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Apresentação de antígenos e MHC

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Ana Júlia B. T. de Albuquerque 
 
Apresentação de antígenos e MHC 
• As principais células apresentadoras de antígenos são: macrófagos, células dendríticas e linfócitos B. 
• Essas células possuem em comum moléculas que se expressarão nas suas membranas, capacitando-as 
a fazerem a apresentação de antígenos. 
• As APCs são repensáveis por marcar um encontro entre o linfócito e o antígeno para o qual esse 
linfócito é especifico. 
• Quando o antígeno chega no nosso corpo através do epitélio, há uma célula dendrítica sub-epitelial 
que só o espera chegar para fagocitá-lo. Quando a célula fagocita o antígeno, ela sofre algumas 
modificações, como uma maturação, pois deixa de ser uma célula especializada em fagocitose e passa 
a ser uma APC. Para cumprir o seu novo papel de apresentadora, ela precisa encontrar o linfócito que 
está no linfonodo. Assim, a célula dendrítica recolhe os seus prolongamentos (especialização) para se 
direcionar mais facilmente até o linfonodo. Ela se encaminha aos linfonodos pela atração dos seus 
receptores (CCR7), recém “ligados”, pelas quimiocinas que são liberadas por esse linfonodo. Enquanto 
se direciona para o linfonodo, a célula dendrítica segue processando o antígeno, pois quando ela chega 
no linfonodo, ela já o apresenta prontinho para o linfócito. Ao chegar no linfonodo, para que ocorra o 
reconhecimento do antígeno pelo linfócito e consequente ativação da resposta, são necessários 2 sinais: 
1 sinal vindo do antígeno, que é justamente a sua apresentação, que ocorre pela MHC (complexo 
principal de histocompatibilidade – molécula de membrana) que vai apresentar o antígeno ao receptor 
TCR, do linfócito T. Além desse sinal, há o 2º, que é dado por uma outra molécula, chamada co-
estimuladora, que está localizada na APC (B71 e/ou B72), e vai se ligar em uma molécula do linfócito 
(CD28). 
OBS: Tanto a molécula B71 quanto a molécula B72 podem ser chamadas de CD80 E CD86. 
MHC 
• É uma das classes de moléculas que reconhecem antígenos. Além do MHC, há os anticorpos e as 
moléculas TCR. A diferença do MHC para essas outras duas é que ela não é tão especifica e cada uma 
molécula de MHC consegue reconhecer uma gama bem variada de antígenos diferentes. 
• As suas moléculas são as principais responsáveis pela rejeição de transplantes. 
• É um conjunto de genes responsável pela tradução de um grupo de proteínas, que são as proteínas do 
MHC, que tem como grande função: apresentar antígenos para linfócitos. 
• Dividido em MHC de classe 1 e classe 2. 
o Classe 1: 
▪ A cadeia alfa se divide didaticamente em 3 partes. Entre alfa 1 e alfa 2 há a formação 
de uma fenda onde se encaixa o antígeno. 
▪ Está presente em TODAS as células nucleadas do nosso corpo. 
• Quando o MHC, apresentando o antígeno, se liga ao receptor do linfócito T, TCR, há uma ligação 
MHC-TCR, mas, além dessa, há o estabelecimento de uma outra ligação, entre a molécula do CD8 ou 
CD4 presente no linfócito T. 
• MHC de classe 1 se liga à molécula CD8. MHC de classe 2 se liga à molécula CD4. 
• Como a molécula CD8 só existe no linfócito T citotóxico, a apresentação via MHC de classe 1 
ocorre sempre para o linfócito T citotóxico. 
• Como a molécula CD4 é especifica do linfócito T helper, há de se concluir que a apresentação via 
MHC de classe 2 vai ocorrer sempre para o linfócito T helper. 
• O MHC é codominante, assim, os genes que vem tanto do pai quanto da mãe, vão ser expressas no 
indivíduo. 
• Os genes do MHC são polimórficos (muitos genes diferentes distribuídos entre a população). 
• O MHC só se liga à antígenos peptídicos. 
Ana Júlia B. T. de Albuquerque 
 
• O MHC não existe sozinho “vazio”, na membrana da célula, então, ele só se expressa na membrana 
da célula se ele estiver apresentando um antígeno. 
• De maneira geral, as células estão sempre apresentando MHC com antígeno. Assim, geralmente, ele 
está na membrana apresentando ou um antígeno estranho ou um antígeno próprio (se não há nenhum 
problema relacionado a autoimunidade, o antígeno próprio não tem nenhum linfócito que o reconheça, 
assim, por mais que exista um MHC apresentando um antígeno próprio na sua membrana, não há um 
linfócito que o reconheça, então, não há nenhum tipo de resposta). 
• As células NK estão o tempo todo vigiando o nosso organismo em busca de células que não estão 
apresentando MHC em sua membrana (quando encontram, fagocitam). Assim, mesmo quando não há 
um antígeno estranho, o MHC está apresentando um antígeno próprio. O tempo todo o MHC está 
apresentando antígenos diferentes que serão reciclados no interior da célula para serem apresentados 
pela membrana. 
• O MHC só existe estável na membrana se estiver ligado a um antígeno. Ele não consegue ser expresso 
“vazio” na membrana da célula. 
• O receptor da célula T, quando vai reconhecer o antígeno, reconhece tanto o antígeno para o qual, ele 
é especifico e reconhece também o MHC. Assim, é muito importante destacar que o reconhecimento 
é para o MHC próprio, o TCR só reconhece o MHC que é do próprio indivíduo, pois um MHC 
estranho possui uma conformação diferente que não se encaixa no TCR. Essa é a chamada Restrição 
do MHC ao TCR. 
 
• O linfócito T citotóxico age quando há um antígeno intracelular atacando a célula. Assim, se há um 
antígeno intracelular, ele precisa ser apresentado via MHC de classe 1 para um linfócito T citotóxico. 
Por outro lado, havendo um antígeno extracelular (aquele que a célula consegue fagocitar) ele vai ser 
apresentado pelo linfócito T helper que vai capacitar a APC a se tornar mais apta a destruir aquele 
antígeno que está dentro de uma vesícula e possui origem extracelular. 
VIAS DE MONTAGEM DO MHC E APRESENTAÇÃO DO ANTIGENO 
• Casse 2 - Via endocítica: 
o Nela, há um antígeno que está sendo fagocitado e está dentro de um fagossomo que se ligará 
ao lisossomo. No lisossomo, há varias enzimas que vão começar o processamento desse 
antígeno. Concomitantemente a esse acontecimento, há no reticulo endoplasmático rugoso a 
produção das cadeias do MHC de classe dois (alfa e beta). 
o O MHC de classe 2 só pode ser/estar montado com a presença de um antígeno dentro da fenda. 
Como nesse momento, dentro do antígeno não há a presença de um antígeno para se ligar, há 
a formação de uma cadeia, chamada invariante, com uma pontinha chamada CLIP, a qual vai 
se ligar na fenda do MHC de classe 2, estabilizando-a, momentaneamente, com as duas cadeias 
ligadas. Esse MHC vai ser enviado para o complexo de Golgi, e dali será empacotado em uma 
vesícula exocítica. Essa vesícula, por sua vez, irá se fundir a vesícula que contém o antígeno e 
o clip vai sair para ser substituído pelo antígeno. Assim, esse MHC vai se dirigir para a 
membrana, onde então pode se ligar a uma célula T helper, CD4, cumprindo então a sua função. 
Ana Júlia B. T. de Albuquerque 
 
o Dentro da vesícula onde o MHC está sendo montado, há a presença de uma estrutura chamada 
HLA-DM, a qual serve para catalisar a saída do clip do MHC, para que haja a ligação do 
antígeno com esse MHC. Ele segura o MHC, montado, estável, entre o tempo que o clip saiu, 
até a chegada do antígeno. 
 
• Classe 1 – Via citosólica: 
o O vírus no citoplasma da célula, utiliza o ribossoma dessa célula para produzir proteínas virais. 
A célula em questão possui uma estrutura chamada ubiquitina que marca, aleatoriamente, 
proteínas que devem ser degradas. Isso serve tanto para o metabolismo da célula, quanto para 
a apresentação. Toda proteína que é ubiquitinada vai ser linearizada e quebrada por uma 
estrutura chamada proteassoma. 
o Enquanto isso, no reticulo, há a produção das cadeias de classe 1 (alfa e beta) – no caso do 
MHC de classe 1 não existe cadeia invariante e clip, pois há a presença de proteínas na 
membrana do reticulo, as TAP-1 e TAP-2 que vão estar bombeando o tempo todo, por 
transporte ativo, proteínas do citoplasma para dentro do reticulo, e dentre essas proteínas, vãocair peptídeos quebrados pelo proteassoma, entre eles, os peptídeos virais, da proteína viral que 
foi quebrada -. Quando esse peptídeo chega no reticulo, ele se liga ao MHC, que vai ser levado 
para Golgi, empacotado em uma vesícula exocítica, e então apresentado na membrana onde ele 
pode ser reconhecido por um linfócito T do tipo CD8. 
 
• O linfócito T para atuar precisa de dois estímulos - o sinal do antígeno via MHC e o sinal do co-
estimulador - quando estiver acontecendo a primeira apresentação. Depois que o linfócito T for 
ativado, e sofrer expansão clonal (muito linfócitos ativados no ambiente), ele não vai mais precisar 
dos dois sinais. Para a sua ativação efetiva, basta a ligação do antígeno via MHC para que esse linfócito 
atue. 
• Uma vez ativado, o linfócito volta para o local da infecção, através da expressão de receptores para 
quimiocinas que estão sendo produzidas no local da infecção. O linfócito ativado reconhece o antígeno 
no local da infecção, mas dessa vez ele não precisa mais de um co-estimulador, sendo o MHC 
suficiente para processar os antígenos do patógeno. 
Ana Júlia B. T. de Albuquerque 
 
• O linfócito T CD4 quando chega no local da infecção e encontra macrófagos apresentando o antígeno, 
produz citocinas, que vão agir sobre o macrófago, capacitando-o a destruir o antígeno que ele está 
fagocitando. 
• O linfócito T CD4 quando chega no local da infecção e encontra linfócitos B apresentando o antígeno, 
produz citocinas que vão agir sobre o linfócito B, as quais vão capacitá-lo a produzir mais anticorpos, 
o que provoca uma mudança de classe nos linfócitos que estão sendo produzidos. 
• Se a apresentação estiver sendo feita para um linfócito T do tipo CD8 citotóxico, esse linfócito vai 
induzir a célula a morte, através da apoptose. 
OBS: No local onde há infecção, existem células produzindo quimiocinas. 
APRESENTAÇÃO CRUZADA 
• Um vírus que infecta exclusivamente células epiteliais (por exemplo) está o tempo todo sendo 
apresentado via MHC de classe 1. Entretanto, essa célula epitelial não possui co-estimulador, assim, 
em situações normais nunca seria possível ativar um linfócito T naive através dessa célula epitelial, 
impedindo o combate do vírus. Porém, existe o fenômeno da apresentação cruzada, que por meio de 
um sinal, há a possibilidade de a célula infectada ser fagocitada por uma APC. Assim, a célula infectada 
será processada e apresentada pelo MHC de classe 1 e 2, havendo a ativação de linfócitos T citotóxicos 
que vão destruir as células infectadas (o linfócito T citotóxico ativo não precisa de co-estimuladores 
para atuar).

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