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Cetoacidose Diabetica

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Cetoacidose Diabética 
Complicação grave provocada por profunda 
deficiência de insulina, levando a 
hiperglicemia (valores superiores a 250) 
com pH<7,3, bicabornato <18, ânion gap 10-
12 e concentrações elevadas de cetonemia. 
Pode ocorrer em pessoas com diabetes 
mellitus tipo 1 e 2. 
Presente em cerca de 25% dos casos no 
momento do diagnóstico do DM1 e pode 
ser causa de morte entre crianças e 
adolescentes. 
Etiologia 
• Estados infecciosos 
• Uso de glicocorticoides 
• Controle ineficaz 
• Não adesão ao tratamento 
• Uso de medicações: clozapina, 
olanzapina, risperidona e 
quetiapina: capaz de aumentar o 
risco de distúrbios metabólicos, 
como ganho de peso, dislipidemia, 
DM, CAD, e pancreatite aguda. 
• Acidente vascular encefálico. 
• Ingestão de álcool. 
• Pancreatite aguda. 
• Infarto agudo do miocárdio. 
• Traumas. 
• Obstrução do cateter de BIC de 
insulina. 
• Queimaduras. 
Fisiopatologia 
A falta de insulina por falta de produção ou 
por quadro hipoglicêmico. A partir do 
momento que os tecidos para de receber a 
glicose necessária, os tecidos encaminha 
uma mensagem ao cérebro .... Neste 
processo ocorre o aumento da produção de 
hormônios contrarreguladores 
(aumentarão o nível de glicose sanguínea). 
Ocorrendo a produção dos corticoides, 
glucagon (que aumentam a insulina). 
 
 
 
 
Manifestações clinicas 
• Antes: poliúria, polifagia, pilodpsia 
e cansaço. 
• Durante: náuseas, vômitos, 
cefaleia, fraqueza, perda de peso, 
parestesia, dor abdominal, hálito 
cetonico, letargia, sonolência, visão 
turva, fadiga, respiração de 
Kusmaul, hipotensão arterial. 
• Progressão: alteração do nível de 
consciência, edema cerebral, coma 
e morte. 
A cetona é volátil, exalando odor (suor e 
hálito do paciente terá o hálito de cetona, 
semelhante a fruta). O sangue será mais 
viscoso, os rins não .... 
Tratamento 
Objetivos: manter as vias respiratórias e 
pérvias e em caso de vômitos, indicação de 
sonda nasogástrica; corrigir a desidratação; 
corrigir os distúrbios eletrolíticos e 
acidobásicos; reduzir a hiperglicemia e a 
osmolalidade; identificar e tratar o fator 
precipitante. 
Hidratação com soro fisiológico o,9% em 
media 15 a 20ml/kg na primeira hora, 
buscando restabelecer a perfusão periférica 
..... 
A hipocalemia é causada pelo desvio de 
potássio de meio intra para o extra celular e 
posterior depleção por diurese. 
Controle de arritmias cardíacas causadas 
pela hipocalemia ..... 
Insulinoterpia: deve ser iniciada se o 
potássio estiver > 3,3, pelo risco de 
hipocalemia. Em casos leves e moderados: 
insulina regular via IM, a cada hora, ou 
análogo ultrarrápido SC, a cada hora ou 2h. 
Em episódios mais graves – infusão IV de 
insulina regular com dose inicial de 0,1 U/kg 
de insulina em bolos e depois inicia-se a 
infusão da bomba em 0,1 kg;h. Quando a 
concentração de glicose ..... 
 
Exames laboratoriais 
• Glicemia plasmática. 
• Eletrólitos (sódio, potássio, cloreto, 
fosfato, magnésio). 
• Ureia e creatinina. 
• Urina tipo 1. 
• Cetonuria. 
• Elementos e sedimentos anormais 
da urina. 
• Hemograma completo. 
• Cultura de sangue e urina. 
• Amilase e creatinoquinase. 
• Gasometria arterial. 
• Eletrocardiograma. 
• RX tórax. 
• Calculo do ânion gap, calculo Na Cl 
e HCO. 
 
Diagnóstico de enfermagem 
Domínio 1 – promoção da saúde. 
Classe 2 – controle da saúde 
Controle ineficaz da saúde. 
Domínio 2 nutrição 
Classe 5 – hidratação 
Volume de líquidos deficientes. 
Nutrição 
Metabolismo 
Risco de glicemia instável. 
Atividade/repouso. 
Respostas cardiovasculares/pulmonares. 
Padrão respiratório ineficaz. 
Atividade/ repouso. 
Respostas cardiovasculares/pulmonares. 
Risco de perfusão tissular. 
 
Cuidados de enfermagem 
• Avaliar nível de consciência: escala 
de Glasgow. 
• Estabilize as vias aéreas, elevar a 
cabeceira do leito a 30°. 
• Abrir vias aéreas com manobras 
manuais, caso a pessoa esteja 
inconsciente ou sonolento. 
• Administrar O2 para manter a 
saturação acima de 92%. 
• Avaliar e registrar a frequência e 
profundidade da respiração e 
presença de respiração de 
Kussmaul. 
• Instalar o monitor 
multiparametrico; 
• Monitorar sinais, parâmetros 
hemodinâmicos e respiratórios. 
• Obtenha acesso IV de grande 
calibre. 
• Iniciar reposição volêmica. ...... 
• Avaliar e acompanhar os resultados 
dos exames laboratoriais; 
• Monitore a glicemia a cada hora e 
eletrólitos básicos e pH venoso ou 
bicarbonato a cada 2h até que o 
paciente esteja estável. 
• Determinar e tratar qualquer causa 
da CAD. 
• Avaliar turgor cutâneo. 
• Realizar balanço hídrico. 
• Realizar cateterismo vesical de 
demora e estabelecer rigoroso 
controle da diurese se apresentar 
alteração do nível de consciência. 
• Iniciar reposição de insulina em BIC. 
• Manter o paciente em jejum nas 
primeiras horas. 
• Avaliar regressão do hálito 
cetogenico. 
• Notificar equipe quando a glicose 
reduzir para 250 a 300. 
• Monitorar sinais de hipoglicemia e 
sinais de edema cerebral. 
• Fazer relatório com as condições 
clinicas, cuidados realizados e 
resposta ao tratamento. 
• Orientar os familiares sobre as 
condições do cliente e a 
necessidade de internação. 
• Solicitar vaga de preferência em 
CTI. 
• Acompanhar o cliente e realizar a 
passagem de plantão. 
• Receber cliente e a passagem de 
plantão. 
• Avaliar o nível de consciência ..... 
• Levantar as facilidades e 
fragilidades para o 
autogerenciamento da doença. 
• Buscar conhecer as barreiras que as 
pessoas com DM se referem. 
• Procurar apontar meios de transpô-
las. 
• Realizar educação em saúde 
individualmente ou em grupos. 
• Esclarecer sobre a importância da 
adesão do tratamento. 
• Compartilhar com o cliente as 
decisões e metas sobre seu 
cuidado. 
• Encaminhar aos serviços 
disponíveis, fornecendo 
atendimento integral. 
• Iniciar as orientações para a alta 
hospitalar. 
• Encaminhar para os serviços de 
contra referência. 
• Processo de alta educação.

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