Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 3º ANO Redação INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. • fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I 5 danos ambientais causados por ações humanas Poluição do ar - Causada pela queima de combustíveis fósseis dos transportes públicos, veículos particulares e caminhões, além de processos industriais e até mesmo pela fumaça emitida pelo cigarro. Poluição dos oceanos - Desencadeada por poluentes domésticos (descarte de plásticos e outros resíduos incorretamente) e industriais (químicos) nos oceanos, lagos e rios. Aterros sanitários - Causado por falha humana devido ao desperdício, falta de reciclagem e o descarte incorreto de resíduos. Enchentes - Acontece devido ao desmatamento, eliminação de vegetação e urbanização, além da falta de saneamento básico adequado. Destruição da camada de ozônio - A chamada camada de ozônio, responsável por proteger a superfície terrestre e todos os seres vivos dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol, está sendo destruída pelo uso constante de produtos sintéticos — que incluem aerossóis, equipamentos de refrigeração, espuma e outros químicos liberados pelas indústrias. Disponível em: https://www.fragmaq.com.br. Acesso em: 9 jun. 2019. TEXTO II Para identificar as ameaças à preservação da floresta amazônica, a Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), sob a coordenação da ONG Instituto Socioambiental, reuniu dados de governos e informações de imagens de satélite e analisou os impactos de seis tipos de intervenções: obras de infraestrutura de transporte, hidrelétricas, mineração legal, extração de petróleo, queimadas e desmatamentos. "O que mais chama atenção é que 43% das áreas protegidas e 19% dos territórios indígenas estão ameaçadas por três ou mais destes fatores", diz Júlia Jacomini, pesquisadora da Raisg e uma das responsáveis pela apuração dos dados sobre a Amazônia brasileira. O estudo da Raisg aponta que os maiores danos são causados por projetos apoiados por governos federais e regionais, como por exemplo, a abertura de estradas. O levantamento aponta que, dos 26 mil quilômetros dos 136 mil quilômetros construídos até 2018 na Amazônia estão dentro de áreas de conservação e territórios indígenas. Disponível em: https://www.bbc.com. Acesso em: 9 jun. 2019. PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo- argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As ações humanas como causadoras de tragédias ambientais no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 2 3º ANO Inglês TEXTO I COMUM ÀS QUESTÕES: 01 A 05 1 2 3 4 5 6 7 POROROCA - SURFING THE AMAZON The wave to end all waves Pororoca is the legendary giant wave that rolls up the Amazon - to ride it is a thrill-and-a-half. Ross Clarke-Jones and other surfing stars hit the jungle to learn its wild ways. The word is from the indigenous Tupi language and it translates as "great destructive noise." Others call it "Monster" or "Killer." With the rivers at an absolute minimum, it is not surprising that the vast Atlantic tides hurl the water straight back with destructive and devastating fury. Surfing Brazil's Pororoca River surfers ride the nearly endless wave If surfing, the ancient art of wave riding, was transformed into music, it would be a blazing electric guitar riff, not a symphony. Surfers generally get just a fleeting stage on which to dance as ocean waves that have traveled hundreds of miles explode on shore in a matter of seconds. But not in Brazil. There, like a mysterious beast, rises the wave known as the pororoca – the name means "mighty noise." Twice a day around the new and full moons during the spring and fall, walls of chocolate-colored water rear up in several rivers in northern Brazil. The most powerful occurs in the Araguari, leaving a path of bankside destruction and flooding in its wake. Scientists call such waves tidal bores. They are a regular phenomenon in many rivers around the world where a powerful incoming tide collides with a river's outflow. For surfers, bores are anything but boring. Ten-minute rides are common on a pororoca, way more than what occurs on the sea, which was first surfed in 1997. Brazilian surf star Alex "Picuruta" Salazar has carved the wave for an astounding 37 minutes, riding more than seven miles. The marathon wave comes with its own peculiar hazards. "There are caimans, piranhas and poisonous snakes", notes veteran California surfer Gary Linden, who has led four expeditions to Brazil in pursuit of the pororoca, "but it's one of the greatest experiences ever." Adapted from "http://www.redbull.com" and from National Geographic Glossary: thrill-and-a-half - super emocionante hurl - lançar violentamente riff - refrão fleeting - ligeiro, rápido outflow - estuário 01. From the reading of the text, we can understand that the Amazon pororoca is a) the collision of ocean tides with river waters. b) a great destructive noise that strikes twice a day in southern Brazil. c) a typical phenomenon observed in every Brazilian river. d) an Indian name of a brave Brazilian tribe. e) a surfing marathon in the Amazon river. 02. The sound of the pororoca is comparable to a) a soothing symphony b) a powerful loud noise c) singing birds d) berimbau tunes e) ancient medieval music 03. The option that best conveys the meaning of paragraph 5 is: a) Walls of chocolate-colored water invade river banks in the full moon. b) The pororoca is a phenomenon observed only in the Amazon basin. c) Tidal bores are a feature of many world rivers. d) Pororoca is a regular phenomenon observed only in ocean waters. e) Araguari tides seduce surfers from all over the world. 04. The affirmative "For surfers, bores are anything but boring." implies that bores are: a) quite unexciting. b) extremely boring. c) an uninteresting experience. d) far from being dull. e) an experience not to be repeated. 05. According to the text, the marked difference between surfing the pororoca and surfing sea waves is: a) Sea waves hit river waters more gently than pororoca waves. b) Surfing on the sea is a more thrilling experience. c) A marathon wave is not as destructive as sea waves. d) Pororoca waves last longer. e) Ocean waves allow riding longer distances. Espanhol 06. A menudo se le dice "el presidente más pobre del mundo", aunque José Mujica asegura que no es pobre, que lo que hace es vivir como la mayor parte de los uruguayos. Vive en la misma casa de campo desde hace décadas, con su esposa, Lucía, y su perra de tres patas, Manuela. Su estilo de vida sencillo — pero no "austero", una palabra que le recuerda, dice, a los recortes sociales en Europa — despertó algunos recelos entre sus compatriotas al principio, cuando creían que su país sería una vergüenza por tener un presidente que viaja en un auto viejo,calza alpargatas y maneja un tractor. Sin embargo, triunfó en el resto del mundo, donde aplaudieron su humildad. Sus discursos en Naciones Unidas o sus entrevistas con canales de todo el planeta se compartieron hasta la saciedad en redes sociales. Mujica también parece haber conquistado a la mayor parte de los uruguayos, ya que se fue del gobierno con un 65% de aprobación, según un reciente sondeo de la firma Equipos Mori. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 29 out. 2018 (adaptado). O fragmento de texto anterior apresenta uma breve descrição do estilo de vida de José Mujica, ex-presidente do Uruguai. Conforme o texto, o estilo de vida do ex-presidente é a) vergonhoso, pois ele usa vestimenta pouco adequada para um presidente. b) rigoroso, pois ele reside em uma casa com a família e animais domésticos. c) tradicional, pois reproduz as caraterísticas de qualquer família latino-americana. d) simples, com o qual conquistou a aprovação tanto dentro como fora de seu país. e) elogioso, pois é merecedor de comentários positivos na ONU por sua forma de ver a vida. http://www.bbc.com/ 3 3º ANO 07. Disponível em: www.codapa.org. Acesso em: 10 out. 2018. O cartaz informativo anterior trata do consumo drogas, um problema mundialmente preocupante. Esse cartaz tem como principal objetivo a) advertir os pais e educadores sobre o consumo de drogas. b) ilustrar as sustâncias que a população deve evitar consumir. c) sugerir o que fazer no tempo livre para manter-se longe das drogas. d) provar que o consumo de drogas é nocivo para a população adolescente. e) alertar a população adolescente e seus responsáveis sobre a dificuldade de se divertir longe das drogas. 08. Octubre 12 El Descubrimiento En 1492, los nativos descubrieron que eran indios, descubrieron que vivían en América, descubrieron que estaban desnudos, descubrieron que existía el pecado, descubrieron que debían obediencia a un rey y a una reina de otro mundo y a un dios de otro cielo, y que ese dios había inventado la culpa y el vestido y había mandado que fuera quemado vivo quien adorara al sol y a la luna y a la tierra y a la lluvia que la moja. GALEANO, E. Los hijos de los días. Siglo XXI, 2012. Eduardo Galeano, escritor uruguaio, no fragmento descrito, mostra um claro exemplo de a) altruísmo do conquistador em relação ao conquistado. b) aculturação dos povos nativos que habitavam a América. c) ceticismo das civilizações nativas em relação ao politeísmo. d) relação harmônica entre os conquistadores e os conquistados. e) consenso de crenças entre os colonizadores e os colonizados. 09. Disponível em: https://ethicsalarms.com. Acesso em: 19 jan. 2019. Uma conclusão que se pode tirar da charge é que a sociedade apresentada a) se caracteriza por seu caráter solidário. b) gosta de viajar e de registrar suas histórias. c) está mais preocupada com sua vida virtual do que com sua vida real. d) se preocupa em ter um bom registro fotográfico para poder ajudar ao próximo. e) demonstra preocupação com aqueles que não estão inseridos no mundo digital. 10. Disponível em: http://dicasprofessoresespanhol.blogspot.com. Acesso em: 20 jan. 2019. Uma crítica que pode ser feita em relação ao texto é que representa a) modernidade. b) estereótipo. c) feminismo. d) igualdade. e) evolução. http://www.codapa.org/ 4 3º ANO Língua Portuguesa 11. Na tira, temos respectivamente no primeiro e último quadrinho a) onomatopeia e função metalinguística. b) aliteração e função metalinguística. c) assonância e função conativa. d) onomatopeia e função fática. e) assonância e função emotiva. 12. A terra é naturá Iscute o que tô dizendo, Seu dotô, seu coroné: De fome tão padecendo Meus fio e minha muié. Sem briga, questão nem guerra, Meça desta grande terra Umas tarefas pra eu! Tenha pena do agregado Não me dexê deserdado (PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008.) Com relação ao nível de linguagem empregado no poema, é possível afirmar que: a) A linguagem muito coloquial compromete a leitura do poema e, dessa forma, impede que o leitor compreenda seu conteúdo e sentido. b) As palavras “dotô”, “conoré” e “muié” revelam uma característica exclusiva do dialeto nordestino da língua portuguesa brasileira. c) A linguagem empregada no poema é padrão, embora haja poucas palavras, como “dotô”, “conoré”, “muié” e “dexê”, que são utilizadas na linguagem coloquial. d) A linguagem do poema é coloquial, já que é construído a partir da reprodução fiel da fala de algum nativo da língua portuguesa. e) A linguagem empregada no poema é padrão. O que ocorre é que as palavras “dotô”, “conoré” e “muié” eram assim escritas antigamente. 13. − Ã-hã, quer entrar, pode entrar... Mecê sabia que eu moro aqui? Como é que sabia? Hum, hum...Cavalo seu é esse só? Ixe! Cavalo tá manco, aguado. Presta mais não. ROSA, João Guimarães. Estas estórias: Meu tio o Iauaretê. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969, p. 126. Observando-se a variedade linguística de que se vale o falante do trecho apresentado, percebe-se uso de a) linguagem marcada por construções sintáticas complexas e inapropriadas para o contexto, responsáveis por truncar a comunicação e dificultar o entendimento. b) linguagem formal, utilizada pelas pessoas que dominam o nível culto da linguagem, sendo, portanto, adequada à situação em que o falante se encontra. c) gírias e interjeições, como “ixe” e “aguado”, prioritariamente utilizadas entre os jovens, sendo assim, incompatíveis com a situação em que o falante se encontra. d) coloquialismos e linguagem informal, como “mecê” e “tá”, apropriados para a situação de informalidade em que o falante se encontra. 14. Mostre que sua memória é melhor do que a de computador e guarde esta condição: 12x sem juros. Revista Época, n. 424, 3 jul. 2006. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é: a) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 15. Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia, n. 7, ano 48, jul. 2009. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementosconstitutivos desse texto demonstra que sua função é: a) vender um produto anunciado. b) informar sobre astronomia. c) ensinar os cuidados com a saúde. d) expor a opinião de leitores em um jornal. e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. 5 3º ANO 16. Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis. Machado de Assis Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana. c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos. d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos. e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada, sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva. 17. O trovador Sentimentos em mim do asperamente dos homens das primeiras eras... As primaveras do sarcasmo intermitentemente no meu coração arlequinal... Intermitentemente... Outras vezes é um doente, um frio na minha alma doente como um longo som redondo... Cantabona! Cantabona! Dlorom... Sou um tupi tangendo um alaúde! ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.). Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade em O trovador, esse aspecto é a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade. b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas. c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9). d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde(civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas. 18. Aí, galera Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo ‘estereotipação’? E, no entanto, por que não? — Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. — Minha saudação aos aficionados do clube aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. — Como é? — Aí, galera. — Quais são as instruções do técnico? — Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação. — Ahn? — É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça. — Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? — Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas? — Pode. — Uma saudação para a minha genitora. — Como é? — Alô, mamãe! — Estou vendo que você é um, um... — Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação? — Estereoquê? — Um chato? — Isso. VERISSIMO, Luis Fernando. In: Correio Braziliense, 12 maio 1998. O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto: a) “O carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito.” (Um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando.) b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” (Um jovem que fala para um amigo.) c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação.” (Alguém comenta em uma reunião de trabalho.) d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de secretária executiva desta conceituada empresa.” (Alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.) e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” (Um professor universitário em um congresso internacional.) 6 3º ANO 19. Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mudança. Retardara-se e repreendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará- la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos. (Vidas secas, Graciliano Ramos) Assinale a alternativa incorreta: a) O trecho pode ser compreendido como suspensão temporária da dinâmica narrativa, apresentando uma cena “congelada”, que permite focalizar a dimensão psicológica da personagem. b) Pertencendo ao último capítulo da obra, o trecho faz referência tanto às conquistas recentes de Fabiano, quanto à desilusão do personagem ao perceber que todo seu esforço fora em vão. c) A resistência de Fabiano em abandonar a fazenda deve-se à sua incapacidade de articular logicamente o pensamento e, portanto, de perceber a gradual mas inevitável chegada da seca. d) A expressão “coisas alheias” reforça a crítica, presente em toda obra, à marginalização social por meio da exclusão econômica. e) As referências a “enterro” e “cemitério” radicalizam a caracterização das “vidas secas” do sertão nordestino, uma vez que limitam as perspectivas do sertanejo pobre à luta contra a morte. 20. Não sei dançar Uns tomam éter, outros cocaína. Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria. Tenho todos os motivos menos um de ser triste. Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria… Abaixo Amiel! E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff. Sim, já perdi pai, mãe, irmãos. Perdi a saúde também. É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band. Uns tomam éter, outros cocaína. Eu tomo alegria!Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda. […] (Libertinagem, Manuel Bandeira) Sobre os versos transcritos, assinale a alternativa incorreta: a) A melancolia do eu-lírico é apenas aparente: interiormente ele se identifica com a atmosfera festiva do carnaval, como se percebe no tom exclamativo de “Eu tomo alegria!” b) A perda dos familiares e da saúde são aspectos autobiográficos do autor presentes no texto. c) A alegria do carnaval é meio de evasão para eu-lírico, que procura alienar-se de seu sofrimento. d) O último verso transcrito associa-se ao título do poema, pois o eu- lírico não participa, de fato, do baile de carnaval. e) O eu-lírico revela, em tom bem-humorado e descompromissado, ser uma pessoa exageradamente sensível. 21. Eu e o sertão Sertão, arguém te cantô Eu sempre tenho cantado E ainda cantando tô, Pruquê, meu torrão amado, Munto te prezo, te quero E vejo qui os teus mistero Ninguém sabe decifrá. A tua beleza é tanta, Qui o poeta canta, canta, E inda fica o qui cantá. [...] Patativa do Assaré. Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1982) segmento do poema ao lado apresenta a) um testemunho de quem conhece o ambiente retratado. b) humor e ironia numa linguagem simples típica do sertanejo. c) uma descrição detalhada do espaço. d) a percepção do poeta de que seu canto é a melhor das interpretações. e) perceptível distanciamento entre o poeta e o objeto do seu canto. 22. Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma [3] E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento [6] Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. [9] De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. [12] Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama (v. 5-6) Em relação à expressão o vento, o verso sublinhado assume a função de indicar uma a) gradação b) nomeação c) comparação d) caracterização e) exemplificação 7 3º ANO 23. A geografia linguística no Brasil É por meio da língua que o homem expressa suas ideias, as ideias de sua geração, as ideias da comunidade a que pertence, as ideias de seu tempo. A todo instante, utiliza-a de acordo com uma tradição que lhe foi transmitida, e contribui para sua renovação e constante transformação. Cada falante é, a um tempo, usuário e agente modificador de sua língua, nela imprimindo marcas geradas pelas novas situações com que se depara. Nesse sentido, pode-se afirmar que, na língua, se projeta a cultura de um povo, compreendendo-se cultura no seu sentido mais amplo, aquele que abarca “o conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”, segundo o novo Aurélio. [...] Ao falar, um indivíduo transmite, além da mensagem contida em seu discurso, uma série de dados que permite a um interlocutor atento não só depreender seu estilo pessoal, mas também filiá-lo a um determinado grupo. A entonação, a pronúncia, a escolha vocabular, a preferência por determinadas construções frasais, os mecanismos morfológicos que são peculiares a determinado usuário podem servir de índices que identifiquem: a) o país ou a região de que se origina; b) o grupo social de que faz parte (seu grau de instrução, sua faixa etária, seu nível socioeconômico, sua atividade profissional); c) a situação (formal) ou (informal) em que se encontra. [...] O Brasil, em decorrência do processo de povoamento e colonização a que foi submetido bem como das condições em que se deu sua independência política e seu posterior desenvolvimento, apresenta grandes contrastes regionais e sociais, estes últimos perceptíveis mesmo em grandes centros urbanos, em cuja periferia se concentram comunidades mantidas à margem do progresso. Um retrato fiel, atual, de nosso país teria de colocar lado a lado: executivos de grandes empresas; técnicos que manipulam, com desenvoltura, o computador; operários de pequenas, médias e grandes indústrias; vaqueiros isolados em latifúndios; cortadores de cana; pescadores artesanais; plantadores de mandioca em humildes roças; viajantes que comerciam pelo sertão; indígenas aculturados. [...] Detentores de antigos costumes portugueses aqui reelaborados pelo contato com outra terra e outras gentes ou, já em acelerado processo de mestiçagem étnica e linguística, esquecidos das origens, esses homens e mulheres guardam, na sua forma de expressão oral, as marcas de nossa identidade linguístico-cultural e a resposta a muitas indagações e a diversas hipóteses sobre a história e o estado atual do português do Brasil. Sílvia F. Brandão. A geografia linguística no Brasil. São Paulo: Ática, 1991. p.5-17 (adaptado). Em: “O Brasil, em decorrência do processo de povoamento e colonização a que foi submetido bem como das condições em que se deu sua independência política e seu posterior desenvolvimento, o segmento destacado tem um sentido de a) oposição. b) temporalidade. c) finalidade. d) causalidade. e) alternância. 24. Maurício de Sousa. Disponível em: aliteranda.files.wordpress.com. Acesso em: 16 nov. 2015. Considere o seguinte trecho: “[...] e então, adicionam-se duas colheres de açúcar mascavo e mexe-se a calda por dois minutos [...]”. A partir das palavras em destaque e das noções de variação linguística, assinale a alternativa correta. a) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de concordância entre o sujeito e o predicado. b) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de regência verbal. c) Não há desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como pronome apassivador. d) Há um desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito. e) Não há desvio da norma culta, pois o autor dá voz a um adulto e não a uma criança. 8 3º ANO 25. Depois de um bom jantar: feijão com carne-seca, orelha de porco e couve com angu, arroz-mole engordurado, carne de vento assada no espeto, torresmo enxuto de toicinho da barriga, viradinho de milho verde e um prato de caldo de couve, jantar encerrado por um prato fundo de canjica com torrões de açúcar, Nhô Tomé saboreou o café forte e se estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, à guisa de travesseiro, o indefectível cigarro de palha entre as pontas do indicador e do polegar, envernizados pela fumaça, de unhas encanoadas e longas, ficou-se de pança para o ar, modorrento, a olhar para as ripas do telhado. Quem come e não deita, a comida não aproveita, pensava Nhô Tomé... E pôs-se a cochilar. A sua modorra durou pouco; Tia Policena, ao passar pela sala, bradou assombrada: — Êêh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num presta... Dá pisadêra e póde morrê de ataque de cabeça! Despois do armoço num far-má... mais despois da janta?!” PIREs, C. Conversas ao pé do fogo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1987. Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em 1921, o narrador a) apresenta, sem explicitar juízos de valor, costumes da época, descrevendo os pratos servidos no jantar e a atitude de Nhô Tomé e de Tia Policena. b) desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora à narrativa usos próprios da linguagem regional das personagens.c) condena os hábitos descritos, dando voz a Tia Policena, que tenta impedir Nhô Tomé de deitar-se após as refeições. d) utiliza a diversidade sociocultural e linguística para demonstrar seu desrespeito às populações das zonas rurais do início do século XX. e) manifesta preconceito em relação a Tia Policena ao transcrever a fala dela com os erros próprios da região. 26. DAHMER, A. Folha de São Paulo, 13 maio 2013. A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet: a) Proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo. b) Configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados. c) Emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados. d) Apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos. e) Acredita na inexistência de pessoas com antecedentes criminais na internet. 27. Quino. Mafalda. 6. São Paulo: Martins Fontes, p. 12-13. A linguagem dos Quadrinhos, em geral, traz uma crítica a um determinado aspecto da vida social ou, numa perspectiva mais ampla, da própria história da humanidade. Na presente Tira, Mafalda: a) mostra que os instrumentos a serviço da agressão humana se mantiveram no mesmo nível de potência e resolução. b) constata que, numa perspectiva bélica, o homem, desde sempre, se recusou a conquistar novos padrões de evolução. c) sente que seu gosto pela evolução do ser humano é compensado, pois as notícias confirmam essa evolução. d) conclui, assustada, que a evolução das coisas é fato, mas não vê motivo para se alegrar com as mudanças do que é tipicamente humano. e) ressalta a necessidade de que sejam analisadas, com detalhes, a forma como o homem evoluiu na expressão de seus sentimentos. 9 3º ANO 28. Disponível em: http://www.blogdozebrao.com.br/v1/2015/01/18/charges-42/. Acesso em: 16 set. 2018. O humor da charge é marcado por: a) apresentar um perigo eminente. b) exibir a polissemia de um vocábulo. c) recorrer a uma linguagem formal. d) recorrer a uma linguagem coloquial. e) mostrar um náufrago com um celular. 29. Argumento (Paulinho da Viola) “Tá legal Eu aceito o argumento Mas não me altere o samba tanto assim Olha que a rapaziada está sentindo a falta De um cavaco, de um pandeiro Ou de um tamborim. Sem preconceito Ou mania de passado Sem querer ficar do lado De quem não quer navegar Faça como um velho marinheiro Que durante o nevoeiro Leva o barco devagar.” Ao empregar, na letra da canção, o verbo navegar; em sentido metafórico e desdobrar esse sentido nos versos seguintes, o compositor recorre ao seguinte recurso expressivo: a) Alegoria. b) Personificação. c) Hipérbole. d) Eufemismo. e) Pleonasmo. 30. Disponível em: crjvitoria.blogspot.com.br. Acesso em: 12 ago. 2019. Na charge, o personagem formula uma pergunta cuja resposta está sugerida pela imagem refletida no espelho. A partir dos elementos contidos na imagem, trata-se de uma resposta que expressa o seguinte posicionamento: a) Recusa de uma denúncia. b) Refutação de uma avaliação. c) Silenciamento de uma crítica. d) Confirmação de uma hipótese. e) Exposição de uma realidade social. Literatura 31. Creio que se pode chamar de pré-modernismo (no sentido forte de premonição dos temas vivos em 1922) tudo o que, nas primeiras décadas do século XX, problematiza a nossa realidade social e cultural. [...] Caberia ao romance de Lima Barreto e de Graça Aranha, ao longo do ensaísmo social de Euclides, Alberto Torres, Oliveira Viana e Manuel Bonfim, e à vivência brasileira de Monteiro Lobato o papel histórico de mover as águas estagnadas da belle époque, revelando, antes dos modernistas, as tensões que sofria a vida nacional. BOSI, A. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1980. A partir do posicionamento crítico de Alfredo Bosi, uma atitude comum caracterizaria a postura literária de autores pré-modernistas, a exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Pode ela ser definida como a) a necessidade de superar, em termos de um programa definido, as estéticas românticas e realistas. b) pretensão de dar um caráter definitivamente brasileiro à nossa literatura, que se mostrava totalmente europeia. c) uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira. d) a necessidade de fazer crítica social, já que o Realismo havia sido ineficaz nessa matéria. e) aproveitamento estético do que havia de melhor na herança literária brasileira, desde suas primeiras manifestações. 10 3º ANO 32. Antônio Maciel, ainda moço, já impressionava vivamente a imaginação dos sertanejos. Aparecia por aqueles lugares sem destino fixo, errante. Nada referia sobre o passado. Praticava em frases breves e raros monossílabos. Andava sem rumo certo, de um pouso para outro, indiferente à vida e aos perigos, alimentando-se mal e ocasionalmente, dormindo ao relento à beira dos caminhos, numa penitência demorada e rude...Tornou-se logo alguma coisa de fantástico ou mal-assombrado para aquelas gentes simples. Ao abeirar-se das rancharias dos tropeiros aquele velho singular, de pouco mais de trinta anos, fazia que cessassem os improvisos e as violas festivas. Era natural. Ele surdia esquálido e macerado -dentro do hábito escorrido, sem relevos, mudo, como uma sombra, das chapadas povoadas de duendes... Passava, buscando outros lugares, deixando absortos os matutos supersticiosos. Dominava-os, por fim, sem o querer. No seio de uma sociedade primitiva que pelas qualidades étnicas e influxo das santas missões malévolas compreendia melhor a vida pelo incompreendido dos milagres, o seu viver misterioso rodeou-o logo de não vulgar prestígio, agravando-lhe, talvez, o temperamento delirante. A pouco e pouco todo o domínio que, sem cálculo, derramava em torno, parece haver refluído sobre si mesmo. Todas as conjeturas ou lendas que para logo o circundaram fizeram o ambiente propício ao germinar do próprio desvario. A sua insânia estava, ali, exteriorizada. [...] Aquele dominador foi um títere. Agiu passivo, como uma sombra. Mas esta condensava o obscurantismo de três raças. E cresceu tanto que se projetou na História...” Euclides da Cunha. Os sertões. Parte II. Notas: 1. rancharias: arranchamento, conjunto de ranchos ou casebres; povoado pobre. 2. surdia: surgia. 3. santas missões: instalação de missionários para pregação da fé cristã. Esses propagandistas do cristianismo agem em grupo, criando um ambiente de histeria, que favorece a persuasão da mensagem cristã. A leitura do texto em seu gênero, narrativa e intenção comunicativa atenta para a caracterização de Antônio Conselheiro na obra Os Sertões, nela seu autor a) apresenta Conselheiro de acordo com a visão elitista, dominante no fim do século XIX e início do XX. b) utiliza a norma culta, imposta pelo rigor científico mas de rara beleza literária, com toques de erudição. c) observa que o domínio do Conselheiro sobre as povoações foi se impondo pelo carisma da figura messiânica. Para isso, contribuiu o ambiente atrasado e supersticioso da região. d) cria Os Sertões como testamento histórico e social ao interpretar mesmo que diante de aspectos naturalistas uma realização mais próxima do Brasil real. e) evolui as possibilidades de construção literária. Os temas, as composições e os Gêneros utilizados foram plurissignificativos. 33. A luta é desigual. A força militar decai a um plano interior. Batem-na o homem e a terra. E quando o sertão estua nos bochornos dos estios longos não é difícil prever a quem cabe a vitória. Enquanto o minotauro impotente e possante, inerme com a sua envergadura de aço e grifos de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, aos primeiros sintomas da fome, reflui à retaguarda, fugindo ante o deserto ameaçador e estéril, aquela flora agressiva abre ao sertanejo um seio carinhoso e amigo. Então - nas quadras indecisas entre a “seca” e o “verde”, quando se topam os últimos fios de água no lodo das ipueiras e as últimas folhas amarelecidas nas ramas das baraúnas, e o forasteiro se assusta e foge ante o flagelo iminente, aquele segue feliz nas travessias longas, pelos desvios das veredas, firme na rota como quem conhece a palmo todos os recantos do imenso lar sem teto. Os Sertões, Euclides da Cunha. Na obra Os Sertões, a dimensão atingida ao descrever a terra estabelece ainda identificação com o mais racional e científico. A natureza em sua estrutura ambiental é determinante ao homem quando se entende que ela a) condiciona o comportamento do homem, de acordo com as concepções do determinismo cientifico de fins do século XIX. b) é objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos humanos do autor. c) funciona como contraponto à narração, ressaltando o contaste entre o meio inerte e o homem agressivo. d) é o grande tema de toda a obra, A Terra, mas não funciona como elemento determinante da ação. e) é cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que podem transformá-la, sem que sejam por ela transformados. 34. A partir dessas mudanças, a pesquisadora mostra como o escritor promoveu uma evolução no texto de Os Sertões. "Mal sabiam os modernistas que, em Euclides, contavam com um abridor de caminhos", observa Walnice, em texto publicado no volume. "As numerosas emendas a que submeteu as sucessivas edições de Os Sertões, enquanto viveu, apontam para um progressivo abrasileiramento do discurso [...] E, curiosamente, com o passar do tempo, a obra se tornou cada vez mais admirada especialmente pelo aspecto estilístico e não tanto pela análise científica. Afinal, enquanto suas observações científicas foram, aos poucos, ultrapassadas, a força de sua prosa é cada vez mais valorizada, reconhecimento que começou com Monteiro Lobato, impressionado com a escrita de Euclides. GALVÃO, W. N. O Estado de S. Paulo. Euclides da Cunha, ao ser enviado para cobrir o episódio de Canudos, acabou por escrever um livro exemplar para os estudos sobre o Brasil. A obra é importante para se pensar as identidades brasileiras porque a) porque Euclides da Cunha, ao construir uma interpretação minuciosa do episódio de Canudos, evidencia sua visão sobre a complexidade das relações que estavam em confronto naquele momento. b) porque, ao escrever Os sertões, Euclides da Cunha se coloca com neutralidade frente a um episódio singular da história brasileira. c) porque o jornalista Euclides da Cunha escreve um texto cuja leitura é facilitada pelo fato de ele utilizar uma simplificação do episódio apresentado. d) porque Os sertões, de Euclides da Cunha, é um livro escrito por um representante do governo brasileiro, exaltando o modo como este governo atuou no episódio de Canudos. e) porque a análise empreendida por Euclides da Cunha em Os sertões demonstra seu posicionamento no que diz respeito ao modo como o povo brasileiro vê seus heróis. 11 3º ANO 35. Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se- lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos palo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante… CUNHA, E. Os sertões. Disponível em: http://pt. scribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012. A escolha de determinadas palavras e expressões está a serviço de um protagonismo da região para com o homem na passagem a) “a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua...” b) “o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o...” c) “desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado” d) “entrecruzados apontando rijamente no espaço” e) “lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante…” 36. O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapé sinistro e aquele "sopapo" que deixava ver a trama das varas, como o esqueleto de um doente. Por que, ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil, trabalho de horas? e não havia gado, nem grande, nem pequeno. Era raro uma cabra, um carneiro. Por quê? [...] Não podia ser preguiça só ou indolência. Lima Barreto. Triste Fim de Policarpo Quaresma. Através da crítica que representou uma interpretação do Brasil em nível literário mais próximo ao social, o texto estabelece a) uma descrição dos grandes centros urbanos. b) as lembranças de um personagem que conta a um interlocutor suas experiências em contato com a natureza tropical. c) a indolência dos roceiros como a única responsável pela realidade do seu meio d) a falta de perspectiva nas cidades. e) o contato com a realidade rural, a perspectiva crítica dos problemas da população do campo. 37. “Uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira, em nível autêntico e de aspectos antes negligenciados”. A frase entre aspas faz referência a qual período da literatura brasileira? a) Romantismo. b) Naturalismo. c) Realismo. d) Parnasianismo. e) Pré-Modernismo. 38. A luta é desigual. A força militar decai a um plano interior Batem-na o homem e a terra. E quando o sertão estua nos bochornos dos estios longos não é difícil prever a quem cabe a vitória. Enquanto o minotauro impotente e possante, inerme com a sua envergadura de aço e grifos de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, aos primeiros sintomas da fome, reflui à retaguarda, fugindo ante o deserto ameaçador e estéril, aquela flora agressiva abre ao sertanejo um seio carinhoso e amigo. Euclides da Cunha é autor de Os Sertões, obra prima da literatura brasileira, nela, a utilização de antigos recursos e tradições ao uso da descrição e da linguagem remete ao a) Realismo. b) Simbolismo. c) Arcadismo. d) Naturalismo. e) Barroco. 39. Saia de mim como suor Tudo o que eu sei de cor Sai de mim como excreto Tudo que está correto Saia de mim [...] Tudo o que for perfeito Saia de mim como um grito Tudo o que eu acredito Tudo que eu não esqueça Tudo que for certeza Saia de mim vomitado, Expelido, exorcizado Tudo que está estagnado Saia de mim como escarro [...] Sangue, lágrima, catarro Saia de mim a verdade!. Saia de mim – Arnaldo Antunes Podemos perceber, nos versos da música Saia de mim, do grupo Titãs, uma linguagem que tem nitidamente como intenção chocar e subverter valores sociais regidos por uma tendência politicamente correta. As palavras incomuns utilizadas nos versos denunciam uma forte influência do seguinte poeta: a) Casimiro de Abreu. b) Castro Alves. c) Augusto dos Anjos. d) TomasAntonio Gonzaga. e) Olavo Bilac. 40. Sobre o romance Triste fim de Policarpo Quaresma. Da personagem que dá título ao romance, podemos afirmar que a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras. b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira. c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte justamente pelos valores que defendia. d) foi considerado traidor da pátria, porque participou da conspiração contra Floriano Peixoto. e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas que o cercavam. 12 3º ANO 41. De Verlaine Minha vida descansa Num sonho sem lampejos: Dormi, toda esperança, Dormi, ó meus desejos! Do mal, do bem transviada, Perco toda a memória. Eu não vejo mais nada Oh a triste, a triste história! Eu sou uma redoiça Que leva mão fagueira Em silêncio baloiça Da sepultura à beira GUIMARAENS, A. In: GUIMARAENS FILHO, A. redoiça: corda fixada pelas extremidades, às vezes provida de assento; balanço. O Simbolismo enveredou por caminhos algumas vezes semelhantes aos Romantismo. No poema de Alphonsus de Guimarães, pode-se depreender do fato de que os autores simbolistas, via de regra a) aceitaram que o real é aquilo que está refletido na consciência individual. b) assumiram uma postura esteticista, cultuaram a forma e a expressão ortodoxa. c) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico, além de abordar assuntos relacionados ao espiritual, místico e religioso. d) adotaram uma expressão oralizada, valendo-se dos recursos da fala popular. e) impuseram à literatura uma concepção positiva do mundo, segundo a qual o homem exprime as contradições e grandezas da sociedade em que vive. 42. Lua-nova “Pobre Lua-nova tão pequena, Pelo infinito do céu perdida, Tão magoada, tão cheia de pena, Da cor de uma menina sem vida ... Pobre lua-nova, que te pôs Tão nua assim num salão tamanho, Com o corpo cheio de pó-de- arroz, Como um anjo que saiu do banho?” O fragmento poético de Alphonsus de Guimaraens, trabalha como metáfora: a) A lua como verdadeira noiva. b) A lua personifica sua amada morta. c) A lua como símbolo de sensualidade. d) A lua como personificação de um anjo. e) A lua como personificação de criança. 43. Ismália Quando Ismália enloqueceu, Pôs-se na tôrre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu Banhou-se tôda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E no desvario seu, Na tôrre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar... Em relação ao poema Ismália, temos como temática: a) O sonho que se perde no luar. b) A loucura como libertação da realidade. c) A morte como libertação da alma. d) Um anjo que merece céu. e) O paradoxo entre a lua e o mar. 44. Leia o fragmento a seguir do poema “Evocações” de Alphonsus de Guimaraens: Na primavera que era a derradeira, Mãos estendidas a pedir esmola Da estrada fui postar-me à beira. Brilhava o sol e o arco-íris era a estola Maravilhosamente no ar suspensa Como se sabe, Alphonsus de Guimaraens é tido como um dos mais importantes representantes do Simbolismo no Brasil. No fragmento, pode-se destacar a seguinte característica da escola à qual pertence: a) bucolismo, que se caracteriza pela participação ativa da natureza nas ações narradas. b) intensa movimentação e alta tensão dramática. c) concretismo e realismo nas descrições. d) foco no instante, na cena particular e na impressão que causa. e) tom poético melancólico, apresentando a natureza como cúmplice na tristeza. 45. Mãos de finada, aquelas mãos de neve, De tos marfíneos, de ossatura rica, Pairando no ar, num gesto brando e leve, Que parece ordenar, mas que suplica. Erguem-se ao longe como se as eleve Alguém que ante os altares sacrifica: Mãos que consagram, mãos que partem breve, Mas cuja sombra nos meus olhos fica... Mãos de esperança para as almas loucas, Brumosas mãos que vêm brancas, distantes, Fechar ao mesmo tempo tantas bocas... Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas, Grandes, magoadas, pálidas, tateantes, Cerrando os olhos das visões defuntas... O Simbolismo retomou características do Romantismo e não abandonou uma característica do Parnasianismo. Temos uma identificação do soneto acima: a) Alguns parnasianos não seguiram totalmente a objetividade e por isso a associação entre românticos e parnasianos b) O simbolismo é subjetivo ,religioso ,assim como o romantismo ,daí a confusão entre as duas escolas literárias c) O simbolismo guardou a sensualidade parnasiana e a emoção do romantismo d) Do Romantismo guardou a subjetividade, a religiosidade e o misticismo. E do Parnasianismo guardou a preocupação com o aspecto formal, isto é, a rima e a métrica. e) Guardou a rima e a métrica parnasiana e o nacionalismo romântico 46. “Para as estrelas de cristais gelados. as ânsias e os desejos vão subindo, galgando azuis e siderais noivados, de nuvens brancas a amplidão vestido..." Nesses versos aparece a) o desejo de evasão que caracteriza a poesia romântica. b) o uso de imagens minerais que pertence ao Parnasianismo. c) a contradição da escola barroca. d) o panteísmo arcádico. e) a aspiração ao infinito, à transcendência, um dos temas do Simbolismo. 13 3º ANO 47. No estudo de um poema, o reconhecimento dos recursos utilizados pelo poeta constituem um importante fator para a compreensão das ideias. Leia os versos a seguir e, a seguir, assinale o corresponde quanto ao uso da linguagem. Grinaldas e véus brancos, véus de neve, Véus e grinaldas purificadores, Vão as Flores carnais, as alvas Flores Do Sentimento delicado e leve. SOUSA, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1961. a) A estrofe acima, quanto ao aspecto formal, apresenta os recursos utilizados pelo poeta para obter ritmo e musicalidade: os versos são redondilhas maiores, a sonoridade é expressiva e o ritmo é musical, elementos indicadores da pureza de sentimentos nobres. b) A estrofe acima apresenta em seus versos o emprego de substantivos (brancos, purificadores, carnais, alvas, delicado) que revelam subjetivismo, angústia e paixão pelo ser amado. c) A estrofe é marcada, desde o início, por uma descrição metonímica (a parte pelo todo) por meio das palavras grinaldas, véus, flores, Sentimento, que conduzem à metáfora Flores carnais (a mulher), referindo-se à beleza da natureza concreta, física, como o único refúgio do eu-lírico. d) Os versos são marcados pelo uso de maiúsculas (Flores; Sentimento), cujo efeito poético pretendido é materializar essa flor e situá-la em um jardim esplendoroso e, com isso, enfatizar a obsessão do eu-lírico pela beleza e pelo amor. e) Os versos são marcados pelo uso de substantivos e adjetivos expressivos: grinaldas e véus brancos, véus de neve; purificadores; alvas Flores; delicado e leve, além do uso de maiúsculas (Flores; Sentimento) e aliterações (uso constante do “v” e do “s”) como recursos poéticos cujo efeito é sugerir a brancura, a leveza e a delicadeza do sentimento amoroso. 48. Leia os seguintes versos: Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava... Na dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo perfumava. Era um som feito luz, eram volatas Em lânguida espiral que iluminava, Brancas sonoridades de cascatas... Tanta harmonia melancolizava. SOUZA, C. Cristais. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. Os fundamentos do simbolismo presentes no texto são: a) Sinestesia, aliteração, sugestão. b) Clareza, perfeição formal, objetividade.c) Aliteração, objetividade, ritmo constante. d) Perfeição formal, clareza, sinestesia. e) Perfeição formal, objetividade, sinestesia. 49. [...] Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. [...] Este quarteto retirado do poema Violões que choram..., de Cruz e Sousa, permite que se identifiquem algumas características da estética literária a que pertencem. Então é correto afirmar que: a) o Simbolismo Brasileiro foi marcado por um intenso trabalho com a musicalidade expressa especialmente pela assonância e pela aliteração. b) a poesia simbolista, no Brasil, deixou-se impregnar pela busca de temas ligados à identidade nacional. c) Cruz e Sousa foi poeta diretamente vinculado a preocupações cientificistas da existência humana. d) no Brasil, o simbolismo serviu de respaldo para uma poesia de extração social, em especial no que tange às classes mais humildes. e) um dos grandes argumentos da poesia simbolista de Cruz e Sousa foi o resgate de uma cultura popular de origem ibérica 50. Leia o poema "Siderações", de Cruz e Souza. Para as estrelas de cristais gelados As ânsias e os desejos vão subindo, Galgando azuis e siderais noivados, De nuvens brancas a amplidão vestindo... Num cortejo de cânticos alados Os arcanjos, as cítaras ferindo, Passam, das vestes nos troféus prateados, As asas de ouro finamente abrindo... Dos etéreos turíbulos de neve Claro incenso aromal, límpido e leve, Ondas nevoentas de visões levanta... E as ânsias e desejos infinitos Vão com os arcanjos formulando ritos Da eternidade que nos astros canta... A respeito do poema, a) o poeta idealiza seus desejos, projetando-os para uma instância inatingível. b) o poema emprega descrições nítidas que garantem uma compreensão exata dos versos. c) o poeta expõe a sua avaliação sobre a realidade objetiva, utilizando imagens da natureza em linguagem precisa e direta. d) o poema, em forma de epigrama, traduz uma visão materialista do amor e da sensualidade. e) se trata da descrição de fantasias e alucinações apresentadas nos moldes de ficção científica. 14 3º ANO História 51. Desde 2013, o autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante – também conhecido pelas siglas ISIL ou ISIS, na tradução do nome do grupo em inglês – luta pela conquista de territórios na Síria e no Iraque, travando uma guerra que já deixou mais de 230 mil mortos e milhões de desabrigados. [...] Para afirmar a superioridade do Islamismo, o Estado Islâmico tem se esforçado para destruir sítios arqueológicos e históricos de civilizações e religiões antigas, numa tentativa de apagar o passado. [...] Em quase três anos de conflitos, o ISIS destruiu, pelo menos, treze sítios arqueológicos ou ruínas históricas. ALENCAR, Lucas. Treze locais históricos destruídos pelo Estado Islâmico. 4 jan. 2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/01/13- locais-historicos-destruidos-pelo-estado-islamico.html. Ao tratarmos de evidências e procedimentos para análise de processos históricos, é CORRETO afirmar que a) a análise histórica não necessita dessas evidências, já que elas eram apenas utilizadas como foco de visitação turística. Pois, o material necessário para a reflexão histórica encontra-se registrado em documentos impressos e arquivos públicos. b) a destruição desses registros históricos não faz parte do modo como o Estado Islâmico propõe impor certa leitura da história a partir dos seus interesses e domínio, esses atos foram realizados por erro de alvos durante os ataques realizados. c) a destruição dos sítios arqueológicos e históricos se deve apenas a um conflito no Oriente Médio em função das práticas religiosas e à intolerância pela intervenção estrangeira. d) práticas como as realizadas pelo Estado Islâmico, ao destruírem sítios arqueológicos e históricos, destacam como o debate sobre memória e história faz parte das disputas de poder, inclusive, como tentativa de imposição de certo nacionalismo como controle do presente e do passado para intenções futuras. e) as fontes são materiais importantes na investigação histórica acadêmica. O historiador se utiliza desses indícios para aprofundar pesquisas; com destaque para períodos, fatos e sujeitos. Porém, o uso de sítios arqueológicos e históricos são desnecessários ao ensino de história, por isso podem ser facilmente descartados. 52. Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer. Esta é uma fala do androide Roy que queria eliminar Decard, no filme Blade Runner, o Caçador de Androides (1982), dirigido por Ridley Scott. No entanto, no combate, Roy o salvou da morte. Essa reflexão apresenta a noção de uma existência construída por múltiplas experiências as quais, que por serem as memó- rias de Roy, se perderiam para sempre. Com base nos conhecimentos hoje predominantes sobre os fundamentos da história, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. (__) A História privilegia, nos seus estudos, as experiências coletivas dos grandes grupos humanos, excluindo a vida do indivíduo comum. (__) A historiografia desconsidera a memória oral para registrar as formas culturais de compreensão do mundo. (__) Nos museus e cemitérios, descansam os personagens históricos cujas ideias não mais afetarão os vivos. (__) Memória e história são noções diferentes, mas se complementam e interagem quando depoimentos orais são registrados em documentos. (__) Um fato histórico gera uma diversidade de documentos, e as interpretações sobre ele ressignificam o seu teor. Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. a) V, F, F, V, F b) V, F, V, F, V c) V, V, F, V, F d) F, F, F, V, V e) F, V, V, F, V 53. Examine duas pinturas produzidas na Caverna de Altamira, Espanha, durante o Período Paleolítico Superior. Tais pinturas rupestres podem ser consideradas como a) manifestação do primitivismo de povos incapazes de representações realistas. b) expressão artística infantilizada e insuficiente para fornecer qualquer indício sobre a vida na Pré-História. c) comprovação do pragmatismo de povos primitivos, despreocupados de sua alimentação. d) representação, em linguagem visual, dos vínculos materiais de um povo com o seu ambiente. e) revelação da predominância do pensamento abstrato sobre o concreto nos povos pré-históricos. 54. Um elemento essencial para a evolução da dieta humana foi a transição para a agricultura como o modo primordial de subsistência. A Revolução Neolítica estreitou dramaticamente o nicho alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos disponíveis; com a virada para a agricultura intensiva, houve um claro declínio na nutrição humana. Por sua vez, a industrialização recente do sistema alimentar mundial resultou em uma outra transição nutricional, na qual as nações em desenvolvimento estão experimentando, simultaneamente, subnutrição e obesidade. George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of Food Choice, and the Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2014 (adaptado). A respeito dos resultados das transformações nos sistemas alimentares descritas pelo autor, é correto afirmar: a) A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as sociedades humanas diminuiu após a Revolução Neolítica. b) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de mantimentos, melhorou o balanço nutricional das sociedades sedentárias. c) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revoluçõesNeolítica e Industrial trouxeram simplificação das dietas alimentares. d) As populações das nações em desenvolvimento estão sofrendo com a obesidade, por consumirem alimentos de melhor qualidade nutricional. e) A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-se inalterada da Revolução Neolítica à Revolução Industrial. 15 3º ANO 55. A colonização do Brasil, assim como a de outras regiões da América, proporcionou a produção de diversas crônicas nas quais os europeus deixaram seus relatos sobre as novas culturas que encontravam. O trecho a seguir é do cronista e religioso francês Claude d’Abbeville e trata da visão que teve dos índios tupinambás, como padre capuchinho francês, na época da ocupação do Maranhão entre 1612 e 1615. “Em verdade imaginava eu que iria encontrar verdadeiros animais ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei-me, porém, totalmente. Nos sentidos naturais, tanto internos como externos, jamais achei ninguém – indivíduo ou nação – que os superasse.[...] São extremamente discretos, muito compreensivos a tudo que se lhes deseja explicar, capazes de conhecer com rapidez tudo o que lhes ensinam. [...] São tão serenos e calmos que escutam atentamente tudo o que lhes dizem, sem jamais interromper os discursos. [...] falam às vezes, durante duas ou três horas em seguida, sem se cansar, revelando-se hábeis em tirar as necessárias deduções dos argumentos que se lhes apresentam. São muito lógicos e só se deixam levar pela razão e jamais sem conhecimento de causa”. Claude d’Abbeville. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1975. Com base no trecho e no que se sabe sobre o contato entre portugueses e nativos na colonização do Brasil, assinale com V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir. (__) O fragmento de texto mostra que sempre houve distorção sobre a real condição dos nativos brasileiros, tidos, enfim, como estúpidos, incapazes e preguiçosos. (__) O autor faz parte de um grupo de europeus que viram nos nativos brasileiros a imagem do homem puro e sem vícios, o “bom selvagem”, assim como os apresentou Rousseau. (__) Todos os cronistas coloniais passaram à Europa e para a posteridade esta mesma imagem dos nativos americanos, o que proporcionou um modelo de convivência pacífico e baseado no respeito à cultura indígena. (__) A percepção dos cronistas europeus sobre os nativos brasileiros baseou-se na sua origem, formação, valores e expectativas; desta forma, todos viram os nativos brasileiros com bons olhos, como o padre capuchinho Claude d’Abbeville. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F, V, F, F. c) V, F, V, V. e) V, V, V, F. b) V, V, F, V. d) F, F, V, F. 56. Uma das faces da percepção europeia do homem americano era a demonização. Dizia frei Vicente que o demônio perdera o controle sobre a Europa e se instalara em outra banda da Terra — a América. A infernalidade do demo chegará até a colorir o nome da colônia: Brasil, para nosso religioso, lembra as chamas infernais, vermelhas. E, aqui, ele foi vitorioso, pelo menos na primeira etapa da luta: esqueceu- se o nome de Santa Cruz, e a designação apadrinhada por Satanás acabou levando a melhor. Laura de Melo e Souza. Deus e o Diabo na Terra de Santa Cruz, 2005 (adaptado). Exemplificada no texto, a percepção dos portugueses em relação aos povos nativos da América Portuguesa era a) respeitosa, já que os europeus conseguiam ver nos nativos um povo de cultura distinta, porém merecedora de estudo e compreensão. b) negativa, uma vez que os nativos eram vistos como seres sem religião e possíveis cultuadores ou presas do demônio. c) indiferente, já que os portugueses protegiam os nativos e preferiam utilizar apenas a mão de obra de africanos escravizados. d) de bastante medo, uma vez que os nativos contavam com um arsenal de guerra sofisticado para os padrões europeus da época. e) frequentemente positiva, uma vez que estes incorporaram as ideias iluministas de Rousseau sobre o bom selvagem. 57. A análise da charge e os conhecimentos sobre a evolução política brasileira permitem afirmar: a) A organização administrativa brasileira colonial transferia o ônus da colonização para o capitão-donatário, no sistema de Capitanias Hereditárias. b) As Capitanias Hereditárias eram governadas pelos homens bons, ou seja, aqueles que professavam a crença judaica ou cristã, e eram possuidores de bens e eticamente respeitáveis. c) O Governo-Geral objetivava suprir a carência de capital e investimentos na Colônia, tornando o Estado português o grande avalista para a captação de recursos pelo senhor de engenho. d) O liberalismo econômico pautou o processo de colonização portuguesa na América, isentando o governo de qualquer intervenção no sistema colonial. e) O período regencial, caracterizado na ilustração, estabeleceu uma experiência republicana, ao criar as primeiras eleições diretas para os governos provinciais. 58. A primeira vez que se mencionou o açúcar e a intenção de implantar uma produção desse gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e demais ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e que se procurasse um homem prático e capaz de ali dar princípio a um engenho de açúcar Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os registros não parariam de crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana alastrava-se não só numericamente como espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do recôncavo baiano, que a economia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, então, os anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil arrobas no final do século XVI. (Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) A partir do texto e considerando a economia açucareira e a civilização do açúcar, é correto assinalar: a) a cana de açúcar era um produto autóctone, ou seja, nativo do Brasil e gradativamente foi caindo no gosto dos portugueses e dos europeus, a partir do século XVI. b) a produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a influência do livre-cambismo em que se baseou o empreendimento colonial português. c) a metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a comercialização do açúcar passou para os porões dos navios holandeses, que acabaram por assumir parte substancial do tráfego entre Brasil e Europa. d) os portugueses mantiveram um rigoroso monopólio sobre o processo de produção e refinação do açúcar, só permitindo a participação de estrangeiros na comercialização do produto. e) para implantação da indústria canavieira no Brasil, o projeto colonizador luso precisava contar com mão de obra compulsória e abundante, dada a extensão do território e por isso sempre privilegiou a utilização dos nativos, cuja captura proporcionava grandes lucros para a coroa. 16 3º ANO 59. É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro II e foi publicada em 1887, como uma a) demonstração da exaustão provocada pela diversidade de atividades exercidas pelo imperador. b) valorização do esforço do imperador em manter-se atualizado em relação ao que acontecia no país. c) crítica à passividade e à inoperância do imperador em meio a um período de dificuldades no país. d) denúncia da baixa qualidade da imprensa monárquica e de suas insistentes críticas ao imperador. e) celebração da serenidade e harmonia das relações sociais no país durante o Império. 60. “As denúncias de que o exércitobrasileiro ao lutar na guerra (1864- 1870) era formado por escravos não são novas. Ao contrário, têm pelo menos cento e vinte anos. Seus primeiros autores foram os redatores dos jornais paraguaios da época que tratavam de menosprezar o exército brasileiro com base no duvidoso argumento de que, por ser formado por negros, deveria ser de qualidade inferior”. TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai. Estudos Avançados. v. 9, n. 24, São Paulo, May/ Aug. 1995 (adaptado). Sobre os negros como partícipes da Guerra do Paraguai, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham alguns batalhões formados exclusivamente por negros. Como exemplos, tem-se o Corpo dos Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio Florida. II. Na época da Guerra do Paraguai, não existiam negros escravos ou ex-escravos no exército paraguaio. A escravidão havia sido abolida no Paraguai em 1842, por Carlos Lopes, pai de Francisco Solano López. III. Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o negro brasileiro era representado como inimigo. O exército brasileiro era o exército macacuno e seus líderes, segundo a propaganda lopizta, eram macacos que pretendiam escravizar o povo paraguaio, conduzindo-os da liberdade à escravidão. IV. Havia negros no exército brasileiro na Guerra do Paraguai, mas eles já tinham sido libertos. a) Apenas I e III. b) Apenas II e IV. c) Apenas I e IV. d) Apenas I, II e III. e) Apenas II e III. 61. Analise a citação a seguir a respeito da Proclamação da República brasileira e assinale a alternativa que a interpreta. “Realiza-se na História do Brasil, em 1889, uma acomodação política. A República que se instala, passada a fase de depuração, é a do controle hegemônico dos fazendeiros do oeste paulista acrescida da descentralização, para contentar os interesses regionais. A nova ordenação política não significou reformas estruturais” MONTEIRO, H. Brasil Império. São Paulo: Ática, 1994. a) A Proclamação da República resultou de movimentos históricos brasileiros, como a Inconfidência Mineira e a República Farroupilha. b) A República que nasceu no Brasil no final do século XIX mudava a forma de governo sem revolucionar a sociedade, mantendo o clima de ordem que interessava às elites. c) Deodoro da Fonseca liderou militares, cafeicultores e profissionais liberais no movimento que promoveu a república, em razão de sua histórica oposição ao regime monarquista. d) Os interesses da elite agrária do nordeste não eram diferentes dos interesses dos cafeicultores paulistas, e isso favoreceu a mobilização social para a Proclamação da República. e) A implantação da república no Brasil trouxe de imediato uma mudança social significativa: a participação popular nos eventos políticos nacionais. 62. Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã‐ Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções. 19. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005. A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra nos decênios finais do século XVIII, a) deveu‐se ao pioneirismo científico e tecnológico dos britânicos, aliado a uma grande oferta de mão de obra especializada e a uma política estatal pacifista e voltada para o comércio. b) originou‐se das profundas transformações agrárias expressas pela concentração fundiária, perda da posse da terra pelo campesinato e formação de uma mão de obra assalariada. c) vinculou‐se à derrocada da aristocracia e à ascensão da burguesia, orientada pela política mercantilista e sintetizada na filosofia de Adam Smith. d) resultou da supressão de leis protecionistas de inspiração mercantilista e do combate ao tráfico negreiro, com vistas à conquista de mercados externos consumidores. e) decorreu da ampla difusão de um ideário Ilustrado, o qual teria promovido aquilo que o sociólogo alemão Max Weber descreve como o “espírito do capitalismo”. 17 3º ANO 63. A partir da segunda metade do século XVIII iniciou-se na Inglaterra a mecanização industrial, desviando a acumulação de capitais da atividade comercial para o setor da produção. Esse fato trouxe grandes mudanças de ordem econômica e social que possibilitaram o desaparecimento dos restos do feudalismo e a definitiva implantação do modo de produção capitalista. A esse processo de grandes transformações deu-se o nome de Revolução Industrial. VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: Scipione, 1997. Com relação às mudanças na produção e no trabalho trazidas pela Revolução Industrial, avalie as afirmações a seguir. I. Exploração intensa da força de trabalho e início de organizações operárias que deram origem aos sindicatos. II. Desenvolvimento do gosto estético do consumidor, favorecido pelo aumento da produção em série. III. Consolidação do capitalismo nas sociedades em que se instalou. IV. Alienação do trabalhador em relação ao produto final de seu trabalho, a partir da especialização de tarefas nas linhas de montagem. É correto o que se afirma em a) I, II, III e IV. b) II e IV, apenas. c) I, II e III, apenas. d) III, apenas. e) I, III e IV, apenas. 64. O darwinismo social pode ser definido como a aplicação das leis da teoria da seleção natural de Darwin na vida e na sociedade humanas. Seu grande mentor foi o filósofo inglês Herbert Spencer, criador da expressão “sobrevivência dos mais aptos”, que, mais tarde, também seria utilizada por Darwin. BOLSANELLO, M. A. Darwinismos social, eugenia e racismo científico: sua repercussão na sociedade e na educação brasileiras. Disponível em: /http://www.scielo.br/pdf/er/n12/n12a14.pdf/ (adaptado). Essa teoria foi utilizada no século XIX pelas nações europeias para justificar a a) independência da Oceania. b) colonização dos Estados Unidos. c) dominação imperialista na Ásia e África. d) supremacia racial das nações latino-americanas. e) inferioridade dos Estados Unidos frente ao Japão. 65. Com o início da anexação do Marrocos pela França, uma crise violenta eclode entre a França e a Alemanha, que, em 1911, coloca uma canhoneira diante de Agadir, para demonstrar sua decisão de partir para o confronto. A prova de força se resolve com a devolução à Alemanha de parte de Camarões. Em 1912, o sultão do Marrocos decide assinar um tratado de protetorado que põe seu país sob a tutela francesa. FERRO, M. A colonização explicada a todos, 2017 (adaptado). O historiador descreve as relações de força presentes nos processos de anexação de territórios e mercados pelos países imperialistas europeus. São exemplos dessas relações: a) oposições culturais entre os povos expansionistas e decisões arbitradas por organizações políticas supranacionais. b) disputas entre economias industrializadas e acordos em prejuízo de sociedades colonizadas. c) divergências de sistemas sociais entre nações colonizadoras e missões civilizadoras dos povos cristãos nos países afro-asiáticos. d) guerras mundiais desencadeadas nas áreas colonizadas e desindustrialização das nações dominadoras. e) divisões dos conquistadores em exploradores e favoráveis aos povos colonizados e formação da liga internacional de nações dominadas. Geografia 66. Um lugar sem terremotos! Até bem pouco tempo atrás, o Brasil ostentava uma fama de paraíso terrestre. Mas esse suposto Éden está revelando um lado nada tranquilo. Um sinal de preocupação veio do tremor ocorrido em abril de 2008 que atingiu a magnitude de 5,2 na escala Richter e que foi sentido nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Disponível
Compartilhar