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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
INSTITUTO UNIVERSIDADE VIRTUAL – UFC VIRTUAL
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO: LETRAS-PORTUGUÊS
POLO: SOBRAL
DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA II
 PROFESSORA-TUTORA: JULIANA BRAGA GUEDES
ALUNA: LILIANE ALBUQUERQUE RODRIGUES
PORTFÓLIO 
AULA 05
SOBRAL
2022
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Leitura crítica e análise dos poemas "Antífona" e "Iniciado", de Cruz e Sousa.
O poema “Antífona” tem como tema o próprio processo de criação poética e possui fortes traços simbolistas, como principais características do simbolismo pode-se observar no poema o subjetivismo, o espiritualismo, a religiosidade e o misticismo, no verso da 1ª estrofe nota-se a apresenta de elementos litúrgicos, religiosos, “Incensos dos turíbulos das aras...”. No decorrer do poema observa-se a presença de outras palavras ligadas a religiosidade como “Antífona, turíbulos, Virgens, Santas, Réquiem, salmos, cânticos.”. Ainda na 1ª estrofe é notório o uso de adjetivos como “alvas, brancas, claras, vagas, fluidas, cristalinas” e substantivos “luares, neve, neblinas”, para caracterizar as “Formas” invocadas pelo eu lírico.
As “formas” da poesia simbolista também são sensoriais, pois apresentam elementos que pertencem aos sentidos, muitas vezes por meio de sinestesia uma figura de linguagem caracterizada pela combinação entre dois ou mais sentidos, no poema pode-se observar nos versos da 3ª estrofe que ocorre a sinestesia em “Indefiníveis músicas supremas, / Harmonias da Cor e do Perfume...”, nesses versos é utilizado a audição, a visão e o olfato, fazendo assim, combinações sensoriais e sonoras, característica típica do simbolismo.
É característico das obras do simbolismo apresentarem elementos místicos e transcendentais envolvendo aspecto do que é oculto e invisível, na 5ª estrofe, “Infinitos espíritos dispersos, / Inefáveis, edênicos, aéreos, / Fecundai o Mistério destes versos /Com a chama ideal de todos os mistérios.” nota-se a referência da poesia como mistério, e da invocação dos espíritos como modo de realiza-la, além disso, é possível observar nessa estrofe a presença de assonância na repetição das vogais i e e, como também encontra-se a aliteração na repetição da consoante s.
É possível observar no poema letras maiúscula no meio do verso, isso para tentar destacar as palavras como em “Verso, Éter, Mistério, Sonho Cor” entre outras. Nota-se ainda que Cruz e Sousa ressaltava a morte e a dor, como pode-se notar em “Tudo! vivo e nervoso e quente e forte, / Nos turbilhões quiméricos do Sonho, / Passe, cantando, ante o perfil medonho/ E o tropel cabalístico da Morte...”.
A musicalidade também é outra preocupação dos simbolistas. Segundo o eu lírico, a musicalidade do poema deve ser indefinível e suprema como pode-se observar no verso “Indefinível músicas supremas”.
O texto “Iniciado” também escrito por Cruz e Sousa e tem sua poesia escrita em forma de prosa, em que conta a trajetória de um artista, o texto aborda muitas características do simbolismo.
Em oposição ao realismo, os temas abordados pelos autores simbolistas como a dor e o pessimismo são subjetivos, se afastando da realidade objetiva e de assuntos relacionados com a esfera social. Conforme o texto ser artista é ser sua dor e ao mesmo tempo, ser seu próprio gozo. O poeta é visto como um “errante da dor” marcado pelo sofrimento em criar formas perfeitas “tais e tantas serão em ti as duras rugas, imprevistas e prematuras, para sempre pungitivamente produzidas pelo dilaceramento da Paixão estética.” Assim o poema convida o “iniciado” a viver na dor para ser prodigioso na arte, como se observa no trecho a seguir, “vem para a Dor, vive na chamada Dor, vencedor por senti-la, glorioso por conhecê-la e nobilitá-la.”. O poeta iniciado está disposto a sacrificar sua primeira natureza, considerada profana, para consumar seu próprio renascimento espiritual. 
O simbolismo retoma alguns elementos românticos almejando ir além do aspecto palpável das coisas. Em que se pode citar o subjetivismo e a irracionalidade, no texto observa-se que o sentimento, ligado a emoção e a irracionalidade, torna-se parte do pensamento do eu lírico.
Com relação ao poema “antífonas” o poeta também tenta destacar as palavras no verso colocando as iniciais com letras maiúsculas, como por exemplo, no trecho a seguir “Desolado alquimista da Dor, Artista, tu a depuras, a fluidificas, a espiritualizas, e ela fica para sempre, imaculada essência, sacramentando divinamente a tua Obra.”
O poema aborda outra característica do simbolismo que a religiosidade, pode-se observar palavras relacionadas a religião no texto como, “Via-Sacra, fé, Espírito celestial, santificou, ungiu, óleo sacrossanto, crença”.
REFERÊNCIAS
BYLAARDT, Cid Ottoni. Literatura Brasileira II. 9. ed. [S. l.]: Instituto UFC Virtual, 2010.

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