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Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 CHOQUES • Síndrome multifatorial que leva a uma perfusão tecidual e oxigenação celular inadequadas. o Hipóxia tecidual, metabolismo anaeróbico, ativação da cascata de inflamação ▪ Disfunção de órgãos • Déficit de produção de energia (ATP) requerida pelo organismo, devido à diminuição da oferta do substrato (O2) causada pela inadequada perfusão tecidual. o Ativação dos neutrófilos e a liberação das citocinas pró-inflamatórias o Levam a lesão celular > disfunção orgânica > morte. • Sinais de disfunção orgânica → sem obrigação da hipotensão, muitas vezes as primeiras manifestações são oligúria, confusão mental, taquipneia... Classificação de HINSHAW E COX, 1972 HIPOVOLEMICO → hemorragia, desidratação, sequestro de líquidos CARDIOGENICO → falência ventricular esquerda, IAM, arritmias, lesões valvares, miocardites, disfunção miocárdica na sepse OBSTRUTIVO → embolia pulmonar, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo DISTRIBUTIVO o Vasoplégico – séptico, intoxicação por monóxido de carbono, qualquer choque prolongado o Anafilaxia o Neurogênico o Hipotireoidismo/hipocorticolismo o Síndrome da hiperviscosidade • Muitas vezes tem componentes mistos → raramente não vai haver repercussões Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 • • Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 Mecanismos Compensatórios SISTEMA ADRENÉRGICO: • Aumento da RVP → constrição arteriolar pela NA • Venoconstrição → aumento do RV e pré-carga • Aumento da contratilidade cardíaca e FC – Ad CORTISOL • Contribui p efeito inotrópico + (aumenta receptores tipo Beta) • Vasocontrição, diminui liberação de VD • Reduz permeabilidade do endotélio vascular SRAA • Manutenção do volume sanguíneo • Vasoconstrição, aumento da RVP (AII e ADH) • Efeito inotrópico +, demora horas Estágios do Choque COMPENSADO • Aumento da FC e contratilidade miocárdica, mediado por catecolaminas > VC do sistema venoso e arterial • Ativação do SRAA • Liberação de ADH • Sinais e Sintomas → mantém nível de PA o Faz acidose metabólica e má perfusão tecidual • Reversão nas primeiras horas de instalação é mais efetiva DESCOMPENSADO • Falência dos mecanismos compensatórios • Disfunções orgânicas mais acentuadas → CV, Renal, Metabólica, Pulmonar, Neurológica • Sinais e Sintomas → Hipotensão o Taquicardia, Pulsos filiformes o Pele fria / Sudorese o Hipercapnia ou hipocapnia o Oligúria, Taquipnéia o Cianose de extremidades o Alteração do nível de consciência CHOQUE IRREVERSÍVEL • Falta de resposta cardiovascular à infusão de fluidos e de drogas vasoativas. • Disfunção de múltiplos órgãos está instalada e evolui para a falência de múltiplos órgãos. Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 *ileus = íleo paralitico (sem RHA) CHOQUE HIPOVOLÊMICO • Causa mais comum, pode ser hemorrágico ou não • Diminuição de pré-carga (DC) – diminuição das pressões e volumes de enchimento diastólico (PVC e PoAP) • Sinais e Sintomas → pele fria e úmida, taquipneia, taquicardia, hipotensão, oligúria/anúria • Respostas → simpática, com constrição arterial + venoconstrição, vasopressina, • Coloide – componentes que afetam a osmolaridade sanguínea – albumina • Cristaloide – não afetam a osmolaridade, são mais próximos do fisiológico – SF e ringer lactato Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 CHOQUE OBSTRUTIVO • Muitas vezes pcte já chega com PCR • Obstrução mecânica ao débito cardíaco normal e diminuição da perfusão sistêmica. o Tamponamento Cardíaco o Tromboembolia venosa pulmonar o Embolia gasosa venosa o Pneumotórax hipertensivo • Sinais e Sintomas o Distensão de veia jugular o Pulso paradoxal o Alterações no Eco o Elevação da PVC o Hipertensão pulmonar o PCR o Sopro em “roda de moinho” o MV ausente CHOQUE CARDIOGÊNICO • Falência primária do coração como bomba o IAM, arritmias o Redução de contratilidade o Obstrução ao fluxo de saída o Queda do DC e PA o Aumento das p. enchimento ventricular o Insuf valvar aguda o Defeitos no septo interventricular • Sinais e sintomas o Vasoconstrição periférica o Oligúria, diminuição do DC o Elevação da POAP o Hipotensão sistêmica o Edema pulmonar (importante) e periférico o Hepatomegalia Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 CHOQUE DISTRIBUTIVO • Caracterizado em primeiro momento por DC aumentado e hipotensão sistêmica o Padrão hiperdinâmico • Choque Vasoplégico o Séptico o Diminuição da resistência vascular, pressões de enchimentos cardíacas normais/baixas, aumento DC o Depressão miocárdica o Citocinas inflamatórias, fatores bacterianos o Ativação do complemento e coagulação • Hipotireoidismos/hipocortisolismo • Hiperviscosidade • Anafilaxia • Choque neurogênico o Disfunção autônoma o Perda de tônus vascular simpático → hipotensão, bradicardia, pele seca e quente SEPSE E CHOQUE SÉPTICO • Suspeita clínica pela história e exame OU ter 2 de 3 critérios do Quick SOFA (FR ≥ 22rpm; alteração mental; PAS ≤ 100mmHg) → caso suspeita POSITIVA, aplica-se o SOFA score o Sepse será um aumento de pelo menos 2 pontos em relação ao SOFA basal do paciente • Sepse nem sempre tem choque, apesar de ter disfunção orgânica o Choque séptico → PAM < 65mmHg, com necessidade de drogas vasoativas E lactato elevado Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 • OBS: esse fluxograma não está atualizado, é apenas para ter uma noção TRATAMENTO DOS CHOQUES • Morbilidade e mortalidade após desenvolver choque correlaciona-se diretamente com duração e gravidade da má perfusão → METAS DO MANEJO E TRATAMENTO o Estabelecer diagnóstico da presença e causa de choque o Restaurar perfusão sistêmica e regional o Evitar falência dos órgãos alvos PRÉ-CARGA • Diminuído em quase todos os choques – considerar adm de solução salina (menos congestão pulmonar) • Inicial de 20ml/kg Cristalóide qnd hipotensão – na primeira hora!! o No choque séptico, a taxa mínima de ressuscitação volêmica deve ser 0.25–0.50 ml/kg/min (respeitando os 30 ml/kg), para menor tempo de reversão do choque e melhores desfechos • Adicionais orientada pela monitorização dos sinais de melhora da perfusão – monitorização hemodinâmica invasiva – responsividade volêmica Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 VASOCONSTRIÇÃO PERIFÉRICA • Choque Séptico e Neurogênico o Noradrenalina, primeira linha o Se não responde → add Vasopressina ( 0,01 a 0,04 unidades por minuto) CONTRATILIDADE • Otimizar FC do pcte - aumentos adicionais podem diminuir o enchimento diastólico e reduzir DC o Tto dor, ansiedade e taquiarritmias SV em pctes com reanimação adequada, pode melhorar o DC • Bradi no C. neurogênico → bloq parassimpático c/ atropina para melhorar hipoperfusão ao elevarFC e DC • Se B-bloq em excesso → administração tambem de cálcio e glucagon • MP inoperante → ajuste • Considerar agentes inotrópicos após tentativas adequadas de melhorar pré e pós carga o Dobutamina ou Milrinona REDUÇÃO DA PÓS-CARGA • Pré-carga otimizada e metas ainda não alcançadas → pós carga deve ser avaliada e corrigida SN o Exceto se hipotensão persistente • Nitroprussiato de Sódio - início rápido e curta duração, VD venoso e arterial, cautela em pacientes com DAC • Nitroglicerina - alternativa, VD venosa, tambem diminui resistência arterial e melhorar DC • Balão intra-aórtico pós IAM – redução mecânica, melhora perfusão das coronárias ADEQUAÇÃO DA REANIMAÇÃO • Sempre repetir exames a cada passo SvO2 (0,70-0,78) • Correlação com razão de extração → afeta SaO2, [Hb], DC, VO2 o Aumento SaO2, [Hb], DC aumenta SvO2 o Aumento VO2 diminui SvO2 • Indicador global do equilíbrio entre suprimento e demanda o < 0,65 - transtorno equilíbrio Do2 e VO2 o > 0,78 - má distribuição do fluxo sanguíneo periférico DO2 > VO2 ▪ > 0,78 associado a sepse, gravidez, cirrose, inflamação Lactato Arterial • Aumenta quando há metabolismo anaeróbico o Se contínuo, acumula H+ e lactato o Leva acidose, lesão e morte celular • Magnitude e duração se correlacionam com mortalidade, reversão sugere melhor prognóstico o Se mtb aeróbico restaurado lactato metabolizado – marcador de reanimação adequada Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 CHOQUE SÉPTICO • Obtenção de culturas antes de iniciar antimicrobianos se não causarem atraso (> 45 min) ao início (1C). • Pelo menos 2 hemoculturas (em frascos aeróbicos e anaeróbios) → uma feita por via percutânea e uma feita por cada dispositivo de acesso vascular (se >48 hs) o Ao mesmo tempo em locais diferentes. • Culturas de outros locais (preferencialmente quantitativas quando adequado) a depender das suspeitas o Urina, líquido cefalorraquidiano, ferimentos, secreções respiratórias ou outros fluidos corporais que possam ser a fonte da infecção o Se candidíase invasiva for o diagnóstico diferencial da infecção (2C) ▪ Ensaio 1,3 β-d-glucano (2B), ensaios de anticorpos Galacto manana e anti-manana • Realização imediata de exames de imagem para tentar confirmar a fonte potencial de infecção. o Estudos de cabeceira, como ultrassom, podem evitar o transporte do paciente. Antimicrobianos • Administração de antimicrobianos IV < 1h de reconhecimento de choque séptico (1B) e sepse grave (1C) deve ser a meta do tratamento. • Tratamento empírico inicial deve incluir 1 ou + medicamentos que tenham atividade contra todos os prováveis patógenos (bacterianos, fúngicos ou virais) o E que penetrem em concentrações adequadas nos tecidos presumidos como fonte da sepse (1B). • Patógenos mais comuns causadores de choque séptico em pacientes hospitalizados: o Bactérias Gram-positivas > bactérias Gram-negativos - mistos. ▪ NO BR OS GRAM NEGATIVOS SÃO MAIS COMUNS o Candidíase, síndromes de choque tóxico e patógenos incomuns considerados em pctes selecionados Tratamento empírico 3 a 5 dias (2B), com duração do tratamento 7-10 dias (2C) • Exceções → monoterapia de aminoglicosídeos, evitada, particularmente para sepse P. aeruginosa • Tto longos → endocardite, focos não-drenáveis de infecção, bacteremia com S. aureus, algumas infecções fúngicas e virais ou deficiências imunológicas, incluindo neutropenia Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 Hidrocortisona EV • 200mg/dia quando ressuscitação fluida e tto com vasopressores não estabilizares hemod. • Sugerida redução gradual do tto com esteróides, quando vasopressores não forem mais necessários (2D). o Se baixa dose de hidrocortisona - infusão contínua em vez de injeções repetitivas em bolus (2D). o Não sugerido o teste de estimulação de ACTH para identificar o que devem receber (2B). Administração de Sangue • Resolvida hipoperfusão e na ausência de circunstâncias como IM, hipoxemia grave, hemorragia aguda ou DAC, recomendado que a transfusão de glóbulos vermelhos ocorra quando: o Hb< 7,0 g/dL para visar Hb 7,0 a 9,0 g/dL **RESUMO BASEADO EM AULA DE HABILIDADES MÉDICAS
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