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ARTIGO PROTESE SOBRE IMPLANTE PARAFUSADA X CIMENTADA

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535
Prótese sobre implante parafusada versus cimentada: uma 
revisão de literatura
Cement-retained and screw-retained implant 
restorations: a literature rewiew
DESCRITORES
Keywords
Implantology; Prosthesis screwed; 
Prosthesis cemented.
Endereço para correspondência
Emerson S. Cutrim
Av. Colares Moreira, 444 - Ed.Monumental, Sala-636
Renascença II – São Luís/MA 
Cep.: 65075-441
Tel: (98) 3227 - 2958
E-mail: emersoncutrim@ig.com.br
ABSTRACT
In oral rehabilitation with dental implants, either screw or cement- retained prosthesis may be used. There 
are several important factors for necessary to acchieve success in implant dentistry that can decisively in-
fluence the choice of prosthetic retention such as occlusion, aesthetics of the crown and soft tissue, the passi-
ve adaptation, cost and feasibility of the prosthesis. Therefore the aim of this literature review was to present 
and discuss aspects related to both types of prosthetic retention in implant dentistry, highlighting key clinical 
indications, advantages, disadvantages and limitations of each option to retain implant prostheses.
RESUMO  
Na reabilitação com implantes, as próteses apresentam basicamente duas modalidades de retenção, 
por parafuso ou por cimento. Existem vários fatores importantes para o alcance do sucesso em im-
plantodontia que podem influenciar decisivamente, na escolha do tipo de retenção, como a oclusão, 
a estética da coroa e dos tecidos moles, a adaptação passiva, o custo e a facilidade de confecção da 
prótese. O objetivo deste trabalho foi, com base na revisão de literatura, apresentar e discutir as-
pectos relacionados às próteses cimentadas e às próteses parafusadas, destacando aspectos clínicos 
essenciais dentro das indicações, vantagens, desvantagens e limitações de cada uma das opções 
para reter próteses sobre implantes.
INTRODUÇÃO
Na implantodontia, as próteses fixas parciais usadas 
podem ser fixadas aos implantes por meio de parafusos ou 
podem ser cimentadas aos pilares, os quais estão retidos aos 
implantes com parafusos1. É um fato que a comparação das 
duas modalidades de próteses sobre implantes - cimentadas 
e parafusadas - tem limitada documentação científica2. Porém, 
é importante para os profissionais entenderem a influência 
do mecanismo de fixação na implantodontia em seus muitos 
aspectos clínicos3. A escolha entre uma prótese cimentada 
ou parafusada tem grande impacto na força transmitida aos 
componentes e à interface implante/osso, já que os mecanis-
mos de inserção das próteses cimentadas e parafusadas são 
bastante diferentes4. Além disso, o tipo de retenção a ser esco-
lhido afeta diretamente a estética, a oclusão, a adaptação pas-
siva, o custo e a longevidade da prótese e também influencia a 
facilidade de confecção5;7;8.
A retenção por parafuso de próteses implanto-suporta-
das foi desenvolvida fundamentalmente em resposta à neces-
sidade de reversibilidade da prótese, permitida por essa forma 
de conexão, sendo uma propriedade imprescindível diante 
das altas taxas de complicações no início do desenvolvimen-
to da implantodontia, em que frequentemente a remoção da 
prótese era requerida para reparo ou substituição8. Atualmen-
te muitos sistemas de implantes apresentam pilares retidos 
por parafusos, e, sobre esses pilares, as próteses podem ser ci-
mentadas, empregando-se técnicas de confecção que imitam 
os procedimentos das próteses fixas convencionais em dentes 
naturais9. Sendo assim, embora as próteses parafusadas per-
maneçam como o mecanismo de escolha para a maioria dos 
clínicos10, as próteses cimentadas têm-se tornado, em muitos 
casos, a opção protética selecionada para tratamento de pa-
cientes com implantes3. 
Ambos os tipos de próteses – parafusada e cimentada 
– apresentam certas vantagens e desvantagens. Sendo assim, 
os clínicos devem buscar conhecimentos das limitações e 
desvantagens de cada tipo de prótese para, então, selecionar 
aquela que é mais apropriada para uma dada situação clínica3. 
A proposta deste artigo consistiu, então, em discutir as vanta-
gens e as desvantagens entre os dois tipos de próteses sobre 
implantes.
Implantodontia; Prótese parafusada; 
Prótese cimentada.
Emerson S. Cutrim1, Ivone Lima Santana2, Bruno Braga Bennati3
1. Mestrando em Odontologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Especialista em Implantes – ABO (MA). Especialista em Prótese – ECO(CE).
2. Professora Adjunta de Prótese - Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
3. Doutor em Clínica Odontológica - FOP/ UNICAMP. Professor Adjunto de Periodontia - Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Artigo de Revisão / Review Articie
Odontol. Clín.-Cient., Recife, Suplemento 535-540, out./dez., 2011
www.cro-pe.org.br
536
REVISÃO DA LITERATURA
Em geral, as técnicas utilizadas em próteses sobre im-
plantes para alcançar a integridade estrutural do complexo 
coroa/pilar e implante/pilar incluem o uso de parafuso ou 
cimento11;12. As próteses retidas por parafusos têm uma bem 
sucedida e documentada história vitoriosa de aplicação em 
pacientes completamente edêntulos13. No entanto, com a 
evolução das técnicas e as elevadas taxas de sobrevivências 
dos implantes demonstradas14, a questão da reversibilidade 
das próteses retidas por parafusos teve a sua importância 
reduzida4; e assim o uso das próteses cimentadas aumentou 
consideravelmente10. Esta evolução teve início após a modifi-
cação do pilar UCLA15, transformado em pilar customizado e 
fundido e que depois de conectado ao implante recebe um 
coping cimentado, semelhante às próteses em dentes pilares 
naturais16. Com essa técnica, foi possível superar problemas 
de angulação e estética de implantes que anteriormente não 
tinham previsibilidade de resolução3. Além do mais, a reten-
ção de prótese com cimento é um procedimento que tem 
sido usado em prótese fixa convencional por muitos anos e 
também tem uma significante e bem documentada história 
de sucesso4. Não obstante, a simples reversibilidade citada é 
particularmente importante, se complicações surgirem, tal 
como o afrouxamento de parafuso. Inversamente, isto é mais 
difícil de realizar em prótese cimentada, sem a possibilidade 
de comprometer a integridade da coroa, o parafuso do pilar e 
do próprio implante10.
Sob o ponto de vista funcional, a estabilidade e a mor-
fologia da mesa oclusal deveriam formar a base para decidir 
qual mecanismo de retenção é melhor17. A oclusão e a es-
tética são outros fatores relacionados à seleção do tipo de 
prótese3;12, além da observação do tamanho do espaço in-
teroclusal e da profundidade subgengival do implante, que 
podem determinar diretamente na decisão sobre o tipo de 
prótese a ser instalada12.
Outro fator importante e que pode até comprometer a 
osseointegração é a adaptação passiva da prótese, que pode 
apresentar resultados diferentes para cada forma de retenção 
estabelecida17, pois a fabricação das próteses implantosupor-
tadas requer muitos procedimentos clínicos e laboratoriais 
que devem ser muito precisos. Cada etapa do processo pode 
incorporar pequenos erros, os quais poderão contribuir para 
distorções das próteses3.
A questão de saber se deve ser usada uma prótese ci-
mentada ou parafusada tem sido discutida18, mas carece 
da falta de evidências experimentais5. A literatura existente 
comparando os dois tipos de retenção das próteses implan-
tosuportadas é bastante limitada3, mesmo sendo essa escolha 
fundamental para os resultados funcionais e estéticos da rea-
bilitação com implantes12.
Próteses parafusadas
A prótese implantosuportada com a retenção por para-
fusos foi validada pelos estudos do sistema Branemark19. Os 
parafusos podem ser usados para fixar o pilar ao implante e a 
prótese ao pilar. Os parafusos para diferentes propostas têm 
propriedades mecânicas diferentes por causa do seu tama-
nho, design e composição metálica4. O parafuso sob tensão 
controla dois componentes juntos, a prótese ao pilar e o pilar 
ao implante20. A retenção é obtida através do aperto dopara-
fuso3, pela resistência de fricção desenvolvida entre as roscas 
internas do implante e aquelas do parafuso. Os parafusos co-
mumente usados são de titânio ou de ouro e para evitar pro-
blemas, o torque do parafuso deve obedecer às especificações 
do fabricante21. Tem como objetivo gerar adequada força de 
fixação para manter a unidade dos componentes21.
A prótese parafusada deve ser indicada tipicamente 
para situações com limite de espaço interoclusal ou em im-
plante de diâmetro pequeno1. Em áreas onde o espaço inte-
roclusal é limitado, a prótese parafusada é mais efetiva que a 
prótese cimentada, que requer maior altura e área de superfí-
cie das paredes dos pilares para obter retenção adequada4. E 
nesse caso, a retenção proporcionada pela força de aperto do 
parafuso que mantém a prótese parafusada é imprescindível12.
Outra correta indicação para a prótese parafusada acon-
teceu quando o final da margem da prótese for maior que 3 
mm subgengivalmente, pois remover excesso de cimento, 
nesses casos, pode ser difícil. Essa situação é particularmente 
comum na região anterior em que implantes são colocados 
imediatamente após extração. Se implantes são posicionados 
3 a 4 mm apicalmente à junção cemento-esmalte ou à mar-
gem da gengiva vestibular do dente adjacente, para um corre-
to perfil de emergência, a margem proximal da prótese pode 
ficar muito profunda subgengivalmente, porque implante e 
pilar têm um único nível circular da margem, ao passo que o 
tecido mole interproximal é mais alto12.
A questão da reversibilidade é também uma justificativa 
bastante considerada para usar a retenção da prótese por pa-
rafuso4. A reversibilidade é uma vantagem para resguardar a 
substituição ou salvamento de uma prótese pela necessidade 
de: substituição periódica dos componentes protéticos, afrou-
xamento ou fratura do parafuso, fratura do pilar, modificação 
da prótese após perda de algum implante e nos casos de rein-
tervenção cirúrgica e para melhor avaliação da higiene oral e 
tratamento em peri-implantite3. A simplicidade de recupera-
ção é particularmente importante, se surgirem complicações10.
Alguns estudos relatam que os tecidos moles peri-im-
plantares respondem mais favoravelmente às próteses para-
fusadas, quando comparadas com as próteses cimentadas23. 
A retenção das próteses por parafusos permitem eliminar ou 
reduzir irritação dos tecidos moles, especialmente em sítios 
subgengivais. Além do mais, há ausência de superfícies ru-
gosas dos pilares por conferir alto polimento das superfícies, 
facilitando a cicatrização tecidual24.
A prótese parafusada, em geral, requer ainda um pre-
ciso posicionamento do implante para permitir uma ótima 
localização do orifício de acesso ao parafuso. Desvio de po-
sicionamento e angulação pode conduzir a uma restauração 
com a estética afetada25. A visibilidade do parafuso na oclu-
sal, a restauração de preenchimento do orifício assim como o 
comprometimento da anatomia oclusal e a descoloração da 
restauração da área do orifício podem tornar a prótese me-
nos atrativa do ponto de vista estético23. Certamente ocorrerá 
comprometimento da estética, se a abertura de acesso ao pa-
rafuso envolver a borda incisal e ainda em situações clínicas 
em que o alinhamento axial do implante poderá necessitar de 
uma sobre-extensão vestibular1. Além disso, existe um poten-
cial de contaminação por infiltração de bactérias no contorno 
da resina usada para fechar a abertura de acesso26. Esses orifí-
cios de acesso ao parafuso das próteses parafusadas podem 
também enfraquecer a estrutura da porcelana da coroa17, em 
torno do orifício e nas pontas de cúspides27, aumentando o ris-
co de trinca e fratura da porcelana26.
O estabelecimento dos contatos oclusais que podem 
levar ao comprometimento da integridade das superfícies 
oclusais4 também pode ser prejudicado pelo orifício de acesso, 
pois estes ocupam uma significante área da mesa oclusal da 
prótese3. Podem faltar condições para reproduzir a anatomia 
adequada das cúspides, e, no caso dos incisivos centrais, isso é 
um detalhe importante para haver a transição suave necessá-
ria nos movimentos protrusivos e laterais4.
Odontol. Clín.-Cient., Recife, Suplemento 535-540, out./dez., 2011
www.cro-pe.org.br
Prótese sobre implante parafusada versus cimentada: uma revisão de literatura
Cutrim ES, Santana IL, Bennati BB
537
Estudos longitudinais relatam ainda que quando pilar e 
prótese são retidos por parafusos, podem ocorrer complica-
ções, como o afrouxamento e fratura do parafuso11, possivel-
mente explicado pelo material de fabricação dos parafusos o 
titânio, que resulta em um alto coeficiente de fricção entre o 
parafuso e o pilar28. As fraturas dos parafusos podem ocorrer 
também devido às seguintes razões: bruxismo, superestrutura 
desfavorável, sobrecarga e parafunção29.
Com relação à saúde do sulco, a prótese parafusada não 
parece vedar a margem ou interface coroa-pilar e pode ser um 
abrigo para bactérias no sulco. Isso pode agir como uma bom-
ba de endotoxinas, estimulando a proliferação de microorga-
nismos na região do sulco30.
Prótese cimentada
As próteses cimentadas têm conquistado popularidade 
nos últimos anos, e isso se deve, entre outras coisas, ao fato 
de que essas próteses permitem o uso de muitos dos proce-
dimentos clínicos e técnicos já estabelecidos para prótese fixa 
convencional10. Existem numerosos tipos de pilares para pró-
teses cemento-retidas31, que funcionam quando estes pilares 
são parafusados na cabeça do implante, e posteriormente as 
superestruturas das próteses são cimentadas sobre eles32. 
Os fatores que influenciam a retenção de próteses ci-
mentadas estão bem documentados na literatura e são basi-
camente os mesmos para dentes naturais33. Esses fatores são: 
convergência e altura das paredes axiais, área e textura de su-
perfície, além do tipo de cimento empregado3;4. A conicidade 
recomendada para preparos de dentes naturais está entre 15 
a 25 graus. A maioria dos pilares para implantes apresentam 
6 graus de convergência que chegam mais próximo ainda do 
idealmente preconizado34. Portanto, a retenção das próteses 
cimentadas em implantes é aproximadamente 3 vezes maior 
que a retenção em dentes naturais3. A forma de preenchimen-
to do canal de acesso ao parafuso sob o coping cimentado, 
também é citada como um fator de retenção8. Alem disso, exis-
tem fatores que podem afetar a coroa, como a textura interna 
do coping, e a “splintagem” de múltiplas unidades10.
Outro fator relevante é o tipo de cimento utilizado. A 
escolha do tipo e da quantidade utilizada é essencial para se 
alcançar a maior retenção possível35. Os cimentos usados em 
prótese fixa podem ser provisórios ou definitivos. Os cimentos 
definitivos são usados para aumentar a retenção e fornecer 
um bom vedamento marginal. Os cimentos provisórios são 
usados primariamente em próteses provisórias para facilitar 
sua remoção, desde que não haja risco do coping desprender-
-se do pilar. O cimento provisório pode servir para prótese 
sobre implante, e por eles serem fracos, permitem a reversibi-
lidade da prótese3. Cimentos definitivos, nesse contexto têm 
sua recomendação questionada para retenção de prótese so-
bre implantes, porque eles são muito fortes e não permitem 
reversibilidade36.
Idealmente o pilar deve apresentar uma conicidade 
adequada e paredes axiais longas para permitir boa retenção 
com o cimento provisório4. Estudos recentes estabeleceram 
que a retenção dos copings cimentados com cimento provi-
sório é influenciada não só pela altura das paredes, já citadas, 
mas também pelo tamanho da plataforma e modalidade de 
obturação do canal de acesso ao parafuso8. Outra alternativa 
é a aplicação de uma técnica de cimentação progressiva para 
alcançar a propriedade da reversibilidade desejável, usando 
inicialmente um cimento provisório mais fraco e progressiva-
mente utilizando um cimento mais forte, até atingir o nível de 
retenção aspirada4;12.
Em outra técnica na qual é incluídona prótese defini-
tiva cimentada um orifício de acesso ao parafuso, que poste-
riormente à colocação da prótese, este orifício é fechado com 
resina fotopolimerizável37. Essa técnica foi desenvolvida para 
permitir o escoamento de cimento e permitir também a re-
versibilidade do tratamento, quando for necessário. Por fim, 
modificando uma técnica de Doerr, descreve-se a fabricação 
de uma matriz que duplica a coroa cimentada e o ponto onde 
o pilar foi parafusado, permitindo quando necessária, a perfu-
ração de acesso ao parafuso com uma mínima destruição e/ou 
perda dos contatos oclusais que poderiam requerer a fabrica-
ção de uma nova prótese7.
Outro aspecto pertinente que tem levado ao aumen-
to da utilização de próteses cimentadas é sua capacidade de 
aperfeiçoar a oclusão e acentuar a estética em áreas onde po-
deriam estar localizados os orifícios de acesso aos parafusos e, 
ainda, por fornecer adaptação passiva e melhorar as caracte-
rísticas de carregamento4. A ausência de um orifício de acesso 
ao parafuso permite ainda um design da prótese conferindo 
maior resistência à porcelana, resultando em menor ocorrên-
cia de fratura. Nesta situação, a superfície oclusal estará des-
provida do orifício, e desse modo, a oclusão poderá ser mais 
bem desenvolvida para responder à necessidade de carrega-
mento axial4 além de possuir um maior número de contatos 
oclusais, permitindo uma oclusão superior38.
Contudo, a adaptação passiva parece ser o primeiro 
fator relacionado à escolha pela prótese cemento-retida39. O 
espaço existente para o cimento entre a coroa e o pilar pode 
ajudar a compensar e diminuir alguma discrepância ou falha 
do encaixe da coroa com o pilar40. O cimento pode agir como 
um absorvedor de alguma deformação causada por um de-
sajuste e, portanto, poderá ser capaz de preservar a estrutura 
protética sob um stress elevado16. A camada de cimento que 
poderia compensar algum desajuste na adaptação do coping 
de cimentação foi visto como uma solução para o problema da 
adaptação passiva das próteses6.
Entretanto, a maior desvantagem das próteses retidas 
por cimento, é a dificuldade de sua reversibilidade16, sendo 
um desafio maior ainda nos casos em que ocorre a soltura do 
parafuso do pilar tornando a remoção do coping difícil, se não 
impossível, sem seccioná-lo10, necessitando neste caso da fa-
bricação de uma nova prótese41.
Outra desvantagem pode ocorrer no momento da ci-
mentação de uma prótese sobre implante no pilar instalado, 
no caso de um extravasamento excessivo de cimento para o 
sulco gengival41. Quanto mais sugengival estiver a linha de 
cimentação mais difícil será a completa remoção do excesso 
de cimento, existindo a possibilidade de resíduos de cimen-
to serem forçados para dentro do sulco quando a prótese é 
assentada. Isso pode levar à perda óssea ao redor do implan-
te42. Resíduos de cimento podem causar uma inflamação do 
tecido periimplantar, além de dor e aumento da profundidade 
de sondagem, sangramento e exsudato22. Portanto, é muito 
importante a eliminação de todo o excesso de cimento para 
evitar uma inflamação iatrogênica3.
Por fim, a prótese cimentada também pode proporcio-
nar um microgap entre o implante e a prótese, criando um 
abrigo subgengival de microorganismos com potencial para 
causar problemas aos tecidos moles43. Além disso, este “gap” 
entre a coroa e o implante ou o pilar tem sido associado com 
uma perda óssea mais acentuada durante o primeiro ano de 
função do implante dentário44.
Considerações sobre a impressão e a 
estética
Uma questão a ser considerada em prótese fixa implan-
tosuportada é o possível mecanismo de stress, introduzido, 
no sistema, por pequenos erros dimensionais, que poderiam 
ocorrer durante as diversas etapas de confecção da prótese16. 
Odontol. Clín.-Cient., Recife, Suplemento 535-540, out./dez., 2011
www.cro-pe.org.br
Prótese sobre implante parafusada versus cimentada: uma revisão de literatura
Cutrim ES, Santana IL, Bennati BB
538
Diferentes técnicas de impressão são normalmente usadas 
para próteses cimentadas e parafusadas. Uma impressão pre-
cisa pode ser influenciada pela angulação do implante, pela 
área e número de implantes, e também pela experiência clíni-
ca profissional12.
Está reportado na literatura que a magnitude do es-
tresse desenvolvido depende unicamente da precisão alcan-
çada no processo de fabricação, compreendendo a técnica 
de impressão, obtenção do modelo funcional, tolerância dos 
componentes e do coping e a habilidade do técnico de labo-
ratório12. Possíveis distorções da prótese podem ocorrer tam-
bém durante os procedimentos de obtenção do padrão de 
encerramento, fundição, aplicação da porcelana e entrega da 
prótese3. 
A questão que surge é se a adaptação passiva da super-
-estrutura da prótese é realmente obtida12. A falta de passivi-
dade pode levar à complicações biológicas como o aumento 
de carga para o osso, perda óssea, e complicações protéticas 
como afrouxamento ou fratura do parafuso fixado e fratura do 
implante3. A literatura carece de dados sobre a capacidade da 
prótese parafusada ou cimentada, de transferir ou compensar 
os estresses induzidos pelos erros de posição16.
Em relação à estética, a sua obtenção em próteses im-
plantosuportadas pode ser um desafio devido à forma circular 
e o pequeno diâmetro do implante, quando comparado com 
a raiz dos dentes naturais45. Alterações no tecido periimplantar 
foram observadas após a colocação da coroa protética, poden-
do afetar a aparência estética da prótese e levar a insatisfações 
com o resultado do tratamento, tanto por parte do profissional 
e, principalmente, por parte dos pacientes46. Complicações do 
tecido peri-implantares estão frequentemente associadas com 
a presença de desadaptação entre componentes, afrouxamen-
to do parafuso do pilar ou má adaptação do coping e ainda 
nos casos de implantes mal posicionados47.
Não há nenhuma dúvida de que o requisito primário 
para o sucesso do implante é a osseointegração, porém, de 
uma perspectiva estética, as prótese implantosuportadas são 
bem sucedidas, quando se assemelham aos dentes naturais 
com uma balanceada e harmonizada arquitetura do tecido 
mole48. A retenção de próteses sobre implantes pelo uso do 
cimento elimina a confecção de aberturas, que não são esté-
ticas, para acesso ao parafuso49. Contudo, quando do uso das 
próteses parafusadas, modernos materiais de compósitos com 
opacos em sua composição podem certamente diminuir a cor 
cinza do parafuso e permitir uma melhor obturação da abertu-
ra de acesso ao parafuso, e isto pode contribuir para um resul-
tado estético satisfatório3.
DISCUSSÃO
Por uma perspectiva protética, a restauração de implan-
tes dentários pode ser um desafio devido ao limite interdental, 
vestibular ou o espaço interoclusal, especialmente na região 
anterior. Tradicionalmente, as próteses sobre implante podem 
ser do tipo parafusada ou cimentada sobre pilares que são pa-
rafusados1. Ambas as próteses apresentam vantagens, desvan-
tagens e algumas limitações23. Inicialmente, a retenção das pró-
teses por parafusos foi desenvolvida em resposta à justificável 
necessidade de reversibilidade devido à frequência de remoção 
e reparo das próteses, pois os implantes apresentavam uma 
elevada margem de fracasso e falhas19. Por sua vez, a prótese ci-
mentada tornou-se uma alternativa viável, principalmente por-
que é sustentada e apoiada pelos conhecimentos e princípios 
consagrados e aceitos na prótese fixa convencional, que abran-
ge procedimentos técnicos mais simples e de fácil execução10. 
Para a maioria dos profissionais, as próteses parafusa-
das continuam como o mecanismo de retenção de escolha, 
justamente por permitirem que a prótese seja reversível4, sem 
comprometer a integridade da coroa, do pilar e do próprio im-
plante10, eliminando a necessidade da confecção de uma nova 
prótese8, ou pela sua facilidade de manutenção40. No entanto, 
para alguns autores, é possível a prótese cimentada alcançar a 
reversibilidade,por meio do uso apropriado do cimento35 e da 
utilização de pilares com paredes apresentando altura e coni-
cidade adequadas, para melhorar a retenção e dificultar a sol-
tura e queda da coroa, podendo assim, ser recomendado o uso 
de cimento provisório ao invés do cimento definitivo51. Outra 
forma de conseguir esse objetivo é com a técnica da cimenta-
ção progressiva, em que o controle é realizado também com a 
escolha do agente cimentante4. Rajan e Gunaseelan também 
descrevem uma técnica em que a prótese pode ser reversível, 
na qual eles consideram a técnica simples, prática e efetiva, 
e consiste na confecção de um orifício de acesso ao parafu-
so incluído na confecção da coroa definitiva. E esta deve ser 
cimentada no pilar fora da boca, e posteriormente, colocada 
em posição intraoral; em seguida, o orifício é preenchido com 
gutapercha e recoberto com resina fotopolimerizável37.
Em relação ao uso de cimento na prótese cimentada, a 
técnica tem a desvantagem de permitir o extravasamento de 
resíduos do cimento e, assim, pode causar inflamação peri-im-
plantar associada com inchaço, dor, aumento da profundidade 
de bolsa, sangramento ou exsudação à sondagem e levar ain-
da à perda óssea periimplantar43. Para que essa consequência 
seja evitada, o cimento selecionado deverá ser de fácil mani-
pulação e remoção, sem provocar danos ao componente ou 
ao tecido mole peri-implantar10. Contudo, a remoção do ex-
cesso de cimento não é uma tarefa fácil, especialmente quan-
do as margens da prótese são subgengivais3. Existem algumas 
medidas para minimizar o excesso de cimento, como a aplica-
ção de cimento internamente na coroa somente na oclusal ou 
através da inserção da coroa em um análogo do pilar fora da 
boca, e o excesso do cimento é removido, em seguida a coroa 
é assentada no pilar principal inserido em posição na boca12. 
Porém, a habilidade e a experiência do profissional podem in-
fluenciar na cimentação e no adequado controle do cimento 
em qualquer técnica empregada35.
As próteses parafusadas, por sua vez, não utilizam ci-
mentos, contudo apresentam a necessidade de um orifício de 
acesso ao parafuso, e a presença desta abertura pode compro-
meter significantemente a estrutura da porcelana17, fato esse 
comprovado por Karl (2007), que, em seus estudos comparan-
do os dois tipos de prótese, evidenciou pontos fracos e trincas 
na camada de porcelana da coroa na região dos orifícios, com 
resultado significantemente maior encontrado na porcelana 
de próteses parafusadas, sendo ainda mais crítico quando en-
volve pontas de cúspides27. Além disso, a presença do orifício 
pode pôr em perigo o controle da distribuição da dinâmica de 
carregamento em geral51. Por outro lado, a ausência do orifício 
de acesso ao parafuso na estrutura da coroa protética é uma 
grande vantagem16, pois permite obter uma estética bem su-
perior, em áreas onde poderiam estar localizados os orifícios, 
como na região vestibular dos dentes antero-superiores1; 
eliminando a visibilidade do parafuso ou do compósito de 
preenchimento do orifício23. Além do mais, a prótese cimen-
tada permite a confecção completa da coroa, com a porcelana 
oferecendo contatos oclusais em maior número e bem distri-
buídos3;4, conferindo uma capacidade para otimizar o inter-
-relacioamento oclusal10. O diâmetro para o orifício de acesso 
ao parafuso em prótese parafusada deve ser de, pelo menos, 
3 mm, o que irá comprometer a mesa oclusal, visto que 3mm 
representam 50% da mesa oclusal de molares e mais de 50% 
de pré-molares, podendo comprometer a oclusão e a estrutu-
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ra da coroa protética4.
Outra questão importante ocorre porque em próteses 
parafusadas, não há vedamento da interface coroa/pilar ou na 
margem, o que vai servir de abrigo de bactérias no sulco, poden-
do agir como um local de liberação de endotoxinas, estimulan-
do a proliferação de microorganismos na região intrassulcular30. 
Entretanto, a prótese cimentada pode também resultar em um 
”microfenda” entre o implante e o coping, que pode servir de 
abrigo subgengival para microorganismos com potencial para 
causar problemas no tecido mole43. Para Keller (1998), em rela-
ção à microflora que pode habitar a microfenda entre o pilar e 
a prótese, seja ela parafusada ou cimentada, o modo de fixação 
tem pouca influência na microbiologia e nos parâmetros clíni-
cos52. Observa-se apenas que em relação aos tecidos mole peri-
-implantares, eles respondem mais favoravelmente às próteses 
parafusadas quando comparadas com as próteses cimentadas23, 
provavelmente pela possibilidade de melhor acabamento do ele-
mento protético e pela ausência de uma linha de cimentação no 
sulco peri-implantar. Sendo assim, próteses cimentadas tendem a 
apresentar maior sangramento no sulco e maior índice de placa, 
porém nenhuma recessão nos tecidos moles mostrou ser mais 
preponderante em algum tipo de prótese23. Cabe ao profissio-
nal avaliar o padrão de higiene oral do paciente, instruí-lo ade-
quadamente em relação à higienização dos dentes e elementos 
implanto-suportados, e assim estabelecer individualmente se o 
tipo de conexão protética pode interferir na saúde dos tecidos 
peri-implantares.
Em casos limites, as próteses parafusadas têm correta in-
dicação em áreas com limitada altura dos pilares4, e as próteses 
cimentadas, por outro lado, podem corrigir problemas que ocor-
rem com a angulação acentuada dos implantes3. Além disso, 
as fabricações de pilares customizados e estéticos para prótese 
cimentada permitem que a margem do preparo acompanhe o 
contorno gengival variável entre as regiões proximais e vestibular 
e palatina12. Estes pilares customizados podem ser modificados 
na boca para acomodar alterações dos tecidos moles38, e os pi-
lares estéticos têm a vantagem de apresentarem biocompatibili-
dade e melhoramento da estética devido ao brilho por meio da 
mucosa17, sem a translucidez dos pilares metálicos.
Por fim, muitos estudos clínicos indicam o afrouxamento 
de parafusos como um dos maiores problemas que ocorrem 
em próteses parafusadas53. Entretanto, com a introdução de 
parafusos de pilares com ligas metálicas de ouro e novos de-
signs dos parafusos, os relatos de incidência de afrouxamento 
de parafusos diminuíram significativamente28. Contudo, vale 
lembrar que a prótese cimentada tem um pilar sob o coping, 
e este pilar, que também é fixado por parafuso, pode sofrer 
afrouxamento devido ao torque inadequado ou desadapta-
ção do pilar, sendo um dos problemas de mais difícil solução 
pela dificuldade ou quase impossibilidade de soltar o pilar do 
implante sem a destruição ou prejuízo significativo da coroa 
protética cimentada sobre ele32. Sendo assim, fatores biome-
cânicos, estéticos e até de experiência do profissional, devem 
formar o pilar de avaliação no momento de planejar o tipo de 
conexão protética a ser utilizada. Alguns autores relatam que 
atitudes pessoais formam a base para decidir qual modo de 
retenção é preferível com respeito à estética, retenção e rever-
sibilidade, custo e praticabilidade3;4;40.
CONCLUSÃO
- Ambos os tipos de próteses sobre implantes parafusadas e 
cimentadas apresentam vantagens e desvantagens.
- O fator reversibilidade é bastante considerado nas próteses 
parafusadas, mas existem recursos diversos que podem tornar 
a prótese cimentada também em um procedimento reversível.
- O profissional deve avaliar bem o caso, a região, o dente, as 
características do implante para indicar corretamente o tipo 
de prótese, considerando suas limitações.
- As informações sobre alterações em tecidos moles citadas, 
em decorrência do extravasamento de cimento ou da presen-
ça de microfenda, são vagas e difusas e sem associação com 
alguma consequência da estética. 
- A literatura não é consistente sobre a estética gengival obtida 
nos tipos depróteses, e, portanto são necessários estudos para 
prover os profissionais e a literatura de conhecimento sobre 
esse tópico.
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