Buscar

1ª MARATONA DE EXERCÍCIOS - PRÉ-UNIVERSITÁRIO.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
3º ANO 
 Redação 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. 
 
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
 
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
• fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
 
TEXTOS MOTIVADORES 
TEXTO I 
 
5 danos ambientais causados por ações humanas 
Poluição do ar - Causada pela queima de combustíveis fósseis dos transportes públicos, veículos particulares e caminhões, além de processos 
industriais e até mesmo pela fumaça emitida pelo cigarro. 
Poluição dos oceanos - Desencadeada por poluentes domésticos (descarte de plásticos e outros resíduos incorretamente) e industriais (químicos) nos 
oceanos, lagos e rios. 
Aterros sanitários - Causado por falha humana devido ao desperdício, falta de reciclagem e o descarte incorreto de resíduos. 
Enchentes - Acontece devido ao desmatamento, eliminação de vegetação e urbanização, além da falta de saneamento básico adequado. 
Destruição da camada de ozônio - A chamada camada de ozônio, responsável por proteger a superfície terrestre e todos os seres vivos dos raios 
ultravioletas emitidos pelo Sol, está sendo destruída pelo uso constante de produtos sintéticos — que incluem aerossóis, equipamentos de refrigeração, 
espuma e outros químicos liberados pelas indústrias. 
Disponível em: https://www.fragmaq.com.br. Acesso em: 9 jun. 2019. 
 
TEXTO II 
 
Para identificar as ameaças à preservação da floresta amazônica, a Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), sob a 
coordenação da ONG Instituto Socioambiental, reuniu dados de governos e informações de imagens de satélite e analisou os impactos de seis tipos de 
intervenções: obras de infraestrutura de transporte, hidrelétricas, mineração legal, extração de petróleo, queimadas e desmatamentos. "O que mais chama 
atenção é que 43% das áreas protegidas e 19% dos territórios indígenas estão ameaçadas por três ou mais destes fatores", diz Júlia Jacomini, pesquisadora 
da Raisg e uma das responsáveis pela apuração dos dados sobre a Amazônia brasileira. O estudo da Raisg aponta que os maiores danos são causados por 
projetos apoiados por governos federais e regionais, como por exemplo, a abertura de estradas. O levantamento aponta que, dos 26 mil quilômetros dos 136 
mil quilômetros construídos até 2018 na Amazônia estão dentro de áreas de conservação e territórios indígenas. 
 
 
Disponível em: https://www.bbc.com. Acesso em: 9 jun. 2019. 
 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As ações humanas como causadoras de tragédias ambientais no Brasil”, 
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista. 
 
 
 
 
 
2 
3º ANO 
Inglês 
 
 
TEXTO I COMUM ÀS QUESTÕES: 01 A 05 
 
 
 
1 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
5 
 
 
6 
 
 
 
 
7 
POROROCA - SURFING THE AMAZON 
The wave to end all waves 
 Pororoca is the legendary giant wave that rolls up the 
Amazon - to ride it is a thrill-and-a-half. Ross Clarke-Jones and 
other surfing stars hit the jungle to learn its wild ways. 
 The word is from the indigenous Tupi language and it 
translates as "great destructive noise." Others call it "Monster" or 
"Killer." With the rivers at an absolute minimum, it is not surprising 
that the vast Atlantic tides hurl the water straight back with 
destructive and devastating fury. 
Surfing Brazil's Pororoca 
River surfers ride the nearly endless wave 
 
 If surfing, the ancient art of wave riding, was transformed 
into music, it would be a blazing electric guitar riff, not a 
symphony. Surfers generally get just a fleeting stage on which to 
dance as ocean waves that have traveled hundreds of miles 
explode on shore in a matter of seconds. But not in Brazil. 
 There, like a mysterious beast, rises the wave known as 
the pororoca – the name means "mighty noise." Twice a day 
around the new and full moons during the spring and fall, walls of 
chocolate-colored water rear up in several rivers in northern 
Brazil. The most powerful occurs in the Araguari, leaving a path of 
bankside destruction and flooding in its wake. 
 Scientists call such waves tidal bores. They are a regular 
phenomenon in many rivers around the world where a powerful 
incoming tide collides with a river's outflow. 
 For surfers, bores are anything but boring. Ten-minute 
rides are common on a pororoca, way more than what occurs on 
the sea, which was first surfed in 1997. Brazilian surf star Alex 
"Picuruta" Salazar has carved the wave for an astounding 37 
minutes, riding more than seven miles. 
 The marathon wave comes with its own peculiar hazards. 
"There are caimans, piranhas and poisonous snakes", notes 
veteran California surfer Gary Linden, who has led four 
expeditions to Brazil in pursuit of the pororoca, "but it's one of the 
greatest experiences ever." 
Adapted from "http://www.redbull.com" and from National Geographic 
 
Glossary: 
thrill-and-a-half - super emocionante 
hurl - lançar violentamente 
riff - refrão 
fleeting - ligeiro, rápido 
outflow - estuário 
 
01. From the reading of the text, we can understand that the Amazon 
pororoca is 
 
a) the collision of ocean tides with river waters. 
b) a great destructive noise that strikes twice a day in southern Brazil. 
c) a typical phenomenon observed in every Brazilian river. 
d) an Indian name of a brave Brazilian tribe. 
e) a surfing marathon in the Amazon river. 
 
02. The sound of the pororoca is comparable to 
 
a) a soothing symphony 
b) a powerful loud noise 
c) singing birds 
d) berimbau tunes 
e) ancient medieval music 
03. The option that best conveys the meaning of paragraph 5 is: 
 
a) Walls of chocolate-colored water invade river banks in the full moon. 
b) The pororoca is a phenomenon observed only in the Amazon basin. 
c) Tidal bores are a feature of many world rivers. 
d) Pororoca is a regular phenomenon observed only in ocean waters. 
e) Araguari tides seduce surfers from all over the world. 
 
04. The affirmative "For surfers, bores are anything but boring." implies that 
bores are: 
 
a) quite unexciting. 
b) extremely boring. 
c) an uninteresting experience. 
d) far from being dull. 
e) an experience not to be repeated. 
 
05. According to the text, the marked difference between surfing the 
pororoca and surfing sea waves is: 
 
a) Sea waves hit river waters more gently than pororoca waves. 
b) Surfing on the sea is a more thrilling experience. 
c) A marathon wave is not as destructive as sea waves. 
d) Pororoca waves last longer. 
e) Ocean waves allow riding longer distances. 
Espanhol 
 
06. 
A menudo se le dice "el presidente más pobre del mundo", aunque 
José Mujica asegura que no es pobre, que lo que hace es vivir como la 
mayor parte de los uruguayos. Vive en la misma casa de campo desde 
hace décadas, con su esposa, Lucía, y su perra de tres patas, 
Manuela. 
Su estilo de vida sencillo — pero no "austero", una palabra que le 
recuerda, dice, a los recortes sociales en Europa — despertó algunos 
recelos entre sus compatriotas al principio, cuando creían que su país 
sería una vergüenza por tener un presidente que viaja en un auto viejo,calza alpargatas y maneja un tractor. Sin embargo, triunfó en el resto 
del mundo, donde aplaudieron su humildad. Sus discursos en 
Naciones Unidas o sus entrevistas con canales de todo el planeta se 
compartieron hasta la saciedad en redes sociales. 
Mujica también parece haber conquistado a la mayor parte de los 
uruguayos, ya que se fue del gobierno con un 65% de aprobación, 
según un reciente sondeo de la firma Equipos Mori. 
Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 29 out. 2018 (adaptado). 
 
O fragmento de texto anterior apresenta uma breve descrição do estilo 
de vida de José Mujica, ex-presidente do Uruguai. Conforme o texto, o 
estilo de vida do ex-presidente é 
 
a) vergonhoso, pois ele usa vestimenta pouco adequada para um 
presidente. 
b) rigoroso, pois ele reside em uma casa com a família e animais 
domésticos. 
c) tradicional, pois reproduz as caraterísticas de qualquer família 
latino-americana. 
d) simples, com o qual conquistou a aprovação tanto dentro como 
fora de seu país. 
e) elogioso, pois é merecedor de comentários positivos na ONU por 
sua forma de ver a vida. 
 
 
 
 
 
 
http://www.bbc.com/
 
 
 
 
3 
3º ANO 
07. 
 
 
Disponível em: www.codapa.org. Acesso em: 10 out. 2018. 
 
O cartaz informativo anterior trata do consumo drogas, um problema 
mundialmente preocupante. Esse cartaz tem como principal objetivo 
 
a) advertir os pais e educadores sobre o consumo de drogas. 
b) ilustrar as sustâncias que a população deve evitar consumir. 
c) sugerir o que fazer no tempo livre para manter-se longe das 
drogas. 
d) provar que o consumo de drogas é nocivo para a população 
adolescente. 
e) alertar a população adolescente e seus responsáveis sobre a 
dificuldade de se divertir longe das drogas. 
 
08. 
Octubre 
12 
El Descubrimiento 
 
En 1492, los nativos descubrieron que eran indios, descubrieron 
que vivían en América, descubrieron que estaban desnudos, 
descubrieron que existía el pecado, descubrieron que debían 
obediencia a un rey y a una reina de otro mundo y a un dios de otro 
cielo, y que ese dios había inventado la culpa y el vestido y había 
mandado que fuera quemado vivo quien adorara al sol y a la luna y a 
la tierra y a la lluvia que la moja. 
GALEANO, E. Los hijos de los días. Siglo XXI, 2012. 
 
Eduardo Galeano, escritor uruguaio, no fragmento descrito, mostra um 
claro exemplo de 
 
a) altruísmo do conquistador em relação ao conquistado. 
b) aculturação dos povos nativos que habitavam a América. 
c) ceticismo das civilizações nativas em relação ao politeísmo. 
d) relação harmônica entre os conquistadores e os conquistados. 
e) consenso de crenças entre os colonizadores e os colonizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
09. 
 
Disponível em: https://ethicsalarms.com. Acesso em: 19 jan. 2019. 
 
Uma conclusão que se pode tirar da charge é que a sociedade 
apresentada 
 
a) se caracteriza por seu caráter solidário. 
b) gosta de viajar e de registrar suas histórias. 
c) está mais preocupada com sua vida virtual do que com sua vida 
real. 
d) se preocupa em ter um bom registro fotográfico para poder ajudar 
ao próximo. 
e) demonstra preocupação com aqueles que não estão inseridos no 
mundo digital. 
 
10. 
 
 
Disponível em: http://dicasprofessoresespanhol.blogspot.com. Acesso em: 20 jan. 
2019. 
 
Uma crítica que pode ser feita em relação ao texto é que representa 
 
a) modernidade. 
b) estereótipo. 
c) feminismo. 
d) igualdade. 
e) evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.codapa.org/
 
 
 
 
4 
3º ANO 
Língua Portuguesa 
 
11. 
 
 
Na tira, temos respectivamente no primeiro e último quadrinho 
 
a) onomatopeia e função metalinguística. 
b) aliteração e função metalinguística. 
c) assonância e função conativa. 
d) onomatopeia e função fática. 
e) assonância e função emotiva. 
 
12. 
 
A terra é naturá 
Iscute o que tô dizendo, 
Seu dotô, seu coroné: 
De fome tão padecendo 
Meus fio e minha muié. 
Sem briga, questão nem guerra, 
Meça desta grande terra 
Umas tarefas pra eu! 
Tenha pena do agregado 
Não me dexê deserdado 
(PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: 
Universidade Federal do Ceará, 2008.) 
 
Com relação ao nível de linguagem empregado no poema, é possível 
afirmar que: 
 
a) A linguagem muito coloquial compromete a leitura do poema e, 
dessa forma, impede que o leitor compreenda seu conteúdo e 
sentido. 
b) As palavras “dotô”, “conoré” e “muié” revelam uma característica 
exclusiva do dialeto nordestino da língua portuguesa brasileira. 
c) A linguagem empregada no poema é padrão, embora haja poucas 
palavras, como “dotô”, “conoré”, “muié” e “dexê”, que são 
utilizadas na linguagem coloquial. 
d) A linguagem do poema é coloquial, já que é construído a partir da 
reprodução fiel da fala de algum nativo da língua portuguesa. 
e) A linguagem empregada no poema é padrão. O que ocorre é que 
as palavras “dotô”, “conoré” e “muié” eram assim escritas 
antigamente. 
 
13. − Ã-hã, quer entrar, pode entrar... Mecê sabia que eu moro aqui? 
Como é que sabia? Hum, hum...Cavalo seu é esse só? Ixe! Cavalo tá 
manco, aguado. Presta mais não. 
ROSA, João Guimarães. Estas estórias: Meu tio o Iauaretê. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1969, p. 126. 
Observando-se a variedade linguística de que se vale o falante do 
trecho apresentado, percebe-se uso de 
 
a) linguagem marcada por construções sintáticas complexas e 
inapropriadas para o contexto, responsáveis por truncar a 
comunicação e dificultar o entendimento. 
b) linguagem formal, utilizada pelas pessoas que dominam o nível 
culto da linguagem, sendo, portanto, adequada à situação em que 
o falante se encontra. 
c) gírias e interjeições, como “ixe” e “aguado”, prioritariamente 
utilizadas entre os jovens, sendo assim, incompatíveis com a 
situação em que o falante se encontra. 
d) coloquialismos e linguagem informal, como “mecê” e “tá”, 
apropriados para a situação de informalidade em que o falante se 
encontra. 
 
14. 
 
Mostre que sua memória é melhor do que a de computador e 
guarde esta condição: 12x sem juros. 
Revista Época, n. 424, 3 jul. 2006. 
 
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de 
linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. 
Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu 
objetivo básico é: 
 
a) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao 
consumismo exagerado. 
b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que 
visam à adesão ao consumo. 
c) defender a importância do conhecimento de informática pela 
população de baixo poder aquisitivo. 
d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes 
sociais economicamente desfavorecidas. 
e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, 
mesmo a mais moderna. 
 
15. 
Câncer 21/06 a 21/07 
 
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua 
autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – 
se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou 
guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. 
Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se 
recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os 
irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. 
Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter 
as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo 
maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua 
confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. 
Revista Cláudia, n. 7, ano 48, jul. 2009. 
 
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de 
uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato 
mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos 
socioculturalmente. A análise dos elementosconstitutivos desse texto 
demonstra que sua função é: 
 
a) vender um produto anunciado. 
b) informar sobre astronomia. 
c) ensinar os cuidados com a saúde. 
d) expor a opinião de leitores em um jornal. 
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. 
 
 
 
 
 
5 
3º ANO 
16. 
 
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, 
dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, 
nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de 
um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e 
de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se 
o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito 
cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se 
dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que 
frequentou o autodidata Machado de Assis. 
Machado de Assis 
 
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o 
texto citado constitui-se de 
 
a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos 
à vida de um renomado escritor 
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da 
sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana. 
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura 
argumentativa, destacando como tema seus principais feitos. 
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade 
histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de 
seus feitos públicos. 
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada, 
sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo 
marcado por linguagem objetiva. 
 
17. 
O trovador 
 
Sentimentos em mim do asperamente 
dos homens das primeiras eras... 
As primaveras do sarcasmo 
intermitentemente no meu coração arlequinal... 
Intermitentemente... 
Outras vezes é um doente, um frio 
na minha alma doente como um longo som redondo... 
Cantabona! Cantabona! 
Dlorom... 
Sou um tupi tangendo um alaúde! 
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.). Poesias completas de Mário de Andrade. 
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. 
 
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na 
prosa e na poesia de Mário de Andrade em O trovador, esse aspecto é 
 
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como 
“coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à 
brasilidade. 
b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, 
estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas 
folclóricas. 
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como 
“Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma 
doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9). 
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde(civilizado), 
apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto 
Antropófago, de Oswald de Andrade. 
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens 
das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas 
raízes indígenas. 
 
 
 
18. 
Aí, galera 
 
 Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por 
exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo 
‘estereotipação’? E, no entanto, por que não? 
— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. 
— Minha saudação aos aficionados do clube aos demais 
esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. 
— Como é? 
— Aí, galera. 
— Quais são as instruções do técnico? 
— Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção 
coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, 
aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, 
concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e 
extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do 
sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da 
ação. 
— Ahn? 
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça. 
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? 
— Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo 
banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou 
ligado por razões, inclusive, genéticas? 
— Pode. 
— Uma saudação para a minha genitora. 
— Como é? 
— Alô, mamãe! 
— Estou vendo que você é um, um... 
— Um jogador que confunde o entrevistador, pois não 
corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo 
com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação? 
— Estereoquê? 
— Um chato? 
— Isso. 
VERISSIMO, Luis Fernando. In: Correio Braziliense, 12 maio 1998. 
 
O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada 
ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua 
escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da 
linguagem usada ao contexto: 
 
a) “O carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito.” (Um 
pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai 
passando.) 
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” (Um jovem que fala para um 
amigo.) 
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação.” 
(Alguém comenta em uma reunião de trabalho.) 
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de 
secretária executiva desta conceituada empresa.” (Alguém que 
escreve uma carta candidatando-se a um emprego.) 
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a 
gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca 
comida nos lares brasileiros.” (Um professor universitário em um 
congresso internacional.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
3º ANO 
19. Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as 
mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo 
fosse realmente mudança. Retardara-se e repreendera os meninos, 
que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que 
não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem 
acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-
la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. 
Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra 
dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que 
Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro e o curral, que 
precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companheiro, a égua 
alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a 
cama de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se 
na escuridão. Seria necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de 
novo no caminho coberto de seixos. 
(Vidas secas, Graciliano Ramos) 
 
Assinale a alternativa incorreta: 
 
a) O trecho pode ser compreendido como suspensão temporária da 
dinâmica narrativa, apresentando uma cena “congelada”, que 
permite focalizar a dimensão psicológica da personagem. 
b) Pertencendo ao último capítulo da obra, o trecho faz referência 
tanto às conquistas recentes de Fabiano, quanto à desilusão do 
personagem ao perceber que todo seu esforço fora em vão. 
c) A resistência de Fabiano em abandonar a fazenda deve-se à sua 
incapacidade de articular logicamente o pensamento e, portanto, 
de perceber a gradual mas inevitável chegada da seca. 
d) A expressão “coisas alheias” reforça a crítica, presente em toda 
obra, à marginalização social por meio da exclusão econômica. 
e) As referências a “enterro” e “cemitério” radicalizam a 
caracterização das “vidas secas” do sertão nordestino, uma vez 
que limitam as perspectivas do sertanejo pobre à luta contra a 
morte. 
 
20. 
Não sei dançar 
 
Uns tomam éter, outros cocaína. 
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria. 
Tenho todos os motivos menos um de ser triste. 
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria… 
Abaixo Amiel! 
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff. 
Sim, já perdi pai, mãe, irmãos. 
Perdi a saúde também. 
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band. 
Uns tomam éter, outros cocaína. 
Eu tomo alegria!Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda. 
[…] 
(Libertinagem, Manuel Bandeira) 
 
Sobre os versos transcritos, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) A melancolia do eu-lírico é apenas aparente: interiormente ele se 
identifica com a atmosfera festiva do carnaval, como se percebe 
no tom exclamativo de “Eu tomo alegria!” 
b) A perda dos familiares e da saúde são aspectos autobiográficos 
do autor presentes no texto. 
c) A alegria do carnaval é meio de evasão para eu-lírico, que procura 
alienar-se de seu sofrimento. 
d) O último verso transcrito associa-se ao título do poema, pois o eu-
lírico não participa, de fato, do baile de carnaval. 
e) O eu-lírico revela, em tom bem-humorado e descompromissado, 
ser uma pessoa exageradamente sensível. 
21. 
Eu e o sertão 
 
Sertão, arguém te cantô 
Eu sempre tenho cantado 
E ainda cantando tô, 
Pruquê, meu torrão amado, 
Munto te prezo, te quero 
E vejo qui os teus mistero 
Ninguém sabe decifrá. 
A tua beleza é tanta, 
Qui o poeta canta, canta, 
E inda fica o qui cantá. 
[...] 
Patativa do Assaré. Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1982) 
 
segmento do poema ao lado apresenta 
 
a) um testemunho de quem conhece o ambiente retratado. 
b) humor e ironia numa linguagem simples típica do sertanejo. 
c) uma descrição detalhada do espaço. 
d) a percepção do poeta de que seu canto é a melhor das 
interpretações. 
e) perceptível distanciamento entre o poeta e o objeto do seu canto. 
 
22. 
 
Soneto de separação 
 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
[3] E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. 
 
De repente da calma fez-se o vento 
[6] Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 
[9] De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 
 
[12] Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente. 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama (v. 5-6) 
 
Em relação à expressão o vento, o verso sublinhado assume a função 
de indicar uma 
 
a) gradação 
b) nomeação 
c) comparação 
d) caracterização 
e) exemplificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
3º ANO 
23. 
A geografia linguística no Brasil 
 
É por meio da língua que o homem expressa suas ideias, as ideias 
de sua geração, as ideias da comunidade a que pertence, as ideias de 
seu tempo. A todo instante, utiliza-a de acordo com uma tradição que 
lhe foi transmitida, e contribui para sua renovação e constante 
transformação. Cada falante é, a um tempo, usuário e agente 
modificador de sua língua, nela imprimindo marcas geradas pelas 
novas situações com que se depara. 
Nesse sentido, pode-se afirmar que, na língua, se projeta a cultura 
de um povo, compreendendo-se cultura no seu sentido mais amplo, 
aquele que abarca “o conjunto dos padrões de comportamento, das 
crenças, das instituições e de outros valores espirituais e materiais 
transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”, 
segundo o novo Aurélio. [...] 
Ao falar, um indivíduo transmite, além da mensagem contida em 
seu discurso, uma série de dados que permite a um interlocutor atento 
não só depreender seu estilo pessoal, mas também filiá-lo a um 
determinado grupo. 
A entonação, a pronúncia, a escolha vocabular, a preferência por 
determinadas construções frasais, os mecanismos morfológicos que 
são peculiares a determinado usuário podem servir de índices que 
identifiquem: a) o país ou a região de que se origina; b) o grupo social 
de que faz parte (seu grau de instrução, sua faixa etária, seu nível 
socioeconômico, sua atividade profissional); c) a situação (formal) ou 
(informal) em que se encontra. [...] 
O Brasil, em decorrência do processo de povoamento e 
colonização a que foi submetido bem como das condições em que se 
deu sua independência política e seu posterior desenvolvimento, 
apresenta grandes contrastes regionais e sociais, estes últimos 
perceptíveis mesmo em grandes centros urbanos, em cuja periferia se 
concentram comunidades mantidas à margem do progresso. 
Um retrato fiel, atual, de nosso país teria de colocar lado a lado: 
executivos de grandes empresas; técnicos que manipulam, com 
desenvoltura, o computador; operários de pequenas, médias e 
grandes indústrias; vaqueiros isolados em latifúndios; cortadores de 
cana; pescadores artesanais; plantadores de mandioca em humildes 
roças; viajantes que comerciam pelo sertão; indígenas aculturados. [...] 
Detentores de antigos costumes portugueses aqui reelaborados 
pelo contato com outra terra e outras gentes ou, já em acelerado 
processo de mestiçagem étnica e linguística, esquecidos das origens, 
esses homens e mulheres guardam, na sua forma de expressão oral, 
as marcas de nossa identidade linguístico-cultural e a resposta a 
muitas indagações e a diversas hipóteses sobre a história e o estado 
atual do português do Brasil. 
Sílvia F. Brandão. A geografia linguística no Brasil. São Paulo: Ática, 1991. p.5-17 
(adaptado). 
 
Em: “O Brasil, em decorrência do processo de povoamento e 
colonização a que foi submetido bem como das condições em que se 
deu sua independência política e seu posterior desenvolvimento, o 
segmento destacado tem um sentido de 
 
a) oposição. 
b) temporalidade. 
c) finalidade. 
d) causalidade. 
e) alternância. 
 
 
 
 
 
 
 
24. 
 
 
 
Maurício de Sousa. Disponível em: aliteranda.files.wordpress.com. Acesso em: 16 nov. 
2015. 
 
Considere o seguinte trecho: “[...] e então, adicionam-se duas 
colheres de açúcar mascavo e mexe-se a calda por dois minutos [...]”. 
A partir das palavras em destaque e das noções de variação 
linguística, assinale a alternativa correta. 
 
a) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata 
de um problema de concordância entre o sujeito e o predicado. 
b) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata 
de um problema de regência verbal. 
c) Não há desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, 
a palavra “se” funciona como pronome apassivador. 
d) Há um desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, 
a palavra “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito. 
e) Não há desvio da norma culta, pois o autor dá voz a um adulto e 
não a uma criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
3º ANO 
25. Depois de um bom jantar: feijão com carne-seca, orelha de porco e 
couve com angu, arroz-mole engordurado, carne de vento assada no 
espeto, torresmo enxuto de toicinho da barriga, viradinho de milho 
verde e um prato de caldo de couve, jantar encerrado por um prato 
fundo de canjica com torrões de açúcar, Nhô Tomé saboreou o café 
forte e se estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, à guisa de 
travesseiro, o indefectível cigarro de palha entre as pontas do 
indicador e do polegar, envernizados pela fumaça, de unhas 
encanoadas e longas, ficou-se de pança para o ar, modorrento, a olhar 
para as ripas do telhado. 
Quem come e não deita, a comida não aproveita, pensava Nhô 
Tomé... E pôs-se a cochilar. A sua modorra durou pouco; Tia Policena, 
ao passar pela sala, bradou assombrada: 
— Êêh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num presta... Dá pisadêra e 
póde morrê de ataque de cabeça! Despois do armoço num far-má... 
mais despois da janta?!” 
PIREs, C. Conversas ao pé do fogo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São 
Paulo, 1987. 
 
Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em 1921, o 
narrador 
 
a) apresenta, sem explicitar juízos de valor, costumes da época, 
descrevendo os pratos servidos no jantar e a atitude de Nhô Tomé 
e de Tia Policena. 
b) desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora à narrativa 
usos próprios da linguagem regional das personagens.c) condena os hábitos descritos, dando voz a Tia Policena, que tenta 
impedir Nhô Tomé de deitar-se após as refeições. 
d) utiliza a diversidade sociocultural e linguística para demonstrar seu 
desrespeito às populações das zonas rurais do início do século 
XX. 
e) manifesta preconceito em relação a Tia Policena ao transcrever a 
fala dela com os erros próprios da região. 
 
26. 
 
 
DAHMER, A. Folha de São Paulo, 13 maio 2013. 
 
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a 
ausência de um elemento fundamental para a instalação de um 
tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. 
 
 
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos 
usuários da internet: 
 
a) Proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do 
processo. 
b) Configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes 
comprovados. 
c) Emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de 
acusados. 
d) Apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam 
dados concretos. 
e) Acredita na inexistência de pessoas com antecedentes criminais 
na internet. 
 
27. 
 
Quino. Mafalda. 6. São Paulo: Martins Fontes, p. 12-13. 
 
A linguagem dos Quadrinhos, em geral, traz uma crítica a um 
determinado aspecto da vida social ou, numa perspectiva mais ampla, 
da própria história da humanidade. Na presente Tira, Mafalda: 
 
a) mostra que os instrumentos a serviço da agressão humana se 
mantiveram no mesmo nível de potência e resolução. 
b) constata que, numa perspectiva bélica, o homem, desde sempre, 
se recusou a conquistar novos padrões de evolução. 
c) sente que seu gosto pela evolução do ser humano é compensado, 
pois as notícias confirmam essa evolução. 
d) conclui, assustada, que a evolução das coisas é fato, mas não vê 
motivo para se alegrar com as mudanças do que é tipicamente 
humano. 
e) ressalta a necessidade de que sejam analisadas, com detalhes, a 
forma como o homem evoluiu na expressão de seus sentimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
3º ANO 
28. 
 
 
Disponível em: http://www.blogdozebrao.com.br/v1/2015/01/18/charges-42/. Acesso em: 
16 set. 2018. 
 
O humor da charge é marcado por: 
 
a) apresentar um perigo eminente. 
b) exibir a polissemia de um vocábulo. 
c) recorrer a uma linguagem formal. 
d) recorrer a uma linguagem coloquial. 
e) mostrar um náufrago com um celular. 
 
29. 
Argumento 
(Paulinho da Viola) 
“Tá legal 
Eu aceito o argumento 
Mas não me altere o samba tanto assim 
Olha que a rapaziada está sentindo a falta 
De um cavaco, de um pandeiro 
Ou de um tamborim. 
Sem preconceito 
Ou mania de passado 
Sem querer ficar do lado 
De quem não quer navegar 
Faça como um velho marinheiro 
Que durante o nevoeiro 
Leva o barco devagar.” 
 
Ao empregar, na letra da canção, o verbo navegar; em sentido 
metafórico e desdobrar esse sentido nos versos seguintes, o 
compositor recorre ao seguinte recurso expressivo: 
 
a) Alegoria. 
b) Personificação. 
c) Hipérbole. 
d) Eufemismo. 
e) Pleonasmo. 
 
 
 
 
 
 
 
30. 
 
Disponível em: crjvitoria.blogspot.com.br. Acesso em: 12 ago. 2019. 
 
Na charge, o personagem formula uma pergunta cuja resposta está 
sugerida pela imagem refletida no espelho. A partir dos elementos 
contidos na imagem, trata-se de uma resposta que expressa o 
seguinte posicionamento: 
 
a) Recusa de uma denúncia. 
b) Refutação de uma avaliação. 
c) Silenciamento de uma crítica. 
d) Confirmação de uma hipótese. 
e) Exposição de uma realidade social. 
 
Literatura 
 
31. 
Creio que se pode chamar de pré-modernismo (no sentido forte de 
premonição dos temas vivos em 1922) tudo o que, nas primeiras décadas 
do século XX, problematiza a nossa realidade social e cultural. [...] Caberia 
ao romance de Lima Barreto e de Graça Aranha, ao longo do ensaísmo 
social de Euclides, Alberto Torres, Oliveira Viana e Manuel Bonfim, e à 
vivência brasileira de Monteiro Lobato o papel histórico de mover as águas 
estagnadas da belle époque, revelando, antes dos modernistas, as tensões 
que sofria a vida nacional. 
BOSI, A. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1980. 
 
A partir do posicionamento crítico de Alfredo Bosi, uma atitude comum 
caracterizaria a postura literária de autores pré-modernistas, a 
exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides 
da Cunha. Pode ela ser definida como 
 
a) a necessidade de superar, em termos de um programa definido, 
as estéticas românticas e realistas. 
b) pretensão de dar um caráter definitivamente brasileiro à nossa 
literatura, que se mostrava totalmente europeia. 
c) uma preocupação com o estudo e com a observação da 
realidade brasileira. 
d) a necessidade de fazer crítica social, já que o Realismo havia 
sido ineficaz nessa matéria. 
e) aproveitamento estético do que havia de melhor na herança 
literária brasileira, desde suas primeiras manifestações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
3º ANO 
32. 
Antônio Maciel, ainda moço, já impressionava vivamente a imaginação 
dos sertanejos. Aparecia por aqueles lugares sem destino fixo, errante. 
Nada referia sobre o passado. Praticava em frases breves e raros 
monossílabos. Andava sem rumo certo, de um pouso para outro, 
indiferente à vida e aos perigos, alimentando-se mal e ocasionalmente, 
dormindo ao relento à beira dos caminhos, numa penitência demorada 
e rude...Tornou-se logo alguma coisa de fantástico ou mal-assombrado 
para aquelas gentes simples. Ao abeirar-se das rancharias dos 
tropeiros aquele velho singular, de pouco mais de trinta anos, fazia que 
cessassem os improvisos e as violas festivas. Era natural. Ele surdia 
esquálido e macerado -dentro do hábito escorrido, sem relevos, mudo, 
como uma sombra, das chapadas povoadas de duendes... 
Passava, buscando outros lugares, deixando absortos os matutos 
supersticiosos. Dominava-os, por fim, sem o querer. 
No seio de uma sociedade primitiva que pelas qualidades étnicas e 
influxo das santas missões malévolas compreendia melhor a vida pelo 
incompreendido dos milagres, o seu viver misterioso rodeou-o logo de 
não vulgar prestígio, agravando-lhe, talvez, o temperamento delirante. 
A pouco e pouco todo o domínio que, sem cálculo, derramava em 
torno, parece haver refluído sobre si mesmo. Todas as conjeturas ou 
lendas que para logo o circundaram fizeram o ambiente propício ao 
germinar do próprio desvario. A sua insânia estava, ali, exteriorizada. 
[...] Aquele dominador foi um títere. Agiu passivo, como uma sombra. 
Mas esta condensava o obscurantismo de três raças. E cresceu tanto 
que se projetou na História...” 
Euclides da Cunha. Os sertões. Parte II. 
 
Notas: 
 
1. rancharias: arranchamento, conjunto de ranchos ou casebres; 
povoado pobre. 
2. surdia: surgia. 
3. santas missões: instalação de missionários para pregação da fé 
cristã. Esses propagandistas do cristianismo agem em grupo, 
criando um ambiente de histeria, que favorece a persuasão da 
mensagem cristã. 
 
A leitura do texto em seu gênero, narrativa e intenção comunicativa atenta 
para a caracterização de Antônio Conselheiro na obra Os Sertões, nela seu 
autor 
 
a) apresenta Conselheiro de acordo com a visão elitista, dominante 
no fim do século XIX e início do XX. 
b) utiliza a norma culta, imposta pelo rigor científico mas de rara 
beleza literária, com toques de erudição. 
c) observa que o domínio do Conselheiro sobre as povoações foi se 
impondo pelo carisma da figura messiânica. Para isso, contribuiu o 
ambiente atrasado e supersticioso da região. 
d) cria Os Sertões como testamento histórico e social ao interpretar 
mesmo que diante de aspectos naturalistas uma realização mais 
próxima do Brasil real. 
e) evolui as possibilidades de construção literária. Os temas, as 
composições e os Gêneros utilizados foram plurissignificativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33. 
A luta é desigual. A força militar decai a um plano interior. Batem-na o homem e a terra. E quando o sertão estua nos bochornos dos 
estios longos não é difícil prever a quem cabe a vitória. Enquanto o 
minotauro impotente e possante, inerme com a sua envergadura de 
aço e grifos de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, 
aos primeiros sintomas da fome, reflui à retaguarda, fugindo ante o 
deserto ameaçador e estéril, aquela flora agressiva abre ao sertanejo 
um seio carinhoso e amigo. 
Então - nas quadras indecisas entre a “seca” e o “verde”, quando 
se topam os últimos fios de água no lodo das ipueiras e as últimas 
folhas amarelecidas nas ramas das baraúnas, e o forasteiro se assusta 
e foge ante o flagelo iminente, aquele segue feliz nas travessias 
longas, pelos desvios das veredas, firme na rota como quem conhece 
a palmo todos os recantos do imenso lar sem teto. 
Os Sertões, Euclides da Cunha. 
 
Na obra Os Sertões, a dimensão atingida ao descrever a terra 
estabelece ainda identificação com o mais racional e científico. A 
natureza em sua estrutura ambiental é determinante ao homem 
quando se entende que ela 
 
a) condiciona o comportamento do homem, de acordo com as 
concepções do determinismo cientifico de fins do século XIX. 
b) é objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos 
humanos do autor. 
c) funciona como contraponto à narração, ressaltando o contaste 
entre o meio inerte e o homem agressivo. 
d) é o grande tema de toda a obra, A Terra, mas não funciona como 
elemento determinante da ação. 
e) é cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que 
podem transformá-la, sem que sejam por ela transformados. 
 
34. A partir dessas mudanças, a pesquisadora mostra como o escritor 
promoveu uma evolução no texto de Os Sertões. "Mal sabiam os 
modernistas que, em Euclides, contavam com um abridor de 
caminhos", observa Walnice, em texto publicado no volume. "As 
numerosas emendas a que submeteu as sucessivas edições de Os 
Sertões, enquanto viveu, apontam para um progressivo 
abrasileiramento do discurso [...] E, curiosamente, com o passar do 
tempo, a obra se tornou cada vez mais admirada especialmente pelo 
aspecto estilístico e não tanto pela análise científica. Afinal, enquanto 
suas observações científicas foram, aos poucos, ultrapassadas, a 
força de sua prosa é cada vez mais valorizada, reconhecimento que 
começou com Monteiro Lobato, impressionado com a escrita de 
Euclides. 
GALVÃO, W. N. O Estado de S. Paulo. 
 
Euclides da Cunha, ao ser enviado para cobrir o episódio de Canudos, 
acabou por escrever um livro exemplar para os estudos sobre o Brasil. 
A obra é importante para se pensar as identidades brasileiras porque 
 
a) porque Euclides da Cunha, ao construir uma interpretação 
minuciosa do episódio de Canudos, evidencia sua visão sobre a 
complexidade das relações que estavam em confronto naquele 
momento. 
b) porque, ao escrever Os sertões, Euclides da Cunha se coloca com 
neutralidade frente a um episódio singular da história brasileira. 
c) porque o jornalista Euclides da Cunha escreve um texto cuja 
leitura é facilitada pelo fato de ele utilizar uma simplificação do 
episódio apresentado. 
d) porque Os sertões, de Euclides da Cunha, é um livro escrito por 
um representante do governo brasileiro, exaltando o modo como 
este governo atuou no episódio de Canudos. 
e) porque a análise empreendida por Euclides da Cunha em Os 
sertões demonstra seu posicionamento no que diz respeito ao 
modo como o povo brasileiro vê seus heróis. 
 
 
 
 
11 
3º ANO 
35. Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de 
uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um 
horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a 
outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na 
trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, 
com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-
lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore 
sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados 
apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos palo solo, 
lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante… 
CUNHA, E. Os sertões. Disponível em: http://pt. scribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012. 
 
A escolha de determinadas palavras e expressões está a serviço de 
um protagonismo da região para com o homem na passagem 
 
a) “a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de 
uma estepe nua...” 
b) “o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o...” 
c) “desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto 
desolado” 
d) “entrecruzados apontando rijamente no espaço” 
e) “lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante…” 
 
36. 
 
O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta 
de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. 
Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, 
saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as 
casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele 
sapé sinistro e aquele "sopapo" que deixava ver a trama das varas, 
como o esqueleto de um doente. 
Por que, ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, 
um pomar? Não seria tão fácil, trabalho de horas? e não havia gado, 
nem grande, nem pequeno. Era raro uma cabra, um carneiro. Por quê? 
[...] Não podia ser preguiça só ou indolência. 
Lima Barreto. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 
 
Através da crítica que representou uma interpretação do Brasil em 
nível literário mais próximo ao social, o texto estabelece 
 
a) uma descrição dos grandes centros urbanos. 
b) as lembranças de um personagem que conta a um interlocutor 
suas experiências em contato com a natureza tropical. 
c) a indolência dos roceiros como a única responsável pela 
realidade do seu meio 
d) a falta de perspectiva nas cidades. 
e) o contato com a realidade rural, a perspectiva crítica dos 
problemas da população do campo. 
 
37. “Uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade 
brasileira, em nível autêntico e de aspectos antes negligenciados”. A 
frase entre aspas faz referência a qual período da literatura brasileira? 
 
a) Romantismo. 
b) Naturalismo. 
c) Realismo. 
d) Parnasianismo. 
e) Pré-Modernismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
38. A luta é desigual. A força militar decai a um plano interior Batem-na o 
homem e a terra. E quando o sertão estua nos bochornos dos estios 
longos não é difícil prever a quem cabe a vitória. Enquanto o minotauro 
impotente e possante, inerme com a sua envergadura de aço e grifos 
de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, aos primeiros 
sintomas da fome, reflui à retaguarda, fugindo ante o deserto 
ameaçador e estéril, aquela flora agressiva abre ao sertanejo um seio 
carinhoso e amigo. 
 
Euclides da Cunha é autor de Os Sertões, obra prima da literatura 
brasileira, nela, a utilização de antigos recursos e tradições ao uso da 
descrição e da linguagem remete ao 
 
a) Realismo. 
b) Simbolismo. 
c) Arcadismo. 
d) Naturalismo. 
e) Barroco. 
 
39. 
Saia de mim como suor 
Tudo o que eu sei de cor 
Sai de mim como excreto 
Tudo que está correto 
Saia de mim [...] 
Tudo o que for perfeito 
Saia de mim como um 
grito 
Tudo o que eu acredito 
 
Tudo que eu não esqueça 
Tudo que for certeza 
Saia de mim vomitado, 
Expelido, exorcizado 
Tudo que está estagnado 
Saia de mim como escarro [...] 
Sangue, lágrima, catarro 
Saia de mim a verdade!. 
Saia de mim – Arnaldo Antunes 
 
 
Podemos perceber, nos versos da música Saia de mim, do grupo 
Titãs, uma linguagem que tem nitidamente como intenção chocar e 
subverter valores sociais regidos por uma tendência politicamente 
correta. As palavras incomuns utilizadas nos versos denunciam uma 
forte influência do seguinte poeta: 
 
a) Casimiro de Abreu. 
b) Castro Alves. 
c) Augusto dos Anjos. 
d) TomasAntonio Gonzaga. 
e) Olavo Bilac. 
 
40. Sobre o romance Triste fim de Policarpo Quaresma. Da personagem 
que dá título ao romance, podemos afirmar que 
 
a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as 
coisas brasileiras. 
b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a 
realidade brasileira. 
c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi 
condenado à morte justamente pelos valores que defendia. 
d) foi considerado traidor da pátria, porque participou da conspiração 
contra Floriano Peixoto. 
e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas que 
o cercavam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
3º ANO 
41. 
 
De Verlaine 
 
Minha vida descansa 
Num sonho sem lampejos: 
Dormi, toda esperança, 
Dormi, ó meus desejos! 
Do mal, do bem transviada, 
Perco toda a memória. 
 
Eu não vejo mais nada 
Oh a triste, a triste história! 
Eu sou uma redoiça 
Que leva mão fagueira 
Em silêncio baloiça 
Da sepultura à beira 
GUIMARAENS, A. In: GUIMARAENS FILHO, A. 
redoiça: corda fixada pelas extremidades, às vezes provida de assento; balanço. 
 
O Simbolismo enveredou por caminhos algumas vezes semelhantes 
aos Romantismo. No poema de Alphonsus de Guimarães, pode-se 
depreender do fato de que os autores simbolistas, via de regra 
 
a) aceitaram que o real é aquilo que está refletido na consciência 
individual. 
b) assumiram uma postura esteticista, cultuaram a forma e a expressão 
ortodoxa. 
c) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico, além de 
abordar assuntos relacionados ao espiritual, místico e religioso. 
d) adotaram uma expressão oralizada, valendo-se dos recursos da fala 
popular. 
e) impuseram à literatura uma concepção positiva do mundo, segundo a 
qual o homem exprime as contradições e grandezas da sociedade em 
que vive. 
 
42. 
Lua-nova 
 
“Pobre Lua-nova tão pequena, 
Pelo infinito do céu perdida, 
Tão magoada, tão cheia de pena, 
Da cor de uma menina sem vida ... 
Pobre lua-nova, que te pôs 
Tão nua assim num salão 
tamanho, 
Com o corpo cheio de pó-de-
arroz, 
Como um anjo que saiu do 
banho?” 
 
O fragmento poético de Alphonsus de Guimaraens, trabalha como 
metáfora: 
 
a) A lua como verdadeira noiva. 
b) A lua personifica sua amada morta. 
c) A lua como símbolo de sensualidade. 
d) A lua como personificação de um anjo. 
e) A lua como personificação de criança. 
 
43. 
Ismália 
 
Quando Ismália enloqueceu, 
Pôs-se na tôrre a sonhar... 
Viu uma lua no céu, 
Viu outra lua no mar. 
No sonho em que se perdeu 
Banhou-se tôda em luar... 
 
Queria subir ao céu, 
Queria descer ao mar... 
 
E no desvario seu, 
Na tôrre pôs-se a cantar... 
Estava perto do céu, 
Estava longe do mar... 
 
Em relação ao poema Ismália, temos como temática: 
 
a) O sonho que se perde no luar. 
b) A loucura como libertação da realidade. 
c) A morte como libertação da alma. 
d) Um anjo que merece céu. 
e) O paradoxo entre a lua e o mar. 
44. Leia o fragmento a seguir do poema “Evocações” de Alphonsus de 
Guimaraens: 
 
Na primavera que era a derradeira, 
Mãos estendidas a pedir esmola 
Da estrada fui postar-me à beira. 
Brilhava o sol e o arco-íris era a estola 
Maravilhosamente no ar suspensa 
 
Como se sabe, Alphonsus de Guimaraens é tido como um dos mais 
importantes representantes do Simbolismo no Brasil. No fragmento, 
pode-se destacar a seguinte característica da escola à qual pertence: 
 
a) bucolismo, que se caracteriza pela participação ativa da natureza 
nas ações narradas. 
b) intensa movimentação e alta tensão dramática. 
c) concretismo e realismo nas descrições. 
d) foco no instante, na cena particular e na impressão que causa. 
e) tom poético melancólico, apresentando a natureza como cúmplice 
na tristeza. 
 
45. 
 
Mãos de finada, aquelas mãos de neve, 
De tos marfíneos, de ossatura rica, 
Pairando no ar, num gesto brando e leve, 
Que parece ordenar, mas que suplica. 
 
Erguem-se ao longe como se as eleve 
Alguém que ante os altares sacrifica: 
Mãos que consagram, mãos que partem 
breve, 
Mas cuja sombra nos meus olhos fica... 
 
Mãos de esperança para as almas 
loucas, 
Brumosas mãos que vêm brancas, 
distantes, 
Fechar ao mesmo tempo tantas 
bocas... 
 
Sinto-as agora, ao luar, descendo 
juntas, 
Grandes, magoadas, pálidas, 
tateantes, 
Cerrando os olhos das visões 
defuntas... 
 
 
O Simbolismo retomou características do Romantismo e não 
abandonou uma característica do Parnasianismo. Temos uma 
identificação do soneto acima: 
 
a) Alguns parnasianos não seguiram totalmente a objetividade e por 
isso a associação entre românticos e parnasianos 
b) O simbolismo é subjetivo ,religioso ,assim como o romantismo ,daí 
a confusão entre as duas escolas literárias 
c) O simbolismo guardou a sensualidade parnasiana e a emoção do 
romantismo 
d) Do Romantismo guardou a subjetividade, a religiosidade e o 
misticismo. E do Parnasianismo guardou a preocupação com o 
aspecto formal, isto é, a rima e a métrica. 
e) Guardou a rima e a métrica parnasiana e o nacionalismo 
romântico 
 
46. 
“Para as estrelas de cristais gelados. 
as ânsias e os desejos vão subindo, 
galgando azuis e siderais noivados, 
de nuvens brancas a amplidão vestido..." 
 
Nesses versos aparece 
 
a) o desejo de evasão que caracteriza a poesia romântica. 
b) o uso de imagens minerais que pertence ao Parnasianismo. 
c) a contradição da escola barroca. 
d) o panteísmo arcádico. 
e) a aspiração ao infinito, à transcendência, um dos temas do 
Simbolismo. 
 
 
 
 
 
13 
3º ANO 
47. No estudo de um poema, o reconhecimento dos recursos utilizados 
pelo poeta constituem um importante fator para a compreensão das 
ideias. Leia os versos a seguir e, a seguir, assinale o corresponde 
quanto ao uso da linguagem. 
 
Grinaldas e véus brancos, véus de neve, 
Véus e grinaldas purificadores, 
Vão as Flores carnais, as alvas Flores 
Do Sentimento delicado e leve. 
SOUSA, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1961. 
 
a) A estrofe acima, quanto ao aspecto formal, apresenta os recursos 
utilizados pelo poeta para obter ritmo e musicalidade: os versos 
são redondilhas maiores, a sonoridade é expressiva e o ritmo é 
musical, elementos indicadores da pureza de sentimentos nobres. 
b) A estrofe acima apresenta em seus versos o emprego de 
substantivos (brancos, purificadores, carnais, alvas, delicado) que 
revelam subjetivismo, angústia e paixão pelo ser amado. 
c) A estrofe é marcada, desde o início, por uma descrição 
metonímica (a parte pelo todo) por meio das palavras grinaldas, 
véus, flores, Sentimento, que conduzem à metáfora Flores carnais 
(a mulher), referindo-se à beleza da natureza concreta, física, 
como o único refúgio do eu-lírico. 
d) Os versos são marcados pelo uso de maiúsculas (Flores; 
Sentimento), cujo efeito poético pretendido é materializar essa flor 
e situá-la em um jardim esplendoroso e, com isso, enfatizar a 
obsessão do eu-lírico pela beleza e pelo amor. 
e) Os versos são marcados pelo uso de substantivos e adjetivos 
expressivos: grinaldas e véus brancos, véus de neve; 
purificadores; alvas Flores; delicado e leve, além do uso de 
maiúsculas (Flores; Sentimento) e aliterações (uso constante do 
“v” e do “s”) como recursos poéticos cujo efeito é sugerir a 
brancura, a leveza e a delicadeza do sentimento amoroso. 
 
48. Leia os seguintes versos: 
 
Mais claro e fino do que as finas pratas 
O som da tua voz deliciava... 
Na dolência velada das sonatas 
Como um perfume a tudo perfumava. 
 
Era um som feito luz, eram volatas 
Em lânguida espiral que iluminava, 
Brancas sonoridades de cascatas... 
Tanta harmonia melancolizava. 
SOUZA, C. Cristais. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. 
 
Os fundamentos do simbolismo presentes no texto são: 
 
a) Sinestesia, aliteração, sugestão. 
b) Clareza, perfeição formal, objetividade.c) Aliteração, objetividade, ritmo constante. 
d) Perfeição formal, clareza, sinestesia. 
e) Perfeição formal, objetividade, sinestesia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49. 
[...] 
Vozes veladas, veludosas vozes, 
Volúpias dos violões, vozes veladas, 
Vagam nos velhos vórtices velozes 
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. 
[...] 
 
Este quarteto retirado do poema Violões que choram..., de Cruz e 
Sousa, permite que se identifiquem algumas características da estética 
literária a que pertencem. Então é correto afirmar que: 
 
a) o Simbolismo Brasileiro foi marcado por um intenso trabalho com a 
musicalidade expressa especialmente pela assonância e pela 
aliteração. 
b) a poesia simbolista, no Brasil, deixou-se impregnar pela busca de 
temas ligados à identidade nacional. 
c) Cruz e Sousa foi poeta diretamente vinculado a preocupações 
cientificistas da existência humana. 
d) no Brasil, o simbolismo serviu de respaldo para uma poesia de 
extração social, em especial no que tange às classes mais 
humildes. 
e) um dos grandes argumentos da poesia simbolista de Cruz e 
Sousa foi o resgate de uma cultura popular de origem ibérica 
 
50. Leia o poema "Siderações", de Cruz e Souza. 
 
Para as estrelas de cristais gelados 
As ânsias e os desejos vão subindo, 
Galgando azuis e siderais noivados, 
De nuvens brancas a amplidão vestindo... 
 
Num cortejo de cânticos alados 
Os arcanjos, as cítaras ferindo, 
Passam, das vestes nos troféus prateados, 
As asas de ouro finamente abrindo... 
 
Dos etéreos turíbulos de neve 
Claro incenso aromal, límpido e leve, 
Ondas nevoentas de visões levanta... 
 
E as ânsias e desejos infinitos 
Vão com os arcanjos formulando ritos 
Da eternidade que nos astros canta... 
 
A respeito do poema, 
 
a) o poeta idealiza seus desejos, projetando-os para uma instância 
inatingível. 
b) o poema emprega descrições nítidas que garantem uma 
compreensão exata dos versos. 
c) o poeta expõe a sua avaliação sobre a realidade objetiva, 
utilizando imagens da natureza em linguagem precisa e direta. 
d) o poema, em forma de epigrama, traduz uma visão materialista do 
amor e da sensualidade. 
e) se trata da descrição de fantasias e alucinações apresentadas nos 
moldes de ficção científica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
3º ANO 
História 
51. Desde 2013, o autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do 
Levante – também conhecido pelas siglas ISIL ou ISIS, na tradução do 
nome do grupo em inglês – luta pela conquista de territórios na Síria e 
no Iraque, travando uma guerra que já deixou mais de 230 mil mortos 
e milhões de desabrigados. [...] Para afirmar a superioridade do 
Islamismo, o Estado Islâmico tem se esforçado para destruir sítios 
arqueológicos e históricos de civilizações e religiões antigas, numa 
tentativa de apagar o passado. [...] Em quase três anos de conflitos, o 
ISIS destruiu, pelo menos, treze sítios arqueológicos ou ruínas 
históricas. 
ALENCAR, Lucas. Treze locais históricos destruídos pelo Estado Islâmico. 4 jan. 
2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/01/13-
locais-historicos-destruidos-pelo-estado-islamico.html. 
 
Ao tratarmos de evidências e procedimentos para análise de 
processos históricos, é CORRETO afirmar que 
 
a) a análise histórica não necessita dessas evidências, já que elas 
eram apenas utilizadas como foco de visitação turística. Pois, o 
material necessário para a reflexão histórica encontra-se 
registrado em documentos impressos e arquivos públicos. 
b) a destruição desses registros históricos não faz parte do modo 
como o Estado Islâmico propõe impor certa leitura da história a 
partir dos seus interesses e domínio, esses atos foram realizados 
por erro de alvos durante os ataques realizados. 
c) a destruição dos sítios arqueológicos e históricos se deve apenas 
a um conflito no Oriente Médio em função das práticas religiosas e 
à intolerância pela intervenção estrangeira. 
d) práticas como as realizadas pelo Estado Islâmico, ao destruírem 
sítios arqueológicos e históricos, destacam como o debate sobre 
memória e história faz parte das disputas de poder, inclusive, 
como tentativa de imposição de certo nacionalismo como controle 
do presente e do passado para intenções futuras. 
e) as fontes são materiais importantes na investigação histórica 
acadêmica. O historiador se utiliza desses indícios para 
aprofundar pesquisas; com destaque para períodos, fatos e 
sujeitos. Porém, o uso de sítios arqueológicos e históricos são 
desnecessários ao ensino de história, por isso podem ser 
facilmente descartados. 
 
52. Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas 
ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao 
Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, 
como lágrimas na chuva. Hora de morrer. 
 
Esta é uma fala do androide Roy que queria eliminar Decard, no 
filme Blade Runner, o Caçador de Androides (1982), dirigido por Ridley 
Scott. No entanto, no combate, Roy o salvou da morte. Essa reflexão 
apresenta a noção de uma existência construída por múltiplas 
experiências as quais, que por serem as memó- rias de Roy, se 
perderiam para sempre. Com base nos conhecimentos hoje 
predominantes sobre os fundamentos da história, atribua V 
(verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. 
 
(__) A História privilegia, nos seus estudos, as experiências coletivas dos 
grandes grupos humanos, excluindo a vida do indivíduo comum. 
(__) A historiografia desconsidera a memória oral para registrar as 
formas culturais de compreensão do mundo. 
(__) Nos museus e cemitérios, descansam os personagens históricos 
cujas ideias não mais afetarão os vivos. 
(__) Memória e história são noções diferentes, mas se complementam e 
interagem quando depoimentos orais são registrados em 
documentos. 
(__) Um fato histórico gera uma diversidade de documentos, e as 
interpretações sobre ele ressignificam o seu teor. 
 
 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
 
a) V, F, F, V, F 
b) V, F, V, F, V 
c) V, V, F, V, F 
d) F, F, F, V, V 
e) F, V, V, F, V 
 
53. Examine duas pinturas produzidas na Caverna de Altamira, Espanha, 
durante o Período Paleolítico Superior. 
 
Tais pinturas rupestres podem ser consideradas como 
 
a) manifestação do primitivismo de povos incapazes de 
representações realistas. 
b) expressão artística infantilizada e insuficiente para fornecer 
qualquer indício sobre a vida na Pré-História. 
c) comprovação do pragmatismo de povos primitivos, 
despreocupados de sua alimentação. 
d) representação, em linguagem visual, dos vínculos materiais de um 
povo com o seu ambiente. 
e) revelação da predominância do pensamento abstrato sobre o 
concreto nos povos pré-históricos. 
 
54. Um elemento essencial para a evolução da dieta humana foi a 
transição para a agricultura como o modo primordial de subsistência. A 
Revolução Neolítica estreitou dramaticamente o nicho alimentar ao 
diminuir a variedade de mantimentos disponíveis; com a virada para a 
agricultura intensiva, houve um claro declínio na nutrição humana. Por 
sua vez, a industrialização recente do sistema alimentar mundial 
resultou em uma outra transição nutricional, na qual as nações em 
desenvolvimento estão experimentando, simultaneamente, subnutrição 
e obesidade. 
George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of Food Choice, and the 
Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2014 (adaptado). 
 
A respeito dos resultados das transformações nos sistemas 
alimentares descritas pelo autor, é correto afirmar: 
 
a) A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as 
sociedades humanas diminuiu após a Revolução Neolítica. 
b) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de mantimentos, 
melhorou o balanço nutricional das sociedades sedentárias. 
c) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revoluçõesNeolítica e Industrial trouxeram simplificação das dietas 
alimentares. 
d) As populações das nações em desenvolvimento estão sofrendo 
com a obesidade, por consumirem alimentos de melhor qualidade 
nutricional. 
e) A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-se 
inalterada da Revolução Neolítica à Revolução Industrial. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
3º ANO 
55. A colonização do Brasil, assim como a de outras regiões da América, 
proporcionou a produção de diversas crônicas nas quais os europeus 
deixaram seus relatos sobre as novas culturas que encontravam. O 
trecho a seguir é do cronista e religioso francês Claude d’Abbeville e 
trata da visão que teve dos índios tupinambás, como padre capuchinho 
francês, na época da ocupação do Maranhão entre 1612 e 1615. 
“Em verdade imaginava eu que iria encontrar verdadeiros animais 
ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei-me, porém, totalmente. 
Nos sentidos naturais, tanto internos como externos, jamais achei 
ninguém – indivíduo ou nação – que os superasse.[...] São 
extremamente discretos, muito compreensivos a tudo que se lhes 
deseja explicar, capazes de conhecer com rapidez tudo o que lhes 
ensinam. [...] São tão serenos e calmos que escutam atentamente tudo 
o que lhes dizem, sem jamais interromper os discursos. [...] falam às 
vezes, durante duas ou três horas em seguida, sem se cansar, 
revelando-se hábeis em tirar as necessárias deduções dos 
argumentos que se lhes apresentam. São muito lógicos e só se 
deixam levar pela razão e jamais sem conhecimento de causa”. 
Claude d’Abbeville. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do 
Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1975. 
 
Com base no trecho e no que se sabe sobre o contato entre 
portugueses e nativos na colonização do Brasil, assinale com V ou F, 
conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir. 
 
(__) O fragmento de texto mostra que sempre houve distorção sobre 
a real condição dos nativos brasileiros, tidos, enfim, como 
estúpidos, incapazes e preguiçosos. 
(__) O autor faz parte de um grupo de europeus que viram nos 
nativos brasileiros a imagem do homem puro e sem vícios, o 
“bom selvagem”, assim como os apresentou Rousseau. 
(__) Todos os cronistas coloniais passaram à Europa e para a 
posteridade esta mesma imagem dos nativos americanos, o que 
proporcionou um modelo de convivência pacífico e baseado no 
respeito à cultura indígena. 
(__) A percepção dos cronistas europeus sobre os nativos brasileiros 
baseou-se na sua origem, formação, valores e expectativas; 
desta forma, todos viram os nativos brasileiros com bons olhos, 
como o padre capuchinho Claude d’Abbeville. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
 
a) F, V, F, F. c) V, F, V, V. e) V, V, V, F. 
b) V, V, F, V. d) F, F, V, F. 
 
56. Uma das faces da percepção europeia do homem americano era a 
demonização. Dizia frei Vicente que o demônio perdera o controle 
sobre a Europa e se instalara em outra banda da Terra — a América. 
A infernalidade do demo chegará até a colorir o nome da colônia: 
Brasil, para nosso religioso, lembra as chamas infernais, vermelhas. E, 
aqui, ele foi vitorioso, pelo menos na primeira etapa da luta: esqueceu-
se o nome de Santa Cruz, e a designação apadrinhada por Satanás 
acabou levando a melhor. 
Laura de Melo e Souza. Deus e o Diabo na Terra de Santa Cruz, 2005 (adaptado). 
 
Exemplificada no texto, a percepção dos portugueses em relação aos 
povos nativos da América Portuguesa era 
 
a) respeitosa, já que os europeus conseguiam ver nos nativos um povo 
de cultura distinta, porém merecedora de estudo e compreensão. 
b) negativa, uma vez que os nativos eram vistos como seres sem religião 
e possíveis cultuadores ou presas do demônio. 
c) indiferente, já que os portugueses protegiam os nativos e preferiam 
utilizar apenas a mão de obra de africanos escravizados. 
d) de bastante medo, uma vez que os nativos contavam com um arsenal 
de guerra sofisticado para os padrões europeus da época. 
e) frequentemente positiva, uma vez que estes incorporaram as ideias 
iluministas de Rousseau sobre o bom selvagem. 
57. 
 
 
A análise da charge e os conhecimentos sobre a evolução política 
brasileira permitem afirmar: 
 
a) A organização administrativa brasileira colonial transferia o ônus da 
colonização para o capitão-donatário, no sistema de Capitanias 
Hereditárias. 
b) As Capitanias Hereditárias eram governadas pelos homens bons, ou 
seja, aqueles que professavam a crença judaica ou cristã, e eram 
possuidores de bens e eticamente respeitáveis. 
c) O Governo-Geral objetivava suprir a carência de capital e 
investimentos na Colônia, tornando o Estado português o grande 
avalista para a captação de recursos pelo senhor de engenho. 
d) O liberalismo econômico pautou o processo de colonização 
portuguesa na América, isentando o governo de qualquer intervenção 
no sistema colonial. 
e) O período regencial, caracterizado na ilustração, estabeleceu uma 
experiência republicana, ao criar as primeiras eleições diretas para os 
governos provinciais. 
 
58. A primeira vez que se mencionou o açúcar e a intenção de implantar 
uma produção desse gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. 
Manuel ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e demais 
ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e que se 
procurasse um homem prático e capaz de ali dar princípio a um 
engenho de açúcar 
Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco 
no ano de 1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os 
registros não parariam de crescer: quatro estabelecimentos em 1550; 
trinta em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana 
alastrava-se não só numericamente como espacialmente, chegando à 
Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas 
foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do recôncavo 
baiano, que a economia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, 
então, os anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 
350 mil arrobas no final do século XVI. 
(Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) 
A partir do texto e considerando a economia açucareira e a civilização 
do açúcar, é correto assinalar: 
 
a) a cana de açúcar era um produto autóctone, ou seja, nativo do 
Brasil e gradativamente foi caindo no gosto dos portugueses e dos 
europeus, a partir do século XVI. 
b) a produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a 
influência do livre-cambismo em que se baseou o empreendimento 
colonial português. 
c) a metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a 
comercialização do açúcar passou para os porões dos navios 
holandeses, que acabaram por assumir parte substancial do 
tráfego entre Brasil e Europa. 
d) os portugueses mantiveram um rigoroso monopólio sobre o 
processo de produção e refinação do açúcar, só permitindo a 
participação de estrangeiros na comercialização do produto. 
e) para implantação da indústria canavieira no Brasil, o projeto 
colonizador luso precisava contar com mão de obra compulsória e 
abundante, dada a extensão do território e por isso sempre 
privilegiou a utilização dos nativos, cuja captura proporcionava 
grandes lucros para a coroa. 
 
 
 
 
16 
3º ANO 
59. 
 
 
É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro II e foi 
publicada em 1887, como uma 
 
a) demonstração da exaustão provocada pela diversidade de 
atividades exercidas pelo imperador. 
b) valorização do esforço do imperador em manter-se atualizado em 
relação ao que acontecia no país. 
c) crítica à passividade e à inoperância do imperador em meio a um 
período de dificuldades no país. 
d) denúncia da baixa qualidade da imprensa monárquica e de suas 
insistentes críticas ao imperador. 
e) celebração da serenidade e harmonia das relações sociais no país 
durante o Império. 
 
60. “As denúncias de que o exércitobrasileiro ao lutar na guerra (1864-
1870) era formado por escravos não são novas. Ao contrário, têm pelo 
menos cento e vinte anos. Seus primeiros autores foram os redatores 
dos jornais paraguaios da época que tratavam de menosprezar o 
exército brasileiro com base no duvidoso argumento de que, por ser 
formado por negros, deveria ser de qualidade inferior”. 
TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai. 
Estudos Avançados. v. 9, n. 24, São Paulo, May/ Aug. 1995 (adaptado). 
 
Sobre os negros como partícipes da Guerra do Paraguai, analise as 
assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. 
 
I. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham alguns 
batalhões formados exclusivamente por negros. Como exemplos, 
tem-se o Corpo dos Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio 
Florida. 
II. Na época da Guerra do Paraguai, não existiam negros escravos 
ou ex-escravos no exército paraguaio. A escravidão havia sido 
abolida no Paraguai em 1842, por Carlos Lopes, pai de Francisco 
Solano López. 
III. Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o negro brasileiro 
era representado como inimigo. O exército brasileiro era o exército 
macacuno e seus líderes, segundo a propaganda lopizta, eram 
macacos que pretendiam escravizar o povo paraguaio, 
conduzindo-os da liberdade à escravidão. 
IV. Havia negros no exército brasileiro na Guerra do Paraguai, mas 
eles já tinham sido libertos. 
 
a) Apenas I e III. 
b) Apenas II e IV. 
c) Apenas I e IV. 
d) Apenas I, II e III. 
e) Apenas II e III. 
 
 
 
61. Analise a citação a seguir a respeito da Proclamação da República 
brasileira e assinale a alternativa que a interpreta. 
 
“Realiza-se na História do Brasil, em 1889, uma acomodação política. 
A República que se instala, passada a fase de depuração, é a do 
controle hegemônico dos fazendeiros do oeste paulista acrescida da 
descentralização, para contentar os interesses regionais. A nova 
ordenação política não significou reformas estruturais” 
MONTEIRO, H. Brasil Império. São Paulo: Ática, 1994. 
 
a) A Proclamação da República resultou de movimentos históricos 
brasileiros, como a Inconfidência Mineira e a República 
Farroupilha. 
b) A República que nasceu no Brasil no final do século XIX mudava a 
forma de governo sem revolucionar a sociedade, mantendo o 
clima de ordem que interessava às elites. 
c) Deodoro da Fonseca liderou militares, cafeicultores e profissionais 
liberais no movimento que promoveu a república, em razão de sua 
histórica oposição ao regime monarquista. 
d) Os interesses da elite agrária do nordeste não eram diferentes dos 
interesses dos cafeicultores paulistas, e isso favoreceu a 
mobilização social para a Proclamação da República. 
e) A implantação da república no Brasil trouxe de imediato uma 
mudança social significativa: a participação popular nos eventos 
políticos nacionais. 
 
62. Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente 
o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos 
desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã‐
Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. 
HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções. 19. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005. 
 
A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra nos decênios finais do 
século XVIII, 
 
a) deveu‐se ao pioneirismo científico e tecnológico dos britânicos, 
aliado a uma grande oferta de mão de obra especializada e a uma 
política estatal pacifista e voltada para o comércio. 
b) originou‐se das profundas transformações agrárias expressas pela 
concentração fundiária, perda da posse da terra pelo campesinato 
e formação de uma mão de obra assalariada. 
c) vinculou‐se à derrocada da aristocracia e à ascensão da 
burguesia, orientada pela política mercantilista e sintetizada na 
filosofia de Adam Smith. 
d) resultou da supressão de leis protecionistas de inspiração 
mercantilista e do combate ao tráfico negreiro, com vistas à 
conquista de mercados externos consumidores. 
e) decorreu da ampla difusão de um ideário Ilustrado, o qual teria 
promovido aquilo que o sociólogo alemão Max Weber descreve 
como o “espírito do capitalismo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
3º ANO 
63. A partir da segunda metade do século XVIII iniciou-se na Inglaterra a 
mecanização industrial, desviando a acumulação de capitais da 
atividade comercial para o setor da produção. Esse fato trouxe 
grandes mudanças de ordem econômica e social que possibilitaram o 
desaparecimento dos restos do feudalismo e a definitiva implantação 
do modo de produção capitalista. A esse processo de grandes 
transformações deu-se o nome de Revolução Industrial. 
VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: Scipione, 1997. 
 
Com relação às mudanças na produção e no trabalho trazidas pela 
Revolução Industrial, avalie as afirmações a seguir. 
 
I. Exploração intensa da força de trabalho e início de organizações 
operárias que deram origem aos sindicatos. 
II. Desenvolvimento do gosto estético do consumidor, favorecido pelo 
aumento da produção em série. 
III. Consolidação do capitalismo nas sociedades em que se instalou. 
IV. Alienação do trabalhador em relação ao produto final de seu 
trabalho, a partir da especialização de tarefas nas linhas de 
montagem. 
 
É correto o que se afirma em 
 
a) I, II, III e IV. 
b) II e IV, apenas. 
c) I, II e III, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I, III e IV, apenas. 
 
64. O darwinismo social pode ser definido como a aplicação das leis da 
teoria da seleção natural de Darwin na vida e na sociedade humanas. 
Seu grande mentor foi o filósofo inglês Herbert Spencer, criador da 
expressão “sobrevivência dos mais aptos”, que, mais tarde, também 
seria utilizada por Darwin. 
BOLSANELLO, M. A. Darwinismos social, eugenia e racismo científico: sua 
repercussão na sociedade e na educação brasileiras. Disponível em: 
/http://www.scielo.br/pdf/er/n12/n12a14.pdf/ (adaptado). 
 
Essa teoria foi utilizada no século XIX pelas nações europeias para 
justificar a 
 
a) independência da Oceania. 
b) colonização dos Estados Unidos. 
c) dominação imperialista na Ásia e África. 
d) supremacia racial das nações latino-americanas. 
e) inferioridade dos Estados Unidos frente ao Japão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65. Com o início da anexação do Marrocos pela França, uma crise violenta 
eclode entre a França e a Alemanha, que, em 1911, coloca uma 
canhoneira diante de Agadir, para demonstrar sua decisão de partir 
para o confronto. A prova de força se resolve com a devolução à 
Alemanha de parte de Camarões. Em 1912, o sultão do Marrocos 
decide assinar um tratado de protetorado que põe seu país sob a 
tutela francesa. 
FERRO, M. A colonização explicada a todos, 2017 (adaptado). 
 
O historiador descreve as relações de força presentes nos processos 
de anexação de territórios e mercados pelos países imperialistas 
europeus. São exemplos dessas relações: 
 
a) oposições culturais entre os povos expansionistas e decisões 
arbitradas por organizações políticas supranacionais. 
b) disputas entre economias industrializadas e acordos em prejuízo 
de sociedades colonizadas. 
c) divergências de sistemas sociais entre nações colonizadoras e 
missões civilizadoras dos povos cristãos nos países afro-asiáticos. 
d) guerras mundiais desencadeadas nas áreas colonizadas e 
desindustrialização das nações dominadoras. 
e) divisões dos conquistadores em exploradores e favoráveis aos 
povos colonizados e formação da liga internacional de nações 
dominadas. 
Geografia 
66. Um lugar sem terremotos! Até bem pouco tempo atrás, o Brasil 
ostentava uma fama de paraíso terrestre. Mas esse suposto Éden está 
revelando um lado nada tranquilo. Um sinal de preocupação veio do 
tremor ocorrido em abril de 2008 que atingiu a magnitude de 5,2 na 
escala Richter e que foi sentido nos estados de São Paulo, Rio de 
Janeiro, Santa Catarina e Paraná. 
Disponível

Continue navegando