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1 Prof. Dr. André Moreira Pinto GESTÃO DE PROCESSOS E GESTÃO POR PROCESSOS UNIDADE3 Prof. Dr. André Moreira Pinto 1.Hardware 2.Software 3.Bancos de Dados 4.Redes 5. Procedimentos 6. Pessoas 2 Prof. Dr. André Moreira Pinto RH, TI E PROCESSOS Mesmas pessoas fazem o mesmo trabalho em menos tempo Diminuição das horas de trabalho Menos pessoas fazem o mesmo trabalho no mesmo tempo Diminuição dos postos de trabalho Mesmas pessoas fazem mais trabalho no mesmo tempo Aumento da capacidade de trabalho Prof. Dr. André Moreira Pinto Sociedade da Informação: Ambiente de TI nas Organizações Banco de Dados e Data Warehouse Transações Redes Diversas Aplicações Clientes/Usuários Internet Intranets Extranets Os ambientes de TI estão crescendo de forma heterogênea e complexa, onde o papel do especialista é simplificar o acesso e acelerar as operações garantindo a segurança e a disponibilidade da informação. 3 Prof. Dr. André Moreira Pinto TI E PROCESSOS Os processos empresariais refletem as maneiras específicas pelas quais as organizações coordenam o trabalho, a informação e o conhecimento. A condução de processos nas organizações é cada vez mais dependente de sistemas de informações. Prof. Dr. André Moreira Pinto Processos de Negócio: Histórico “A humanidade sempre trabalhou com o intuito de aprimorar os processos” Arqueólogos classificam as fases iniciais da humanidade de acordo com técnicas e processos de olaria: gradualmente os processos de olaria foram sendo aprimorados criando produtos de melhor qualidade com redução do tempo e custo de produção. A partir da revolução industrial (sec XVIII) o foco foi dado no aprimoramento dos processos de manufatura: e.g. Henry Ford (1903) criou um novo processo que revolucionou a indústria automobilística e fundou a Ford Motor Company (1911). 4 Prof. Dr. André Moreira Pinto Processos de Negócio: Histórico Frederick Winslow Taylor capturou a essência das idéias de aprimoramento de processos para semear os princípios da administração científica (livro: “Principles of Scientific management”, 1911): idéias chave: simplificação, estudo do tempo, experimentação sistemática das tarefas, sistemas de controle e recompensa através de medidas de resultado. A partir de então gerentes em todo o mundo buscam maneiras sistemáticas de aprimorar processos: novas tecnologias surgiram (i.e. trem, telefone, computador, Web) e todas levaram a uma melhoria nos processos de negócio. Duas teorias administrativas importantes para o aprimoramento dos processos: popularização dos sistemas de raciocínio e formalização da cadeia de valor. Prof. Dr. André Moreira Pinto Exemplos de Processos Processo para fabricar tijolos Processo de execução de projetos Processo para construir uma casa Processo de manutenção de uma máquina Processo de gerenciamento de serviços de TI Processo de desenvolvimento de software Processo para atendimento a clientes em uma organização 5 Prof. Dr. André Moreira Pinto Cadeia de Valor A base para a compreensão dos processos de negócio está no conceito de cadeia de valor livro Michael E. Porter “Competitive Advantage: Creating and Sustaining Superior Performance”,1985 - apesar do autor ser mais conhecido pelo seu livro anterior “Competitive Strategy”,1980. Cadeia de Valor(Value Chain) representa um conjunto de atividades ou tarefas executadas para: projetar, produzir, comercializar, distribuir e dar suporte aos produtos. Prof. Dr. André Moreira Pinto Cadeia de Valor de Michael PorterCadeia de Valor de Michael Porter Procurement Human Resource Management Technology Development Procurement S U P P O R T S U P P O R T A C T I V I T I E S A C T I V I T I E S Primary ActivitiesPrimary ActivitiesFigure 3 O foco deste diagrama é representar o que ocorre entre a requisição e a distribuição do produto. Segundo Porter apenas através da análise de todas as atividades envolvidas no processo produtivo de um produto é que uma organização pode determinar o exato custo de produzí-lo: activity-based costing. Requisição do Produto Distribuição do Produto 6 Prof. Dr. André Moreira Pinto Os Processos na Organização Fonte: Kenneth C. Laudon & Jane P. Laudon. Sistemas de Informação Gerenciais: Administrando a Empresa Digital. 5a Edição. 2004. Pearson - Prentice-Hall. Prof. Dr. André Moreira Pinto Processos de Negócio e Integração dos Sistemas - Visão Tradicional Fonte: Kenneth C. Laudon & Jane P. Laudon. Sistemas de Informação Gerenciais: Administrando a Empresa Digital. 5a Edição. 2004. Pearson - Prentice-Hall. 7 Prof. Dr. André Moreira Pinto Processos de Negócio e Integração dos Sistemas – Visão Atual Fonte: Kenneth C. Laudon & Jane P. Laudon. Sistemas de Informação Gerenciais: Administrando a Empresa Digital. 5a Edição. 2004. Pearson - Prentice-Hall. Prof. Dr. André Moreira Pinto Conceitos de Processo de Negócio Segundo (Hammer & Champy, 1993) “conjunto de atividades que representam os métodos de execução de um trabalho necessário para alcançar um objetivo empresarial”. Segundo (Omar A. El Sawy, 2001) “seqüência lógica e coordenada de um conjunto de atividades com recursos associados para produzir algo de valor para o cliente de uma organização” 8 Prof. Dr. André Moreira Pinto Processo grupo de atividades realizadas numa seqüência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes HAMMER (2002) Prof. Dr. André Moreira Pinto Direcionamentos nos Processos de Negócio Com a evolução da TI e do ambiente de negócio organizacional as pessoal envolvidas nos processos de negócio aprenderam algumas lições: O alinhamento dos processos de negócio com os objetivos corporativos é vital - enterprise alignment. Utilizar melhor os recursos de TI para promover as mudanças organizacionais de forma integrada através dos processos de negócio estratégicos e os objetivos corporativos. Fonte: Kenneth C. Laudon & Jane P. Laudon. Sistemas de Informação Gerenciais: Administrando a Empresa Digital. 5a Edição. 2004. Pearson - Prentice-Hall. 9 Prof. Dr. André Moreira Pinto Ondas de Evolução dos Processos Empresariais - últimos 20 anos ©Omar A El Sawy, “Redesigning Enterprise Processes for e-Business, McGraw Hill,2001 (Cap1). Transformação da riqueza empresarial Segunda onda de BPR Grau de Possibilidade de IT Total quality management First-wave BPR Time-based competition Web-enabled e-business Knowledge management Início 1980s Início 1990s Final 1990 95-98 2000 e além 1990s Prof. Dr. André Moreira Pinto Processo grupo de atividades realizadas numa seqüência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes HAMMER (2002) 10 Prof. Dr. André Moreira Pinto Por que pensar em processos ? A empresa é uma coleção de processos ! (vender, comprar, emprestar...) Não conseguimos gerenciar o que não conseguimos medir ! Uma vez que identificamos e especificamos os processos que uma empresa realiza podemos criar medidas de desempenho para cada um O atendimento ao cliente deve ocorrer em no máximo 25 minutos... Desta maneira podemos operacionalizar um importante princípio administrativo o CONTROLE Prof. Dr. André Moreira Pinto O negócio vai bem o vai mal ? Precisamos de medidas ! 11 Prof. Dr. André Moreira Pinto Por que pensar em processos ? Outro aspecto importante é a padronização... com vistas a promover maior qualidade nos produtos e serviços entregues pela empresa Prof. Dr. André Moreira Pinto Por que pensar em processos ? No contexto do SI Um SI trata de automatizar processos empresariais, proporcionando a produção e o uso de INFORMAÇÕES de maneira mais ágil e precisa ! Para que os gestores tomem decisões mais rápidas (TIME TO MARKET) e com base em fatos, não suposições. 12 Prof. Dr. AndréMoreira Pinto Gestão de processos definir, analisar e gerenciar as melhorias no desempenho dos processos críticos da empresa, com a finalidade de atingir as condições ótimas para o cliente Prof. Dr. André Moreira Pinto Gestão de processos (como ?) b) identificar c) agir a) conhecer 13 Prof. Dr. André Moreira Pinto Estratégia para estudo de processos Escolha do processo a estudar Indicadores de problemas (queixas, filas, etc.) Processos críticos – aqueles diretamente relacionado com a missão da empresa. Coleta dos dados e representação gráfica (especificação) Uso de gráficos (fluxogramas) Análise do processo Interação com outros processos (inclusive outras unidades) Dificuldades percebidas (reflexos de outros processos?) Modificações na seqüência dos passos (criação e eliminação) Implantação do novo processo ou sistema Manualização (confecção de manuais) do novo processo Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Entidade (início de fluxo) Agente operador do processo CLIENTE 14 Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Emissão de formulários Ocorre quando os dados são inseridos pela primeira vez em um formulário por uma entidade Cadastro de clientes Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Processamento de dados Ação operacional (cálculos, fórmulas, input de novos dados...) Retângulo Input de dados de clientes 15 Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Controle ou conferência Avalia se o as normas, instruções, legislação estão sendo seguidas Quadrado Preenchim ento Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Tomada de decisão Definem as regras sobre as quais as decisões são tomadas Cálculo está correto ? 16 Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Distribuição de dados Processos podem ser realizados simultaneamente Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Envio de dados Indica o envio de dados para uma entidade Pedido de venda via internet 17 Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Base de dados Repositórios de dados permanentes Cadastro de clientes Prof. Dr. André Moreira Pinto Representação gráfica Conexão de fluxo Possibilita a integração entre processos 2 18 Prof. Dr. André Moreira Pinto Exemplo Cadastro de cliente 2 CLIENTE Dados cadastrais vendedor Cadastro de clientes Preenchimento Correto ? Input de dados de clientes S N Cadastro de clientes 1 1 Prof. Dr. André Moreira Pinto Exercício Utilizando a notação apresentada crie um fluxograma que representa o processo: “ FAZER LIMONADA “ 19 Prof. Dr. André Moreira Pinto Princípios para a criação e racionalização de processos 1. Centralização 2. Criação 3. Automação 4. Parcimônia 5. Persistência 6. Ordenação 7. Permanência 8. Independência de processos 9. Temporalidade 10. Simultaneidade Prof. Dr. André Moreira Pinto Centralização Visa garantir a existência de sistemas INTEGRADOS racionais, lógicos e estruturados, evitando: Proliferação de processos Existência de processos não sistematizados Criação de processos ineficientes e ineficazes 20 Prof. Dr. André Moreira Pinto Criação Um processo só pode ser criado se tiver finalidade específica e somente deve ser mantido se as tentativas de supressão ou de fusão não forem viáveis Prof. Dr. André Moreira Pinto Automação Criar processos suportados por tecnologia, eliminando o máximo possível a utilização do trabalho manualizado 21 Prof. Dr. André Moreira Pinto Parcimônia Um processo não deve ter mais dados do que os necessários para realizar as atividades para as quais foi planejado Prof. Dr. André Moreira Pinto Persistência O processo deve estar sempre pronto para entrar em operação “o sistema caiu...” 22 Prof. Dr. André Moreira Pinto Ordenação Um processo deve estar estruturado numa sequência lógica Prof. Dr. André Moreira Pinto Permanência Os dados permanecem em repositórios de dados não em processos 23 Prof. Dr. André Moreira Pinto Independência de processos Um processo precisa ser independente de outros, a fim de alcançar seus objetivos (para isso deve-se garantir os princípios da permanência e persistência) Prof. Dr. André Moreira Pinto Temporalidade Os processos independentes precisam ser estruturados de modo que sejam executados em uma ordem cronológica Cadastrar cliente->aprovar crédito->emitir pedido de venda 24 Prof. Dr. André Moreira Pinto Simultaneidade Os processos podem ser executados ao simultaneamente a fim de reduzir o tempo do ciclo Vender produto Almoxerifado Tesouraria Contabilidade Prof. Dr. André Moreira Pinto COMO REALIZAR A COLETA DE INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCESSOS Técnicas 25 Prof. Dr. André Moreira Pinto Entrevistas O analista de OSM discute o processo com diferentes stakeholders e obtêm um entendimento sobre como ele ocorre Vantagens: contato direto e validação imediata Desvantagens: conhecimento tácito e diferenças de cultura Prof. Dr. André Moreira Pinto Entrevistas - tipos Entrevistas fechadas: o analista busca respostas a um conjunto de questões pré- definidas Entrevistas abertas: Não há uma agenda pré-definida e o analista discute de forma aberta Tutorial: o cliente dá uma aula explicando seu trabalho 26 Prof. Dr. André Moreira Pinto Entrevistas: dicas Identificar candidatos Preparação da entrevista : agendar e preparar questionário (se for o caso) O analista não deve ir para a entrevistas com noções pré-concebidas Prof. Dr. André Moreira Pinto Entrevistas: condução • Informar aos stakeholders o ponto inicial da discussão. • Esperar por respostas incompletas • Repetir frases do entrevistado com suas próprias palavras • Entrevistadores devem estar cientes da política organizacional - muitos detalhes dos processos podem não ser discutidos devido a implicações políticas 27 Prof. Dr. André Moreira Pinto Entrevistas: Finalização Tempo para rever respostas de todas as perguntas - consolidar informações Agradecimentos Gerar documento que deve ser assinado pelo entrevistado Prof. Dr. André Moreira Pinto Leitura de Documentos Vantagens: facilidade de acesso e volume de informações Desvantagens: dispersão das informações e volume de trabalho 28 Prof. Dr. André Moreira Pinto Questionários Quando existe conhecimento sobre o problema e grande número de pessoas Quando dados estatísticos são importantes Dão idéia definida sobre como certos aspectos do universo de informação são percebidos Vantagens: padronização das perguntas e tratamento estatístico das respostas Desvantagens: limitação do universo de respostas e pouca iteração Prof. Dr. André Moreira Pinto Observação e análise social Difícil descrever os processos, interessante observar Processos reais diferem dos processos formais escritos nos manuais Vantagens: visão mais completa e perfeitamente ajustada ao contexto Desvantagens: custo com tempo e pessoal gasto e pouca sistematização do processo
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