e os pacientes com o aparelho em posição, foram submetidos em segui- da à uma cirurgia com osteotomias que permitiram, então, aquilo que nós chamamos de expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente. Es- ses pacientes foram, em geral, os pa- TABELA 3 Dimensão transversal do arco dental inferior antes (pré) e depois (pós) tratamento ortodôntico e a diferença. Canino 1ºpm 1ºmolar Paciente Idade* pré pós dif pré pós dif pré pós dif 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Média DP 26a 5m 17a 6m 17a 9m 15a 7m 16a 9m 21a 5m 16a 0m 16a 3m 19a 6m 17a 7m 16a 5m 15a 2m 15a 6m 17a 10m 19a 5m 28a 8m 18a 5m 20a 5m 24a 6m 18a 8m 20a 3m 19a 4m 21a 6m 15a 3m 18a 8m 17a 9m 22a 4m 15a 10m 18a 4m 23a 3m 18a 0m 17a 7m 23,0 30,0 27,5 26,5 28,0 25,0 24,0 38,5 21,0 25,5 25,5 26,0 28,0 28,5 25,5 25,0 26,0 24,0 26,0 28,0 25,0 25,0 28,0 24,5 26,0 25,0 27,5 25,5 25,5 24,0 24,5 28,0 25,93 1,88 24,5 25,5 26,0 27,5 26,0 26,5 25,0 36,5 24,0 25,0 26,0 25,0 28,0 24,0 25,0 25,0 23,5 25,0 26,0 27,0 25,0 26,0 26,5 24,5 24,0 24,0 26,0 25,5 25,0 25,5 23,5 27,0 25,42 1,13 1,5 -4,5 -1,5 1,0 -2,0 1,5 1,0 -2,0 3,0 -0,5 0,5 -1,0 0,0 -4,5 -0,5 0,0 -2,5 1,0 0,0 -1,0 0,0 1,0 -1,5 0,0 -2,0 -1,0 -1,5 0,0 -0,5 1,5 -1,0 -1,0 -0,45 1,61 32,5 34,0 35,0 36,5 34,0 36,0 28,0 31,0 30,5 34,5 34,0 36,0 35,5 37,0 33,0 33,0 39,5 36,0 34,5 34,0 33,0 31,5 36,0 27,5 36,0 36,0 35,0 33,5 33,5 31,0 32,0 34,0 33,85 2,52 2,0 -0,5 -0,5 1,0 2,0 0,0 5,0 5,0 2,5 1,5 0,5 -2,0 0,5 -2,5 0,0 1,0 0,5 -1,0 -0,5 2,0 1,0 4,0 0,0 5,5 -2,0 -2,0 0,0 1,5 0,5 2,0 -0,5 1,0 0,82 2,01 34,5 33,5 34,5 37,5 32,0 36,0 33,0 36,0 33,0 36,0 34,5 34,0 36,0 34,5 33,0 34,0 40,0 35,0 34,0 36,0 34,0 35,5 36,0 33,0 34,0 34,0 35,0 35,0 34,0 33,0 31,5 35,0 34,68 1,57 45,5 41,5 50,0 48,5 41,5 46,0 39,5 42,0 46,0 45,5 45,0 48,0 45,0 - 45,0 43,0 51,0 43,5 44,5 40,0 42,0 54,0 47,0 37,0 49,0 51,0 49,0 45,0 49,0 41,0 43,0 44,0 45,22 3,83 47,0 43,0 47,0 50,0 42,0 47,0 45,5 46,6 43,5 45,5 47,5 47,0 45,5 - 44,5 41,0 46,5 45,0 45,0 43,0 44,0 54,0 46,0 45,0 49,0 49,0 45,0 46,0 47,0 39,5 43,0 44,5 45,61 2,77 1,5 1,5 -3,0 1,5 0,5 1,0 6,0 4,5 -2,5 0,0 2,5 -1,0 0,5 - -0,5 -2,0 -4,5 1,5 0,5 3,0 2,0 0,0 -1,0 8,0 0,0 -2,0 -4,0 1,0 -2,0 -1,5 0,0 0,5 0,38 2,67 * Idade no início do tratamento Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 7 9 cientes mais velhos do grupo. No con- junto, as mulheres resistiram melhor que os homens a dor que apareceu du- rante o processo, e tiveram uma por- centagem maior de sucesso na tentati- va da ERM isolada (TAB.4). Os sintomas significantes durante a expansão estão mostrados nas FIG.4a e 4b. Aproximadamente um terço da amostra (32%) apresentaram não mais do que aqueles sintomas usualmente reportados pelos adolescentes que es- tão sendo submetidos à ERM. O restan- te da amostra apresentou complicações significantes. Dor isolada ocorreu em 31% dos pacientes e foi controlada por analgésicos administrados por via oral 30 minutos antes da ativação do apa- relho. Quando a intensidade da dor foi mais severa, mas sem outras compli- cações e após a expansão já ter alcan- çado o quarto ou quinto dia, analgé- sico intramuscular foi administrado. Pacientes reportaram que a intensida- de da dor era mais forte imediatamen- te após a ativação e vagarosamente dissipada durante as próximas horas. A localização da dor diferiu nos paci- entes nos quais a expansão foi suces- so e aqueles nos quais a expansão foi insucesso. Geralmente, a dor foi loca- lizada na área da sutura zigomático maxilar e frontomaxilar nos pacientes que tiveram a ERM isolada permitin- do a expansão, e nos últimos, onde a ERM não foi sucesso,a dor era con- centrada diretamente sobre as paredes palatinas nas quais repousava o apoio em acrílico do aparelho. A próxima complicação mais fre- qüente foi a dor associada com edema (29,0%). Isso geralmente ocorreu após a expansão ter sido obtida e foi con- trolada com analgésico e antinflama- tórios. Poucos pacientes (8%) experi- mentaram dor e edema, chegando até a lesões palatais. Essa complicação foi possivelmente relacionada ao núme- ro de dias necessários para a expan- são (mais do que cinco dias) e acaba- ram promovendo uma compressão do tecido mole suficiente para causar le- são. O tratamento nestes pacientes baseou-se num bochecho com uma solução composta de partes iguais parte de água e água oxigenada à 10% após à escovação; medicação com analgésico e antiinflamatório; e quando possível, desgaste da resina do apoio mucoso para permitir um alívio da mucosa palatina. No caso de lesões mais extensas, a anestesia local era administrada e o aparelho removido, desgastado e imediata- mente recimentado. O aparelho, quando necessário, era desativado para poder ser recimentado se uma re- cidiva imediata acontecesse enquan- to o apare lho es tava sendo desgastado. Em paciente que desen- volveu dor e edema, lesões palatais apareceram, mesmo um mês após o parafuso ter sido estabilizado. A distribuição dos sintomas foi mais ou menos semelhante na amostra in- teira (N=38) e no grupo que foi sub- metida à ERM sem assistência cirúrgi- ca (N=33) (FIG.4A e 4B). Discussão A ERM foi possível numa alta por- centagem (81,5%) dos pacientes. Em- bora somente incrementos moderados no arco maxilar tenham sido obtidos na maioria deles, os aumentos em lar- gura foram suficientes para permitir a correção da oclusão, permitindo uma relação interoclusal satisfatória ao fi- nal do tratamento. Muitos dos pacien- tes consideraram o procedimento desconfortável com reações dolorosas de nível médio. Edema e lesões pala- tais foram algumas das complicações freqüentes. Esses encorajadores resultados em adultos não podem ser comparados dire- tamente com a literatura, porque não há nenhum trabalho publicado que tenha se valido de estudo similar de indivíduos consecutivamente tratados na idade adul- ta, ou seja, após o final do crescimento sutural com ERM isolada (sem assistên- cia cirúrgica). Os resultados positivos ob- tidos podem ser considerados mais favo- ráveis que outros reportados por alguns autores baseados em amostras muito pequenas12-14, 17, 27. A magnitude da res- posta observada nos pacientes adultos foi entretanto muito menor que aque- las tipicamente observadas em adoles- centes1,14,15. Em indivíduos fora da fase de crescimento somente uma limitada expansão foi observada. A abertura do parafuso foi muito maior que a abertu- ra observada entre os incisivos centrais e isto significa que muitos dos casos que mostraram ganhos trans-versais, assim o fizeram provavelmente devido a verticalização e remodelação das pare- des maxilares, dos processos alveolares e ainda de uma inclinação vestibular dos dentes de suporte5. O axioma, “Quanto mais velho o paciente, pior o prognóstico”1,12-19, for- mulado por Haas, foi confirmado no estudo presente. Isto deve ser devido progressiva obliteração sutural e ao conseqüente aumento na resistência do esqueleto à expansão que se pre- tende introduzir com o aparelho tipo Haas7,8,14,15,28. O paciente mais velho submetido à ERM isolada em nosso trabalho e que obteve sucesso, foi uma FIGURA 4A - Complicações: manifesta- ções clínicas indesejáveis na amostra to- tal (n=38). Dor+edema+lesão 8% Nenhu- ma 32% Dor+ edema 29% Dor 31% FIGURA 4B - Complicações: manifesta- ções clínicas indesejáveis da ERM obtida sem assistência cirúrgica (n=33). Dor+edema+lesão 9% Nenhuma 34% Dor+ edema 30% Dor 27% Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 8 0 mulher com 28 anos de idade,e os paci- entes que necessitaram de assistência cirúrgica à ERM foram aqueles que es- tavam nos limites superiores da distri- buição da nossa amostra por idade. En- tretanto, dois pacientes jovens não to- leraram o procedimento e a ERM teve que ser executada neles com assistên- cia cirúrgica. Estes resultados, que mos- tram uma larga variação individual, são consistentes com as observações de PERSON e THILANDER5 e com outras descrições baseadas em casos clínicos isolados descritos na literatura14,17,27. Deste modo, como regra em nosso es- tudo, a maioria dos pacientes que ob- tiveram sucesso na ERM estiveram pró- ximo da idade de 20 anos. A grande diferença entre o proto- colo usado neste estudo e outros repor- tados na literatura foi a quantidade e o modo de ativação. Enquanto a quan- tidade de ativação dependia dos sinto- mas do paciente para ser continuada de acordo com Haas14, nós estabelece- mos em nosso estudo um rígido proto- colo de ativação do primeiro ao quinto dia e tentamos controlar os sintomas que os pacientes apresentaram. Este período inicial de 5 dias foi empiricamente determinado após ter sido observado que, se a ERM estava caminhando para o sucesso,a expansão usualmente ocorria dentro desse perí- odo de tempo. ALPERN e YUROSKO12, tentaram tratar sem sucesso pacientes adultos com ERM sem assistência cirúr- gica por um período de 2 dias. É possí- vel que em um período de tempo tão curto não tenha havido a possibilidade de se acumular a força suficiente para vencer a resistência imposta pelas su- turas maxilares. HAAS14 recomendava a desativação do aparelho sempre que o paciente ex- perimentasse sintomas dolorosos. Essa desativação poderia eliminar qualquer possibilidade de expansão com sucesso FIGURA 5A - 5K - Um caso clínico exemplificando a possibilidade da ERM após a fase de crescimento. A B C D E F G H I J K Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 8 1 Por outro, lado os riscos de lesão palatal são aumentados se a mucosa for com- primida por longo período de tempo com uma força suficiente para lhe trazer da- nos, mas insuficiente para vencer a re- sistência sutural da maxila e do esque- leto e, portanto, insuficiente para per- mitir a abertura da sutura. O protocolo de expansão usado nesse estudo pode, é claro, provocar reações dolorosas. A intensidade da dor e a resposta do paciente a essa dor pode determinar a possibilidade ou não da expansão. Os pacientes foram sempre informados no início do trata- mento das possíveis complicações e dos métodos específicos que nós ado- távamos para minimizar os sintomas, que com certeza ou com muita proba- bilidade aconteceriam. As maiores com- plicações foram dor, edema e lesões pa- latais. Estas complicações indicam a necessidade de cuidadosas instruções ao paciente e de seu monitoramento durante todo processo, com uma aten- ção maior do que aquela que nós usu- almente adotamos para a ERM de pacientes em crescimento. Outra consideração a respeito da ERM executada após a fase de cresci- mento é a limitada quantidade de ex- pansão possível, quando comparada àquela possível de ser obtida em ado- lescentes. Em casos de leve a modera- da constricção é possível corrigir ade- quadamente os problemas transversais. As larguras do arco antes da expansão e ao final do tratamento ortodôntico foram comparadas em 32 pacientes, porque um dos pacientes no qual se obteve uma ERM com sucesso desistiu do tratamento por motivos pessoais após a ERM ter sido concluída. Infeliz- mente, a avaliação dos modelos pós expansão imediata não estavam dispo- níveis porque não foram realizados. Os pacientes deste estudo eram de clínica e infelizmente nós não previmos no nosso protocolo uma avaliação desses pacientes no pós expansão imediata. Os ganhos na largura do arco superior observado nesses 32 pacientes foram moderados e bastante variados. Na fase do aparelho fixo, os dentes posteriores receberam torque palatino, devido a inclinação vestibular geralmente exa- gerada resultante da ERM. Ao eliminar este excesso para que os dentes pudes- sem alcançar posições ideais, parte da largurado arco obtida com a ERM é perdida. Isso foi verdadeiramente real, particularmente com respeito à distân- cia inter-caninos. Em muitos casos, tal- vez justamente por causa da constricção na maxila, os caninos su- periores em função da falta de espaço, se apresentavam em vestíbulo - versão. Após a expansão e alinhamento com aparelho fixo, eles foram posicionados nas suas corretas posições e portanto, mais para o palatino. Isto é importante para que se entenda porque o ganho na distância inter-canino foi menos significante que o ganho da distância inter-pré-molar e inter-molar. As medi- das tomadas nas pontas de cúspides fo- ram influenciadas pela expansão e con- seqüentemente, também pelos movi- mentos introduzidos nos dentes com os fios ortodônticos usados durante o tra- tamento. O mais importante é que a combinação desses movimentos foi su- ficiente para corrigir a discrepância na largura do arco. Adicionalmente, alte- rações no arco mandibular também aju- daram a fornecer a compensação dentária necessária para permitir a fi- nalização do tratamento ortodôntico. (TAB.3) Somente pacientes com moderada constricção maxilar são candidatos à esse procedimento (FIG.5A a 5K). Constricções mais severas serão melho- res tratadas por uma expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente ou por uma abordagem cirúrgica maxilar através de uma osteotomia em “y” ou em três segmentos. As condições perio- dontais de suportes dos dentes também trazem algumas limitações. GREENBAUM, ZACHRISSON4 mostraram que há alguma perda de suporte (x = 0,5mm) na superfície vestibular dos 1os molares superiores, quando adolescen- tes são submetidos à expansão rápida da maxila. Pode ser previsto que paci- entes adultos poderiam apresentar uma perda mais substancial nesta região. Obviamente, o nível de agressão (quantidade de força) que é necessário introduzir para se obter a expansão e os movimentos compensatórios na di- reção da tábua óssea vestibular, pela inclinação excessiva dos dentes supe- riores poderiam potencialmente causar uma perda óssea mais significativa. As- sim, por essas razões, o estado perio- dontal, principalmente na superfície vestibular dos dentes posteriores da maxila deveriam ser checados atenta- mente e higidez absoluta exigida an- tes que a expansão rápida da maxila fosse indicada para pacientes adultos. SSSSSumárioumárioumárioumárioumário Dez anos de experiência com a ERM sem assistência cirúrgica em pacientes consecutivamente tratados após a fase de crescimento permitiram as seguintes conclusões: 1. O tratamento foi considerado sucesso em um número significante de pacientes (81,5%), todos com idades abaixo de 28 anos. O insucesso esteve relacionado ao aumento de idade. 2. As complicações variaram de moderadas (dor) a severas (dor , edemas, lesões palatais) e foram controladas com analgésicos, antinflamatórios e desgaste do apoio em resina acrílica quando necessário. 3. A expansão da maxila basal foi sempre pequena . Os pacientes nos quais este procedimento está indicado deveriam apresentar não mais que uma moderada discrepância transversal maxilar (< 4 mm). 4. Houve um forte componente de inclinação vestibular dos dentes posteriores da maxila. Assim, pacientes que tiverem problemas periodontais, mesmo mínimos, nessas regiões, não seriam candidatos para este procedimento. Considerando as vantagens, possíveis complicações e limitações mencionadas , nós acreditamos que a ERM sem assistência cirúrgica poderia ser o tratamento de escolha para um número de pacientes selecionados que de outro modo requereriam uma osteotomia cirúrgica com todos os inconvenientes que isso trás. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 8 2 Referências Bibliográficas 01 - HAAS, A . J. Rapid expansion on the maxillary dental arch and nasal cavity by opening the midpalatal suture. Angle Orthod, v.31, p.73-90, 1961. 02 - ADKINS, M. D.; NANDA, R, S.; CURRIER, G. F. Arch perimeter changes on rapid palatal expansion. Am J Orthod Den- tofacial Orthop, v.97, p.194-199, 1990. 03 - BARBER, A .F.; SIMS, M. R. Rapid maxillary expansion and external root resorption in man : a scanning electron microscope study. Am J Orthod, v.79, p.630-652, 1981. 04 - GREENBAUM, K. R, ZACHRISSON, B. U. The effect of palatal expansion therapy on the periodontal supporting tissues. Am J Orthod, v.81, p.12-21, 1982. 05 - HAAS, A . J. Long-term post-treatment evaluation of rapid palatal expansion. Angle Orthod, v.50, p.189-217, 1980. 06 - KREBS, A. Midpalatal suture expansion studies by the implant method over a seven-year period. Eur Orthodont Soc Rep, v.40, p.131-142, 1964. 07 - MELSEN B. A histological study of the influence of sutural morphology and skeletal maturation on rapid palatal expansion in children. TTTTTrans rans rans rans rans Eur Orthodont Soc, v.48, p.499-507, 1972. 08 - PEARSON, M, Thilander B. Palatal suture closure in man from 15 to 35 years of age. Am J Orthod, v.72, p.42-52, 1977. 09 - SILVA OG JR.; VILLAS BOAS M. C.; CAPELOZZA JR., L. Rapid maxillary expansion in the primary and mixed dentitions. A cephalometric evaluation. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.100, p.171-179, 1991. 10 - WARREN, D. W.; HERSHEY, H. G.; TURVEY, T. A. et al. The nasal airway following maxillary expansion. Angle Orthod, v.91, p.111-116, 1987. 11 - WERTZ, R. A. Changes in nasal airflow incident to rapid maxillary expansion. Angle Orthod, v.38, p.1- 11, 1968. 12 - ALPERN, M, C.; YUROSKO, J. J. Rapid palatal expansion in adults: with and without surgery. Angle Orthod, v.57, p.245-263, 1987. 13 - BELL, R. A. A review of maxillary expansion in relation to rate of expansion and patient’s age. Am J Orthod, v.82, p.32-37, 1982. 14 - HAAS, A .J. Interviews. J Clin Orthod, v.7, p.227-245, 1973. 15 - HAAS, A .J. Palatal expansion. Just the begining of dentofacial orthopedics. Am J Orthod, v.57, p.219-155, 1970. 16 - ISAACSON, R. J.; MURPHY, T. D. Some effects of rapid maxillary expansion in cleft lip and palate patiens. Angle Orthod, v.34, p.143-154, 1964. 17 - MOSS, J. P. Rapid expansion of the maxillary arch. Part I. J Pract Orthod, v.2, p.165-171, 1968. 18 - SILVA, O. G, J. R.; CAPELLOZA JR., L. Expansão rápida da maxila : precei- tos clínicos. Ortodontia, v.21, p.61- 81, 1988. 19 - WERTZ, R. A. Skeletal and dental changes accompanying rapid midpalatal suture opening. Am J Orthod, v.58, p.41-66, 1970. 20 - BJORK, A . Sutural growth ot the upper face studied by implant method. Acta Odontol Scand, v.24, p.109-127, 1966. 21 - EPKER, B. N.; WOLFORD, L. M. Dento- facial deformities : surgical- orthodontic correction. St Louis: Mosby, 1980; p.305-331. 22 - KENNEDY, J. W.; BELL, W. H.; KIMBROUGH, O .L. et al. Osteotomy as an adjunct to rapid maxillary expansion. Am J Orthod, v.70, p.123-137, 1976. 23 - KRAUT, R. A. Surgicall assisted rapid maxillary expansion by opening the midpalatal suture. Oral Maxillofacial Surg, v.42, p.651-655, 1984. 24 - LINES, P. A. Adult rapid maxillary expansion with corticotomy. Am J Orthod, v.67, p.44-56, 1975. 25 - GLASSMAN, A .S.; NAHIGIAN, S. J.; MEDWAY, J. M. et al. Conservative surgical orthodontic adult rapid palatal expansion : sixteen cases. Am J Orthod, v.86, p.207-213, 1984. 26 - LEHMAN JR., J. A .; HAAS, A .J.; HAAS, D.G. Surgical orthodontic correction of transverse maxillary deficiency: a simplified approach. Plast Reconstr Surg, v.73, p.62-66, 1984. 27 - INOUE, N.; OYAMA, K.; ISHIGURO, K. et al. Radiografic observation of rapid expansion of human maxilla. Bull Tokyo Med Dent Univ, v.17, p.249- 269, 1970. 28 - ISAACSON, R. J.; INGRAM, A . H. Forces produced by rapid maxillary expansion. II. Forces present during treatment. Angle Orthod, v.34, p.261-269, 1964. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.76-83 - nov./dez. - 1999 8 3 Abstract This study was designed to inves- tigate the effect of nonsurgical rapid maxillary expansion in adult pa- tients diagnosed as having real or relative transverse maxillary defi- ciency. Thirty-eightpatients were consecutively treated with a fixed rapid maxillary expansion appliance of the Haas design. Successfull ex- pansion, as judged by clinical evi- dence of the creation of a diastema at the central incisors, was possible in 81,5% of the patients. Morbidity ranged from mild discomfort to sig- nificant pain, edema, and palatal lesions, wich, in most instances, did not compromise the expansion. Only moderate maxillary expansion was possible in most patients, but enough was obtained to facilitate the achievement of satisfactory final interocclusal relations. Uniterms: Rapid maxil lary expansion; Adults treatment; Non-surgically assisted rapid maxillary expansion.
Compartilhar