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APG 10 - Camadas da Pele

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APG 10: ESTRUTURA DA PELE E SUAS CAMADAS Carlos Eugênio
4
1. Estudar a morfofisiologia e Histologia da pele
morfofisiologia e histologia da pele
· A pele cobre a superfície externa do corpo e é o maior órgão do corpo em peso. 
- Nos adultos, a pele cobre uma área de cerca de 2 m² e pesa entre 4,5 a 5 kg, cerca de 7% do peso corporal total. Sua espessura varia de 0,5 mm nas pálpebras até 4,0 mm nos calcanhares. Na maior parte do corpo ela tem entre 1 e 2 mm de espessura. 
· A pele é formada por duas partes principais: 
- Parte superficial (+ fina): é composta por tecido epitelial de origem ectodérmica, a epiderme. É avascular.
- Parte profunda (+ espessa): formada por tecido conjuntivo de origem mesodérmica, a derme. É vascularizada.
· Abaixo da derme, mas sem fazer parte da pele, encontra-se a tela subcutânea (hipoderme). 
- Essa camada consiste nos tecidos conjuntivo frouxo e adiposo. Fibras que se estendem a partir da derme ancoram a pele na tela subcutânea, que, por sua vez, se liga à fáscia subjacente (tecido conjuntivo ao redor de músculos e ossos). 
- Na tela subcutânea é armazenada gordura e existem grandes vasos sanguíneos que nutrem a pele, além de terminações nervosas (corpúsculos lamelares ou de Pacini), que são sensíveis à pressão.
epiderme
· Essa camada é composta de epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, contém 4 tipos celulares principais:
- Queratinócitos: produzem a queratina (proteção da pele e tecidos subjacentes contra a abrasão, calor e microrganismos).
- Melanócitos: desenvolvem-se a partir do ectoderma do embrião e produzem a melanina, na qual suas projeções se estendem entre os queranócitos e transferem grânulos de melanina para eles.
· A melanina é um pigmento que contribui para a cor da pele e absorve os raios ultravioleta (UV) perigosa. 
· Uma vez dentro dos queratinócitos, os grânulos de melanina se agrupam, formando um véu protetor sobre o núcleo, no lado voltado para a superfície da pele. Desse modo, eles protegem o DNA nuclear do dano causado pelos raios UV.
- Macrófagos intraepidérmicos (células de Langerhans): surgem da medula óssea vermelha e migram para a epiderme, onde constituem uma pequena fração das células epidérmicas. Eles participam das respostas imunes contra microrganismos que invadem a pele, ajudando outras células do SI a reconhecer o microrganismo invasor e destruí-lo.
- Células epiteliais táteis (células de Merkel): se localizam na camada mais profunda da epiderme, onde entram em contato com o disco tátil (de Merkel). 
· As células epiteliais táteis e seus discos táteis associados detectam as sensações de toque.
camadas da epiderme
· Várias camadas distintas de queratinócitos em diversos estágios do desenvolvimento formam a epiderme. 
- Pele Fina: presente na maior parte das regiões do corpo, a epiderme tem quatro camadas (camada basal, camada espinhosa, camada granulosa e uma fina camada córnea). 
- Pele Grossa: onde a exposição ao atrito é maior, como nas pontas dos dedos, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, a epiderme tem cinco camadas (camada basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e uma camada córnea espessa).
· Camada Basal: mais profunda, composta por um único conjunto de queratinócitos cúbicos e colunares, que repousam sobre a membrana basal que separa a derme da epiderme.
- É rica em células-tronco (camada germinativa), sendo responsável, juntamente com a espinhosa, pela renovação constante da epiderme.
- Os núcleos dos queratinócitos na camada basal são grandes e seus citoplasmas contêm muitos ribossomos, complexo de Golgi, poucas mitocôndrias e alguns retículos endoplasmáticos rugosos. 
- O citoesqueleto dos queratinócitos da camada basal inclui filamentos intermediários esparsos (filamentos intermediários de queratina), que formam a proteína rígida queratina nas camadas epidérmicas mais superficiais. A queratina protege as camadas mais profundas contra lesões. 
- Os filamentos intermediários de queratina se ligam aos desmossomos, que ligam as células da camada basal umas às outras e às células da camada espinhoso adjacente, além dos hemidesmossomos, que ligam os queratinócitos à membrana basal posicionada entre a epiderme e a derme. 
- Melanócitos e células epiteliais táteis (Merkel) com seus discos táteis associados estão espalhados entre os queratinócitos da camada basal.
· Camada espinhosa: é composta principalmente por numerosos queranócitos (8 a 10 camadas), que são produzidos pelas células tronco da camada basal e possuem as mesmas organelas dessa camada.
- Formada de células cuboides e achatadas, com núcleo central, citoplasma com filamentos de queratina nos queranócitos (tonofilamentos).
- Os tonofilamentos se mantém unidos pelos desmossomos, atuando na manutenção da coesão entre as células da epiderme.
- Estão presentes macrófagos intraepidérmicos e projeções de melanócitos.
· Camada granulosa: consiste entre três a cinco camadas de queratinócitos achatados sofrendo apoptose. Os núcleos e outras organelas dessas células começam a se degenerar conforme elas se afastam da fonte de nutrição (os vasos sanguíneos dérmicos). 
- Os filamentos intermediários de queratina não estejam mais sendo produzidos por essas células. 
- Presença de grânulos escuros da proteína querato-hialina, que une os filamentos intermediários de queratina. 
- Também estão presentes nos queratinócitos os grânulos lamelares revestidos por membrana, que se fundem com a membrana plasmática e liberam uma secreção rica em lipídios, que é depositada nos espaços entre as células das camadas granulosa, lúcida e córnea. Ela age como impermeabilizante que repele a água, retardando a perda e a entrada de água e de material estranho.
- A camada granulosa marca a transição entre as camadas mais profundas e metabolicamente ativas e as células mortas das camadas mais superficiais.
· Camada Lúcida: está presente apenas na pele espessa de áreas como as pontas dos dedos, as palmas das mãos e as plantas dos pés. Ele consiste entre quatro a seis camadas de queratinócitos achatados, claros e mortos, que contêm muita queratina e membranas plasmáticas espessas. Isso possivelmente fornece um nível adicional de rigidez.
· Camada córnea: consiste em cerca de 25 a 30 camadas de queratinócitos achatados e mortos. As células são envelopes de queratina revestidos por membrana plasmática, extremamente finos e achatados, que não contêm mais um núcleo ou qualquer organela interna. 
- São o produto final da diferenciação dos queratinócitos.
- Nessa camada, as células são continuamente perdidas e repostas por outras das camadas mais profundas. Suas múltiplas camadas de células mortas protegem as camadas mais profundas contra lesões e invasões microbianas.
queratinização e crescimento da epiderme
· Células recém-formadas na camada basal são empurradas lentamente para a superfície, onde, ao passar pelas camadas, acumulam cada vez mais queratina Queratinização.
· Elas, então, sofrem apoptose. 
- Eventualmente, as células queratinizadas se soltam e são substituídas pelas células subjacentes que, por sua vez, se queratinizam. 
· O processo completo através do qual as células se formam na camada basal, ascendem à superfície, se tornam queratinizadas e se soltam dura cerca de 4 a 6 semanas.
· Nutrientes e oxigênio se difundem para a epiderme avascular a partir dos vasos sanguíneos da derme. 
- As células epidérmicas da camada basal se encontram mais próximas aos vasos sanguíneos e recebem a maior parte dos nutrientes e do oxigênio, sendo metabolicamente ativas e sofrem divisão celular continuamente, produzindo novos queratinócitos. Conforme os novos queratinócitos são empurrados para a superfície pela divisão celular contínua, as camadas epidérmicas acima recebem menos nutrientes e se tornam menos ativas. 
- A taxa de divisão celular na camada basal aumenta quando as camadas externas da epiderme são removidas, como ocorre nas abrasões e nas queimaduras. 
- Os mecanismosque regulam esse crescimento notável não são bem compreendidos, porém proteínas semelhantes a hormônios como o fator de crescimento epidérmico (EGF) têm sabidamente participação no processo.
derme
· Segunda porção mais profunda da pele, composta por tecido conjuntivo denso não modelado, que contém fibras elásticas e colágenas.
- Essa rede de fibras possui grande resistência elástica, além da capacidade de esticar e de retornar ao estado original.
- É mais espessa que a epiderme.
· Possui poucas células presentes em sua composição, que incluem fibroblastos, alguns macrófagos e adipócitos (próximos à fronteira com a tela subcutânea).
- Além das células, vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos pilosos (invaginações epiteliais da epiderme) encontram-se na derme.
· É essencial para a sobrevivência da epiderme, devido ao suporte nutricional proporcionado para a camada epidérmica.
· A derme é dividida em:
- Região Papilar (superficial e fina): contribui em cerca de um quinto da espessura total, contém fibras elásticas e colágenas finas 
· Formada por tecido conjuntivo frouxo, que forma as papilas epidérmicas.
· Papilas dérmicas: pequenas estruturas que se projetam para a superfície abaixo da epiderme, aumentando sua área de superfície e prendendo as duas camadas.
· Todas as papilas dérmicas contêm alças capilares (vasos sanguíneos). Algumas também contêm receptores táteis (corpúsculos táteis ou de Meissner). Outras papilas dérmicas também contêm terminações nervosas livres, dendritos que não possuem especialização estrutural aparente.
- Região Reticular (profunda e espessa): se liga à tela subcutânea, contém feixes de fibras colágenas espessas, fibroblastos espalhados e várias células móveis (como os macrófagos). Alguns adipócitos podem ser encontrados na porção mais profunda da camada, junto com fibras elásticas grossas. 
· Constituído de tecido conjuntivo denso.
· As fibras colágenas na região reticular são organizadas em rede e exibem organização mais regular do que na região papilar. A orientação mais regular das fibras colágenas ajuda a pele a resistir ao estiramento. 
· Vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríferas ocupam os espaços entre as fibras.
· A combinação entre fibras colágenas e elásticas na região reticular fornece à pele força, extensibilidade (capacidade de sofrer estiramento) e elasticidade (capacidade de retornar ao formato original após o estiramento).
· Cristas Epidérmicas: surgem durante o 3º mês de gestação na região papilar e são projeções voltadas para o interior da epiderme sobre a derme, entre as papilas dérmicas.
- Criam uma ligação forte entre a epiderme e a derme em regiões de grande estresse mecânico.
- Aumentam a área superficial da epiderme, o que aumenta o número de corpúsculos táteis e do tato.
- Os ductos das glândulas sudoríparas se abrem no topo das cristas epidérmicas, como poros, liberando o suor.
hipoderme
· É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une a derme aos órgãos subjacentes.
· Responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia.
· Em algumas regiões, pode possuir tecido adiposo (panículo adiposo) que modela o corpo, sendo uma reserva de energia e proteção contra o frio.
COLORAÇÃO DA PELE
· Melanina, hemoglobina e caroteno são os três pigmentos que contribuem para uma grande variedade de tons de pele. 
- A quantidade de melanina faz com que a cor da pele varie de amarelo claro até vermelho-amarronzado e preto. 
- A diferença entre os dois tipos de melanina, feomelanina (amarela a vermelha) e eumelanina (marrom a preta) é mais aparente nos pelos. 
- Os melanócitos são as células produtoras de melanina e possuem aproximadamente a mesma quantidade em todas as pessoas. Dessa forma, a diferença nos tons de pele se devem principalmente à quantidade de pigmento que os melanócitos produzem e transferem para os queratinócitos.
· Os melanócitos sintetizam melanina a partir do aminoácido tirosina na presença da enzima tirosinase. A síntese ocorre na organela melanossomo. 
- A exposição aos raios ultravioleta (UV) aumenta a atividade enzimática dentro dos melanossomos, aumentando a produção de melanina. Tanto a quantidade quanto a cor da melanina aumentam com a exposição à luz UV, dando à pele uma aparência bronzeada e ajudando a proteger o corpo contra radiações UV adicionais. 
- A melanina absorve os raios UV, evita danos ao DNA nas células epidérmicas e neutraliza radicais livres que se formam na pele após os danos causados pelos raios UV. Desse modo, dentro de limites, a melanina desempenha uma função protetora. 
- A exposição discreta da pele a aos raios UV é, na realidade, necessária para que a pele comece o processo de síntese de vitamina D. Entretanto, a exposição repetida e exagerada da pele aos raios UV pode causar câncer de pele.
funções da pele
· Termorregulação: é a regulação homeostática da temperatura corporal. A pele contribui para esse controle de dois modos:
- Liberação de suor em sua superfície: secretado pelas glândulas sudoríferas écrinas, na qual a evaporação desse suor na pele diminui a temperatura corporal.
- Ajuste do fluxo de sangue na derme: os vasos sanguíneos na derme dilatam; consequentemente, mais sangue flui pela derme, aumentando o calor perdido pelo corpo.
· Armazenamento de Sangue: a derme abriga uma rede extensa de vasos sanguíneos que carregam 8 a 10% do fluxo sanguíneo total em um adulto em repouso.
· Proteção: queratina protege contra microrganismos, abrasão, calor e substâncias químicas e os queratinócitos altamente unidos resistem à invasão por microrganismos. Os lipídios liberados pelos grânulos lamelares inibem a evaporação de água, protegendo contra a desidratação. O sebo gerado pelas glândulas sebáceas evita que pele e pelos se ressequem, além de conter substâncias químicas bactericidas. O pH ácido do suor retarda o crescimento de alguns microrganismos. O pigmento melanina ajuda a proteger contra os efeitos da radiação UV. Dois tipos de células realizam funções protetoras de natureza imunológica (macrófagos intraepidérmicos e macrófagos na derme). 
· Sensibilidade cutânea: aquela que se origina na pele, incluindo a sensibilidade tátil (toque, pressão, vibração e cócegas) bem como sensibilidade térmica (calor e frio).
- Existe uma grande variedade de terminações nervosas e receptores distribuídos pela pele, incluindo os discos táteis da epiderme, os corpúsculos táteis na derme e os plexos das raízes pilosas ao redor de cada folículo piloso.
· Excreção e absorção: excreção de água (remove o calor do corpo e excreta pequenas quantidades de sais, CO2, amônia e ureia), absorção de substâncias lipossolúveis (vitaminas D, E, K e A, fármacos, CO2 e O2).
· Síntese de Vitamina D: requer a ativação na pele de uma molécula precursora pelos raios ultravioleta (UV) na luz do sol. 
- As enzimas no fígado e nos rins modificam então a molécula ativada, produzindo finalmente o calcitriol (forma mais ativa de vitamina D). 
- O calcitriol é um hormônio que auxilia a absorção de cálcio dos alimentos do trato gastrintestinal para o sangue. 
- Acredita-se que a vitamina D aumente a atividade fagocítica, produção de substâncias antimicrobianas nos fagócitos, regule as funções imunes e ajude a reduzir a inflamação.
estruturas acessórias da pele
· As estruturas acessórias da pele se desenvolvem a partir da epiderme embrionária, no qual possuem uma variedade de funções importantes (pelos, glândulas cutâneas e unhas).
pelos
· São encontrados na maior parte das superfícies cutâneas. Influências genéticas e hormonais determinam fortemente a espessura e o padrão da distribuição dos pelos. 
· Embora a proteção que eles forneçam seja limitada, os pelos na cabeça protegem a pele das lesões e dos raios solares, diminuem a perda de calor pela cabeça. Sobrancelhas e cílios protegem os olhos contra partículas estranhas, assim como os pelos nas narinas e no meato acústico externo protegem essas estruturas. 
· Receptores táteis (os plexos das raízes pilosas) associados aos folículos pilosossão ativados sempre que um pelo é movido, mesmo que levemente. Assim, os pelos também agem na percepção dos toques leves.
· Os pelos são compostos por colunas de células epidérmicas queratinizadas mortas unidas por proteínas extracelulares.
- Haste: parte superficial, que se projeta acima da pele.
- Raiz: porção do pelo que penetra da derme
· Medula (interna): é composta por duas ou três camadas de células com formatos irregulares ricas em grânulos de pigmento no pelo escuro, pequenas quantidades de grânulos de pigmento no pelo cinza. 
· Córtex (médio): é a principal parte do pelo e é formado por células alongadas.
· Cutícula do pelo (externa): consiste em uma única camada de células achatadas e finas que são queratinizadas mais intensamente.
· Ao redor da raiz do pelo, encontra-se o Folículo Piloso, composto pela bainha epitelial da raiz, dividida em duas:
- Bainha externa da raiz: continuação da epiderme projetada para dentro.
- Bainha interna da raiz: produzida pela matriz e forma um revestimento tubular celular de epitélio entre a bainha e o pelo.
· A Derme densa ao redor do folículo piloso é a bainha dérmica da raiz (bainha conjuntiva).
· Bulbo: é formado pela base de cada folículo piloso e sua bainha radicular dérmica circunjacente.
- Essa estrutura abriga as papilas dérmicas, que possui tecido conjuntivo areolar (frouxo) e vasos sanguíneos que nutrem o folículo piloso em crescimento.
- Contém a matriz pilosa (células germinativas), que surgem da camada basal, sendo responsáveis pelo crescimento de pelos existentes e pela produção de novos, que ocorre dentro do mesmo folículo.
· Associados ao pelo, também existem glândulas sebáceas e feixes de células musculares lisas (eretor do pelo). Além disso, ao redor de cada folículo, a junção de dendritos de neurônios forma o plexo da raiz do pelo.
· Cada folículo piloso passa por um ciclo de crescimento, que consiste em três estágios:
- De crescimento: as células da matriz pilosa se dividem, onde células já existentes são empurradas para cima, se tornam queratinizadas e morrem.
- De regressão: as células da matriz pilosa param de se dividir, o folículo piloso atrofia (encolhe e o pelo para de crescer).
- De repouso: inicia após o estágio de regressão, onde o pelo não possui divisão e crescimento.
glândulas cutâneas
· São células epiteliais que secretam uma substância, sendo do tipo exócrinas e ceruminosas
· Glândulas sebáceas: glândulas acinares (redondas) simples ramificadas, que estão conectadas a folículos pilosos.
- Sua porção secretória encontra-se na derma e, em geral, abre-se em um folículo piloso.
- Secretam o sebo (mistura de triglicerídeos, colesterol, proteínas e sais orgânicos) que reveste a superfície dos pelos e ajuda a evitar que eles ressequem e se tornem quebradiços. Além de evitar o excesso de evaporação de água na pele, mantém a pele macia e flexível e inibe o crescimento de algumas bactérias.
· Glândulas sudoríferas: suas células liberam suor nos folículos pilosos ou na superfície da pele através dos poros, sendo divididas em dois tipos principais:
- Écrinas: tubulares simples enoveladas, na qual sua porção secretória se encontra principalmente na derme profunda, o ducto excretório de projeta através da derme e da epiderme, terminando como um poro na superfície da epiderme. São distribuídas pela maior parte do corpo.
· O suor produzido é composto por água, pequenas quantidades de íons (Na+ e Cl-), ureia, ácido úrico, amônia, aminoácidos, glicose e ácido lático.
· Ajudam na regulação da temperatura corporal por meio da evaporação (Termorregulação).
· Suor que evapora da pele antes que seja percebido como umidade = transpiração insensível.
· Suor abundante que é observado como umidade na pele = transpiração sensível.
· Essas glândulas também liberam suor em resposta a estresses emocionais (sudorese emocional).
- Apócrinas: glândulas tubulares simples enoveladas, porém com ductos e lúmen maior que nas écrinas. São encontradas principalmente na axila, região inguinal aréolas e na barba.
· Sua liberação ocorre por exocitose
· Sua porção secretória é localizada na camada dérmica inferior e seu ducto excitatório se abre nos folículos pilosos.
· Iniciam a funcionar somente após a puberdade.
· São ativas durante a sudorese emocional.
· Não desempenham função na Termorregulação.
· Glândulas ceruminosas: são glândulas sudoríferas modificadas na orelha externa, que produzem uma secreção lubrificante serosa. 
· As porções secretórias se encontram na tela subcutânea, abaixo das glândulas sebáceas. Seus ductos excretórios se abrem diretamente na superfície do meato acústico externo ou em ductos de glândulas sebáceas. 
· A combinação entre as secreções das glândulas ceruminosas e sebáceas é um material amarelado chamado de cerume. 
· O cerume em conjunto com os pelos do meato acústico externo fornece uma barreira viscosa que impede a entrada de corpos estranhos e de insetos. O cerume também impermeabiliza o meato acústico e evita que bactérias e fungos entrem nas células.
unhas
· São placas de células epidérmicas queratinizadas mortas, duras e firmemente compactadas que formam uma cobertura sólida e clara sobre as superfícies dorsais das porções distais dos dedos. 
· Composição exerna da unha:
- Extremidade livre: porção do corpo que pode ultrapassar a extremidade distal do dedo.
· É branca porque não há capilares subjacentes.
- Corpo da unha: porção visível da unha, compondo a maior área dela. Possui células queratinizadas achatadas, preenchidas por um tipo mais rígido de queratina.
· Possui coloração rosa devido ao fluxo de capilares na derme subjacente.
- Lúnula: área esbranquiçada com formato crescente da extremidade proximal do corpo da unha.
- Raiz da unha: porção da unha encerrada em uma dobra de pele. 
· Composição interna da unha:
- Hiponíquio: encontra-se abaixo da extremidade livre, sendo uma região espessa de camada córnea, que une a unha ao dedo. 
- Leito da unha: pele abaixo do corpo da unha que se estende da lúnula até o hiponíquio. A epiderme do leito da unha não possui camada granulosa. 
- Eponíquio (cutícula): é uma banda estreita de epiderme que se estende a partir da margem lateral da parede da unha e adere a ela.
· Ele ocupa a borda proximal da unha e consiste em camada córnea. 
- Matriz da unha: é a porção de epitélio proximal à raiz da unha. As células superficiais da matriz da unha se dividem mitoticamente, produzindo novas células da unha. 
· A taxa de crescimento das unhas é determinada pela taxa de mitose das células da matriz, que é influenciada por fatores como idade, saúde e estado nutricional do indivíduo. O crescimento da unha também varia de acordo com a estação, o período do dia e a temperatura ambiental.
· As unhas possuem uma variedade de funções: 
- Protegem as porções distais dos dedos. 
- Fornecem suporte e pressão contrária à superfície palmar dos dedos das mãos, aumentando a percepção de toque e de manipulação. 
- Permitem apanhar e manipular pequenos objetos.
referências
· TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia. 14º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Cap. 5
· JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa. Histologia básica: Texto e Atlas. 12º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 18
· RUSSO, Andrew F. Anatomia e Fisiologia de Seeley. 10º ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Cap. 5

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