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IESC- SINTESE REFLEXIVA

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Disciplina: IESC-I
Aluna: Tainar Vieira dos Santos Barros
Professora: Lorena 
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde:
movimento em defesa do direito á saúde
Qual foi o impacto do Movimento da Reforma Sanitária para construção do Sistema Único de Saúde (SUS)?
Quais foram os marcos políticos, sociais, econômicos no movimento da Reforma Sanitária no período pós constituinte?
Como se deu a participação dos movimentos populares nos direcionamentos políticos relacionados as ações de saúde no Brasil?
Por que a Constituição Federal/88 é o instrumento legal de criação do SUS?
Quais são os princípios doutrinários e organizativos do SUS? 
A luta pelo direito á saúde teve início em 1970 com a reivindicação de um sistema público de saúde universal para a sociedade brasileira. O Estado, nesse contexto seria o mantenedor e por meio de políticas econômicas e sociais produziria além da saúde, qualidade de vida para os brasileiros. Nessa linha de frente, o movimento Reforma Sanitária Brasileira (RSB) foi o antecessor na defesa da criação SUS (Sistema Único de Saúde) e em 1976 nasce o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) que defende a concepção de uma cobertura ampla de saúde para a comunidade.
A partir desse marco histórico o projeto do SUS é criado em paralelo, ao surgimento da Cebes. O período crítico dessa nova proposição em saúde foi vivenciado na ditadura militar (1964-1984), onde o debate sobre saúde pública e os movimentos sociais foram duramente reprimidos. Essa defesa em prol da saúde, como bem-estar social teve iniciativa do médico sanitarista, David Capistrano Filho e demais classes sociais. A Cebes também fomentou a elaboração de uma Revista chamada, “Saúde em Debate” (RSD) como objetivo de comunicação da entidade e divulgação de conhecimento acerca do novo modelo de saúde pretendido.
Nessa perspectiva, o lançamento da revista ativou ainda mais, a luta por um sistema nacional de saúde custeado pelo governo. Os conteúdos publicados foram aceitos por setores importantes da sociedade, como professores, acadêmicos de faculdades publicas, profissionais da saúde e movimentos sociais. O grande número de adeptos ampliou o movimento social que passou a ser reconhecido como Movimento de Reforma Sanitária (MRS).
Em 1986 foi realizada a VIII Conferência em Saúde, com grande participação popular com o slogan: ‘Saúde é Democracia é Saúde”. Os movimentos sociais foram imprescindíveis para redemocratização do país, pois contou com a participação dos sindicatos, entidades trabalhadoras e profissionais para articulação da política com a saúde. Esse processo coletivo resultou em uma frente coalizão reformadora que impulsionou a extensão das ações e serviços de saúde.
Com esses desdobramentos em 1988 Constituição Federal, institui em seu artigo 196, que a saúde é um direto dos cidadãos e dever do Estado. Essa premissa cola a CF como asseguradora da cidadania e defini responsabilidades. Assim, o SUS foi legalizado com as diretrizes de descentralização, regionalização, hierarquização e participação popular, respeitando os princípios doutrinários de universalidade, integralidade e equidade firmados na própria Constituição.
Atualmente, o SUS como estratégia de saúde no âmbito social enfrenta desafios enquanto proposta integral. A população brasileira, em sua maioria, acredita que o sistema publico de saúde é apenas, para as mais pobres e isso acarreta uma forte oposição para custeio da estratégia em saúde pública. As desigualdades sociais e os estratificação social potencializam a individualização do acesso á saúde. É necessário, o fortalecimento da saúde pública através do SUS, como uma conquista da sociedade brasileira.

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